01 Lingua Portuguesa disciplinas básicas para concurso

MarcosAntonioSilva46 0 views 184 slides Oct 14, 2025
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Língua Portuguesa


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COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO

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LEITURA, COMPREENÇÃO E
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS


1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Leitura, Compreensão E Interpretação De Textos
Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. É portanto indispensável desenvolver uma certa
familiaridade com o idioma falado, e mais especificamente, com a sua pronúncia, antes de se
procurar dominar o idioma escrito.
The principle [speech before writing] applies even when the goal is only to read.
Lado, 1964, p. 50
A inversão desta seqüência pode causar vícios de pronúncia resultantes da incorreta interpretação
fonética das letras. Principalmente no caso do aprendizado de inglês, onde a correlação entre
pronúncia e ortografia é extremamente irregular e a interpretação oral da ortografia muito diferente do
português (veja contrastes de pronúncia), e cuja ortografia se caracteriza também pela ausência total
de indicadores de sílaba tônica, torna-se necessário priorizar e antecipar o aprendizado oral.
Satisfeita esta condição ou não, o exercício de leitura em inglês deve iniciar a partir de textos com
vocabulário reduzido, de preferência com uso moderado de expressões idiomáticas, regionalismos, e
palavras "difíceis" (de rara ocorrência). Proximidade ao nível de conhecimento do aluno é pois uma
condição importante. Outro aspecto, também importante, é o grau de atratividade do texto. O assunto,
se possível, deve ser de alto interesse para o leitor. Não é recomendável o uso constante do
dicionário, e este, quando usado, deve de preferência ser inglês - inglês. A atenção deve concentrar-
se na idéia central, mesmo que detalhes se percam, e o aluno deve evitar a prática da tradução. O
leitor deve habituar-se a buscar identificar sempre em primeiro lugar os elementos essenciais da
oração, ou seja, sujeito, verbo e complemento. A maior dificuldade nem sempre é entender o
significado das palavras, mas sua função gramatical e conseqüentemente a estrutura da frase.
O grau de dificuldade dos textos deve avançar gradativamente, e o aluno deve procurar fazer da
leitura um hábito freqüente e permanente.
Procure Identificar Os Elementos Essenciais Da Oração - O Sujeito E O Verbo
O português se caracteriza por uma certa flexibilidade com relação ao sujeito. Existem as figuras
gramaticais do sujeito oculto, indeterminado e inexistente, para justificar a ausência do sujeito.
Mesmo quando não ausente, o sujeito freqüentemente aparece depois do verbo, e às vezes até no
fim da frase (ex: Ontem apareceu um vendedor lá no escritório).
O inglês é mais rígido: praticamente não existem frases sem sujeito e ele aparece sempre antes do
verbo em frases afirmativas e negativas. O sujeito é sempre um nome próprio (ex: Paul is my friend),
um pronome (ex: He's my friend) ou um substantivo (ex: The house is big).
Pode-se dizer que o pensamento em inglês se estrutura a partir do sujeito; em seguida vêm o verbo,
o complemento, e os adjuntos adverbiais. Para uma boa interpretação de textos em inglês, não
adianta reconhecer o vocabulário apenas; é preciso compreender a estrutura, e para isso é de
fundamental importância a identificação do verbo e do sujeito.
Não Se Atrapalhe Com Os Substantivos Em Cadeia. Leia-Os De Trás Para Frente
A ordem normal em português é substantivo – adjetivo (ex: casa grande), enquanto que em inglês é o
inverso (ex: big house). Além disto, qualquer substantivo em inglês é potencialmente também um
adjetivo, podendo ser usado como tal. (Ex: brick house = casa de tijolos ; vocabulary comprehension
test = teste de compreensão de vocabulário). Sempre que o aluno se defrontar com um aparente
conjunto de substantivos enfileirados, deve lê-los de trás para diante intercalando a preposição "de".
Cuidado Com O Sufixo ...Ing
O aluno principiante tende a interpretar o sufixo ...ing unicamente como gerúndio, quando na maioria
das vezes ele aparece como forma substantivada de verbo ou ainda como adjetivo. Se a palavra
terminada em ...ing for um substantivo, poderá figurar na frase como sujeito, enquanto que se for um
verbo no gerúndio, jamais poderá ser interpretado como sujeito nem como complemento. Este é um
detalhe que muito freqüentemente compromete seriamente o entendimento.

LEITURA, COMPREENÇÃO E
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gerund We are planning to ...
What are you doing?
noun He likes fishing and camping, and hates accounting.
This apartment building is new.
adjective He likes fishing and camping, and hates accounting.
That was a frightening explosion.
Familiarize-Se Com Os Principais Sufixos.
A utilidade de se conhecer os principais sufixos e suas respectivas regras de formação de palavras,
do ponto de vista daquele que está desenvolvendo familiaridade com inglês, está no fato de que este
conhecimento permite a identificação da provável categoria gramatical mesmo quando não se
conhece a palavra no seu significado, o que é de grande utilidade na interpretação de textos.
Vejam as regras de formação de palavras abaixo e seus respectivos sufixos, com alguns exemplos:
• SUBSTANTIVO + ...ful = ADJETIVO (significando full of ..., having ...)
• SUBSTANTIVO + ...less = ADJETIVO (significando without ...)
substantivo ...ful adjetivo ...less adjetivo
care cuidado careful cuidadoso careless descuidado
harm dano, prejuízo harmful prejudicial harmless inócuo, inofensivo
hope esperança hopeful esperançoso hopeless que não tem esperança
meaning significado meaningful significativo meaningless sem sentido
pain dor painful doloroso painless indolor
power potência powerful potente powerless impotente
use uso useful útil useless inútil
beauty beleza beautiful belo, bonito -
skill habilidade skillful habilidoso -
wonder maravilha wonderful maravilhoso -
end fim - - endless interminável
home casa - - homeless sem-teto
speech fala - - speechless sem fala
stain mancha - - stainless sem mancha, inoxidável
top topo - - topless sem a parte de cima
wire arame, fio - - wireless sem fio
worth valor - - worthless que não vale nada

SUBSTANTIVO + ...hood = SUBSTANTIVO ABSTRATO - sufixo de baixa produtividade significando
o estado de ser

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Há cerca de mil anos atrás, no período conhecido como Old English, hood era uma palavra
independente, com um significado amplo, relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível
social, condição. A palavra ocorria em conjunto com outros substantivos para posteriormente, com o
passar dos séculos, se transformar num sufixo.
substantivo contável ...hood substantivo abstrato
adult adulto adulthood maturidade
brother irmão brotherhood fraternidade
child criança childhood infância
father pai fatherhood paternidade
mother mãe motherhood maternidade
neighbor vizinho neighborhood vizinhança

SUBSTANTIVO + ...ship = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o
estado de ser). A origem do sufixo _ship é uma história semelhante à do sufixo _hood. Tratava-se de
uma palavra independente na época do Old English, relacionada a shape e que tinha o significado
de criar, nomear. Ao longo dos séculos aglutinou-se com o substantivo a que se referia adquirindo o
sentido de estado ou condição de ser tal coisa.
substantivo contável ...ship substantivo abstrato
citizen cidadão citizenship cidadania
dealer negociante, revendedor dealership revenda
dictator ditador dictatorship ditadura
friend amigo friendship amizade
leader líder leadership liderança
member sócio, membro de um clube membership qualidade de quem é sócio
owner proprietário ownership posse, propriedade
partner sócio, companheiro partnership sociedade comercial
relation relação relationship relacionamento

ADJETIVO + ...ness = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o estado, a qualidade de).
adjetivo ...ness substantivo abstrato
dark escuro darkness escuridão
happy feliz happiness felicidade
kind gentil kindness gentileza
polite bem-educado politeness boa educação
selfish egoísta selfishness egoísmo

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soft macio, suave softness maciez, suavidade
thick grosso, espesso thickness espessura
useful útil usefulness utilidade
weak fraco weakness fraqueza
youthful com aspecto de jovem youthfulness característica de quem é jovem

ADJETIVO + ...ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a
qualidade de; equivalente ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o
latim, as palavras a que se aplica são na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande
semelhança com o português.
adjetivo ...ity substantivo abstrato
able apto, que tem condições de ability habilidade, capacidade
active ativo activity atividade
available disponível availability disponibilidade
complex complexo complexity complexidade
flexible flexível flexibility flexibilidade
generous generoso generosity generosidade
humid úmido humidity umidade
personal pessoal personality personalidade
possible possível possibility possibilidade
probable provável probability probabilidade
productive produtivo productivity produtividade
responsible responsável responsibility responsabilidade
sincere sincero sincerity sinceridade

VERBO + ...tion (...sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação
ou a instituição; equivalente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto,
as palavras a que se aplica são na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande
semelhança e equivalência com o português.
verbo ...tion substantivo
accommodate acomodar accommodation acomodação
acquire adquirir acquisition aquisição, assimilação
act atuar, agir action ação
administer administrar administration administração

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attend participar de attention atenção
cancel cancelar cancellation cancelamento
collect coletar, colecionar collection coleta, coleção
communicate comunicar communication comunicação
compose compor composition composição
comprehend compreender comprehension compreensão
confirm confirmar confirmation confirmação
connect conectar connection conexão
consider considerar consideration consideração
construct construir construction construção
contribute contribuir contribution contribuição
converse conversar conversation conversação
cooperate cooperar cooperation cooperação
correct corrigir correction correção
corrupt corromper corruption corrupção
create criar creation criação
define definir definition definição
demonstrate demonstrar demonstration demonstração
deport deportar deportation deportação
describe descrever description descrição
direct direcionar direction direção
discuss discutir discussion discussão
distribute distribuir distribution distribuição
educate educar, instruir education educação, instrução
elect eleger election eleição
evaluate avaliar evaluation avaliação
exaggerate exagerar exaggeration exagero
examine examinar examination exame
except excluir, fazer exceção exception exceção
explain explicar explanation explicação

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explode explodir explosion explosão
express expressar expression expressão
extend extender, prorrogar extension prorrogação
form formar formation formação
found fundar, estabelecer foundation fundação
generalize generalizar generalization generalização
graduate graduar-se, formar-se graduation formatura
humiliate humilhar humiliation humilhado
identify identificar identification identificação
imagine imaginar imagination imaginação
immerse imergir immersion imersão
incorporate incorporar incorporation incorporação
infect infeccionar infection infecção
inform informar information informação
inject injetar injection injeção
inspect inspecionar inspection inspeção
instruct instruir instruction instrução
intend ter intenção, pretender intention intenção
interpret interpretar interpretation interpretação
introduce introduzir, apresentar introduction introdução, apresentação
justify justificar, alinhar texto justification justificação, alinhamento de texto
legislate legislar legislation legislação
locate localizar location localização
lubricate lubrificar lubrication lubrificação
modify modificar modification modificação
motivate motivar motivation motivação
nominate escolher, eleger nomination escolha de um candidato
normalize normalizar normalization normalização
obligate obrigar obligation obrigação
operate operar operation operação

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opt optar option opção
organize organizar organization organização
orient orientar orientation orientação
permit permitir permission permissão
pollute poluir pollution poluição
present apresentar presentation apresentação
privatize privatizar privatization privatização
produce produzir production produção
promote promover promotion promoção
pronounce pronunciar pronunciation pronúncia
protect proteger protection proteção
qualify qualificar qualification qualificação
quest buscar, procurar question pergunta
receive receber reception recepção
reduce reduzir reduction redução
register registrar registration registro
regulate regular regulation regulamento
relate relacionar relation relação
repete repetir repetition repetição
revolt revoltar-se revolution revolução
select selecionar selection seleção
situate situar situation situação
solve resolver, solucionar solution solução
transform transformar transformation transformação
translate traduzir translation tradução
transmit transmitir transmission transmissão
transport transportar transportation transporte

VERBO + ...er = SUBSTANTIVO (significando o agente da ação; sufixo de alta produtividade).
verbo ...er substantivo
bank banco banker banqueiro

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blend misturar blender liquidificador
boil ferver boiler tanque de aquecimento,
caldeira
call chamar, ligar caller (aquele que faz uma ligação
telefônica)

compute computar computer computador
drum tamborear, tocar
bateria
drummer baterista
dry secar drier secador
drive dirigir driver motorista
erase apagar eraser apagador, borracha
fight lutar fighter lutador, caça
freeze congelar freezer congelador
interpret interpretar interpreter intérprete
kill matar killer matador, assassino
lead liderar leader líder
light iluminar, acender lighter isqueiro
lock chavear locker armário de chavear
love amar lover amante
manage gerenciar manager gerente
paint pintar painter pintor
photograph fotografar photographer fotógrafo
print imprimir printer impressora
prosecute acusar prosecuter promotor
publish publicar publisher editor
read ler reader leitor
record gravar, registrar recorder gravador
report reportar reporter repórter
rob assaltar robber assaltante
sing cantar singer cantor
smoke fumar smoker fumante
speak falar speaker porta-voz, aquele que fala

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supply fornecer supplier fornecedor
teach ensinar teacher professor
train treinar trainer treinador
travel viajar traveler viajante
use usar user usuário
wait esperar waiter garçom
wash lavar washer lavador, máquina de lavar
work trabalhar worker trabalhador, funcionário
write escrever writer escritor

VERBO + ...able (...ible) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo ...ável ou ...ível do português; sufixo de
alta produtividade). Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que significa capaz de, merecedor de.
verbo ...able (...ible) adjetivo
accept aceitar acceptable aceitável
access acessar accesible acessível
achieve realizar, alcançar um resultado achievable realizável
advise aconselhar advisable aconselhável
afford proporcionar, ter meios para custear affordable que dá para comprar
apply aplicar, candidatar-se a applicable aplicável
avail proporcionar, ser útil available disponível
believe acreditar, crer believable acreditável
compare comparar comparable comparável
comprehend abranger, compreender comprehensible abrangente, compreensível
predict predizer, prever predictable previsível
question questionar questionable questionável
rely confiar reliable confiável
respond responder responsible responsável
sense sentir sensible sensível
trust confiar trustable confiável
understand entender understandable inteligível
value valorizar valuable valioso

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS


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VERBO + ...ive (...ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo ...tivo ou ...ível do português; sufixo de
alta produtividade). Sua origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.
verbo ...ive (...ative) adjetivo
act atuar active ativo
affirm afirmar affirmative affirmativo
attract atrair attractive atrativo
communicate comunicar communicative comunicativo
conserve conservar conservative conservador
construct construir constructive construtivo
expend gastar expensive caro
explode explodir explosive explosivo
inform informar informative informativo
instruct instruir instructive instrutivo
interrogate interrogar interrogative interrogativo
offend ofender offensive ofensivo
prevent prevenir preventive preventivo
produce produzir productive produtivo

ADJETIVO + ...ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo ...mente do português; sufixo de alta
produtividade).
adjetivo ...ly advérbio
actual real actually de fato, na realidade
approximate aproximado approximately aproximadamente
basic (básico) basically basicamente
careful cuidadoso carefully cuidadosamente
careless descuidado carelessly de forma descuidada
certain certo certainly certamente
dangerous perigoso dangerously perigosamente
efficient eficiente efficiently eficientemente
eventual final eventually finalmente
exact exato exactly exatamente
final final finally finalmente

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS


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fortunate afortunado, feliz fortunately felizmente
frequent freqüente frequently freqüentemente
hard duro, difícil hardly dificilmente
hopeful esperançoso hopefully esperemos que
important importante importantly de forma importante
late tarde, último lately ultimamente
natural natural naturally naturalmente
necessary necessário necessarily necessariamente
normal normal normally normalmente
obvious óbvio obviously obviamente
occasional ocasional, eventual occasionally ocasionalmente, eventualmente
original original originally originalmente
perfect perfeito perfectly perfeitamente
permanent permanente permanently permanentemente
quick ligeiro quickly ligeiramente
real real really realmente
recent recente recently recentemente
regular regular regularly regularmente
sincere sincero sincerely sinceramente
slow lento slowly lentamente
successful bem-sucedido successfully de forma bem-sucedida
sudden repentino suddenly repentinamente
unfortunate infeliz unfortunately infelizmente
urgent urgente urgently urgentemente
usual usual usually usualmente, normalmente
Veja uma lista mais completa de sufixos e prefixos em Word Formation (Morfologia - Formação de
Palavras)
Não Se Deixe Enganar Pelos Verbos Preposicionais.
Os verbos preposicionais, também chamados de phrasal verbs ou two-word verbs,confundem porque a
adição da preposição normalmente altera substancialmente o sentido original do verbo. Ex:
go - ir
go off disparar (alarme)

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go over rever, verificar novamente
turn - virar, girar
turn on ligar
turn off desligar
turn down desprezar
turn into transformar em
put - colocar, botar
put off cancelar, postergar
put on vestir, botar
put out apagar (fogo)
put away guardar
put up with tolerar
Procure Conhecer Bem As Principais Palavras De Conexão.
Words of connection ou words of transition são conjunções, preposições, advérbios, etc, que servem
para estabelecer uma relação lógica entre frases e idéias. Familiaridade com estas palavras é chave
para o entendimento e a correta interpretação de textos.
Este site disponibiliza um estudo completo sobre conectivos (articuladores) em inglês e português,
contendo 1224 exemplos de uso: http://www.sk.com.br/sk-conn.html
Cuidado Com Os Falsos Conhecidos.
Falsos conhecidos, também chamados de falsos amigos, são palavras normalmente derivadas do
latim, que têm portanto a mesma origem e que aparecem em diferentes idiomas com ortografia
semelhante, mas que ao longo dos tempos acabaram adquirindo significados diferentes.
Use Sua Intuição, Não Tenha Medo De Adivinhar Significados, E Não Dependa Muito Do
Dicionário.)
Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário,
uma vez que o português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário
proveniente do latim. É principalmente no vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores
semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário cotidiano encontramos palavras que
nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item anterior). Estes,
entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto
confiar na semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important, intelligent,
interesting, manual, modern, necessary, pronunciation, student, supermarket, test, vocabulary, etc., são
palavras que brasileiros entendem sem saber nada de inglês. Assim sendo, o aluno deve sempre
estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo que conhecemos do
português, provavelmente tem o mesmo significado.
Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente
recomendável para alunos de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e
familiaridade com as características estruturais da gramática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se
inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para todas palavras cujo
entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou
seja, concentrar-se na idéia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não
deve o leitor desistir na primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com

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insistência e curiosidade. A probabilidade é de que o entendimento aumente de forma surpreendente,
à medida em que o leitor mergulha no conteúdo do texto.
As técnicas de leitura, como o próprio nome diz, vão nos ajudar a ler um texto. Existem técnicas
variadas, mas veremos as mais utilizadas. Ao ler um texto em Inglês, lembre-se de usar as técnicas
aprendidas, elas vão ajudá-lo. O uso da gramática vai ajudar também.As principais técnicas são: a
identificação de cognatos, de palavras repetidas e de pistas tipográficas. Ao lermos um texto
vamos,ainda, apurar a idéia geral do texto (general comprehension) e utilizar duas outras técnicas
bastante úteis: skimming e scanning.
CognatosOs cognatos são palavras muito parecidas com as palavras do Português. São as
chamadas palavras transparentes. Existem também os falsos cognatos, que são palavras que
achamos que é tal coisa, mas não é; os falsos cognatos são em menor número, estes nós veremos
adiante.
Como cognatos podemos citar: school (escola), telephone (telefone), car (carro), question (questão,
pergunta), activity (atividade), training (treinamento)... Você mesmo poderá criar sua própria lista de
cognatos!
Palavras repetidasAs palavras repetidas em um texto possuem um valor muito importante. Um autor
não repete as palavras em vão. Se elas são repetidas, é porque são importantes dentro de texto.
Muitas vezes para não repetir o mesmo termo, o autor utiliza sinônimos das mesmas palavras para
não tornar o texto cansativo.
Pistas Tipográficas
As pistas tipográficas são elementos visuais que nos auxiliam na compreensão do texto. Atenção com
datas, números, tabelas, gráficas, figuras... São informações também contidas no texto.
Os recursos de escrita também são pistas tipográficas. Por exemplo:
• ... (três pontos) indicam a continuação de uma idéia que não está ali exposta;
• negrito dá destaque a algum termo ou palavra;
• itálico também destaca um termo, menos importante que o negrito;
• ‘’ ‘’ (aspas) salientam a importância de alguma palavra;
• ( ) (parênteses) introduzem uma idéia complementar ao texto.
General ComprehensionA idéia geral de um texto é obtida com o emprego das técnicas anteriores.
Selecionando-se criteriosamente algumas palavras, termos e expressões no texto, poderemos chegar
à idéia geral do texto.
Por exemplo, vamos ler o trecho abaixo e tentar obter a “general comprehension” deste
parágrafo:“Distance education takes place when a teacher and students are separated by physical
distance, and technology (i.e., voice, video and data), often in concert with face-to-face
communication, is used to bridge the instructional gap.”From: Engineering OutreachCollege of
Engineering – University of IdahoA partir das palavras cognatas do texto (em negrito) podemos ter um
a idéia geral do que se trata; vamos enumerar as palavras conhecidas (pelo menos as que são
semelhantes ao Português):
• distance education = educação a distancia
• students = estudantes, alunos
• separeted = separado
• physical distance = distância física
• technology = tecnologia
• voice, video, data = voz, vídeo e dados (atenção: “data” não é data)
• face-to-face communication = comunicação face-a-face
• used = usado (a)
• instructional = instrucional
Então você poderia dizer que o texto trata sobre educação a distância; que esta ocorre quando os
alunos estão separados fisicamente do professor; a tecnologia (voz, vídeo, dados) podem ser usados
de forma instrucional.Você poderia ter esta conclusão sobre o texto mesmo sem ter muito

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conhecimento de Inglês. É claro que à medida que você for aprendendo, a sua percepção sobre o
texto também aumentará. Há muitas informações que não são tão óbvias assim.
Skimming“skim” em inglês é deslizar à superfície, desnatar (daí skimmed milk = leite desnatado),
passar os olhos por. A técnica de “skimming” nos leva a ler um texto superficialmente. Utilizar esta
técnica significa que precisamos ler cada sentença, mas sim passarmos os olhos por sobre o texto,
lendo algumas frases aqui e ali, procurando reconhecer certas palavras e expressões que sirvam
como ‘dicas’ na obtenção de informações sobre o texto.
Às vezes não é necessário ler o texto em detalhes. Para usar esta técnica, precisamos nos valer dos
nossos conhecimentos de Inglês também.Observe este trecho:“Using this integrated approach, the
educator’s task is to carefully select among the technological options. The goal is to build a mix of
instructional media, meeting the needs of the learner in a manner that is instructionally effective and
economically prudent.”From: Engineering OutreachCollege of Engineering – University of
IdahoSelecionando algumas expressões teremos:
• integrated approach = abordagem (approach = abordagem, enfoque) integrada
• educator’s task = tarefa (task = tarefa) do educador – ‘s significa posse = do
• tecnological options = opções tecnológicas (tecnological é adjetivo)
• goal = objetivo
• a mix instrucional media = uma mistura de mídia instrucional.
Com a técnica do “skimming” podemos dizer que este trecho afirma que a tarefa do educador é
selecionar as opções tecnológicas; o objetivo é ter uma mistura de mídias instrucionais de uma
maneira instrucionalmente efetiva e economicamente prudente.
Scanning“Scan” em Inglês quer dizer examinar, sondar, explorar. O que faz um scanner? Uma
varredura, não é?! Logo, com a técnica de “scanning” você irá fazer uma varredura do texto,
procurando detalhes e idéias objetivas.
Aqui é importante que você utilize os conhecimentos de Inglês; por isso, nós vamos ver
detalhadamente alguns itens gramaticais no ser “ Estudo da Língua Inglesa”.Olhe este trecho:“
Teaching and learning at a distance is demanding. However, learning will be more meaningful and
“deeper” for distant students, if students and their instructor share responsibility for developing
learning goals: actively interacting with class members; promoting reflection on experience; relating
new information to examples that make sense to learners. This is the challenge and the opportunity
provided by distance education.”Poderíamos perguntar qual o referente do pronome “ their” em
negrito no trecho?Utilizando a técnica de skimming, seria necessário retornar ao texto e entender a
sentença na qual o pronome está sendo empregado. “Their “ é um pronome possessivo ( e como tal,
sempre vem acompanhado de um substantivo) da terceira pessoa do plural ( o seu referente é um
substantivo no plural).
A tradução de “their instructor” seria seu instrutor . Seu de quem? Lendo um pouco para trás, vemos
que há “students”; logo concluímos que “their” refere-se a “students, ou seja, instrutor dos alunos”
# Passo 1. Leia Normalmente O Texto E Sublinhe As Palavras Que Você Não Sabe Os
Significados.
Não utilize imediatamente os dicionários, haja vista que eles podem fazer com que você perca o
contexto.
Mesmo em nossa língua nativa, recomendo não procurar o dicionário (primeira leitura) se não
conhecer a palavra, pois é possível analisar o texto ao redor e entender o conceito.
Ao mesmo tempo, é essencial que você sublinhe a atividade para não perder a palavra que precisa
aprender.
# Passo 2. Leia Novamente. Utilizando O Dicionário E Entenda Cada Parágrafo.
Neste momento utilize o dicionário para empregá-lo naquelas palavras que sublinhou, pois o mesmo
elucidará as dúvidas que prejudicam a sua compreensão.

