Esta singela obra que publico faz parte de uma coleção que estou lançando sobre o Oriente Médio. Em especial os lugares que visitei em maio de 2023 pela caravana da LAUF IM TALI com cerca de 50 peregrinos brasileiros onde fomos visitar as terras bíblicas. Neste volume dediquei-me a fazer uma de...
Esta singela obra que publico faz parte de uma coleção que estou lançando sobre o Oriente Médio. Em especial os lugares que visitei em maio de 2023 pela caravana da LAUF IM TALI com cerca de 50 peregrinos brasileiros onde fomos visitar as terras bíblicas. Neste volume dediquei-me a fazer uma descrição sobre o monte Sinai do Mosteiro de Santa Catarina e ao final uma discussão mais ampla sobre o segundo candidato a ser o verdadeiro monte Sinai, o do golfo de Aqaba na Arábia Saudita. Aqui contém meus registros fotográficos desta viagem que começou no Cairo até o Sinai pelo deserto da península. Quem pretende viajar e escalar o Sinai, este livro vai ser de valia, como também aos monoteístas [cristãos, judeus e muçulmanos] que estudam a Bíblia e querem se aprofundar nas coisas de Deus. Um capítulo trato da minha experiência espiritual que tive no Monte Sinai. Durante um ano e meio eu pensava todos os dias como seria esta minha escalada no Sinai ao mesmo tempo em que sentia que durante esta peregrinação de duas semanas pelas terras bíblicas eu teria um encontro com Deus e não deu outra, e quis o Senhor que fosse no Sinai de forma surpreendente. Minha jornada com Deus começou em 1985 e quase quarenta anos depois Javé me presenteou com esta peregrinação. A todo instante uma voz dizia dentro de mim diante de tudo que via: Este é meu presente para você. Por esta razão desde aquele primeiro dia da peregrinação, até hoje ainda derramo lágrimas todos os dias de alegria. “Aconselho ninguém a ir a Terra Santa, vai que você tem um encontro com Deus??”
Size: 6 MB
Language: pt
Added: Sep 14, 2024
Slides: 210 pages
Slide Content
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 2 ]
CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
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nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste
em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de
vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o
único Deus Todo-Poderoso.
OBRIGADO PELA COLABORAÇÃO!
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 3 ]
Foto intitulada: A TRINDADE DO SINAI
DEDICATÓRIA
Dedico este livro AS TRÊS MENINAS BEDUÍNAS
DO DESERTO DO SINAI, não sei quais eram os seus
nomes, mas depois de tê-las encontrado no meio da
montanha, eu sinto uma alegria indizível, inexprimível
todos os dias.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 4 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados
tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores,
a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si
mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de
entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa
existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a
caminhada para o conhecimento é gradual e não
alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente
não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste
livro você encontrará algumas respostas para alguns dos
dilemas de nossa existência.
AUTOR: Escriba de Cristo é licenciado em C iências
Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos;
possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de
Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de
Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela
USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas
Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo
SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu
em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de
Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao
ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou
participar de eventos, evitando convívio social.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 5 ]
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com
áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
https://youtube.com/@escribadecristo
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
M543 O PEREGRINO CRISTÃO
Central de Ensinos Bíblicos 1969 –
SINAI, O MONTE DE DEUS
Península do Sinai/ Egito, Livrorama
Bibliomundi, Amazon.com, 2023, 209 p. ; 21 cm
[ 6 ]
Conteúdo
SIGNIFICADO RELIGIOSO................................................ 10
JUDAÍSMO E CRISTIANISMO .......................................... 10
ISLAMISMO ......................................................................... 11
JABAL MUSA ........................................................................ 13
MONTE SERBAL, SUL DA PENÍNSULA DO SINAI ...... 20
PENÍNSULA DO SINAI DO NORTE ............................... 20
EDOM/NABATEIA ............................................................ 21
PENÍNSULA ARÁBICA ...................................................... 24
UM VULCÃO ........................................................................ 25
JABAL AL-LAWZ ................................................................. 25
O NEGEV ............................................................................. 27
MONTE HERMOM ............................................................ 28
ASCENSÃO E CUME ......................................................... 28
NASCER DO SOL ............................................................... 29
VISTA DO CUME ................................................................. 29
OS ÚLTIMOS METROS DA SUBIDA DA MONTANHA . 32
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 7 ]
DESCIDA .............................................................................. 32
CAMINHADA ATÉ O TOPO DO MONTE SINAI ........... 39
Um passeio incrível no monte onde Moisés recebeu os 10
mandamentos ........................................................................................... 39
Monte Sinai: Hora de preparar as pernas para a subida. ...... 41
Enfim, chegamos ao topo do Monte Sinai .................................... 42
Monte Sinai: Chegou a hora da descida ....................................... 44
Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina ............................................ 45
DEPOIMENTOS SOBRE A SUBIDA ................................ 47
GEOLOGIA .......................................................................... 64
ATIVIDADES SÍSMICAS ..................................................... 65
CONFIGURAÇÕES GEOLÓGICAS ................................... 66
ESTRATIGRAFIA DO GOLFO DE SUEZ ......................... 67
ÁGUA SUBTERRÂNEA NA PENÍNSULA DO SINAI ..... 76
OCORRÊNCIA DE FONTES TERMAIS .......................... 77
OYUN MOUSA .................................................................... 79
RAS SIDR .............................................................................. 80
ÁREA HAMMAM FARAÓ ................................................... 81
ÁREA HAMMAM MOUS A .................................................. 83
ÁGUA SUBTERRÂNEA DE WADI FEIRAN .................... 84
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 8 ]
ESTIVE COM DEUS NO SINAI ........................................ 85
O SINAI NA BÍBLIA .......................................................... 129
MOISÉS NO MONTE SINAI ........................................... 135
PROFETA ELIAS NO SINAI ............................................ 142
APÊNDICE ........................................................................ 158
Êxodo pela Arábia – Monte Sinai verdadeiro ............. 158
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 9 ]
INTRODUÇÃO
Esta singela obra que publico faz parte de uma
coleção que estou lançando sobre o Oriente Médio. Em
especial os lugares que visitei em maio de 2023 pela
caravana da LAUF IM TALI com cerca de 50 peregrinos
brasileiros onde fomos visitar as terras bíblicas. Neste
volume dediquei-me a fazer uma descrição sobre o monte
Sinai do Mosteiro de Santa Catarina e ao final uma
discussão mais ampla sobre o segundo candidato a ser o
verdadeiro monte Sinai, o do golfo de Aqaba na Arábia
Saudita. Aqui contém meus registros fotográficos desta
viagem que começou no Cairo até o Sinai pelo deserto da
península. Quem pretende viajar e escalar o Sinai, este
livro vai ser de valia, como também aos monoteístas
[cristãos, judeus e muçulmanos] que estudam a Bíblia e
querem se aprofundar nas coisas de Deus. Um capítulo
trato da minha experiência espiritual que tive no Monte
Sinai. Durante um ano e meio eu pensava todos os dias
como seria esta minha escalada no Sinai ao mesmo
tempo em que sentia que durante esta peregrinação de
duas semanas pelas terras bíblicas eu teria um encontro
com Deus e não deu outra, e quis o Senhor que fosse no
Sinai de forma surpreendente. Minha jornada com Deus
começou em 1985 e quase quarenta anos depois Javé
me presenteou com esta peregrinação. A todo instante
uma voz dizia dentro de mim diante de tudo que via: Este
é meu presente para você. Por esta razão desde aquele
primeiro dia da peregrinação, até hoje ainda derramo
lágrimas todos os dias de alegria. “Aconselho ninguém a
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 10 ]
ir a Terra Santa, vai que você tem um encontro com
Deus??”
Monte Sinai (hebraico: ר ַה יַני ִס Har Sīnay; aramaico:
ܐܪܘܛ ܝܢܝܣܕ Ṭūrāʾ Dsyny), também conhecido como Jabal
Musa (árabe: لَبَج ىَسوُم, tradução: Montanha de Moisés), é
uma montanha na Península do Sinai de Egito. É
possivelmente a localização do bíblico Monte Sinai, o
lugar onde, de acordo com a Torá, a Bíblia e o Alcorão,
Moisés recebeu os Dez Mandamentos.
É uma montanha moderadamente alta de 2.285
metros (7.497 pés) perto da cidade de Santa Catarina, na
região hoje conhecida como Península do Sinai. É
cercada por todos os lados por picos mais altos na
cordilheira da qual faz parte. Por exemplo, fica ao lado do
Monte Catherine que, com 2.629 m ou 8.625 pés, é o pico
mais alto do Egito. [2]
SIGNIFICADO RELIGIOSO
JUDAÍSMO E CRISTIANISMO
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 11 ]
Imediatamente ao norte da montanha fica o
Mosteiro de Santa Catarina, do século VI. O cume tem
uma mesquita que ainda é usada pelos muçulmanos e
uma capela ortodoxa grega, construída em 1934 sobre as
ruínas de uma igreja do século XVI, que não é aberta ao
público. A capela encerra a rocha que é considerada a
fonte das Tábuas de Pedra bíblicas. No cume também
está a "caverna de Moisés", onde se diz que Moisés
esperou para receber os Dez Mandamentos.
ISLAMISMO
O Jabal Musa está associado ao profeta islâmico
Musa (Moisés). Em particular, existem numerosas
referências a Jabal Musa no Alcorão, onde é chamado de
Ṭūr Saināʾ, Ṭūr Sīnīn, e aṭ-Ṭūr e al-Jabal (ambos
significando "o Monte"). Quanto ao adjacente Wād Ṭuwā
(Vale de Tuwa), é considerado muqaddas (sagrado), e
uma parte dele é chamada de Al-Buqʿah Al-Mubārakah
("O Lugar Abençoado"). É o lugar onde Musa falou com
seu Senhor.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 12 ]
Mesquita no cume do Monte Sinai.
Capela no alto do monte Sinai.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 13 ]
JABAL MUSA
Mosteiro de Santa Catarina
As referências mais antigas a Jabal Musa como
Monte Sinai ou Monte Sinai sendo localizado na atual
Península do Sinai são inconclusivas. Há evidências de
que antes de 100 d.C., bem antes do período monástico
cristão, os sábios judeus equiparavam Jabal Musa ao
Monte Sinai. Graham Davies, da Universidade de
Cambridge, argumenta que as primeiras peregrinações
judaicas identificaram Jabal Musa como o Monte Sinai e
essa identificação foi posteriormente adotada pelos
peregrinos cristãos. R.K. Harrison afirma que "Jabal Musa
... parece ter desfrutado de uma santidade especial muito
antes dos tempos cristãos, culminando em sua
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 14 ]
identificação com o Monte Sinai". em parte por inscrições
descobertas na área. No século 6, o Mosteiro de Santa
Catarina foi construído na base desta montanha em um
local que se afirma ser o local da sarça ardente bíblica.[2]
Josefo escreveu que "Moisés subiu a uma
montanha que ficava entre o Egito e a Arábia, chamada
Sinai". Josefo diz que o Sinai é "a mais alta de todas as
montanhas ao redor" e é "a mais alta de todas as
montanhas que existem naquele país, e não é apenas
muito difícil de ser escalado pelos homens, devido à sua
vasta altitude, mas porque da nitidez de seus precipícios".
O tradicional Monte Sinai, localizado na Península do
Sinai, é na verdade o nome de uma coleção de picos, às
vezes chamados de picos da Montanha Sagrada, que
consiste em Jabal Musa, Monte Catherine e Ras
Sufsafeh. Etheria (por volta do século IV dC) escreveu:
"Todo o grupo montanhoso parece ser um único pico,
mas, ao entrar no grupo, [você vê que] há mais de um."
O pico mais alto da montanha é o Monte Catherine,
subindo 2.610 metros acima do mar e seu pico irmão,
Jabal Musa (2.285 m), não está muito atrás em altura,
mas é mais visível por causa da planície aberta chamada
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 15 ]
er Rachah ("a vasta"). O monte Catarina e Jabal Musa
são ambos muito mais altos do que quaisquer montanhas
no deserto do Sinai, ou em toda Midiã. Os cumes mais
altos do deserto de Tih, ao norte, não ultrapassam muito
os 1.200 mt. As de Midian, a leste de Elath, sobem
apenas 1.300 mt. Mesmo Jabal Serbal, 30 quilômetros
(20 milhas) a oeste do Sinai, está no seu ponto mais alto
apenas 2.050 mt acima do mar.[2]
Alguns estudiosos acreditam que o Monte Sinai
era de santidade antiga antes da ascensão de Moisés
descrita na Bíblia.
Estudiosos teorizaram que Sinai derivou em
parte seu nome da palavra Lua, que era "pecado" (que
significa "a lua" ou "brilhar"). Antonino Mártir fornece
algum apoio para a antiga santidade de Jabal Musa,
escrevendo que os pagãos árabes ainda celebravam as
festas da lua lá no século VI. Lina Eckenstien afirma que
alguns dos artefatos descobertos indicam que "o
estabelecimento do culto da lua na península remonta ao
dias pré-dinásticos do Egito." Ela diz que o principal
centro de adoração da Lua parece ter sido concentrado
no sul da península do Sinai, que os egípcios tomaram do
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 16 ]
povo semita que havia construído santuários e campos de
mineração lá. Robinson diz que inscrições com fotos de
objetos de adoração à Lua são encontradas em todo o sul
da península, mas estão faltando em Jabal Musa e no
Monte Catherine.
Grupos de nawamis foram descobertos no sul do
Sinai, criando uma espécie de anel ao redor de Jabal
Musa. Os nawamis foram usados repetidamente ao longo
dos séculos para vários propósitos.
Etéria, do século IV / V dC, observou que seus
guias, que eram os "homens santos" locais, apontaram
essas fundações de pedra redondas ou circulares de
cabanas temporárias, alegando que os filhos de Israel as
usaram durante sua estada lá.
O sul da Península do Sinai contém descobertas
arqueológicas, mas situá-las com o êxodo do Egito é uma
tarefa assustadora, visto que as datas propostas para o
Êxodo variam muito. O Êxodo foi datado do início da
Idade do Bronze até o final da Idade do Ferro II.
A cerâmica egípcia no sul do Sinai durante o final
da Idade do Bronze e início da Idade do Ferro I
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 17 ]
(Ramesside) foi descoberta nos campos de mineração de
Serabit el-Khadim e Timna. Objetos que continham
inscrições proto-sinaíticas, as mesmas encontradas em
Canaã, foram descobertos em Serabit el Khadim no sul
do Sinai. Vários deles foram datados no final da Idade do
Bronze. Esses acampamentos fornecem evidências de
mineiros do sul de Canaã. O local remoto de Serabit el-
Khadem era usado por alguns meses de cada vez, na
melhor das hipóteses a cada dois anos, mais
frequentemente uma vez em uma geração. A viagem para
as minas foi longa, difícil e perigosa. Expedições
chefiadas pelo professor Mazar examinaram o tell de
Feiran, o principal oásis, do sul do Sinai e descobriram
que o local abundava não apenas em fragmentos
nabateus, mas também em fragmentos polidos típicos do
Reino de Judá, pertencentes à Idade do Ferro II.
Edward Robinson insistiu que a planície de ar-
Raaha adjacente a Jabal Musa poderia ter acomodado os
israelitas. Edward Hull afirmou que "este Sinai tradicional
em todos os sentidos atende aos requisitos da narrativa
do Êxodo". Hull concordou com Robinson e afirmou que
não tinha mais dúvidas depois de estudar o grande
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 18 ]
anfiteatro que levava à base do penhasco de granito de
Ras Sufsafeh, que aqui realmente era a localização do
acampamento e o monte de onde as leis de Deus foram
entregues ao acampamento de israelitas abaixo.[2]
F.W. Holland declarou: "Com relação ao
abastecimento de água, não há outro ponto em toda a
Península que seja tão bem abastecido quanto a região
de Jabal Musa... Também não há outro distrito em a
Península que oferece pastagens tão excelentes."
Calculando as viagens dos israelitas, o Atlas
Bíblico afirma: "Essas distâncias não permitirão, no
entanto, que coloquemos o Sinai mais a leste do que
Jabal Musa."
Alguns apontam para a ausência de evidências
materiais deixadas para trás na jornada dos israelitas,
mas o Dr. Beit-Arieh escreveu: "Talvez seja argumentado,
por aqueles que concordam com o relato tradicional da
Bíblia, que a cultura material israelita foi apenas do tipo
mais frágil e não deixou vestígios. Presumivelmente, as
habitações e artefatos israelitas consistiam apenas de
materiais perecíveis." para Cades ou Midiã... uma jornada
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 19 ]
de onze dias de Cades para Horebe pode ser
adequadamente entendida apenas em relação à porção
sul da Península do Sinai."[2]
Os beduínos locais que há muito habitam a área
identificaram Jabal Musa como o Monte Sinai. No século
IV dC, pequenos assentamentos de monges
estabeleceram locais de culto em torno de Jabal Musa.
Um peregrino egípcio chamado Ammonius, que no
passado fez várias visitas à área, identificou Jabal Musa
como o Monte Sagrado no século IV. Imperatriz Helena,
c. 330 EC, construiu uma igreja para proteger os monges
contra ataques de nômades. Ela escolheu o local para a
igreja a partir da identificação que foi transmitida de
geração em geração pelos beduínos. Ela também relatou
que o local foi confirmado para ela em um sonho.
A península do Sinai tem sido tradicionalmente
considerada a localização do Sinai pelos cristãos, embora
a península tenha ganhado seu nome dessa tradição, e
não era chamada assim na época de Josefo ou antes.[2]
O Sinai foi anteriormente habitado pelos Monitu e foi
chamado de Mafkat ou País da Turquesa.)
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 20 ]
A tradição beduína considerava Jabal Musa, que
fica ao lado do Monte Catherine, como a montanha
bíblica, e é esta montanha que os grupos turísticos locais
e grupos religiosos atualmente anunciam como o Monte
Sinai bíblico. Evidentemente, essa visão acabou sendo
adotada também por grupos cristãos, pois no século 16
uma igreja foi construída no pico desta montanha, que foi
substituída por uma capela ortodoxa grega em 1954. [2]
MONTE SERBAL, SUL DA PENÍNSULA DO SINAI
Nos primeiros tempos cristãos, vários anacoretas
se estabeleceram no Monte Serbal, considerando-o a
montanha bíblica, e no século IV um mosteiro foi
construído em sua base.[ No entanto, Josefo afirmou que
o Monte Sinai era "a mais alta de todas as montanhas ao
redor", o que implicaria que o Monte Catarina era
realmente a montanha em questão, se o Sinai fosse
situado na península do Sinai.[2]
PENÍNSULA DO SINAI DO NORTE
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 21 ]
De acordo com estudiosos textuais, na versão JE
da narrativa do Êxodo, os israelitas viajam em linha reta
para Kadesh Barnea do Yam Suph (que significa
literalmente "o Mar Vermelho", mas considerado
tradicionalmente como uma referência ao Mar Vermelho)
e o desvio pelo sul da península do Sinai só está presente
na Fonte Sacerdotal. Vários estudiosos e comentaristas,
portanto, olharam para as partes mais centrais e
setentrionais da península do Sinai em busca da
montanha. O Monte Sin Bishar, na parte centro-oeste da
península, foi proposto para ser o Monte Sinai bíblico por
Menashe Har-El, um geógrafo bíblico da Universidade de
Tel Aviv. O Monte Helal, no norte da península também
foi proposto. Outra sugestão do norte do Sinai é Hashem
el-Tarif, cerca de 30 km a oeste de Eilat, Israel.
EDOM/NABATEIA
Uma vez que Moisés é descrito pela Bíblia como
tendo encontrado Jetro, um queneu que era sacerdote
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 22 ]
midianita, pouco antes de encontrar o Sinai, isso sugere
que o Sinai estaria em algum lugar perto de seu território
na Arábia Saudita; os queneus e os midianitas parecem
residiram a leste do Golfo de Aqaba. Além disso, o
Cântico de Débora, que alguns estudiosos textuais
consideram uma das partes mais antigas da Bíblia, retrata
Deus como tendo habitado no Monte Seir e parece
sugerir que isso equivale ao Monte Sinai; Monte Seir
designa a cordilheira no centro de Edom.
Com base em uma série de nomes e
características locais, em 1927 Ditlef Nielsen identificou o
Jebel al-Madhbah (que significa montanha do Altar) em
Petra como sendo idêntico ao bíblico Monte Sinai; desde
então, outros estudiosos também fez a identificação.
