SLIDES SABER 03.pptx preparação ensino medio spaece

GeanneRodrigues1 192 views 64 slides Aug 28, 2025
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Qual é o preço da Terra? (Sim, o preço da Terra.)   Sim, alguém calculou. Não que haja compradores em potencial para o planeta, é claro. Mesmo assim, o astrofísico americano Greg Laughlin, da Universidade da Califórnia, criou uma fórmula matemática para chegar ao valor da Terra – e aos de outros planetas também. O nosso, no caso, vale três mil trilhões de libras (é uma cifra tão fora da realidade que parece até besteira converter, mas, em todo caso, fica em torno de oito mil trilhões de reais). Na fórmula (que o cientista não divulgou qual é, mas ok, porque certamente é bem complexa e a maioria de nós não a entenderia, de qualquer forma), entram a idade, o tamanho, a temperatura, a massa e outras informações pontuais sobre cada planeta. O fim da conta não surpreende: a Terra é o mais valioso do universo. Já Marte, por exemplo, que vem ganhando o carinho da comunidade científica por ser, além do nosso, o planeta mais imediatamente habitável do Sistema Solar, vale apenas 10 mil libras. Os cálculos não são perda de tempo (não completa, pelo menos): a ideia do pesquisador ao criar a fórmula não era apenas brincar [...]. Ela vem sendo usada por ele para avaliar as descobertas de novos exoplanetas (planetas localizados fora do nosso Sistema Solar) feitas pela Nasa . “É uma maneira de eu poder quantificar o quão empolgado devo ficar em relação a qualquer planeta em particular”, explica Laughlin. Descoberto em 2007, o Gilese 581 C, por exemplo, entusiasmou os cientistas logo de cara por parecer o mais similar à Terra – mas a conta final do astrofísico americano deu a ele a etiqueta de apenas 100 libras (olha aí, exoplaneta em promoção!). Já outro, o KOI 326.01, encontrado mais recentemente, foi estimado por ele em cerca de 150 mil libras.

01. No trecho “... Gilese 581 C, por exemplo, entusiasmou os cientistas logo de cara ...” (último parágrafo), a expressão destacada indica que o entusiasmo dos cientistas foi: A) apressado. B) completo. C) contido. D) imediato. E) momentâneo.

O guarani A cúpula da palmeira, em que se achavam Peri e Cecília, parecia uma ilha de verdura banhando-se nas águas da corrente; as palmas que se abriam formavam no centro um berço mimoso, onde os dois amigos, estreitando-se, pediam ao céu para ambos uma só morte, pois uma só era a sua vida. [...] – [...] Peri vencerá a água, como venceu a todos os teus inimigos. [...] Falou com um tom solene: “Foi longe, bem longe dos tempos de agora. As águas caíram, e começaram a cobrir toda a terra. Os homens subiram ao alto dos montes; um só ficou na várzea com sua esposa. Era Tamandaré; forte entre os fortes; sabia mais que todos. [...] Tamandaré tomou sua mulher nos braços e subiu com ela ao olho da palmeira; aí esperou que a água viesse e passasse; a palmeira dava frutos que os alimentavam. A água veio, subiu e cresceu; o sol mergulhou e surgiu uma, duas e três vezes. A terra desapareceu; a árvore desapareceu; a montanha desapareceu. A água tocou o céu; e o Senhor mandou então que parasse. O sol olhando só viu céu e água, e entre a água e o céu, a palmeira que boiava levando Tamandaré e sua companheira. [...]

Quando veio o dia, Tamandaré viu que a palmeira estava plantada no meio da várzea; e ouviu a avezinha do céu, o guanumbi , que batia as asas. [...]” Cecília o ouvia sorrindo, e bebia uma a uma as suas palavras, como se fossem as partículas do ar que respirava; parecia-lhe que a alma de seu amigo, [...] desprendia do seu corpo, [...] e vinha embeber-se no seu coração, que se abria para recebê-laA água subindo molhou as pontas das largas folhas da palmeira, e uma gota, resvalando pelo leque, foi embeber-se na alva cambraia das roupas de Cecília. [...] Peri, alucinado, suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos das árvores já cobertas de água, e com esforço desesperado, cingindo o tronco da palmeira nos seus braços hirtos, abalou-o até as raízes. [...] Ambos, árvore e homem, embalançaram-se no seio das águas: a haste oscilou; as raízes desprenderam-se da terra já minada profundamente pela torrente. A cúpula da palmeira, embalançando-se graciosamente, resvalou pela flor da água como um ninho de garças ou alguma ilha flutuante, formada pelas vegetações aquáticas. Peri estava de novo sentado junto de sua senhora quase inanimada e, tomando-braços, disse-lhe com um acento de ventura suprema: − Tu viverás!... [...] A palmeira arrastada pela torrente impetuosa fugia... E sumiu-se no horizonte