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Procure entender cada parágrafo de forma individual.
#Passo 3. Repita A Leitura E Faça Um Resumo Do Texto Inteiro.
É a parte mais gratificante do processo, pois enfim perceberá que realmente compreendeu o texto em
Inglês!
Você leu três vezes o texto e foi cada vez mais incisivo. Certamente não é a parte mais interessante,
o mais legal deste processo é que por ler várias vezes, você estará aprendendo os padrões da
língua, surgirão novas palavras que não irá esquecer quando se deparar novamente com elas.
Ou seja quanto mais textos você estudar mais fácil vai ficar.
Sem contar que você se tornará um leitor rápido, porque mesmo lendo outro texto você se lembrará
destas palavras e sentenças (mesmo sem perceber).
No começo quando esta técnica é aplicada, o processo é um pouco lento. Todavia, após um mês de
estudos você notará uma melhora considerável no nível do seu Inglês.
Existe uma variedade de textos em Inglês.
Para os Iniciantes recomenda-se o treinamento com a leitura de textos infantis.
Logo depois, migra-se para os assuntos noticiosos e quando evoluir para o nível Avançado, é o
momento exato para acompanhar os artigos internacionais, por exemplo explorar jornais conhecidos
como o The New York Times.
E assim você vai aprender a ler em inglês. O que achou? Comenta e compartilhe.
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TIPOLOGIA TEXTUAL


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Tipologia Textual
Conheça os 5 Tipos Textuais e as Principais Características e Regras Gramaticais de Cada
Tipo
Sempre cai nas provas o assunto “Tipologia textual” (Tipos textuais) mas muita gente confunde
com “Gêneros Textuais” (gêneros discursivos).
Querem dizer a mesma coisa?
Não.
Estas são duas classificações que recebem os textos que produzimos a longo de nossa vida, seja na
forma oral ou escrita.
Sendo que a primeira leva em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem
regras gramaticais, algo mais formal.
Já a segunda preocupa-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em consideração
a finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação. São inúmeros os
gêneros textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor, noticia, biografia, seminário,
palestras, etc.
O Que é Tipologia Textual?
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as regras
gramaticais, dependendo de suas características. São as classificações mais clássicas de um texto:
A narração, a descrição e a dissertação. Hoje já se admite também a exposição e a injunção. Ao todo
são 5 (cinco) tipos textuais.
Narração
Ao longo de nossa vida estamos sempre relatando algo que nos aconteceu ou aconteceu com outros,
pois nosso dia-a-dia é feito de acontecimentos que necessitamos contar/relatar. Seja na forma escrita
ou na oralidade, esta é a mais antiga das tipologias, vem desde os tempos das cavernas quando o
homem registrava seus momentos através dos desenhos nas paredes.
Regra gramatical para este tipo de texto (NARRAÇÃO):
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. São apresentadas ações e
personagens: O que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
Segue a seguinte estrutura:
NARRAÇÃO/NARRAR
(CONTAR)
Personagens (com quem/ quem vive a história – reais ou imaginários)
Enredo (o que/ como – fatos reais ou imaginários)
Espaço (onde? /quando? )

Exemplo:
Minha vida de menina
Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste! Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha
e disse: "Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua
avozinha que lhe quer tanto". As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela
e vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de
meus deveres e que eu não fui o que deveria ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta hora,
que eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.

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Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai dizer: "Já estudou suas lições? Então vá
se deitar, mas antes procure alguma coisa para comer. Vá com Deus". Helena Morley
Descrição
a intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que está
sendo descrito. Podemos utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
A-) A enumeração:
Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma ideia de
ausência de ações dentro do texto.
B-) A comparação:
Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que percebemos,
podemos utilizar a comparação, pois este processo de comparação faz com que o leitor associe a
imagem do que estamos descrevendo, já que desperta referências no leitor. Utilizamos comparações
do tipo: o objeto tem a cor de ..., sua forma é como ..., tem um gosto que lembra ..., o cheiro parece
com ..., etc.
C-) Os cinco sentidos:
Percebemos que até mesmo utilizando a comparação para poder descrever, estamos utilizando
também os cinco sentidos: Audição, Visão, Olfato, Paladar, Tato como auxílio para criação desta
imagem, proporcionando que o interlocutor visualize em sua mente o objeto, o local ou a pessoa
descrita.
Por exemplo: Se você fosse descrever um momento de lazer com seus amigos numa praia. O que
você perceberia na praia utilizando a sua visão (a cor do mar neste dia, a beleza das pessoas à sua
volta, o colorido das roupas dos banhistas) e a sua audição (os sons produzidos pelas pessoas ao
redor, por você e pelos seus amigos, pelos ambulantes). Não somente estes dois, você pode utilizar
também os outros sentidos para caracterizar o objeto que você quer descrever.
Regra Gramatical para este tipo de texto (Descrição):
Descrever é apresentar as características principais de um objeto, lugar ou alguém.
Pode ser:
Objetiva: Predomina a descrição real do objeto, lugar ou pessoa descrita. Neste tipo de descrição não
há a interferência da opinião de quem descreve, há a tendência de se privilegiar o que é visto, em
detrimento do sujeito que vê.
Subjetiva: aparecem, neste tipo de descrição, as opiniões, sensações e sentimentos de quem
descreve pressupondo que haja uma relação emocional de quem descreve com o que foi descrito.
Características do texto descritivo
• - É um retrato verbal
• - Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
• - As classes gramaticais mais utilizadas são: substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
• - Como na narração há a utilização da enumeração e comparação
• - Presença de verbos de ligação
• - Os verbos são flexionados no presente ou no pretérito (passado)
• - Emprego de orações coordenadas justapostas

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A estrutura do texto descritivo
A descrição apresenta três passos básicos:
1- Introdução: apresentação do que se pretende descrever.
2- Desenvolvimento: caracterização subjetiva ou objetiva da descrição.
3- Conclusão: finalização da apresentação e caracterização de algo.
Exemplo:
Alguns dados sobre Rudy Steiner
“Ele era oito meses mais velho do que Liesel e tinha pernas ossudas, dentes afiado, olhos azuis
esbugalhados e cabelos cor de limão. Como um dos seis filhos dos Steiner, estava sempre com
fome. Na rua Himmel, era considerado meio maluco ...”
Dissertação
Podemos dizer que dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater. Este
tipo de texto apresenta a defesa de uma opinião, de um ponto de vista, predomina a apresentação
detalhada de determinados temas e conhecimentos.
Para construção deste tipo de texto há a necessidade de conhecimentos prévios do assunto/tema
tratado.
Regra gramatical para esse tipo de texto (Dissertação):
Dissertar é expor os conhecimentos que se tem sobre um assunto ou defender um ponto de vista
sobre um tema, por meio de argumentos.
Estrutura da dissertação
EXPOSITIVA
Predomínio da exposição,
explicação
ARGUMENTATIVA
Predomínio do uso de argumentos, visando
o convencimento, à adesão do leitor.
Introdução Apresentação do assunto sobre o
qual se escreve (Apresentação da
tese).
Apresentação do assunto sobre o qual se
escreve (apresentação da tese) e do ponto
de vista assumido em relação a ele.
Desenvolvimento Exposição das informações e
conhecimentos a respeito do
assunto (é o momento da
discussão da tese)
A fundamentação do ponto de vista e sua
defesa com argumentos. (Defende-se a
tese proposta)
Conclusão Finalização do texto, com o
encerramento do que foi dito
Retomada do ponto de vista para fechar o
texto de modo mais persuasivo

Exemplo:
Redução da Maioridade Penal, Grande Falácia
O advogado criminalista Dalio Zippin Filho explica por que é contrário à mudança na maioridade
penal.
Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um crime bárbaro foi praticado por um
adolescente, penalmente irresponsável nos termos do que dispõe os artigos 27 do CP, 104 do ECA e
228 da CF. A sociedade clama por maior segurança. Pede pela redução da maioridade penal, mas
logo descobrirá que a criminalidade continuará a existir, e haverá mais discussão, para reduzir para

TIPOLOGIA TEXTUAL


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14 ou 12 anos. Analisando a legislação de 57 países, constatou-se que apenas 17% adotam idade
menor de 18 anos como definição legal de adulto.
Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma como fazemos com os adultos, estamos
admitindo que eles devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei e não lhes deu a
proteção constitucional que é seu direito. A prisão é hipócrita, afirmando que retira o indivíduo infrator
da sociedade com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o, para depois reintegrá-lo. Com a
redução da menoridade penal, o nosso sistema penitenciário entrará em colapso.
Cerca de 85% dos menores em conflito com a lei praticam delitos contra o patrimônio ou por atuarem
no tráfico de drogas, e somente 15% estão internados por atentarem contra a vida. Afirmar que os
adolescentes não são punidos ou responsabilizados é permitir que a mentira, tantas vezes dita,
transforme-se em verdade, pois não é o ECA que provoca a impunidade, mas a falta de ação do
Estado. Ao contrário do que muitos pensam, hoje em dia os adolescentes infratores são punidos com
muito mais rigor do que os adultos.
Apresentar propostas legislativas visando à redução da menoridade penal com a modificação do
disposto no artigo 228 da Constituição Federal constitui uma grande falácia, pois o artigo 60, § 4º,
inciso IV de nossa Carta Magna não admite que sejam objeto de deliberação de emenda à
Constituição os direitos e garantias individuais, pois se trata de cláusula pétrea.
A prevenção à criminalidade está diretamente associada à existência de políticas sociais básicas e
não à repressão, pois não é a severidade da pena que previne a criminalidade, mas sim a certeza de
sua aplicação e sua capacidade de inclusão social.
Dalio Zippin Filho é advogado criminalista. 10/06/2013
Texto publicado na edição impressa de 10 de junho de 2013
Exposição
Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre determinado assunto, informa e esclarece sem
a emissão de qualquer opinião a respeito, é um texto expositivo.
Regras gramaticas para este tipo textual (Exposição):
Neste tipo de texto são apresentadas informações sobre assuntos e fatos específicos; expõe ideias;
explica; avalia; reflete. Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que haja sua opinião a
respeito. Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do
indicativo.
Exemplos: Notícias Jornalísticas
Injunção
Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas mais variadas situações, como por exemplo
quando adquirimos um aparelho eletrônico e temos que verificar manual de instruções para o
funcionamento, ou quando vamos fazer um bolo utilizando uma receita, ou ainda quando lemos a
bula de um remédio ou a receita médica que nos foi prescrita. Os textos injuntivos são aqueles textos
que nos orientam, nos ditam normas, nos instruem.
Regras gramaticais para este tipo de texto (Injunção):
Como são textos que expressão ordem, normas, instruções tem como característica principal a
utilização de verbos no imperativo. Pode ser classificado de duas formas:
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
Bolo de Cenoura

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Ingredientes
Massa
3 unidades de cenoura picadas
3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó
Cobertura
1/2 xícara (chá) de leite
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de Margarina
Como fazer
Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.
Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
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ORTOGRAFIA OFICIAL

1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Ortografia Oficial
Todas as regras ortográficas da gramática portuguesa.
Caso x / ch
1) x / ch nas palavras provenientes do latim:
1.1) Emprego do ch:
Ao passar do latim para o português, as sequências "cl", "pl" e "fl", transformaram-se em "ch":
afflare > achar
flagrare > cheirar
flamma > chama
caplu > cacho
clamare > chamar
claven > chave
masclu > macho
planus > chão
plenus > cheio
plorare > chorar
plumbum > chumbo
pluvia > chuva
1.2) Emprego do x:
a) Proveniente do x latino:
exaguare > enxaguar
examen > exame
laxare > deixar
luxu > luxo
b) Palatização do S em grupos como ssi ou sce:
miscere > mexer
passione > paixão
pisce > peixe
2) Emprega-se a letra x:
x1) Após ditongo:
ameixa
caixa
peixe

ORTOGRAFIA OFICIAL

2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Exceções:
recauchutar (do francês recaoutchouter)
guache (do francês gouache)
caucho (espécie de árvore. Tem origem na palavra cauchu "lágrimas da árvore", é de um idioma
indígena, mas está em nossa ortografia oficial)
x2) Em palavras iniciadas por ME:
Mexerica
México
Mexilhão
Mexer
Exceção:
mecha (de cabelos), que tem sua origem no fracês mèche. Não confundir com a forma verbal
"mexa" do verbo mexer, que deve ser grafada com x.
X3) Em palavras iniciadas por EN:
Enxada
Enxerto
Enxurrada
Exceção1:
enchova (regionalismo de anchova, que origina-se do genovês anciua);
Exceção2: Palavras formadas por prefixação de en + radical com ch:
enchente, encher e derivados = prefixo en + radical de cheio;
encharcar = en + radical de charco;
enchiqueirar = en + radical de chiqueiro;
enchapelar = en + radical de chapéu;
enchumaçar = en + radical de chumaço
x4) Em palavras com origem Tupi. As mais conhecidas são:
Araxá - lugar alto onde primeiro se avista o sol.
Abacaxi - de yá, ou ywa (fruta), e katy (que recende, cheira);
Capixaba - roça, roçado, terra limpa para plantação.
Caxumba
Pataxó - tribo.
Queixada - “o que corta”.
Xará - de xe rera, "meu nome".
Xavante - tribo.
Xaxim - do tupi-guarani Xá = cachoeira, Xim = pequena.
Ximaana – tribo.

ORTOGRAFIA OFICIAL

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Xingu - água boa, água limpa, na língua Kamayurá.

Exceção:
Chapecó – Cidade de SC. Derivação do tupi Xapecó (de donde se avista o caminho da roça).
x5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:
Almoxarife
Almoxarifado
Elixir (al-Axir)
Enxaqueca (xaqiqa - meia cabeça)
Haxixe (hashish - maconha)
Oxalá (in sha allah ou inshallah - se Deus quiser)
Xarope
Xadrez (xatranj)
Xarope (xarab - bebida, poção)
Xeque
Xeque-mate
Exceções:
Alcachofra (Alkharshof - fruto do cardo manso)
Chafariz
x6) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:
Afoxé
Axé
Borocoxô
Exu
Fuxico
Maxixe
Orixá
Xendengue (magro, franzino)
Xangô (Xa - Senhor; Ag + No - Fogo Oculto; Gô = Raio, Alma)
Xaxado
Xingar
XinXim
Xodó
Exceções:

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Cachimbo (kixima)
Cachaça
Cochicho
Cochilar
Chilique
3) Emprega-se ch:
ch1) Em palavras com origem francesa. As mais conhecidas são:
Avalanche (Avalónch)
Cachê (Cachet)
Cachecol (Cacher)
Chalé (Chalet)
Chassi (Chânssis)
Champanhe (Champagne)
Champignon (Champignon)
Chantilly (Chantilly)
Chance (Chance)
Chapéu (Chapeau)
Chantagem (Chantage)
Charme (Charme)
Chefe (Chef)
Chique (Chic)
Chofer (Chauffeur)
Clichê (Cliché)
Creche (Crèche)
Crochê (Crochet)
Debochar (Débaucher)
Fetiche (Fétiche)
Guichê (Guichet)
Manchete (Manchette)
Pochete (Pochette)
Revanche (Revanche)
Voucher (Vocher)
Caso g / j

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1) Palavras provenientes do latim e do grego:
1.1) O g português representa geralmente o g latino ou grego:
a) Latim:
agere > agir
agitare > agitar
digit(i) (raiz) > digitar
gestu > gesto
gelu > gelo
liturgia > liturgia
tegella > tigela
Magia < Magia (latim) < Mageia (grego) < Magush (persa)
b) Grego:
eksegesis > exegese
gymnastics > ginástica
hégemonikós > hegemônico
logiké > lógico
synlogismos > sologismo
Exceção:
aggelos > anjo (angeolatria é com g)
1.2) Não há j no grego e no latim clássico. O j provém:
a) Da consonantização do I semiconsoante latino:
iactu > jeito
iam > já
iocus > jogo
maiestate > majestade
b) Da palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal:
basiu > beijo
casiu > queijo
hodie > hoje
radiare > rajar
2) Emprega-se a letra g:
g1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com g:
engessar (de gesso)

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faringite (de faringe)
selvageria (de selvagem)

Exceção:
coragem (fr. courage) => corajoso, encorajar
g2) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio:
pedágio
sacrilégio
prestígio
relógio
refúgio
g3) Os substantivos terminados em gem:
viagem
coragem
ferrugem
Exceção:
pajem
lambujem
g4) Nos verbos terminados em ger e gir:
eleger
mugir
g5) Em geral, após R:
aspergir
divergir
submergir
3) Emprega-se a letra j:
j1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com j:
sarjeta (de sarja)
lojista (de loja)
canjica (de canja)
sarjeta (de sarja)
gorjeta (de gorja)
j2) Nos verbos terminados em jar:
viajar

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encorajar
enferrujar
j3) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:
alforje (al hurj <sacola>)
azulejo (azzelij)
berinjela (badanjanah)
javali (djabali)
jaleco (jalikah)
jarra (djarrah)
laranja (narandja)
Exceções:
álgebra (al-jabr)
algema (al jamad <a pulseira>)
giz (jibs)
girafa (zarâfa (AR.) ->giraffa (IT.) -> girafa (PT.))
j4) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:
beiju
cajá
caju
canjica
carijó
guarajuba
itajuba
itajaí
jequiriti
jequitibá
jerimum
jibóia (cobra d’água).
jumana (tribo).
jurubeba (planta espinhosa e fruta tida como medicinal).
jenipapo
jururu
maracujá

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marajó
mucujê
pajé
Ubirajara
Exceção: Sergipe
J5) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:
acarajé
Iemanjá
jabá
jagunço
jererê (cigarro de maconha)
jiló
jurema
Exceções:
bugiganga
ginga
Caso c ou ç / s ou ss
O c tem o valor de /s/ com as vogais E e I. Antes de A, O e U usa-se ç.
acetato
ácido
açafrão
aço
açúcar
Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, usa-se ss:
manso
concurso
expulso
prosseguir
girassol
pessoa
s1) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERGIR, CORRER, PELIR:
aspergir = aspersão
compelir = compulsório

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concorrer = concurso
discorrer = discurso
expelir = expulsão, expulso
imergir = imersão
impelir = impulsão, impulso
s2) Verbos terminados em DAR – DER – DIR – TER – TIR – MIR recebem s quando há perda das
letras “D – T – M”em suas derivações:
circuncidar (circumcidere) = circuncisão, circunciso
ascender (ascendere) = ascensão
suceder (succedere) = sucessão / sucesso
expandir (expandere) = expansão / expansível
iludir (illudere) = ilusão / ilusório
progredir (progredere) = progressão / progressivo / progresso
submeter (submittere) = submissão / submisso
discutir (discutere) = discussão
suprimir (supprimere) = supressão / supresso
redimir (redimere) = remissão / remisso
Observe também a origem latina:
excluir (de excludere) = exclusão
incluir (de includere) = inclusão...
c1) Verbos não terminados em DAR - DER - DIR - TER - TIR - MIR quando mudam o radical
recebem ç:
agir = ação
excetuar = exceção
proteger = proteção
promover = promoção
c2) Verbos que mantêm o radical recebem ç em derivações:
acomodar = acomodação
consolidar = consolidação
conter = contenção
fundar = fundação
fundir = fundição
remir = remição

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reter = retenção
saudar = saudação
torcer = torção
distorcer = distorção
Observe também a origem latina:
manter (manutenere) = manutenção
nadar (natare) = natação
c3) Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s:
eleição
traição
foice
c4) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, iço, nça, uça, uço.
barca = barcaça
rico = ricaço
cota = cotação
aguço = aguçar
merece = merecer
carne = carniça
canil = caniço
esperar = esperança
cara = carapuça
dente = dentuço
c5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:
açafrão
açoite
açougue
açude
açúcar
açucena
alface
alvoroço
ceifa
celeste
cetim
cifra
Exceção:
arsenal

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carmesim
safra
salada
sultão
c6) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:
araçá
açaí
babaçu
cacique
caiçara
camaçari
cipó
cupuaçu
Iguaçu
Iracema
juçara
maçaranduba
maniçoba
paçoca
piaçava
piraguaçu
Exceção (todas começam com som de s, menos cipó):
sabiá
sagui
saci
samambaia
sariguê
savana
Sergipe
siri
suçuarana
sucuri
sururu

