TFG - Arquitetura com ênfase em biofilia.pdf

EmersonVaz4 89 views 33 slides Sep 09, 2025
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About This Presentation

Pré-estudo de biofilia


Slide Content

Projeto arquitetônico de um Hub de Apoio e Saúde.
Arquitetura como cuidado e acolhimento
ORIENTADOR: EDUARDO CASTRO MUNHOZ / 2025
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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
MOOCA
Emerson Marcelo Vaz
Projeto arquitetônico de um Hub de Apoio e Saúde.
Arquitetura como cuidado e acolhimento
SÃO PAULO - SP
2025
Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina
deTrabalho Final de Graduação – I, ministrada
pelo Prof.Eduardo Munhoz de Lima Castro no
Curso deGraduação em Arquitetura e Urbanismo
daUniversidade São Judas Tadeu.
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RESUMO ABSTRACT
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LISTA DE FIGURAS LISTA DE GRAFICOS
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INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
REVISÃO TEÓRICA
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
1.1 - TEMA
Projeto arquitetônico com ênfase na aplicação de estratégias biofílicas a fim de
criar ambientes restaurativos e promover o bem-estar integral de usuários e
profissionais de saúde. O projeto tem como intenção a concepção de um Hub de
Apoio e Saúde no distrito do Pari em São Paulo.
Entende se “Hub de Apoio e Saúde” como uma unidade integrada de Atenção
Primária à Saúde (UBS, conforme Portaria MS 2.436/2017) à um Centro de
Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI) da Prefeitura de São Paulo.
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1.2 - OBJETIVO GERAL.
Conceber um Hub de Apoio e Saúde biofílico no distrito do Pari, destinado a
imigrantes, moradores de cortiços e pessoas em situação de rua, e a criar ambientes
restaurativos capazes de prevenir estresse crônico, transtornos de ansiedade,
distúrbios do sono, doenças respiratórias e cardiovasculares, bem como declínio
cognitivo entre usuários e profissionais de saúde.
Objetivos específicos
1.Aplicar os princípios de biofilia direta, indireta e de espaço natural
(KELLERT, 2005) no partido arquitetônico.
2.Integrar iluminação natural e controle artificial de modo a fornecer Melanopic
Equivalent Daylight Illuminance (MEDI) ≥ 250 lx durante 65 % da ocupação
diurna (MEIJER et al., 2017).
3.Garantir ventilação cruzada com taxa de renovação ≥ 6 trocas/h para reduzir
aeroalérgenos e CO₂ abaixo de 800 ppm.
4.Incorporar materiais naturais, vegetação viva e vistas prospecto‑refúgio que
visem reduzir sintomas de ansiedade e depressão em pelo menos 15 %
(AL KHATIB; SAMARA; NDIAYE, 2024).
1.3 - JUSTIFICATIVA ACADÊMICA
Pesquisas de diferentes áreas vêm demonstrando, desde a década de 1980, que
contato direto ou simbólico com a natureza produz efeitos clínicos mensuráveis. No
experimento pioneiro de Roger Ulrich (1984), pacientes submetidos a cirurgia que
tinham vista para árvores ficaram internados um dia a menos e solicitaram menos
analgésicos do que aqueles que viam apenas uma parede de tijolos Frontiers.
Quarenta anos depois, uma revisão sistemática de 2024 publicada na Frontiers in
Built Environment sintetizou 49 estudos e confirmou que biophilic design em de
saúde reduz tempo de hospitalização, dor, mortalidade e estresse de pacientes e
profissionais Frontiers.
A fundamentação conceitual desses efeitos encontra‑se no livro Building for Life:
Understanding and Designing the Human‑Nature Connection
(KELLERT, 2005) Google Livros e nos “14 Padrões de Design Biofílico”
sistematizados por Browning, Ryan e Clancy (Terrapin Bright Green, 2014), que
convertem a teoria em diretrizes operacionais. Ao aplicar essa literatura a um
equipamento de atenção primária inserido em território vulnerável, o presente
trabalho preenche uma lacuna de pesquisas brasileiras, geralmente focadas em
hospitais de alta complexidade e bairros de renda média‑alta.
1.4 - JUSTIFICATIVA SOCIAL 
Apesar de estar na região central de São Paulo, o Pari ocupa a 96.ª (última) posição
do Mapa da Desigualdade 2025 nos eixos saúde, renda e expectativa de vida. A
idade média ao morrer é de 62 anos, cerca de vinte anos abaixo dos distritos mais
favorecidos Frontiers. A área apresenta alta incidência de doenças respiratórias
associadas a cortiços úmidos e mal ventilados, além de forte presença de imigrantes
bolivianos, paraguaios, haitianos e bengaleses.