O vale no qual Petra se localiza é conhecido
como Wadi Musa, que significa vale de Moisés, e na
entrada do Siq está o Ain Musa, que significa fonte de
Moisés; o cronista árabe do século 13 Numari afirmou que
Ain Musa foi o local onde Moisés trouxe água do solo,
atingindo-a com sua vara. O Jebel al-Madhbah era
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 23 ]
evidentemente considerado particularmente sagrado, já
que o conhecido edifício ritual conhecido como “O
Tesouro” é esculpido em sua base, o topo da montanha é
coberto por vários altares diferentes e mais de 8 metros
do pico original foram esculpidos. deixar uma superfície
plana com dois obeliscos de 8 metros de altura saindo
dela; esses obeliscos, que marcam o final do caminho
que leva até eles, e agora têm apenas 6 metros de altura,
levaram a montanha a ser conhecida coloquialmente
como Zibb 'Atuf, que significa pênis de amor em árabe.
Artefatos arqueológicos descobertos no topo da
montanha indicam que ela já foi coberta por ardósia azul
brilhante polida, combinando com a descrição bíblica do
trabalho pavimentado de pedra de safira; a pedra
chamada safira nos tempos modernos, pois a safira tinha
um significado diferente, e nem sequer era extraída, antes
da era romana. Infelizmente, a remoção do pico original
destruiu a maioria dos outros vestígios arqueológicos do
final da Idade do Bronze (a datação padrão do Êxodo)
que poderiam ter estado anteriormente presentes. [2]
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 24 ]
PENÍNSULA ARÁBICA
MIDIÃ
Alguns sugeriram um local na Arábia Saudita,
também observando a afirmação do apóstolo Paulo no
primeiro século EC de que o Monte Sinai estava na
Arábia, embora na época de Paulo a região administrativa
romana da Arábia Petraea incluísse tanto a moderna
península do Sinai quanto o noroeste da Arábia Saudita.
Arábia.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 25 ]
UM VULCÃO
Uma possível explicação naturalista sugerida para
o fogo devorador bíblico é que o Sinai poderia ter sido um
vulcão em erupção; isso foi sugerido por Charles Beke,
Sigmund Freud, e Immanuel Velikovsky, entre outros.
Essa possibilidade excluiria todos os picos da península
do Sinai e Seir, mas tornaria vários locais no noroeste da
Arábia Saudita candidatos razoáveis. Em 1873, C. Beke
propôs Jebel Baggir, que ele chamou de Jabal al-Nour
(que significa montanha de luz), uma montanha vulcânica
no extremo norte do Golfo de Aqaba, com Horeb sendo
considerado uma montanha diferente - a vizinha Jebel
Ertowa. A sugestão de Beke não encontrou tanto apoio
acadêmico quanto a sugestão de que o Monte Sinai é o
vulcão Hala-'l Badr, conforme defendido por Alois Musil no
início do século 20, J. Koenig em 1971, e Colin
Humphreys em 2003, entre outros.
JABAL AL-LAWZ
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 26 ]
Um possível candidato dentro da teoria da Arábia
é o de Jabal al-Lawz (que significa 'montanha de
amêndoas'). Os defensores de Jabal al-Lawz incluem L.
Möller, bem como R. Wyatt, R. Cornuke e L. Williams. A.
Kerkeslager acredita que a evidência arqueológica é
muito tênue para tirar conclusões, mas afirmou que "Jabal
al Lawz também pode ser a opção mais convincente para
identificar o Monte Sinai da tradição bíblica" e deve ser
pesquisado. Vários pesquisadores apóiam essa hipótese,
enquanto outros a contestam.[2]
Um dos desenvolvimentos mais recentes foi o
lançamento de um documentário[96] que identifica um
pico dentro da cordilheira Jabal al-Lawz, Jabal Maqla,
como o Monte Sinai;[96] o filme inclui evidências
fotográficas e de vídeo no projeto. [97][98]
Jabal al-Lawz foi rejeitado por estudiosos como
J.K. Hoffmeier, que detalha o que ele chama de "erros
monumentais" de Cornuke e outros.[4][99] G. Franz
publicou uma refutação desta hipótese.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 27 ]
O NEGEV
Embora igualar o Sinai com Petra indicasse que
os israelitas viajaram aproximadamente em linha reta do
Egito via Kadesh Barnea, e localizar o Sinai na Arábia
Saudita sugeriria que Kadesh Barnea foi contornado ao
sul, alguns estudiosos se perguntam se o Sinai estava
muito mais próximo da vizinhança da própria Kadesh
Barnea. A meio caminho entre Kadesh Barnea e Petra, no
sudoeste do deserto de Negev em Israel, está Har
Karkom, que Emmanuel Anati escavou e descobriu ter
sido um importante centro de culto paleolítico, com o
planalto circundante coberto de santuários, altares,
círculos de pedra, pilares de pedra , e mais de 40.000
gravuras rupestres; embora o pico da atividade religiosa
no local data de 2350–2000 aC, o êxodo é datado de 15
de nisã de 2448 (calendário hebraico; 1313 aC), e a
montanha parece ter sido abandonada entre 1950 e 1000
aC, Anati propôs que Jabal Ideid era equiparável ao Sinai
bíblico. Outros estudiosos criticaram essa identificação,
pois, além de ser quase 1.000 anos mais cedo, também
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 28 ]
parece exigir a realocação total dos midianitas,
amalequitas e outros povos antigos, dos locais onde a
maioria dos estudiosos os coloca atualmente.
MONTE HERMOM
De acordo com a pesquisa contestada por I.
Knohl (2012), o Monte Hermon é na verdade o Monte
Sinai mencionado na Bíblia hebraica, com a história
bíblica remanescente de uma antiga batalha das tribos do
norte com os egípcios em algum lugar no vale do Jordão
ou nas colinas de Golã. [2]
ASCENSÃO E CUME
Existem duas rotas principais para o cume. A rota
mais longa e rasa, Siket El Bashait, leva cerca de 2,5
horas a pé, embora camelos possam ser usados. A rota
mais íngreme e direta (Siket Sayidna Musa) é de 3.750
"degraus de penitência" na ravina atrás do mosteiro.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 29 ]
NASCER DO SOL
Todos os dias centenas ou milhares de
peregrinos de todos os povos vão ao monte Sinai para
escala-lo e assistir o nascer do sol. A escalada é feita
sempre a noite devido a condição climática. Subir uma
montanha de mais de 2400 metro de dia debaixo de um
sol escaldante não é recomendável. Mais confortável é a
noite. Eu tive esta experiência gloriosa de assistir o
nascer do sol no Sinai.
VISTA DO CUME
A beleza de contemplar o nascer do sol no monte
Sinai já por si só é uma maravilha da natureza, mas esta
no lugar onde supostamente Moisés esteve e recebeu os
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 30 ]
dez mandamentos é simplesmente fantástico. Mesmo que
Moisés não esteve aqui, a peregrinação a quase dois mil
anos já tornou o local, um lugar marcado por Deus onde
pessoas do mundo inteiro vem para adorarem a Deus.
Na foto um dos beduínos que nos deu grande
assistência a nossa caravana. Nossa irmã Jane tirou esta
foto com ele no momento do nascer do sol no alto do
Sinai.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 31 ]
As vistas do cume do Sinai dá para fazer
incontáveis quadros, dependendo do local que você
esteja a imagem a sua frente toma contornos diferentes, e
a medida que você desce mais gravuras e pinturas
divinas vão surgindo. Tudo foi muito corrido e não tivemos
tempos para contemplação. Estes registros fotográficos
ficaram para que agora, sentado no sofá, possamos
reviver mais uma vez cada momento inesquecível
daquele.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 32 ]
OS ÚLTIMOS METROS DA SUBIDA DA MONT ANHA
DESCIDA
Na foto acima estou no meio deste grupo, mas desciam centenas
de pessoas naquela hora de diversas caravanas.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 33 ]
Saudade deste momento da descida, parece
mesmo que estivemos no escritório de Deus... Tinha
momento que eu achava que estava em outro planeta;
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 34 ]
Eu particularmente estava em uma viagem mental
e espiritual muito grande. Passando ao lado destas
muretas de pedras, eu me sentia em uma viagem no
tempo, retornando aos dias bíblicos. Todo o clima ali no
Sinai nos levava a um êxtase espiritual.
Nosso amigo Mohammed, beduíno do deserto do
Sinai claramente se sentia em casa naquelas montanhas.
Enquanto eu ficava hipnotizado com a visão do sol
surgindo no horizonte.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 35 ]
No primeiro plano nossa parceira de peregrinação
Jane e mais atrás eu vinha ali orando e agradecendo
muito a Deus pela oportunidade de visitar o Sinai.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 36 ]
Jane e a “missionária” Tali Sara, cuja missão
divina é levar e trazer em segurança o máximo de
peregrinos a Terra Santa. Com sua grande capacidade e
habilidades de negociar e fazer acordos, Tali tem levado
milhares de brasileiros a ter uma experiência com Deus
na Terra Santa. Não aproveita quem não quiser, mas
chance os peregrinos tem de sobra...
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 37 ]
Na foto a esquerda parece que Deus vai sair do
horizonte e se manifestar como nos dias de Moisés. Na
foto a direita vemos a perigosa escada de pedras e
abaixo uma barraca de beduínos que servem de suporte
aos peregrinos para descanso e comprar um café ou
refrigerante.
Nesta foto do nosso grupo vemos em primeiro
plano uma funcionária da agencia de turismo, além de
muito eficiente e organizada, ela dava um suporte a todos
nós. Neste ângulo da foto dá para ver a vertiginosa
escadaria que leva ao topo do Sinai. Se tem labirintite não
vem não...
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 38 ]
Neste instante a nossa condutora a Terra Santa,
Tali Sara esta prestes a lançar papeis com pedidos de
oração ao alto, e o vento os levará a presença de Deus.
Do topo até o ponto aonde os camelos chegam é
a pior parte sem dúvida, as pedras são soltas e colocadas
precariamente como uma escadaria. As pessoas
descendo com sono podem se distrair e a queda pode
ferir gravemente. Mas as pessoas ficam tão atentas e o
cenário é tão surreal que o sistema de alerta do corpo nos
deixam hiperativos.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 39 ]
CAMINHADA ATÉ O TOPO DO MONTE SINAI
PAULA MEDINA
11 de abril de 2019
Um passeio incrível no monte onde Moisés
recebeu os 10 mandamentos
Quando estávamos panejando nossa viagem
de 20 dias ao Egito, vi esse passeio até o topo do Monte
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 40 ]
Sinai e já fiz questão de inclui-lo no roteiro. Desde
pequena, tinha curiosidade de conhecer o famoso monte
onde Moises conversou com Deus e recebeu as Tábuas
da Lei, contendo os 10 mandamentos.
Existem várias opções de passeios até o monte.
Escolhemos a mais completa, que sai da base da
montanha de madrugada e chega ao cume no início da
manhã. Dessa maneira, conseguimos ver o nascer do sol
lá de cima.
Infelizmente perdi quase todas as fotos da
viagem, tanto as fotos da câmera quanto as fotos do
celular. Por isso os post sobre o Egito não contêm muitas
fotos.
Primeira parada durante a subida
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 41 ]
Monte Sinai: Hora de preparar as pernas para a
subida.
Saímos do hotel Stella di Mare, em Sharm el
Sheikh, aproximadamente às 22h, com o transfer da
empresa Memphis Tour, que nos acompanhou todos os
dias no Egito. Chegamos à base do Monte Sinai, na
cidade de Santa Catarina, à 1h50 e logo já iniciamos a
subida.
Fizemos todo o percurso monte acima com um
guia beduíno (árabes que habitam o deserto), que nos
contou um pouco sobre a região e sobre seu estilo de
vida. Mas o mais importante é que ele sabia o ritmo certo
para subir a montanha. E, acreditem, isso faz total
diferença! Pois não ficamos muito cansados em nenhum
momento e conseguimos chegar no topo em um horário
ótimo.
Depois de 3 horas e meia de subida, já às 5h30
da manhã, chegamos, finalmente, ao cume do Monte
Sinai!!! Ufa!! A parte mais difícil do dia tinha terminado. A
subida são aproximadamente 6 quilômetros e mais de
750 degraus na última parte.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 42 ]
Em uma das paradas encontramos essa bandeira do
Brasil na entrada do bar
A parte mais plana pode ser feita montada em um
camelo, que é alugado no inicio da trilha. Mas preferimos
fazer todo o trajeto andando. Já na parte da grande
escadaria, tem a possibilidade de ir em um burro até o
topo, mas também não o fizemos. Acreditamos que toda a
experiência de ir andando fez com que o passeio fosse o
mais próximo da experiência de Moisés, tornando todo o
nosso esforço mais gratificante.
Enfim, chegamos ao topo do Monte Sinai
Nosso guia nos indicou um lugar ótimo para ver o
nascer do sol. O espaço era reservado, longe de todo
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 43 ]
mundo e com uma vista privilegiada. Além disso, ainda
alugamos um colchão (para sentarmos) e um cobertor, já
que faz frio na parte da noite no deserto.
Nosso lugares exclusivo para ver o nascer do sol
E assim, em um local reservado e ao lado do meu
marido, pude observar o nascer do sol mais bonito da
minha vida do topo do Monte Sinai.
Depois do nascer do sol, ainda caminhamos um
pouco pela montanha, agora já bem iluminada pelo sol.
Neste caminho, vimos alguns fósseis, e também uma
caverna onde, possivelmente, Moisés dormia quando
subia até o topo da montanha para falar com Deus.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 44 ]
Nascer do sol no topo do Monte Sinai
Monte Sinai: Chegou a hora da descida
Depois de termos descansado vendo o nascer do
sol, chegou a hora de descer. Iniciamos a descida as 7h
da manhã. Nosso guia, como sempre, foi nos indicando o
caminho e conversando com a gente. Na descida,
paramos na residência de um beduíno, que nos ofereceu
um chá maravilhoso (que não lembro o nome). Só lembro
que é o chá mais típico do Egito.
Como dizem, pra descer todo santo ajuda, né?! E
é a pura verdade! A descida foi bem tranquila. Fiemos a
caminhada de volta em 2h45 minutos em um ritmo mais
forte do que na subida (claro, né!)
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 45 ]
Então, às 9h45, finalmente chegamos novamente
à base do Monte Sinai. Ufa! Agora sim a meta do dia
havia sido concluída com êxito!
Vista durante a descida do Monte Sinai
Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina
Como já estávamos na cidade de Santa Catarina,
aproveitamos para conhecer o mosteiro que leva o
mesmo nome. O local foi construído entre os anos de 527
e 565 e é o mosteiro cristão mais antigo ainda em
funcionamento.
O museu fica dentro de uma região conhecida
como Área de Santa Catarina e é considerado um
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 46 ]
Patrimônio Mundial pela UNESCO. Além disso, é nessa
região que fica a conhecida sarça ardente, um arbusto
onde, como mencionado na Bíblia, Moisés foi convocado
para liderar os israelitas em direção a Canaã.
Ainda de acordo com a Bíblia, o arbusto estava
em chamas e, mesmo assim, não queimava. Este é mais
um fato que faz deste arbusto um ponto turístico até os
dias atuais.
E essa foi a nossa aventura no Monte Sinai.
Alguém mais já foi lá? Não deixem de me contar aqui o
que acharam! [1]
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 47 ]
DEPOIMENTOS SOBRE A SUBIDA
Rafaela Fernandes
Estados Unidos
out de 2020
Subir ao monte sinai não foi fácil. Começou por
volta de 00:00 com grupo pequeno de 10 pessoas de
vários hotéis diferentes.
Foram uns 5 horas subindo no nosso ritmo.
Algumas partes do monte bem inclinado com
pequenas pedras soltas no caminho. Paramos no
caminho várias vezes. Ideal é levar lanternas, tênis
confortável, água e casaco. Sentimos frio apenas quando
chegamos no topo do monte. Tem uma barraquinha que
eles alugam cobertores por $3. Tem café, chocolate
quente e alguns biscoitos vale a pena porque é bastante
frio. Leve dinheiro em espécie.
Não aconselhos crianças e nem idosos.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 48 ]
Caminhada é bem cansativa quando chega nos
750 degraus é a parte mais difícil doi as pernas e fica um
pouco com falta de ar. Mesmo assim vale a pena
paramos umas 2 vezes antes de chegar no topo com
pausa de 15 a 20 minu tos de descanso. Quando
chegamos no topo ficamos na última barraca
conseguimos tirar um cochilo antes de sol nascer. O
beduíno super prestativo.
É incrível a vista local privilegiado para quem
conseguir subir. Tivemos uma noite linda com bastante
estrelas e lua iluminando nossa caminho. É incrível está
no local onde Moisés recebeu a tábua com os 10
mandamentos. Lugar Santo.
Na descida das escadas tem camelos para
continuar acho que $15 dólares. Para quem não aguentar,
volte de camelo eu particularmente desci a pé.
Se eu tiver outra oportunidade subiria novamente!
00000000000000000
Kelly
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 49 ]
Experiencia única!!!!
nov de 2019
Minha subida foi bem tranquila, subimos eu meu
esposo com a nossa caravana, em média 25 pessoas, a
maioria foi de camelo. Eu fiz uma hora e meia a pé e o
retante fui de camelo, não se preocupem, se você achar
cansativo no meio do caminho é só ir de camelo, pois o
que mais tem é camelo descendo e o Guia também
costuma ir com um, pois alguém do grupo pode não
aguentar a subida. Aí vai algumas dicas:
- Se agasalhe, pois é bastante frio;
- Vai com um tênis bem confortável;
- use uma lanterna de cabeça, no inicio da subida
não foi preciso usar pois a lua clareava, mas quando
chegamos no trecho dos degraus era uma escuridão, foi
necessário a luz da lanterna.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 50 ]
- Leve sua água mas, caso esqueça não se
preocupe porque ao longo do caminho tem paradas que
vendem água, biscoitos, barras de chocolate etc..;
- se você precisar de ajuda solicite a alguém de
seu grupo não aceite ajuda dos beduínos, eles depois
querem cobrar e ficam em cima de você o tempo todo,
então nem de confiança rsrs;
- Suba sem pressa, com muita calma;
- Cuidado na hora de descer porque as pedras
são muito escorregadias;
- Tem muitos beduínos indicando o utros
caminhos (isso aconteceu conosco na descida) mas não
vá, siga seu guia e seu grupo;
- Ao entrar é necessário passar pelo controle
militar e pelo detector de metais;
Ao chegar contemple a beleza que Moisés
contemplou e agradeça a Deus por essa benção de subir
o Sinai.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 51 ]
0000000000000000000000000000
Feita em 3 de abril de 2020
Mendigo, Taubaté, SP
Passamos a virada de 2019 para 2020 subindo o
Monte Sinai.
Que experiência única. Não importa a sua
religião, ou se não tem alguma, subir a trilha durante a
madrugada, com o silêncio quase que absoluto e o céu
limpíssimo e lindamente estrelado, certamente fará você
refletir sobre diversos assuntos.
Leva-se, em média, 3 horas caminhando até o
topo, subindo tranquilamente e parando nos coffee shops
para descansar. Não recomendo subir com o dromedário
(não há camelos aqui), pois corta o clima da experiência.
Há um banheiro aqui e outro ali, mas as
condições de higiene são péssimas. Só vá se não houver
outro jeito.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 52 ]
Os preços dos coffee shops não são tão abusivos
quanto poderiam. Mas eu recomendo comprar lanche e
água previamente e carregar na mochila.
É importante levar lanterna comum, ou usar a do
smartphone.
Quase no final da trilha, no limite onde os
dromedários podem levar os visitantes, se inicia a subida
final: 750 degraus de pedra.
Aqueles que chegam bem antes do nascer do
Sol, podem se abrigar em alguns dos coffee shops, e
alugar um cobertor para tirar um cochilo (obviamente no
inverno). Paguei 50 libras egípcias.
Próximo do horário do nascer do Sol, as pessoas
procuram os melhores locais para observar esse
fenômeno diário, mas, ainda assim, emocionante.
No alto há uma pequena capela, fechada para
visitação.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 53 ]
Quando for descer, e somente se estiver com
guia, ao terminar os 750 degraus e chegar a uma placa
Elijah's Basin, pegue o caminho da esquerda. É
praticamente vazio, mais bonito e com ótimos locais para
fotos. Sairá na parte de trás do Mosteiro.
No inferno a temperatura, à noite, pode ficar
negativa. Portanto, agasalhe-se bem, utilizando o sistema
de três camadas.
O local não é apropriado para crianças e pessoas
com dificuldades de locomoção, ou problemas de saúde.
000000000000000000000000000000
Feita em 1 de janeiro de 2020
Livi Kimura, Jaboatão dos Guararapes,
Se prepare para a subida. A visita já é incrível
para quem está aos pés do monte, mas subir e poder ver
tudo lá do alto é ainda mais impressionante.
Dica 1: vai no começo da madrugada para pegar
o nascer do sol no topo.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 54 ]
Dica 2: use o camelo para ir até a metade do
caminho e guarde energia para garantir a subida ao topo.
Dica 3: tire muitas fotos! Vale muito a pena!
0000000000000000000000000000000
Feita em 28 de abril de 2019
tuc-tuc-tuc
Petrópolis, RJ
Incrível experiência a subida desta montanha, que
é sagrada tanto para católicos, muçulmanos e judeus. No
alto da montanha há, inclusive, uma capela e uma
pequena mesquita.
