Aula sobre adioimunoensaio da disciplina Imunologia I
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Added: Mar 24, 2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS DEPARTAMENTO DE BIOINTERAÇÃO DISCIPLINA: IMUNOLOGIA I – ICS 045 Trabalho realizado pela Médica Veterinária MSc Maria Tereza Barreto Guedes sob orientação dos Professores Robert Schaer , Roberto Meyer, Claudia Brodskin e Ricardo Portela. Atualizado em Fevereiro de 2010. RADIOIMUNOENSAIOS (RIA)
CARACTERÍSTICAS GERAIS
1959 Berson e Yalow – primeiro RIA para quantificação de insulina. O RIA foi a primeira técnica imunológica padronizada capaz de detectar e quantificar substâncias da ordem de nano a picogramas. Torna-se então possível determinar qualquer tipo de molécula biológica, desde que haja um receptor específico e que a molécula biológica possa ser marcada. CARACTERÍSTICAS GERAIS
DEFINIÇÃO O termo radioimunoensaio (RIA) é mais empregado em ensaios com antígenos marcados. O termo imunorradiométrico (IRMA) é utilizado em ensaios com anticorpos marcados. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Apresenta alta sensibilidade que é conferida pela detecção radioativa. O RIA também apresenta elevada especificidade. Graças à sua especificidade, os ensaios podem acontecer diretamente no líquido biológico. Por causa da sua sensibilidade, o volume de amostra pode ser menor. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Vantagens Método muito sensível, específico e de alta afinidade. Baixo custo. Requer pouca amostra. Rápido. CARACTERÍSTICAS GERAIS Desvantagens Instabilidade dos radioisótopos. Risco operacional. Necessidades de medidas especiais. Elevado custo de biossegurança e problemas com o descarte de material.
Alta sensibilidade → permite dosagem de substâncias não encontradas em concentrações suficientes para serem percebidas por outras técnicas. polipeptídios, catecolaminas, esteróides, antibióticos, hormônios tireoidianos, proteínas, vitaminas, drogas e outras. vírus da hepatite B. marcador tumoral. APLICAÇÕES
PRINCÍPIOS
Reação de competição por um receptor comum entre uma substância a ser determinada e a mesma substância marcada radioisotopicamente. PRINCÍPIO GERAL Componentes Anticorpo radioativo Antígeno radioativo Amostra a ser testada Leitor radiométrico Leitor radiométrico
125 I É o radioisótopo mais comumente empregado. Meia vida de 57,5 dias. Liga-se facilmente aos resíduos de tirosina das proteínas. Produz radiação Υ . Estabilidade menor que 3 H. Dosagem de hormônios protéicos. Trítio ( 3 H) Produz radiação β . Dosagem de esteróides. Carbono 14 CARACTERÍSTICAS DOS MARCADORES
TIPOS DE RIA PARA QUANTIFICAÇÃO DE Ag
De competição com Ag marcado. De competição com Ac marcado. Sanduíche ou captura de Ag . Para detecção de IgE : Paper Radioimmunosorbent Test (PRIST). Radioallergosorbent Test (RAST). TIPOS DE RIA
Inicialmente, uma quantidade conhecida de anticorpos específicos é colocada na fase sólida. Y Em seguida, adiciona-se o antígeno marcado com 125 I. Uma amostra de soro de um paciente suspeito é então acrescentada. O antígeno, se presente no soro, compete com o antígeno radioativo pelos sítios de ligação nos anticorpos. A quantificação é feita em aparelho específico para a leitura de radioatividade. A concentração das moléculas antigênicas presentes na amostra é inversamente proporcional à leitura de radioatividade. DE COMPETIÇÃO COM Ag MARCADO Y Y Antígeno marcado Antígeno do soro Y Anticorpo específico
Inicialmente, antígenos são fixados na fase sólida. A seguir, acrescenta-se a amostra do paciente. Os anticorpos específicos e marcados com o radioisótopo são acrescentados. Se a amostra for positiva, haverá a formação do complexo Ag / Ac com o Ag do soro. Quanto maior a quantidade de antígeno na amostra, maior será a ligação destes aos anticorpos, formando imunocomplexos , que serão retirados por lavagem e assim reduzindo a leitura da radioatividade. DE COMPETIÇÃO COM Ac MARCADO Antígeno marcado Antígeno do soro Y Anticorpo marcado Y Y Y
Teste realizado em duas etapas: Primeira etapa: 1) Fixação de Acs não marcados na fase sólida. 4) Deverá ocorrer uma primeira lavagem para eliminação de componentes não específicos. Segunda etapa: 1) Acrescenta-se um segundo anticorpo específico e marcado, que formará o “sanduíche”. 2) A formação do imunocomplexo será revelada por este segundo anticorpo. SANDUÍCHE OU CAPTURA DE Ag 2) Adição da amostra (que contém Ag específicos contra o Ac fixado e outros componentes não específicos). 3) Os Ac capturam os Ag específicos da amostra. Antígeno do soro Y Ac marcado Y Ac não marcado Componentes não específicos Y Y Y Y
TIPOS DE RIA PARA DETECÇÃO DE IgE
Anticorpos anti -IgE e não marcados são fixados na fase sólida. Acrescenta-se o soro a ser pesquisado para a presença de IgE. Em caso positivo, haverá a união do anticorpo IgE + anticorpo anti -IgE. Após lavagem para retirada do excesso de Ac não ligado, acrescenta-se anticorpos anti-IgE marcados com isótopo para que haja a revelação da amostra. Após lavagem, procede-se com a leitura. A determinação da concentração de IgE total presente na amostra ocorrerá através de cálculo que relacionará os valores obtidos com uma determinada curva padrão. PAPER RADIOIMMUNOSORBENT TEST (PRIST) Y Ag IgE da amostra Y Ac anti-IgE marcado Y Ac anti-IgE não marcado Y Y Y Y Y Y Y Y Y
O alérgeno específico para o Ac IgE pesquisado é previamente fixado ao fundo do tubo na fase sólida. Acrescenta-se soro do paciente. Havendo presença de IgE específica ao alérgeno em questão, haverá a formação do complexo Ag/Ac. Acrescenta-se o anticorpo anti-IgE marcado, e este se liga ao Ac IgE pesquisado. A reação então será revelada através do segundo anticorpo. RADIOALLERGOSORBENT TEST (RAST) Y Y Alérgeno Y IgE do soro do paciente Y Ac anti-IgE marcado Y Y