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Estudos sobre acesso ao SUS mostram que essa população enfrenta barreiras de
idioma, documentação e horários de trabalho extenuantes, fatores que mantêm
baixa a procura pela atenção básica SciELO Brazil. Criar um Hub de Apoio e Saúde
que una atendimento multilíngue, assistência social e ambientes restaurativos de
baixa carga tóxica responde diretamente a essas desigualdades e dialoga com os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 e 11, que defendem saúde de qualidade
e cidades mais inclusivas.
INTRODUÇÃO
1.5 – PROBLEMÁTICA E CONTEXTUALIZAÇÃO SANITÁRIA DO PARI.
Com cerca de 17 mil habitantes, o Pari ocupa o último lugar entre os 96 distritos
paulistanos em vários indicadores do Mapa da Desigualdade 2024 – mortalidade
por doenças respiratórias (96.º), violência contra a mulher (95.º) e violência racial
(94.º). A idade média ao morrer permanece 20 anos menor que nos bairros de alta
renda, revelando carência histórica de serviços públicos, áreas verdes e renda
formal Rede Nossa São Paulo.
A carga de arboviroses exemplifica esse quadro: o Boletim Arboviroses
(SE 18/2024) classifica o Pari no nível “alto” (≥ 1 000 casos/100 mil hab.). A UBS
local dispõe apenas de triagem e soroterapia; casos com sinais de alarme são
removidos para hospitais já saturados, enquanto as visitas de bloqueio vetorial
cobrem só 38 % das quadras – bem abaixo da meta de 70 % Prefeitura de São Paulo.
Na tuberculose, o distrito figura entre os territórios de maior risco para imigrantes
bolivianos, com taxa de cura < 70 % e cobertura de tratamento supervisionado
(DOT) de 41 %. A ausência de sala de radiografia digital e de farmacoterapia 3HP
dentro da UBS obriga deslocamentos até o Centro de Referência da
Mooca Semantic Scholar PDFs.
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) – hipertensão, diabetes e AVC –
geram internações acima da média municipal, reflexo da baixa cobertura da
Estratégia Saúde da Família (22 %) e da falta de equipamentos de triagem
(retinógrafo, doppler portátil). Grupos de educação em saúde permanecem
suspensos desde a pandemia.
Por fim, a saúde mental é crítica: segundo a CEInfo/SMS (Painel 2025), a
dispensação de antidepressivos no Pari ficou 12 % acima da média da região
Sudeste, sem CAPS no território e com apenas um psiquiatra de 20 h
semanais Prefeitura de São Paulo.
os números revelam um distrito em permanente estado de alerta: alta incidência de
arboviroses, falhas no tratamento da tuberculose, internações excessivas por
doenças crônicas e demanda reprimida em saúde mental mostram que a
vulnerabilidade social transforma riscos sanitários em realidade cotidiana. A
carência de infraestrutura na UBS — de equipamentos básicos a oferta de
especialistas — agrava o quadro e sobrecarrega serviços de referência já saturados.
1.6 - BARREIRAS DE ACESSO DOS IMIGRANTES
Documentação e financiamento – Embora a Constituição assegure atendimento
universal, recepções da UBS exigem RG + Cartão da Família para registrar
consultas, temendo glosas de recursos federais. A Nota Técnica n.º 8/2024‑SAPS/MS
reforça que a falta de documentos não pode gerar recusa Serviços e Informações do
Brasil.
Barreira linguística – Migrantes de Bangladesh, Bolívia, Paraguai e países africanos
francófonos relatam dificuldade de comunicação; o MS recomenda mediação
intercultural, inexistente no distrito.
Discriminação percebida – Relatório da ACNUR 2024 descreve relatos de
atendimento “por último” e pedidos de documentos extras, reforçando o
afastamento dos serviços ACNUR.

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Jornadas de trabalho exaustivas – Costureiros bolivianos chegam a 12 h/dia, seis
dias por semana; a UBS fecha às 19 h, o que inviabiliza consultas regulares.
Para o imigrante que costura 12 horas por dia e ainda carrega na bolsa um
passaporte estrangeiro, chegar à porta da UBS não garante cuidado: é apenas o
começo de um percurso cheio de barreiras. A exigência de RG e Cartão da Família
transforma o direito constitucional em dúvida; a falta de intérpretes torna cada
sintoma um quebra-cabeça; o atendimento “por último” reforça a sensação de não-
pertencimento; e o horário de funcionamento incompatível com jornadas exaustivas
empurra consultas para o dia “que nunca chega”. Somadas, essas barreiras
produzem atrasos no diagnóstico, baixa adesão a tratamentos e sofrimento
silencioso — justamente entre aqueles que mais dependem do serviço público.
Reconhecer e remover esses obstáculos, portanto, não é um gesto de gentileza, mas
condição mínima para que o princípio de universalidade do SUS se concretize no
Pari.
INTRODUÇÃO
1.7 – SAÚDE OCUPACIONAL DOS PROFISSIONAIS DO HUB
A concepção dos serviços de saúde brasileiros ainda privilegia eficiência normativa,
fluxos racionais e controle de custos, convertendo o edifício em “máquina de curar”
que suprime estímulos naturais e vínculos sociais (COSTA, 2011) SciELO Brazil.
Embora a Política Nacional de Humanização (PNH) defina a ambiência como
espaço produtor de subjetividades, sua aplicação permanece irregular, com
ambientes despersonalizados que elevam ansiedade, depressão e Síndrome de
Burnout entre equipes de enfermagem (BRASIL, 2010) BVS MS.
Estudos recentes quantificam o problema:
Burnout – 30 % dos trabalhadores formais brasileiros apresentam sinais da
síndrome (ANAMT, 2025) Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); entre enfermeiros de
hospital universitário, a prevalência relaciona‑se diretamente a condições materiais
inadequadas e sobrecarga emocional (VILLAGRÁN et al., 2023) SciELO Brazil.
Saúde mental na pandemia – levantamento Fiocruz/ENSP com 15 132 profissionais
apontou 47,3 % com sintomas combinados de ansiedade e depressão
(FIOCRUZ, 2021) Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Privação de luz natural – a inexistência de vistas verdes ou luz diurna qualificada
aumenta fadiga e prolonga internações, como demonstrado pelo estudo clássico de
Ulrich (1984) PubMed.
Quando o edifício se comporta como uma “máquina de curar” que desliga o ser
humano do ambiente natural, quem cuida adoece primeiro. Os números revelam um
alerta claro: quase um terço dos trabalhadores de saúde manifesta Burnout, metade
carrega sintomas de ansiedade e depressão e a ausência de luz natural agrava a fadiga
diária. Se não houver espaços que ofereçam vistas verdes, ciclos de luz do dia, pausas
restaurativas e apoio psicossocial, o esgotamento das equipes se perpetuará,
comprometendo a qualidade do atendimento oferecido à população já vulnerável do
Pari.
Pergunta norteadora:
Como a implementação de um Hub de Apoio e Saúde biofílico — acoplado à UBS
existente no Pari — pode superar barreiras culturais e documentais, mitigar os
impactos de moradias insalubres e, ao mesmo tempo, reduzir a carga de doenças
infecciosas e crônicas e o Burnout dos profissionais, promovendo bem‑estar físico,
mental e social de imigrantes e moradores de cortiços?

