Transtornos mentais orgânicos

17,479 views 27 slides Oct 31, 2016
Slide 1
Slide 1 of 27
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27

About This Presentation

A apresentação aborda uma introdução sobre os transtornos mentais orgânicas (demências e delirium), apresenta algumas abordagens diagnósticas e também terapêuticas não farmacológicas e tratamentos medicamentosos dos transtornos mentais orgânicos.


Slide Content

Transtornos mentais
orgânicos
Prof. Me. Aroldo Gavioli

O envelhecimento normal
Lentificação psicomotora e diminuição dos reflexos motores
Diminuição da velocidade de processamento de informações
Pode haver dificuldade de codificar novas informações (compreensão
e aprendizado)
Hipomnesiaque não afeta significativamente a funcionalidade
Dificuldade de lidar com mudanças na rotina diária

Demências
Deterioração cognitiva global na ausência de diminuição do nível de consciência
Comprometimento da memória recente e remota, pensamento abstrato, funções
corticais superiores e capacidade de julgamento
Decorrente de lesão ou disfunção cerebral
Interfere na funcionalidade global
Diagnóstico clínico

Demências
•aprincipalmanifestaçãoclínicaéa
síndromedemencial
Primárias:
•distúrbios tóxico-metabólicos secundários a doenças
sistêmicas
•desnutrição, cerebrovasculares, cardíacas,
hepáticas, renais, endócrinas, infecciosas,
hidrocefalia, tumores, TCE
•Ação de drogas sobre o SNC
•cannabis?, benzodiazepínicos?, anticolinérgicos,
hipnóticos, antipsicóticos, antiepiléticos, álcool,
metais pesados...
Secundárias:

Demências Primárias
Doença de Alzheimer
Doença de Pick
(frontotemporal)
Doença dos corpúsculos
de Lewy

Sinais motores em Demências Primárias
Doença de Parkinson:
•bradicinesia, rigidez, tremor, instabilidade postural e alterações de marcha
Paralisia Supranuclear Progressiva:
•alteração da motricidade ocular extrínseca
Doença de Huntington:
•movimentos coreicos
Ataxias espinocerebelares:
•síndrome cerebelar

Alterações da marcha

Investigação diagnóstica
Exames laboratoriais:
•Hemograma completo; Uréia e creatinina; Eletroforese de proteínas; Enzimas hepáticas; TSH e T 4
livre; Glicemiaemjejum; Vitamina B 12 e folato;
Bioquímica:
•Na, K, Ca, P; VHS; Sorologia Sífilis e HIV;
LCR
•(Sífilis e AIDS)
EAS Mini Exame do estado Mental (Mini-Mental) Testagem neuropsicológica
imagenologia
•RNM de crânio / TC / SPECT / PET e EEG

Teste do Relógio

Miniexamedo estado mental
Validado para o português em 1994
Constitui-se em um dos instrumentos de avaliação e rastreio de comprometimento cognitivo
mais utilizados pelos profissionais de saúde no mundo.
É composto por questões agrupadas em sete categorias, cada uma delas com o objetivo de
avaliar um grupo de funções cognitivas específicas:
•orientação temporal, orientação espacial, memória imediata, atenção e cálculo, memória de evocação,
linguagem e capacidade construtiva visual.
Pontos de corte:
•13 pontos para analfabetos
•18 pontos para aqueles com escolaridade baixa e média
•26 pontos para idosas com escolaridade alta.

Miniexame do
estado mental
MEEM

MEEM –estudo com idosas residentes em
instituição de longa permanência
•A utilização de instrumentos para quantificar e monitorar os declínios
cognitivos oferece parâmetros de avaliação e possibilita a adequação dos
cuidados prestados, de acordo com as reais possibilidades das pessoas idosas.
•Em estágios iniciais do declínio cognitivo haverá comprometimento das
atividades instrumentais de vida diária, que são complexas e exigem mais
raciocínio e, ao evoluir para estágios avançados, as atividades básicas de vida
diária também poderão necessitar de auxílio.
•Essa evolução negativa das doenças degenerativas é desestimulante, tanto
para as idosas como para aqueles que cuidam delas. Mesmo assim, devemos
acreditar na capacidade delas em manter ou melhorar seu desempenho,
encorajando-as sempre que possível.
•Essas situações exigirão dos profissionais atitudes de compreensão, paciência
e tolerância.
LENARDT, Maria Helena et al . O desempenho de idosas institucionalizadas no miniexamedo estado mental. Acta
paul. enferm., São Paulo , v. 22, n. 5, p. 638-644, Oct. 2009 .

