A atual bandeira de Portugal foi utilizada pela primeira vez após a Revolução de outubro de 1910, que destronou a monarquia e implementou a República. Um dos principais símbolos de Portugal é a esfera armilar , um predecessor do astrolábio - instrumento de navegação para acompanhar o movimento das estrelas, possibilitando o cálculo de trajetos. Foi introduzido em Portugal pelos Cavaleiros Templários, na qual o Infante D. Henrique era o Grão-mestre da Ordem. A partir do século 16, foi utilizada como símbolo na bandeira de Portugal e também da colônia do Brasil, presente até na bandeira do Império Brasileiro até a Proclamação da República. Dentro da Esfera Armilar, há o brasão de armas simplificado de Portugal, com 5 pequenos escudos azuis e 5 círculos brancos em seu interior, além de 7 fortes amarelos em suas bordas, elementos que compõe a bandeira desde 1248. Os círculos representariam as Cinco Chagas de Cristo , as cinco feridas que Jesus sofreu na crucificação (2 nas mãos, 2 nos pés e uma no peito) também representando os 5 reis mouros derrotados em 1139. A soma das 5 Chagas dos 5 escudos totaliza 25 chagas, contudo o escudo do meio é contabilizado 2 vezes, chegando no número 30, que representa as 30 moedas de prata que Judas recebeu para denunciar Jesus. A adoção dos escudos na bandeira faz parte de um significado divino, pois na Batalha de Ourique em 1139, o rei D. Afonso Henriques disse que teve uma visão de Jesus que lhe auxiliou a vencer a batalha, colocando os escudos na bandeira como agradecimento pelo feito. Os 7 fortes amarelos na bandeira, inicialmente eram 16 em 1248, reduzidos para 12 em 1385 e fixado em 7 a partir de 1485. Eles simbolizariam a vitória dos portugueses e de D. Afonso III sobre os Mouros, em Algarve. Contudo, outra explicação é que os fortes originaram-se do brasões da família de D. Afonso III com Castela, que também possuíam castelos dourados. Desde 1891, o vermelho e o verde tornaram-se as cores do Partido Republicano. O significado das cores foi apenas explicado durante o Estado Novo na década de 30, atribuindo o verde a esperança e o vermelho ao sangue dos republicanos. Modificar as cores reais também marcaria a criação de um estado secular, já que o azul era a cor de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal desde o século 17. https://bit.ly/3iKtuzB