02. No trecho “... e bebia uma a uma as suas palavras,...” (10° parágrafo), a palavra em destaque tem o sentido de: A) absorvia. B) estimava. C) gastava. D) repetia. E) registrava.

cultura dos sebos O administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória. Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet . Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas. Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.

03. No trecho “É desafio do país, afirma, fazê- la ser vista como prazer.” (último parágrafo), o pronome destacado refere-se à palavra: A) democratização. B) leitura. C) imaginação. D) reflexão. E) escola.

PRIMEIRAS DELÍCIAS Os antigos egípcios criaram o tipo de pão que conhecemos hoje. Um dia, esqueceram a massa no sol e ela fermentou. Eles assaram e perceberam que aquele fenômeno deixava o pão mais leve, cheio de furinhos e passaram a usar a massa fermentada. No Egito, o pão era tão importante que servia como pagamento para os trabalhadores. E os nobres também valorizavam esse alimento: na tumba de Ramsés III há desenhos em relevo com o formato de pães, doces e bolos. No Brasil, os pães chegaram trazidos pelos portugueses na época da colonização e por muito tempo eram consumidos pelos ricos, pois o trigo era muito caro. As primeiras padarias só surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses. Recreio . São Paulo: Abril, n. 206, p. 18-19.

04. No trecho “As primeiras padarias só surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.”, (final do último parágrafo) a palavra destacada adquire, no texto, o sentido de   A ) aperfeiçoadas. B) administradas. C) contatadas. D) orçadas. E) tratadas.

Sobre o milho No Brasil, a venda do vegetal tem força principalmente no caso dos enlatados, que são utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sódio, inimigo do coração). Além disso, no entanto, as grandes empresas de distribuição oferecem o alimento na espiga, que é destinado à produção de curau ou pamonha, segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, órgão ligado ao governo federal. Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos. Outra função importante do milho à alimentação diária: dele, os produtores conseguem extrair a farinha de milho e fubá, utilizados para preparo de pratos típicos brasileiros. Ambos são ricos em amido e polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico. O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio, mesmo que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira.

05. No fragmento “Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais.” (2° parágrafo), o uso da palavra destacada A) acrescenta dados sobre o real valor nutricional do milho. B) enfatiza a opinião do autor em relação à ingestão do milho. C) evidencia exagero quanto ao valor nutricional do milho. D) reforça a ideia do elevado valor nutricional do milho. E) sugere a indispensabilidade do milho nas refeições diárias.

Vintage – Paulinho da Viola Ontem, 1981 Eu aspirava a muitas coisas. Eu temia viver à deriva . Eu desfilava meu amor pela Portela .   Eu cantava carinhoso. Eu escutava e não ligava .   Eu usava roupas da moda Me alegrava uma roda de choro. Eu pegava um violão e saía noite adentro. Meu cavaquinho chorava quando eu não tinha mais lágrimas .   Hoje, 2010 Eu aspiro ao essencial: uma boa saúde Eu temo não poder navegar. Eu desfilo meus sonhos possíveis. Eu canto e males espanto. Eu escuto e... “pode repetir, por favor?” Eu uso, mas não abuso. Me alegra um bom papo. Eu pego o violão e procuro um cantinho. Meu cavaquinho chora quando surge uma melodia nova.

06. No trecho “Eu temia viver à deriva .”, a expressão destacada tem o sentido de viver sem: A) amor. B) conforto. C) ideal. D) rumo. E) valores.

