CleantoSantosVieira1
437 views
9 slides
Dec 18, 2017
Slide 1 of 9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
About This Presentation
Quem gostou deixe um like ou comente sobre o material, obrigado!!!
Size: 737.33 KB
Language: pt
Added: Dec 18, 2017
Slides: 9 pages
Slide Content
ÉTICA E BIOÉTICA Professor: Cleanto S. Vieira Aula 3 - A Ética moderna
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 3 - A Ética moderna A Ética na idade moderna – 1473 à 1789: Entre os séculos XVI e XVIII, as discussões éticas estiveram centralizadas no embate entre racionalismo e empirismo ( doutrina segundo a qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção) . A Idade Moderna foi à época da formação e consolidação dos Estados Nacionais europeus, precedendo a Revolução Francesa e Industrial, quando a separação entre Estado e igreja tornou-se definitiva, com a preponderância do antropocentrismo e a aceleração do avanço da Ciência. Representantes de Estados Europeus na assinatura dos Tratados de Westfália , em outubro de 1648 - A guerra dos trinta anos “guerra religiosa” que surgiu o conceito de raison d’ état (razão de Estado), pela qual os interesses de um Estado soberano se sobrepunham a quaisquer outros, inclusive aos da Igreja Católica. Ironicamente, quem elaborou este conceito foi um príncipe da Igreja, o cardeal Richelieu .
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 3 - A Ética moderna Foi também um período de transição para a Idade Contemporânea, registrando contradições de cunho ainda medieval e forte influencia da religião na vida das pessoas. Qualquer que seja a tendência teórica, a ética passou a ser vista novamente voltada para a busca da felicidade coletiva, retomando seu sentido original grego, vinculado com a política, compondo orientações para a realização plena do cidadão. Luis XIV “O Rei sol” – “O Estado sou eu” - Seu reinado de 72 anos e 110 dias é o mais longo da história de qualquer monarca europeu na história. – Reina de 14 de Maio de 1643 até 1º de Setembro de 1715
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 3 - A Ética moderna Diante de múltiplos caminhos para chegar a eudaimonia (verdadeira felicidade) , a ética foi pensada como garantia de condições para que o sujeito se aprimore por meios legítimos. Onde entraria o Estado como fomentador e garantidor de condições de condições transformadoras, providenciando educação, direitos individuais, justiça e subsistência. Neste sentido, os preceitos religiosos começaram a perder força, em uma tentativa da ética se sobrepor a moral, universalizando e discutindo princípios de convivência em sociedade. “Burgo” que cresce ao redor do castelo
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 3 - A Ética moderna O caminho da dúvida cartesiana conduziu Descartes a estabelecer uma moral provisória, baseado em recomendações como obedecer às leis e costumes do país, mantendo a religião e a fé em Deus, guiando-se pelas opiniões mais moderadas e aceitas pela prática, evitando excessos e cultivando o bom senso. René Descartes – 1593 à 1650 “Os planos cartesianos” René Descartes é considerado o Pai da filosofia moderna tendo como sua obra magna “O discurso do método”. Frase “Penso logo existo”. Em primeiro lugar, existe uma defesa da ética vinculada com as necessidades do Estado, estando subordinada ao Direito. Depois, uma normatização ética atrelada à razão, obrigando o individuo a refletir e tomar decisões, sob pena de entregar-se ao azar.
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 3 - A Ética moderna Outro racionalista, Baruch Spinoza, delineou com maior precisão as questões éticas na obra Ethica , publicada em 1677. Ele fixou como parâmetro de definição do que é bom ou mau as necessidades e interesses humanos, inserindo a razão como elemento capaz de frear as paixões, permitindo alcançar prazer e felicidade. Também para Spinoza, o amor intelectual a Deus é garantia da virtude, esta definida como a própria felicidade advinda da contemplação da totalidade do universo mental e físico, através da natureza divina, sendo ela inata. Baruch Spinoza – 1632 à 1677 - Obras: “Um breve tratado sobre Deus e o Homem”, “Princípios da filosofia cartesiana”, “Tratado sobre a Religião e o Estado”.
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 3 - A Ética moderna O Empirismo: Thomas Hobbes forneceu a base de sustentação para o Estado Absolutista, ligando a monarquia com a vontade de Deus; mas defendeu a ideia de que a natureza humana é desonesta, solitária e violenta, expressa pela máxima “O homem é o lobo do homem”. Como consequência seria necessário organizar a sociedade, estabelecendo um contrato social para eliminar a guerra de todos contra todos, fortalecendo o Estado para reprimir a maldade humana. A implicação ética está fixada no cidadão, que para integrar-se à sociedade, precisa refletir sobre si mesmo e seu papel coletivo. Thomas Robbes – 1588 à 1679 Obras: “Leviatã” (autoridade inquestionável), “Elementos de Lei e do Cidadão” (trata a questão da relação entre a Igreja e o Estado).
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 3 - A Ética moderna John Locke retomou o conceito de contrato social como limitador do poder absoluto da autoridade, promovendo a felicidade através da garantia de liberdade individual restrita. David Hume também complementou a concepção de Hobbes, afirmando que as ideias inatas não existiam, sendo regras compostas pela experiência, exigindo a padronização de comportamentos éticos a partir daquilo que fosse útil e prazeroso para a maioria. Portanto, a ética moderna, a despeito de ainda vinculada com a religião, começou a tentar sobrepujar a moral, resgatando discussões presentes na antiguidade, avançando alguns passos rumo à vinculação com a liberdade. Entretanto, foi pensada como instrumento de sustentação do poder do Estado perante a vida coletiva e individual.
REFERÊNCIAS ARISTÓTELES. A ética; textos selecionados. São Paulo: Edipro , 2003. BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação . São Paulo: Abril Cultural, 1974. HUME, David. Ensaios morais, políticos e literários . São Paulo: Abril Cultural, 1973. KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes . São Paulo: Abril Cultural, 1974. MACIEL JR, A. Pré-socráticos: a invenção da razão. São Paulo: Odysseus, 2007. PLATÃO. A república. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian , 2000 .