O Renascimento
•Movimento cultural que se desenvolveu na
Europa ao longo dos séculos XV e XVI;
•Não surgiu ao mesmo tempo em toda a
Europa;
•Com reflexos nas artes, nas ciências e em
outros ramos da actividade humana;
•A atenção é de novo voltada para as grandes
obras da antiguidade clássica greco-romana.
Renascimento em Portugal
•A Chegada a Portugal foi tardia;
•Nasceu da mistura do estilo gótico com as novas
inovações do século XV;
•Aparece como forma ornamental associada à arquitectura
da última fase do gótico;
•No reinado de D. João I verificava-se o contacto de
artistas portugueses com as inovações técnicas e
estéticas então emergentes em Itália
•Artistas italianos (ou de formação italiana) eram
convidados a trabalhar em Portugal como Francisco
Holanda (1517-1584);
O Renascimento e o Manuelino
O Estilo manuelino, por vezes
também chamado de gótico
português tardio ou flamejante, é
um estilo arquitectónico que se
desenvolveu no reinado de D.
Manuel I
A transição dá-se a partir do último
quartel do século XV, revelando
novos estilos decorativos á
estrutura gótica.
A arte manuelina afirma-se,
principalmente, na decoração da
arquitectura, decoração esta
exuberante, e pelo ecletismo
das temáticas desenvolvidas.
Janela manuelina da Sala do
Capitulo, Claustro principal do
Convento de Cristo, Tomar.
Arquitectura
Na arquitectura, o Renascimento atingiu a sua melhor
expressão nas obras de João de Castilho (c. 1480-1552)
e de Diogo de Torralva (c. 1500-1566)
•Representante máximo da
arte manuelina em
Portugal;
•Janela de grandes
dimensões;
•Decoração com motivos
náuticos, motivos
vegetalistas e emblemas;
•Assenta sobre uma figura
barbada, esculpida
rudemente na pedra;
•Entre várias teorias,
algumas indicam ser esta
figura é um auto-retrato
do arquitecto Diogo de
Arruda.
Janela do Capitulo do Convento de
Cristo,
em Tomar, Diogo de Arruda.
Pormenores da Janela do Capítulo,
Convento de Cristo, Tomar.
As esferas armilares e a Cruz de
Cristo.
Figura com barba onde assenta a
janela, envolvido em cordas.
O Brasão de Portugal.
•Edifício de arquitectura
militar/torre;
•O arquitecto da obra foi
Francisco de Arruda, que
iniciou a construção em
1514 e a finalizou em 1520
ao que tudo indica sob a
orientação de Boitaca;
•Construída em homenagem
ao santo patrono de Lisboa,
S. Vicente;
•Decoração de estilo
Manuelino, que simboliza o
poder do rei: cordas que
envolvem o edifício,
rematando-o com elegantes
nós, esferas armilares,
cruzes da Ordem Militar de
Cristo e elementos
naturalistas.
Torre de Belém, Lisboa, Francisco de
Arruda, c. 1515
Parte da sua beleza
reside na decoração
exterior, adornada
com cordas e nós
esculpidas em
pedra, galerias
abertas, torres de
vigia no estilo
mourisco e ameias
em forma de
escudos decoradas
com esferas
armilares, a cruz da
Ordem de Cristo e
elementos
naturalistas, como
um rinoceronte,
alusivos às
navegações.
•Obra fundamental da arquitectura Manuelina
•Encomendado pelo rei D. Manuel I;
•A obra iniciou-se em 1502 com vários arquitectos e
construtores, entre eles Diogo Boitaca (c.1460-1528) -
plano inicial e parte da execução -, João de Castilho
(c.1475-1552) - abóbadas das naves e do transepto,
pilares, porta sul, sacristia e fachada -, Diogo de
Torralva (c. 1500-1566), Jerónimo de Ruão (1530-
1601);
•No reinado de D. João III foi acrescentado o coro alto.
Mosteiro de Santa Maria de Belém (Jerónimos), Diogo Boitaca, Lisboa, c. 1517
Escultura
A escultura renascentista foi mais praticada por
mestres estrangeiros, ou por mestres portugueses
educados no estrangeiro. Os mestres, atraídos
pelo cosmopolitismo que lhes oferecia Lisboa,
deslocavam-se para cá e eram requisitados quer
por reis, bispos e outros mecenas.
Nesta estilo artístico destacam-se Nicolau de
Chanterenne (act. 1516-1551), João Ruão (act.
1528-1580) e Filipe Hodart (act. 1529-1536).
Nicolau de Chanterenne
foi um escultor e
arquitecto de origem
francesa que
desenvolveu grande
parte da sua obra em
Portugal de 1517-1551.