Soneca sem culpa Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde. Mas o sono ainda é cercado de desconhecimentos e mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. “Isso é mentira”, diz Marco Túlio de Mello, chefe da disciplina de Medicina e Biologia do sono do Departamento de Psicologia da Unifesp. “Acontece que a média da população precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas .” A siesta é outro tema que desperta opiniões controversas. Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é um merecido descanso, outros veem a prática com pouca tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que a soneca traz benefícios físicos, como a recuperação do corpo, e mentais, como o aumento da concentração. “Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde”, diz Mello. [...] E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes para turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo argumento?

07. No Texto, no trecho “ Isso é mentira”, (2° parágrafo) a palavra destacada refere-se ao trecho: A) “precisamos dormir 8 horas por dia”. B) “a siesta é outro tema controverso”. C) “a soneca traz benefícios físicos”. D) “cochilo é coisa de preguiçoso”. E) “mas a maioria se beneficiaria”.

A hora dos ruminantes A noite chegava cedo em Manarairema . Mal o sol se afundava atrás da serra – quase que de repente, como caindo – já era hora de acender candeeiros, de recolher bezerros, de se enrolar em xales. A friagem até então continuada nos remansos do rio, em fundos de grotas, em porões escuros, ia se espalhando, entrando nas casas, cachorro de nariz suado farejando. Manarairema , ao cair da noite – anúncios, prenúncios, bulícios. Trazidos pelo vento que bate pique nas esquinas, aqueles infalíveis latidos, choros de criança com dor de ouvido, com medo do escuro. Palpites de sapos em conferência, grilos afiando ferros, morcegos costurando a esmo, estendendo panos pretos, enfeitando o largo para alguma festa soturna. Manarairema vai sofrer a noite. [...] Não se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as portas e não davam passagem, não podiam; não tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela não se conseguia mais fechá-la, não havia força que empurrasse para trás aquela massa elástica de chifres, cabeças e pescoços que vinha preencher o espaço. Frequentemente surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes distantes e causavam novas brigas, até que os empurrões, chifradas, ancadas forçassem uma arrumação temporária. O boi que perdesse o equilíbrio e ajoelhasse nesses embates não conseguia mais se levantar, os outros o pisavam até matar, um de menos que fosse já folgava um pouco o aperto – mas só enquanto os empurrões vindos de longe não restabelecessem a angústia. [...]

08. No trecho “... não se conseguia mais fechá- la , ...” (4° parágrafo), o termo destacado refere-se à A) noite. B) casa. C) janela. D) força. E) massa.

Pensamento positivo pode ajudar a combater doenças [...] Já é bem aceito pela medicina que os pensamentos negativos e a ansiedade podem nos deixar mais susceptíveis a doenças. O estresse – que é útil em pequenas doses para preparar o corpo para a ação ou fuga – quando constante, aumenta os riscos de diabetes e até demência. O que os pesquisadores estão descobrindo agora é que o pensamento positivo não só ajuda a combater o estresse, mas também têm efeitos positivos na saúde. Sentir-se seguro e acreditar que as coisas vão melhorar pode ajudar o corpo a se curar. Uma compilação de estudos publicada na revista de Medicina Psicossomática sugere que os benefícios do pensamento positivo acontecem independente do dano causado pelo estresse ou pessimismo. [...]

09. No trecho “... que é útil em pequenas doses...”, (1° parágrafo) o pronome relativo em destaque refere-se à palavra A) ansiedade. B) estresse. C) fuga. D) pensamento. E) pessimismo.

Exóticos, pequenos e viciantes Ao caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças é frequente vermos pessoas falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, pessoas apertando botões e até tirando fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques polifônicos diversifi cados e altos que se confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns. O que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções dessas coisas que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens . Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste, os celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, úteis e viciantes. [...] Tem gente que não vive sem o celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem instantânea, uma mania mesmo. Interessante , uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses. Bem como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente que não têm amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para a vida. Pode ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses. Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui, entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar que se constrói pela simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e moderno é legal, mas é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes.

10. No Texto 1, no trecho “... é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes .” (último parágrafo), a expressão destacada enfatiza A) a importância dos celulares na vida moderna. B) a inferioridade dos aparelhos celulares. C) a tecnologia presente nos aparelhos celulares. D) uma crítica ao uso do celular e seus malefícios. E) uma relação entre o tamanho do celular e o vício.

11. Nesse texto, as formas verbais “ Tir e” e “ Fique ” foram usadas para expressar A) um alerta. B) um desejo. C) um pedido. D) uma ordem. E) uma súplica.

