crise do feudalismo; cruzadas; grande cisma do ocidente.
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Added: Nov 16, 2016
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SÉCULOS FINAIS DA IDADE MÉDIA CAPÍTULO 17 – PÁG. 207 1º ANO HISTÓRIA PROF.ª. MARÍLIA PIMENTEL
O DECLÍNIO DO FEUDALISMO Na imagem, a Morte triunfa, soberana. A Europa do século XIV foi marcada por desgraças e tragédias: a “grande fome”, a “peste negra” e a multiplicação das guerras entre nobres e levantes camponeses. O resultado maior foi a crise do feudalismo e do regime senhorial. CÁP. 17 –PÁG. 207 Iluminura francesa, do início do século XVI, representado a morte e vítimas da peste negra.
SÉCULOS XI - XV CÁP. 17 –PÁG. 207 Fases: Primeira fase (séc. XI-XIII) Caracterizada pelo processo de expansão de diversos setores na Europa ocidental. Ampliação das culturas agrícolas; Renascimento comercial e urbano; Fortalecimento da burguesia. Segunda fase (séc. XIV e XV) Marcada por um processo de depressão (ou contração) na Europa ocidental, decorrente das crises econômica, política e religiosa.
As transformações que ocorreram nessas duas fases desencadearam o declínio do feudalismo, provocando a transição para uma nova sociedade, o que se convencionou como o fim da Idade Média. CÁP. 17 –PÁG. 207
EXPANSÃO – Os séculos de desenvolvimento medieval Do século XI ao XIII, a Europa ocidental viveu um período de relativa paz. Entre os fatores que contribuíram para isso, destacam-se: CÁP. 17 –PÁG. 207 O fim das sucessivas ondas de invasões; O direcionamento do espírito guerreiro da nobreza para a luta contra pagãos e muçulmanos, por meio das Cruzadas. Isso propiciou o crescimento populacional e a retomada das atividades econômicas.
Desenvolvimento agrícola CÁP. 17 –PÁG. 207 Séc. XI Produção agrícola atendia modestamente às necessidades. Técnicas/instrumentos utilizados eram simples.
CÁP. 17 –PÁG. 207 Mudanças Relações de trabalho Os servos – por meio de várias revoltas – conseguiram aliviar o peso de algumas obrigações (talha e corveia). Surgiram arrendamentos de terra entre servos e senhores feudais. Formas de uso da terra Ampliação do cultivo agrícola; Aperfeiçoamento de técnicas e instrumentos (aumento da produtividade). Exemplo : charrua, peitoral; ferradura; moinho d´´agua.
Crescimento populacional e econômico Houve crescimento demográfico por toda a Europa ocidental de 1000 a 1300 (século X e XIII) : Itália, Alemanha, Holanda Bélgica, Luxemburgo, Suíça, França, Inglaterra, Espanha e Portugal. CÁP. 17 –PÁG. 207 Fonte : FRANCO JR., Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. Atlas de História Geral. São Paulo: SCIPIONE, 1993.p.23.
Rotas comerciais O comércio ganhou significativo impulso com o aumento da produção agrícola, o desenvolvimento do artesanato urbano e o maior contato com os povos orientais ( renascimento comercial). CÁP. 17 –PÁG. 207 Rota comercial do norte (mar do Norte) Comandado pela Liga Hanseática (confederação político-econômica comerciantes alemães – séc. XIII). Rota comercial do sul (mar mediterrâneo) Gênova e Veneza (importação de especiarias/artigos de luxo).
CÁP. 17 –PÁG. 207 Interligando essas rotas, havia uma extensa rede de vias terrestres. Nos principais cruzamentos dessas vias, foram sendo organizadas grandes feiras comerciais. Destaques : Champagne (França); Flandres (França e Bélgica), Veneza e Gênova (Itália) e Colônia e Frankfurt (Alemanha).
Corporações de ofícios Com a expansão do comércio/produção artesanal, os artesãos organizaram-se em corporações de ofício, também conhecidas como guildas ou grêmios. Objetivos : defender os interesses dos artesãos , regulamentar o exercício da profissão e controlar o fornecimento de seus produtos. Ensino artesanal : três estágios (aprendiz, oficial e mestre); mestre = estabelecer oficina de trabalho. CÁP. 17 –PÁG. 207
Burguesia Nas proximidades das rotas comerciais, desenvolveram-se diversas cidades. No princípio, muitas delas eram cercadas por altas muralhas, constituindo um núcleo urbano fortificado, denominado burgo. CÁP. 17 –PÁG. 207
Os habitantes dos burgos, basicamente comerciantes e artesãos, eram chamados de burgueses. Com expansão do comércio/artesanato, houve uma ascensão social da burguesia, ou seja do grupo de homens de negócios que viviam nas cidades, livres dos laços feudais. CÁP. 17 –PÁG. 207
CÁP. 17 –PÁG. 207 A princípio, muitas cidades pagavam taxas/impostos ao senhor feudal, pois estavam localizadas em áreas de seu domínio. Os burgueses exigiam direitos estabelecidos em documentos como os de livre comércio e liberdade para os cidadãos que preservavam a autonomia da cidade diante do poder do senhor feudal.