Até lá chegar, você vai lidar com uma longa (e
cansativa) subída. Não há dificuldade técnica, pois não é
uma trilha. É um caminho. No entanto, por vezes, o trecho
pode ser muito íngreme e exaustivo.
Há vários pontos de parada para se tomar um chá
ou uma água. Inclusive na madrugada - período que
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 55 ]
parece ser o mais utilizado pelos turistas e religiosos -
você encontra muitos pontos de apoio, até com aluguel de
camelos, caso o cansaço te domine.
Eu fui de excursão a partir de Dahab. Não me
lembro ao certo, mas deu em torno de 3 horas entre esta
cidade e o ponto de partida (que coincide com o Mosteiro
de Santa Catarina).
A maior parte das pessoas - se não, todas -
partem de excursão de algum ponto (Dahab, Cairo,
Sharm El Sheikh) e, após o amanhecer, descem a
montanha com uma parada no mosteiro. Recomendo a
descida pelo atalho do mosteiro. O caminho passa a ser
uma trilha, mas é muito interessante o trajeto, até sair nos
fundos do mosteiro.
0000000000000000000000000
Feita em 5 de abril de 2019
DaniScamatti
Americana, SP
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 56 ]
Local divino! Subir o Monte Sinai foi ao mesmo
tempo me purificar... é entrar em meditação profunda...
entrar dentro de você mesmo... e ao chegar no topo ver o
mais belo por do sol é descobrir a luz que habita em
você...
00000000000000000000000000000000
Feita em 13 de outubro de 2018
Julianotamiasso, São Paulo, SP
A trilha(de 7 km em subida) tem 8 coffee shops
com água/refri/snacks a preços razoáveis + 1 coffee shop
após os 750 degraus e quase no topo.
Só pode ir com guia a pé ou de camelo.
Só vá andando se você tem bom preparo físico e
cardiopulmonar, impossível para pessoas com qualquer
problema de locomoção que seja ou
cardiorrespiratório(você vai estragar o resto da sua
viagem e pode ter problemas médicos). Caso tenha
qualquer limitação por menor que seja, suba de
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 57 ]
camelo(25 US$) até o coffee shop 8 e dali veja o
nascer do sol (cuja vista é igualzinha a do topo).
Descida a pé ou de camelo(25 US$).
00000000000000000000000000000
Feita em 21 de setembro de 2018
HILARIO PELLEGRINI
São Miguel do Oeste, SC
ACIMA DA EXPECTATIVA
Em Outubro de 2017 subi o Monte Sinai. Ver o
Sol nascer no Topo do Monte é algo que Marca qualquer
Ser Humano para a Vida Toda. Quem tiver condições de
fazer esta viagem, faça. Não ha dinheiro que pague esta
experiência.
00000000000000000000000000
Feita em 8 de julho de 2018
Liliancostabh
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 58 ]
Belo Horizonte, MG
Se você é do tipo aventureiro e gosta de belas
paisagens a trilha para subir o Monte Sinai é própria para
você. A caminhada se inicia ainda de madrugada,
chegando ao topo no momento do nascer do sol. O final
da trilha é o mais íngrime e perigoso. Há opções de subir
de camelo, mas não recomendo, instável e
desconfortável. Alugue lanternas e cajados, a
contratação de um guia é obrigatório. Leve água e
lanchinhos.
000000000000000000000000000
Danigfonseca
Montes Claros, MG
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 59 ]
Subir o Monte Sinai Foi talvez o maior momento
de superação da minha vida.
A caminhada começou pouco após a meia noite,
com temperatura próxima dos 0°C.
Ao chegar ao topo, após quase sete horas de
andar pesado, em terra íngreme, cheia de pedras, e
escorregadia em virtude da neve, não contive as lágrimas
ao ver o sol nascer, como uma bola de fogo, colorindo as
montanhas rosadas do Sinai e aquecendo nossos corpos
e corações naquele frio de -7°C.
A claridade deu vida aos diversos anônimos que
ali se faziam presente, cada um cantando em sua língua
natal o que todos pensavam em coro: "Obrigada Deus,
pelo privilégio de viver esse momento!".
- Subida muito pesada (é preciso ter certo preparo
físico)
- A subida é de madrugada pelo fato de, durante o
dia, a temperatura ser muito elevada. Mas, de noite, faz
MUITO frio (ainda que no verão). É bom ter agasalho!
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 60 ]
- Os beduínos que controlam a região oferecem, o
tempo todo, a opção de subir de camelo. O preço varia
entre 5 a 25 dólares. Mas dá para negociar.
000000000000000000000
Evandro Ferrer Maia, Varginha, MG
Vai ter que ter muita resistência, do meu grupo eu
e mais uma foram os únicos que caminhamos a pé todo o
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 61 ]
caminho e chegar até lá em cima foram três, a terceira
caminhou parte do trajeto com dromedário, as outras
quatro não chegaram até o final. Estar lá em cima no
topo, passar por esse momento a onde Moisés teria
recebido os dez mandamentos te faz refletir muita coisa,
caminhei na frente só, o silêncio é magnífico para uma
ótima reflexão.
0000000000000000000000000000
Pr. Bruno
Berrien Springs,
Subimos durante e madrugada para contemplar o
nascer do sol. É uma subida puxada. Fizemos em três
horas, e com bastante frio, por ter sido em dezembro. (Se
prepare para bastante vento!) Há a opção tb de subir nos
camelos. Não é tão caro. A descida foi 1 hora e 40
minutos. Muito rápido comparado a subida. Como a área
é controlada por beduínos, é necessário contratar os
serviços deles. Mas eles são bem tranquilos. E outro
detalhe: a península do Sinai, que dizem ter tantos
problemas e atentados, é MUITO grande. E a região onde
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 62 ]
há tensão fica bem longe de St Catherine e o monte Sinai.
Fique tranquilo e aproveite!
0000000000000000000000000000
Renato M
São Paulo, SP
Caminhar por mais de três horas e chegar ao topo
do Monte Sinai foi um grande privilégio. A sensação lá em
cima é indescritível. Para descer levamos menos de duas
horas. Há possibilidade de alugar um camelo para subir e
descer. Nessa trilha tão popular e turística, não existe
nenhum banheiro, portanto prepare-se bem antes. Vale a
pena ir de tênis, mesmo com a temperatura alta pois, o
caminho é de pedra solta e areia. Leve bastante água. No
mais curta essa emocionante e inesquecível caminhada.
Lembre-se que o antigo Testamento, relata essa trilha
feita por Moisés, que desceu com os dez mandamentos.
Recomendo, vale a pena. [3]
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 63 ]
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 64 ]
000000000000000000000000000
GEOLOGIA
Jebel Musa no Ordnance Survey de 1869 da
Península do Sinai, mostrado ao norte do Monte
Catherine (Jebel Katarina) e ao sul do Willow Peak (Ras
es-Safsafeh)
As rochas do Monte Sinai foram formadas durante
o estágio final da evolução do Escudo Árabe-Núbio. O
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 65 ]
Monte Sinai exibe um complexo de anéis que consiste em
granitos alcalinos incrustados em diversos tipos de
rochas, incluindo vulcânicas. Os granitos variam em
composição de sienogranito a granito feldspato alcalino.
As rochas vulcânicas são alcalinas a peralcalinas, e são
representadas por fluxos e erupções subaéreas e pórfiro
subvulcânico. Geralmente, a natureza das rochas
expostas no Monte Sinai indica que elas foram formadas
em profundidades diferentes umas das outras. [2]
ATIVIDADES SÍSMICAS
A grande atividade sísmica e os tremendos
fenômenos eruptivos deram ao Sinai sua aparência
característica. Essas atividades são controladas pela
atividade tectônica do Mar Vermelho, Golfo de Suez e
Golfo de Aqaba. As montanhas mais altas são a Gebel
Musa (montanha de Moisés) com 2.285 m, e a mais alta
do Sinai Gebel Kathrina (Monte St. Catherine montanha)
com 2.642m. Muitos dos faraós obtiveram suas pedras
preciosas do sul do Sinai. A área do Sinai é caracterizada
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 66 ]
por manifestações termais superficiais representadas por
um aglomerado de fontes termais com temperaturas
variáveis de 35 a 72 °C. Estas nascentes surgem
principalmente de fraturas e estão distribuídas ao longo
da costa oriental do Golfo de Suez. A geologia do Sinai foi
exaustivamente estudada, especialmente após a
descoberta de petróleo e muitos outros depósitos
minerais. geotermometria das águas subterrâneas, que se
restringe às fontes termais superficiais. Estudos recentes
sobre a atividade geotérmica caracterizaram o cenário
geotérmico da Península do Sinai compreendendo a
estimativa das profundidades da isoterma do ponto Curie
com base na análise espectral dos dados
aeromagnéticos. Além disso, os levantamentos de
resistividade DC foram conduzido em três localidades
perto de fontes termais para elucidar o possível aquífero
(El-Qady et al. 2005).
CONFIGURAÇÕES GEOLÓGICAS
Geomorfologicamente, a Península do Sinai
compreende os seguintes sete distritos geomórficos:
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 67 ]
1. Distrito das montanhas elevadas do sul
2. Distrito do Planalto Central compreendendo
(a) El Egma questa a sudoeste
(b) El Tieh questa ao norte.
3. Distrito montanhoso, a nordeste da Península,
ligeiramente inclinado para nordeste
4. Distrito costeiro de superfície suavemente
ondulada marcada por cordilheiras de arenito
5. Região lamacenta e pantanosa ocupando as
margens e alguns lagos.
ESTRATIGRAFIA DO GOLFO DE SUEZ
A estratigrafia do Golfo de Suez foi revisada por
muitos autores (Reynolds 1979; Said 1990, etc.).
Inconformável sobrejacente ao embasamento pré -
cambriano está uma seção de rochas sedimentares do
Carbonífero ao Eoceno (folhelhos, arenitos e calcários). O
arenito poroso do Jurássico Superior ao Cretáceo Inferior,
variando em espessura de 90 a 150 m, é comum na área
norte do Golfo. Este arenito, comumente referido como o
arenito núbio, tem propriedades hidrológicas de aquífero e
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 68 ]
é coberto por uma sequência de calcários, dolostos, gizes
e margas do Cretáceo Superior até o Eoceno Superior,
que atuam como um aquiclude para o arenito núbio
subjacente. Uma grande discordância separa os
sedimentos pós-Eoceno (sucessão sin-rifte) do pré-
Eoceno subjacente (sucessão pré-rifte). A sedimentação
do Mioceno no Golfo de Suez foi desencadeada pela
transgressão do Mediterrâneo sobre um complexo
graben. Duas fácies principais foram depositadas, a
saber: (1) uma fase clástica representando o enchimento
inicial da bacia, e (2) uma fase evaporítica tardia que
marcou a restrição da bacia.
Os evaporitos na parte norte da área do Golfo de
Suez são quase exclusivamente feitos de anidrita e gesso
e carecem de halita. O evaporito engrossa ao sul e em
direção ao centro da calha, atingindo até 610 m de
espessura em Ras Lagia (nas proximidades de Hammam
Faraoun). Essas relações estratigráficas são mostradas
na Fig. 2, uma coluna estratigráfica generalizada para o
Golfo de Suez que foi modificada de Schütz (1994).
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 69 ]
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 70 ]
A Península do Sinai pode ser dividida em três
distritos geológicos, a saber, as rochas graníticas e
metamórficas, calcárias e areníticas das quais são
compostas. Geralmente, o Sinai reflete todas as colunas
geológicas do Egito. A parte norte do Sinai consiste
principalmente em planícies e colinas de arenito. O Tih
Plateau forma a fronteira entre a área norte e o sul
montanhoso com picos elevados.
A massa rochosa da Peníns ula do Sinai é
recortada por vales surpreendentes, os chamados wadis.
Eles são em sua maioria paralelos e podem ter dezenas
de quilômetros de comprimento e centenas de metros de
largura. Wadis basicamente são leitos fósseis de rios que
atravessam a região na Era Quaternária (cerca de 1,8
milhão de anos atrás). Naquela época, havia muito mais
chuvas que erodiram profundamente os leitos rochosos.
As unidades geológicas de superfície no Sinai são
apresentadas na Fig. 3. As rochas paleozóicas cobrem o
embasamento pré-cambriano no sudoeste do Sinai. Os
estratos mesozóicos afloram no norte, onde se conhece
uma sequência quase completa do Triássico ao Cretáceo,
enquanto compõe uma seção de subsuperfície atingindo
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 71 ]
uma grande espessura (955 m para rochas jurássicas
apenas em Oyun Musa).
A coluna estratigráfica detalhadamente descrita
por Said (1962) é dividida em quatro grandes unidades:
1. Divisão Calcária Superior, composta por
arenitos, folhelhos, conglomerados, evaporitos e margas
foraminíferas. Eles variam em idade do Oligoceno ao
Pleistoceno.
2. Divisão Calcária Média, principalmente margas,
gizes, calcários e folhelhos de idade Cenomaniana a
Eocénica.
3. Divisão Clástica Inferior, ao sul; estes são
arenitos do Carbonífero ao Cretáceo Inferior. A norte, as
rochas são mais calcárias. Este complexo, especialmente
sua parte superior, também é conhecido como Arenito
Núbio.
4. Complexo embasamento, rochas ígneas e
metamórficas pré-cambrianas; muitos diques ocorrem
atravessando as rochas do embasamento e são
considerados de idade terciária. O petróleo é produzido
ao longo da costa do Golfo de Suez. A produção é
principalmente de arenitos do Mioceno e, em certos
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 72 ]
campos, de formações do Carbonífero, Cretáceo e
Eoceno.
O Arenito Núbio do Cretáceo Inferior representa a
principal unidade hidrográfica da região atingindo uma
espessura máxima de cerca de 500 m; no Sinai central é
composto de 70-130 m (Kora 1995).
Entre as rochas do Cenozóico, o Oligoceno é o
mais importante do ponto de vista geotérmico. O final do
Período Oligoceno testemunhou os movimentos de rifting
que trouxeram o Golfo de Suez à sua forma moderna. Ao
longo das numerosas falhas que atravessaram a região,
material fundido simático subiu e apareceu sob a forma
de escoadas lávicas esporádicas, mas frequentes,
soleiras, lençóis e diques alimentadores principalmente de
olivina basáltica e olivina diabásio.
Mapa geológico simplificado do Sinai.
Explicações: 1 Pré-Cambriano, 2 Carbonífero, 3 Cretáceo
Inferior, 4 Triássico e Jurássico, 5 Cretáceo Superior, 6
Eoceno, 7 Oligoceno e Mioceno, 8 Plioceno, 9
Pleistoceno.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 73 ]
Tectônica da Península do Sinai
A região foi formada como resultado do
movimento das placas tectônicas: os escudos africano,
árabe e mediterrâneo se afastando um do outro, criando
um grande corte na terra. Ao mesmo tempo, o movimento
externo empurrou contra as camadas rochosas existentes
formando as imponentes montanhas do Sinai. O efeito foi
extenso, estendendo-se do que hoje é o vale do rio
Jordão, sul, depois sudeste, virando no Djibuti para o
Quênia, tornando-se assim conhecido como o Grande
Vale do Rift.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 74 ]
Dois golfos foram criados como ramos para este
vale. O Golfo de Suez que leva ao Canal de Suez é
relativamente raso (60-90 m) em comparação com as
profundidades impressionantes do Golfo de Aqaba. Nesta
área, os desníveis podem desaparecer de forma
alarmante, com descidas entre 1.000 e 2.000 m em
alguns lugares.
A Península do Sinai pode ser dividida em uma
região norte e sul. O norte é constituído por sedimentos
paleozóicos (550 milhões de anos) e mais recentes,
enquanto o sul é constituído essencialmente por rochas
metamórficas e magmáticas de idade pré-cambriana
(mais de 600 milhões de anos). Esta porção sul é uma
continuação do Deserto Árabe-Núbio. Um cinturão
estreito (30 km de largura) de arenito macio da Núbia
também contém a maior parte dos minerais do Sinai, por
ex. turquesa, manganês.
A bacia do rift continental do Golfo de Suez
desenvolveu-se no Oligoceno Superior ao Mioceno
Inferior à medida que a abertura do Mar Vermelho se
propagou para o norte. A fenda é estruturalmente
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 75 ]
controlada em grande parte por falhas normais
extensionais que atingem o noroeste, formando uma
matriz complexa de meios grabens inclinados e horsts
assimétricos (Pivnik et al. 2003).
A estratigrafia geral e os elementos estruturais da
planície costeira são semelhantes e contínuos com as
estruturas e litologias que definem o rifte do Golfo de
Suez. Nos domínios de rifte e planície costeira, observam-
se falhas normais de mergulho sudoeste e acamamento
de mergulho nordeste, características da parte central do
rifte.
Em contraste com a parte plana do norte, as
montanhas de granito atingem picos de mais de 2.638 m
no sul. As rochas metamórficas no Sinai foram formadas
pela última vez há cerca de mil milhões de anos. Naquela
época, ao longo da porção sul do Sinai, um cinturão
norte-sul de ilhas vulcânicas estava ativo após sua
deposição em uma grande bacia oceânica.
Esta rocha magmática resistente ocupa hoje
cerca de 60% da parte sul da península e é responsável
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 76 ]
pelos magníficos picos (Gebel Serbal) e pelos
desfiladeiros mais profundos (Dahab). Houve vários
períodos de intrusão e enxames de diques antes de uma
breve explosão de atividade vulcânica mais jovem, Musa
e Catherine.
Os granitos de cor mais pastel são bem mais
antigos que a rocha avermelhada. Esses diques
(intrusões basálticas de granulação fina), abrindo caminho
para os granitos plutônicos de granulação grossa
originais, criaram efeitos impressionantes de cor e forma.
A isso se somam os efeitos do desgaste e coloração do
arenito por meio de minerais lixiviados. Em alguns
lugares, uma encosta inteira é coberta com todas as
cores, vermelho, roxo, verde, creme, branco e laranja. Em
muitos lugares, a evidência da atividade geológica do
passado é óbvia com camadas inclinadas assentadas na
rocha base de granito subjacente.
ÁGUA SUBTERRÂNEA NA PENÍNSULA DO SINAI
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 77 ]
O aquífero núbio na Península do Sinai se
estende lateralmente no subsolo por aproximadamente
10.000 km das margens do maciço cristalino do Sinai
central até o Golfo de Suez no oeste e o Mar Morto no
nordeste. Acredita-se que a recarga tenha ocorrido
através dos afloramentos de arenito nos flancos norte do
complexo do porão pré-cambriano no Sinai central e, em
menor extensão, através de janelas de erosão no Sinai e
Negev (Isaar et al. 1972). Sugeriu-se que no período do
Pleistoceno, quando prevaleciam condições climáticas
mais úmidas, o aquífero de arenito núbio foi recarregado
por águas meteóricas (Isaar et al. 1971, 1972; Isaar e
Gilad 1982; Isaar 1987).
OCORRÊNCIA DE FONTES TERMAIS
Qualquer nascente de água com temperatura
superior a 35 °C (95 °F) é considerada termal. No Egito,
existem 19 nascentes termominerais reconhecidas.
Sinai possui uma ampla gama de ricas
características físicas. Pesquisas científicas comprovaram
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 78 ]
que a argila encontrada em algumas nascentes tem
propriedades terapêuticas que podem curar inúmeras
doenças ósseas, cutâneas, renais, gastrointestinais e
problemas respiratórios. A água do Mar Vermelho,
juntamente com sua composição química e abundância
de recifes de corais, ajuda a curar a psoríase.
A seguir, quatro importantes locais terapêuticos
de águas termais no Sinai, a saber, Oyun Mousa, Ras
Sidr, Hammam Pharaoun e Hammam Mousa, localizados
na costa leste do Golfo de Suez (Fig. 7). Em frente a
Oyun Mousa, na margem ocidental do Golfo de Suez,
está localizada a conhecida Ain El Sukhna (fonte termal
em árabe).
O levantamento geoelétrico nas localidades com
manifestações termais superficiais poderia elucidar o
aqüífero subterrâneo, que é a principal fonte de água
quente no entorno das fontes termais. Em Oyun Musa, o
aquífero de água do Mioceno está localizado a cerca de
300 m de profundidade, o que é bastante razoável para
exploração. Enquanto isso, na fonte termal Hammam
Faraun, o aquífero é um pouco mais profundo e espesso.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 79 ]
As seções geoelétricas 2-D elucidam seções transversais
e dão uma explicação razoável para a hipótese da origem
de fontes de água quente em fontes termais. A hipótese
afirma que a água quente circula profundamente e vem à
superfície através dos planos de falha na área das fontes
termais (El-Qady et al. 2005).
A temperatura da água superficial nestas
nascentes varia de 35 a 72 °C.
