1. INTRODUÇÃO
Como os órgãos vegetais são freqüentemente muito reduzidos, para o estudo da
estrutura da planta, seja de suas partes internas como superficiais, utiliza-se uma
importante ferramenta, o microscópio. Para se analisar a planta ao microscópio, é
necessário o preparo de lâminas temporárias, permanentes ou semi permanentes
(WENDER, 2012).
O estudo dos tecidos vegetais é feito a partir de cortes histológicos, podendo ser
plicado a diversos grupos de seres vivos. Na botânica a anatomia vegetal estuda os tecidos,
origem, organização, estrutura e função entre outras características. A histologia das
embriófitas engloba além dos tecidos vegetais a unidade da célula e todo seu agrupamento
morfológico até a formação da planta (RAVEN, 1996).
Os cortes é o principal meio de estudar as características anatômicas e histológicas
dos vegetais, visto que por meio de cada um é possível visualizar as estruturas internas da
célula (Menezes, 2010). Existem três tipos de cortes possíveis para o tecido vegetal,
paradérmico, longitudinal e transversal, o corte paradérmico é horizontal e superficial
permite a observação dos tecidos mais externos, o longitudinal é vertical e total, permite
a visão dos tecidos internos, por fim o corte transversal que é um corte horizontal e total
e por sua profundidade possibilita visualizar tecidos internos (RAVEN, 2011).
Para estudos anatômicos, normalmente, utiliza-se material vegetal coletado à
fresco, entretanto, material seco proveniente de herbário também pode ser utilizado, desde
que se proceda a reversão do processo de herborização. Para preservar o material vegetal
por um tempo maior é realizado a sua fixação logo após a coleta, pois as características
estruturais e a composição química das células se alteram rapidamente em resposta às
modificações do meio (TONIAZZO, 2013).
A técnica histológica visa a preparação dos tecidos destinados à microscopia de
luz, o exame ao microscópio é feito geralmente por luz transmitida, ou seja, a luz deve
atravessar pequeno fragmento do vegetal a ser examinado (Almeida, 2018). Assim, é
necessária a obtenção de fragmentos dos tecidos e coloca-los em lâminas finas e
transparentes. Os tecidos a serem estudados no microscópio devem ser preparados de
modo que sua estrutura original seja preservada ao máximo possível, no entanto, devido
as técnicas utilizadas muitas vezes as células apresentam alterações estruturais
(GONÇALVES, 2007).