Segundo Reinado - Crises

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Segundo Reinado CRISES

Finda a Guerra do Paraguai, a monarquia passou a apresentar visíveis sinais de desgaste. Deste modo, ocorreram as chamadas questões que levariam ao fim a Monarquia no Brasil.

QUESTÃO MILITAR

A Guerra do Paraguai teve grande influência sobre a contestação à monarquia, pois, além de provocar enorme rombo financeiro, fortaleceu o Exército em detrimento da Guarda Nacional, composta pela oligarquia rural.

Os militares, imbuídos da filosofia positivista e de seu valor e importância adquiridos nos campos de batalha, passaram a exigir uma participação mais ativa na vida política do país. Aos poucos, suas queixas foram se tornando públicas, destacando-se um grupo de oficiais que difundia o ideal republicano e o positivismo , sob a liderança de Benjamim Constant.

Positivismo? O positivismo foi uma corrente filosófica iniciada por  Auguste Comte , onde as idéias de percepção humanas são baseadas na observação, exatidão, deixando de lado teorias e especulações da Teologia e Metafísica. Segundo Comte, as ciências que são positivistas são a  Matemática ,  Física , Astronomia,  Química ,  Biologia  e a recém criada  Sociologia , que se baseia em dados estatísticos. Os positivistas acreditam que a ciência é cumulativa, transcultural (não interessa em qual cultura surgiu, serve para toda a humanidade). Novas idéias podem surgir sem ser  continuação  de conceitos velhos, como “entidades de um tipo podem ser redutíveis a entidades de outro”, por exemplo, o que se passa na cabeça de uma pessoa pode ser explicado pelas reações químicas no cérebro. A frase na  bandeira brasileira  é baseada no lema de Comte sobre o positivismo. Ele dizia “amor como princípio e ordem como base; progresso como objetivo”, e o criador de nossa bandeira simplificou para “Ordem e Progresso”. Isto aconteceu no período onde a monarquia foi derrubada, e instalada uma república pelas pessoas que seguiam os pensamentos de Auguste.

A crise entre militares do Exército e a monarquia tornou-se cada vez mais tensa . Prisões, demissões e transferências de oficiais levaram o Exército a se afastar cada vez mais do Império, criando um clima favorável à difusão dos ideais republicanos, o que influenciou as camadas médias urbanas pró-República. Caso Sena Madureira – 1883 Caso Cunha Matos

A questão religiosa

CONTEXTO: A Constituição de 1824 estabelecia a união Igreja-Estado, seguindo um antigo costume português. De acordo com esse costume, cabiam ao imperador o direito do padroado, que lhe permitia a escolha dos clérigos para os cargos mais importantes da Igreja, no Brasil, e o direito do beneplácito, que estabelecia que as ordens papais (bulas ou decretos) só seriam aplicadas no Brasil com o consentimento (beneplácito) do imperador.

Em 1872, eclodiu, no Brasil, a “questão religiosa”, cujas origens remontam a 1870, quando ocorreu a unificação italiana, cujos líderes eram da maçonaria. Durante o processo dessa unificação, os italianos anexaram os Estados papais, denominados de Patrimônio de São Pedro, e estabeleceram Roma como a capital italiana. O P apa Pio IX , recusando-se a aceitar a perda de seus territórios, declarou-se prisioneiro do rei italiano e abriu guerra contra a maçonaria.

O papa promulgou a bula Syllabus Errorum , em que condenava a maçonaria e proibia clérigos e fiéis de frequentarem e pertencerem aos quadros maçons . Lançando mão do beneplácito , o imperador proibiu o cumprimento da bula papal, uma vez que a maior parte da elite e do governo pertencia à maçonaria.

Entretanto, os bispos de Olinda e de Belém, desrespeitando a ordem imperial, resolveram acatar a ordem papal, suspendendo irmandades religiosas que se recusavam a afastar os membros maçons . Após muita polêmica, os bispos D. Vital Gonçalves de Oliveira e D. Antônio Macedo Costa foram presos e condenados a quatro anos de reclusão com trabalhos forçados. Embora eles tenham sido anistiados em 1875, a prisão dos dois bispos afastou a Igreja do Império, assim como muitos fiéis ficaram chocados com o procedimento imperial, o que desgastou as já frágeis estruturas imperiais.

Questão da abolição

Calcula-se que, desde o século XVI, quando Tomé de Sousa iniciou o tráfico, tenham ingressado no Brasil cerca de 5 milhões de escravos.

Consequências da abolição do tráfico Entre as várias consequências, podemos destacar as seguintes: –– Imigração, principalmente de italianos e alemães, que, aos poucos, foram sendo introduzidos na lavoura cafeeira.

–– Surto industrial: aumento das atividades comerciais e industriais, em que o grande destaque foi o empreendedorismo de Irineu Evangelista de Sousa, o barão de Mauá. –– Tráfico interno de escravos de áreas decadentes, como o Nordeste e centros mineradores, para áreas em desenvolvimento – cafeicultura –, como o Vale do Paraíba.

Influenciados por essas mudanças, alguns setores da sociedade deram os primeiros passos para a extinção do trabalho escravo. Em contrapartida, os proprietários rurais achavam que o Brasil iria à falência e se instalaria o caos caso houvesse a extinção da escravatura.

A campanha antiescravidão ganhou força interna após a Guerra do Paraguai, enquanto, externamente, a pressão aumentou, especialmente após o final da Guerra de Secessão, nos EUA, em que a escravidão foi abolida (1865).

A campanha abolicionista tornou-se mais violenta: fugas de escravos eram incentivadas e acobertadas, e o Exército, que até então era obrigado a recapturar os “fujões”, recusou-se a cumprir tal tarefa. No “Manifesto de 1888”, os militares afirmaram que, no Exército, não havia “capitães do mato”.

A pressão sobre o governo crescia sob a liderança de abolicionistas na Corte, como José do Patrocínio, Luís Gama, Joaquim Nabuco, André Rebouças, e a situação tornava-se cada vez mais insustentável.

Sem o apoio do Exército, desgostoso com a questão militar, e da Igreja, desgostosa com a questão religiosa, o Império perdeu seu último apoio com a Lei Áurea: os fazendeiros escravocratas tiveram suas propriedades (escravos) abolidas sem indenização. O Império já não tinha mais serventia.
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