Essas nascentes devem sua existência ao
aquecimento tectônico associado à abertura do rift Mar
Vermelho/Golfo de Suez (Boulus 1990).
OYUN MOUSA
Oyun Musa (nascentes de Moisés) é um pequeno
oásis ao sul de Suez. Doze nascentes permitem que
algumas grandes palmeiras, tamargueiras e outras
plantas floresçam a terra. Diz-se que este foi o primeiro
acampamento dos hebreus após o êxodo do Egito. É o
mesmo local onde, diz a lenda, 12 nascentes de água
brotaram na visita de Moisés.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 80 ]
O Arenito Núbio representa o principal aquífero de
água em profundidade, que começa a partir dos 30 m.
Nesta região os valores de resistividade medidos são
governados principalmente pela unidade litológica (El-
Qady et al. 2005). A marga, o arenito e o calcário do
Mioceno distinguem-se pela variabilidade da resistividade
atingindo um valor até 150 Ohm/m.
A bentonita é encontrada na área de Oyun Musa
e se estende ao sul até Sudr, na costa leste do Golfo de
Suez; nas rochas do Mioceno ocorre na forma de
camadas espessas em duas zonas separadas por uma
camada de marga. A camada superior de bentonita tem
cerca de 10 m de espessura, enquanto a camada inferior
tem de 60 a 140 m, abaixo de uma cobertura que varia
em espessura de alguns metros a 35 m. As falhas fizeram
com que algumas peças fossem levantadas como blocos
com pouca ou nenhuma cobertura.
RAS SIDR
Situada a cerca de 190 km do Cairo e a 45 km do
túnel Ahmed Hamdi, que liga o Egito continental ao Sinai,
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 81 ]
Ras Sidr é a segunda cidade mais importante do Golfo de
Suez depois de El Tor. Ain Musa está localizada a cerca
de 20 km ao norte de Ras Sidr. Ras Sidr é um terminal
flutuante de carregamento de petróleo situado na
Península do Sinai. A nascente termal está localizada
entre os poços produtores de petróleo, o que pode ser a
razão pela qual é pouco visitada. A temperatura da água
do lago produzida pela nascente pode ser superior a 70
°C.
ÁREA HAMMAM FARAÓ
Aproximadamente 45 km ao sul de Ras Sidr (250
km do Cairo), existe o Banho do Faraó chamado
Hammam Pharaon em árabe.
A nascente Thermo Mineral do Pharoah's Bath,
com uma temperatura durante todo o ano de 72 ° C no
Sinai, é provavelmente considerada uma das mais
famosas; e muitos visitantes visitam a área todos os anos
para se banhar em sua lama e águas ricas em minerais.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 82 ]
É formado por um conjunto de fontes naturais de
águas termais sulfúricas; a água flui diretamente da
montanha para um lago natural de 100 m de comprimento
à beira-mar. Uma pequena caverna foi esculpida na
encosta da montanha acima para uso como uma sauna
natural.
Está provado que a água da nascente pode
ajudar a aliviar uma série de doenças, incluindo
reumatismo, dores reumatóides, doenças renais,
inflamações pulmonares e várias doenças de pele. A
água, com um cheiro ligeiramente desagradável de
enxofre, borbulha da rocha dentro de uma caverna e
desce para o mar.
As estruturas de subsuperfície são diferenciadas
em dois sistemas principais de falhamento, nas direções
NNW-SSE e E-W, que explicam a origem da água quente
que circula em profundidade ao longo da zona de falha.
Além disso, um enorme aquífero espesso de cerca de 100
m nas proximidades da fonte termal foi elucidado. Uma
área promissora para perfuração geotérmica ficava ao
redor do Hammam Faraun; uma fonte termal foi
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 83 ]
recomendada e um projeto de bombeamento dessa água
quente para remédios médicos está atualmente
estabelecido.
ÁREA HAMMAM MOUSA
Hammam Musa (Spa de Moisés) e uma pequena
cidade oásis está localizada a 3 km a oeste da cidade de
Al-Tur, a capital do sul do Sinai. É um maravilhoso oásis
coberto de palmeiras em torno de uma fonte termal
natural, cuja água é capaz de curar feridas principalmente
de pacientes diabéticos, trata a fraqueza do corpo e
regula a pressão alta. A água da nascente é salina e tem
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 84 ]
bastante concentração mineral.
Vista das fontes termais de Hammam Mousa
O Spa de Moisés consiste em cinco fontes
naturais. Muitos pensam que as fontes de água têm
propriedades medicinais. Possui grande teor de
magnésio, sódio e sulfatos. O Hammam Musa está
rodeado por palmeiras e está maravilhosam ente
localizado no deserto, de modo que parece um oásis
ÁGUA SUBTERRÂNEA DE WADI FEIRAN
Atualmente, o Wadi Feiran flui através de um
estreito gargalo cortado nas margas e gipsita do
Neogene, para o mar ao norte da cordilheira de Qabeliat.
Poço de água.
perfurado neste gargalo, destinado a explorar o
underflow do Wadi, encontrou aluvião muito raso (20 m) e
nenhuma reserva de água explorável. Investigações
detalhadas revelaram que o subfluxo do rio encontra seu
caminho para o arenito Neogene e parcialmente para os
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 85 ]
arenitos núbios dobrados contra o porão e o aluvião. Isso
é possível devido ao fato de que, até bem recentemente,
Wadi Feiran não escoava diretamente para o mar, mas
desaguava principalmente no Qaa. Este leque aluvial
pode ser traçado ao longo das margens norte de El Qaa e
sobrepõe-se a rochas clásticas do Neogene, nas quais foi
encontrada água subterrânea salobra. Embora se acredite
que as rochas cristalinas sejam impermeáveis, verificou-
se que, devido à história tectônica da região, essas
rochas formam, devido às suas fraturas, um meio de
transmissão de água, que juntamente com depósitos
aluviais e blocos falhados, podem transferir entre 10 e
15% da precipitação total da região. Em algumas partes
da área (como nos depósitos lacustres dos principais
wadis, no preenchimento sedimentar dos rifts e nas
bacias sedimentares que margeiam a província cristalina),
podem ser localizados grandes volumes de água
adequados para exploração durante os anos de seca
(Isaar e Gilad 1982). [4]
ESTIVE COM DEUS NO SINAI
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 86 ]
Eu e o pastor Marcio no ônibus saimos do Cairo
estamos nos dirigindo a península do Sinai. Saimos antes
das 10 horas e iriamos chegar as 17;00hs
Vistas das primeiras montanhas. A primeira parte
da viagem era de deserto plano. Agora começa a região
montanhosa.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 87 ]
Construções na península do Sinai, lembrando os
tempos antigos.
Imagens como esta no Sinai nos faz transportar
no tempo. Parece que estamos nos dias bíblicos.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 88 ]
Como brasileiro que vive em floresta de Itariri/SP,
causou-me impacto ver tanta extensão de terra seca e de
pedras.
Viajamos de manhã até o final do dia entre Cairo e o monte Sinai.
Cada parada de ônibus dava uma esticada nas pernas. Mesmo assim, muito
tempo sentado fazia as pernas incharem.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 89 ]
O Sinai é também uma cordilheira, muitas
montanhas.
Esta imagem eu já vi em muitos quadros e
pinturas, em muitos livros e para mim foi emocionante
esta ao vivo em um lugar que desde a minha tenra idade
eu lia sobre o Sinai. Foi uma felicidade incontida.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 90 ]
Certas imagens do Sinai parecem um quadro
pintado. Estes três picos elevados me remetem ao Pai,
Filho e Espírito Santo.
Horebe, o monte de Deus, eu me senti entrando
na Bíblia.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 91 ]
Chegamos por volta das 17hs ao hotel
Morgenland Village. A paisagem lembrava as descrições
bíblicas, depois de um dia inteiro viajando pelo deserto, e
já cansado, agora vinha a preocupação se conseguiria
chegar até o topo. Eu e o Marcio já haviamos acertado
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 92 ]
que não iriamos ir além das nossas forças. Durante a
escalada há varias barracas de beduinos, quem nao
aguetasse dos peregrinos, poderia ficar nestas barracas
descansando e aguardando os demais membros da
caranava subir e ao descer a pessoa retornaria ao pé do
monte com seu grupo. Mas não queriamos este fracasso.
Da sacada do quarto do Morgenland Village
temos uma visão do Sinai.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 93 ]
Esquecendo as discursões sobre o local exato
dos fatos, porque talvez não teremos as respostas. Na
verdade a nossa imaginação completa o quadro da
descrição bíblica. Era area logo antes da chegada ao
hotel Morganland Village aos pés do Sinai me fez lembrar
quando o povo se reuniu aos pés do monte.
10 Então Javé disse a Moisés: “Desça e consagre
o povo, hoje e amanhã. Providencie que eles lavem suas
roupas 11 e estejam prontos no terceiro dia, pois nesse
dia Javé descerá sobre o monte Sinai à vista de todos. 12
Marque um limite ao redor de todo o monte e avise o
povo: ‘Tenham cuidado! Não subam ao monte, nem
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 94 ]
mesmo toquem o limite. Quem tocar o monte certamente
será morto. [Êxodo 1.10-12]
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 95 ]
Ao chegarmos no Monte Sinai, após nos
acomodarmos no hotel, tomamos um banho e já
descemos para o restaurante. Um jantar não diferente dos
demais hoteis. Nada a reclamar, nada faltava e para mim
havia fartura.
No Sinai chegam muitos ônibus todos os dias de
peregrinos que vão fazer a escalada do Sinai. O hotel
tinha pessoas do Canadá, outras caravanas de
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 96 ]
brasileiros, e outras nacionalidades, mas brasileiros eram
maioria em todas as partes do Oriente Médio.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 97 ]
A beira da psicina do Morganland Village, eu
estava eufórico, porque há mais de um ano que todos os
dias eu pensava nesta bendita subida. Como meu corpo
iria regair a subida e como o son me afetaria, já que faz
muitos anos que não perco uma noite de sono e sabia
que teria que caminhar a noite toda e ainda de manhã pra
descer.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 98 ]
Começa a anoitecer aos pés do Monte Sinai,
meus olhos saltam para fora e eu pensava se eu de fato
conseguiria subir. Ha dois anos sofro de fascite plantar,
uma inflamação nas solas dos pés. Se eu forcasse os
pés, temia que o resto da viagem da caravana eu ficasse
com mobilidade reduzida.
Eu viajei para o Oriente Médio e não levei
nenhum casaco ou jaqueta, mas foi um erro, a subida do
Sinai exigiria uma roupa de frio. Havia previsão de 8
graus aquela madrugada. Por sorte, no hotel que
estavamos hospedado vendia uma manta com a inscrição
em inglês: “Escalada do Monte Sinai”, era bem quentinha
e me livrou de um sofrimento grande, passando frio.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 99 ]
Levarei esta grande lembrança da vida. Subi ao
Sinai por mais de duas horas no lombo deste dromedário.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 100 ]
Esta criatura linda e maravilhosa, carregou 110 kg de
pecador para o alto do Sinai.
Nunca tinha andando tanto de dromédario como
neste dia. Já havia andando em um deste próximo as
pirâmides do Egito. Mas aqui foi subida forçada.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 101 ]
Este animal tinha uma relação espetacular com o
seu dono. O beduino ia atrás do dromedário e quando o
dromedário começava a diminuir a marcha, o beduino
falava algo e o animal reagia acelerando os passos.
Também notei que o dromedário gostava de caminhar
beirando o precipício e de vez em quando o beduino dava
um comando com a voz e o dromedário ia para a outra
ponta da trilha. Como a subida era em zigue-zague,
quando chegava no fim e precisava contornar a curva do
zigue-zague, o beduino dava uma ordem e o dromedário
fazia a curva.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 102 ]
Uma das minhas missões em escalar o Monte
Sinai era levar uma caderneta com 1600 nomes de
pessoas, situações e nações. Eu mantenho uma lista em
continua expansão e de orações diarias por 300 pedidos
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 103 ]
ao dia que já venho mantendo o ritual a alguns anos. Ao
viajar ao Oriente Médio eu levei uma liista ao Sinai e outra
coloquei no Muro das Lamentações. Esta caderneta eu
coloquei debaixo de uma pedra atrás da capela cristã que
tem no topo do Sinai.
O dia começa a amanhecer e eu e Marcio
comemoramos a proeza de ter subido o Sinai até o topo,
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 104 ]
porque até horas antes desta foto, nem eu, nem ele tinha
convição que teriamos forças para chegar ao topo.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 105 ]
Antes de vir ao Egito, eu já havia descidido
comprar uma potente lanterna de cabeça profissional,
recarregável. Com ela na testa eu teria sempre as maos
livres para poder segurar o celular e fazer minhas
filmagens e fotos, bem como ter uma mão livre para me
apoiar em certos momentos da subida.
Quando o dia amanheceu, Marcio foi tomado
pelo Espírito Santo, ele começou a louvar alto e eu o
segui no louvor junto com o Jeferson, outro cristão da
Bahia que estava lá. Depois Marcio tomado pelo Espírito
Santo orou em linguas estranhas e chorou bastante de tal
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 106 ]
maneira que chamou a atençao de todos os que estavam
ali presente no topo do Sinai.
Oitenta por cento da escalada do Sinai dava para
fazer com camelo, mas a parte do cume, os ultimos 1,5
km era degraus improvisados com pedras, eigia atençao
redobrada. Uma queda e a pessoa poderia se machucar
gravemente. Por isto a subida era alternativa, opcional.
Quem desejasse subir o Sinai assinava um acordo com a
Agencia de Turismo que tinha ciencia de todos os riscos e
que seria de inteira responsabilidade do peregrino caso
acontecesse um acidente. O que eu acho um acordo
justo, porque alguns medíocres não conseguem ter
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 107 ]
dimensão dos riscos e vai nesta aventura sem
responsabilidade pela sua própria vida, e quando algo de
ruim acontece já quer empurrar a responsabilidade para
os outros e ainda se beneficiar pelo sistema da
INDUSTRIA DA INDENIZAÇÃO que corroe o sistema
judiciário do mundo.
Durante a subida, a estadia no topo do monte
Sinai e na decida fomos acompanhados por um grupo de
beduinos já previamente contratados pela agencia de
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 108 ]
turismo LAUF IN TALI para nos dar um suporte. Serviço a
parte nós pagamos como subir e descer de camelos ou
apoio para ajudar a segurar quem quisesse um ajudante.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 109 ]
Nesta parte da descida podemos ver como em
algum momento destes séculos de peregrinação as
pedras foram arranjadas de maneira a facilitar a
caminhada até o topo do Sinai. Na foto acima alguém do
grupo fotografou parte dos peregrinos e eu ali no meio.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 110 ]
Foto: A TRINDADE DO SINAI
Na descida do Sinai eu voltei a pé e estava
fisicamente e mentalmente bem. Estava contente com o
sucesso da missão em subir o Sinai e orar deixando a
caderneta com os pedidos de oração debaixo de uma
pedra. No caminho um menino me pediu dinheiro e eu dei
um dolar. Desci mais um ou dois quilometros e vi estas
tres meninas juntas estendendo a mão para mim. A
menorzinha fez uma carinha de dor e sofrimento e eu nao
tive como não ajuda-la. A principio iria dar um dolar para
as três, mas depois fiquei com piedade delas e dei um
dolar para cada. Mas as amei imensamente naquele
instante e pedi para tirar umas fotos de recordação. Não
conversamos nada, porque elas deviam falar árabe e eu
portugues, não iria rolar conversa alguma. Também achei
que poderia não ser bem visto por beduinos eu
conversando com meninas, afinal a cultura muçulmana e
beduina não vê com bons olhs coisas que achamos
normal aqui no Brasil. Dei adeus para elas e desci,
seguindo minha marcha. Aqui aconteceu o evento mais
espetacular da minha viagem:
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 111 ]
Quando fui a esta peregrinação pelo Oriente
Médio eu tinha convicção que Deus iria se manifestar
para mim. Mesmo durante a viagem de avião. Eu falei
com Marcio que iriamos ter um encontro com Deus. Esta
minha viagem já foi um milagre desde o princípio quando
em janeiro de 2022 eu orando falei para Deus que já ia
fazer 40 anos que eu desejava ir para a TERRA
PROMETIDA de Israel e não conseguia por falta de
recursos financeiros. E disse a Deus que “esperança que
demora muito, vira frustração.” Pedi que Deus desse um
sinal que eu iria a Israel, ou então encerrasse este desejo.
No dia 06 de janeiro de 2022, um tal de “Emanuel”
transferiu 7727, 99 reais. Cheguei a pensar até que fosse
o Diabo a fim de eu ter uma decepção, pois poderia ficar
contente a principio, mas nos dias seguintes
provavelmente o banco estornaria este valor. Então
resolvi não falar para ninguém. Parecia algo tão milagroso
que duvidei que algo tão bom acontecesse assim comigo,
ainda mais que o nome de quem depositou era o de
Jesus, que segundo o profeta Isaias ele seria chamado
Emanuel.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 112 ]
Os dias e meses foram passando e o dinheiro não
saiu da minha conta, não foi estornado e então passei a
crer que de fato foi um milagre divino. Em seguida uma
serie de bons negocios me gerou receitas que facilmente
chegaram a vinte e cinco mil reais, dinheiro que eu
calculava que eu precisaria para pagar um pacote turistico
e ter reserva financeira de sobra para a viagem.
Parte dois da manifestação divina foi que ao se
afastar das meninas, uma voz falou para mim: VOCÊ VIU
DEUS HOJE??? Estava uns cem ou duzentos metros
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 113 ]
longe das meninas quando começei a ter uma sensação
incrível que aquelas tres meninas era O PAI, O FILHO E
O ESPÍRITO SANTO. A maior era o Pai, a que estava por
trás era o Espírito Santo e a menor com cara de
sofrimento era o Filho. Fui tomado por um choro de
alegria que me fez descer a passos largos o Sinai, quase
correndo, chorando copiosamente, procurando disfarçar
quando passava por outros peregrinos para ninguem me
ver chorando.
Não estou dizendo que Deus materializou-se na
forma de três meninas, mas que a gloria de Deus se
manifestou por meio delas.
Hoje faz 17 dias que tive este encontro com Deus
e ainda não consigo olhar por muito tempo para esta foto,
porque me vem uma sens ação gloriosa e começo a
chorar.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 114 ]
Os fatos se deram no dia 22 de maio de 2023 as
7;25horas no horário do Egito.
Ao descrever meu encontro com Deus no Monte
Sinai atraves de videos no youtube e grupo de whatsapp,
um irmão na fé e amigo chamado Mark Jean logo me
recebeu no meu retorno ao Brasil e me presentou com
uma quadro com esta foto icônica.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 115 ]
O quadro que Jean me deu eu coloquei no meu
quarto em Cubatão e logo mandei fazer outro quadro e
coloquei na minha casa ni sitio em Itariri, uma vez que
vivo parte do mê em Cubatão e parte no sítio.
No momento que encontro Deus translucido e
refletindo por estas tres meninas beduinas, eu vinha
filmando. Depois que voltei ao Brasil, eu printei algumas
imagens, congelando frame do video para que eu
pudesse ter mais fotos destes três seres que marcarão
minha vida para sempre. As três meninas beduinas que
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 116 ]
Deus apareceu para mim através delas. Talvez para
quem vê esta foto não verá nada demais, não sentirá
nada de mais. A exxperiência espiritual não se pode
reproduzir assim. Umas pessoas podem estar em um
culto e sentir grandemente a presença de Deus e outros
podem achar o culto muito chato aquela noite. Costumo
semre respeitar o momento que as pessoas tem com
Deus e que para mim não significou nada. Nesta
peregrinação tivemos na basílica que marca o lugar onde
Jesus ensinou os discipulos a oração do Pai Nosso. Ali
não senti nada de sensacional, Já o pastor Marcio sentiu
a presença de Deus e foi para um canto chorar
profundamente.
Quanto a mim, não tenho o menor receio de cair
no ríiculo e nos descrédito. Nem quero e nem preciso que
alguém acredite em mim. A experiência foi minha, quem
tem a obrigação moral de acreditar na minha experiência
espiritual sou eu e não os outros.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 117 ]
Vocês três são tudo para mim... Vocês sempre
estão na minha frente. Vocês sempre estão olhando para
mim. Para onde me irei do teu Espírito?????
Você é o anjo da teofania, você é o pão que caiu
do céu, é a agua que saiu da rocha, você é o estranho no
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 118 ]
caminho de Emaús, você é a menininha do Sinai, eu o
reconhecerei em qualquer disfarçe que você usar!!!
Eu e o Pai somos um.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 119 ]
As mãos de Deus são grandes e poderosas. Ele
esta sempre com um sorriso e uma serenidade na face,
como se tudo estivesse sobre controle...
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 120 ]
Você pensa que o Espírito Santo esta mais longe,
e olhando para outra direção e não se importa com você...
Ledo engano...