“ o ar da cidade torna o homem livre” ( ditado alemão) COMUNA = burgo que havia conseguido a independência de um senhor feudal. A administração da comuna ficava a cargo dos comerciantes mais ricos, que se encarregavam da defesa, da elaboração de leis e de tribunais, da cobrança de impostos e da construção de obras. Assim, as cidades tornaram-se locais onde se procurava dar segurança e liberdade para aqueles que desejavam romper com a rigidez da sociedade feudal. CÁP. 17 –PÁG. 207
Os séculos de crise do final da Idade Média Séc. XIV e XV – sociedades da Europa ocidental Depressão e o esgotamento do sistema feudal. CÁP. 17 –PÁG. 207 Contribuiu para essas crises = expansão econômica e populacional das sociedades cristãs medievais.
Crise agrícola e fome CÁP. 17 –PÁG. 207 As terras de boa qualidade tinham se tornado raras devido à expansão agrícola, e a ocupação de solos menos férteis pela agricultura resultou em queda da produtividade. A derrubada das florestas para ampliação de áreas agricultáveis era dificultada por muitos nobres feudais, pois elas eram o ambiente natural para a caça e fonte de produtos como mel e cera. Em várias regiões europeias, houve também perdas de colheita, provocadas por fatores climáticos (frio intenso, às vezes secas) , guerras, técnicas inadequadas de cultivo etc.
O conjunto desses fatores ocasionou uma grave escassez de alimentos, o que levou milhares de pessoas a morrerem de fome e muitas outras a sobreviverem em grave estado de subnutrição. CÁP. 17 –PÁG. 207
Peste Negra Enfraquecida pela fome e pela subnutrição, enorme parcela da população europeia tornou-se vítima de moléstias contagiosas, como a peste negra (1347 – 1350), epidemia do Oriente levada à Europa por um navio genovês onde havia os agentes propagadores da doença. CÁP. 17 –PÁG. 207
CÁP. 17 –PÁG. 207 Peste negra : expressão que se refere à doença provocada pelo bacilo Pasteurella pestis , com duas formas principais de transmissão: a bubônica (contágio pela picada de pulga vindas dos ratos portadores do bacilo) e a pulmonar (contaminação de uma pessoa para outra). Às vezes, o bacilo era transmitido pela tosse ou simplesmente pelo hálito.
CÁP. 17 –PÁG. 207 A moléstia provocava infecção pulmonar, que geralmente levava à morte. Como não se conhecia remédio contra ela, os doentes contaminados eram isolados, para evitar novos contágios. Houve sucessivos surtos durante o séc. XIV na Europa ocidental. Calcula-se que um terço dessa população tenha morrido vitimado pela doença .
Guerras e Crise Social CÁP. 17 –PÁG. 207 As lutas da cristandade contra muçulmanos e pagãos haviam canalizado o espírito guerreiro da nobreza feudal. As Cruzadas = válvula de escape para agressividade dos nobres e cavaleiros cristãos. Na segunda metade do séc. XIII, porém, elas chegaram ao fim. Sem um inimigo externo, esse espírito guerreiro deu origem a conflitos internos, isto é, dentro do próprio mundo cristão .
Diversas cidades saqueadas; Inúmeras plantações devastadas; Crises de abastecimento; Alta no preço dos alimentos; Prejuízo na atividade comercial. CÁP. 17 –PÁG. 207 CONSEQUÊNCIAS: Intranquilos, a burguesia e os camponeses revoltavam-se contra a exploração pela nobreza feudal e a incapacidade dos reis de garantir a ordem e proteger a população.
Guerra dos Cem anos CÁP. 17 –PÁG. 207 Ocorreu entre 1337-1453, entre França e Inglaterra; Causas : sucessão dinástica na França e a disputa pela rica região de Flandres , onde se desenvolvia a manufatura de lã. Consequências: - prejuízo vida econômica da França e da Inglaterra, empobrecendo grande parcela da nobreza feudal. - Após seu término, a autoridade do rei estava fortalecida – o que, posteriormente, possibilitou a construção de uma monarquia centralizada.
Crise religiosa e divisão CÁP. 17 –PÁG. 207 Em 1309 , O papa Clemente V transferiu a sede da Igreja Católica para a cidade francesa de Avignon, buscando manter boas relações com o rei da França e fugir das perturbações políticas que agitavam a Itália. Foi uma decisão que, anos mais tarde, traria sérias consequências ao universo da Igreja Católica e da fé cristã.
Grande Cisma do Ocidente CÁP. 17 –PÁG. 207 1378-1417 – Crise dentro da Igreja, devido mudança da sede do papado. Grande Cisma do Ocidente = período em que a Igreja foi governada por dois papas, um em Roma e outro em Avignon. 1418 – Concílio de Constância – Igreja recuperou sua unidade, elegendo um novo papa, instalado em Roma, para comandar a cristandade católica. A crise religiosa colaborou para o surgimento de várias doutrinas contrárias aos dogmas da Igreja Católica.
ATIVIDADE Nº11 COMPREENDENDO PÁG. 211 (1 A 6); COMPREENDENDO PÁG. 213 (1 A 4); DE OLHO NA UNIVERSIDADE PÁG. 214 (Questão 1). 4º BIMESTRE CAPÍTULO 17 – SÉCULOS FINAIS DA IDADE MÉDIA – PÁG. 207 SOMENTE RESPOSTAS