Leitura: quem começa não para mais Mundo Jovem : Qual a importância da leitura para os jovens? Elisabeth Dangelo Serra : A leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet. Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo. Uma mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que não trilharam esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar. Mundo Jovem : Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura? Elisabeth Dangelo Serra : Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural, ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada. O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão próximos às crianças e aos jovens.

12. No trecho “... tem que ser desenvolvida e sempre alimentada .” (6° parágrafo), a palavra destacada assume no contexto o sentido de A) aperfeiçoada. B) apreciada. C) avaliada. D) exercitada. E) sustentada.

13. Nesse texto, no trecho “Dê uma voltinha de carro com o barbeiro ”, a palavra destacada tem o sentido de A) pessoa que coleciona carros. B) pessoa que dirige mal. C) pessoa que usa barba ou bigode. D) profissional que trabalha com carros. E) profissional que faz barba e cabelo.

Antes e depois O salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos ...O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava ... – Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta do charuto, manda Clara cantar... – Cante, D. Clara, pediu Belmiro. Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração ... – Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga Clarinha... O desembargador olhava outra vez para os astros ...Rola o tempo ...Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara ...Os vizinhos dizem cousas... ih ! – Como vais, Belmiro? – Mal! – Mal?... disseram-me que te casaste com a tua Clarinha... – Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive; é de feijões... – Então... – Devo até a roupa com que me cubro!... – E o dote? – Ah! Ah! Adeusinho...

É noite. D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix. Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados... O Dr. Belmiro vem da rua zangado. – Não sei o que faz a senhora, gastando velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as suas músicas e vá-se com elas!

14. No trecho “... gastando velas a atormentar- me !” (último parágrafo), o pronome destacado refere-se A) à D. Clara. B) à D. Maria. C) ao desembargador. D) ao Dr. Belmiro. E) ao pequenote.

Carta de Leitor   Enaltecer a habilidade literária de Lya Luft seria “chover no molhado”. Eu a acompanho sempre, pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia chegar próximo, e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco são o otimismo e a esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, especialmente porque sempre se percebe nela a preocupação em desfazer a opinião de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o brasileiro e o ser humano universal de viver com um mínimo de dignidade. Ainda é possível mudar.

15. No Texto, o autor usou a expressão “‘ chover no molhado ’” (1° parágrafo) para expressar A) admiração. B) entusiasmo. C) frustração. D) ironia. E) monotonia.

A importância da leitura como identidade social [...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos? Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura. Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.

Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida. A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?

16. Nesse texto, no trecho “a aceitabilidade que temos e a credibilidade” (3° parágrafo), o pronome destacado refere-se à palavra A) aceitabilidade. B) credibilidade. C) identidade. D) leitura. E) negociação.

Cafezinho Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café. Tinha razão o rapaz de ficar zangado. [...] A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer: – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho. Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.

Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo: – Ele disse que ia tomar um cafezinho ...Podemos , ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí... Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar. Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho

17. O trecho “... lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho.” (1° parágrafo), o pronome destacado refere-se ao A) repórter. B) delegado. C) amigo. D) credor. E) parente.

Ainda mais uma vez – Adeus! I Enfim te vejo! – enfim posso, Curvado a teus pés, dizer-te Que não cessei de querer-te, Pesar de quanto sofri. Muito penei! Cruas ânsias Dos teus olhos afastado Houveram-me acabrunhado, A não lembrar-me de ti!   II Dum mundo a outro impelido, Derramei os meus lamentos Nas surdas asas dos ventos, Do mar na crespa cerviz! Baldão , ludibrio da sorte Em terra estranha, entre gente, Que alheios males não sente , Não se condói do infeliz! [...]

XVI Adeus qu’eu parto, senhora: Negou-me o fado inimigo Passar a vida contigo, Ter sepultura entre os meus; Negou-me nessa hora extrema, Por extrema despedida, Ouvir-te a voz comovida Soluçar um breve Adeus!   XVII Lerás porém algum dia Meus versos d’alma arrancados, D’amargo pranto banhados, Com sangue escritos; – e então Confio que te comovas, Que a minha dor te apiade , Que chores, não de saudade, Nem de amor; – de compaixão.