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 121 ]
NO Antigo Testamento o Pai aparecia mais, no
Novo Testamento é Jesus e o Espírito Santo que se torna
mais visível aos homens.
NO monte Sinai Deus estendeu as mãos para
mim e perguntou: O que você tem para me ofertar??? As
meninas podem ter gostado de receber um dolar cada,
mas Deus quer minha vida por completo...
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 122 ]
A pergunta é: O que eu vou colocar nas maos de
Deus??? Entrego todos os meus problemas, pecados,
decepções, sentimentos, tudo sem reservas???
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 123 ]
Eu não tenho palavras para dizer o que sinto...
Estou pela milessima vez chorando agora enquanto
digito. Sei que sofro de uma atração irressistível por Deus
desde minha tenra idade. Em 1985 eu vi Deus uno, meu
espírito saiu do meu corpo e fiquei por cerca de uma hora
no céu, vendo Deus assentado no trono.. Foi e continua
sendo a mais fantástica experiencia com Deus. Mas aqui
no monte Sinai eu vi Deus em forma tripla. Essas
meninas são humanas, estão lá na peninsula do Sinai,
provavelmente nem são cristãs, são muculmanas, mas
Deus se manifestou por meio delas, é tão absurda a
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 124 ]
coisa que mais abusrdo do que isto, é Deus ter esvaziado
de sua gloria no céu e ter tomado a forma hunana e ter
habitado entre nós, ter mamado, cagado e mijado, comeu
e dormiu e passou por todas as experiencias como
humano, até a morte ele experimentou. Se eu não for
capaz de crer que Deus apareceu para im em um lampejo
de poucos minutos, como posso crer que ele encarnou e
viveu 33 anos entre nós???
Não quero fazer o menor esforço para os outros
crerem em mim, eu só estou escrevendo para tentar eu
menso entender porque as coisas tem que ser assim,
cheia de enigmas e mistérios...
Mas eu ha muito tempo conhecço o carater
irônico de Deus!!!! Te amo Deus e voce sempre vai me
surpreender. Parabens!!!!!
MOSTEIRO DE SANTA CATARINA
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 125 ]
Quando desci o Monte Sinai, apóos ter chorado
bastante em toda descida, procurei evitar que as pessoas
me vissem chorando. Em dado momento uma senhora do
nosso grupo de bastante idade, com mais de 70 anos que
chegou até o ponto final dos camelos e não pode ir mais
devido a ventania, ela descia com a ajuda de um beduino,
já perto do pé do monte também me dpediu um auxilio e
continuei descendo com ela. Ao chegar em frente ao
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 126 ]
Mosteiro Santa Catarina fiquei com uma vonta de enorme
de entrar, mas o nosso grupo já estava se deslocando
para as vans que nos levaria mais um quilometro a frente
até o hotel. Afinal já estavamos cansados o bastante e
valia a pena pagar um dolar para evitar mais um
quiloentro andando. Mas a Tali Sara conhecendo
instintivamente qual era a minha “pegada” nesta excursão
pelo Oriente Médio se dirigiu até mim e disse que se eu
quisesse ir até o Monsteiro poderia entrar por alguns
minutos.
Eu nao hesitei nem por um instante, sai correndo
e entrei por um portão, minha vontade era ver a famosa
sarça ardente e se pudesse ver a relíquia da mão
mumificada de Catarina. Mas infelizmente o local era
muito grande e eu não sabia exatamente onde se
encontrava a sarça e nem a relíquia. Se pudesse gostaria
de vver também onde foi encontrado o Codex Sinaíticus.
Mas não deu tempo.
As fotos que ilustram este capítulo foram aquelas
que eu ia tirando a medida que andava pelo pátio interior
do mosteiro.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 127 ]
Dá para ver pela expressão facial que eu já me
encontrava esgotado e cansado como todos os demais
peregrinos. Fomos ao hotel, tomamos um banho,
tomamos café e já pegamos o ônibus, ainda sem dormir e
fomos a cidade de Tagba no golfo de Aqaba, onde
finalmente pudemos dormir a tarde. E não tivemos mais
nehum roteiro turístico a visitar.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 128 ]
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 129 ]
Cheguei por volta das 9 horas da manhã no pé do
monte Sinai com os demais membros da caravana.
Fomos ao hotel tomamos banho e um café, em seguida,
ainda sem dormir, pegamos o ônibus e viajamos para
Tagba, quase na fronteira de Israel, em frente a Arábia
Saudita, do outro lado do Golfo de Acaba. Estava lesado
de sono e no ônibus demos uns cochilos.
O SINAI NA BÍBLIA
Segue abaixo todas as passagens bíblicas
E partiram do deserto de Sinai, e acamparam-se
em Quibrote-Taavá. Números 33:16
Partiram, pois, de Refidim, e acamparam-se no
deserto de Sinai. Números 33:15
E falou o Senhor a Moisés no deserto de Sinai,
dizendo: Números 3:14
Falou mais o SENHOR a Moisés no monte Sinai,
dizendo: Levítico 25:1
Como o Senhor ordenara a Moisés, assim os
contou no deserto de Sinai. Números 1:19
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 130 ]
Que o Senhor ordenou a Moisés no monte Sinai,
no dia em que ordenou aos filhos de Israel que
oferecessem as suas ofertas ao Senhor, no deserto de
Sinai. Levítico 7:38
Os montes se derreteram diante do Senhor, e até
Sinai diante do Senhor Deus de Israel. Juízes 5:5
E os filhos de Israel, segundo a ordem de
marcha, partiram do deserto de Sinai; e a nuvem parou
no deserto de Parã. Números 10:12
Estes são os mandamentos que o Senhor
ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte
Sinai. Levítico 27:34
Este é o holocausto contínuo, instituído no monte
Sinai, em cheiro suave, oferta queimada ao Senhor.
Números 28:6
E estas são as gerações de Arão e de Moisés, no
dia em que o SENHOR falou com Moisés, no mont e
Sinai. Números 3:1
Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da
terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de
Sinai, Êxodo 19:1
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 131 ]
E falou o SENHOR a Moisés no deserto de Sinai,
no ano segundo da sua saída da terra do Egito, no
primeiro mês, dizendo: Números 9:1
Porque partiram de Refidim e entraram no
deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se
acampou em frente ao monte. Êxodo 19:2
Os carros de Deus são vinte milhares, milhares
de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no
lugar santo. Salmos 68:17
E, descendo o Senhor sobre o monte Sinai, sobre
o cume do monte, chamou o Senhor a Moisés ao cume
do monte; e Moisés subiu. Êxodo 19:20
E, completados quarenta anos, apareceu-lhe o
anjo do Senhor no deserto do monte Sinai, numa chama
de fogo no meio de uma sarça. Atos 7:30
E a glória do Senhor repousou sobre o monte
Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia
chamou a Moisés do meio da nuvem. Êxodo 24:16
E entre estes nenhum houve dos que foram
contados por Moisés e Arão, o sacerdote, qu ando
contaram aos filhos de Israel no deserto de Sinai.
Números 26:64
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 132 ]
E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto
no terceiro dia o Senhor descerá diante dos olhos de todo
o povo sobre o monte Sinai. Êxodo 19:11
A terra abalava-se, e os céus destilavam perante
a face de Deus; até o próprio Sinai foi comovido na
presença de Deus, do Deus de Israel. Salmos 68:8
E prepara-te para amanhã, para que subas pela
manhã ao monte Sinai, e ali põe-te diante de mim no
cume do monte. Êxodo 34:2
O que se entende por alegoria; porque estas são
as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos
para a servidão, que é Agar. Gálatas 4:24
E sobre o monte Sinai desceste, e dos céus
falaste com eles, e deste-lhes juízos retos e leis
verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. Neemias
9:13
Depois chegaram também todos os filhos de
Israel; e ele lhes ordenou tudo o que o Senhor falara com
ele no monte Sinai. Êxodo 34:32
E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele
no monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas
de pedra, escritas pelo dedo de Deus. Êxodo 31:18
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 133 ]
Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que
corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é
escrava com seus filhos. Gálatas 4:25
Estes são os estatutos, e os juízos, e as leis que
deu o Senhor entre si e os filhos de Israel, no monte
Sinai, pela mão de Moisés. Levítico 26:46
Falou mais o SENHOR a Moisés no deserto de
Sinai, na tenda da congregação, no primeiro dia do
segundo mês, no segundo ano da sua saída da terra do
Egito, dizendo: Números 1:1
Então disse Moisés ao Senhor: O povo não
poderá subir ao monte Sinai, porque tu nos tens
advertido, dizendo: Marca termos ao redor do monte, e
santifica-o. Êxodo 19:23
Este é o que esteve entre a congregação no
deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com
nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-
las dar. Atos 7:38
Então celebraram a páscoa no dia catorze do
primeiro mês, pela tarde, no deserto de Sinai; conforme a
tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim fizeram os
filhos de Israel. Números 9:5
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 134 ]
E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor
descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como
fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia
grandemente. Êxodo 19:18
Disse pois: O Senhor veio de Sinai, e lhes subiu
de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com
dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o
fogo da lei. Deuteronômio 33:2
E partindo de Elim, toda a congregação dos filhos
de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e
Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois de sua
saída da terra do Egito. Êxodo 16:1
Mas Nadabe e Abiú morreram perante o Senhor,
quando ofereceram fogo estranho perante o Senhor no
deserto de Sinai, e não tiveram filhos; porém Eleazar e
Itamar administraram o sacerdócio diante de Arão, seu
pai. Números 3:4
Então Moisés lavrou duas tábuas de pedra, como
as primeiras; e levantando-se pela manhã de madrugada,
subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe tinha ordenado;
e levou as duas tábuas de pedra nas suas mãos. Êxodo
34:4
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 135 ]
E aconteceu que, descendo Moisés do monte
Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas
mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia
que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara
com ele. Êxodo 34:29
MOISÉS NO MONTE SINAI
O texto abaixo foi publicado originalmente no
GotQuestions.
Na verdade, Moisés subiu ao Monte Sinai várias
vezes para se encontrar com Deus, conforme registrado
em Êxodo 19 até o final do livro. Dependendo do cálculo,
Moisés escalou o Monte Sinai cerca de oito vezes para se
encontrar com o Senhor.
A primeira subida. Após o êxodo do Egito, no
primeiro dia do terceiro mês, os israelitas chegaram ao
Monte Sinai. A primeira viagem de Moisés ao Monte Sinai
é descrita em Êxodo 19:2–7. Ele sobe a montanha no
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 136 ]
versículo 3 e desce no versículo 7. Na montanha, Deus
diz a Moisés que está oferecendo uma aliança ao povo de
Israel: se eles guardarem a aliança, Deus os tornará Sua
“propriedade preciosa” e “um reino de sacerdotes e uma
nação santa” (versículos 5–6). Moisés relata esta
mensagem ao povo, e o povo responde dizendo:
“Faremos tudo o que o Senhor disse” (Êxodo 19:8).
A segunda subida. Moisés retorna ao topo do
Monte Sinai em Êxodo 19:8 para transmitir a resposta do
povo à oferta de uma aliança. Deus então diz a Moisés
que Ele falará audivelmente com Moisés em uma nuvem
espessa para que todo o povo confie em Moisés como o
líder escolhido por Deus. Moisés desce a montanha no
versículo 9 para transmitir essa informação aos filhos de
Israel.
A terceira subida. Em Êxodo 19:10, Deus está
falando com Moisés novamente, o que implica que
Moisés pode ter escalado novamente o Monte Sinai.
(Alguns estudiosos acreditam que as palavras de Deus no
versículo 10 faziam parte do discurso no versículo 9.) Em
todo caso, é dito que Moisés desceu a montanha
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 137 ]
novamente no versículo 14. Moisés consagra o povo em
preparação para a aparição do Senhor na montanha no
terceiro dia (versículos 10–11).
No terceiro dia, “houve trovões e relâmpagos, e
uma espessa nuvem sobre o monte, e um sonido de
trombeta mui forte” (Êxodo 19:16). O povo de Israel
estava compreensivelmente assustado. Então “O monte
Sinai estava coberto de fumaça, porque o Senhor desceu
sobre ele em fogo. A fumaça subia dela como a fumaça
de uma fornalha, e toda a montanha tremia
violentamente. À medida que o som da trombeta
aumentava cada vez mais” (versículos 18–19).
A quarta ascensão. A quarta viagem de Moisés
ao Monte Sinai é descrita em Êxodo 19:20–25. Deus
convoca Moisés ao topo da montanha para que ele avise
o povo para não se aproximar da montanha enquanto Sua
presença estiver no Sinai. Ele também diz a Moisés para
trazer seu irmão, Aarão, para a montanha com ele.
Moisés desce a montanha no versículo 25. Deus então
entrega os Dez Mandamentos de forma audível em Êxodo
20:1–17. Com medo, o povo de Israel implorou a Moisés
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 138 ]
que não deixasse Deus falar diretamente com eles. Em
vez disso, eles pedem a Moisés para ser seu intercessor
e eles o ouviriam (versículos 18–19). Moisés diz a eles
para não terem medo, mas que Deus os está testando
para que eles O temam e não pequem (versículo 20).
A quinta subida. Moisés retorna ao Monte Sinai
em Êxodo 20:21 quando ele “se aproximou da escuridão
onde Deus estava”. Nessa época, Deus deu a Moisés
várias leis, registradas nos capítulos 21–23, junto com a
promessa de dar a terra de Canaã aos filhos de Israel
(Êxodo 23:20–33).
A sexta subida. Em Êxodo 24:1, Moisés é
convocado novamente para escalar o Monte Sinai. Desta
vez, ele deve trazer Aarão, seus filhos, Nadabe e Abiú, e
setenta dos anciãos de Israel com ele. Na manhã
seguinte, Moisés “edificou um altar ao pé da montanha e
erigiu doze colunas de pedra representando as doze
tribos de Israel” (versículo 4). Ele ofereceu holocaustos e
ofertas de comunhão e leu o Livro da Aliança para o povo,
que respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor disse; nós
obedeceremos” (versículo 7). Para ratificar a aliança,
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 139 ]
Moisés aspergiu o povo com o sangue do sacrifício
(versículo 8).
Após a cerimônia, Moisés, Aarão, Nadabe, Abiú e
os anciãos subiram a montanha e ali “viram o Deus de
Israel. Sob seus pés havia algo como um pavimento feito
de lápis-lazúli, tão azul quanto o céu” (Êxodo 24:10).
Surpreendentemente, Deus permite que esses homens
vivam, mesmo tendo visto a Deus; na verdade, eles
“comiam e bebiam” na montanha (versículo 11).
Deus então ordena a Moisés que continue
subindo o Sinai para receber as tábuas de pedra que
Deus havia preparado (Êxodo 24:12). Moisés leva Josué
com ele e envia os outros para o sopé do Sinai. Enquanto
Josué espera, Moisés continua a subida. Durante seis
dias, uma nuvem cobre o topo da montanha. No sétimo
dia, Deus chama Moisés para entrar na nuvem e se
aproximar do topo da montanha. Moisés fica lá por 40
dias e 40 noites (versículo 18).
Durante esta reunião na montanha, Deus dá
muitas informações a Moisés. Isso incluía os Dez
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 140 ]
Mandamentos escritos em tábuas de pedra pelo próprio
Deus. Moisés também recebe instruções completas sobre
como construir o tabernáculo, a arca da aliança e o altar,
especificações para as vestes sacerdotais etc. (Êxodo
24–31). Infelizmente, no sopé da montanha, os israelitas
mandaram Aarão construir o bezerro de ouro e estavam
cometendo idolatria.
Quando Moisés e Josué descem a montanha em
Êxodo 32:19 e veem o que o povo está fazendo, Moisés
quebra as tábuas de pedra com raiva. Ele então destrói o
bezerro de ouro e disciplina o povo.
A sétima ascensão. Moisés volta ao Senhor em
Êxodo 32:32 para interceder pelos filhos de Israel. Isso
implica outra subida do Sinai. Em uma demonstração de
grande amor e misericórdia que antecipa o amor e a
misericórdia de Jesus Cristo, Moisés oferece sua própria
vida em troca da vida de Israel (versículo 32).
A oitava subida. Em Êxodo 34:1–2, o Senhor diz a
Moisés: “Lavre duas tábuas de pedra como as primeiras,
e escreverei nelas as palavras que estavam nas primeiras
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 141 ]
tábuas, que você quebrou. Esteja pronto pela manhã, e
então suba no Monte Sinai. Apresente-se a mim lá no
topo da montanha”. Moisés deve vir sozinho. No topo da
montanha, o Senhor se revela a Moisés e se descreve
desta forma: “O Senhor, o Senhor, Deus compassivo e
misericordioso, tardio em irar-se, grande em amor e
fidelidade” (versículo 6). Moisés adora o Senhor e recebe
uma repetição da aliança, que ele escreve nas tábuas de
pedra. Moisés está no Sinai por mais 40 dias e 40 noites,
milagrosamente “sem comer pão nem beber água”
(versículo 28). Quando Moisés voltou ao povo, “ele não
sabia que seu rosto estava radiante porque ele havia
falado com o Senhor. Quando Aarão e todos os israelitas
viram Moisés, seu rosto estava radiante e eles tiveram
medo de se aproximar dele” (versículos 29–30).
Os eventos no Monte Sinai foram monumentais
na história do mundo. Deus estava criando para Si uma
nova nação com novas leis e um novo modo de vida. O
Senhor se mostrou um Deus que deseja se comunicar e
se relacionar com seu povo. Ao dar a Lei, Deus revelou
Sua santidade, definiu claramente o pecado (Romanos
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 142 ]
7:7) e providenciou um guardião para eventualmente nos
levar a Cristo (Gálatas 3:24–25). A mediação de Moisés
no Sinai é um quadro maravilhoso da intercessão de
Cristo em favor dos pecadores (Romanos 8:34). [6]
PROFETA ELIAS NO SINAI
Estudo Sobre Elias na Caverna: Por Que Elias se
Escondeu?
Texto do Daniel Conegero:
A experiência de Elias na caverna está entre as
passagens da Bíblia que mais evidenciam a fragilidade
humana. Mas o estudo bíblico dessa passagem revela
que Deus cumpre sua vontade apesar das limitações do
ser humano.
Elias na caverna é um lembrete que até os mais
fortes podem ser fracos. Elias foi um dos profetas mais
emblemáticos de Israel. Inclusive, no Novo Testamento
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 143 ]
ele aparece no episódio da transfiguração de Jesus junto
de Moisés representando a escola profética da
comunidade da aliança.
Além disso, sem dúvida o profeta Elias foi um dos
homens da história da humanidade que presenciaram de
forma mais extraordinária as claras manifestações do
poder de Deus. Ele viu morto ressuscitar pelo poder
divino através de seu ministério; viu Deus controlando
diretamente a natureza secando a terra e depois
mandando chuvas torrenciais; e viu fogo descer do céu da
parte do Senhor. Mas depois de tudo isso ele ainda tentou
fazer de uma caverna o seu lar.
Elias na caverna é uma prova de que milagres
não mantêm ninguém de pé. O que mantém o servo de
Deus ativo em seu serviço é a comunhão com o Senhor
na obediência à sua Palavra.
Por que Elias se escondeu na caverna?
A história de Elias na caverna está registrada em
1 Reis 19. Mas para entendermos o motivo pelo qual o
profeta fugiu para a caverna, precisamos retornar ao
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 144 ]
capítulo anterior. Mas engana-se quem pensa que 1 Reis
18 é um capítulo melancólico que culmina na imagem do
fracasso de Elias na caverna no capítulo seguinte. Muito
pelo contrário!
No capítulo anterior ao episódio da caverna, Elias
aparece no auge. Nem de longe ele lembra um homem
frágil, amedrontado, com crise de identidade e um
discurso vitimista escondido numa caverna.
Em 1 Reis 18 Elias aparece como um homem
corajoso para confrontar o rei Acabe; para convocar todo
o Israel e os profetas de Baal no monte Carmelo; para
desafiar os profetas pagãos e depois matá-los diante da
manifestação do poder do Senhor; e para orar por chuva
em Israel depois de anos de terrível seca. Por fim, sob a
capacitação do Senhor, ele ainda correu por quase
quarenta quilômetros do monte Carmelo até Jezreel.
Mas então como um homem assim foi do auge ao
fundo do poço? Do monte da vitória para a caverna do
desalento? Por que Elias fugiu para a caverna?
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 145 ]
Talvez Elias estivesse esperando que as
demonstrações do poder de Deus no monte Carmelo
produzissem quebrantamento em Jezabel e Acabe. Mas
não foi isso que aconteceu. Em vez de arrependimento, a
perversa esposa de Acabe declarou guerra ao Senhor, e
começou por ameaçar o seu porta-voz em Israel, o
profeta Elias.
Então diante desse cenário pode ser que Elias
tenha julgado ter falhado em sua missão como profeta.
