vitor_vasconcelos
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Nov 18, 2017
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About This Presentation
Aula da disciplina de Ciência Ambiental, UFABC, novembro de 2017
Size: 4.06 MB
Language: pt
Added: Nov 18, 2017
Slides: 54 pages
Slide Content
Urbanização
Disciplina: Ciência Ambiental
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia
Ambiental
Universidade Federal do ABC –UFABC
Professores:
Vitor Vieira Vasconcelos
Elisabete Campos de Lima
Leandro ReverberiTrambosi
Outubro de 2017
Conteúdo
•Definição de área urbana
•Processo de Urbanização
•Cidades e Meio Ambiente
Desastres Naturais
Justiça Ambiental
Ecologia Urbana
Mudanças Climáticas
Cidade Estado Grega
Cidade Natureza
Apolo Dionísio
Razão Emoção
Organização Social Physis(forças naturais)
GLOTZ, Gustave.A cidade grega. Difel, 1980.
NIETZSCHE, Friedrich W. Die Geburt der TragödieausdemGeisteder Musik[The BirthofTragedyfromtheSpiritof
Music].KritischeGesamtausgabe, v. 3, n. 1, p. 4- 152, 1872.
Área Urbana
•Definição como entidade
oDemográfico
Quantidade e densidade de pessoas
oEconômico
Porcentagem de empregos não-agropecuários
oAdministrativo
Definição da área urbana pelo governo municipal
oFuncional
Centros de fluxos de governo, transporte, serviços, informações, energia
Extensão além dos limites administrativos
•Conurbações
•Regiões Metropolitanas
•Megalópoles
MARCOTULLIO, Peter J.; SOLECKI, William. What is a city? An essential definition for sustainability.
In:Urbanization and Sustainability. Springer Netherlands, 2013. p. 11- 25.
Área Urbana
•Lei Federal nº 9.636, de 1998, Art. 16- C
§2
o
Para os fins desta Lei, considera-se área urbana consolidada aquela:
I -incluída no perímetro urbano ou em zona urbana pelo plano diretor ou
por lei municipal específica;
II -com sistema viário implantado e vias de circulação pavimentadas;
III -organizada em quadras e lotes predominantemente edificados;
IV -de uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de
edificações residenciais, comerciais, industriais, institucionais, mistas ou
voltadas à prestação de serviços;
V -com a presença de, no mínimo, três dos seguintes equipamentos de
infraestrutura urbana implantados:
a) drenagem de águas pluviais;
b) esgotamento sanitário;
c) abastecimento de água potável;
d) distribuição de energia elétrica; e
e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.
Área Urbana
•Definição por qualidade
oCritérios Culturais
oFenômeno recente da Rururbanização
Rural Urbano
Baixaeducação formal Alta educação formal
Homogênea Heterogênea
Religiosa Secular
Familiar Individualizada
Relaçõessociais personalizadaRelações sociais
despersonalizadas
Redfield, R. (1953). Primitive world and its transformations . Ithaca: Cornell University Press.
CARDOSO, MariaMercedes; FRITSCHY, Blanca Argentina. Revisión de la definición de espácio rururbanoy sus
criterios de delimitación.Contrib. Científ, v. 241, p. 27-39, 2012.
Área Urbana
•Definição em Estudos Ambientais
oÁrea construída (impermeável)
Critérios mínimos de área, textura e conectividade
Tendem a passar a impressão de dicotomia entre
cidade (artificial) X natureza
•Desconsidera os ecossistemas urbanos
oUrbanização como expressão do aumento dos impactos
ambientais
A culpa é da densidade demográfica ou da cultura de
consumo?
Integração entre sistemas urbanos e rurais
MARCOTULLIO, Peter J.; SOLECKI, William. What is a city? An essential definition for sustainability.
In:Urbanization and Sustainability. Springer Netherlands, 2013. p. 11- 25.
Região Metropolitana de São Paulo
Bases: IBGE, 2010
Região Metropolitana de São Paulo
Limites Municipais
Bases: IBGE, 2010
Região Metropolitana de São Paulo
Limites urbanos legais
Bases: IBGE, 2010
Região Metropolitana de São Paulo
Áreas urbanizadas ou não em cidades
Bases: IBGE, 2010
Urbanização no Mundo
2014
UNITED NATIONS. World Urbanization Prospects: The 2014 Revision. 2014.