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c7) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:
bagunça
caçamba
cachaça
caçula
cangaço
jagunço
lambança
miçanga
Exceção (todas começam com som de s):
sapeca
samba
senzala
serelepe
songamonga
sova (pancada)
Caso z / s
1) Emprega-se a letra s:
s1) Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s:
análise = analisar, analisado
pesquisa = pesquisar, pesquisado.
Exceção: catequese = catequizar.
s2) Após ditongo quando houver som de z:
Creusa
coisa
maisena
s3) Na conjugação dos verbos PÔR e QUERER:
(Ele) pôs
(Ele) quis
(Nós) pusemos
(Nós) quisemos
(Se eu) puser
(Se eu) quiser

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s4) Em palavras terminadas em OSO, OSA (que significa “cheio de”):
horrorosa
gostoso
Exceção: gozo
s5) Nos sufixos gregos ASE, ESE, ISE, OSE:
frase
tese
crase
crise
osmose
Exceções: deslize e gaze.
s6) Nos sufxos ÊS, ESA, ESIA e ISA, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade,
profissão, estado social, títulos honoríficos.
chinês
chinesa
camponês
poetisa
burguês
burguesa
freguesia
Luísa
Heloísa
Exceção: Juíza (por derivar do masculino juiz).
z1) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos
de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:
escasso / escassez
macio / maciez
rígido / rigidez
sensato / sensatez
surdo / surdez
avaro / avareza
certo / certeza
duro / dureza

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nobre / nobreza
pobre / pobreza
rico / riqueza
z2) Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos
"zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é uma consoante de
ligação com o infixo.
pazada
cafezal
homenzarrão
açaizeiro
papelzinho
cãozito
mãezona
mãozorra
pezudo
Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"):
asa = asinha
riso = risinho
casa = casinha
Inês = Inesita
Teresa = Teresinha
z3) Em derivações resultando em verbos terminados com som de IZAR:
útil = utilizar
terror = aterrorizar
economia = economizar
Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"):
análise = analisar
pesquisa = pesesquisar
improviso = improvisar
Exceção da Exceção: catequese = catequizar.
Caso ex / es
1) Como regra geral, as palavras que em latim se iniciavam por ex mantiveram a mesma grafia ao
passarem do latim clássico para o português.
expectorare > expectorar;

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expansione > expansão;
expellere > expelir;
experimentu > experimento;
expiratione > expiração;
extrinsecu > extrínseco;
extensione > extensão;
Há, contudo, exceções. Algumas palavras que se escreviam com ex em latim evoluíram para es ao
passar do latim vulgar para o português.
excusare > escusar;
excavare > escavar;
exprimere > espremer;
extraneo > estranho;
extendere > estender;
O verbo "estender”, por exemplo, entrou para o léxico no século 13, originária do latim vulgar, quando
o “x” antes de consoante tornava-se “s”. O vocábulo “extensão” aparece no léxico de nossa língua no
século 18 e teve sua origem no latim clássico (extensione), quando a regra era manter o “x” de sua
origem (extensio). Tal como "extensão", escreve-se extenso, extensivo, extensibilidade, etc.
2) Já as palavras que se iniciavam por s em latim deram origem a derivados com es em português:
scapula > escápula;
scrotu > escroto;
spatula > espátula;
spectru > espectro;
speculare > especular;
spiral > espiral;
spontaneu > espontâneo;
spuma > espuma;
statura > estatura;
sterile > estéril
stertore > estertor;
strutura > estrutura;
Os termos médicos derivados de palavras gregas iniciadas por s também se escrevem com es em
português. Ex:
escotoma
esclerótica
esfenoide

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esplâncnico
estase
estenose
estroma
Um equívoco primário consiste na confusão entre estase (do gr. stásis, parada, estagnação)
e êxtase (do gr. ekstásis - ek = fora de; stasis = estado, pelo latim extase). Também se deve
distinguir estrato (do latim stratu), com o sentido de camada, de extrato (do latim extractu), aquilo que
se extraiu de alguma coisa.

Caso sc
Utiliza-se SC em termos eruditos latinos, isto é, cuja etimologia manteve o radical latino:
abscesso (abscessus);
acrescer (accrescere);
adolescente (adolescentis);
aquiescer (acquiescere);
ascender (ascendere);
consciência (conscientia);
crescer (crescere);
descer (descendere);
disciplina (disciplina);
fascículo (fasciculus);
fascinar (fascinare);
florescer (florescere);
lascivo (lascivu);
nascer (nascere);
oscilar (oscillare);
obsceno (obscenus);
rescindir (rescindere);
víscera (viscus);

Caso c / qu e Forma Variantes
Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com qu:
catorze / quatorze
cociente / quociente
cota / quota
cotidiano / quotidiano
cotizar / quotizar

E existem variantes aceitas para outras palavras:

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17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
abdome e abdômen
açoitar e açoutar
afeminado e efeminado
aluguel ou aluguer
arrebitar e rebitar
arremedar e remedar
assoalho e soalho
assobiar e assoviar
assoprar e soprar
Azalea e Azaleia
bêbado e bêbedo
bilhão e bilião
bílis e bile
bombo e bumbo
bravo e brabo
caatinga e catinga
cãibra e câimbra
carroçaria e carroceria
catucar e cutucar
chipanzé e chimpanzé
coisa e cousa
degelar e desgelar
dependurar e pendurar
derrubar e derribar
desenxavido e desenxabido
diabete e diabetes
embaralhar e baralhar
enfarte e infarto
entretenimento e entretimento
entoação e entonação
enumerar e numerar
espécime e espécimen
espuma e escuma
estalar e estralar
este e leste (pontos cardeais)
flauta e frauta

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18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
flecha e frecha
geringonça e gerigonça
homogeneizar e homogenizar
húmus e humo
impingem e impigem
imundícia, imundície e imundice
intrincado e intricado
lide e lida
louro e loiro
macaxeira e macaxera
maltrapilho e maltrapido
malvadeza e malvadez
maquiagem e maquilagem
marimbondo e maribondo
matracar e matraquear
mobiliar e mobilhar
neblina e nebrina
nenê e neném
parênteses e parêntesis
percentagem e porcentagem
pitoresco, pinturesco e pintoresco
plancha e prancha
pólen e polem
quadrênio e quatriênio
quatrilhão e quatrilião
radioatividade e radiatividade
rastro e rasto
relampear e relampejar
remoinho e redemoinho
salobra e salobre
taberna e taverna
tesoura e tesoira
toicinho e toucinho

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transpassar, traspassar e trespassar
transvestir e travestir
treinar e trenar
tríade e triada
trilhão e trilião
vasculhar e basculhar
Xérox e Xerox
xeretar e xeretear
Caso o / u
1) Usa-se o na grafia dos seguintes vocábulos:
boteco
botequim
cortiço
engolir
goela
mochila
moela
mosquito
mágoa
moleque
nódoa
tossir
toalete
zoar
2) Usa-se u na grafia dos seguintes vocábulos:
amuleto
entupir
jabuti
mandíbula
supetão
tábua
Caso e / i

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1) Os verbos terminados em -UIR e em -OER:
No Presente do Indicativo, as 2ª e 3ª pessoas do singular são grafadas com I. Exemplo (verbo
possuir):
tu possuis
ele possui
Ortografia oficial
tu constróis
ele constrói
tu móis
ele mói
tu róis
ele rói
2) Os verbos terminados em -UAR e em -OAR:
No Presente do Subjuntivo, todas as pessoas da conjugação serão grafadas com e. Exemplo (verbo
entoar):
Que eu entoe
Que tu entoes
Que ele entoe
Que nós entoemos
Que vós entoeis
Que eles entoem
3) Todos os verbos que terminam em [-ear] (arrear, frear, alardear, amacear, passear...) fazem um
ditongo [-ei-] no presente do indicativo e do subjuntivo nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e
3ª do plural,):

PRESENTE DO
INDICATIVO
PRETÉRITO
PERFEITO
FUTURO PRESENTE DO
SUBJUNTIVO
(que…)
Eu freio Eu freei Eu frearei Eu freie
Tu freias Tu freaste Tu frearás Tu freies
Ele freia Ele freou Ele freará Ele freie
Nós freamos Nós freamos Nós frearemos Nós freemos
Vós freais Vós freastes Vós freareis Vós freeis
Eles freiam Eles frearam Eles frearão Eles freiem

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4) Os verbos terminados em [-iar] (arriar, criar, odiar…) são regulares, exceto o (I)MARIO:
(Inter)Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar, os quais são irregulares e formam ditongo [-ei-] nas
formas rizotônicas:
Observe a diferença entre Arriar (regular) e Mediar (irregular):

PRESENTE DO
INDICATIVO
PRESENTE DO
SUBJUNTIVO
(que…)
PRESENTE DO
INTICATIVO
PRESENTE DO
SUBJUNTIVO
(que…)
Eu arrio Eu arrie Eu medeio Eu medeie
Tu arrias Tu arries Tu medeias Tu medeies
Ele arria Ele arrie Ele medeia Ele medeie
Nós arriamos Nós arriemos Nós mediamos Nós mediemos
Vós arriais Vós arrieis Vós mediais Vós medieis
Eles arriam Eles arriem Eles medeiam Eles medeiem

DECRETO Nº 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e
Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 54, de 18 de
abril de 1995, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro
de 1990;
Considerando que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação do referido Acordo
junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, na qualidade de depositário
do ato, em 24 de junho de 1996;
Considerando que o Acordo entrou em vigor internacional em 1o de janeiro de 2007, inclusive para o
Brasil, no plano jurídico externo;
DECRETA:
Art. 1o O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, entre os Governos da República de Angola, da
República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República de Guiné-Bissau, da
República de Moçambique, da República Portuguesa e da República Democrática de São Tomé e
Príncipe, de 16 de dezembro de 1990, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e
cumprido tão inteiramente como nele se contém.
Art. 2o O referido Acordo produzirá efeitos somente a partir de 1o de janeiro de 2009.
Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de
2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor
e a nova norma estabelecida.
Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de
2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor
e a nova norma estabelecida. (Redação dada pelo Decreto nº 7.875, de 2012)

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Art. 3o São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em
revisão do referido Acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art.
49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 29 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Celso Luiz Nunes Amorim
Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.9.2008
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Considerando que o projeto de texto de ortografia unificada de língua portuguesa aprovado em
Lisboa, em 12 de outubro de 1990, pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de
Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe,
com a adesão da delegação de observadores da Galiza, constitui um passo importante para a defesa
da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional,
Considerando que o texto do acordo que ora se aprova resulta de um aprofundado debate nos Países
signatários,
a República Popular de Angola,
a República Federativa do Brasil,
a República de Cabo Verde,
a República da Guiné-Bissau,
a República de Moçambique,
a República Portuguesa,
e a República Democrática de São Tomé e Príncipe,
acordam no seguinte:
Artigo 1o
É aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que consta como anexo I ao presente
instrumento de aprovação, sob a designação de Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) e
vai acompanhado da respectiva nota explicativa, que consta como anexo II ao mesmo instrumento de
aprovação, sob a designação de Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
(1990).
Artigo 2o
Os Estados signatários tomarão, através das instituições e órgãos competentes, as providências
necessárias com vista à elaboração, até 1 de janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum
da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se
refere às terminologias científicas e técnicas.
Artigo 3o
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor em 1o de janeiro de 1994, após
depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo da República
Portuguesa.
Artigo 4o

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Os Estados signatários adotarão as medidas que entenderem adequadas ao efetivo respeito da data
da entrada em vigor estabelecida no artigo 3o.
Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente credenciados para o efeito, aprovam o presente
acordo, redigido em língua portuguesa, em sete exemplares, todos igualmente autênticos.
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990.
PELA REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA
JOSÉ MATEUS DE ADELINO PEIXOTO
Secretário de Estado da Cultura
PELA REPÚBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL
CARLOS ALBERTO GOMES CHIARELLI
Ministro da Educação
PELA REPÚBLICA DE CABO VERDE
DAVID HOPFFER ALMADA
Ministro da Informação, Cultura e Desportos
PELA REPÚBLICA DA GUINÉ -BISSAU
ALEXANDRE BRITO RIBEIRO FURTADO
Secretário de Estado da Cultura
PELA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
LUIS BERNARDO HONWANA
Ministro da Cultura
PELA REPÚBLICA PORTUGUESA
PEDRO MIGUEL DE SANTANA LOPES
Secretário de Estado da Cultura
PELA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
LÍGIA SILVA GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO COSTA
Ministra da Educação e Cultura
ANEXO I
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
(1990)
Base I
Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados
1o)O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma
minúscula e outra maiúscula:
a A (á) j J (jota) s S (esse)
b B (bê) k K (capa ou cá) t T (tê)
c C (cê) l L (ele) u U (u)
d D (dê) m M (eme) v V (vê)
e E (é) n N (ene) w W (dáblio)
f F (efe) o O (ó) x X (xis)

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g G (gê ou guê) p P (pê) y Y (ípsilon)
h H (agá) q Q (quê) z Z (zê)
i I (i) r R (erre)
Obs.: 1. Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre
duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u).
2. Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar.
2º)As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:
a)Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus
derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, by
roniano; Taylor, taylorista;
b)Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus
derivados: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c)Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso
internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW-
kilowatt, yd-jarda (yard); Watt.
3º)Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de
nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à
nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano,
de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, shakespeariano,
de Shakespeare.
Os vocabulários autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de
certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, buganvília/
buganvílea/ bougainvíllea).
4º)Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em formas onomásticas da
tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se
qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se: José,
Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação,
substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith.
5º)As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas
formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e
topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job, Moab, Isaac; David, Gad; Gog, Magog;
Bensabat, Josafat.
Integram-se também nesta forma: Cid, em que o d é sempre pronunciado; Madrid e Valhadolid, em
que o d ora é pronunciado, ora não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas
condições.
Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antopônimos em apreço sejam usados sem a
consoante final Jó, Davi e Jacó.
6º)Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto
possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando
entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg,
por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Jutland, por Jutlândia; Milano,
por Milão; München, por Munique; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc.
Base II
Do h inicial e final
1º)O h inicial emprega-se:

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a)Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor.
b)Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!.
2º)O h inicial suprime-se:
a)Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em
vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste
com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita);
b)Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao
precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver;
3º)O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que
está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história,
sobre-humano.
4º)O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!
Base III
Da homofonia de certos grafemas consonânticos
Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferençar os
seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a
variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem
sempre permite fácil diferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em
que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som.
Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos:
1º)Distinção gráfica entre ch e x: achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico,
chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar,
macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar,
tacho; ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir,
enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia,
xerife, xícara.
2º)Distinção gráfica entre g, com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfageme, Álgebra, algema,
algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem, Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem,
frigir, gelosia, gengiva, gergelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio,
sege, Tânger, virgem; adjetivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma espécie de
papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jecoral, jejum, jeira, jeito, Jeová,
jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, jerimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró,
jiquitaia, jirau, jiriti, jitirana, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê,
pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeito.
3º)Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão,
aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão,
remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso,
valsa; abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benesse, Cassilda,
codesso (identicamente Codessal ou Codassal, Codesseda, Codessoso, etc.), crasso, devassar,
dossel, egresso, endossar, escasso, fosso, gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso,
remessa, sossegar; acém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia,
Macedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço, Buçaco, caçanje,
caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção, linguiça, maçada, Mação, maçar,
Moçambique, Monção, muçulmano, murça, negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama,
quiçamba, Seiça (grafia que pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa), Seiçal, Suíça,
terço; auxílio, Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe.
4º)Distinção gráfica entre s de fim de sílaba (inicial ou interior) e x e z com idêntico valor
fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar, esplanada, esplêndido, espontâneo,

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espremer, esquisito, estender, Estremadura, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar,
extraordinário, inextricável, inexperto, sextante, têxtil; capazmente, infelizmente, velozmente. De
acordo com esta distinção convém notar dois casos:
a)Em final de sílaba que não seja final de palavra, o x = s muda para s sempre que está precedido
de i ou u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela Sistina), Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear,
mixto, sixtina, Sixto.
b)Só nos advérbios em –mente se admite z, com valor idêntico ao de s, em final de sílaba seguida de
outra consoante (cf. capazmente, etc.); de contrário, o s toma sempre o lugar de z: Biscaia, e
não Bizcaia.
5º)Distinção gráfica entre s final de palavra e x e z com idêntico valor fónico/fônico: aguarrás, aliás,
anis, após atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês, gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país,
português, Queirós, quis, retrós, revés, Tomás, Valdés; cálix, Félix, Fénix, flux; assaz, arroz, avestruz,
dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer), fiz, Forjaz, Galaaz, giz, jaez, matiz, petiz, Queluz,
Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito, deve observar-se que é inadmissível z final
equivalente a s em palavra não oxítona: Cádis, e não Cádiz.
6º)Distinção gráfica entre as letras interiores s, x e z, que representam sibilantes sonoras: aceso,
analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, besuntar, blusa, brasa, brasão, Brasil,
brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, defesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende,
frenesi ou frenesim, frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar,
homónimo/homônimo de Luso, nome mitológico), Matosinhos, Meneses, narciso, Nisa, obséquio,
ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa,
tisana, transe, trânsito, vaso; exalar, exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato,
inexorável; abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, bazar,
beleza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar,
lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza, Vizela, Vouzela.
Base IV
Das seqüências consonânticas
1º)O c, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (segundo c com valor de
sibilante), cç e ct, e o p das seqüências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se
conservam, ora se eliminam.
Assim:
a)Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da
língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico,
erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto.
b)Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação,
acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar,
batizar, Egito, ótimo.
c)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer
geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o
emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, se
ctor e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção.
d)Quando, nas seqüências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado
nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se,
respectivamente nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e
assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade.
2º)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer
geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b da
seqüência bd, em súbdito; o b da seqüência bt, em subtil e seus derivados; o g da seqüência gd,
em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopatia, amigdalot

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omia; o m da seqüência mn,
em amnistia, amnistiar, indemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente,
etc.; o t, da seqüência tm, em aritmética e aritmético.
Base V
Das vogais átonas
1º)O emprego do e e do i, assim como o do o e do u, em sílaba átona, regula-se fundamentalmente
pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas
grafias:
a)Com e e i: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal (prelado, ave
planta; diferente de cardial = “relativo à cárdia”), Ceará, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes,
lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha,
quase (em vez de quási), real, semear, semelhante, várzea; ameixial, Ameixieira, amial, amieiro,
arrieiro, artilharia, capitânia, cordial (adjetivo e substantivo), corriola, crânio, criar, diante, diminuir,
Dinis, ferregial, Filinto, Filipe (e identicamente Filipa, Filipinas, etc.), freixial, giesta, Idanha, igual,
imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso;
b)Com o e u: abolir, Alpendorada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar, costume, díscolo,
êmbolo, engolir, epístola, esbaforir-se, esboroar, farândola, femoral, Freixoeira, girândola, goela,
jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbolo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, távoa, tavoada,
távola, tômbola, veio (substantivo e forma do verbo vir); açular, água, aluvião, arcuense, assumir,
bulir, camândulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémur/fêmur, fístula, glândula, ínsua, jucundo,
légua, Luanda, lucubração, lugar, mangual, Manuel, míngua, Nicarágua, pontual, régua, tábua,
tabuada, tabuleta, trégua, virtualha.
2º)Sendo muito variadas as condições etimológicas e histórico-fonéticas em que se fixam
graficamente e e i ou o e u em sílaba átona, é evidente que só a consulta dos vocabulários ou
dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve empregar-se e ou i, se o ou u. Há, todavia, alguns
casos em que o uso dessas vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes:
a)Escrevem-se com e, e não com i, antes da sílaba tónica/tônica, os substantivos e adjetivos que
procedem de substantivos terminados em – eio e – eia, ou com eles estão em relação direta. Assim
se regulam: aldeão, aldeola, aldeota por aldeia; areal, areeiro, areento,
Areosa por areia; aveal por aveia; baleal por baleia; cadeado por cadeia; candeeiro por candeia; cent
eeira e centeeiro por centeio; colmeal e colmeeiro por colmeia; correada e correame por correia.
b)Escrevem-se igualmente com e, antes de vogal ou ditongo da sílaba tónica/tônica, os derivados de
palavras que terminam em e acentuado (o qual pode representar um antigo hiato: ea, ee): galeão,
galeota, galeote, de galé; coreano, de Coreia; daomeano, de Daomé; guineense,
de Guiné; poleame e poleeiro, de polé.
c)Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos
derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula – iano e –iense, os quais são o
resultado da combinação dos sufixos –ano e –ense com um i de origem analógica (baseado em
palavras onde –ano e –ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense,
flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis),
siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense (de Torre(s)).
d)Uniformizam-se com as terminações –io e –ia (átonas), em vez de –eo e –ea, os substantivos que
constituem variações, obtidas por ampliação, de outros substantivos terminados em
vogal: cúmio (popular), de cume; hástia, de haste; réstia, do antigo reste; véstia, de veste.
e)Os verbos em –ear podem distinguir-se praticamente, grande número de vezes, dos verbos em –
iar, quer pela formação, quer pela conjugação e formação ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso
todos os verbos que se prendem a substantivos em –eio ou –eia (sejam formados em português ou
venham já do latim); assim se regulam: aldear, por aldeia; alhear, alheio; cear, por ceia; encadear,
por cadeia; pear, por peia; etc. Estão no segundo caso todos os verbos que têm normalmente flexões
rizotónicas/rizotônicas em –eio, -eias, etc.: clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear,
hastear, nomear, semear, etc. Existem, no entanto, verbos em –iar, ligados a substantivos com as

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terminações átonas –ia ou –io, que admitem variantes na
conjugação: negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio (cf. prémio/prêmio); etc.
f)Não é lícito o emprego do u final átono em palavras de origem latina. Escreve-se, por isso: moto, em
vez de mótu (por exemplo, na expressão de moto próprio); tribo, em vez de tríbu.
g)Os verbos em –oar distinguem-se praticamente dos verbos em –uar pela sua conjugação nas
formas rizotónicas/rizotônicas, que têm sempre o na sílaba acentuada: abençoar com o,
como abençoo, abençoas, etc.; destoar, com o, como destoo, destoas, etc.: mas acentuar, com u,
como acentuo, acentuas, etc.
Base VI
Das vogais nasais
Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes preceitos:
1º)Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen,
representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de timbre a; por m, se possui qualquer outro
timbre e termina a palavra; e por n, se é de timbre diverso de a e está seguida de s: afã, grã, Grã-
Bretanha, lã, órfã, sã-braseiro (forma dialetal; o mesmo que são-brasense = de S. Brás de
Alportel); clarim, tom, vacum; flautins, semitons, zunzuns.
2º)Os vocábulos terminados em –ã transmitem esta representação do a nasal aos advérbios em –
mente que deles se formem, assim como a derivados em que entrem sufixos iniciados
por z: cristãmente, irmãmente, sãmente; lãzudo, maçãzita, manhãzinha, romãzeira.
Base VII
Dos ditongos
1º)Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distribuem-se por dois
grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento do ditongo é representado por i ou u: ai, ei,
éi, ui; au, eu, éu, iu, ou: braçais, caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar,
lençóis (mas lençoizinhos), tafuis, uivar, cacau, cacaueiro, deu, endeusar,
ilhéu (mas ilheuzito), mediu, passou, regougar.
Obs: Admitem-se, todavia, excepcionalmente, à parte destes dois grupos, os ditongos
grafados ae(= âi ou ai) e ao (= âu ou au): o primeiro, representado nos
antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos derivados e compostos
(caetaninha, são-caetano, etc.); o segundo, representado nas combinações da preposição a com as
formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao e aos.
2º)Cumpre fixar, a propósito dos ditongos orais, os seguintes preceitos particulares:
a)É o ditongo grafado ui, e não a seqüência vocálica grafada ue, que se emprega nas formas de 2a e
3a pessoas do singular do presente do indicativo e igualmente na da 2a pessoa do singular do
imperativo dos verbos em – uir: constituis, influi, retribui. Harmonizam-se, portanto, essas formas com
todos os casos de ditongo grafado ui de sílaba final ou fim de palavra (azuis, fui, Guardafui, Rui, etc.);
e ficam assim em paralelo gráfico-fonético com as formas de 2a e 3a pessoas do singular do presente
do indicativo e de 2a pessoa do singular do imperativo dos verbos em – air e em – oer: atrais, cai,
sai; móis, remói, sói.
b)É o ditongo grafado ui que representa sempre, em palavras de origem latina, a união de um u a
um i átono seguinte. Não divergem, portanto, formas como fluido de formas como gratuito. E isso não
impede que nos derivados de formas daquele tipo as vogais grafadas u e i se
separem: fluídico, fluidez (u-i).
c)Além, dos ditongos orais propriamente ditos, os quais são todos decrescentes, admite-se, como é
sabido, a existência de ditongos crescentes. Podem considerar-se no número deles as seqüências
vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas, tais as que se representam graficamente por ea, eo, ia, ie, io, oa,
ua, ue, uo: áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, ténue/tênue, tríduo.