De fato ele se sentiu um fracasso, e quando recebeu a
carta de ameaça de Jezabel, fugiu temendo por sua vida.
Alguém pode perguntar o porquê de Jezabel ter
mandado uma ameaça a Elias ao invés de tê-lo matado
prontamente. Muito provavelmente ela fez isso por pura
estratégia.
Elias tinha acabado de provar diante de todo o
Israel que era um profeta de Deus. Se Jezabel matasse
Elias, possivelmente ela enfrentaria o descontentamento
do povo. Então parece que o objetivo principal de Jezabel
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 146 ]
era fazer Elias fugir. Ela preferia um Elias na caverna em
vez de um Elias mártir.
Elias a caminho da caverna
A estratégia de Jezabel funcionou e Elias fugiu de
Jezreel em direção a Berseba. Nesse ponto a Bíblia não
mostra Elias consultando ao Senhor; muito menos se
recordando das experiências grandiosas que ele havia
tido ao longo de seu ministério.
O Senhor não o havia desamparado em nenhum
momento, e também não seria naquela ocasião que Ele
iria desampará-lo. Mas Elias desviou os olhos da fé e os
colocou sobre as circunstâncias. Seu comportamento foi
tão irracional que ele, um homem caracterizado pela
coragem, fugiu de um inimigo derrotado.
De Berseba, Elias partiu para o deserto. Ele se
assentou debaixo de um arbusto típico de terrenos
desérticos e orou a Deus. Mas a oração de Elias foi a
expressão de sua desesperança. Em sua oração ele
declarou que queria desistir e desejou a morte. Em
seguida ele se deitou e dormiu.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 147 ]
Então a Bíblia diz que ele acordou quando um
anjo lhe tocou ordenando que ele comesse a refeição que
o Senhor havia milagrosamente lhe fornecido. Depois,
Elias dormiu novamente até que outra vez foi acordado
pelo anjo para, mais uma vez, se alimentar.
Com aquelas duas refeições a Bíblia diz que Elias
caminhou quarenta dias e quarenta noites até o Monte
Horebe. Aqui vale lembrar que o Monte Horebe é o
mesmo Monte Sinai onde Deus se revelou a Moisés.
Nesse percurso Elias caminhou quase 400 quilômetros,
numa viagem que levou quarenta dias e quarenta noites.
O texto bíblico não explica por que essa viagem
demorou tanto, já que esse percurso poderia ser feito
num tempo muito menor. Alguns comentaristas enxergam
alguns paralelos com os quarenta anos que Israel
peregrinou no deserto; com os quarenta dias que Moisés
passou na montanha; e com os quarenta dias que Jesus
passou no deserto quando foi tentado.
Elias na caverna
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 148 ]
Foi quando chegou ao Horebe que Elias entrou
numa caverna, onde passou a noite. A situação do profeta
era tão complicada que muitos estudiosos acreditam que
Elias teve depressão naquele episódio. Ele estava
exausto e abatido. Seja como for, ele estava disposto a
desistir de seu ministério e até de sua vida.
Mas foi na caverna que Deus falou com Elias. Em
vez de repreendê-lo, o Senhor apenas lhe perguntou:
“Que fazes aqui, Elias?” (1 Reis 19:9). Isso mostra a
forma pessoal, paciente e atenciosa com que Deus trata
os seus filhos que passam por momentos de desespero.
No entanto, Elias não respondeu de forma direta
a pergunta do Senhor. Na verdade ele tentou se justificar
em sua resposta, mostrando uma mistura de orgulho com
pena de si mesmo. Ele alegou ter sido um servo fiel e
zeloso pelo Senhor, enquanto os israelitas quebraram a
aliança. No fim, ele acabou julgando estar sozinho e
sendo perseguido.
Então Deus lhe ordenou que saísse da caverna
para o monte e se colocasse perante o Senhor. A Bíblia
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 149 ]
diz que veio um vento muito forte, mas o Senhor não
estava no vento. Depois veio um terremoto que abalou o
monte, mas o Senhor não estava no terremoto. Na
sequência veio um fogo, mas o Senhor não estava no
fogo.
Por último o texto bíblico diz que veio “um ciclo
tranquilo e suave” (1 Reis 19:12). Foi então que Elias saiu
e se colocou à entrada da caverna. Nesse momento ele
ouviu a voz do Senhor. Mas talvez para a surpresa de
Elias, o Senhor lhe fez a mesma pergunta anterior: “Que
fazes aqui, Elias?” (1 Reis 19:13). Mais uma vez o profeta
repetiu a mesma resposta autopiedosa e um tanto quanto
egocêntrica.
Deus restaura Elias na caverna
Embora Elias tivesse agido pelas aparências em
vez de agir pela fé, Deus o restaurou ao seu serviço.
Deus lhe preparou para terminar o seu notável ministério
de forma estratégica. Por isso que na porta da caverna
Elias recebeu do Senhor três ordens: 1) ungir Hazael
como o novo rei da Síria; 2) ungir Jeú como novo rei de
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 150 ]
Israel; e 3) ungir o jovem Eliseu como seu sucessor na
escola profética de Israel.
Essas três ordens confrontavam o estado
deprimente de Elias. O profeta havia fugido com medo da
ameaça de uma mulher perversa que era esposa de um
rei fraco e reprovado. Mas ele deveria saber que aquele
casal só continuaria no poder até quando Deus quisesse.
Deus não apenas controla o trono de Israel, mas
controla o trono de todas as nações da terra. Como diz o
profeta Daniel, Aquele que se assenta no trono do
universo é o mesmo que remove reis e estabelece reis
(Daniel 2:21).
A prova disso era que o Senhor não apenas
estava levantando o novo rei de Israel, mas também
estava instituindo o novo rei da Síria, uma nação pagã.
Na verdade Deus haveria de usar os movimentos
militares de Hazael e Jeú, e o trabalho profético do jovem
agricultor Eliseu, para executar os seus propósitos
soberanos. Tudo isso, inclusive, resultou na completa
destruição da casa de Acabe.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 151 ]
E assim, pela paciente misericórdia do Senhor, o
episódio de Elias na caverna terminou com o profeta
tratado e restaurado por Deus.
O que aprendemos com Elias na caverna?
Há algo muito interessante na Escritura.
Diferentemente das literaturas que procuram idealizar os
seus heróis, a Bíblia não esconde as falhas, erros e as
limitações dos homens que foram usados poderosamente
pelo Senhor. Até mesmo a galeria dos heróis da fé em
Hebreus destaca a fragilidade dessas pessoas que
ficaram conhecidas por sua fé exemplar (Hebreus 11).
Portanto, com o profeta Elias não foi diferente.
Tiago escreve que “Elias era um homem semelhante a
nós” (Tiago 5:17). É possível que ao escrever essas
palavras, Tiago estivesse pensando justamente na
história de Elias na caverna.
Então há lições a aprender tanto com as vitórias
dos homens e mulheres de Deus na Bíblia, quanto com
suas derrotas. Portanto, no episódio de Elias na caverna
podemos aprender algumas lições importantes.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 152 ]
Elias na caverna nos ensina o quando é doloroso
sair da vontade do Senhor
A história de Elias na caverna nos ensina que fora
da vontade do Senhor, os corajosos cedem ao medo; os
vitoriosos são derrotados; e os fortes fracassam.
Elias era o homem que tinha desafiado centenas
de profetas de Baal; que tinha presenciado o que Deus
fez no Carmelo; que tinha provado que Deus é Aquele
que governa sobre o universo e controla as forças da
natureza. Mas mesmo assim ele foi parar numa caverna
assustado, vacilante e desanimado.
Isso aconteceu porque Ele não se atentou à
vontade do Senhor. W. Wiersbe argumenta de forma
muito inteligente que quando os servos de Deus saem da
vontade de Deus, eles ficam sujeitos a cometer todo tipo
de insensatez e a falhar naqueles que são seus pontos
mais fortes.
Foi assim com Abraão quando fugiu para o Egito.
Faltou fé ao homem que é uma referência de fé na Bíblia,
e por isso ele escondeu que Sara era sua esposa
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 153 ]
(Gênesis 12). A Bíblia diz que Moisés era o mais manso
dos homens, mas ele perdeu o privilégio de entrar na
Terra Prometida porque lhe faltou a calma (Números
20:1-13; cf. Números 12:3).
Uma característica do rei Davi era sua
integridade, mas em seu envolvimento com Bate-Seba lhe
faltou ser justamente um homem íntegro (2 Samuel 11-
12). O apóstolo Pedro era valente e corajoso, mas lhe
faltou coragem quando ele negou a Jesus (Marcos 14:66-
72).
Elias na caverna nos ensina que Deus tem sua
forma particular de agir
Uma coisa é fato: nem sempre Deus fala o que
queremos ouvir; ou age da forma que mais nos agrada. A
experiência de Elias na caverna é uma prova disso.
O profeta estava desanimado e desesperado.
Então quando finalmente Deus falou com ele, talvez Elias
esperasse alguma resposta da parte do Senhor. Em vez
disso, primeiro o que Ele ouviu, por duas vezes, foi uma
pergunta ao invés de uma resposta.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 154 ]
Quando o Senhor ordenou que ele saísse da
caverna, três acontecimentos estrondosos aconteceram:
a ventania, o terremoto e o fogo. Mas nenhuma palavra
da parte do Senhor veio desses acontecimentos. A
palavra do Senhor veio a Elias na calmaria, com uma voz
mansa e suave.
Sim, o Deus que é Senhor sobre o vento, os
alicerces da terra e o fogo, é o mesmo que também pode
se manifestar com suavidade. Muitas vezes esperamos
por grandes acontecimentos e demonstrações do poder
de Deus, quando na verdade Deus pode estar querendo
falar conosco através de um “ciclo suave e tranquilo”.
Como diz Oswald Sanders, os sussurros do Calvário são
mais poderosos que o trovão do Sinai para conduzir os
homens ao arrependimento.
Então aqui devemos aprender com Elias. Apesar
de seu momento de fraqueza, ele teve os ouvidos
sensíveis o suficiente para ouvir a voz suave do Senhor.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 155 ]
Elias na caverna nos ensina que não podemos
nos esconder atrás de justificativas
No lamento de Elias, o profeta tentou se justificar
perante Deus. Além disso, ele se apoiou num tipo de
autopiedade. Primeiro, debaixo do zimbro no deserto, ele
orou a Deus pedindo para morrer e disse não ter sido
melhor que seus pais. Mas Deus não havia pedido que
Elias fosse melhor do que alguém. O propósito de Deus
para Elias era que ele cumprisse o serviço para o qual foi
chamado. Como todo crente, o que Elias devia fazer era
ouvir a Palavra do Senhor e obedecê-la.
Depois, já na caverna, Elias procurou se justificar.
Ele alegou ter sido zeloso e fiel ao Senhor,
diferentemente dos demais israelitas, e agora ele estava
sozinho e ameaçado de morte. Perceba que num certo
aspecto em sua resposta Elias questionou a ação do
Senhor, afinal, será que Deus não havia visto que ele
tinha sido um servo fiel, que ficou de pé quando os outros
caíram? Como Deus teria permitido que o último crente
do reino de Israel fosse ameaçado de morte e tivesse que
fugir?
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 156 ]
Em primeiro lugar, como observa W. Wiersbe, se
Elias tivesse mesmo sido um servo fiel, então o que ele
estava fazendo escondido numa caverna a centenas de
quilômetros do local onde ele deveria exercer seu
ministério? Em segundo lugar, não era verdade que Elias
fosse o último crente de Israel. A graça de Deus havia
conservado um remanescente fiel que não se corrompeu
com Baal. Em terceiro lugar, Deus não havia abandona
Elias. A prova disso era que pacientemente Deus estava
falando com Elias na caverna e escutando o seu
desabafo.
Elias na caverna nos ensina que Deus cumpre
seu propósito, apesar de nós
O retrato de Elias na caverna é uma
demonstração clara de como o propósito de Deus
prevalece sobre as nossas falhas. O Senhor poderia ter
deixado Elias entregue ao seu desâ nimo naquela
caverna. Ele poderia ter levantado outra pessoa para o
lugar de profeta em Israel, porque ninguém é
indispensável perante o Senhor. Mas Deus cumpre o seu
propósito através de nós, e apesar de nós.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 157 ]
Então apesar das falhas de Elias, Deus tratou
com ele e o restabeleceu ao seu lugar. Onde Elias via
motivos para desistir, Deus via motivos para ele voltar ao
trabalho. Onde Elias só via solidão pensando estar
sozinho, Deus via outros sete mil que foram preservados
por Ele e não se dobraram a Baal. Enquanto Elias se
lamentava pelo passado e pelo presente de Israel, Deus
já estava tratando do futuro de seu povo.
Elias na caverna nos ensina que devemos nos
esconder em Deus, não numa caverna
A experiência de Elias na caverna nos serve de
exemplo quando es tivermos em nossas próprias
cavernas. Muitas vezes somos fracos, volúveis e
inconsequentes, mas o Deus Todo-Poderoso é imutável e
enxerga além das circunstâncias que nos amedrontam.
Como diz o salmista, o Senhor é como um pai que se
compadece de seus filhos. Ele conhece a nossa estrutura
e sabe que somos pó (Salmo 103:13,14).
Deus cuida de nós e nos restaura, a ponto de
entendermos que o lugar mais seguro que podemos estar
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 158 ]
não é dentro de uma caverna, mas dentro de sua
vontade. Que possamos sair de nossas cavernas para
nos refugiarmos no esconderijo do Altíssimo, onde
podemos descansar à sombra do Onipotente (Salmo
91:1).
APÊNDICE
Êxodo pela Arábia – em busca do Sinai
Segundo a Bíblia, exatamente no limite previsto
por Deus (Gênesis 15:13-16), a nação de Israel, sob a
liderança de Moisés, fugiu do Egito com muitos bens, no
ano de 1513 a.C.
Deus falava para Abrão que seus descendentes
serviriam a um povo (que se revelaria no Egito), mas que,
depois, ficariam LIVRES e “sairiam de lá com muitos
bens”. MAS, nessa fuga, eles atravessaram o Mar
Vermelho, de um modo milagroso.
Por meio de Moisés, Deus, cujo nome é
representado pelas quatro letras JHVH, ou YHWH (Êxodo
3:14,15), fez com que as águas formassem como que
“duas paredes, deixando um corredor seco no meio”, pelo
qual puderam fugir (Êxodo 14) e por onde os egípcios os
perseguiram.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 159 ]
Depois que os judeus atravessaram, Moisés fez
um gesto e o mar voltou ao normal, desfazendo o
“corredor” e AFOGANDO aqueles egípcios.
Desenho da travessia do Mar Vermelho
Atravessaram pelo Mar Vermelho. Mas pelo Golfo
de Suez ou pelo Golfo de Aqaba?
A cada tempo, surgem novas hipóteses. Uma que
tem ganhado certo destaque, de fins do século 20 para
cá, é a de Ron E. Wyatt, arqueólogo amador norte-
americano.
De 1978 a 1984, ele também andou pesquisando
a “rota do Êxodo”. Faleceu em 1999.
Contudo, nas muitas fotos e anotações, que deixou a
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 160 ]
respeito, reuniu algumas evidências que poderiam
ALTERAR o local da travessia e a localização do monte
Sinai.
Embora esses dois lugares nunca tivessem sido
confirmados pela arqueologia, muitos acreditavam e ainda
acreditam que os israelitas fugiram pelas proximidades do
atual Golfo de Suez e que, depois, receberam os Dez
Mandamentos na península egípcia do Sinai, onde hoje
existe o Mosteiro de Santa Catarina.
Mosteiro de Santa Catarina, acima, na Península
do Sinai, no Egito, onde se acredita ser o Monte Sinai.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 161 ]
Em AZUL, o Mosteiro de Santa Catarina, em
VERDE, a praia de Nuweiba e em AMARELO, o Monte
Sinai na Arábia.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 162 ]
Monte Sinai na Arábia Saudita.
Embora nem todos concordem com as pesquisas
de Ron, porque ele misturava, às vezes, arqueologia com
orações e visões de sua crença religiosa, alguns de seus
dados parecem merecer CRÉDITO.
# Por exemplo, ele descobriu duas COLUNAS, no
estilo ou no formato fenício, que continham “inscrições
feitas em hebraico antigo”, com dados que poderiam ser
do Êxodo. Elas foram fotografadas.
Uma, com a inscrição ilegível, ficava do lado egípcio, na
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 163 ]
praia de Nuweiba. Outra, com a mesma inscrição, mas
bem legível, ficava defronte, na Arábia Saudita.
A inscrição dizia: “Egito – Salomão – Edom –
morte – Faraó – Moisés – JHVH”.
Coluna do Egito e Coluna da Arábia, que depois
foi retirada.
Em Êxodo 15:1-21, diz que, quando saíram do
Mar, fizeram uma “comemoração”. Outras partes mostram
que diante de acontecimentos importantes, em que Deus
estava presente, os israelitas MARCAVAM tais locais.
Essa coluna poderia ser, então, o marco daquela
comemoração ou o marco do lugar de onde tinham saído.
Mais tarde, a que estava na Arábia foi retirada.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 164 ]
Deixaram, no seu lugar, um outro marcador (marca-
bandeira), também fotografado.
Aviso (marca-bandeira) onde retiraram a coluna
# De 1978 para cá, defronte dessas colunas, numa
profundidade de até 60 metros do mar, foram
ENCONTRADOS outros detalhes, como um “osso fêmur”
e algumas “costelas humanas”. Mas o que mais chamou a
atenção foram algumas RODAS de carruagens egípcias,
revestidas com os corais. Rodas de vários tipos: com
quatro, seis e oito raios. Algumas delas, “folheadas a
prata e a ouro” (talvez fossem as dos oficiais ou as do
Faraó). “As de oito raios foram usadas na Dinastia 18”
(anos 1500 AEC). A Bíblia diz que Faraó usou “todos os
seus carros” (Êxodo 14:7).
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 165 ]
Osso fêmur humano
Costelas humanas mineralizadas
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 166 ]
Acima, roda “folheada a ouro e/ou prata”, onde os
corais NÃO se agregam.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 167 ]
Rodas tomadas pelos corais
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 168 ]
Carro egípcio
Roda de seis raios achada no fundo do mar
O fundo dessa faixa de mar, entre as colunas,
“se parece com um caminho plano, sem obstáculos” e
atinge uma profundidade total de 110 metros (que seria
mais do que suficiente para ter afogado os egípcios).
Sob as águas, foram encontradas pedras
alinhadas nos dois lados, como se fossem o “limite de um
caminho”.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 169 ]
Caminho plano e limpo, sob as águas
Existe como uma PONTE submersa no centro,
por onde atravessaram. À direita e à esquerda dela, o Mar
é bem mais profundo
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 170 ]
De Nuweiba até a Arábia, são 18 quilômetros
# A praia desse local egípcio (Nuweiba), segundo
os especialistas, é a ÚNICA que poderia ter abrigado
aqueles israelitas, naquela região do Mar Vermelho, pois
o número deles era muito grande (mais de dois milhões
de pessoas, entre homens, mulheres e crianças).
Digno de nota é que, por detrás dela, só existem
altos montes. Quem passasse por aquele caminho, vindo
do Norte, quando chega sse a Nuweiba, ficaria
ENCURRALADO.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 171 ]
Praia de Nuweiba, no Egito
Vista de cima – Caminho branco para a praia
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 172 ]
Chegada à Nuweiba – Atrás, os egípcios; aos
lados os Montes e na frente o Mar
Na frente, só teria o mar. Atrás, os egípcios e, dos
lados, só teriam os montes.
A situação ficaria idêntica a que a Bíblia mostra,
mas os nomes dos locais, onde ficaram encurralados, são
diferentes. Não são os mesmos que se vêem na
atualidade (Êxodo 14:2,3). Todavia, como visto, os
lugares certos não foram confirmados até hoje, pela
história.
Naquela época, portanto, poderiam ser
conhecidos por outros nomes, como será visto mais
adiante.
# Um mapa antigo aponta que Jetro, ou o
SOGRO de Moisés, morava na região da atual Al Bad, na
Arábia.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 173 ]
# Em Horebe, encontrou uma rocha partida, que
poderia ser aquela por onde “teria saído água das pedras”
como no episódio “Massá e Meribá” (Êxodo 17:6).
Ele teria achado, também, alguns poços, no
acampamento. Poderiam ser parte daqueles que
“recebiam e guardavam a água que descia do monte para
o povo” (Deuteronômio 9:21 – Êxodo 19:23).
Teria achado, ainda, certos arranjos de pedras, que
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 174 ]
poderiam ser “aquelas das doze colunas” feitas (Êxodo
24:4).
Diz que algumas pedras foram retiradas pelos
árabes e levadas para uma Mesquita da cidade de Hagl.