1.8 - JUSTIFICATIVA ACADÊMICA
Pesquisas de diferentes áreas vêm demonstrando, desde a década de 1980, que
contato direto ou simbólico com a natureza produz efeitos clínicos mensuráveis. No
experimento pioneiro de Roger Ulrich (1984), pacientes submetidos a cirurgia que
tinham vista para árvores ficaram internados um dia a menos e solicitaram menos
analgésicos do que aqueles que viam apenas uma parede de tijolos Frontiers.
Quarenta anos depois, uma revisão sistemática de 2024 publicada na Frontiers in
Built Environment sintetizou 49 estudos e confirmou que biophilic design em
unidades de saúde reduz tempo de hospitalização, dor, mortalidade e estresse de
pacientes e profissionais Frontiers.
A fundamentação conceitual desses efeitos encontra‑se no livro Building for Life:
Understanding and Designing the Human‑Nature Connection
(KELLERT, 2005) Google Livros e nos “14 Padrões de Design Biofílico”
sistematizados por Browning, Ryan e Clancy (Terrapin Bright Green, 2014), que
convertem a teoria em diretrizes operacionais. Ao aplicar essa literatura a um
equipamento de atenção primária inserido em território vulnerável, o presente
trabalho preenche uma lacuna de pesquisas brasileiras, geralmente focadas em
hospitais de alta complexidade e bairros de renda média‑alta.
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INTRODUÇÃO
Estudos sobre acesso ao SUS mostram que essa população enfrenta barreiras de
idioma, documentação e horários de trabalho extenuantes, fatores que mantêm
baixa a procura pela atenção básica SciELO Brazil. Criar um Hub de Apoio e Saúde
que una atendimento multilíngue, assistência social e ambientes restaurativos de
baixa carga tóxica responde diretamente a essas desigualdades e dialoga com os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 e 11, que defendem saúde de qualidade
e cidades mais inclusivas.
1.9 - JUSTIFICATIVA SOCIAL 
Apesar de estar na região central de São Paulo, o Pari ocupa a 96.ª (última) posição
do Mapa da Desigualdade 2025 nos eixos saúde, renda e expectativa de vida. A
idade média ao morrer é de 62 anos, cerca de vinte anos abaixo dos distritos mais
favorecidos Frontiers. A área apresenta alta incidência de doenças respiratórias
associadas a cortiços úmidos e mal ventilados, além de forte presença de imigrantes
bolivianos, paraguaios, haitianos e bengaleses.
2.1 – CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E SOCIOECONÔMICA DO PARI.
O topônimo Pari vem da armadilha de taquara ou cipó usada pelos indígenas para
atravancar peixes nos rios Tietê e Tamanduateí; os pescadores da Vila de São Paulo
já se referiam ao “porto do pari” no século XVII (WIKIPEDIA, 2024) Wikipédia. A
condição ribeirinha — planície alagável farta de água e transporte — explica por
que, após a abertura da linha Santos‑Jundiaí (1867) e da Estação da Luz (1901), a
várzea do Tamanduateí se tornou o primeiro corredor fabril paulista: tecelagens
Matarazzo, metalúrgicas e moinhos se instalaram onde o terreno era barato e a
navegação fluvial facilitava o escoamento (SENAC, 2007, p. 3‑5) Senac São Paulo.
Entre 1890 e 1920, imigrantes italianos, portugueses e espanhóis compunham 60 %
da mão de obra local, enquanto a falta de políticas habitacionais obrigava as
famílias a ocupar cortiços improvisados nas margens do rio (ANDRADE, 1991,
p. 48‑52) Biblioteca de Teses da USP.
O auge industrial (1930‑1955) elevou a população de 31 312 para 33 706 habitantes
(IBGE, 2024), porém saneamento e vias não acompanharam o crescimento,
produzindo o “adensamento insalubre” citado pelos sanitaristas da época
(SENAC, 2007). A partir de 1960, incentivos fiscais deslocaram as fábricas para o
CAPÍTULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO.