Doença de Alzheimer
Descrita por Alois Alzheimer em 1907
Principal causa de demência (50% dos casos)
Mais prevalente no sexo feminino, portadores de Síndrome de Down e
pessoas com histórico familiar (genética)
Doença degenerativa que compromete o córtex cerebral (atrofia,
alargamento dos sulcos fissuras e dilatação ventricular) e áreas subcorticais
Após os 65 anos, a prevalência dobra a cada 5 anos

Doença de Alzheimer
Etiopatogenia envolve o sistema colinérgico
Histopatologia:
•presença de agrupamentos neurofibrilaresno citoplasma dos
neurônios (com deposição da proteína “tau” que causa morte
neuronal), placas senis (depósitos extracelulares de neurônios em
degeneração), neurites, processo glial e acúmulo de proteína beta-
amilóide(rica em sílica e alumínio) nas placas senis e vasos
sanguíneos
Depressão pode abrir o quadro demencial

Doença de Alzheimer
Estágio
inicial:
insidioso e progressivo, deterioração da memória, dificuldade de concentração, fadiga,
alteração da personalidade, dificuldade de encontrar palavras para se expressar,
dissimulação dos déficits cognitivos
Estágio
moderado:
dificuldades nas atividades de rotina, desorientação temporoespacial, sintomas
neurológicos focais (disartria, crises convulsivas,...), afasia, ecolalia, vocabulário pobre e
pensamento concreto, Apraxia, agnosia, acalculia, agrafia Alteração do comportamento,
apatia, agitação, agressividade, puerilidade, labilidade afetiva, irritabilidade e até psicose
Estágio
avançado:
todas as funções intelectuais ficam muito comprometidas, não identifica os familiares, a
personalidade é devastada, discurso incompreensível, ataxia de marcha, paresia e
hipertonia muscular graves, com incontinência urinária e fecal; maior risco de Delirium

Doença de Alzheimer
Tratamento:
Exercícios físicos
Orientação familiar e apoio psicossocial
Terapia Ocupacional (memória, adaptação funcional,...)
Terapia Cognitivo-comportamental
Farmacoterapia (inibidores da acetilcolinesterase): Donepezila (5-10mg/dia) Galantamina (8-
12mg 2x/dia) Rivastigmina (3-6mg 2x/dia)

Demência dos corpúsculos de Lewy
20% dos casos, maior risco em homens
Inclusões citoplasmáticas eosinofílicas positivas para a proteína alfa-sinucleína (também
presente na D. de Parkinson) nas áreas neocorticais e límbicas e no tronco encefálico
Degeneração da substância nigra estriatal
Início entre 50-80 anos (principalmente aos 75 anos), podendo não afetar memória nesse
estágio
Afeta a aquisição e consolidação de informações (em contraposição ao mal de Alzheimer ->
prejuízo na recuperação)

Demência dos corpúsculos de Lewy
Déficits importantes na função executiva, fluência verbal e nos testes visuoespaciais (relógio,
desenho)
Déficits cognitivos oscilantes com episódios de delirium, alucinações visuais e sintomas
extrapiramidais (rigidez muscular, lentificação psicomotora,...) que aparecem menos de 1 ano
antes da demência
Podem ocorrer síncopes, quedas repetitivas
Risco aumentado para Sd. Neuroléptica Maligna
Curso oscilante, rápido e progressivo

Demência dos corpúsculos de Lewy
Tratamento:
Inibidores da
acetilcolinesterase
Antipsicóticos de segunda
geração para tratar a psicose