Crescimento Urbano
1990-2014
NATIONS, United. World Urbanization Prospects: The 2014 Revision. United Nations, 2014.
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1993
1996
1999
2002
2005
2008
2011
2014
Proporção entre População Urbana e Rural no Brasil
"População Rural %"População Urbana %
Cidades e
Desastres Naturais
Ciclones, inundações, secas, terremotos, movimentosde terra e erupçõesvulcânicas
GU, D. et al. Risks of exposure and vulnerability to natural disasters at the city level: A global overview. UN.PopulationDivision Technical Paper,
n. 2015/2, 2015.
Risco a Enchentes
GU, D. et al. Risks of exposure and vulnerability to natural disasters at the city level: A global overview. UN.PopulationDivision Technical Paper,
n. 2015/2, 2015.
Risco a Secas
GU, D. et al. Risks of exposure and vulnerability to natural disasters at the city level: A global overview.Population Division Technical Paper, n. 2015/2, 2015.
GU, D. et al. Risks of exposure and vulnerability to natural disasters at the city level: A global overview.Population Division Technical Paper, n. 2015/2, 2015.
Urbanização e Meio Ambiente
•Principais correntes de estudo
oJustiça Ambiental
oEcologia Urbana
oMudanças globais
FRAGKIAS, Michail; BOONE, Christopher G. Towards a New Framework for Urbanization and
Sustainability. In:Urbanization and Sustainability. Springer Netherlands, 2013. p. 1- 10.
Justiça Ambiental
•Articulação entre:
oAtivistas
oAcademia
oGestão pública
•Injustiça distributiva
oPopulações mais pobres, ou etnicamente discriminadas são alocadas
em áreas com pior qualidade ambiental
Poluição
Riscos de desastres naturais
oMensuração
Amenidades e desamenidadesambientais
Custos e Benefícios
Distribuição dos Riscos
(Dano X Frequência X Vulnerabilidade X Resiliência X Adaptação)
•Injustiça participativa
oPopulações mais pobres ou etnicamente discriminadas tem menos
voz nos meios de discussão e tomada de decisão
PICKETT, Steward TA; BOONE, Christopher G.; CADENASSO, Mary L. EcologyandEnvironmental Justice: UnderstandingDisturbanceUsingEcologicalTheory.
In:UrbanizationandSustainability. Springer Netherlands , 2013. p. 27-47.
BOONE, Christopher G.; FRAGKIAS, Michail. Connecting environmental justice, sustainability, and vulnerability. In:Urbanization and Sustainability. Springer
Netherlands, 2013. p. 49-59.
Justiça Ambiental em São Paulo
YOUNG, Andrea Ferraz. Urbanization, environmentaljustice, andsocial-environmentalvulnerabilityin Brazil.
In:UrbanizationandSustainability. Springer Netherlands, 2013. p. 95- 116.
YOUNG, Andrea Ferraz. Urbanization, environmentaljustice, andsocial-environmentalvulnerabilityin Brazil.
In:UrbanizationandSustainability. Springer Netherlands, 2013. p. 95- 116.
YOUNG, Andrea Ferraz. Urbanization, environmentaljustice, andsocial-environmentalvulnerabilityin Brazil.
In:UrbanizationandSustainability. Springer Netherlands, 2013. p. 95- 116.
Risco de Desastres % da População por Regiões
Pobres Classe média Ricos
Áreas sem Risco 71,71 85,24 90,11
Áreascom Risco 28,29 14,76 9,89
Risco de DesastresRenda
Média (R$)
% Abastecimento
de Esgoto
% da população
em Favelas
Áreas sem Risco 1.421,05 90,58 5,68
Áreascom Risco 888,24 71,94 21,60
Risco de DesastresCrescimento Populacionalentre 1991 e 2000 (%)
Pobres Classe média Ricos
Áreas sem Risco 3,26 -0,41 -1,1
Áreas com Risco 4,81 0,56 -1,2
Limitações comuns em estudos
urbanos de Justiça ambiental
•Foco nos problemas do aqui e agora
(para mobilização social)
•Pouco foco nas raízes sociais que geraram o problema
•Foco em resolução de curto prazo
•Pouco foco em processos regionais ou globais
•Foco nas pessoas
•Pouco foco em como poluição e desastres afetam os
processos ecológicos na área urbana
PICKETT, Steward TA; BOONE, Christopher G.; CADENASSO, Mary L. EcologyandEnvironmental Justice: UnderstandingDisturbanceUsingEcologicalTheory.