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CAPÍTULO 2 – REFERENCILA TEÓRICO
ABC paulista; a desindustrialização inaugurou um ciclo de desemprego e
degradação física (Observatório Geográfico, 2010, p. 7). Na década de 1990,
comerciantes nacionais e migrantes bolivianos transformaram galpões ociosos em
shoppings populares: hoje o polo Brás–Pari reúne cerca de 15 000 estabelecimentos
de moda e fatura R$ 12 bilhões/ano, recebendo 100 000 compradores por dia
(Exame, 2025).
Ao longo de pouco mais de um século, o Pari passou de porto ribeirinho indígena a
coração industrial, sofreu os impactos da desindustrialização e se reinventou como
polo de comércio popular. Essa sequência deixa um legado de alta densidade
populacional, infraestrutura defasada e forte presença de trabalhadores migrantes,
mas também mostra a extraordinária capacidade de adaptação econômica do
bairro. Compreender esse percurso é fundamental para propor intervenções que
aliviem suas carências urbanas sem sufocar a vitalidade comercial que mantém o
distrito pulsando.
2.2 - ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) E UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
(UBS)
A Atenção Primária à Saúde constitui o primeiro nível de contato dos usuários com
o Sistema Único de Saúde e orienta toda a Rede de Atenção, assegurando acesso
universal, contínuo e resolutivo. Seu fundamento jurídico está no art. 196 da
Constituição Federal, que define a saúde como “direito de todos e dever do
Estado” Serviços e Informações do Brasil, e na Lei 8.080/1990, que organiza o SUS
em níveis de complexidade crescente, regionalizados e hierarquizados Portal da
Câmara dos Deputados.
A regulamentação específica da APS é dada pela Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB), aprovada pela Portaria MS 2.436/2017. A PNAB estabelece
princípios (territorialização, adscrição de clientela, cuidado centrado na pessoa,
trabalho em equipe multiprofissional) e descreve as formas de organização
assistencial, com destaque para as Equipes de Saúde da Família (eSF) e as Equipes
de Atenção Básica (eAB) BVS MS.
No mesmo ato normativo, a Unidade Básica de Saúde é definida como o ponto
físico de referência territorial onde essas equipes desenvolvem ações integrais de
promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde.
Cada UBS deve dispor de cadastramento no SCNES, atuar sobre população
adscrita e articular‑se com demais serviços da Rede de Atenção à Saúde,
funcionando como porta de entrada preferencial e ordenadora do cuidado ABEN
Nacional.
Portanto, o Hub proposto para o Pari será arquitetado sobre essa base legal e
conceitual: uma UBS ampliada que incorpora, além das exigências da PNAB,
serviços socioassistenciais e diretrizes de design biofílico a fim de materializar o
princípio constitucional da universalidade em um território marcado por profundas
desigualdades.

CAPÍTULO 2 – REFENCIAL TEÓRICO
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2.3 INTEGRAÇÃO SAÚDE–ASSISTÊNCIA: UBS +
CRAI COMO MODELO ONE‑STOP SHOP (OU
“BALCÃO ÚNICO”)
Inaugurado em novembro de 2014, o Centro de
Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI
Oriana Jara) é um equipamento público da Secretaria
Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, que
oferece apoio especializado e multilíngue aos
imigrantes, independentemente de sua situação
migratória e documental. Seu objetivo é promover o
acesso aos direitos e a inclusão social das pessoas
migrantes no município. Desde 2014, a Prefeitura
de São Paulo mantém os Centros de Referência e
Atendimento para Imigrantes (CRAI), estruturados
como balcões multilíngues que concentram
regularização documental, orientação aosdireitos social,
apoio jurídico e mediação cultural em um único
endereço (PMSP, 2024). Diretrizes da ACNUR e da
OMS recomendam o formato one‑stop shop para
migrantes, pois reduz custos de deslocamento, supera
barreiras de idioma e evita a fragmentação do cuidado.
Aplicado ao Hub biofílico do Pari, esse arranjo se
traduz na coexistência de UBS (APS) + CRAI sob o
mesmo teto, integradas por percursos intuitivos e
ambientes restaurativos, conforme quadro a seguir:
NÚCLEO FUNCIONAL OFERTA PRINCIPAL REFERÊNCIA NORMATIVA / INSTITUCIONAL
1 — Regularização documental Balcão multilíngue para CPF, Cartão SUS, protocolo de refúgio,
tradução simples; sem exigência de comprovante de endereço
(Portaria MS 940/2011).
PMSP / CRAI; MS 940/2011
2 — Saúde integral intercultural Clínica APS (clínicamédica, prénatal, pediatria, vacinação,
odontologia) + Núcleo de saúde mental bilíngue; programas de TB,
HIV e respiratórias alinhados ao MS.
PNAB 2017; MS Diretrizes para Migrantes
3 — Assistência social
& encaminhamentos
Serviço social que inscreve CadÚnico, Bolsa Família e articula
abrigos via CRAS/CREAS.
Lei 8.742/1993 (LOAS); Res. CNAS 109/2009
(referência geral SUAS)
4 — Apoio jurídico gratuito Plantões da Defensoria Pública e ONGs parceiras sobre
regularização migratória e direitos trabalhistas.
Convênios DPU/CRAI
5 — Mediação cultural & formação de
servidores
Mediadores interculturais, sinalização em PTESENFR/CR,
capacitações periódicas a partir do manual CRAI.
PMSP – SMDHC
6 — Empregabilidade
& empreendedorismo
Ponto CATE/SMDET: intermediação de vagas e apoio a MEI
migrante.
Programa Trabalho Decente
7 — Educação, idioma & inclusão digital Aulas de português, mentoria de diplomas, laboratório maker para
setor têxtil BrásPari. | Portas Abertas
PMSP
8 — Suporte psicossocial & bemestar Grupos pósmigração, Horto terapia e arteterapia em jardins
internos biofílicos.
ACNUR (2022) – integração social
9 — Serviços de vida diária Banheiros, chuveiros, lavanderia, guardavolumes, wifi, cantina
solidária; operados em padrão CRAILuz.
PMSP / SMDHC
10 — Arquitetura restaurativa Átrio com vegetação e água, jardins 24 h, materiais cálidos e
percursos intuitivos (14 Padrões biofílicos).
Browning et al., 2014; Kellert, 2005