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3º)Os ditongos nasais, que na sua maioria tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, pertencem
graficamente a dois tipos fundamentais: ditongos representados por vogal com til e semivogal;
ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m. Eis a indicação de uns e
outros:
a)Os ditongos representados por vogal com til e semivogal são quatro, considerando-se apenas a
língua padrão contemporânea: ãe (usado em vocábulos oxítonos e derivados), ãi (usado em
vocábulos anoxítonos e derivados), ão e õe. Exemplos: cães, Guimarães, mãe, mãezinha; cãibas,
cãibeiro, cãibra, zãibo; mão, mãozinha, não, quão, sótão, sotãozinho, tão; Camões, orações,
oraçõezinhas, põe, repões. Ao lado de tais ditongos pode, por exemplo, colocar-se o ditongo ũi; mas
este, embora se exemplifique numa forma popular como rũi = ruim, representa-se sem o til nas
formas muito e mui, por obediência à tradição.
b)Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m são dois: am e em.
Divergem, porém, nos seus empregos:
i)am (sempre átono) só se emprega em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram;
ii)em (tónico/tônico ou átono) emprega-se em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo
flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição, pela acentuação ou,
simultaneamente, pela posição e pela acentuação: bem, Bembom, Bemposta, cem, devem, nem,
quem, sem, tem, virgem; Bencanta, Benfeito, Benfica, benquisto, bens, enfim, enquanto,
homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amém(variação de ámen), armazém, convém,
mantém, ninguém, porém, Santarém, também; convêm, mantêm, têm (3as pessoas do
plural); armazéns, desdéns, convéns, reténs; Belenzada, vintenzinho.
Base VIII
Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
1º)Acentuam-se com acento agudo:
a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas –a, –e ou –o,
seguidas ou não de –s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s), dominó(s), paletó(s),
só(s).
Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em –e tónico/tônico, geralmente
provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora
como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento
circunflexo: bebé ou bebê; bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guich
é ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente
admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro.
b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a
terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada –a, após a assimilação e perda das consoantes finais
grafadas –r, –s ou –z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-
lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s)-iam (de habitar-la(s)-iam), trá-la(s)-
á (de trar-la(s)-á);
c)As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado –em (exceto as
formas da 3a pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm,
sustêm; advêm, provêm; etc) ou –ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns,
porém, provém, provéns, também;
d)As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados –éi, –éu ou –ói, podendo estes dois últimos
ser seguidos ou não de –s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s),
véu(s); corrói (de corroer), herói(s),remói (de remoer), sóis.
2º)Acentuam-se com acento circunflexo:

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a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o,
seguidas ou não de –s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s),
pôs (de pôr), robô(s).
b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos –lo(s) ou –la(s), ficam a
terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, após a assimilação e perda
das consoantes finais grafadas –r, –s ou –z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-
lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-
la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).
3º)Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas
heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de
cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da
preposição por.
Base IX
Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas
1º)As palavras paroxítona não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa,
Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente,
moçambicano.
2º)Recebem, no entanto, acento agudo:
a)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas
grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em –l, –n, –r, –x e –ps, assim como, salvo raras
exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a
proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), r
éptil (pl. réptéis; var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme,
pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúm
en (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres),
caráter ou carácter (mas pl. carateresou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex;
var. córtice, pl. córtices), índex (pl. index; var. índice, pl. índices), tórax, (pl. tórax ou tóraxes;
var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps(pl. fórceps; var. fórcipe,
pl. fórcipes).
Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de
sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas
pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou
circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ôni
x.
b)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e,
o e ainda i ou u e que terminam em –ã(s), –ão(s), –ei(s), –i(s), –um, –uns ou –
us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóq
uei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl.
de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); be
ribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e
pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.).
Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de
sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas
pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se
fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus
e tônus, Vénus e Vênus.
3º)Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das
palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na
sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico,
epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia,

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boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo
comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.
4º)É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do
tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo
(amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas
variantes do português.
5º)Recebem acento circunflexo:
a)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e,
o e que terminam em –l, –n, –r ou –x, assim como as respectivas formas do plural, algumas das quais
se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon,
var. cânone,
(pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer,
Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices).
b)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e,
o e que terminam em –ão(s), –eis, –i(s) ou –us: bênção(s), côvão(s), Estêvão,
zângão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (p
l. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.
c)As formas verbais têm e vêm, 3as pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são
foneticamente paroxítonas (respectivamente /tãjãj/, /vãjãj/ ou /tẽẽj/, /vẽẽj/ ou ainda /tẽjẽj/, /vẽjẽj/; cf. as
antigas grafias preteridas, tẽem, vẽem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3as pessoas do
singular do presente do indicativo ou 2as pessoas do singular do imperativo; e também as
correspondentes formas compostas, tais
como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvê
m (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. ma
ntém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detẽem, intervẽem, mantẽem, provẽem,
etc.
6º)Assinalam-se com acento circunflexo:
a)Obrigatoriamente, pôde (3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue
da correspondente forma do presente do indicativo (pode).
b)Facultativamente, dêmos (1a pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da
correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta
de forma (substantivo; 3a pessoa do singular do presente do indicativo ou 2a pessoa do singular do
imperativo do verbo formar).
7º)Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico
oral fechado em hiato com a terminação –em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do
conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem,
redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.
8º)Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a
grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão
de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc.
9º)Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que,
tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas.
Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para,
preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é),
flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo,
e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.
10º)Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas
heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão

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de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e
elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo,
e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este,
e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e
substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó), flexão de pilotar, etc.
Base X
Da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas
1º)As vogais tóncias/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo
quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam
sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí,
atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde,
atraíam (de atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo,
influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.
2º)As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento
agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a
consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul,
Raul; Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; at-
rairn. demiuñrgo, influir, influirmos; juiz, raiz; etc.
3º)Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tónica/tônica grafada i das
formas oxítonas terminadas em r dos verbos em –air e –uir, quando estas se combinam com as
formas pronominais clíticas –lo(s), –la(s), que levam à assimilação e perda daquele –r: atraí-
lo(s) (de atrair-lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-la(s)); possuí-la(s)-
ia (de possuir-la(s)-ia).
4º)Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas,
quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno,
cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio), saiinha (de saia).
5º)Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando, precedidas de
ditongo, pertencem as palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús,
tuiuiú, tuiuiús.
Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispensam o acento
agudo: cauim.
6º)Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, quando precedidos de
vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul).
7º)Os verbos arguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas
formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguas, argua, arguam. Os verbos
do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir e afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas
igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de averiguo, averiguas, averigua,
averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua,
enxaguam; enxague, enxagues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem;
mas delinquimos, delinquís) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas fónica/fônica e
graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua,
averíguam; averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua,
enxáguaim; enxágue, enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques; delínque,
delínquem; delínqua, delínquas, delínqua, delinquám).
Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registre-se que os verbos em –
ingir (atingir, cingir, constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em –inguir sem prolação
do u (distinguir, extinguir, etc.) têm grafias absolutamente regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos,
etc; distingo, distinga, distingue, distinguimos, etc.)
Base XI

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Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
1º)Levam acento agudo:
a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e,
o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido,
exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;
b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais
abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por
seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes
(-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie,
série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.
2º)Levam acento circunflexo:
a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a
vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico,
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego,
nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;
b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba
tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente
consideradas como ditongos crescentes:amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.
3º)Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas
vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais
grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas
da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo,
fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio,
blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.
Base XII
Do emprego do acento grave
1º)Emprega-se o acento grave:
a)Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome
demonstrativo o: à (de a + a), às (de a + as);
b)Na contração da preposição a com os demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo ou
ainda da mesma preposição com os compostos aqueloutro e suas flexões: àquele(s), àquela(s),
àquilo; àqueloutro(s), àqueloutra(s);
Base XIII
Da supressão dos acentos em palavras derivadas
1º)Nos advérbios em –mente, derivados de adjetivos com acento agudo ou circunflexo, estes são
suprimidos: avidamente (de ávido), debilmente (de débil), facilmente (de fácil), habilmente (de hábil), i
ngenuamente (de ingênuo), lucidamente (de lúcido), mamente (de má), somente (de só), unicamente
(de único),
etc.; candidamente (de cândido), cortesmente (de cortês), dinamicamente (de dinâmico), espontanea
mente (de espontâneo),portuguesmente (de português), romanticamente (de romântico).
2º)Nas palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por z e cujas formas de base apresentam
vogas tónica/tônica com acento agudo ou circunflexo, estes são
suprimidos: aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), bebezito (de bebê), cafezada (de café), chapeu
zinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de herói), ilheuzito (de ilhéu), mazinha (de má), orfãoz
inho (de órfão), vintenzito (de vintém),

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etc.; avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazita (de lâmpada), pessegozito (de pêsseg
o).
Base XIV
Do trema
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas.
Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja separação de duas vogais que normalmente
formam ditongo: saudade, e não saüdade, ainda que tetrassílabo; saudar, e não saüdar, ainda que
trissílabo; etc.
Em virtude desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir, em sílaba átona,
um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para distinguir, também em sílaba átona, um i ou
um u de um ditongo precedente, quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu ou
de qu de um e ou i seguintes: arruinar, constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura,
paraibano, reunião; abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; aguentar, anguiforme, arguir,
bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista, linguístico; cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo,
ubiquidade.
Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em palavras derivadas de
nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.
Base XV
Do hífen em compostos, locuções e
encadeamentos vocabulares
1º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e
cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade
sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento
estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-
cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-
grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-
escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-
gotas, finca-pé, guarda-chuva.
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição,
grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas,
paraquedista, etc.
2º)Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou
por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-
Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-
Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.
Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem
hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O
topónimo/topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.
3º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas,
estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-
doce, feijão-verde; benção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-
quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-grande, cobra-
capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d’água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de
um pássaro).
4º)Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o
elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal
ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário do mal, pode não se aglutinar com palavras
começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar,

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bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-
ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-
nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).
Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este
tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.
5º)Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico,
além-mar, além-fronteiras; aquém-mar, aquém-Pirenéus; recém-casado, recém-nascido; sem-
cerimônia, sem-número, sem-vergonha.
6º)Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,
prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já
consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo de emprego sem
hífen as seguintes locuções:
a)Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar;
b)Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho;
c)Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja;
d)Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe
a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso;
e)Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de,
debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a;
f)Conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que.
7º)Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando,
não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-
Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique),
e bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topónimos/topônimos (tipo: Áustria-
Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, etc.).
Base XVI
Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação
1º)Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-,
hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por
recomposição, isto é, com elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais
como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-,
neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes
casos:
a)Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiénico/anti-higiênico, circum-
hospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático,
super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neo-
helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.
Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas
quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.
b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o
segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-
observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.
Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo
quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.

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c)Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por
vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado,
circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.
d)Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados
por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
e)Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-,
vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-
piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei.
f)Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró- quando o
segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas
átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-
tônicos (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).
2º)Não se emprega, pois, o hífen:
a)Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo
pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra,
comtrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como biorritmo, biossatélite,
eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia.
b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos.
Assim: antiaéreo, coeducação, extraescolar; aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem,
agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.
3º)Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de
origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro
elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica
dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.
Base XVII
Do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver
1º)Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese: amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei, enviar-lhe-
emos.
2º)Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas monossilábicas do presente do
indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc.
Obs.: 1. Embora estejam consagradas pelo uso as formas verbais quer e requer, dos
verbos querer e requerer, em vez de quere e requere, estas últimas formas conservam-se, no
entanto, nos casos de ênclise: quere-o(s), requere-o(s). Nestes contextos, as formas (legítimas,
aliás) qué-lo e requé-lo são pouco usadas.
2. Usa-se também o hífen nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me, ei-
lo) e ainda nas combinações de formas pronominais do tipo no-lo, vo-las, quando em próclise (por
ex.: esperamos que no-lo comprem).
Base XVIII
Do apóstrofo
1º)São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:
a)Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando
um elemento ou fração respectiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto: d’ Os
Lusíadas, d’ Os Sertões; n’ Os Lusíadas, n’ Os Sertões; pel’ Os Lusíadas, pel’ Os Sertões. Nada
obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o

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exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os
Lusíadas, etc.
As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do
apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares
imediatos: a A Relíquia, aOs Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os
Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura
a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.
b)Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabular, quando um
elemento ou fração respectiva é forma pronominal e se lhe quer dar realce com o uso de
maiúscula: d’Ele, n’Ele, d’Aquele, n’Aquele, d’O, n’O, pel’O, m’O, t’O, lh’O, casos em que a segunda
parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d’Ela, n’Ela, d’Aquela, d’A, n’A, pel’A, m’A,
t’A, lh’A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência,
etc. Exemplos frásicos: confiamos n’O que nos salvou; esse milagre revelou-m’O; está n’Ela a nossa
esperança; pugnemos pel’A que é nossa padroeira.
À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto que sem uso do
apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma pronominal realçada pela maiúscula: a
O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a
combinação fonética: a O = ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo pode; a
Aquela que nos protege.
c)Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológio, quando
importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant’Ana, Sant’Iago, etc. É, pois, correto
escrever: Calçada de Sant’Ana, Rua de Sant’Ana; culto de Sant’Iago, Ordem de Sant’Iago. Mas, se
as ligações deste gênero, como é o caso destas mesmas Sant’Ana e Sant’Iago, se tornam perfeitas
unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana
de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de Santiago, Santiago do Cacém.
Em paralelo com a grafia Sant’Ana e congêneres, emprega-se também o apóstrofo nas ligações de
duas formas antroponímicas, quando é necessário indicar que na primeira se elide um o
final: Nun’Álvares, Pedr’Eanes.
Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de
modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno Álvares, Pedro Álvares, etc.
d)Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da
preposição de, em combinação com substantivos: borda-d’água, cobra-d’água, copo-d’água, estrela-
d’alva, galinha-d’água, mãe-d’água, pau-d’água, pau-d’alho, pau-d’arco, pau-d’óleo.
2º)São os seguintes os casos em que não se usa o apóstrofo:
Não é admissível o uso do apóstrofo nas combinações das preposições de e em com as formas do
artigo definido, com formas pronominais diversas e com formas adverbiais (excetuado o que se
estabelece nas alíneas 1º) a) e 1º) b)). Tais combinações são representadas:
a)Por uma só forma vocabular, se constituem, de modo fixo, uniões perfeitas:
i) do, da, dos, das; dele, dela, deles, delas; deste, desta, destes, destas, disto; desse, dessa, desses,
dessas, disso; daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo; destoutro, destoutra, destoutros,
destoutras; dessoutro, dessoutra, dessoutros, dessoutras; daqueloutro, daqueloutra, daqueloutros,
daqueloutras; daqui; daí; dali; dacolá; donde; dantes (= antigamente);
ii) no, na, nos, nas; nele, nela, neles, nelas; neste, nesta, nestes, nestas, nisto; nesse, nessa, nesses,
nessas, nisso; naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo; nestoutro, nestoutra, nestoutros,
nestoutras; nessoutro, nessoutra, nessoutros, nessoutras; naqueloutro, naqueloutra, naqueloutros,
naqueloutras; num, numa, nuns, numas; noutro, noutra, noutros, noutras, noutrem; nalgum, nalguma,
nalguns, nalgumas, nalguém.
b)Por uma ou duas formas vocabulares, se não constituem, de modo fixo, uniões perfeitas (apesar de
serem correntes com esta feição em algumas pronúncias): de um, de uma, de uns, de umas, ou dum,

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duma, duns, dumas; de algum, de alguma, de alguns, de algumas, de alguém, de algo, de algures, de
alhures, ou dalgum, dalguma, dalguns, dalgumas, dalguém, dalgo, dalgures, dalhures; de outro, de
outra, de outros, de outras, de outrem, de outrora, ou doutro, doutra, doutros, doutras, doutrem,
doutrora; de aquém ou daquém; de além ou dalém; de entre ou dentre.
De acordo com os exemplos deste último tipo, tanto se admite o uso da locução adverbial de ora
avante como do advérbio que representa a contração dos seus três elementos: doravante.
Obs.: Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou pronominais o, a, os, as, ou
com quaisquer pronomes ou advérbios começados por vogal, mas acontece estarem essas palavras
integradas em construções de infinitivo, não se emprega o apóstrofo, nem se funde a preposição com
a forma imediata, escrevendo-se estas duas separadamente: a fim de ele compreender; apesar de o
não ter visto; em virtude de os nossos pais serem bondosos; o fato de o conhecer; por causa de aqui
estares.
Base XIX
Das minúsculas e maiúsculas
1º)A letra minúscula inicial é usada:
a)Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.
b)Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera.
c)Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos,
podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor
do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho ou Menino de engenho, Árvore
e Tambor ou Árvore e tambor.
d)Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
e)Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas); norte, sul (mas: SW sudoeste).
f)Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com
maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa
Filomena (ou Santa Filomena).
g)Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com
maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas
modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).
2º)A letra maiúscula inicial é usada:
a)Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote.
b)Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida,
Hespéria.
c)Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno / Netuno.
d)Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência
Social.
e)Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos.
f)Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S.
Paulo).
g)Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste
do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente,
por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático.

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h)Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas,
iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H2O; Sr., V. Exa.
i)Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início
de versos, em categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos
Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de
edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha).
Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras
especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas
(terminologias antropológica, geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de
entidades científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente.
Base XX
Da divisão silábica
A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-
nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, tme-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos
constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co,
e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cú-sti-co, i-ná-bil, o-bo-val, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários
preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha,
mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:
1º)São indivisíveis no interior da palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a
frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou sejam (com exceção
apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em b, ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar,
etc., em vez de a- blegação, a- dligar, su- blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira
consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: a-
blução, cele- brar, du- plicação, re- primir, a- clamar, de- creto, de- glutição, re- grado; a- tlético, cáte-
dra, períme- tro; a- fluir, a- fricano, ne- vrose.
2º)São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem
propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e uma
consoante: ab- dicar, Ed- gardo, op- tar, sub- por, ab- soluto, ad- jetivo, af- ta, bet- samita, íp- silon,
ob- viar, des- cer, dis- ciplina, flores- cer, nas- cer, res- cisão; ac- ne, ad- mirável, Daf- ne, diafrag-
ma, drac- ma, ét- nico, rit- mo, sub- meter, am- nésico, interam- nense; bir- reme, cor- roer, pror-
rogar, as- segurar, bis- secular, sos- segar, bissex- to, contex- to, ex- citar, atroz- mente, capaz-
mente, infeliz- mente; am- bição, desen- ganar, en- xame, man- chu, Mân- lio, etc.
3º)As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou
mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são
indivisíveis (de acordo com o preceito 1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante
ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos,
a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: cam- braia, ec- tlipse,
em- blema, ex- plicar, in- cluir, ins- crição, subs- crever, trans- gredir, abs- tenção, disp- neia, inters-
telar, lamb- dacismo, sols- ticial, Terp- sícore, tungs- tênio.
4º)As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos
deste tipo nunca se separam: ai- roso, cadei- ra, insti- tui, ora- ção, sacris- tães, traves- sões) podem,
se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na
escrita: ala- úde, áre- as, ca- apeba, co- ordenar, do- er, flu- idez, perdo- as, vo- os. O mesmo se
aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai- ais,
cai- eis, ensai- os, flu- iu.
5º)Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo
imediato (ne- gue, ne- guei; pe- que, pe- quei), do mesmo modo que as combinações gu e qu em que
o u se pronuncia: á- gua, ambí- guo, averi- gueis, longín-quos, lo- quaz, quais- quer.
6º) Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um
hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por

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clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- -alferes, serená- -los-
emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante.
Base XXI
Das assinaturas e firmas
Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote
na assinatura do seu nome.
Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de
sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público.
ANEXO II
NOTA EXPLICATIVA DO
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
(1990)
1. Memória breve dos acordos ortográficos
A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, tem sido
considerada como largamente prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu
prestígio no Mundo.
Tal situação remonta, como é sabido, a 1911, ano em que foi adotada em Portugal a primeira grande
reforma ortográfica, mas que não foi extensiva ao Brasil.
Por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, em consonância com a Academia das Ciências de
Lisboa, com o objetivo de se minimizarem os inconvenientes desta situação, foi aprovado em 1931 o
primeiro acordo ortográfico entre Portugal e o Brasil. Todavia, por razões que não importa agora
mencionar, este acordo não produziu, afinal, a tão desejada unificação dos dois sistemas
ortográficos, fato que levou mais tarde à convenção ortográfica de 1943. Perante as divergências
persistentes nos Vocabulários entretanto publicados pelas duas Academias, que punham em
evidência os parcos resultados práticos do acordo de 1943, realizou-se, em 1945, em Lisboa, novo
encontro entre representantes daquelas duas agremiações, o qual conduziu à chamada Convenção
Ortográfica Luso-Brasileira de 1945. Mais uma vez, porém, este acordo não produziu os almejados
efeitos, já que ele foi adotado em Portugal, mas não no Brasil.
Em 1971, no Brasil, e em 1973, em Portugal, foram promulgadas leis que reduziram
substancialmente as divergências ortográficas entre os dois países. Apesar destas louváveis
iniciativas, continuavam a persistir, porém, divergências sérias entre os dois sistemas ortográficos.
No sentido de as reduzir, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras
elaboraram em 1975 um novo projeto de acordo que não foi, no entanto, aprovado oficialmente por
razões de ordem política, sobretudo vigentes em Portugal.
E é neste contexto que surge o encontro do Rio de Janeiro, em Maio de 1986, e no qual se
encontram, pela primeira vez na história da língua portuguesa, representantes não apenas de
Portugal e do Brasil mas também dos cinco novos países africanos lusófonos entretanto emergidos
da descolonização portuguesa.
O Acordo Ortográfico de 1986, conseguido na reunião do Rio de Janeiro, ficou, porém, inviabilizado
pela reação polêmica contra ele movida sobretudo em Portugal.
2.Razões do fracasso dos acordos ortográficos
Perante o fracasso sucessivo dos acordos ortográficos entre Portugal e o Brasil, abrangendo o de
1986 também os países lusófonos de África, importa refletir seriamente sobre as razões de tal
malogro.