Doença de Pick(demência frontotemporal)
Atrofia da região fronto-temporal
Início insidioso entre 50-60 anos com alterações comportamentais e de personalidade precoces:
Desinibição, perda da autocrítica e do senso ético-moral, transgressões sexuais e das normas de
conduta social, negligência com a higiene
Afeto superficial, pueril ou jocoso, apatia e hipopragmatismo
Empobrecimento do vocabulário, afasia nominal
Evolui com hipomnesia
Final: deterioração intelectual e da personalidade

Demência Vascular
20% dos casos de demência
Maior incidência em homens
Causada por doença arteriosclerótica em vasos de médio e grande calibres (principalmente
carótida)
Fatores de risco: >60 anos, DM, HAS, tabagismo, IAM, colagenoses, vasculites, fibrilação atrial,
febre reumática, dislipidemia,...
Início abrupto e evolução gradativa
Estado mental pode oscilar e pode ocorrer delirium
Tratamento da doença de base e vasodilatadores cerebrais

Delirium
Rebaixamento do nível de consciência e da atenção acompanhados de déficit cognitivo que não
pode ser explicado por demência preexistente
Início abrupto
O quadro clínico flutua durante o dia
A causa básica SEMPRE é uma doença orgânica
Sinal de mau prognóstico
Hiperativo, Hipoativo ou Misto

Delirium
11-25% em pacientes idosos
29-31% em idosos internados em hospitais
Causas:
•Vulnerabilidade: demência (22-89%), desnutrição, idosos, múltiplas
comorbidades, uso de substpsicoativas.
•Precipitantes: infecções, uso de cateter vesical, polifarmácia(BZD, opióides, anti-
histamínicos, di-hidropiridinas, anticolinérgicos), dor, hipertermia, alterações dos
níveis glicêmicos, desidratação, trauma, sistema nervoso central; drogas ilícitas,
abstinência, função hepática/renal/tireóideana, IAM, ICC, O2, CO2, choque,
cirurgia, encefalite de Wernicke(ataxia, oftalmoplegiae confusão mental)

Tratamentos de enfermagem para os Sintomas
Comportamentais e Psicológicos das Demências -
SCPD
Tratamento farmacológico
•Garantir a administração correta dos medicamentos prescritos
(doses, horários e etc.).
Não farmacológicos
•Abordagem do paciente/ família/ cuidador
•reabilitação cognitiva que pode incluir treinos de orientação para
a realidade, treinamento de memória, reminiscência e outros.
•Técnicas como arteterapia, terapias ocupacionais, dança,
musicoterapia, exercícios, etc.

Tratamentos não farmacológicos para quadros
demenciais crônicos
Adaptações ambientais, instituição de rotinas e orientações ao
cuidadores como o uso de música suave durante o banho;
Evitar, ao máximo, confrontos com o paciente e um rigoroso
acompanhamento da data, hora e situação em que os SCPD
apareceram.
programas educacionais e treinamento do cuidador somados ao
suporte psicológico e dos serviços de saúde.

Atuação multidisciplinar
Acompanhamento nutricional, fisioterápico e fonoaudiológico.
intervenções de enfermagem:
hábitos de vida, uso correto dos medicamentos, cuidados com a pele,
hidratação e no manejo das intercorrências clínicas.
O atendimento familiar proporciona discussões, orientações e
aconselhamentos que visam à melhora do cuidado e a prevenção de problemas.

Referências
•ALMEIDA, OSVALDO P.. Mini exame dos estado mental e o
diagnóstico de demência no Brasil.Arq. Neuro-Psiquiatr.,São
Paulo ,v. 56,n. 3B,p. 605-612,Sept.1998.
•BRUCKI, Sonia M.D. et al . Sugestões para o uso do mini-exame
do estado mental no Brasil.Arq. Neuro-Psiquiatr.,São
Paulo,v. 61,n. 3B,p. 777-781,Sept.2003 .
•LENARDT, Maria Helena et al . O desempenho de idosas
institucionalizadas no miniexamedo estado mental. Acta paul.
enferm., São Paulo , v. 22, n. 5, p. 638-644, Oct. 2009.
•UNIVERSIDADE TECNCICA PARTICULAR DE LOJA (UTPL).
Semiologia médica: alterações da marcha. Acesso em
05/09/2016. https://www.youtube.com/watch?v=5kj-R0KiIl0.