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Descrição do Encontro Síntese Análise Intervenções
Paciente: Não, lá não tem recursos. Fiz uma tomografia e eles disseram
que era tumor, aí resolvemos vir para Fortaleza, mas foi pelo meu estado
que fui internado, tava que não aguentava, achei que fosse morrer.
Enfermeiro: A morte causa-lhe medo?
Paciente: Não. Não tenho medo da morte não. Sabe por quê? Eu sei pra
onde vou. Sou evangélico, sei que algo melhor tá reservado pra mim. Sou
tranquilo, não é qualquer coisa que me abala, não. Olha, já passei por
tantas coisa nessa vida, criei meus filhos, são todos adultos, têm suas
famílias, vivem bem. Eu também vivo bem, tenho minha casinha, sou
aposentado, mas ainda trabalho no sítio, faço uma coisa e outra, vendo,
aí tô vivendo.
Enfermeiro: Quando o senhor olha pra traz sente orgulho?
Paciente: Sinto. Trabalhei muito, tudo o que tenho foi conseguido com
trabalho, já ajudei meus filhos, hoje eles me ajudam. Eu não peço, mas
eles querem...Nunca tive problema com isso, às vezes tinha mais, às
vezes menos, e ia vivendo. Passei por poucas, já perdi minha esposa, a
primeira, mas a vida é isso, a gente tem que se conformar com as coisas
de Deus.
Enfermeiro: O senhor acha que as coisas que acontecem conosco são
feitas por Deus?
Paciente: Olhe bem: Deus tem o controle de tudo. Nada acontece sem o
consentimento dele. Muitas vezes nós não entendemos, mas ele sabe
tudo.
Enfermeiro: O senhor disse que é evangélico. A sua igreja, a sua fé tem
ajudado o senhor?
Paciente: Deus, nosso pai lá de cima, é quem cuida da gente. Nós
vivemos nesse mundo a graça dele. Olha, aceitei a Jesus faz muito
tempo. Minha família é toda crente, minha esposa também era, a atual
também. Se não fosse a fé, o que seria de mim? Às vezes, a gente quer
desanimar, aí Deus fala no nosso ouvido aquilo que a gente precisa.
Enfermeiro: E como ele fala?
Paciente: Através da palavra de Deus. Lendo e escutando a Bíblia, Deus
nos fala.
Enfermeiro: E o senhor tem sido ajudado?
Paciente: Sim, já falei pra você. Desde que virei crente, minha vida se
transformou. Eu bebia, fumava, fazia extravagância, aí resolvi servir a
Deus e foi uma proteção. Só ter meus filhos no caminho do Senhor,
serem pessoas do bem, já valeu. Mas tem outra coisa: mesmo antes de
morte, ele disse não ter
medo da morte porque sabia
para onde iria depois que
morresse e que não se abala
facilmente. Fazendo um
regate de sua vida , o
paciente disse ter orgulho de
seu passado, por ter criado
seus filhos e ter sua casa
com seu trabalho. Também
disse estar conformado com
as coisas de Deus.
Perguntado sobre se as
coisas acontecem por
vontade de Deus, o mesmo
disse que Deus tem o
controle de tudo e que,
apesar de não entendermos,
Ele sabe o que é melhor.
Continuando sobre esse
assunto, perguntei se a igreja
e sua fé estavam ajudando.
Ele disse que Deus
realmente é quem cuida de
todos e que o fato de ter se
convertido foi fato r
preponderante em suas
vitórias na vida e, quando, às
vezes, quer desanimar, Deus
fala em seu coração e Ele
fala principalmente através
da palavra de Deus. Observa
que só sua família temer a
Deus já é causa de
tranquilidade e que agora
tem mais uma batalha a
enfrentar, mas se morrer já
está preparado porque
conformação nas
dificuldades da vida por
atribuir a Ele todo o
controle das situações.
5-A participação na Igreja e
sua fé são imprescindíveis
para enfrentar a doença.
6-A família ser temente a
Deus é motivo de
tranquilidade.
7-O fato de ter deixado um
exemplo positivo para os
filhos também é
reconfortante.
8-A doença foi motivo de
reaproximação da família.
9-Deus fala com ele,
especialmente através da
Bíblia.
na manutenção e
criação da família.
5-Apoiar a prática
religiosa como
leitura da Bíblia,
cânticos religiosos
e visitas
pastorais.
6-Favorecer a
descoberta do
sentido da doença
em sua vida.
7-Garantir a
privacidade,
adaptando o
ambiente.