18. Nesse texto, infere-se que a palavra “ fado ” (v. 18), significa A) canção. B) destino. C) problemas. D) separação. E) sorte.

Pneumotórax Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi: tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: Diga trinta e três. Trinta e três, Trinta e três... Trinta e três. Respire. O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? — Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino .

19. Nesse texto, o trecho “A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.” sugere A) compaixão. B) desprezo. C) exagero. D) ironia. E) musicalidade.

A melhor amiga do homem Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura. O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]

A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural.   Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.

20. No trecho, “Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.” (último parágrafo), a expressão destacada tem o sentido de um fato A) absurdo. B) admissível. C) estimado. D) impossível. E) possível.

Deus sabe o que faz! A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres; caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que se considerava tão viúva como dantes. E acrescentou: – Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos... Não acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto – os olhos, que eram a sua feição mais insinuante – negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como os da aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte a pediu em casamento. [...] – Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro. D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...] Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia ao sonho do hebreu cativo. [...]

– Oh! Mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convicção. – Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário prestou-me contas. Queres ver? E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um via-láctea de algarismos. E depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus! Eram montes de ouro, eram mil cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência. Enquanto ela comia o ouro com os seus olhos negros, o alienista * fitava-a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfi da das alusões: – Quem diria que meia dúzia de lunáticos...

21. A expressão “comia o ouro com os seus olhos negros...” (penúltimo parágrafo) pode ser compreendida como um olhar A) ambicioso. B) desconfiado. C) desconfortável. D) interessado. E) melancólico .

Memórias Póstumas de Brás Cubas “... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil. — Dessa vez, disse ele, vais para a Europa, vais cursar uma Universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador ou gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: — Gatuno, sim senhor, não é outra coisa um fi lho que me faz isto... Sacou da algibeira os meus títulos de dívida, já resgatados por ele e sacudiu-mos na cara.

— Vês, peralta? É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogo ou a vadiar pelas ruas? Pelintra! Desta vez ou tomas juízo, ou ficas sem coisa nenhuma. Estava furioso, mas de um furor temperado e curto. Eu ouvi-o calado, e nada opus à ordem da viagem, como de outras vezes fizera; ruminava a de levar Marcela comigo. Fui ter com ela; expus-lhe a crise e fiz-lhe a proposta. Marcela ouviu-me com os olhos no ar, sem responder logo; como insistisse, disse-me que fi cava, que não podia ir para a Europa. ...”

22. No trecho “Gatuno, sim senhor, não é outra coisa um filho que me faz isto...”, a palavra destacada foi empregada para A) deixar claro a ameaça feita ao filho.   B ) explicar ao filho que sabia das dívidas. C) evidenciar a ação criminosa do filho. D) fazer valer a autoridade advinda do dinheiro. E) ressaltar o desprezo do pai pelo filho.  

Minha viagem Cada um no seu quadrado. Tenho quatro filhos. De vez em quando penso comigo: não parecem nem um pouco com a mãe. João, Gregório, Bárbara e Theodora têm estilos bem diferentes e cresceram com a minha maneira de lidar com eles, não só respeitando, mas valorizando isso. Gregório nasceu sabendo tudo, leu sozinho, argumentava sobre qualquer assunto como um palestrante desde criancinha, mas nunca gostou de sair de casa. Os amigos iam e vinham e ele ficava aqui, recebendo. Era muito tímido quando pequeno, segurava a barra da minha saia, tinha pavor de monstros e palhaços e roía muito as unhas. Meu pai, que é psicanalista, um dia aconselhou: – Matricula agorinha no teatro e no futebol, tem que botar um fio terra nesse menino.

23. Nesse texto, a expressão “ fio terra ” tem o sentido de A) advertência. B) afeto. C) conselho. D) estímulo. E) respeito.

Cultura digital para todos Fórum lançado pelo Ministério da Cultura tenta construir política pública que reconheça a centralidade da questão digital e busque meios de assegurar o acesso dos cidadãos a essa cultura. A cultura digital é a cultura contemporânea. Ela surge quando as artes e a informação passam a se propagar por meio de bits e sem precisar de suportes físicos (para clarear, é a cultura do MP3, não do CD). E se alastra com grande velocidade, dando ao recentíssimo “ontem” um caráter de “antigamente”. Equipamentos e softwares surgem para alterar a forma como comunicamos, nos relacionamos, consumimos, nos divertimos, vivemos, enfim.