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Analisando sucintamente o conteúdo dos acordos de 1945 e de 1986, a conclusão que se colhe é a
de que eles visavam impor uma unificação ortográfica absoluta.
Em termos quantitativos e com base em estudos desenvolvidos pela Academia das Ciências de
Lisboa, com base num corpus de cerca de 110.000 palavras, conclui-se que o Acordo de 1986
conseguia a unificação ortográfica em cerca de 99,5% do vocabulário geral da língua. Mas
conseguia-a sobretudo à custa da simplificação drástica do sistema de acentuação gráfica, pela
supressão dos acentos nas palavras proparoxítonas e paroxítonas, o que não foi bem aceito por uma
parte substancial da opinião pública portuguesa.
Também o acordo de 1945 propunha uma unificação ortográfica absoluta que rondava os 100% do
vocabulário geral da língua. Mas tal unificação assentava em dois princípios que se revelaram
inaceitáveis para os brasileiros:
a)Conservação das chamadas consoantes mudas ou não articuladas, o que correspondia a uma
verdadeira restauração destas consoantes no Brasil, uma vez que elas tinham há muito sido
abolidas.
b)Resolução das divergências de acentuação das vogais tônicas e e o, seguidas das consoantes
nasais m e n, das palavras proparoxítonas (ou esdrúxulas) no sentido da prática portuguesa, que
consistia em as grafar com acento agudo e não circunflexo, conforme a prática brasileira.
Assim se procurava, pois, resolver a divergência de acentuação gráfica de palavras
como António e Antônio, cómodo e cômodo, género e gênero, oxigénio e oxigênio, etc., em favor da
generalização da acentuação com o diacrítico agudo. Esta solução estipulava, contra toda a tradição
ortográfica portuguesa, que o acento agudo, nestes casos, apenas assinalava a tonicidade da vogal e
não o seu timbre, visando assim resolver as diferenças de pronúncia daquelas mesmas vogais.
A inviabilização prática de tais soluções leva-nos à conclusão de que não é possível unificar por via
administrativa divergências que assentam em claras diferenças de pronúncia, um dos critérios, aliás,
em que se baseia o sistema ortográfico da língua portuguesa.
Nestas condições, há que procurar uma versão de unificação ortográfica que acautele mais o futuro
do que o passado e que não receie sacrificar a simplificação também pretendida em 1986, em favor
da máxima unidade possível. Com a emergência de cinco novos países lusófonos, os fatores de
desagregação da unidade essencial da língua portuguesa far-se-ão sentir com mais acuidade e
também no domínio ortográfico. Neste sentido importa, pois, consagrar uma versão de unificação
ortográfica que fixe e delimite as diferenças atualmente existentes e previna contra a desagregação
ortográfica da língua portuguesa.
Foi, pois, tendo presentes estes objetivos, que se fixou o novo texto de unificação ortográfica, o qual
representa uma versão menos forte do que as que foram conseguidas em 1945 e 1986. Mas ainda
assim suficientemente forte para unificar ortograficamente cerca de 98% do vocabulário geral da
língua.
3.Forma e substância do novo texto
O novo texto de unificação ortográfica agora proposto contém alterações de forma (ou estrutura) e de
conteúdo, relativamente aos anteriores. Pode dizer-se, simplificando, que em termos de estrutura se
aproxima mais do acordo de 1986, mas que em termos de conteúdo adota uma posição mais
conforme com o projeto de 1975, atrás referido.
Em relação às alterações de conteúdo, elas afetam sobretudo o caso das consoantes mudas ou não
articuladas, o sistema de acentuação gráfica, especialmente das esdrúxulas, e a hifenação.
Pode dizer-se ainda que, no que respeita às alterações de conteúdo, de entre os princípios em que
assenta a ortografia portuguesa, se privilegiou o critério fonético (ou da pronúncia) com um certo
detrimento para o critério etimológico.
É o critério da pronúncia que determina, aliás, a supressão gráfica das consoantes mudas ou não
articuladas, que se têm conservado na ortografia lusitana essencialmente por razões de ordem
etimológica.

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É também o critério da pronúncia que nos leva a manter um certo número de grafias duplas do tipo
de caráter e carácter, facto e fato, sumptuoso e suntuoso, etc.
É ainda o critério da pronúncia que conduz à manutenção da dupla acentuação gráfica do tipo
de económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou
de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc.
Explicitam-se em seguida as principais alterações introduzidas no novo texto de unificação
ortográfica, assim como a respectiva justificação.
4.Conservação ou supressão das consoantes c, p, b, g, m e t em certas seqüências consonânticas
(Base IV)
4.1.Estado da questão
Como é sabido, uma das principais dificuldades na unificação da ortografia da língua portuguesa
reside na solução a adotar para a grafia das consoantes c e p, em certas seqüências consonânticas
interiores, já que existem fortes divergências na sua articulação.
Assim, umas vezes, estas consoantes são invariavelmente proferidas em todo o espaço geográfico
da língua portuguesa, conforme sucede em casos
como compacto, ficção, pacto; adepto, aptidão, núpcias; etc.
Neste caso, não existe qualquer problema ortográfico, já que tais consoantes não podem deixar de
grafar-se (v. Base IV, 1º a).
Noutros casos, porém, dá-se a situação inversa da anterior, ou seja, tais consoantes não são
proferidas em nenhuma pronúncia culta da língua, como acontece
em acção, afectivo, direcção; adopção, exacto, óptimo; etc. Neste caso existe um problema. É que na
norma gráfica brasileira há muito estas consoantes foram abolidas, ao contrário do que sucede na
norma gráfica lusitana, em que tais consoantes se conservam. A solução que agora se adota (v. Base
IV, 1º b) é a de as suprimir, por uma questão de coerência e de uniformização de critérios (vejam-se
as razões de tal supressão adiante, em 4.2.).
As palavras afectadas por tal supressão representam 0,54% do vocabulário geral da língua, o que é
pouco significativo em termos quantitativos (pouco mais de 600 palavras em cerca de 110.000). Este
número é, no entanto, qualitativamente importante, já que compreende vocábulos de uso muito
frequente (como, por ex., acção, actor, actual, colecção, colectivo, correcção, direcção, director,
electricidade, factor, factura, inspector, lectivo, óptimo, etc.).
O terceiro caso que se verifica relativamente às consoantes c e p diz respeito à oscilação de
pronúncia, a qual ocorre umas vezes no interior da mesma norma culta (cf. por
ex., cacto ou cato, dicção ou dição, sector ou setor, etc.), outras vezes entre normas cultas distintas
(cf., por ex., facto, receção em Portugal, mas fato, recepção no Brasil).
A solução que se propõe para estes casos, no novo texto ortográfico, consagra a dupla grafia (v.
Base IV, 1º c).
A estes casos de grafia dupla devem acrescentar-se as poucas variantes do tipo
de súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, amnistia e anistia, aritmética e arimética, nas
quais a oscilação da pronúncia se verifica quanto às consoantes b, g, m e t (v. Base IV, 2º).
O número de palavras abrangidas pela dupla grafia é de cerca de 0,5% do vocabulário geral da
língua, o que é pouco significativo (ou seja, pouco mais de 575 palavras em cerca de 110.000),
embora nele se incluam também alguns vocábulos de uso muito frequente.
4.2. Justificação da supressão de consoantes não articuladas (Base IV 1º b)
As razões que levaram à supressão das consoantes mudas ou não articuladas em palavras
como ação (acção), ativo (activo), diretor (director), ótimo (óptimo) foram essencialmente as
seguintes:

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a)O argumento de que a manutenção de tais consoantes se justifica por motivos de ordem
etimológica, permitindo assinalar melhor a similaridade com as palavras congêneres das outras
línguas românicas, não tem consistência. Por outro lado, várias consoantes etimológicas se foram
perdendo na evolução das palavras ao longo da história da língua portuguesa. Vários são, por outro
lado, os exemplos de palavras deste tipo, pertencentes a diferentes línguas românicas, que, embora
provenientes do mesmo étimo latino, revelam incongruências quanto à conservação ou não das
referidas consoantes.
É o caso, por exemplo, da palavra objecto, proveniente do latim objectu-, que até agora conservava
o c, ao contrário do que sucede em francês (cf. objet), ou em espanhol (cf. objeto). Do mesmo
modo projecto (de projectu-) mantinha até agora a grafia com c, tal como acontece em espanhol
(cf. proyecto), mas não em francês (cf. projet). Nestes casos o italiano dobra a consoante, por
assimilação (cf. oggetto e progetto). A palavra vitória há muito se grafa sem c, apesar do
espanhol victoria, do francês victoire ou do italiano vittoria. Muitos outros exemplos se poderiam citar.
Aliás, não tem qualquer consistência a ideia de que a similaridade do português com as outras
línguas românicas passa pela manutenção de consoantes etimológicas do tipo mencionado.
Confrontem-se, por exemplo, formas como as seguintes: port. acidente (do lat. accidente-),
esp. accidente, fr. accident, it. accidente; port. dicionário (do lat. dictionariu-), esp. diccionario,
fr. dictionnaire, it. dizionario; port. ditar (do lat. dictare), esp. dictar, fr. dicter, it. dettare;
port. estrutura (de structura-), esp. estructura, fr. structure, it. struttura; etc.
Em conclusão, as divergências entre as línguas românicas, neste domínio, são evidentes, o que não
impede, aliás, o imediato reconhecimento da similaridade entre tais formas. Tais divergências
levantam dificuldades à memorização da norma gráfica, na aprendizagem destas línguas, mas não é
com certeza a manutenção de consoantes não articuladas em português que vai facilitar aquela
tarefa.
b)A justificação de que as ditas consoantes mudas travam o fechamento da vogal precedente
também é de fraco valor, já que, por um lado, se mantêm na língua palavras com vogal pré-tónica
aberta, sem a presença de qualquer sinal diacrítico, como em corar, padeiro, oblação, pregar (= fazer
uma prédica), etc., e, por outro, a conservação de tais consoantes não impede a tendência para o
ensurdecimento da vogal anterior em casos como accionar, actual, actualidade, exactidão, tactear,
etc.
c)É indiscutível que a supressão deste tipo de consoantes vem facilitar a aprendizagem da grafia das
palavras em que elas ocorriam.
De fato, como é que uma criança de 6-7 anos pode compreender que em palavras
como concepção, excepção, recepção, a consoante não articulada é um p, ao passo que em
vocábulos como correcção, direcção, objecção, tal consoante é um c?
Só à custa de um enorme esforço de memorização que poderá ser vantajosamente canalizado para
outras áreas da aprendizagem da língua.
d)A divergência de grafias existente neste domínio entre a norma lusitana, que teimosamente
conserva consoantes que não se articulam em todo o domínio geográfico da língua portuguesa, e a
norma brasileira, que há muito suprimiu tais consoantes, é incompreensível para os lusitanistas
estrangeiros, nomeadamente para professores e estudantes de português, já que lhes cria
dificuldades suplementares, nomeadamente na consulta dos dicionários, uma vez que as palavras em
causa vêm em lugares diferentes da ordem alfabética, conforme apresentam ou não a consoante
muda.
e)Uma outra razão, esta de natureza psicológica, embora nem por isso menos importante, consiste
na convicção de que não haverá unificação ortográfica da língua portuguesa se tal disparidade não
for revolvida.
f)Tal disparidade ortográfica só se pode resolver suprimindo da escrita as consoantes não articuladas,
por uma questão de coerência, já que a pronúncia as ignora, e não tentando impor a sua grafia
àqueles que há muito as não escrevem, justamente por elas não se pronunciarem.
4.3. Incongruências aparentes

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A aplicação do princípio, baseado no critério da pronúncia, de que as consoantes c e p em certas
sequências consonânticas se suprimem, quando não articuladas, conduz a algumas incongruências
aparentes, conforme sucede em palavras como apocalítico ou Egito (sem p, já que este não se
pronuncia), a par de apocalipse ou egipcio (visto que aqui o p se articula), noturno (sem c, por este
ser mudo), ao lado de noctívago (com c por este se pronunciar), etc.
Tal incongruência é apenas aparente. De fato, baseando-se a conservação ou supressão daquelas
consoantes no critério da pronúncia, o que não faria sentido era mantê-las, em certos casos, por
razões de parentesco lexical. Se se abrisse tal exceção, o utente, ao ter que escrever determinada
palavra, teria que recordar previamente, para não cometer erros, se não haveria outros vocábulos da
mesma família que se escrevessem com este tipo de consoante.
Aliás, divergências ortográficas do mesmo tipo das que agora se propõem foram já aceites nas Bases
de 1945 (v. Base VI, último parágrafo), que consagraram grafias como assunção ao lado
de assumptivo, cativo, a par de captor e captura, dicionário, mas dicção, etc. A razão então aduzida
foi a de que tais palavras entraram e se fixaram na língua em condições diferentes. A justificação da
grafia com base na pronúncia é tão nobre como aquela razão.
4.4. Casos de dupla grafia (Base IV, 1º c, d e 2º)
Sendo a pronúncia um dos critérios em que assenta a ortografia da língua portuguesa, é inevitável
que se aceitem grafias duplas naqueles casos em que existem divergências de articulação quanto às
referidas consoantes ce p e ainda em outros casos de menor significado. Torna-se, porém,
praticamente impossível enunciar uma regra clara e abrangente dos casos em que há oscilação entre
o emudecimento e a prolação daquelas consoantes, já que todas as sequências consonânticas
enunciadas, qualquer que seja a vogal precedente, admitem as duas alternativas: cacto e cato,
caracteres e carateres, dicção e dição, facto e fato, sector e setor; ceptro e cetro; concepção e conce
ção, recepção e receção; assumpção e assunção, peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso;
etc.
De um modo geral pode dizer-se que, nestes casos, o emudecimento da consoante (exceto
em dicção, facto, sumptuoso e poucos mais) se verifica, sobretudo, em Portugal e nos países
africanos, enquanto no Brasil há oscilação entre a prolação e o emudecimento da mesma consoante.
Também os outros casos de dupla grafia (já mencionados em 4.1.), do tipo
de súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, omnisciente e onisciente, aritmética e arimética
, muito menos relevantes em termos quantitativos do que os anteriores, se verificam sobretudo no
Brasil.
Trata-se, afinal, de formas divergentes, isto é, do mesmo étimo. As palavras sem consoante, mais
antigas e introduzidas na língua por via popular, foram já usadas em Portugal e encontram-se
nomeadamente em escritores dos séculos XVI e XVII.
Os dicionários da língua portuguesa, que passarão a registrar as duas formas, em todos os casos de
dupla grafia, esclarecerão, tanto quanto possível, sobre o alcance geográfico e social desta oscilação
de pronúncia.
5.Sistema de acentuação gráfica (Bases VIII a XIII)
5.1.Análise geral da questão
O sistema de acentuação gráfica do português atualmente em vigor, extremamente complexo e
minucioso, remonta essencialmente à Reforma Ortográfica de 1911.
Tal sistema não se limita, em geral, a assinalar apenas a tonicidade das vogais sobre as quais
recaem os acentos gráficos, mas distingue também o timbre destas.
Tendo em conta as diferenças de pronúncia entre o português europeu e o do Brasil, era natural que
surgissem divergências de acentuação gráfica entre as duas realizações da língua.
Tais divergências têm sido um obstáculo à unificação ortográfica do português.

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É certo que em 1971, no Brasil, e em 1973, em Portugal, foram dados alguns passos significativos no
sentido da unificação da acentuação gráfica, como se disse atrás. Mas, mesmo assim, subsistem
divergências importantes neste domínio, sobretudo no que respeita à acentuação das paroxítonas.
Não tendo tido viabilidade prática a solução fixada na Convenção Ortográfica de 1945, conforme já foi
referido, duas soluções eram possíveis para se procurar resolver esta questão.
Uma era conservar a dupla acentuação gráfica, o que constituía sempre um espinho contra a
unificação da ortografia.
Outra era abolir os acentos gráficos, solução adotada em 1986, no Encontro do Rio de Janeiro.
Esta solução, já preconizada no I Simpósio Luso-Brasileiro sobre a Língua Portuguesa
Contemporânea, realizada em 1967 em Coimbra, tinha sobretudo a justificá-la o fato de a língua oral
preceder a língua escrita, o que leva muitos utentes a não empregarem na prática os acentos
gráficos, visto que não os consideram indispensáveis à leitura e compreensão dos textos escritos.
A abolição dos acentos gráficos nas palavras proparoxítonas e paroxítonas, preconizada no Acordo
de 1986, foi, porém, contestada por uma larga parte da opinião pública portuguesa, sobretudo por tal
medida ir contra a tradição ortográfica e não tanto por estar contra a prática ortográfica.
A questão da acentuação gráfica tinha, pois, de ser repensada.
Neste sentido, desenvolveram-se alguns estudos e fizeram-se vários levantamentos estatísticos com
o objetivo de se delimitarem melhor e quantificarem com precisão as divergências existentes nesta
matéria.
5.2.Casos de dupla acentuação
5.2.1.Nas proparoxítonas (Base XI)
Verificou-se assim que as divergências, no que respeita às proparoxítonas, se circunscrevem
praticamente, como já foi destacado atrás, ao caso das vogais tônicas e e o, seguidas das
consoantes nasais m e n, com as quais aquelas não formam sílaba (v. Base XI, 3º).
Estas vogais soam abertas em Portugal e nos países africanos recebendo, por isso, acento agudo,
mas são do timbre fechado em grande parte do Brasil, grafando-se por conseguinte com acento
circunflexo: académico/ acadêmico, cómodo/ cômodo, efémero/ efêmero, fenómeno/ fenômeno, génio
/ gênio, tónico/ tônico, etc.
Existem uma ou outra exceção a esta regra, como, por exemplo, cômoro e sêmola, mas estes casos
não são significativos.
Costuma, por vezes, referir-se que o a tônico das proparoxítonas, quando seguido de m ou n com
que não forma sílaba, também está sujeito à referida divergência de acentuação gráfica. Mas tal não
acontece, porém, já que o seu timbre soa praticamente sempre fechado nas pronúncias cultas da
língua, recebendo, por isso, acento circunflexo: âmago, ânimo, botânico, câmara, dinâmico, gerânio,
pânico, pirâmide.
As únicas exceções a este princípio são os nomes próprios de origem
grega Dánae/ Dânae e Dánao/ Dânao.
Note-se que se as vogais e e o, assim como a, formam sílaba com as consoantes m ou n, o seu
timbre é sempre fechado em qualquer pronúncia culta da língua, recebendo, por isso, acento
circunflexo: êmbolo, amêndoa, argênteo, excêntrico, têmpera; anacreôntico, cômputo, recôndito,
cânfora, Grândola, Islândia, lâmpada, sonâmbulo, etc.
5.2.2.Nas paroxítonas (Base IX)
Também nos casos especiais de acentuação das paroxítonas ou graves (v. Base IX, 2º), algumas
palavras que contêm as vogais tônicas e e o em final de sílaba, seguidas das consoantes
nasais m e n, apresentam oscilação de timbre, nas pronúncias cultas da língua.