2.4 – ARQUITETURA BIOFÍLICA, O QUE É?
A arquitetura biofílica parte do pressuposto de que os seres humanos possuem uma
afinidade inata com a natureza — a “biophilia” descrita pelo biólogo
Edward O. Wilson, que a definiu como a tendência humana a buscar conexão com
formas de vida e processos naturais Harvard University Press. Ao traduzir essa
premissa para o ambiente construído, Stephen R. Kellert formulou o conceito de
design biofílico: a incorporação deliberada de experiências de natureza, diretas ou
simbólicas, na arquitetura, de modo a satisfazer necessidades fisiológicas,
cognitivas e emocionais e restabelecer vínculos que a urbanização
fragmentou ResearchGate.
Na prática projetual, a arquitetura biofílica organiza essas experiências em padrões
recorrentes. A síntese mais difundida é o compêndio “14 Patterns of Biophilic
Design”, de Browning, Ryan e Clancy, que agrupa recursos como luz dinâmica,
ventilação variável, presença de água, biomorfismo, prospecto‑refúgio e conexão
com ciclos naturais, oferecendo métricas e estratégias para aplicá‑los no edifício
sem comprometer desempenho técnico ou higroscópico Terrapin Bright Green.
Ao longo das últimas décadas, estudos empíricos vêm demonstrando ganhos
concretos de saúde e bem‑estar quando esses princípios são incorporados. Uma
revisão sistemática publicada em 2024 na Frontiers in Built Environment concluiu
que ambientes de saúde concebidos com elementos biofílicos reduzem tempo de
internação, mortalidade, percepção de dor e indicadores de estresse em pacientes e
profissionais, além de melhorar a satisfação com o cuidado prestado Frontiers.
Assim, arquitetura biofílica não se limita a valor estético ou decorativo; trata‑se de
uma abordagem baseada em evidências que procura alinhar requisitos funcionais e
sanitários do projeto a benefícios psicofisiológicos comprovados, restabelecendo a
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ligação essencial entre pessoas, lugar e natureza.
A biofilia deixa de ser um detalhe estético quando entendemos seus efeitos
mensuráveis sobre corpo e mente: luz natural que regula o ritmo biológico,
ventilação e vistas verdes que acalmam, formas orgânicas que despertam sensação
de abrigo. Estudos mostram quedas no tempo de internação, na dor percebida e no
estresse tanto de pacientes quanto de profissionais quando esses elementos estão
presentes. Portanto, incorporar design biofílico no futuro Hub do Pari não é um
luxo, mas uma estratégia de saúde pública capaz de devolver dignidade, bem-estar e
sensação de pertencimento a uma comunidade marcada por vulnerabilidades. Em
outras palavras, é alinhar arquitetura, ciência e cuidado para que o espaço também
participe ativamente do processo de cura.
CAPÍTULO 2 – REFENCIAL TEÓRICO

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CAPÍTULO 2 – REFENCIAL TEÓRICO
Os 14 padrões de Design Biofílico (Browning, Ryan & Clancy, 2014) estão agrupados
em três famílias. Abaixo você encontra o nome de cada padrão, um resumo do que ele
significa e um exemplo típico de aplicação arquitetônica.

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2.5 — ESTRATÉGIAS BIOFÍLICAS SOB A ÓTICA DA RDC 50/2002 E DA
RDC 51/2014
A Resolução RDC 50 estabelece os requisitos sanitários e de segurança que
qualquer Estabelecimento Assistencial de Saúde deve cumprir. Ela não proíbe a
presença de vegetação, água ou outros elementos naturais, mas define condições de
materialidade, higienização e controle de infecção que balizam onde e como essas
inserções podem ocorrer.
O ponto de partida é o zoneamento definido pela norma: áreas críticas (salas
cirúrgicas, UTI, CME, farmácia de manipulação, hemodinâmica), áreas semicríticas
(consultórios, enfermarias, salas de exames) e áreas não‑críticas (recepção,
circulação, administração, refeitório). Nas zonas críticas a resolução determina
superfícies lisas, contínuas, resistentes a lavagens sucessivas e sem frestas onde pó
ou matéria orgânica possam acumular‑se. Isso exclui vasos de solo exposto,
substratos orgânicos e lâminas d’água abertas dentro desses compartimentos, pois
eles dificultariam a limpeza úmida diária exigida pelo Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar. Para esses ambientes, a linguagem biofílica deve recorrer a
estratégias visuais indiretamente integradas — janelas para pátios internos
vegetados, claraboias que tragam luz e vistas do céu, painéis fotobiológicos ou
jardins herméticos de baixa manutenção.
Nos espaços semicríticos, a norma concede maior flexibilidade desde que se
mantenham superfícies laváveis e circulação de ar adequado. Jardins verticais com
substrato encapsulado, floreiras suspensas cuja irrigação seja embutida e acessível
para manutenção semanal, ou aquários fechados cuja renovação de água não gere
aerossóis contaminarão menos que vasos convencionais, mantendo a consonância
com os parâmetros de qualidade do ar interior e de ventilação exigidos (renovações
mínimas e pressão diferencial, quando aplicável).
CAPÍTULO 2 – REFENCIAL TEÓRICO
A mesma lógica vale para espelhos d’água em recepções: se o projeto garantir
tratamento contínuo da água, barreira física contra toque direto e sistema de
filtragem com acesso técnico externo, não há conflito com a seção que trata de
prevenção de Legionella e outros microrganismos em sistemas de climatização.
Quanto ao conforto luminoso, a RDC 50 recomenda que ambientes de uso
prolongado mantenham distâncias mínimas de três metros entre janelas e empenas
opostas, a fim de assegurar boas condições de luz natural. Essa exigência favorece
aberturas generosas, claraboias e pátios — soluções‑chave do design biofílico —
desde que venham acompanhadas de controle de ofuscamento e ganhos térmicos. A
mesma resolução também respalda a ventilação natural cruzada sempre que as
trocas de ar/hora previstas não fiquem abaixo dos valores de referência para cada
atividade, o que coincide com a meta biofílica de renovar o ar sem depender
exclusivamente de equipamentos mecânicos.
Já a RDC 51, que disciplina a aprovação de projetos físicos, exige que o arquiteto
detalhe materiais, acabamentos e sistemas de limpeza no Projeto Básico de
Arquitetura e demonstre, em planta e memorial, a conformidade de cada ambiente
com as tabelas da RDC 50. No Hub do Pari, isso implica representar a vegetação
permanente como “mobiliário” de manutenção definida, indicar pontos de
drenagem e acesso técnico nos cortes, especificar revestimentos nivelados e não
porosos ao redor de canteiros internos e comprovar que a taxa de renovação de ar
permanece dentro do valor‑limite mesmo após a instalação de painéis verdes ou
coberturas vegetadas.
Em síntese, o diálogo entre biofilia e vigilância sanitária não é excludente. O que a
RDC demanda são superfícies laváveis, controle de umidade, prevenção de pragas e
separação clara entre fluxos sujos e limpos — requisitos atendidos por jardins
encapsulados, substratos inertes, sistemas de irrigação embutidos, filtros de

