INTRODUÇÃO
O termo cromatografia foi primeiramente empregado em 1906 e sua utilização é atribuída
a um botânico russo ao descrever suas experiências na separação dos componentes de
extratos de folhas. Nesse estudo, a passagem de éter de petróleo (fase móvel) através de
uma coluna de vidro preenchida com carbonato de cálcio (fase estacionária), à qual se
adicionou o extrato, levou à separação dos componentes em faixas coloridas. Este é
provavelmente o motivo pelo qual a técnica é conhecida como cromatografia (chrom = cor
e graphie = escrita), podendo levar à errônea idéia de que o processo seja dependente da
cor. A cromatografia pode ser utilizada para identificação, purificação e separação de
compostos, deste modo separando-se as substâncias indesejáveis e os componentes de uma
mistura. A separação por sua vez, depende da diferença de afinidade entre o analito da fase
móvel e a fase estacionária. Por sua vez, a afinidade entre esses diferentes compostos (da
mistura e do eluente), depende das forças intermoleculares, incluindo iônica, bipolar,
apolar entre outros. Segundo SCHULER, A. (2010, p1). “A Fase Móvel transporta a
amostra através da Fase Estacionária. A velocidade média das partículas da amostra
depende da sua natureza. Desse modo, cada componente atingirá o final da coluna em um
instante diferente.”
A cromatografia de papel (mais conhecida como CP) é uma técnica de partição, ou seja, o
processo é baseado na diferença de solubilidade da fase estacionária líquida na fase
estacionária, também líquida. O eluente é uma mistura de dois ou mais líquidos que
percorrem a fase estacionária suportada no papel absorvente. Ocorre a retenção das
moléculas devido à diferença de solubilidade e/ou afinidade eletrostática existente entre
elas. BRENELLI, E. C. S. “Uma ordem aproximada para a força destas interações é a
seguinte: formação de sais > coordenação > ligação hidrogênio > dipolo-dipolo > Van der
Waals.”
A grande variabilidade de combinações entre a fase móvel e estacionária faz com que a
cromatografia tenha uma série de técnicas diferenciadas. Como a maioria das substâncias
separadas são incolores, utiliza-se um revelador. As manchas podem ser reveladas por
meio de luz UV, vapores de iodo, soluções de cloreto férrico e tiocianoferrato de potássio,
fluorescências, radioatividade, etc.