In:UrbanizationandSustainability. Springer Netherlands , 2013. p. 27-47.
BOONE, Christopher G.; FRAGKIAS, Michail. Connecting environmental justice, sustainability, and vulnerability. In:Urbanization and Sustainability. Springer
Netherlands, 2013. p. 49-59.
Ecologia nas Cidades
•Plantas, insetos, animais de rua, animais de estimação
•Fluxos biogeoquímicos nas áreas urbanas
•Comparação de áreas
oDiferentes áreas vegetadas na cidade
oUrbano X Natural
oGradiente (centro urbano -> afastamento da cidade)
Borda difusa entre Urbano e Natural
CICERO, C. (1989) Avian community structure in a large urban park: Controls of local richness and diversity. Landscape and Urban
Planning 17, 221– 240.
MCPHEARSON , Timonet al. Advancing urban ecology toward a science of cities.BioScience, v. 66, n. 3, p. 198-212, 2016.
Ecologia das Cidades
•Sistemas socio-ecológicos
oDiálogo com a sociologia
•Sistemas socio-tecno-ecológicos
oDiálogo com a arquitetura e a engenharia
•Estudos comparativos entre cidades
oGeneralização de teorias
oTipologias urbanas
MCPHEARSON, Timonet al. Advancing urban ecology toward a science of
cities.BioScience, v. 66, n. 3, p. 198 -212, 2016.
Ecologia para as Cidades
•Ênfase na gestão ambiental urbana
oTomada de decisões
oMétodos participativos (gestores e população)
•Teorias interdisciplinares
oPegada ecológica
oServiços ambientais
oMetabolismo urbano
oInfraestrutura verde
MCPHEARSON, Timonet al. Advancing urban ecology toward a science of
cities.BioScience, v. 66, n. 3, p. 198 -212, 2016.
Estudo de Caso –Arborização Urbana
•Como poderia ser estudado na
oEcologia nas Cidades?
Fluxos de energia e nutrientes pelas árvores
Relação Árvore –Solo –Clima
Relação Árvore –Insetos –Aves
oEcologia das Cidades?
Interação das pessoas com as árvores
•Plantio e convivência
•Vandalismo
Efeito do tráfego, poluição e ilhas de calor no crescimento das árvores
Efeito da arborização no preço de imóveis
Danos das raízes em tubulações, fiações e passeios
Comparação entre diferentes cidades x espécies de árvores
oEcologia para as Cidades?
Serviços ambientais das árvores
Política de arborização urbana
Que espécies:
oSão adaptam-se melhor à cada parte da cidade?
oTem menor custo de manutenção?
oGeram melhor serviço ambiental?
Tecnologias de poda e manutenção
Paisagismo urbano
FISHER, Madeline. The urban forest and ecosystem services. Crops, Soils, Agronomy News, v. 61, n. 2, p. 4-8, 2016.
FISHER, Madeline. The urban forest and ecosystem services. Crops, Soils, Agronomy News, v. 61, n. 2, p. 4-8, 2016.
MCDONALD, R. et al. Planting healthy air: a global analysis of the role of urban trees in addressing particulate matter pollutio n and
extreme heat.The Nature Conservancy: 2016.
http://www.bbc.com/news/science- environment-37813709
Ilha de Calor em
São Paulo
Até 10º de diferença
entre centro e bordas
urbanas
Arborização Urbana
•Como poderia ser estudado pela justiça ambiental?
oMais arborização em bairros ricos -injustiça?
oCausas sociais para essa distribuição desigual
oPolíticas de saneamento incluem taxas de serviço
Taxas para arborização ambiental?