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ar adequados e rotinas de limpeza protocoladas. Quando essas condições são
explicitadas no Projeto Básico, a introdução de natureza viva em áreas de espera,
circulação, convivência dos profissionais e até em enfermarias de baixa
complexidade não apenas permanece compatível com a norma, mas também
contribui para reduzir estresse, dor e tempo de internação, objetivos que a própria
resolução endossa ao enfatizar conforto ambiental e humanização
CAPÍTULO 2 – REFENCIAL TEÓRICO
2.6 - LOCALIZAÇÃO FÍSICA E LIMITES
O terreno escolhido está localizado no distrito do Pari, este situa-se na zona
central do município de São Paulo, imediatamente a nordeste do Centro Histórico e
administrativamente vinculado à Subprefeitura da Mooca. O território é um
pequeno triângulo urbano encaixado entre os rios Tietê (ao norte) e Tamanduateí (a
sudoeste) e a avenida Cruzeiro do Sul-Avenida do Estado, que acompanha o
corredor metroviário (a oeste). Ao sul, seus limites tocam o Brás pela avenida
Rangel Pestana; a norte, alcançam a Marginal Tietê nas imediações da Ponte das
Bandeiras. Essa posição ribeirinha explica o fato histórico de o bairro ter se
originado como núcleo de pescadores ainda no século XVI.
Sua localização exata é na esquina entre as ruas Rio bonito, 1320 e Rua Capitão
Mor Passos, 122
Dimensão territorial e demografia
Conforme o Censo 2022, o distrito/bairro ocupa cerca de 2,8 km² e abriga 17 359
habitantes, resultando numa densidade próxima de 6 300 hab/km².
FIGURA N: localização do terreno visto pelo alto em software Google Earth.
Produzida pelo autor.

LOCALIZAÇÃO FÍSICA E
LIMITES
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CAPÍTULO 2 – REFENCIAL TEÓRICO

2.7 - ZONEAMENTO
O lote escolhido não foi a primeira opção, tínhamos inicialmente escolhido um
terreno na rua do Sacramento, trata-se de um terreno ainda sem construção e
classificado como ZEIS, mas devido às ruas de acesso serem muito estreitas e sem
saída, impedindo assim a aproximação rápida de ambulâncias, a manobra de
veículos de transporte coletivo foi necessário a escolha de outro local e chegamos a
escolha do terreno atual que além de ser maior, tem características de acesso muito
mais vantajosas aos seus futuros usuários
FIGURA N: Mapa de zoneamento - Fonte GeoSampa.
O lote em questão está situado em Zona Mista (ZM), e trata-se de um terreno
notificado por descumprimento da função social da propriedade, pois está
subutilizado. É formado por um conjunto de 7 terrenos que somados têm uma
metragem total de 3535 m², veja na tabela N os dados de cada lote.
TABELA N: dados de cada lote em metros quadrados. Produzida pelo autor.
FIGURA N: MAPA DE ZONEAMENTO - FONTE GEOSAMPA.
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CAPÍTULO 2 – REFENCIAL TEÓRICO