24. No Texto, no trecho “... que reconheça a centralidade da questão digital...”, a palavra destacada refere-se à expressão A) política pública. B) questão digital. C) cultura contemporânea. D) suportes físicos. E) equipamentos e softwares .

A vila de contêineres Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de Lata   Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente 1000 apartamentos de metal. Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres foram comprados na China, onde passaram por uma reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Eles foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de 1000 estudantes.

Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escada). Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses. O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa , na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por fora, quatro-estrelas por dentro. Texto Caroline D’ essen Revista Superinteressante

25. No trecho “... para atender à demanda por alojamentos...” (1° parágrafo), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por A) alteração de.   B ) espera por. C) exigência de. D) influência de. E) procura por.

26. O destaque dado à palavra “ formal ”, associado à expressão facial de Helga , sugere A) histeria. B) julgamento. C) ódio. D) reprovação. E) sofrimento.

Pontos de negócio Projetos empreendedores no Brasil ganham destaque em programa de TV   Enquanto um grupo de homens e mulheres da mineira Cataguases reaproveita sobras de tecidos para criar roupas, uma índia percorre os 180 quilômetros entre Boa Vista, onde mora, e sua aldeia na Raposa Serra do Sol para pegar barro e produzir, artesanalmente, panelas e travessas, segundo uma tradição centenária. Trajetórias que, apesar das diferenças, têm um aspecto em comum: a capacidade que o brasileiro tem de empreender até quando tudo parece conspirar contra. Essas (e muitas outras) histórias estarão na nova temporada da série “Cultura ponto a ponto”, da TV Brasil, elaborada a partir do Cultura Viva, programa de apoio do Ministério da Cultura (MinC) a iniciativas culturais, para que se tornem sustentáveis. O SEBRAE é parceiro no programa: no Rio, por exemplo, ajuda o agente cultural a elaborar projetos para concorrer à seleção do MinC e, aprovados, a se tornarem viáveis em três anos. A nova série da TV Brasil vai apresentar 26 episódios, cada um com meia hora de duração, que darão um panorama detalhado, em formato de documentário, de 60 dos 1500 “pontos de cultura” registrados pelo governo federal em todo o país. – Os pontos de cultura são uma tentativa de articular e impulsionar, por meio de suporte técnico e financeiro, ações que já existem nas comunidades e que envolvem arte, cidadania, cultura e educação – explica Célio Turino, secretário da Cidadania Cultural do MinC. – Não importa se é numa grande metrópole, nos pampas, no sertão ou na Amazônia. A ideia é mostrar a garra e a capacidade de organização da nossa gente – diz a produtora executiva do “Cultura ponto a ponto”, Flávia Maggioli .

27. No trecho “A ideia é mostrar a garra e a capacidade de organização da nossa gente ...” (último parágrafo), a palavra garra foi usada com o mesmo sentido de A) animação. B) determinação. C) ferocidade. D) habilidade. E) produtividade.

Vertigem O ano 2000 chegou sem confirmar as profecias cibernéticas dos livros e filmes de ficção científica, mas com uma boa dose de futurismo em tempo real: aos nossos olhos, pululam inovações e conquistas tecnológicas que não conseguimos entender em toda a dimensão. Se voltássemos brevíssimos cinco anos, encontraríamos um mundo sem muitos dos conhecimentos e máquinas hoje em dia integrados ao cotidiano: celulares, clonagem, transplante de neurônios, DVDs (tornando obsoletos os tão recentes videocassetes), aparelhos de fax – uma revolução há dez anos – assumindo ares de sucata. Dentre todos esses avanços – impensáveis mesmo para os homens que construíram as primeiras espaçonaves ou explicaram a relatividade do universo –, a Internet é o que o maior impacto vem e continuará causando. Nenhuma descoberta do homem se expandiu com tanta velocidade quanto a chamada Rede – ela é inevitável, e nada que conhecemos pode, em curto prazo, abalar a sua soberania. [...]

28. No trecho “... assumindo ares de sucata .”, no final do primeiro parágrafo, a expressão destacada indica que as tecnologias são A) avançadas. B) defeituosas. C) integradas. D) ultrapassadas. E) velocíssimas.  
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