Resumão de Reposição Hidroeletrolítica animais

nimiasantos 7 views 10 slides Nov 01, 2025
Slide 1
Slide 1 of 10
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10

About This Presentation

reposiçao hidroeletrolitica em animais


Slide Content

Resumão de Reposição Hidroeletrolítica
OBS.: esse material não substitui a leitura complementar nos livros recomendados
pela professora, nem as anotações feitas durante a aula.

Introdução
Nesta aula serão feitas considerações sobre a fluidoterapia no pré, trans e pós-operatório
com o objetivo de minimizar os riscos inerentes ao trauma cirúrgico. Sabemos que a a anestesia
e cirurgia induzem diferentes graus de agressão ao paciente e a intensidade da resposta orgânica
está relacionada à severidade dessa agressão e às condições físicas do animal. Pacientes
cirúrgicos com enfermidades, como uma piometra, possuem um risco maior que pacientes
saudáveis submetidos a uma castração, por exemplo.
Desse modo, cabe ao veterinário saber quando um paciente está apto ou não a entrar
em cirurgia, sabendo que nas eletivas a intervenção pode ser protelada dando tempo à
preparação pré-operatória adequada, porém, na emergência, é necessária decisão criteriosa
sobre o momento da operação de vez que tanto a protelação quanto a intervenção sem
adequadas condições orgânicas podem incorrer em óbito.

Composição de água no organismo
A água é a substância mais abundante nos seres vivos, todas as reações químicas do
organismo são realizadas em meio aquoso. Um mamífero recém -nascido possui,
aproximadamente, 75% do seu corpo composto por água e o adulto, em torno, de 60-66%.
Quanto mais idoso e mais obeso for um indivíduo, menos água ele possui.

Distribuição da água no organismo

→ Compartimento intracelular
- 2/3
→ Compartimento extracelular
- 1/4 é IV
- ¾ intersticial

Animal hidratado
Diversas alterações de ordem clínica e cirúrgica interferem com o equilíbrio
hidroeletrolítico. A perda de água determina vários graus de desidratação. No animal hidratado
a distribuição de água é regulada pelas forças osmóticas dos solutos que variam entre 280 e 310
mOsm/kg (média de 295 mOsm/kg). As variações na concentração sérica do sódio, eletrólito em
maior concentração no líquido extracelular, provocam desvios da osmolalidade. Assim, o paciente
é suscetível à desidratação dos tipos iso, hipo ou hipertônica.


Tipos de desidratação
Desidratação isotônica
Perda proporcional de água e eletrólitos no espaço extracelular. A migração de líquidos
entre os meios intra e extracelulares é de pouca intensidade, pois a osmolalidade e tonicidade
permanecem constantes (295 mOsm/kg).
É considerada a mais comum e dentre suas causas, incluiu-se diarreia, vômito e
sequestro de líquido extracelular em lesões e infecções dos tecidos moles e nas peritonites.

Desidratação isotônica
Perde-se mais eletrólitos do que água no espaço extracelular. O compartimento
extracelular fica com baixa osmolalidade (abaixo de 280 mOsm/kg) em relação ao intracelular.
Há fuga de líquido extracelular para o interior da célula que ingurgita.
É considerada a mais grave, pois os pacientes estão mais predispostos ao colapso
vascular e requerem terapia agressiva. Dentre as causas, inclui-se uso inadequado de diuréticos,
reposição iatrogênica de perdas isotônicas com glicose 5% e insuficiência da cortical da adrenal.



Desidratação hipertônica
Perde-se mais água do que eletrólitos no espaço extracelular. O compartimento
extracelular fica com alta osmolalidade (acima de 280 mOsm/kg) em relação ao
intracelular. A saída de líquido da célula restabelece o equilíbrio entre os
compartimentos. A desidratação hipertônica está associada com baixa ingestão de água,
aumento nas perdas insensíveis (febre, taquipneia) e administração de soluções muito
concentradas.






Não confundir desidratação com hipovolemia

Potássio
O potássio merece consideração por ser o eletrólito de maior concentração dentro da
célula (espaço intracelular).
Limites da concentração sérica de K: >3,5 e <5,5 mEq/l
Hipocalemia: arritmias, fraquezas musculares
Hipercalemia: arritmias, dificuldade em respirar, paralisia dos músculos, fraqueza

A hipocalemia ou hipopotassemia ocorre nas perdas gastrintestinais (diarreia, vômito ou
obstrução intestinal), uso de diuréticos, na alcalose, nos traumatismos como queimaduras,
exsudação de feridas e destruição de tecidos com liberação de potássio das células, sendo
subseqeentemente perdido pela urina. A anorexia, má nutrição e administração parenteral de
soluções sem potássio também são causas de hipocalemia. Já, a hipercalemia pode ser
conseqüência de anúria (falha renal, desidratação e choque), insuficiência adrenal, administração
venosa muito rápida de soluções contendo potássio e por ação das catecolaminas (efeito
catabólico).

AVALIAÇÃO DA HIDRATAÇÃO
Pode ser feita através da:
- anamnese
- exame físico
- exame laboratorial (ptn total, Ht e densidade urinária)

A tabela abaixo ajuda a estimar a desidratação em pequenos animais

A tabela abaixo ajuda a estimar a desidratação em bovinos


A tabela abaixo ajuda a estimar a desidratação em equinos

REPOSIÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
O animal deve entrar pra cirurgia com equilíbrio hídrico normal para prevenir a
hipotensão causada pela vasodilatação periférica que ocorre durante a cirurgia e para proteger
contra a perda de líquidos que ocorre no trans-operatório.

- O cálculo de reposição é para compensar a perda de líquido que o animal já teve e fez
ele ficar desidratado.
- O cálculo de manutenção é para as necessidades diárias por água, ou seja, se o animal
não estiver tomando água, deve ser calculada. Se estiver tomando água não precisa.
- As perdas estimadas referem-se as perdas GI e devem ser calculadas após o animal
estar internado, pois assim para cada episódio que ele apresentar pode-se fazer o cálculo e
somar ao volume que ele já está recebendo.
O volume total de fluido calculada é para ser administrada nas próximas 24h, mas a cada
4 horas é interessante reavaliar o paciente para ver se há necessidade de alguma mudança.
Exemplo:

Qual tipo de fluidoterapia repor?

Reposição de potássio
Após realizar o cálculo do volume e escolher o tipo de fluidoterapia, avaliar a
necessidade e reposição de K através do ionograma.

Exemplo:

REPOSIÇÃO TRANS-OPERATÓRIA
Por que fazer?
Qual fazer?
Qual taxa em:
Cães:
Gatos:
Grandes animais:

REPOSIÇÃO PÓS-OPERATÓRIA

❑ Depende das necessidades individuais do animal
❑ Corrigir deficiências que não puderam ser corrigidas antes
❑ Satisfazer as necessidades de manutenção
❑ Ringer lactato
❑ 50ml/kg/dia – cão
❑ 40ml/kg/dia – gato
❑ 40ml/kg/dia – grandes animais