De qualquer forma, numa foto tirada, mostra alguns
“arranjos antigos de pedras” que foram organizados por
seres humanos, sem dúvida. Isso mostraria que, naquele
ermo, em algum tempo anterior, pessoas teriam passado
ou vivido por lá.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 175 ]
Meribá? As beiradas estão lisas, como se fossem
lavadas pelas águas
Altar de pedras. Seria “JHVH Nissi”? (Êxodo
17:15)
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 176 ]
Arranjo de pedras feito por pessoas
Restos das 12 colunas
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 177 ]
Foram achados vários poços feitos (seta “well”)
# Mas o mais importante foi a descoberta de que
o topo do Monte Horebe estava QUEIMADO.
A Bíblia fala que, quando foram dados os Dez
Mandamentos a Moisés, devido à presença de Deus, o
“… monte estava todo envolto em fumaça… a glória de
Deus aparecia como um FOGO devorador… a montanha
estava em chamas…” (Êxodo 19:18 -20 – 24:17,
Deuteronômio 4:11). Exploradores que viram essas
pedras, que formam o topo do monte, disseram que elas
estavam mesmo QUEIMADAS. Quando as quebraram,
viram que estavam “queimadas só por fora”.
Não eram daquelas pedras escuras por natureza (por
dentro e por fora).
Apesar de estarem enegrecidas externamente,
por dentro continuavam claras. Parecia que tinham
passado, mesmo, por um fogo abrasador.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 178 ]
Monte Sinai (de pedras claras) MAS com o cume
QUEIMADO
Monte Sinai ao fundo
Ron também achou uma CAVERNA, que poderia
ter sido aquela na qual o profeta Elias se escondeu em
Horebe, quando fugira da rainha Jezabel (1 Reis 19:8,9).
Note que há uma ÁRVORE crescendo entre as pedras,
no alto da caverna, e que as pedras se parecem com as
TÁBUAS em que foram escritos os “Dez Mandamentos”.
Dizem que Maomé, que ditou o Alcorão, visitou o local,
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 179 ]
nos anos 600 d.C., e falou sobre a ÁRVORE, que cresce
entre as pedras no topo.
Pedras defronte do Monte Sinai. Acima mostra a
“árvore” e abaixo mostra a possível “caverna de Elias”
Foi achado com certeza, também, um lugar onde
poderiam ter feito o “altar do bezerro de ouro” (Êxodo
32:5,19). Acharam umas rochas com a inscrição de uns
bezerros (ou bois), em estilo egípcio.
Na Arábia toda, somente lá encontraram esse tipo
de figura. Inclusive o governo Saudita, percebendo o seu
valor arqueológico, o CERCOU e colocou guardas no
local.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 180 ]
Desenhos de bois, estilo egípcio (talvez tenha
relação com o “bezerro de ouro”)
Os árabes CERCARAM o local das inscrições,
como patrimônio arqueológico
Associação dos fatos.
Com os dados de Nuweiba e da Arábia, Ron fez
algumas associações: Se Nuweiba fica por perto de
Midiã, na Arábia, quando Moisés fugiu do Egito na
primeira vez, antes do Êxodo, ele teria passado por lá,
pois viveu quarenta anos em Midiã, que era a terra do seu
sogro Jetro (Êxodo 2:15,21). Num dia, quando conduzia
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 181 ]
os seus rebanhos, “chegou ao monte do verdadeiro Deus,
(ou chegou) a Horebe”, conforme diz Êxodo 3:1.
Êxodo 3:11,12 mostra Deus avisando Moisés que
o usaria para tirar os judeus da escravidão. Avisa-o,
também, que “… DEPOIS de teres feito o povo sair do
Egito, servireis o verdadeiro Deus neste monte” (ou no
Horebe, onde conduzia os seus rebanhos). Se Moisés
morava com o seu sogro, em Midiã, na certa estaria
“conduzindo os seus rebanhos” por perto de onde ele e
Jetro residiam. SE Jetro morou, mesmo, na região da
atual Al Bad, na Arábia, ele morou defronte de Nuweiba,
ou um pouco mais ao sul.
Seria apenas natural, portanto, que, “depois de ter
feito o povo sair do Egito”, VOLTASSE para aquela
região, que conhecia muito bem, mesmo porque a sua
adoração a Deus teria de ser feita por ali, onde ficava o
monte Horebe. Portanto, o Monte Horebe, onde teria
conduzido os seus rebanhos, ficaria em Midiã, na Arábia,
e não na península do Sinai, no Egito.
“Por coincidência”, em Gálatas 4:25, o apóstolo
Paulo fala a mesma coisa. Ele diz que “… o monte Sinai
(ou Horebe ou o monte do verdadeiro Deus) fica na
Arábia”. Com o tempo, talvez por causa de suas
interpretações religiosas, teriam “mudado a localização do
monte” e hoje, por causa da renda gerada
pelo TURISMO na região, conservem a localização dele
por lá.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 182 ]
Embora digam que a “Arábia” citada por Paulo
fosse a península do Sinai, pois “os romanos a
chamavam assim”, tudo leva a crer que ele se referiu à
ARÁBIA mesmo, pois no mesmo livro ele já a havia citado
(Gálatas 1:17). Ele disse que, “partiu para a Arábia, (e
que) depois voltou para Damasco”. Talvez essa visita de
Paulo, na Arábia, fosse uma visita ao Monte Sinai.
[Eu, o Peregrino Cristão, não defendo
pessoalmente nenhum ponto específico sobre qual seja
de fato o monte Sinai, ainda faltam evi dencias
insofismáveis e que possam nos dar a certeza qual tenha
sido o monte Sinai que Moisés recebeu os dez
mandamentos.]
Naquele tempo, NÃO existia nada no local onde
hoje existe o Mosteiro de Santa Catari na.
“Arábia” era mais ao leste. Os romanos só a conquistaram
com o Imperador Trajano, entre os anos 98-117 EC,
muitos anos depois de Paulo. Trajano dividiu a região em
três partes (Arábia Pétrea, Arábia Desértica e Arábia
Feliz).
Mas Paulo tinha escrito bem antes.
Portanto, quando disse “Arábia”, provavelmente não quis
dizer a região do Mosteiro, mas quis dizer, mesmo, essa
região que Trajano conquistaria vários anos depois e,
que, antes de ser conquistada pelos romanos, já era
conhecida pelo nome de “Arábia”, como Paulo escreveu.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 183 ]
Alterações de nomes antigos
Quanto à mudança de alguns nomes antigos,
qualquer um de nós pode perceber, em outras passagens
bíblicas, que isso realmente ocorreu, naquela região.
Por exemplo, Êxodo 17:8-13 mostra que quando
estavam acampados em Refidim, travaram um combate
com AMALEQUE (ou com descendentes de Esaú ou
Edom). Por quê? Porque acamparam na região em que
eles viviam. Aquelas eram as terras de Edom.
Em 1 Reis 11:14-18 mostra que, mais de quatrocentos
anos depois, o Rei Davi também voltou por lá e destruiu
muitos deles novamente (Gênesis 17:16), mas que
Hadade e outros poucos edomitas conseguiram escapar.
Quando Hadade escapou, tinha saído de Edom e
chegado a Parã. Daí, ele e os outros foram para o Egito.
Mas quando saíram de Edom, a Bíblia diz que “…
levantaram-se de Midiã”. Parece claro, portanto, que
aquela região era conhecida, também, por Midiã e que
era um caminho que levava ao Egito. E que, antes de se
chamar Edom e Midiã, era conhecida por Seir (Gênesis
36:8,9).
Fica evidente que os nomes geográficos
mudaram com o decorrer dos séculos.
A versão TEB da Bíblia, em 1 Reis 9:26, mostra
que “O Rei Salomão construiu uma frota em Esion -
guéber, que fica perto de Eilat, na praia do mar dos
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 184 ]
Juncos, na terra de Edom.” A versão TNM fala “… Eziom-
Géber, que está junto a Elote, à beira do Mar Vermelho…”
e a versão Almeida, de 1966, fala “… Esiom-Geber, que
está junto a Elote, na praia do mar de Sufe…”.
Por um mapa atual, vê-se que Elote (ou Eilat) fica
na “beirada curva” do Golfo de Acaba, na antiga região de
Edom, ao sul do lago de sal, que é conhecido como Mar
Morto. Porém, o único mar verdadeiro que existe por ali é
o Golfo de Acaba, um braço do Mar Vermelho!
No entanto, o original bíblico mostra as palavras
hebraicas “yam-suf”. Sabemos que isso significa “mar dos
juncos”, como a TEB traduziu.
Tanto assim, que a versão Almeida nem as traduziu
completamente. Traduziu apenas a primeira palavra,
deixando-as como “mar de Sufe”. Tais detalhes mostram
que alguns nomes antigos MUDARAM (ou f oram
atualizados), sem dúvidas. O mar dos juncos, das canas
ou o “mar de Sufe”, nos dias de hoje, nada mais é do que
o próprio Mar Vermelho, junto a Elote (ou Eilat), no Golfo
de Acaba!
Ele já era conhecido com o nome que tem hoje,
pelo menos, do tempo dos apóstolos para cá, pois o
evangelista Lucas, que PESQUISAVA tudo o que
escrevia, disse que o Êxodo se deu pelo Mar Vermelho.
O escritor de Hebreus, que conhecia a fundo o Antigo
Testamento, disse a mesma coisa (Atos 7:36 e Hebreus
11:29). Em grego, nenhum deles escreveu “mar dos
juncos”.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 185 ]
Para defini-lo, usaram uma palavra que não deixa
margem para nenhuma dúvida, pois só pode ser traduzida
por “Mar Vermelho”.
Assim como, n o Novo Testamento,
ATUALIZARAM o nome antigo daquele mar, teriam
atualizado, também, o nome do “monte do verdadeiro
Deus”. Nos escritos hebraicos, chamaram-no de Horebe.
Nos escritos gregos, chamaram -no de Sinai.
Mas a sua LOCALIZAÇÃO sempre teria sido na Arábia,
pois no mesmo capítulo sete de Atos, onde Lucas
escreveu “Mar Vermelho”, escreveu também “Sinai”.
Portanto, traduziu o nome tanto do mar como do monte.
É evidente que, embora os nomes fossem
“traduzidos ou atualizados”, o LOCAL continuaria o
mesmo. Nem o monte nem o mar poderiam sair de um
lugar e ir para o outro. Nessa parte, Lucas mostrava o
discurso de Estevão, onde dizia que Moisés tinha fugido
para Madiã e que, por lá, quando conduzia os seus
rebanhos, lhe apareceu o anjo de Deus, no monte Sinai
(Atos 7:29,30).
Ora, ele estava recapitulando o que havia
ocorrido com Moisés. Aquela história os judeus já
conheciam, pois havia se passado há muito tempo,
conforme constava em Êxodo 3:1,2,12. Lucas apenas
TROCOU (ou atualizou) os nomes daqueles lugares .
Onde aparecia Midiã no Antigo Testamento, em hebraico,
apareceu Madiã no Novo Testamento, em grego. Do
mesmo modo, onde aparecia Horebe, apareceu Sinai.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 186 ]
Como já visto, em Gálatas 4:25, o apóstolo Paulo fala
claramente que o “o monte Sinai fica na Arábia”. Portanto,
já na época dos apóstolos, muitos nomes haviam sido
atualizados.
A confusão da localização do monte teria sido
feita bem depois. De forma que esses detalhes,
mostrados pela Bíblia, mesmo sem os achados de Ron
Wyatt, parecem definir o local da travessia pelo mar.
Teriam atravessado pelo atual Golfo de Acaba e, depois
de atravessá-lo, teriam acampado defronte, na Arábia (um
pouco mais para o sul do local a que chegaram, se
localiza o antigo Horebe, atual Monte Sinai).
Contudo, se os tais achados forem reais, quando juntados
ao que a Bíblia fala, as dúvidas ficariam eliminadas de
uma vez.
Monte Horebe, na Arábia
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 187 ]
Assim, embora exista o monte que chamam de
Jebel Musa (ou Monte de Moisés), na península do Sinai,
no Egito, onde fica o mosteiro de Santa Catarina, parece
ficar claro que a localização do “monte de Deus” é outra.
Mesmo porque, segundo alguns especialistas, o
local atual desse mosteiro seria pequeno para abrigar
TODOS aqueles israelitas. Além disso, no seu entorno
não se encontram todas as características que o
acampamento dos judeus tinha. Talvez precisassem de
um vale maior e de outros detalhes particulares, que lhes
permitissem viver por ali, pelo período de dois anos.
[Discordo que o local perto do mosteiro Santa
Catarina, ali há uma grande planice que poderia abrigar
sim, todos os israelitas.]
Já o monte Horebe, da Arábia, fica numa região
montanhosa conhecida como Wadi Hurab (ou Vale
Horebe). Até hoje os árabes a chamam assim. Nesse
local existem alguns montes, conhecidos por Jebel El
Lawz. Entre esses, por lá existe um que os beduínos
chamam, também, de Jebel Musa (ou, como dizem, “a
Montanha de Moisés”). Tem um vale maior e, no geral,
parece mostrar aqueles outros detalhes que integravam o
acampamento. Os que vivem por lá, atuais sauditas,
sempre associaram e ainda associam essa região com
Moisés.
[Muitos pontos bíblicos geram discrusão porque
os residentes querem que seu lugar seja considerado o
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 188 ]
local dos eventos bíblicos, e assim atrai turismo religioso
para o local. Desta forma a Arábia Saudita quer que o
monte Sinai seja considerado o “seu monte”. Mesma
coisa acontece com outros sítios que Israel e Jordania
disputam como sendo o verdadeiro local dos eventos
bíblicos.]
Talvez não a associem em vão, considerando que
alguns detalhes parecem se encaixar, mesmo, com
aqueles acontecimentos vividos por ele.
Foto do acampamento judeu: A = Casa da guarda
árabe; B = Altar do bezerro de ouro ; C = As doze
colunas; D = Altar de pedras; E = Barreira de poços;
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 189 ]
Desenho do acampamento judeu na Arábia
Em 1988, Bob Cornuke, outro pesquisador,
também esteve por aquelas bandas. Ele descobriu a
“landbridge” (ou “ponte de terra”) no estreito de Tiran, no
Golfo de Acaba. Contudo, esse local logo foi descartado
como o ponto de travessia, p ois, segundo os
especialistas, “teria sido muito raso”. Não teria
conseguido, por isso, “afogar todos aqueles egípcios que
haviam perseguido os judeus”. Mas ele descobriu,
também, um OÁSIS, que poderia ser o de Elim, aquele
que “tinha 12 fontes e 70 palmeiras”, como diz Êxodo
15:27 e uma “fonte de águas amargas”, como a citada em
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 190 ]
Êxodo 15:23. Relatou, ainda, que arqueólogos sauditas
lhe disseram que haviam descoberto “escritos sobre a
passagem de Moisés por lá. Disseram ter descoberto,
também, a SEPULTURA da esposa (Zípora) e do sogro
dele (Jetro)”.
Mas essa informação não foi confirmada.
Independente dessa informação não confirmada,
outros detalhes parecem se encaixar.
Não é à toa que já falaram a respeito: “… de todos os
achados, três são incontestáveis: as colunas do Egito e
da Arábia (uma defronte de outra), as rodas dos carros
egípcios no fundo do mar e o alto do monte Horebe
queimado”. Na realidade, são incontestáveis mesmo.
[Sobre esta questão de pedras aparentemente
queimadas, eu não explicar, nem enc ontrei ainda
explicação, mas vi muitas pedras na região de Sodoma e
do mar Morto e no monte Sinai do mosteiro Santa
Catarina com estas “riscas” pretas como se fossem
queimadas a fogo. Pode ser uma formação natural. Estou
falando como leigo total sobre esta minha observação.]
Gostemos ou não dos métodos dele, SE as
colunas do Egito e da Arábia foram encontradas, as
inscrições delas, em hebraico antigo, se encaixam
perfeitamente. Tanto quando se referem ao local (Golfo
de Acaba, no Mar Vermelho e na antiga região de Edom e
de Midiã) ou quando se referem aos fatos que
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 191 ]
aconteceram por lá (construções ou colunas de Salomão,
Moisés, Faraó, Egito, morte, JHVH).
Parte do que foi achado no fundo daquela faixa
de mar, defronte da praia de Nuweiba, principalmente as
RODAS, costelas, etc., parecem se encaixar, também,
com os restos dos egípcios afogados.
E se o alto do Monte Horebe (ou Sinai) estiver, realmente,
com suas rochas QUEIMADAS externamente, as
evidências se encaixariam novamente.
[Em minha passagem pelo Egito, ao sair do
monte Sinai do mosteiro Santa Catarina, passei pela
rodovia ao sul em frente a Nuweiba, que seria um dos
supostos lugares da travessia de Moises no Mar
Vermelho e segui até Tagba, onde ficamos hospedados e
descansamos. Ali orei em frente as aguas do Golfo de
Aqaba e no dia seguinte entrei em Israel por Eilat.]
Nesse caso, diferentemente do que se pensava,
os judeus NÃO teriam fugido pelo atual Golfo de Suez.
Teriam atravessado o Mar Vermelho, sem dúvidas, mas o
teriam feito pela praia de Nuweiba, no Egito e esse lugar
fica no atual Golfo de Acaba. Depois de atravessá-lo,
fizeram uma “comemoração” e deixaram uma marca no
local. Mais tarde, Salomão teria feito duas COLUNAS.
Uma defronte de outra. Uma no lugar de onde saíram e
outra aonde chegaram. A partir do ponto de chegada,
foram mais para o sul, na região de Midiã, onde ficaram
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 192 ]
acampados, receberam os Dez Mandamentos e viveram
por dois anos, no vale do antigo Horebe, atual Monte
Sinai, na Arábia.
No deserto. Maná e codornizes
Mas, tendo fugido por um ou por outro local, a
nação inteira de Israel saiu naquela época. Fazendo-se a
PROGRESSÃO das cerca de “setenta pesso as”, que
entraram no Egito com Jacó, durante os 215 anos que lá
ficaram, até 1513 a.C., quando saíram, verifica-se que o
grande número dos que fugiram era perfeitamente
possível.
Além disso, muitos daqueles não eram israelitas.
Os críticos parecem não entender a diferença que a Bíblia
faz, entre “aqueles que saíram e os naturais da terra”.
Aproveitam para dizer que “… se a Bíblia fala em outros
naturais, era porque, no local para onde fugiram, já existia
outra gente (ou outros judeus) morando e os que saíram
do Egito moraram juntos com eles.” Com essa afirmação,
querem dizer que a povoação de Canaã ou “a tomada da
terra” foi feita em levas (ou aos poucos). Assim, teriam
saído em grupos menores do Egito e NÃO de uma vez só,
como a Bíblia fala. Mais uma vez, apenas não querem dar
crédito ao que as Escrituras dizem.
[Podemos considerar sim, que estes milhares de
hebreus que sairam do Egito podem ter saido em grupos
e a Bíblia sintetizou somando todos, porque um entrave
no entedimento que eu tenho da Bíblia é a dificuldade de
compreender como 2 milhões de pessoas comiam todos
os dias durante 40 anos no deserto. Eu creio totalmente
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 193 ]
na Bíblia, mas o meu entedimento ainda é muito obscuro
sobre como os fatos se deram. Todas as hipóteses
devem ser ventiladas e talvez só naquele dia, o próprio
Deus nos eplicará exatamente como as coisas
sucederam.]
Mesmo porque, depois que saíram, passaram 40
(quarenta) anos no deserto. Portanto, os que tivessem
nascido nesse período, em relação aos outros que tinham
fugido do Egito, israelita ou não, seriam naturais daquela
nova terra ou “naturais” do DESERTO. De qualquer
forma, mesmo que não fosse exatamente assim, esse
detalhe pode parecer problema para os críticos de hoje,
porém, para as pessoas daquela época, não o era. Quem
ouvisse falar ou lesse a respeito desse assunto saberia
exatamente o que o escritor quis transmitir. (WK fls. 156)
Quando no deserto, alimentaram-se do “MANÁ”.
Nesse caso, também procuram diminuir o feito,
mostrando que ainda hoje ocorre algo parecido por lá, de
modo natural, “sem milagre algum”. Realmente, “graças à
picada de um inseto chamado cochonilha, a planta
tamargueira secreta uma espécie de ‘resina branca’, com
sabor de mel.” Só que isso não ocorre o ano todo, pois
essa ocorrência depende do clima para se realizar. E
quando amanhece, se ficar exposta, essa resina “é
atacada por formigas, que a comem.” Ademais, pode-se
guardá-la, que ela se conserva. (WK fls. 120-122)
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 194 ]
Já o MANÁ bíblico é bem diferente.
[Também não vejo constradição alguma que o
milagre seja também que o maná seja a secreção da
tamarqueira, afinal se assim foi, devemos considerar que
foi uma providencia divina que houve este recurso ali.]