2.8 - PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO DA LEI N.º 16.402/2016:
TABELA N: fonte GeoSampa.
Examinado o mapa abaixo podemos entender que o aumento dos cortiços no bairro
do Pari mostra como a região vem sendo ocupada por famílias em situação de
vulnerabilidade, especialmente por estar cercada por bairros como o Brás, Bom
Retiro e Belém, também marcados por essa realidade
FIGURA N: MAPA DE CORTIÇOS - FONTE GEOSAMPA.
QUOTA AMBIENTAL DA LEI n.º 16.402/2016
TABELA N: Fonte GeoSampa.
2.9 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS CORTIÇOS
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2.10 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS, USO DO SOLO
O mapa de uso e ocupação do solo também foi examinado se percebe claramente
que temos duas áreas abundantes na região, as duas são de comércio tanto vertical
como horizontal, temos sim áreas residenciais e são minoria observe as
quantidades:
5 quarteirões de residencial vertical de médio padrão.
4 quarteirões de residencial vertical de baixo padrão.
24 quarteirões de residencial horizontal de médio padrão.
88 quarteirões de comércio e serviço horizontal e vertical
Contamos manualmente cada quarteirão do distrito Pari e chegamos à conclusão
de que temos 132 quarteirões no distrito, então temos:
25% do local em uso residencial.
66,67% do local para uso de comércio e.
8,33% do restante do local para parques, indústrias, escolas, etc.
Se temos 17300 habitantes no total do distrito e eles ocupam apenas 25% do local?
Ou será que usam os locais de serviço como moradia? Será este o motivo da
proliferação de cortiços?
FIGURA N: MAPA USO DO SOLO - FONTE GEOSAMPA.
COMERCIO E SERVIÇO HORIZONTAL
COMERCIO E SERVIÇO VERTICAL
RESID. HORIZONTAL MÉDIO PADRÃO
USOS COLETIVOS
RESID. VERTICAL MÉDIO PADRÃO
RESID. VERTICAL BAIXO PADRÃO
LEGENDA N: MAPA USO DO SOLO - FONTE GEOSAMPA.
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2.11 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS,
MOBILIDADE
O Estudo de mobilidade do local apresenta um tempo médio de deslocamento para
as estações próximas que são, Metro Armênia = 19 minutos por transporte coletivo
e Metro Tiradentes = 21 minutos de deslocamento por transporte coletivo, quanto a
deslocamento por veículos próprios temos excelentes avenidas de acesso próximo ao
local, são elas:
Avenida Marginal Tietê
Avenida cruzeiro do Sul.
Avenida do Estado.
Avenida Bom Jardim - Possui corredor de ônibus.
Avenida Carlos de Campos - Possui corredor de ônibus
A principal via de acesso ao local é a Rua Rio Bonito e esta tem espaço de
estacionamento e duas faixas de trânsito e sentido único.
FIGURA N: MAPA DE TRASPORTE - FONTE GEOSAMPA.
FIGURA N: FOTO DA RUA RIO BONITO - FONTE GOOGLE MAPS
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2.12 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS, VEGETAÇÃO SIGNIFICATIVA
Um ponto positivo do distrito é que devido a presença de clubes no local o bairro é
farto em parques e áreas verdes.
FIGURA N: MAPA DE VEGETAÇÃO SIGNIFICATIVA - FONTE GEOSAMPA.
2.13 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS, GABARITO DE ALTURAS.
A média de altura do local é de 1 a 2 pavimentos. A construção do Hub deve se
enquadrar de forma perfeita, pois não deve ultrapassar o limite de 2 andares
FIGURA N: GABARITO DE ALTURA - FONTE GEOSAMPA.
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2.14 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS, EQUIPAMENTOS.
Mediante consulta feito no GeoSampa, a princípio acredita-se que o sistema travou
e por este motivo não apresenta o resultado, mas não é isto que aconteceu, quando
se busca por equipamentos de saúde no Pari, o resultado é sempre o mesmo, o mapa
não se altera, pois temos uma UBS e um Hospital que atende a Traumatologia, mas
não atende a umas das principais causas de morte no bairro que é sobre problemas
respiratórios.
O distrito do Pari não tem:
Ambulatório especializado
Local de atendimento para saúde mental
Vigilância da saúde
Atendimento de urgência
Unidades para tratamento de DST/AIDS
Frente a este quadro a escolha do local se justifica plenamente com a criação de um
HUB para complementação da saúde da população local.
FIGURA N: GABARITO DE ALTURA - FONTE GEOSAMPA.
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2.15 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS, TOPOGRAFIA
O terreno atualmente está plano, pois tem piso concretado e é subutilizado como
depósito e garagem, mas sua topografia original segundo o Geosampa é em declive
de apenas 3 metros
FIGURA N: GABARITO DE ALTURA - FONTE GEOSAMPA.
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2.15 - FOTOS DO LOCAL
1
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6.1 - OBRAS ANALOGAS
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2.4 - ESTUDO DE CASOS BIOFÍLICOS
Maggie’s Cancer Centre – Manchester (UK)
A. Conceito
Foster + Partners partiu da ideia de “casa‐jardim”: um refúgio horizontal, íntimo,
onde a cozinha e a mesa de madeira são o coração de apoio psicológico ao paciente
oncológico. O edifício procura dissolver limites entre dentro e fora, usando
claraboias triangulares e estrutura em pinho laminado para banhar os espaços em
luz suave e vistas verdes Architect.
Vista da cozinha central com cobertura de madeira (ArchDaily, foto Nigel Young)
ArchDaily.

OBRAS ANALOGAS
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2.4 - ESTUDO DE CASOS BIOFÍLICOS
Maggie’s Cancer Centre – Manchester (UK)
B. Inserção urbana
Em meio a blocos hospitalares pesados, o pavilhão de 1 922 m² pousa num recanto
ajardinado existente, rebaixado em relação à rua e abraçado por canteiros
contínuos; sua altura única não compete com o entorno e os acessos são feitos por
passarelas ajardinadas que convidam à pausa antes de entrar ArchDaily.
foto aérea do volume térreo rodeado de jardins (ArchDaily).

