Setores conservadores: críticas à educação sexual.
Movimentos sociais e ONGs: defesa como direito.
Organismos internacionais (ONU, OMS, UNESCO).
Educação Sexual na Cultura Pop
Sex Education (série Netflix): diálogos abertos sobre sexualidade.
Juno (filme): gravidez na adolescência.
Músicas que discutem sexualidade (nacionais e internacionais).
Desafios Atuais
Tabus e desinformação.
Resistência cultural e religiosa.
Desigualdade regional no acesso a políticas.
Caminhos e Recomendações
Fortalecer políticas públicas.
Formação de professores.
Campanhas midiáticas e diálogo com famílias.
Conclusão e Reflexão
Educação sexual como direito humano.
Saúde, prevenção e cidadania.
“Educar é proteger e empoderar.”
Size: 424.6 KB
Language: pt
Added: Sep 07, 2025
Slides: 21 pages
Slide Content
Educação Sexual e ISTs Seminário – Promoção da Saúde II
Introdução Objetivo da apresentação: contextualizar a importância da educação sexual na prevenção das ISTs. Dados de impacto: Taxas de ISTs no Brasil (HIV, sífilis, HPV, etc.). Crescimento de casos entre adolescentes e jovens. ISTs: desafio crescente entre jovens e adolescentes (MS, 2023) Redução no uso de preservativos (UFMG) Importância da educação sexual crítica e continuada
Políticas Públicas de Saúde PAISM (1984): Planejamento familiar e contracepção Atenção Primária à Saúde: porta de entrada, ações educativas e distribuição de preservativos Programa Saúde na Escola (PSE): integração saúde-escola Política Nacional de Saúde Integral LGBT (2011): atendimento inclusivo e prevenção
Evidências Científicas OMS/UNAIDS (2019): Educação sexual reduz ISTs e gravidez precoce Revisão sistemática (PubMed, 2007): programas escolares reduzem riscos Estudo PLOS One (2023): adolescentes = quase metade dos casos de ISTs no Brasil Educação sexual = saúde pública, não ideologia
Posicionamentos Sociais Apoios: ONGs, profissionais de saúde, UNICEF, FEBRASGO Resistências: setores conservadores e religiosos, famílias Questão ética: direito à informação x valores familiares Exemplo no Brasil: debates sobre preservativos e gênero nas escolas
Recursos Didáticos Série Sex Education (Netflix): preservativos e consentimento Documentário Meninas (2006): gravidez precoce e vulnerabilidade Música 'Como Nossos Pais' – Elis Regina: choque de gerações Música 'Amor de Verdade' – MC Kekel e MC Rita: relações superficiais Dinâmica: quiz mito ou verdade (ex: camisinhas têm validade?)
Conclusão e Debate Educação sexual é direito humano e estratégia de saúde pública Políticas existem, mas enfrentam desafios Evidências comprovam sua eficácia Mensagem final: Educação sexual salva vidas, promove saúde e autonomia Perguntas: Família ou escola? Redes sociais ajudam? Como superar tabus?
A educação sexual emerge como um pilar indispensável da promoção da saúde, sobretudo quando se trata da prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). No Brasil, jovens e adolescentes são os que mais contribuem para o aumento das ISTs, apesar de representarem apenas uma parte da população sexualmente ativa . Esse dado demonstra que o problema não está só na exposição biológica, mas também na insuficiência ou inadequação das estratégias educativas e preventivas. Adicionalmente, estudos nacionais revelam que mesmo estudantes universitários, com acesso à informação, apresentam níveis de conhecimento medianos ou baixos sobre ISTs, especialmente HIV/AIDS, o que se reflete diretamente em comportamentos sexuais de risco . Esses elementos ilustram que o simples acúmulo de informação não é suficiente — é preciso educar de forma crítica, contextualizada e contínua. Também é relevante reconhecer o papel das escolas: são ambientes privilegiados para mediar a educação sexual entre família e adolescente. Estudos apontam que a ausência dessas discussões no ambiente escolar agrava vulnerabilidades como gravidez precoce e infecções, além de contribuir para evasão escolar . Portanto, é urgente reconhecer que a educação sexual integral não apenas fornece informação necessária, mas também combate desigualdades, promove autonomia e contribui para reduzir adversidades sociais
Por que, mesmo com tanta informação, ainda existem tantos casos de ISTs entre os jovens?