População não aceita bem a criação de taxas para o serviço ambiental de
arborização
oSistema alternativo:
Parcerias público-privadas
Patrocinadores + ONGs + Proprietários\Moradores Locais
Como fazer esse sistema ser transparente e participativo?
oBairros ricos abraçam melhor as iniciativas
oBairros pobres são contrários ao plantio de árvore
Custo de manutenção alto - outras prioridades
Sombras abrigam ladrões - insegurança
PINCETL, Stephanie. Urban ecology and nature’s services infrastructure: Policy implications of the million trees initiative of t he
city of Los Angeles. In:Urbanization and Sustainability. Springer Netherlands, 2013. p. 61-74.
Metabolismo Urbano
http://www.bioazul.com/metabolismo- urbano-y-gestion-de-recursos/
ZHANG, Yan. Urban metabolism: A review of research methodologies. Environmental pollution, v. 178, p. 463-473, 2013.
Metabolismo
urbano de
Curitiba
CONKE, L. S.;
FERREIRA, T. L. Urban
metabolism: Measuring
the city's contribution to
sustainable
development.
Environmental
Pollution, v. 202, p.
146-152, 2015.
Metabolismo Urbano de Feliz -RS
KUHN, E. A. Metabolismo de um município brasileiro de pequeno porte: o caso de Feliz, RS. Tese de Doutrado. UFRGS 2014.
Infraestrutura Verde
Agricultura Urbana
Shopping Eldorado -SP
http://www.condominiosverdes.com.br/shopping-em-sp-possui- telhado-verde-e-investe-em-compostagem/
Críticapela JustiçaAmbiental
•Infraestruturaverdee tecnologiassustentáveis(painéis
solares, reúsoda água, etc.) vendidacomomarketing
ambientaldos edifícios
•Apenasosmaisricosconseguempagar
•Aumentamaindamaisa desigualdadeespacialdos
impactosambientais
•ÁreaspobresX Áreasricasintra e inter cidades
•Tendênciade consumode recursosper-capita urbano
continua aumentando
Oliveira, L.D. A Cidadee o Modelode DesenvolvimentoSustentável. Rio de Janeiro: UERJ/CEDERJ. 2016
Edifício“Bosque Vertical” emMilão
Referência: BBC Brasil, 2014 . http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141114_predio_milao_ga
Serviçosdos
“BosquesVerticais”
•Diminuicãoda Temperatura
•Filtragemda Poluição
•Diminuiçãodo CO
2naatmosfera
•Aumentoda umidadedo ar
Reflexãocrítica
•Desigualdadeda distribuiçãodos
benefícios
•Consumode recursosnaturais
•Custo-benefícioemrelaçãoaos
serviçosambientais
WaterSensitive
UrbanDesign
Jardins de Chuva
Nova Iorque
http://www.nyc.gov/html/dep/html/stormwater/rain-gardens.shtml
WaterSensitive
UrbanDesign
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_sul/index.php?p=19415
Parque Linear Castelo -SP
Orla da Represa de Guarapiranga
Parque Linear
Várzeas do Tietê
http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=370:parq
75km de extensão e área de 107km
2
Cidades e
Mudanças Globais
Impacto das Cidades no Aquecimento Global
•Consomem75% da energia e emitem80% dos gases do
efeitoestufa(GEE)
•Principaisatividadesemissorasnascidades
oPaísesdesenvolvidos-> climatizaçãode ambientes
oPaísesemdesenvolvimento-> transporte
•CidadesmaisdensasemitemmenosGEE per capita
oClimatizaçãoe transportesmaiseficientes
CHURKINA, Galina. Modeling the carbon cycle of urban systems.Ecological modelling, v. 216, n. 2, p. 107-113, 2008.
HOORNWEG, Dan et al.. Cities and climate change: An urgent agenda.The world Bank, 2011.
Mitigação: padrões de construção
para isolamento térmico
Mitigação: transporte coletivo
Limites de resolução dos
modelos climáticos
Impacto do Aquecimento Global nas cidades
Projeções climáticas do modelo regional
Eta-CPTEC 40km para a RMSP
NOBRE, Carlos A. et al. Vulnerabilidades das megacidades brasileiras às mudanças climáticas: Região Metropolitana de São
Paulo.INPE, UNICAMP, USP, IPT, UNESP, 2010.