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Tais palavras são assinaladas com acento agudo, se o timbre da vogal tônica é aberto, ou com
acento circunflexo, se o timbre é fechado: fémur ou fêmur, Fénix ou Fênix, ónix ou ônix, sémen ou
sêmen, xénon ou xênon; bónus ou bônus, ónus ou ônus, pónei ou pônei, ténis ou tênis, Vénus ou Vên
us; etc. No total, estes são pouco mais de uma dúzia de casos.
5.2.3.Nas oxítonas (Base VIII)
Encontramos igualmente nas oxítonas (v. Base VIII, 1º a, Obs.) algumas divergências de timbre em
palavras terminadas em e tônico, sobretudo provenientes do francês. Se esta vogal tônica soa aberta,
recebe acento agudo; se soa fechada, grafa-se com acento circunflexo. Também aqui os exemplos
pouco ultrapassam as duas dezenas: bebé ou bebê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou
guichê, matiné ou matinê, puré ou purê; etc. Existe também um caso ou outro de oxítonas terminadas
em o ora aberto ora fechado, como sucede em cocó ou cocô, ró ou rô.
A par de casos como este há formas oxítonas terminadas em o fechado, às quais se opõem variantes
paroxítonas, como acontece em judô e judo, metrô e metro, mas tais casos são muito raros.
5.2.4.Avaliação estatística dos casos de dupla acentuação gráfica
Tendo em conta o levantamento estatístico que se fez na Academia das Ciências de Lisboa, com
base no já referido corpus de cerca de 110.000 palavras do vocabulário geral da língua, verificou-se
que os citados casos de dupla acentuação gráfica abrangiam aproximadamente 1,27% (cerca de
1.400 palavras). Considerando que tais casos se encontram perfeitamente delimitados, como se
referiu atrás, sendo assim possível enunciar a regra de aplicação, optou-se por fixar a dupla
acentuação gráfica como a solução menos onerosa para a unificação ortográfica da língua
portuguesa.
5.3.Razões da manutenção dos acentos gráficos nas proparoxítonas e paroxítonas
Resolvida a questão dos casos de dupla acentuação gráfica, como se disse atrás, já não tinha
relevância o principal motivo que levou em 1986 a abolir os acentos nas palavras proparoxítonas e
paroxítonas.
Em favor da manutenção dos acentos gráficos nestes casos, ponderaram-se, pois, essencialmente as
seguintes razões:
a)Pouca representatividade (cerva de 1,27%) dos casos de dupla acentuação.
b)Eventual influência da língua escrita sobre a língua oral, com a possibilidade de, sem acentos
gráficos, se intensificar a tendência para a paroxitonia, ou seja, deslocação do acento tônico da
antepenúltima para a penúltima sílaba, lugar mais frequente de colocação do acento tônico em
português.
c)Dificuldade em apreender corretamente a pronúncia em termos de âmbito técnico e científico,
muitas vezes adquiridos através da língua escrita (leitura).
d)Dificuldades causadas, com a abolição dos acentos, à aprendizagem da língua, sobretudo quando
esta se faz em condições precárias, como no caso dos países africanos, ou em situação de auto-
aprendizagem.
e)Alargamento, com a abolição dos acentos gráficos, dos casos de homografia, do tipo de análise(s)/
analise(v.), fábrica(s.)/ fabrica(v.), secretária(s.)/ secretaria(s. ou v.), vária(s.)/ varia(v.), etc., casos
que apesar de dirimíveis pelo contexto sintático, levantariam por vezes algumas dúvidas e
constituiriam sempre problema para o tratamento informatizado do léxico.
f)Dificuldade em determinar as regras de colocação do acento tônico em função da estrutura mórfica
da palavra. Assim, as proparoxítonas, segundo os resultados estatísticos obtidos da análise de
um corpus de 25.000 palavras, constituem 12%. Destes, 12%, cerca de 30% são falsas esdrúxulas
(cf. génio, água, etc.). Dos 70% restantes, que são as verdadeiras proparoxítonas (cf. cômodo,
gênero, etc.), aproximadamente 29% são palavras que terminam em –ico /–ica (cf. ártico, econômico,
módico, prático, etc.). Os restantes 41% de verdadeiras esdrúxulas distribuem-se por cerca de

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duzentas terminações diferentes, em geral de caráter erudito (cf. espírito, ínclito,
púlpito;filólogo; filósofo; esófago; epíteto; pássaro; pêsames; facílimo; lindíssimo; parêntesis; etc.).
5.4.Supressão de acentos gráficos em certas palavras oxítonas e paroxítonas (Bases VIII, IX e X)
5.4.1.Em casos de homografia (Bases VIII, 3º e IX, 9º e 10º)
O novo texto ortográfico estabelece que deixem de se acentuar graficamente palavras do tipo
de para (á), flexão de parar, pelo (ê), substantivo, pelo (é), flexão de pelar, etc., as quais são
homógrafas, respectivamente, das proclíticas para, preposição, pelo, contração de per e lo, etc.
As razões por que se suprime, nestes casos, o acento gráfico são as seguintes:
a)Em primeiro lugar, por coerência com a abolição do acento gráfico já consagrada pelo Acordo de
1945, em Portugal, e pela Lei nº 5.765, de 18/12/1971, no Brasil, em casos semelhantes, como, por
exemplo: acerto (ê),substantivo, e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo
(ó), flexão de acordar; cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locação de cor; sede (ê) e sede
(é), ambos substantivos; etc.
b)Em segundo lugar, porque, tratando-se de pares cujos elementos pertencem a classes gramaticais
diferentes, o contexto sintático permite distinguir claramente tais homógrafas.
5.4.2.Em paroxítonas com os ditongos ei e oi na sílaba tônica (Base IX, 3º)
O novo texto ortográfico propõe que não se acentuem graficamente os ditongos ei e oi tônicos das
palavras paroxítonas. Assim, palavras como assembleia, boleia, ideia, que na norma gráfica brasileira
se escrevem com acento agudo, por o ditongo soar aberto, passarão a escrever-se sem acento, tal
como aldeia, baleia, cheia, etc.
Do mesmo modo, palavras como comboio, dezoito, estroina, etc., em que o timbre do ditongo oscila
entre a abertura e o fechamento, oscilação que se traduz na facultatividade do emprego do acento
agudo no Brasil, passarão a grafar-se sem acento.
A generalização da supressão do acento nestes casos justifica-se não apenas por permitir eliminar
uma diferença entre a prática ortográfica brasileira e a lusitana, mas ainda pelas seguintes razões:
a) Tal supressão é coerente com a já consagrada eliminação do acento em casos de homografia
heterofônica (v. Base IX, 10º, e, neste texto atrás, 5.4.1.), como sucede, por exemplo, em acerto,
substantivo, e acerto, flexão de acertar, acordo, substantivo, e acordo, flexão de acordar, fora, flexão
de ser e ir, e fora, advérbio, etc.
b)No sistema ortográfico português não se assinala, em geral, o timbre das vogais tônicas a,
e e o das palavras paroxítonas, já que a língua portuguesa se caracteriza pela sua tendência para a
paroxitonia. O sistema ortográfico não admite, pois, a distinção entre, por exemplo cada (â) e fada
(á), para (â) e tara (á); espelho (ê) e velho (é), janela (é) e janelo (ê), escrevera (ê), flexão
de escrever, e Primavera (é); moda (ó) e toda (ô), virtuosa (ó) e virtuoso (ô); etc.
Então, se não se torna necessário, nestes casos, distinguir pelo acento gráfico o timbre da vogal
tónica, por que se há-de usar o diacrítico para assinalar a abertura dos ditongos ei e oi nas
paroxítonas, tendo em conta que o seu timbre nem sempre é uniforme e a presença do acento
constituiria um elemento perturbador da unificação ortográfica?
5.4.3.Em paroxítons do tipo de abençoo, enjoo, voo, etc. (Base IX, 8º)
Por razões semelhantes às anteriores, o novo texto ortográfico consagra também a abolição do
acento circunflexo, vigente no Brasil, em palavras paroxítonas como abençoo, flexão
de abençoar, enjoo, substantivo e flexão de enjoar, moo, flexão de moer, povoo, flexão
de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc.
O uso do acento circunflexo não tem aqui qualquer razão de ser, já que ele ocorre em palavras
paroxítonas cuja vogal tônica apresenta a mesma pronúncia em todo o domínio da língua portuguesa.

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Além de não ter, pois, qualquer vantagem nem justificação, constitui um fator que perturba a
unificação do sistema ortográfico.
5.4.4.Em formas verbais com u e ui tônicos, precedidos de g e q (Base X, 7º)
Não há justificação para se acentuarem graficamente palavras como apazigue, arguem, etc., já que
estas formas verbais são paroxítonas e a vogal u é sempre articulada, qualquer que seja a flexão do
verbo respectivo.
No caso de formas verbais como argui, delinquis, etc., também não há justificação para o acento, pois
se trata de oxítonas terminadas no ditongo tónico ui, que como tal nunca é acentuado graficamente.
Tais formas só serão acentuadas se a seqüência ui não formar ditongo e a vogal tônica for i, como,
por exemplo, arguí (1a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo).
6.Emprego do hífen (Bases XV a XVIII)
6.1.Estado da questão
No que respeita ao emprego do hífen, não há propriamente divergências assumidas entre a norma
ortográfica lusitana e a brasileira. Ao compulsarmos, porém, os dicionários portugueses e brasileiros
e ao lermos, por exemplo, jornais e revistas, deparam-se-nos muitas oscilações e um largo número
de formações vocabulares com grafia dupla, ou seja, com hífen e sem hífen, o que aumenta
desmesurada e desnecessariamente as entradas lexicais dos dicionários. Estas oscilações verificam-
se sobretudo nas formações por prefixação e na chamada recomposição, ou seja, em formações com
pseudoprefixos de origem grega ou latina.
Eis alguns exemplos de tais oscilações: ante-rosto e anterrosto, co-educação e coeducação, pré-
frontal e prefrontal, sobre-saia e sobressaia, sobre-saltar e sobressaltar, aero-espacial e aeroespacial,
auto-aprendizagem e autoaprendizagem, agro-industrial e agroindustrial, agro-pecuária e
agropecuária, alvéolo-dental e alveolodental, bolbo-raquidiano e bolborraquidiano, geo-história e
geoistória, micro-onda e microonda; etc.
Estas oscilações são, sem dúvida, devidas a uma certa ambiguidade e falta de sistematização das
regras que sobre esta matéria foram consagradas no texto de 1945. Tornava-se, pois, necessário
reformular tais regras de modo mais claro, sistemático e simples. Foi o que se tentou fazer em 1986.
A simplificação e redução operadas nessa altura, nem sempre bem compreendidas, provocaram
igualmente polêmica na opinião pública portuguesa, não tanto por uma ou outra incongruência
resultante da aplicação das novas regras, mas sobretudo por alterarem bastante a prática ortográfica
neste domínio.
A posição que agora se adota, muito embora tenha tido em conta as críticas fundamentadas ao texto
de 1986, resulta, sobretudo, do estudo do uso do hífen nos dicionários portugueses e brasileiros,
assim como em jornais e revistas.
6.2.O hífen nos compostos (Base XV)
Sintetizando, pode dizer-se que, quanto ao emprego do hífen nos compostos, locuções e
encadeamentos vocabulares, se mantém o que foi estatuído em 1945, apenas se reformulando as
regras de modo mais claro, sucinto e simples.
De fato, neste domínio não se verificam praticamente divergências nem nos dicionários nem na
imprensa escrita.
6.3.O hífen nas formas derivadas (Base XVI)
Quanto ao emprego do hífen nas formações por prefixação e também por recomposição, isto é, nas
formações com pseudoprefixos de origem grega ou latina, apresenta-se alguma inovação. Assim,
algumas regras são formuladas em termos contextuais, como sucede nos seguintes casos:

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a)Emprega-se o hífen quando o segundo elemento da formação começa por h ou pela mesma vogal
ou consoante com que termina o prefixo ou pseudoprefixo (por ex. anti-higiênico, contra-
almirante, hiper-resistente).
b)Emprega-se o hífen quando o prefixo ou falso prefixo termina em m e o segundo elemento começa
por vogal, m ou n (por ex. circum-murado, pan-africano).
As restantes regras são formuladas em termos de unidades lexicais, como acontece com oito delas
(ex-, sota- e soto-, vice- e vizo-; pós-, pré- e pró-).
Noutros casos, porém, uniformiza-se o não emprego do hífen, do modo seguinte:
a)Nos casos em que o prefixo ou o pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por r ou s, estas consoantes dobram-se, como já acontece com os termos técnicos e científicos (por
ex. antirreligioso, microssistema).
b)Nos casos em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
vogal diferente daquela, as duas formas aglutinam-se, sem hífen, como já sucede igualmente no
vocabulário científico e técnico (por ex. antiaéreo, aeroespacial)
6.4.O hífen na ênclise e tmese (Base XVII)
Quanto ao emprego do hífen na ênclise e na tmese mantêm-se as regras de 1945, exceto no caso
das formas hei de, hás de, há de, etc., em que passa a suprimir-se o hífen. Nestas formas verbais o
uso do hífen não tem justificação, já que a preposição de funciona ali como mero elemento de ligação
ao infinitivo com que se forma a perífrase verbal (cf. hei de ler, etc.), na qual de é mais proclítica do
que apoclítica.
7.Outras alterações de conteúdo
7.1.Inserção do alfabeto (Base I)
Uma inovação que o novo texto de unificação ortográfica apresenta, logo na Base I, é a inclusão do
alfabeto, acompanhado das designações que usualmente são dadas às diferentes letras. No alfabeto
português passam a incluir-se também as letras k, w e y, pelas seguintes razões:
a)Os dicionários da língua já registram estas letras, pois existe um razoável número de palavras do
léxico português iniciado por elas.
b)Na aprendizagem do alfabeto é necessário fixar qual a ordem que aquelas letras ocupam.
c)Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que se escrevem com
aquelas letras.
Apesar da inclusão no alfabeto das letras k, w e y, mantiveram-se, no entanto, as regras já fixadas
anteriormente, quanto ao seu uso restritivo, pois existem outros grafemas com o mesmo valor fônico
daquelas. Se, de fato, se abolisse o uso restritivo daquelas letras, introduzir-se-ia no sistema
ortográfico do português mais um fator de perturbação, ou seja, a possibilidade de representar,
indiscriminadamente, por aquelas letras fonemas que já são transcritos por outras.
7.2.Abolição do trema (Base XIV)
No Brasil, só com a Lei nº 5.765, de 18/12/1971, o emprego do trema foi largamente restringido,
ficando apenas reservado às sequências gu e qu seguidas de e ou i, nas quais u se pronuncia
(cf. aguentar, arguente, eloquente, equestre, etc.).
O novo texto ortográfico propõe a supressão completa do trema, já acolhida, aliás, no Acordo de
1986, embora não figurasse explicitamente nas respectivas bases. A única ressalva, neste aspecto,
diz respeito a palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema (cf. mülleriano,
de Müller, etc.).
Generalizar a supressão do trema é eliminar mais um fator que perturba a unificação da ortografia
portuguesa.

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8.Estrutura e ortografia do novo texto
Na organização do novo texto de unificação ortográfica optou-se por conservar o modelo de estrutura
já adotado em 1986. Assim, houve a preocupação de reunir, numa mesma base, matéria afim,
dispersa por diferentes bases de textos anteriores, donde resultou a redução destas a vinte e uma.
Através de um título sucinto, que antecede cada base, dá-se conta do conteúdo nela consagrado.
Dentro de cada base adotou-se um sistema de numeração (tradicional) que permite uma melhor e
mais clara arrumação da matéria aí contida.
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REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA


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Regras de Acentuação Gráfica
Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são
as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -
em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas
graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.
Proparoxítonas
Sílaba tônica: antepenúltima
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos:
trágico, patético, árvore
Paroxítonas
Sílaba tônica: penúltima
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
om, ons iândom, íons
um, uns álbum, álbuns
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos
ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis
Acentuação Gráfica
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas
tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba
inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó.
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as
palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A
tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É
importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética.
Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto
relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação
de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema.
A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte
de acentuação gráfica.
• 11Acentuam-se as palavras monossílabas tônicasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.
Ex: já, fé, pés, pó, só, ás.

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• 22Acentuam-se as palavras oxítonasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em,
ens. Ex:cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs.
Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i,
seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
• 33Acentuam-se as palavras paroxítonasexceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de
s, em, ens, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.
Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem,
socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.
Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s.
Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos.
• 44Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção.
Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política,
relâmpago, têmpora.
• 55Acentuam-se os ditongos abertosei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e
oxítonas.
Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em
palavras paroxítonas.
Ex: ideia, plateia, assembleia.
• 66Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
Ex: voos, enjoo, abençoo.
• 77Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee.
Ex: creem, leem, veem, deem.
• 88Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas
sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem
repetidas.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta
acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.
• 99Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui:
argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
• 1010Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,
arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã,
coração, devoções, maçã, relação etc.
• 1111O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir
uma da outra que se grafa de igual maneira:
A acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-
se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do fenômeno relacionado
com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando pronunciadas, podendo ser em maior ou
menor grau. Quando proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas
de maneira mais sutil, como átonas.

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Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de
ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica.
Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes
a esta. Para tanto, analisemos:

De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:
Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última sílaba.

Exemplos: café, cipó, coração, armazém...

Paroxítonas – a sílaba tônica é penúltima sílaba.

Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel...

Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba.

Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego...

Monossílabos Átonos E Tônicos

Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba - ora caracterizados como monossílabos - também
são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal
ocorrência, analisemos:

Que lembrança darei ao país que me deu
tudo o que lembro e sei, tudo quanto senti? (Carlos Drummond de Andrade)

Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos,
visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os
monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética,
caracterizando-se, portanto, como tônicos.

Regras fundamentais:

Monossílabos Tônicos

Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:

-a(s): chá, pá...
-e(s): pé, ré,...
-o(s): dó, nó...

Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados.

Observações passíveis de nota:

* Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento:

Exemplos: réis, véu, dói.

* No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em eem.
Essa regra se aplica à nova ortografia, perceba:

Ele vê - Eles veem
Ele crê – Eles creem
Ele lê – Eles leem

Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.

* Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a terceira

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pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:

Ele tem – Eles têm
Ela vem – Elas vêm

* Oxítonas:

Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”.

Pará, café, carijó, armazém, parabéns...

* Paroxítonas:

Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:

-l: amável, fácil, útil...
-r: caráter, câncer...
-n: hífen, próton...
Observação: Quando grafadas no plural, não recebem acento: polens, hifens...
-x: látex, tórax...
-ps: fórceps, bíceps...
-ã(s): ímã, órfãs...
-ão(s): órgão, bênçãos...
-um(s): fórum, álbum...
-on(s): elétron, nêutron...
-i(s): táxi, júri...
-u(s): Vênus, ônus...
-ei(s): pônei, jóquei...
-ditongo oral(crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”:
história, série, água, mágoa...

Observações importantes:

a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi, não são mais
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:



Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:

chapéu – herói - fiéis...

b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato: Note:

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No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” ou
no final da palavra. Confira:

Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s)...

O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:

saída – saúde – juíza – saúva – ruído...

* As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e “g” e
seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:


Atenção:

- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão
acentuadas:
Exemplos:

eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.

- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado:
Exemplos:

Eu averiguo, eu aguo.

* Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:



Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas por:

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pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder)
pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder)

pôr = verbo
por = preposição
Livro Didático: Seu Papel nas Aulas de Acentuação Gráfica
Com a difusão da "Pedagogia Tecnicista" no sistema educacional brasileiro, a partir da década de
1970, o uso do livro didático sofreu alterações quanto aos conceitos e a forma como passaram a ser
apresentados. Anteriormente a esta fase, os materiais didáticos - As Antologias - desempenhavam o
papel de auxílio das aulas. O caráter auxiliar dos materiais didáticos, depois da década de 1960, foi
praticamente extinto e substituído por um papel de destaque. Em razão das necessidades
econômicas e sociais da industrialização, o ensino deixou de ter uma preocupação essencialmente
conceitual, enquanto a rapidez e a praticidade tornaram-se seu enfoque e levaram os livros didáticos
a uma posição de direcionamento e orientação do trabalho escolar. O professor assumiu o "segundo
plano" no processo ensino-aprendizagem e o livro passou a ocupar o "primeiro plano". Em lugar do
material didático, o professor se transformou em auxiliar das atividades didáticas favorecendo a
leitura e a realização de exercício dos livros didáticos cujo uso tornou-se obrigatório no sistema
educacional brasileiro.
A imagem do professor foi diretamente atingida, pois ser professor deixou de significar domínio de
conhecimento e passou a representar submissão às instruções do livro didático. Essa mudança
provocou a dependência do professor e até dos alunos em relação ao uso do material didático. De
acordo com Machado (1996), a dependência da escola em relação aos livros didáticos vem
acarretando o rebaixamento da qualidade dos conteúdos ministrados na disciplina de Língua
Portuguesa. Ao encontro dessa posição, os dados das avaliações oficiais (SAEB/INEP, 2002)
mostram que os alunos do ensino fundamental e médio vêm apresentando defasagem crescente,
cerca de dois a três anos de atraso entre a série em que se encontram e os conhecimentos que
deveriam dominar, na aprendizagem de língua portuguesa. Para Batista (1997) e Travaglia (1996), o
desempenho insatisfatório dos alunos pode ser explicado pela ineficiência das metodologias de
ensino de Língua Portuguesa que vêm sendo utilizadas pelas escolas. Particularmente em relação ao
ensino de gramática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) assinalam a existência
de graves lacunas teóricas e práticas.
Cezar, Romualdo e Calsa (2006) observam que o desempenho insatisfatório dos alunos é decorrente
também da falta de compreensão sobre a necessidade de aprendizagem da língua portuguesa por
parte dos falantes nativos do português. É comum os alunos questionarem o porquê e para quê são
obrigados a frequentar esta disciplina com uma carga horária equivalente a outras, como a
matemática, considerada mais importante para sua formação escolar. Para muitos, a aprendizagem
formal da língua portuguesa não tem um significado concreto e útil, porque a linguagem formal é
utilizada apenas no ambiente escolar (escrito) ou em situações muito especiais (palestras,
apresentações, concursos, entre outros) com as quais não se identificam. Esse comportamento
sugere não compreenderem a função de cada uma das variedades e modalidades linguísticas, como
a oral e a escrita, tanto em seu registro coloquial como o culto ou padrão. Segundo a literatura
(TRAVAGLIA, 1996; CALSA, 2002; CAGLIARI, 2002), a escola tem ensinado conceitos gramaticais
incompletos, imprecisos e, às vezes, incorretos que não promovem reflexão sobre a importância
dessa aprendizagem para a formação ampla e diversificada desses indivíduos em relação à língua
portuguesa.
Frente às considerações sobre as defasagens existentes no processo de aprendizagem da língua
portuguesa, este artigo tem por objetivo identificar os procedimentos utilizados por dois professores -
um de final do primeiro ciclo e outro de início do segundo ciclo fundamental - de uma escola pública
central do município de Maringá-PR, no ensino de um conteúdo de gramática. Buscou-se verificar o
uso do livro didático em sala de aula no ensino de acentuação gráfica, um tema que tem gerado
confusão conceitual dos alunos por envolver conceitos e procedimentos geralmente ensinados sem a
necessária distinção do conceito de tonicidade. Não ensinados adequadamente, esses conteúdos
além de gerar confusão conceitual favorecem a instalação de obstáculos epistemológicos que
dificultam ou impedem aprendizagens posteriores.
Uso Do Livro Didático No Ensino De Gramática