OBRAS ANALOGAS
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2.4 - ESTUDO DE CASOS BIOFÍLICOS
Maggie’s Cancer Centre – Manchester (UK)
C. Fluxos, setorização e programa
A planta trabalha em anel: a cozinha no centro; salas de terapia grupal, biblioteca
e consultórios dispostos em torno, sempre com duas fachadas envidraçadas para
ventilação cruzada. Circulação é única e aberta, sem corredores fechados,
reforçando a sensação doméstica.
mezzanine/floor plan (ArchDaily, imagem 46) ArchDaily.

2.4 - ESTUDO DE CASOS BIOFÍLICOS
Hospital-referência no Brasil com forte caráter biofílico
Hospital Sarah Kubitschek – Salvador (BA)
Projeto: João Filgueiras Lima, Lelé • 1994
A | Conceito
Lelé partiu da ideia de “pavilhão-clareira”: naves leves de aço cobertas por sheds
curvos que capturam luz suave e ventilação natural, cercadas por jardins da Mata
Atlântica existente no terreno. O edifício funciona como prolongamento da
paisagem e favorece reabilitação motora ao ar livre.
OBRAS ANALOGAS
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2.4 - ESTUDO DE CASOS BIOFÍLICOS
Maggie’s Cancer Centre – Manchester (UK)
D. Materialidade e solução técnica
Estrutura de pinho CLT aparente, painéis de vidro piso-teto com caixilhos de baixa
condutância e cobertura verde extensiva nas abas laterais. O timber frame permite
vãos livres, flexibilidade de layout e leitura tátil quente – coerente com o conceito
de abrigo natural.
Detalhe da treliça de madeira interna (Architect Magazine)
Architect.
Interior iluminado pelos sheds com a mata ao fundo — imagem ©
Nelson Kon no ArchDaily ArchDaily Brasil.

B | Inserção urbana
Implantado num lote isolado no bairro da Boca do Rio, o conjunto pousa como
uma série de lâminas paralelas, abrindo corredores verdes entre os blocos. O
gabarito baixo e o vazio ajardinado criam bolsa microclimática que separa o
hospital do tráfego adjacente.
OBRAS ANALOGAS
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Vista aérea longitudinal mostrando as naves metálicas entre
faixas verdes — imagem © Nelson Kon ArchDaily Brasil.
C | Fluxos, setorização e programa
A circulação longitudinal corre em passagens cobertas, permitindo que pacientes
em cadeira de rodas se movam sempre à sombra e ao ar livre. A planta-térreo,
disponível no ArchDaily, revela setores de internação alternados com jardins,
evitando longos corredores fechados.
Planta térrea em alta resolução — “Planta térreo” (imagem 119)
ArchDaily Brasil.

D | Materialidade e soluções técnicas
Estrutura metálica pré-fabricada, sheds com venezianas de alumínio e basculantes
de vidro garantem troca constante de ar sem gasto energético. Brises horizontais
entre os sheds filtram insolação, enquanto painéis de Athos Bulcão trazem cor e
orientação nos eixos de circulação.
OBRAS ANALOGAS
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Venezianas e brises sob o shed — imagem 120, © Nelson Kon
ArchDaily Brasil.

REFERENCIAS.
Diário do Transporte
HISTÓRIA DO BRÁS: Exemplo de crescimento, fé e trabalho, hoje ...
26 de junho de 2011 — O ponto de parada destes imigrantes, principalmente italianos, era o Brás,
onde havia a Hospedaria dos Imigrantes. Para muitos, era esta ...
Senac São Paulo
Microsoft Word - capa.doc
Revistas USP
BDTD USP
Do comércio de retalhos à feira da Sulanca: uma inserção de migrantes em São Paulo
VEJA SÃO PAULO
Comércio popular do Brás e Bom Retiro se... | VEJA SÃO PAULO
Seminário Discente da USP
EXAME. GIUSSANI, Daniel. Este empresário fatura R$ 35 milhões colocando as lojinhas do
Brás na internet. São Paulo, 16 jan. 2025. Disponível em: https://exame.com/negocios/este-
empresario-fatura-35-milhoes-colocando-as-lojinhas-do-bras-na-internet/. Acesso em:
5 maio 2025.
FECOMERCIO‑SP. Pari desponta no cenário comercial da cidade. São Paulo, 11 maio 2016.
Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/pari-desponta-no-cenario-comercial-da-
cidade. Acesso em: 5 maio 2025.
REDE NOSSA SÃO PAULO. Mapa da Desigualdade: moradores da periferia de São Paulo vivem
24 anos a menos de quem mora em área nobre. São Paulo, 27 nov. 2024. Disponível em:
https://www.nossasaopaulo.org.br/2024/11/27/mapa-da-desigualdade-moradores-da-periferia-de-
sao-paulo-vivem-24-anos-a-menos-de-quem-mora-em-area-nobre/. Acesso em: 5 maio 2025.
DAVIS, Mike. Planet of Slums. London: Verso, 2006. Disponível em:
https://newleftreview.org/issues/ii26/articles/mike-davis-planet-of-slums.pdf. Acesso em:
5 maio 2025.
ROLNIK, Raquel. A cidade e a lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de
São Paulo. São Paulo: Studio Nobel, 1997. Disponível em:
https://www.scribd.com/doc/240192917/A-Cidade-e-a-Lei-Raquel-Rolnik. Acesso em: 5 maio 2025.
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Conclusão
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Referências
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