A educação sexual encontra diferentes reações sociais no Brasil:
Posicionamentos Sociais Apoio Organizações e movimentos sociais — ONGs, profissionais de saúde e educadores defendem a educação sexual como direito humano e ferramenta de saúde pública e cidadania, promovendo autonomia e igualdade de gênero. Resistência Setores conservadores e religiosos — expressam preocupações de que a educação sexual incentive a sexualidade precoce, ainda que estudos defendam o contrário . Famílias que defendem exclusividade da educação sexual no âmbito restrito da casa, temendo entrar em conflito com valores pessoais ou religiosos. Questões Éticas O debate ético se concentra em garantir o direito dos jovens à informação enquanto se respeita a pluralidade de valores familiares. A escola aparece como espaço responsável por oferecer um ambiente seguro e neutro para a mediação dessa discussão. Como é visto no Brasil Organizações como FEBRASGO e SBRASH defendem a incorporação da educação sexual no currículo escolar para reduzir violência sexual e comportamentos de risco . Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2015 e 2021, foram notificados mais de 200 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, demonstrando que a escola pode ser um espaço de acolhimento e denúncia . Esses aspectos revelam que, no Brasil, o apoio à educação sexual convive com resistências significativas, e é preciso destacar sua importância em contextos de vulnerabilidade e proteção.
É fundamental reconhecer as políticas que embasam a educação sexual e prevenção de ISTs no Brasil: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher & Planejamento Familiar (PAISM) Instituída em 1984, foi uma das primeiras iniciativas no Brasil a estabelecer o planejamento familiar como parte da atenção integral à saúde da mulher, reconhecendo o direito ao acesso a métodos contraceptivos e orientações reprodutivas . Atenção Primária à Saúde (APS) A APS é a porta de entrada do sistema de saúde e deve atuar de forma integral, longitudinal e coordenada. A saúde sexual e reprodutiva, incluindo prevenção de ISTs, está entre as responsabilidades de ações educativas e de oferta de insumos como preservativos . Programa Saúde na Escola (PSE) Um estudo recente usa métodos robustos para identificar que o PSE melhora significativamente o conhecimento em saúde sexual entre adolescentes, com maior impacto em meninas . Política Nacional de Saúde Integral LGBT Criada em 2011, essa política visa combater desigualdades de acesso à saúde e reforça a importância de um atendimento inclusivo, o que inclui educação sexual e prevenção de ISTs com foco na população LGBTQIAPN+ . Essas políticas demonstram que o Brasil possui marcos estruturais relevantes, mas que a efetiva implementação exige conscientização, recursos e formação adequada dos profissionais de saúde e educadores.
Tabela de dados referentes a pesquisa internacional sobre programas de educação sexual. Fonte: UNESCO
Educação sexual nas escolas reduz comportamentos de risco Revisões sistemáticas indicam que intervenções escolares de prevenção sexual reduzem comportamentos de risco entre adolescentes, evidenciando benefícios mensuráveis em curto prazo . Promoção da autonomia e prevenção de ISTs como ferramenta de vida Estudos recentes (2025) no Brasil mostram que a articulação entre saúde, educação e assistência social fortalece a prevenção de ISTs e promove um ambiente de diálogo e respeito à autonomia juvenil . Barreiras de acesso na APS para jovens Investigação qualitativa envolvendo jovens de cinco regiões brasileiras revelou que enfrentam dificuldades em acessar serviços de saúde sexual por causa de filas longas, falta de preparo dos profissionais e estigma . Alta prevalência de ISTs entre adolescentes e jovens Um estudo realizado em Brasília mostrou que adolescentes e jovens representam quase metade dos casos de ISTs no Brasil e no mundo, evidenciando a necessidade urgente de estratégias educativas eficazes .
1. Início da atividade sexual 👉 Conclusão: em nenhum país a educação sexual fez adolescentes começarem a vida sexual mais cedo. 2. Frequência da relação sexual 👉 Conclusão: a maior parte não teve mudança; onde houve impacto, foi de redução. 3. Número de parceiros sexuais 👉 Conclusão: a educação sexual reduziu o número de parceiros em quase metade dos estudos. 4. Uso de preservativos 👉 Conclusão: em nenhum país houve redução no uso de preservativos — pelo contrário, muitos mostraram aumento. 5. Uso de anticoncepcionais 👉 Conclusão: tendência a aumentar o uso de métodos contraceptivos. 6. Comportamentos sexuais de risco 👉 Conclusão: em mais da metade dos casos, a educação sexual reduziu comportamentos de risco. 📌 Resumo didático da tabela A educação sexual não antecipa a vida sexual. Em vários países, ela retardou o início das relações. Também diminuiu o número de parceiros, reduziu comportamentos de risco e aumentou o uso de preservativos e anticoncepcionais. Nos poucos casos de “sem impacto significativo”, não houve piora. 👉 Ou seja: nenhum dado sustenta a ideia de que educação sexual prejudica — pelo contrário, só traz benefícios.