Ele não dependia do clima, pois aparecia o ano
todo. Embora fosse “branco, com sabor de mel”, não se
podia guardá-lo. Se o guardasse, exceto no sábado, era
atacado por VERMES, não por formigas. (Êxodo 16:15-
31) Também no deserto, por reclamarem carne, Deus
mandou-lhes “um bando de codornizes”. Dizem
novamente que não houve milagre nisso, pois as
codornizes são aves migratórias que, na sua época,
sempre passam por lá, até os dias de hoje. (WK fls. 120)
Isso também acontece, realmente. Todavia, o
relato do que ocorreu naquela ocasião diz claramente que
aquele não tinha sido um bando normal, tendo em vista
que, depois de abatidas, as aves formaram “montes de
cerca de um metro de altura, numa área enorme”, o que
não se dá nos dias de hoje. Assim, não foi uma migração
normal, mas algo totalmente DIFERENTE (Números
11:18-21,31). Contudo, os críticos que não querem aceitar
a intervenção de Deus, nesse e em outros
acontecimentos, procuram mostrá-los sob o ponto de
vista humano, apenas.
[Outra vez não vejo falta de fé em associar o
milagre das codornizes com a imigração das aves que
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 195 ]
ocorrem regularmente naquela região. Sempre o milagre
é a providencia divina na hora certa.]
Por exemplo, encaram de modo normal o caso do
“arbusto ardente” e da “água saída das rochas”, etc., pois
dizem, como já visto, que “ainda hoje tais coisas ocorrem
por lá”. Entretanto, se aquelas ocorrências foram
consideradas anormais ou milagrosas, são bem
DIFERENTES das que existem atualmente, conforme
visto no caso do “maná”.
A divisão das águas também foi repetida em
laboratório, por cientistas japoneses, em 1994 .
Descobriram que “aplicando um forte campo magnético
nas águas marinhas, elas se dividem e formam um
corredor seco no meio”. Todavia, não adianta se saber
disso, quando não se têm os meios de fazê-lo, em escala
anormal, como foi feito daquela vez.
Sabe-se que o planeta tem um forte campo
magnético, mas quem poderia usá-lo, como foi usado
naquela ocasião? HOMEM nenhum poderia fazê-lo, pelo
menos até agora. Na realidade, a Bíblia mostra que,
naquela fuga, “… o mar retrocedeu por um forte vento
oriental, durante toda a noite” (Êxodo 14:21).
Entretanto, apesar de ter sido um acontecimento
grandioso, fora da Bíblia NÃO se fala nele, nem mesmo
no Egito. Isso não deveria causar estranheza, porém,
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 196 ]
considerando que os egípcios, como as demais nações,
costumavam relatar, apenas, as vitórias. E o Êxodo foi
uma enorme derrota, tanto para a nação como para os
seus deuses. Nessa condição, nunca seria relatado.
Críticos não aceitam
Porém, ainda que achassem REGISTROS que
ninguém pudesse duvidar, os críticos procurariam
deturpá-los. Dificilmente os aceitariam como legítimos,
pois consideram tal fuga como “apenas uma lenda” e a
maioria deles NÃO querem aceitar a Bíblia como uma
fonte histórica segura.
Para se ter uma idéia de como tais críticos agem
em relação às Escrituras, basta se ver este exemplo:
Em 1820, foi achado um documento, conhecido como
“papiro de Ipuwer”. Bastante tempo depois, foi decifrado
por A. H. Gardiner, em 1909. É guardado no Museu
Leiden, da Holanda.
O conteúdo desse documento parece COINCIDIR
com o que as Escrituras falam, a respeito das “pragas do
Egito”, ocorridas no tempo do Êxodo.
A tradução de Ipuwer, COMPARANDO-O com o
livro do Êxodo, pode ser vista no “site” abaixo:
http://www.universidadedabiblia.com.br/o-
exodo-arqueologia/
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 197 ]
Porém, os críticos o usam de uma maneira
ambígua e conveniente para eles.
Se o consideram como história real, datam-no dos
anos 1900 aC. Dizem que se trata de um relato feito por
Ipuwer a um Faraó idoso. Por ser idoso, dizem, só
poderia ser Pepi II, que viveu naquela época.
Contudo, parecem existir evidências de que o
relato seria da época do Êxodo. Nesse caso, admitindo-se
que a ocorrência se deu nos anos 1500 AEC, dizem que é
apenas um “conto literário ou uma oração a algum deus”.
Portanto, não seria uma história real.
Assim, SE foi um personagem histórico e relatou
fatos acontecidos, dizem que viveu nos anos 1900 aC.
Mas SE ficar comprovado que o escrito data dos anos
1500 aC, a mesma época das pragas bíblicas, dizem que
“é apenas um conto” e que, por isso, não teria nada a ver
com o castigo sofrido pelos egípcios.
Na realidade, o relato de Ipuwer poderia apoiar ou
não o que a Bíblia diz.
Contudo, numa análise honesta, se fosse real e
concordasse com as “pragas do Egito”, teria de ser
admitido. Se NÃO fosse verídico ou se não concordasse,
teriam de admitir também. O que não pode existir é essa
manipulação que os críticos fazem.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 198 ]
Como já visto, se dizem que é real, alteram a data
(para não coincidir com as pragas). Se comprovam a
data, idêntica a das pragas, dizem que “o relato é ficção
ou oração ou apenas um conto literário”.
De qualquer forma, embora exista tal documento,
“Ipuwer” NÃO serve para comprovar as “pragas bíblicas”.
Além desse, existem alguns outros, como as
FOTOS que Charles Forster fez, em 1862, na península
do Sinai, anexa ao Egito. Na parte que os árabes
chamam de “Wadi Mukattab” (ou Vale das Inscrições),
encontrou “inscrições feitas em hebraico antigo, dando
detalhes da fuga do Egito”.
Porém, pouca gente conhece tais provas. Evitam
divulgá-las, pois NÃO querem que sirvam para apoiar a
historicidade da Bíblia.
José no Egito. Faiyum.
A Bíblia diz que, quando os judeus saíssem do
Egito, “deveriam levar os ossos de José” (Gênesis
50:25,26), que havia sido governante por lá.
Mas, para variar, os críticos dizem que ele nem
existiu! Contudo, mesmo que achassem registros de sua
existência, os críticos sempre dariam um jeito de “ajustar”
ou de deturpar as provas existentes. Tal ajuste nem seria
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 199 ]
novidade, pois já o haviam feito com “Abrão, Ipuwer, Davi,
Isaías, Daniel, Chrestus, etc.”. Inclusive neste caso de
José, parece que tentaram, mesmo, “ajustar as coisas”.
Faiyum, por exemplo, é um oásis no Egito.
Lá existe um curso artificial de água chamado “Bahr
Yusuf” (ou Canal de José). Tem mais de 300 quilômetros,
partindo de um desvio no Rio Nilo. Desde os tempos
antigos até hoje, o povo de lá diz que foi mandado
construir pelo José bíblico.
Retângulo mostra a localização de Fayum, onde
termina o Canal.
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 200 ]
Mas, como os árabes também têm uma tradição
sobre um “José, que foi Grão-vizir do Faraó” (WK fls. 93),
os críticos dizem que esses dois são pessoas diferentes.
No entanto, essa afirmação de que “são pessoas
diferentes”, se encaixa perfeitamente na teoria da “não
existência” dele.
Ora, se existiram dois forasteiros governantes do
Egito, com o nome de José, aquele Canal construído
continua NÃO provando nada, pois poderia “ter sido
construído pelo José da tradição árabe” (e não por aquele
José que foi vendido, filho de Jacó).
Fácil, não?
Pelos dois nomes parecidos, dão um jeitinho
rapidinho numa evidência concreta. É o mesmo raciocínio
que os críticos usam para o caso “Chrestus”, no qual
procuram NEGAR a existência histórica de Cristo e dos
primitivos cristãos.
Procuram dizer, também, que Moisé s NÃO
escreveu a “Torah” (ou A Lei), como são conhecidos os
cinco primeiros livros da Bíblia, que são Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio. No entanto, nesses
primeiros livros existem algumas palavras egípcias como
“selo” (hotam) e “linho fino” (sash), conforme Gênesis
41:42. Além dessas, existem outras. Os nomes Merari,
Hofni e Finéias também são egípcios.
Quanto aos nomes, isso reforça mais o fato deles terem
morado por lá, pois se chamavam os seus familiares
assim, seria porque teriam conhecido outras pessoas com
SINAI, O MONTE DE DEUS – O PEREGRINO CRISTÃO
[ 201 ]
esses nomes ou porque conheceriam o significado deles.
O mais interessante é que esses termos egípcios só
aparecem, originalmente, nesses primeiros livros. Reforça
o fato de que eles foram escritos, mesmo, por alguém que
conhecia a fundo essa linguagem, o que se encaixaria em
Moisés, pois “ele foi iniciado em toda a sabedoria dos
egípcios” (Atos 7:22).
Mas os críticos, nas suas “investigações sérias”,
não consideram tais detalhes. Preferem continuar
deturpando os dados históricos.
Embora Werner Keller diga, na pág. 90 do seu
livro, que “Nenhuma nação do antigo Oriente nos
transmitiu a própria história com tanta FIDELIDADE como
o Egito”, pode-se verificar, pela História, que a
honestidade não era o forte das suas inscrições e/ou de
seus registros. [7]
LISTA DE LIVROS PUBLICADOS
TEOLOGIA
Nefilins
Estudo sobre o dilúvio bíblico
Estudo das dez pragas do Egito
Estudo do voto e Jefté
Vinho na Ceia do Senhor
Pastora é antibíblico
95 teses de Lutero explicadas
Refutando o determinismo de
Lutero
Jesus era chato e antipático
Parapsicologia Bíblica
Dicionário de Parapsicologia
Compêndio teológico sobre o véu
Guia de Estudo Bíblico
Dogmatologia
Javé, o Deus da Bíblia
A Triunidade de Deus
Como fundar uma Igreja
Sexologia cristã
Tratado teológico sobre a barba
Mulher não fala na igreja
Espiritismo X Cristianismo
Ilusão espírita Kardecista
APOCRIFOLOGIA
Livro de Enoque com comentários
Livro dos Segredos de Enoque
analisado
Livros de Adão e Eva
Pseudo-epígrafos de Barnabé com
comentários
Apócrifo Pastor de Hermas com
comentários (25)
BIBLIOLOGIA
Canonicidade Bíblica
Comentário bíblico: Gênesis à
Deuteronômio
Comentário bíblico: Josué a II
Crônicas
Comentário bíblico Esdras a Jó
Comentário bíblico – Salmos
Comentário bíblico – Provérbios a
Cantares
Comentário bíblico – Profeta
Isaias
Comentário bíblico – Jeremias e
Lamentações
Comentário bíblico - Ezequiel
Os quatro livros biográficos de
Jesus
Comentário bíblico – Ev. de
Mateus
Comentário bíblico – Ev. de
Marcos
Comentário bíblico – Ev. De Lucas
Comentário bíblico – Ev. De João
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 204 ]
Atos dos apóstolos Explicado
Atos dos apóstolos Comentado e
Ilustrado
Primeira Carta aos Coríntios
comentada
Primeira epístola de Pedro com
comentários
Epístola de Tiago com
comentários
Apocalipse comentado
A Septuaginta
DEMONOLOGIA
O Diabo está ao seu lado
Lugares amaldiçoados
HAMARTIOLOGIA
O pecado da sensualidade
ESCATOLOGIA
Arrebatamento pré-tribulacionista
Juízo Final
O Fim do Mundo 41
ÉTICA
Bebida alcoólica não é pecado
Como se vestem os santos
Você é invejoso, entenda isso
Salto alto faz mal e é pecado
GEOGRAFIA BÍBLICA
O Jardim do Éden na Bíblia
Sinai, o monte de Deus
PATROLOGIA
Vida de Antão com comentários
Clemente de Roma
De Trinitate de Agostinho com
comentários
As vestimentas na Igreja Primitiva
- Tertuliano
Hexamerão de Ambrósio ilustrado
e explicado
DEVOCIONÁRIO E SERMÕES
A imitação de Cristo de Tomás de
Kempis com comentários
O peregrino de John Bunyan
ilustrado e explicado
Experimentando Jesus através da
Oração (com comentários) –
Madame Guyon
Pecadores nas mãos de um Deus
irado comentado
Autoridade Espiritual com
comentários
Motivos para agradecer
TANATOLOGIA
O céu é de verdade com
comentários
Uma prova do céu – analisado
Vida após a vida com comentários
COLEÇÃO DO EX -PADRE ANIBAL
PEREIRA DOS REIS
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 205 ]
Senhora Aparecida com
comentários
Essas Bíblias católicas [com
comentários]
A virgem Maria [com comentários]
A imagem da Besta [com
comentários]
Anchieta, santo ou carrasco?
[com comentários]
As aventuras do cardeal [com
comentários]
A guarda do sábado [com
comentários]
O cristão e o seu corpo {com
comentários]
Será que todas as religiões são
boas? [Com comentários]
A Senhora de Fátima [com
comentários]
O mais importante sinal da vinda
de Cristo [com comentários]
Cartas ao Papa João Paulo II [com
comentários]
O Diabo [com comentários]
Crente leia a Bíblia! [Com
comentários]
A Missa [com comentários]
COLEÇÃO REFLEXÕES DO
ESCRIBA DE CRISTO
Reflexões vol 1
CIÊNCIAS ESPACIAIS
Mitologia sobre o planeta Marte
Missões ao planeta Marte
ISS – Estação Espacial
Internacional – Maravilha de Deus
Terra plana dos insensatos
Terra Plana e os satélites
geoestacionários
Terra Plana e os ônibus espaciais
Os astronautas e a terra plana
Ciências X Terra Plana
Globo X Terra Plana – Volume 1
Globo X Terra plana – Volume 3
Globo X Terra plana – Volume 3
Globo X Terra Plana – 100 lições
CIÊNCIAS NATURAIS
Catálogo de mineralogia
Ricardo Felício e o aquecimento
Global
Cactos e suculentas, maravilhas
de Deus
Biologia, O mito da Evolução
Baleias, maravilhas de Deus
A sabedoria das formigas
Formigas, maravilhas de Deus
Pôr do sol, maravilha de Deus
Abelha sem ferrão, maravilha de
Deus
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 206 ]
As palmeiras, maravilhas de Deus
Orquídeas, maravilhas de Deus
101 maravilhas de Deus, Volume 1
101 maravilhas de Deus, Volume 2
101 maravilhas de Deus, Volume 3
101 maravilhas de Deus, Volume 4
101 maravilhas de Deus, Volume 5
101 maravilhas de Deus, Volume 6
101 maravilhas de Deus. Volume 7
101 maravilhas de Deus, Volume 8
Botânica Bíblica
Produção de plantas
GASTRONOMIA
Licores, maravilhas da
humanidade
SAÚDE PÚBLICA
Doenças na Humanidade
História das pandemias
Pestes na Antiguidade
Tratamentos contra a Covid-19
Coronavírus e a histeria coletiva
Coronavírus e a imunidade
Coronavírus e as causas de morte
Revolta da Vacina e o Coronavírus
Coronavírus – Isolamento ou
distanciamento?
Coronavírus e os efeitos
econômicos
Virologia do Coronavírus
9 de abril de 2020 – pico do
coronavírus
Coronavírus – Conspiração
Chinesa
Coronavírus e o plano chinês
Coronavírus em cada nação
Coronavírus e suicídio
UFOLOGIA
Eram os deuses astronautas (Com
anotações)
A Bíblia da Ufologia
DIREITA
CONSERVADORA
CRISTÃ
COLEÇÃO: MENTES
BRILHANTES
Guilherme Fiúza, mente brilhante
Rodrigo Constantino, mente
brilhante
Augusto Nunes – mente brilhante
Allan dos Santos – mente
brilhante
Luciano Hang – mente brilhante
Roberto Jefferson – mente
brilhante
Alexandre Garcia, mente brilhante
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 207 ]
Olavo de Carvalho, mente
brilhante
Bernardo Küster, mente brilhante
Caio Coppolla, mente brilhante
Deltan Dallagnol, mente brilhante
Gustavo Gayer, mente brilhante
Adrilles Jorge, mente brilhante
Magno Malta, mente brilhante
ESTADOS UNIDOS
Governo Glorioso de Donald
Trump
CONSERVADORISMO
Deus é Conservador e o Diabo é
progressista
ESQUERDA
Os tentáculos malignos da
Esquerda
JUDICIÁRIO
Ministro Gilmar Mendes, o juiz
iníquo
CORRUPÇÃO
Planilha de propina da Odebrecht
explicada
SERIE: LULA
Os amigos de Lula
Todos os telefones do presidente
Lula
Lula e o caso do triplex 21
Lula X ACM
SÉRIE BOLSONARO
Jair Bolsonaro, presidente do
Brasil
Bolsodória – o perfil de mau
caráter
Bolsonaro X João Dória
Bolsonaro – traidor da Direita
SÉRIE: Presidente Moro 2022
– O caso do triplex
- Sigilo telefônico do Lula
COMUNISMO
Comunismo em Cuba
Genocídio Comunista no Camboja
U.N.E. – A serviço do comunismo
PARTIDO DOS
TRABALHADORES [PT]
Memorial criminoso do PT –
Volume I
Memorial criminoso do PT –
Volume II
PT X Cristianismo
NAZISMO
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 208 ]
Minha Luta de Adolf Hitler com
comentários
O lado bom do nazismo
DEMOCRACIA
Liberdade e de mocracia de
Mentira
O fracasso da democracia
GEOPOLÍTICA
A China e o Anticristo
OMS à serviço da China
Antissemitismo na Alemanha pré-
nazista
COMUNICAÇÃO
Globolixo em charge
Globovírus
FEMINISMO
Homem é cabeça da mulher
Deus é machista 36
CIÊNCIA MILITAR
Manual do guerrilheiro urbano de
Marighella com comentários
A arte da Guerra com comentários
DIREITO
Direito Divino ao Trabalho
Direito Divino a Legítima Defesa
O instituto divino da Pena de
Morte
ESCRIBA DA
HISTÓRIA
ARTE E LITERATURA
Jesus segundo os artistas
As pinturas de Akiane Kramarik
Pinturas de Caravaggio
As músicas diabólicas de Raul
Seixas
Hamlet de Shakespeare com
comentários
A arte poética de Aristóteles
comentada
Minha Luta de Adolf Hitler com
comentários
O Guarani, ilustrado e comentado
A Revolução dos Bichos
comentada e ilustrada
A Guerra dos Mundos – Livro I
com comentários
A Guerra dos Mundos – Livro II
HISTÓRIA
Código Hamurabi e a Lei de
Moisés
Introdução à Arqueologia
Egiptologia Bíblica
História Eclesiástica de Eusébio
de Cesaréia
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 209 ]
História do Universo comentada
História do Cristianismo
comentada
História da cidade de Jerusalém
O anjo de quatro patas
A Epopéia de Gilgamesh
O livro dos Mártires com
comentários
Dragões existiram
Os acidentes aéreos no Brasil
História de Itabaiana
HISTÓRIA ECLESIÁSTICA
O que é Igreja Católica Romana?
Finanças da Igreja Católica
Entenda a CCB – Volume I
Entenda a CCB – Volume II
História da Igreja Deus é Amor
BIOGRAFIA
Jacó em férias de 2022
Maria de Lourdes – Mulher
coragem
Cronologia da Vida do apóstolo
Paulo
Vida de Antão com comentários
Vida de Constantino comentada
capítulo a capítulo
David Ben-Gurion – Herói de Israel
Galileu Galilei X Igreja Católica
Lutero era antissemita
GEOGRAFIA
Dubai, maravilha da humanidade
CIÊNCIAS SOCIAIS
Como ser feliz
Onde estão as moedas [com
comentários]
Controle Populacional ou o caos
O Estado Judeu de Israel
COLEÇÃO SERVOS DE DEUS
Charles Finney –Vol 1
Charles Finney – Vol 2
FILOSOFIA
Anticristo de Nietzsche
comentado
ACADEMIA DE
POLÍCIA
CIÊNCIAS POLICIAIS
A perigosa vida de travestis
Escrivão de Polícia é cargo
técnico científico
Manual de Necropsia
Plantão policial
Ocorrências Policiais
Sátiras Policiais
Anedotas policiais
HERÓIS DA POLÍCIA
LISTA DOS MEUS LIVROS PUBLICADOS
[ 210 ]
Sargento Tonny Santos – Herói...
Gabriel Monteiro – Herói da p...
EM OUTROS IDIOMAS
Guide Study Bible [Ingles]
Creacionist Biology {inglês}
Diary Christopher Columbus
(Inglês)
Alcoholic drink is not sin (Inglês)
The Dress in the early church
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Biology, the myth of Evolution
(Inglês)
The Four-legged Angel (Inglês)
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ArchéologieBiblique (Francês)
Guide d’etude biblique [Francês]
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Guia de estudio de la Biblia
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Guida allo studio della Bibbia
Leitfaden zum Bibelstudium
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生物学–進化の神話 (Japonês)
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