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Na década de 1960, como afirma Berger (1976), o sistema educacional brasileiro passou a ser
fortemente atrelado ao sistema político do país. Com a ascensão dos militares foi introduzida a
vertente pedagógica Tecnicista, de origem norte-americana. Esta modalidade de ensino foi ao
encontro da necessidade de escolarização rápida e técnica dos trabalhadores que precisavam
qualificar-se como mão-de-obra industrial.
Segundo Ghiraldelli (1991) e Munakata (1996 apud SILVA, 1998), os objetivos da Pedagogia
Tecnicista foram atingidos com maior precisão por meio do uso dos livros didáticos que, nesse
período, tiveram seu espaço escolar ampliado ao se tornarem obrigatórios. Em decorrência disso, em
pouco tempo os professores deixaram de ser considerados a principal fonte de saber e planejamento
e passaram a basear sua atuação didática nesses manuais. Com essa nova modalidade de ensino, o
professor deixou de ser um educador autônomo para tornar-se um mero instrutor.
Para Soares (2001), a maior demanda de alunos no ensino fundamental e médio, a qualificação
ligeira dos professores, e a redução salarial que levou muitos a buscarem métodos de ensino menos
exigentes em termos de dedicação profissional acabou por provocar o uso intensivo do livro didático.
Consolidou-se então uma tradição de uso do livro didático no sistema educacional brasileiro, e uma
crescente dependência do professor em relação a esses manuais. A fidelidade a esses materiais, de
acordo com Silva (1996, p. 12), vem provocando uma espécie de "anemia cognitiva" nos professores,
pois segui-los representa alimentar e cristalizar "um conjunto de rotinas altamente prejudiciais ao
processo educacional do professorado e do alunado". Essa dependência está diretamente
relacionada à má qualidade da formação do professor e sua superação exige políticas educacionais
que promovam a autonomia conceitual e didática desses profissionais. Para o autor, os livros
didáticos devem informar, orientar e instruir o processo de ensino-aprendizagem e não impor uma
forma de ensinar ao professor.
Em assentimento com o pensamento do autor, Lajolo (1996) lembra que os livros didáticos
desempenham um papel fundamental na educação escolar, pois, dentre os outros elementos que
compõem o processo ensino-aprendizagem, parece ser o de maior influência sobre as decisões e
ações do professor. De acordo com a autora, no Brasil, a adoção do livro didático continua tendo
como finalidade determinar os conteúdos e procedimentos de ensino tendo em vista as lacunas
existentes na formação do professor e na organização do sistema educacional. Como consequência,
para fugir do uso inadequado do livro didático, o professor deve avaliar sua qualidade e abordagem
conceitual, pois nem sempre o referencial teórico corresponde aos conteúdos e exercícios presentes
nesses manuais. Além disso, devem ser observadas suas incoerências, erros e conceitos
incompletos.
Lajolo (1996, p. 8) lembra, contudo, que a má qualidade conceitual e técnica do livro pode se
transformar em um material didático satisfatório a partir da identificação e discussão de seus erros
com os alunos. Para ela "não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom na
sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau professor. Pois o melhor livro
[...], é apenas um livro, instrumento auxiliar da aprendizagem". Nenhum livro didático, por melhor que
seja, pode ser utilizado sem adaptações. Machado (1996) também chama a atenção para o fato de
que mais importante que a qualidade do material didático é a formação do professor, pois ele precisa
estar preparado para o desenvolvimento de um ensino qualificado, que inclui a análise dos livros
didáticos adotados pela instituição escolar.
Em um estudo sobre os livros didáticos utilizados no sistema educacional brasileiro, Machado (1996)
constatou que, além da falta de regularidade de sua atualização que tem provocado a baixa
qualidade de seus conteúdos, apresentam custo demasiadamente alto para o padrão de consumo da
maioria da população. O autor assinala que a melhoria da qualidade dos livros didáticos depende do
estímulo dos órgãos governamentais e de uma maior qualificação dos professores. Neste caso, é
imprescindível o desenvolvimento da capacidade crítica dos acadêmicos dos cursos de Pedagogia e
das Licenciaturas das diversas áreas de conhecimento em relação ao papel dos livros didáticos no
ensino escolar.
Para Pozo (1999), Arnay (1999) e Lacasa (1999), a fragmentação dos conceitos nos manuais
didáticos transmite aos alunos uma noção de "falsa ciência", e não os introduz na "cultura científica
escolar", função social específica dessa instituição. Segundo Machado (1996, p. 35), a "excessiva
subdivisão dos temas" dos livros didáticos em doses correspondentes à duração de uma hora-aula

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(50 min.) também corrobora para a fragmentação dos conceitos científicos a ponto de, em alguns
casos, tornarem-se irreconhecíveis.
Tonicidade E Acentuação Gráfica
A capacidade de se comunicar e se expressar por meio da fala é inerente ao ser humano e a esta
capacidade dá-se o nome de linguagem. Para realizá-la, utiliza-se o sistema denominado língua.
Sabe-se, pelos estudos realizados por Saussure (1990), que a língua é um fato social, é exterior ao
indivíduo, convencional, pertencente a uma comunidade linguística. Ao usá-la individualmente, o
falante concretiza, por exclusão, as possibilidades que ela oferece, no ato de fala. Ao se comunicar, o
falante faz uso da estrutura psíquica denominada pelo estudioso de signo linguístico, que é composto
de um conceito, o significado, e uma imagem acústica, o significante. Ambos ocorrem
simultaneamente no ato da fala.
Os sinais físicos que se produzem na fala são os sons - os fonemas - que podem realizar-se de
maneiras variadas. Para Câmara Jr. (2002, p. 118), o fonema é um "conjunto de articulações dos
órgãos fonadores cujo efeito acústico estrutura formas lingüísticas e constitui numa enunciação o
mínimo segmento distinto". Os fonemas são unidades abstratas mínimas, indivisíveis e distintivas da
língua. São abstratas por serem os tipos ideais de sons constantes do sistema língua, as
possibilidades dos falantes e não a sua concretização. São indivisíveis uma vez que não podem ser
separadas em unidades menores.
Além dos aspectos segmentais da fala (linearidade dos signos linguísticos), a comunicação envolve
elementos suprassegmentais: os acentos e tons da língua. Os acentos manifestam-se pela altura,
intensidade e duração de um vocábulo, consideradas suas propriedades acústicas. Os tons estão
relacionados à altura do som. Apesar da língua portuguesa não usar os tons como elementos
diferenciadores do léxico, em alguns casos os aspectos suprassegmentais são importantes para a
distinção e significação de um vocábulo.
Em língua portuguesa, a tonicidade está vinculada às suas origens greco-latinas. A língua latina teve
um enriquecimento gramatical ao entrar em contato com o alfabeto e as regras gramaticais gregas.
Contudo, não incorporou os acentos gráficos gregos como marca de tonicidade. A gramática latina
marca a acentuação das palavras pela intensidade da sílaba entre breve e longa. Em latim não há
palavras oxítonas, portanto, todos os dissílabos são paroxítonos. A sílaba tônica é sempre a
penúltima ou antepenúltima. De acordo com Câmara Jr. (2002), os latinos não seguiram os moldes
de acentuação gráfica grega em razão de, em língua latina, suas regras serem demasiadamente
simples. As línguas modernas de origem latina seguem, basicamente, as regras e nomenclaturas
herdadas pelos romanos dos gregos. Portanto, ao se estudar tais línguas, são encontrados termos já
usados pelos gregos, como acento agudo, acento circunflexo, prosódia, entre outros.
A definição de sílaba tem sido um dos problemas encontrados nos estudos fonéticos. Há, entre os
estudiosos, diversidade de critérios para a análise silábica. Drucksilbe (apud CÂMARA JR., 1970)
define sílaba como sendo a emissão do ar por impulso, em que cada um corresponde a uma sílaba,
dinâmica ou expiratória. Um segundo critério é o da energia de emissão que corresponde a maior
energia de emissão, ou acento silábico, durante a articulação de uma sílaba. Por fim, Brücke
(apud CÂMARA JR., 1970, p. 70) conceitua sílaba a partir de seu efeito auditivo, isto é, pela variação
da perceptibilidade em uma enunciação contínua. Denomina a sílaba de sonora por observar "que a
enunciação, sob o aspecto acústico, se decompõe espontaneamente em segmentos, ou sílabas,
assinalados por um ponto máximo de perceptibilidade [...]".
Independente do critério utilizado, a conceituação de sílaba sempre envolve o ápice silábico que,
pelos apontamentos de Borba (1975, p. 52), corresponde à tensão máxima a que se chega ao
pronunciá-la. Para o autor, a sílaba se compõe de "uma tensão crescente e uma tensão decrescente.
A primeira parte da sílaba é crescente até chegar à tensão máxima [...], a partir da qual começa a
tensão decrescente". O ápice silábico, normalmente, é uma vogal. Câmara Jr. (2002) destaca que a
vogal sempre é o ponto de maior tensão da sílaba. No caso dos ditongos haverá sempre uma vogal
como ápice, sendo a outra denominada semivogal.
Quando formados por mais de uma sílaba, os vocábulos sempre têm uma delas pronunciada de
forma mais intensa, contraponto à sílaba átona, que é pronunciada de forma mais branda. Identificar

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a sílaba tônica dos vocábulos formais é uma das grandes dificuldades encontradas no processo de
aprendizagem escolar, em especial, na fase de alfabetização.
Para Cagliari (2002), esse problema surge principalmente pelo fato de a escola não apresentar a
tonicidade das palavras como uma ocorrência da pronunciação e não da escrita. A tonicidade é
identificada nas palavras somente quando alguém busca verificar a posição em que se encontra a
sílaba tônica. O autor assinala que, durante o processo de alfabetização, a escola não deve abordar a
diferenciação das sílabas átonas e tônicas a partir de seu conceito. Ele acredita que elas devem ser
estudadas em conjunto com a tomada de consciência dos alunos sobre o ritmo da fala.
Desenvolvimento Da Pesquisa
O presente artigo teve por objetivo investigar os procedimentos utilizados pelos professores e livros
didáticos de língua portuguesa no ensino de gramática do ensino fundamental, em particular, em
relação ao conteúdo de acentuação gráfica e tonicidade. A amostra da pesquisa foi constituída por
dois professores do ensino fundamental - um de 4.
ª
e um de 5.
ª
série de uma escola pública de
Maringá-PR - selecionados a partir de seu aceite em participar da pesquisa.
Tomando como referência Lüdke e André (1986), para atingir os objetivos da pesquisa, optou-se por
uma abordagem qualitativa dos dados considerada a mais adequada para a compreensão da
dinâmica presente no ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de dois instrumentos:
observações de aulas de gramática e análises de livros didáticos. Foram observadas as aulas que
abordaram o tema tonicidade e acentuação gráfica, critério que definiu a quantidade de horas de
observação em cada série (4.ª série quatro horas e meia e 5.ª série, duas horas). As observações
contemplaram o desenvolvimento das atividades: apresentação do conteúdo, exercícios, uso do livro
didático e outros materiais, avaliação do conteúdo. Os livros didáticos foram analisados quanto aos
procedimentos subjacentes à apresentação e exercício do conteúdo.
Apresentação E Discussão Dos Resultados
Para a análise, foi utilizado o livro da coleção A Escola é Nossa, de Márcia Paganini Cavéquia (2004)
- 4.
ª
série. O volume é composto por sete unidades subdividas em oito tópicos entre eles Pensando
sobre a língua e Caderno de Ortografia, únicos em que são encontrados os conteúdos investigados -
acentuação gráfica e tonicidade.
Em relação à segunda etapa do ensino fundamental foi analisado o livro de 5.
ª
série da coleção Ler,
entender e criar, de Maria das Graças Vieira e Regina Figueiredo (2004). Nesta coleção cada volume
é composto por dez unidades subdividas em sete tópicos. Os conteúdos de acentuação gráfica e
tonicidade estão presentes no tópico Veja como se escreve.
O livro didático da 4.
ª
série apresenta o conceito de sílaba tônica, classificação das palavras e regras
de acentuação somente no Caderno de atividades de acentuação e ortografia, parte do Caderno de
Ortografia. As explicações e os exercícios propostos apresentam os dois conteúdos de forma
desvinculada. Para introduzir o conceito de sílaba tônica, o livro solicita que o aluno pronuncie várias
vezes a palavra menina e indique a sílaba mais forte. Logo após, apresenta o conceito gramatical e
exemplifica a classificação das palavras, conforme a posição da sílaba mais forte: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
Ao explicar a acentuação gráfica de palavras oxítonas, apresenta várias palavras
como amor, cipó, calor, funil e José, com o intuito de demonstrar que nem todas essas palavras são
acentuadas e que para fazê-lo corretamente deve-se observar sua terminação. O exercício
denominado Complete solicitado para treinar esses conteúdos parece induzir os alunos à observação
da terminação de cada vocábulo descartando a identificação da sílaba tônica.
Em outro exercício, é solicitado ao aluno que justifique o porquê da presença ou ausência do acento
gráfico em um conjunto de palavras oxítonas. Segundo as orientações fornecidas ao professor, são
consideradas corretas somente as respostas que explicam a acentuação a partir de regras de
acentuação. Esse tipo de abordagem faz com que os alunos tomem como verdade a ideia de que o
acento gráfico aparece somente em vocábulos nos quais tem uma sílaba mais forte e, assim, deixa
de dar a ênfase necessária ao fato de que o acento solicitado é o gráfico. Com esse procedimento,
não fica claro para os alunos que independentemente de sua grafia toda palavra possui uma sílaba
tônica, com exceção dos monossílabos átonos.

REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA


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Com relação à acentuação das palavras paroxítonas e proparoxítonas, o livro apresenta somente um
quadro com palavras deste tipo acentuadas graficamente. Sobre esse tema são apresentados dois
exercícios: o primeiro solicita a acentuação gráfica de vocábulos e sua transcrição no caderno por
ordem alfabética; o segundo solicita a busca de palavras paroxítonas e proparoxítonas em jornais e
revistas. Somente dois exercícios do livro sugerem a relação entre os conceitos de tonicidade e
acentuação gráfica. Nesses exercícios, é solicitado aos alunos que indiquem ou pintem a sílaba
tônica e, por meio das tentativas auditivas exigidas, é favorecida a percepção dos alunos quanto a
tonicidade e sua relação com a acentuação gráfica (Figura 1)

O livro didático da 5.
ª
série aborda os conteúdos tonicidade e regras de acentuação gráfica no
tópico Veja como se escreve. Nas unidades anteriores, o direcionamento gramatical vinculou-se
diretamente à escrita de determinados vocábulos envolvendo aspectos relativos aos dígrafos. Nesta
unidade, quando apresentadas, as questões de acentuação são relacionadas à separação silábica
dos vocábulos. Para a realização do exercício, é necessário que os alunos retornem ao tópico Outra
leitura, pois a tarefa refere-se a um texto contido neste item no qual é solicitado que sejam grifadas as
sílabas mais fortes das duas palavras que compõem o seu título: Atrás do gato. Nessa atividade, é
desconsiderado o monossílabo "do" por meio do qual poderiam ser resgatados os conceitos
estudados anteriormente integrando-os à atividade presente.
Depois do primeiro exercício, o livro apresenta a diferença entre sílabas tônicas e átonas, bem como
a classificação das palavras conforme a posição da sílaba tônica. Apresenta como exemplos,
vocábulos com e sem acento gráfico, Bidu, gato e amigo. Tais exemplos podem ser considerados
importantes para o aprendizado, em favor da independência existente entre sílaba tônica e acento
gráfico. Isto facilita a percepção do aluno sobre as convenções da língua portuguesa, como o caso
dos acordos ortográficos.
Para a introdução da acentuação gráfica de palavras oxítonas são apresentados dezesseis vocábulos
com e sem acento gráfico, dos quais se solicita leitura em voz alta para identificação auditiva quanto
a sua sílaba tônica. Depois desta etapa, os alunos devem identificar a sílaba tônica e sua
classificação. O último exercício relaciona a acentuação gráfica à terminação dos vocábulos oxítonos
com o objetivo de que os alunos associem esses dois elementos e elaborem uma regra gramatical
apresentada em um quadro logo abaixo.
Depois de apresentadas as regras ortográficas, solicita-se que os alunos encontrem cinco palavras
oxítonas que recebam acento gráfico e, logo em seguida, elaborem frases. A elaboração de frases
permite aos alunos a percepção de que o vocábulo permanece com acento gráfico independente da
localização sonora que ele assume em uma frase. No último exercício é solicitada a busca em jornais
e revistas dos vocábulos ensinados, reproduzindo os exercícios apresentados nos livros didáticos do
primeiro ciclo.
Os vocábulos paroxítonos são abordados na sétima unidade do livro, os vocábulos oxítonos, sexta
unidade e proparoxítonos na oitava unidade. Essa fragmentação de conteúdos afins, segundo a
literatura, não permite que os alunos percebam as relações existentes entre os temas. Além disso,
nos três casos, a classificação é apresentada no item Veja como se escreve, embora o tema
relacionado à sílaba tônica se refira a um aspecto próprio da oralidade, enquanto a acentuação

REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA


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gráfica trata de um aspecto da língua escrita. Neste exercício novamente é solicitada a separação de
sílabas antes da classificação dos vocábulos. A única mudança em relação às atividades propostas
para as palavras oxítonas é tão somente a posição das sílabas tônicas. Em outro exercício é
solicitada a decisão do aluno sobre a necessidade ou não de acentuação gráfica estabelecendo uma
relação direta entre tonicidade e acento gráfico.
Quanto aos vocábulos proparoxítonos sua apresentação ocorre, como nas outras unidades, no
tópico Veja como se escreve da oitava unidade do livro. A classificação é abordada por meio de três
exercícios estruturalmente iguais: em um deles é apresentada a regra gramatical de acentuação das
palavras proparoxítonas sem justificar o porquê desta norma; no último exercício sobre classificação
e acentuação gráfica é sugerida uma atividade em grupo para a revisão do conteúdo gramatical das
unidades anteriores. Seu foco são os vocábulos acentuados graficamente e desconsidera as palavras
que não possuem acento gráfico, embora sejam submetidas às mesmas regras.
A comparação entre os dois livros didáticos mostra que no de 4.ª série o conteúdo é apresentado de
forma integrada e o de 5.
ª
série tende a sua fragmentação. No primeiro manual, primeiramente, é
abordado o conceito de sílaba tônica e, posteriormente, são apresentadas as regras de acentuação
gráfica para a resolução dos exercícios. Este tipo de procedimento parece ser mais adequado ao
desenvolvimento do tema, pois leva o aluno a compreender que quase todos os vocábulos possuem
uma sílaba tônica e que somente alguns são grafados devido à vigência ortográfica da norma. O livro
direcionado à segunda etapa do ensino fundamental aborda o conteúdo de acentuação em unidades
distintas, revisadas em conjunto somente no tópico final. Nessas situações são priorizados os
vocábulos acentuados graficamente e a estrutura dos exercícios mantém-se relacionada à
classificação das palavras quanto à sua tonicidade.
Apesar das diferenças, o modo como os dois livros didáticos apresentam o conteúdo sobre tonicidade
e regras de acentuação favorece o estabelecimento de confusão conceitual por parte de alunos e
professores, pois não mostra que a sílaba tônica é um aspecto presente na fala e as regras de
acentuação na escrita. Marcando a importância dessa distinção, assinala que não diferenciar esses
dois aspectos limita o processo de instrumentalização linguística dos alunos.
Quanto às observações de aulas
Comparando os dados das observações com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1997) sobre o ensino de ortografia, pode-se afirmar que a professora de 4.ª série manifesta
uma postura pedagógica distanciada desses documentos e similar aos pressupostos teórico-
metodológicos da Pedagogia Tecnicista, cujo foco é o livro didático. Do tempo total da aula, 43% (115
min.) foram dedicados à resolução de exercícios do livro didático e 49% (130 min.) à correção desses
exercícios no quadro de giz. Além disso, a professora de 4.ª série não fez uso do tempo das aulas
observadas para expor e explicar oralmente o conteúdo gramatical (Gráfico 1).

Nas aulas de 5.ª série para a exposição oral do conteúdo sem o livro didático, o professor fez uso de
23% (27 min.) do tempo de aula, 25% (30 min.) para retomada oral deste tema por parte dos alunos,
20% (25 min.) para a resolução de exercícios dos livros didáticos e 17% (20 min.) para retomada do
conteúdo por meio do livro didático. Nas aulas observadas, em média de 13% (13 min.) do tempo da
aula foram usados para recados, brincadeiras, enquanto a cópia de exercícios do quadro de giz, 2%

REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA


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(3 min). Este professor não corrigiu exercícios no quadro de giz, utilizando-se de outros recursos para
o ensino do conteúdo em foco.
As observações de aula mostraram que os dois professores investigados - a professora da 4.
ª
série e
o professor da 5.ª série - utilizaram como recurso básico de ensino o livro didático. A conduta dos
entrevistados mostra-se consistente com as considerações de Silva (1996, p. 13), segundo as quais o
desempenho insatisfatório dos alunos pode estar vinculado ao uso do livro didático no direcionamento
da atuação pedagógica dos professores. Para o autor, esse comportamento pode levar os
professores a uma "anemia cognitiva" e ao rebaixamento da qualidade de seu trabalho.
Além dos prejuízos causados pelo uso quase exclusivo do livro didático, é importante ressaltar que o
pouco tempo de exposição do conteúdo para os alunos, como constatado nas observações
realizadas na turma de 4.ª série, favorece uma aprendizagem insatisfatória dos conteúdos. Segundo
Dorneles (1987), a redução do tempo de aula para a realização desse tipo de atividade é considerada
um dos mecanismos seletivos da escola. Isto significa que aos sujeitos que têm menos condições de
saber ou aprender o conteúdo escolar em outras situações são privadas as oportunidades
necessárias à aprendizagem na instituição designada socialmente para tanto. Em outros termos,
pode-se dizer que a escola não está cumprindo seu papel de transmissor do saber escolar científico a
todos os cidadãos de forma equitativa.
Em contrapartida, o professor de 5.ª série parece ter mantido certa coerência na distribuição do
tempo de desenvolvimento das quatro categorias de atividades - exposição oral, resolução de
exercícios do livro didático, resolução de exercícios no quadro e leitura do conceito gramatical que o
livro didático apresenta (Gráfico 1). Observa-se que nenhum dos dois professores apresentou a
acentuação gráfica como uma norma convencionada pelo conjunto social. Segundo Morais (2002), se
abordado desta maneira, os alunos poderiam compreender que certos conteúdos são apenas
convenções temporárias e arbitrárias que precisam ser memorizadas e conscientizadas para
aquisição de uma melhor competência na linguagem oral, leitura e escrita.
Estudos anteriores como os de Cagliari (1986) e Morais (2002) enfatizam que é na 4.ª e 5.
ª
séries do
ensino fundamental o momento mais apropriado para a abordagem do conceito de sílaba tônica e
acentuação gráfica, pois às séries seguintes restaria o encargo de retomar esse conteúdo apenas
quando necessário, dedicando-se ao desenvolvimento de outros conceitos gramaticais.
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CLASSES DE PALAVRAS


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Classes de Palavras
Você sabe o que são as classes gramaticais e para que elas servem?
Bom, a língua portuguesa é um rico objeto de estudo – você certamente já percebeu isso. Por
apresentar tantas especificidades, é natural que ela fosse dividida em diferentes áreas, o que facilita
sua análise. Entre essas áreas, está a Morfologia, que é o estudo da estrutura, da formação e da
classificação das palavras. Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente,
desconsiderando-se a função que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela
Sintaxe. Nos estudos morfológicos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser
chamadas de classes de palavras ou classes gramaticais. São elas:
Substantivo: palavra que dá nome aos seres em geral, podendo nomear também ações, conceitos
físicos, afetivos e socioculturais, entre outros que não podem ser considerados “seres” no sentido
literal da palavra;
Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou
geral (indefinido);
Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estados dos seres;
Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas, coisas etc.), ou a
posição que um ser ocupa em determinada sequência;
Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de
significação;
Verbo: palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) e localiza-o no
tempo;
Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as circunstâncias (de tempo,
de lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal;
Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas
relações de sentido e dependência;
Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma função em uma
oração;
Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea, exprime
sentimentos, emoções e reações psicológicas.
A classificação das palavras sofreu alterações ao longo do tempo, o que é normal, haja vista que a
língua é mutável, isto é, sofre alterações e adaptações de acordo com as necessidades dos falantes.
Classificar uma palavra não é tarefa fácil, porém, possível, prova disso é que na língua portuguesa
todos os vocábulos estão incluídos dentro de uma das dez classes de palavras. Conhecer a
gramática que rege nosso idioma é fundamental para aprimorarmos a comunicação. Foi por essa
razão que o Brasil Escola preparou uma seção voltada ao estudo das classes gramaticais. Nela você
encontrará diversos artigos que explicarão a morfologia da língua de maneira simples e direta por
meio de textos e variados exemplos.
A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do
discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são
reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio,
verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.
Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso
acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo
todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda
vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua
portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas
características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo =

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forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as
relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem
influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes
gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como
também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos,
antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos
substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a
pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação
ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de
suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como
palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e
catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo,
artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Substantivo
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre
outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau
(diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde
estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva).