Trabalhou em Coimbra, no
Mosteiro de Santa Cruz
perto do centro produtor
de uma das pedras
calcárias mais utilizadas
na época em escultura: a
célebre pedra de Ançã .
Ecce Homo, Nicolau de Chanterenne,
Claustro do Silêncio do Mosteiro da
Santa Cruz de Coimbra, c. 1525
Filipe Hodart (1490-1536) era um escultor
francês activo em Espanha e Portugal.
Existem poucos documentos a seu
respeito, mas dos poucos que existem há
um contracto em Coimbra.
João de Ruão foi um
dos escultores mais
influentes do Século
XVI em Portugal.
Foi um dos artistas
mais influentes do
seu tempo,
nomeadamente pela
formação de
escultores e
decoradores e
disseminação das
suas obras pelo
País, em particular
na zona Centro.
Deposição de Cristo no
Túmulo
autor: João de Ruão
datação: 1535 d.C. 1540 d.C.
dimensões: altura: 2,22m
largura: 2,25m
Pintura
A pintura foi a arte que
reflectiu, em primeiro
lugar, o novo
movimento, já que nos
quadros manuelinos,
quase sempre as
figuras são do gótico-
tardio, de origem
flamenga, enquanto os
espaços em que elas se
situam são
renascentistas.
Grão Vasco c. 1511-1515. Assunção da
Virgem (pormenor). Óleo sobre madeira de
carvalho, 132x104 cm. Museu Nacional da Arte
Antiga, em Lisboa
Vasco Fernandes (1475-1542),
mais conhecido por Grão
Vasco, provavelmente nasceu
em Viseu. Trabalhou na oficina
de Jorge Afonso, em Lisboa,
em 1514. É considerado o
principal nome da pintura
portuguesa quinhentista.
Algumas das suas Obras: “ A
Adoração dos Magos”, “Santa
Luzia” (Museu Nacional de
Soares Reis, no Porto), “A
Ceia” (Museu Grão Vasco, em
Viseu), “A Assunção da
Virgem” (Museu Nacional da
Arte Antiga, em Lisboa) “S.
Pedro” Museu de Grão Vasco
Viseu, Portugal Assunção da Virgem
c. 1511-1515, óleo sobre madeira
132 x 104 cm
Museu Nacional da Arte Antiga, em
Lisboa
Cristóvão de
Figueiredo activo
entre 1515 e 1543 ,
pintor do século XVI
do qual se têm
referências
documentais de
1515 a 1643.
Trabalhou a mando
do cardeal-infante D.
Afonso e celebrizou-
se por pintar
quadros sacros.
Exaltamento da Santa Cruz - Cristóvão de
Figueiredo
c. 1530, óleo sobre madeira
Museu Nacional de Machado de Castro
Coimbra, Portugal
Deposição no Túmulo - Cristóvão de
Figueiredo
c. 1530, óleo sobre madeira
182 x 155,5 cm
Museu Nacional de Arte Antiga
Lisboa, Portugal
Cristo Deposto da Cruz - Cristóvão de
Figueiredo
c. 1530, óleo sobre madeira
143,5 x 124 cm
Patriarcado,
Lisboa, Portugal
Gregório Lopes, nascido
em 1490 e falecido
provavelmente em 1550,
considerado um dos
pintores portugueses mais
significativos do século XVI.
Algumas das suas Obras:
“Casamento de Nossa
Senhora”, “Visitação”,
“Presépio”, “Fuga para o
Egipto”, “Martírio de S.
Sebastião”, “A Virgem, o
Menino e Anjos num Jardim”
(Museu Nacional de Arte Antiga
Lisboa, Portugal), “Degolação
de S. João Baptista” (Igreja de
S. João Baptista, Tomar,
Portugal).
Adoração dos Magos - Museu Nacional de
Arte Antiga (Lisboa)
Bibliografia
•História da Cultura e das Artes 11º, Paulo Simões Nunes,
Lisboa Editora;
•Património da Humanidade em Portugal, João Paulo
Sacadura/ Rui Cunha, 1 volume – monumentos, Verbo;
•http://www.infopedia.pt/$cristovao-de-figueiredo
•http://www.eps-penalva-
castelo.rcts.pt/projs/pena_jov/edicoes/2000_04/vasco.htm
•http://www.answers.com/topic/filipe-hodart-1?cat=entertainment
•http://www1.ci.uc.pt/artes/6spp/v1.html#Grao_Vasco
•http://www.guiadacidade.pt/portugal/?G=monumentos.ver&artid=13998&distritoid=11
etc.…