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Substantivos simples
• casa;
• amor;
• roupa;
• livro;
• felicidade.
Substantivos compostos
• passatempo;
• arco-íris;
• beija-flor;
• segunda-feira;
• malmequer.
Substantivos primitivos
• folha;
• chuva;
• algodão;
• pedra;
• quilo.
Substantivos derivados
• território;
• chuvada;
• jardinagem;
• açucareiro;
• livraria.
Substantivos próprios
• Flávia;
• Brasil;
• Carnaval;
• Nilo;
• Serra da Mantiqueira.
Substantivos comuns
• mãe;

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• computador;
• papagaio;
• uva;
• planeta.
Substantivos coletivos
• rebanho;
• cardume;
• pomar;
• arquipélago;
• constelação.
Substantivos concretos
• mesa;
• cachorro;
• samambaia;
• chuva;
• Felipe.
Substantivos abstratos
• beleza;
• pobreza;
• crescimento;
• amor;
• calor.
Substantivos comuns de dois gêneros
• o estudante / a estudante;
• o jovem / a jovem;
• o artista / a artista.
Substantivos sobrecomuns
• a vítima;
• a pessoa;
• a criança;
• o gênio;
• o indivíduo.

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5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Substantivos epicenos
• a formiga;
• o crocodilo;
• a mosca;
• a baleia;
• o besouro.
Substantivos de dois números
• o lápis / os lápis;
• o tórax / os tórax;
• a práxis / as práxis.
Leia mais sobre substantivos.
Artigo
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos
mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam
também o gênero e o número dos substantivos que determinam.
Artigos definidos
• o;
• a;
• os;
• as.
Artigos indefinidos
• um;
• uma;
• uns;
• umas.
Leia mais sobre artigos.
Adjetivo
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade,
característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo).
Adjetivos simples
• vermelha;
• lindo;
• zangada;

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• branco.
Adjetivos compostos
• verde-escuro;
• amarelo-canário;
• franco-brasileiro;
• mal-educado.
Adjetivo primitivo
• feliz;
• bom;
• azul;
• triste;
• grande.
Adjetivo derivado
• magrelo;
• avermelhado;
• apaixonado.
Adjetivos biformes
• bonito;
• alta;
• rápido;
• amarelas;
• simpática.
Adjetivos uniformes
• competente;
• fácil;
• verdes;
• veloz;
• comum.
Adjetivos pátrios
• paulista;
• cearense;
• brasileiro;

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• italiano;
• romeno.
Leia mais sobre adjetivos.
Pronome
Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que
acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características
aos mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso).
Pronomes pessoais retos
• eu;
• tu;
• ele;
• nós;
• vós;
• eles.
Pronomes pessoais oblíquos
• me;
• mim;
• comigo;
• o;
• a;
• se;
• conosco;
• vos.
Pronomes pessoais de tratamento
• você;
• senhor;
• Vossa Excelência;
• Vossa Eminência.
Pronomes possessivos
• meu;
• tua;
• seus;

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• nossas;
• vosso;
• sua.
Pronomes demonstrativos
• este;
• essa;
• aquilo;
• o;
• a;
• tal.
Pronomes interrogativos
• que;
• quem;
• qual;
• quanto.
Pronomes relativos
• que;
• quem;
• onde;
• a qual;
• cujo;
• quantas.
Pronomes indefinidos
• algum;
• nenhuma;
• todos;
• muitas;
• nada;
• algo.
Leia mais sobre pronomes.

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Numeral
Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de
elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e
número (singular e plural), outros são invariáveis.
Numerais cardinais
• um;
• sete;
• vinte e oito;
• cento e noventa;
• mil.
Numerais ordinais
• primeiro;
• vigésimo segundo;
• nonagésimo;
• milésimo.
Numerais multiplicativo
• duplo;
• triplo;
• quádruplo;
• quíntuplo.
Numerais fracionários
• um meio;
• um terço;
• três décimos.
Numerais coletivos
• dúzia;
• cento;
• dezena;
• quinzena.
Leia mais sobre numerais.
Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência,
um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou

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3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e
futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Verbos regulares
• cantar;
• amar;
• vender;
• prender;
• partir;
• abrir.
Verbos irregulares
• medir;
• fazer;
• ouvir;
• haver;
• poder;
• crer.
Verbos anômalos
• ser;
• ir.
Verbos principais
• comer;
• dançar;
• saltar;
• escorregar;
• sorrir;
• rir.
Verbos auxiliares
• ser;
• estar;
• ter;
• haver;
• ir.

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Verbos de ligação
• ser;
• estar;
• parecer;
• ficar;
• tornar-se;
• continuar;
• andar;
• permanecer.
Verbos defectivos
• falir;
• banir;
• reaver;
• colorir;
• demolir;
• adequar.
Verbos impessoais
• haver;
• fazer;
• chover;
• nevar;
• ventar;
• anoitecer;
• escurecer.
Verbos unipessoais
• latir;
• miar;
• cacarejar;
• mugir;
• convir;
• custar;
• acontecer.

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Verbos abundantes
• aceitado / aceito;
• ganhado / ganho;
• pagado / pago.
Verbos pronominais essenciais
• arrepender-se;
• suicidar-se;
• zangar-se;
• queixar-se;
• abster-se;
• dignar-se.
Verbos pronominais acidentais
• pentear / pentear-se;
• sentar / sentar-se;
• enganar / enganar-se
• debater / debater-se.
Leia mais sobre verbos.
Advérbio
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma
circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero
e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau.
Advérbio de lugar
• aqui;
• ali;
• atrás;
• longe;
• perto;
• embaixo.
Advérbio de tempo
• hoje;
• amanhã;
• nunca;
• cedo;

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• tarde;
• antes.
Advérbio de modo
• bem;
• mal;
• rapidamente;
• devagar;
• calmamente;
• pior.
Advérbio de afirmação
• sim;
• certamente;
• certo;
• decididamente.
Advérbio de negação
• não;
• nunca;
• jamais;
• nem;
• tampouco.
Advérbio de dúvida
• talvez;
• quiçá;
• possivelmente;
• provavelmente;
• porventura.
Advérbio de intensidade
• muito;
• pouco;
• tão;
• bastante;
• menos;

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• quanto.
Advérbio de exclusão
• salvo;
• senão;
• somente;
• só;
• unicamente;
• apenas.
Advérbio de inclusão
• inclusivamente;
• também;
• mesmo;
• ainda.
Advérbio de ordem
• primeiramente;
• ultimamente;
• depois.
Leia mais sobre advérbios.
Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da
oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro
termo (termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Preposições simples essenciais
• a;
• após;
• até;
• com;
• de;
• em;
• entre;
• para;
• sobre.

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Preposições simples acidentais
• como;
• conforme;
• consoante;
• durante;
• exceto;
• fora;
• mediante;
• salvo;
• segundo;
• senão.
Preposições compostas ou locuções prepositivas
• acima de;
• a fim de;
• apesar de;
• através de;
• de acordo com;
• depois de;
• em vez de;
• graças a;
• perto de;
• por causa de.
Leia mais sobre preposições.
Conjunção
Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos
de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São
invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Conjunções coordenativas aditivas
• e;
• nem;
• também;
• bem como;
• não só...mas também.

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Conjunções coordenativas adversativas
• mas;
• porém;
• contudo;
• todavia;
• entretanto;
• no entanto;
• não obstante.
Conjunções coordenativas alternativas
• ou;
• ou...ou;
• já…já;
• ora...ora;
• quer...quer;
• seja...seja.
Conjunções coordenativas conclusivas
• logo;
• pois;
• portanto;
• assim;
• por isso;
• por consequência;
• por conseguinte.
Conjunções coordenativas explicativas
• que;
• porque;
• porquanto;
• pois;
• isto é.
Conjunções subordinativas integrantes
• que;
• se.

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Conjunções subordinativas adverbiais causais
• porque;
• que;
• porquanto;
• visto que;
• uma vez que;
• já que;
• pois que;
• como.
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas
• embora;
• conquanto;
• ainda que;
• mesmo que;
• se bem que;
• posto que.
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais
• se;
• caso;
• desde;
• salvo se;
• desde que;
• exceto se;
• contando que.
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas
• conforme;
• como;
• consoante;
• segundo.
Conjunções subordinativas adverbiais finais
• a fim de que;
• para que;

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• que.
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais
• à proporção que;
• à medida que;
• ao passo que;
• quanto mais… mais,…
Conjunções subordinativas adverbiais temporais
• quando;
• enquanto;
• agora que;
• logo que;
• desde que;
• assim que;
• tanto que;
• apenas.
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas
• como;
• assim como;
• tal;
• qual;
• tanto como.
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
• que;
• tanto que;
• tão que;
• tal que;
• tamanho que;
• de forma que;
• de modo que;
• de sorte que;
• de tal forma que.

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19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Interjeição
Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e
seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.
Interjeições de alegria
• Oh!;
• Ah!;
• Oba!;
• Viva!;
• Opa!.
Interjeições de estímulo
• Vamos!;
• Força!;
• Coragem!;
• Ânimo!;
• Adiante!.
Interjeições de aprovação
• Apoiado!;
• Boa!;
• Bravo!.
Interjeições de desejo
• Oh!;
• Tomara!;
• Oxalá!.
Interjeições de dor
• Ai!;
• Ui!;
• Ah!;
• Oh!.
Interjeições de surpresa
• Nossa!;
• Cruz!;
• Caramba!;

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20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
• Opa!;
• Virgem!;
• Vixe!.
Interjeições de impaciência
• Diabo!;
• Puxa!;
• Pô!;
• Raios!;
• Ora!.
Interjeições de silêncio
• Psiu!;
• Silêncio!.
Interjeições de alívio
• Uf!;
• Ufa!;
• Ah!.
Interjeições de medo
• Credo!;
• Cruzes!;
• Uh!;
• Ui!.
Interjeições de advertência
• Cuidado!;
• Atenção!;
• Olha!;
• Alerta!;
• Sentido!.
Interjeições de concordância
• Claro!;
• Tá!;
• Hã-hã!.

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21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Interjeições de desaprovação
• Credo!;
• Francamente!;
• Xi!;
• Chega!;
• Basta!;
• Ora!.
Interjeições de incredulidade
• Hum!;
• Epa!;
• Ora!;
• Qual!.
Interjeições de socorro
• Socorro!;
• Aqui!;
• Piedade!;
• Ajuda!.
Interjeições de cumprimentos
• Olá!;
• Alô!;
• Ei!;
• Tchau!;
• Adeus!.
Interjeições de afastamento
• Rua!;
• Xô!;
• Fora!;
• Passa!.
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EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE


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Emprego do Sinal Indicativo de Crase
CRASE: é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão". Nos estudos de Língua
Portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada
pelo acento grave (`) sobre o "a". Crase, portanto, NÃO é o nome do acento, mas do fenômeno
(junção a + a) representado através do acento grave.
A crase pode ser a fusão da preposição a com:
1) o artigo feminino definido a (ou as): Fomos à cidade e assistimos às festas.
2) o pronome demonstrativo a (ou as): Irei à (loja) do centro.
3) os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Refiro-me àquele fato.
4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Há cidades brasileiras às quais não é possível
enviar correspondência.
Observe que a ocorrência da crase depende da verificação da existência de duas
vogais "a" (preposição + artigo ou preposição + pronome) no contexto sintático.
REGRAS PRÁTICAS
1 - Substitua a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se aparecer a
combinação ao, é certo que OCORRERÁ crase antes do termo feminino:
Amanhã iremos ao colégio / à escola.
Prefiro o futebol ao voleibol / à natação.
Resolvi o problema / a questão.
Vou ao campo / à praia.
Eles foram ao parque / à praça.
2 - Substitua o termo regente da preposição a por outro que exija uma preposição diferente
(de, em, por). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem as
formas da(s), na(s) ou pela(s), não haverá crase:
Refiro-me a você. (sem crase) - Gosto de você / Penso em você / Apaixonei-me por você.
Refiro-me à menina. (com crase) - Gosto da menina / Penso na menina / Apaixonei-me pela
menina.
Começou a gritar. (sem crase) - Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por gritar.
3 - Substitua verbos que transmitem a idéia de movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo
voltar. Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da",
HAVERÁ crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma.
Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares.
Voltarei a Paris e à Suiça. / Voltarei de Paris e da Suiça.
Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da", HAVERÁ
crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma.
Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares.

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE


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Voltarei a Paris e à Suiça. / Voltarei de Paris e da Suiça.
4 - A crase deve ser usada no caso de locuções, ou seja, reunião de palavras que equivalem a
uma só idéia. Se a locução começar por preposição e se o núcleo da locução for palavra
feminina, então haverá crase:
Gente à toa.
Vire à direita.
Tudo às claras.
Hoje à noite.
Navio à deriva.
Tudo às avessas.
No caso da locução "à moda de", a expressão "moda de" pode vir subentendida, deixando
apenas o "à" expresso, como nos exemplos que seguem:
Sapatos à Luiz XV.
Relógios à Santos Dummont.
Filé à milanesa.
Churrasco à gaúcha.
No caso de locuções relativas a horários, somente no caso de horas definidas e especificadas
ocorrerá a crase:
À meia-noite.
À uma hora.
À duas horas.
Às três e quarenta.
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SINTAXE

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Sintaxe
Objeto direto, Objeto indireto, Complemento Nominal e Agente da Passiva
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
1. OBJETO DIRETO
Para Identificar o
OBJETO DIRETO
faça a pergunta
VERBO +
O quÊ?
Quem?
VOZ ATIVA
Ex.: O rapaz perdeu os sentidos.
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
Como você percebeu, o objeto liga-se ao verbo sem auxílio da preposição. Entretanto, há casos em
que ele admite a construção com o conectivo preposicional, sendo denominado, então, de objeto
direto preposicionado.
Casos em que ele ocorre:
• quando o objeto direto é constituído por pronomes pessoais tônicos. Ex.:
Luíza amava mais a mim do que a seus irmãos.
objeto direto preposicionado: a mim
O professor Gustavo não entende a nós, nem nós entendemos a ele.
objeto direto preposicionado: a nós, a ele
• quando o objeto direto é constituído por nomes próprios ou comuns principalmente com verbos que
expressem sentimentos. Ex.:
Devemos amar, sobretudo, a Deus.
Estimar aos pais é dever de todo bom filho.
• quando o objeto direto é constituído por pronome indefinido, que se refira a pessoa, ou pronome de
tratamento. Ex.:
Não quero amar a ninguém.
Não aborreça a Sua Excelência.
• quando se deseja evitar ambiguidade (duplo sentido). Ex.:
Chama, finalmente, ao pai, o filho emocionado.
Note que, se não houvesse a preposição diante do objeto, não se poderia identificar qual o sujeito:
o filho emocionado; e qual o objeto: ao pai.

SINTAXE

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• quando o objeto está anteposto para dar ênfase.
A mim, é que não enganam!
A Rogério, ninguém controlava.
2. OBJETO INDIRETO

Para Identificar o
OBJETO INDIRETO
faça a pergunta
VERBO +
A quÊ(M)?
DE Que(m)?
EM QUE(M)?

Ex.: Aparício duvidava de seus próprios companheiros
Observação
O objeto indireto pode ser representado também pelos pronomes oblíquos lhe, lhes, me, te, nos, vos,
de acordo com a transitividade verbal.
“Não estou entendendo — disse-lhe — você vai dar um salto?”
Carlos Eduardo Novaes
3. COMPLEMENTO NOMINAL
Assim como os verbos, certos nomes também são transitivos, necessitando de um termo que os
complete. Tal complemento denomina-se complemento nominal. Ex.:
“Ele tem medo de você.”
O substantivo medo é completado pelo termo de você que constitui o complemento nominal.
O complemento nominal caracteriza-se por:
SER INTRODUZIDO POR PREPOSIÇÃO
Todo ser humano tem direito à felicidade.
Viviane tinha certeza de sua amizade.
COMPLETAR O SENTIDO DE UM
• Substantivo
Áurea e Roselaine não tinham receio da bronca do patrão.
• adjetivo
A água é benéfica à saúde do homem.
• ADVÉRBIO

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Roberval agiu contrariamente aos costumes de sua família.
4. AGENTE DA PASSIVA
Para Identificar o
AGENTE DA PASSIVA
faça a pergunta
VERBO + POR QUEM?
VOZ PASSIVA

Ex.: A velha igreja de Ouro Preto foi visitada por engenheiros.
Objeto direto e indireto
1. Objeto direto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem
necessitar de preposição.
Exemplo:

O objeto direto também completa o sentido de um verbo transitivo direto e indireto.
Exemplo:

Se o objeto direto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva direta. É
substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto direto.
Exemplo:
Quero que você estude.
2. Objeto indireto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo
indireto necessitando de preposição.
Exemplo:

Se o objeto indireto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva indireta.
É substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto indireto.
Exemplo:
Concordo (com) que você trabalhe. (Observe que a preposição com está subentendida.)

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Os objetos podem ser representados por:
a) um substantivo:
Exemplo:

b) um pronome substantivo:
Exemplo:

c) um numeral:
Exemplo:

d) uma palavra substantivada:
Exemplo:

e) uma oração subordinada:
Exemplo:

Objeto formado por um pronome oblíquo
Os pronomes oblíquos geralmente assumem a função de complementos verbais (objeto direto e
objeto indireto). Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando complementos do verbo, funcionam
como objeto direto. Os pronomes lhe, lhes funcionam como objeto indireto. Os demais pronomes
oblíquos (me, te, se, nos, vos) podem exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto.
Para substituir o objeto direto de 3ª pessoa, devemos usar as formas o (s), a (s), lo (s), la (s), no (s),
na (s). Nunca a forma lhe (s).

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As formas pronominais o e a variam para -lo e -la, quando estiverem colocadas depois de verbos que
terminem com as letras r, s, z. Neste caso, eliminam-se tais letras. Mas lembre-se que no falar diário
tais formas não são usadas; fica muito pedante. Devemos conhecer estes usos apenas para aplicá-
los a uma linguagem especial, culta.


Exemplo:
Esta é a casa de meus sonhos. Vou comprá-la, sem dúvida. Reformá-la-ei para meu próprio uso.
Meus empregados preparam-na para meu conforto.
2. As formas pronominais -no e -na são usadas depois de verbos que terminem em sons nasais, ou
seja, em am, em, ão ou õe.

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O pronome lhe nunca substitui objeto direto! Ele é usado para substituir o objeto indireto.
Exemplo:
Entreguei a carta ao mensageiro. (objeto indireto)
Entreguei-lhe a carta.

Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos e vos tanto podem exercer a função de objeto direto
quanto a de objeto indireto. Isto depende da regência verbal, ou seja, é necessário perceber a
exigência do verbo. Todavia, fica fácil identificar essas funções. Vamos aplicar um "jeitinho" infalível?
Na dúvida, retire o pronome oblíquo e em seu lugar use a expressão "o garoto" para identificar o
objeto direto e "ao garoto", para identificar o objeto indireto.
Exemplos:
Ela me ama. (Ela ama o garoto? - objeto direto)
Ela me entrega a encomenda. (Ela entrega a encomenda ao garoto. - objeto indireto)


Observação:

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Você pode aplicar essa substituição para descobrir a função sintática de qualquer pronome deste
grupo.


Objeto Direto Preposicionado
Como estudamos anteriormente, o objeto direto é o termo da oração que completa a significação de
um verbo transitivo direto sem necessitar de uma preposição.
Há casos em que o objeto pode ser antecedido por uma preposição. Esta, porém, não é obrigatória.
Exemplos:

Lembre-se que o objeto indireto é complemento do verbo transitivo indireto. Já o objeto direto
preposicionado é complemento de verbo transitivo direto.
Objeto Pleonástico
Muitas vezes, com o objetivo de dar ênfase, é antecipado o objeto, colocando-o no início da frase e,
depois ele é repetido através de um pronome oblíquo. Objeto pleonástico é o nome dado a esse
objeto repetido.
Exemplos:

Objeto Direto Interno
Quando o objeto direto for representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo que
ele completa, receberá o nome de objeto direto interno.
Exemplos:

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Observação:
O núcleo do objeto direto interno deverá estar sempre especificado por um adjunto; caso contrário,
pode haver pleonasmo.
Orações Coordenadas e Subordinadas
Orações Coordenadas
As orações coordenadas não exercem função sintática umas em relação às outras, ou seja, não
apresentam dependência entre elas.
Exemplo de Oração Coordenada Sindética Aditiva
Ela acordou cedo e foi ao parque com as amigas.
Como pode-se observar, as orações são independentes do ponto de vista sintático e estão
relacionadas através da conjunção e.
As orações coordenadas podem ser classificadas em assindéticas, quando não são introduzidas por
conjunção, ou sindéticas, quando são introduzidas por conjunção. Essas ainda são divididas em
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Orações Subordinadas
Diferentemente do que acontece com as orações coordenadas, as orações subordinadas apresentam
uma dependência sintática em relação à oração principal. Elas são classificadas de acordo com a sua
função sintática: oração subordinada substantiva, oração subordinada adjetiva e oração subordinada
adverbial.
Orações Subordinadas Substantivas
Normalmente são introduzidas por conjunções subordinadas integrantes e podem fazer o papel de
um substantivo nos períodos. Elas são classificadas de acordo com a sua função: subjetiva,
completiva nominal, predicativa, apositiva, objetiva direta e objetiva indireta.
Exemplo de Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
Acreditamos que a jogada do zagueiro foi desleal.
Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas adjetivas exercem a mesma função de um adjetivo, pois modificam um
substantivo. Elas são classificadas em dois tipos: explicativas e restritivas.
Exemplo de Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Os alunos, que estudaram pro vestibular, conseguiram boas notas.
Orações Subordinadas Adverbiais
Essas orações exercem a função de adjunto averbial em relação ao verbo da oração princial. Elas
são classificadas em nove tipos: causais, consecutivas, comparativas, condicionais, conformativas,
concessivas, finais, proporcionais e temporais.
Exemplo de Oração Subordinada Adverbial Condicional

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Se estudar bastante, passará no vestibular da Unicamp.
Orações coordenadas e orações subordinadas
A seção com a qual você se depara neste momento diz respeito às orações coordenadas e orações
subordinadas. Pois bem, sem nenhuma dúvida, tal fato linguístico o (a) faz relembrar algo: período
composto.
Ora, se se trata de um período, obviamente que nele há duas orações, e éexatamente no estudo
delas que reside todo o conhecimento que a partir de agora você irá adquirir. Nesse sentido,
gostaríamos - ainda que de forma superficial- que você se atentasse para os dois exemplos que
abaixo se mostram evidentes:
Ela chegou e apresentou as novas ações a serem executadas.
Em termos de construção sintática, não precisamos ir muito além para constatarmos que as duas
orações não mantêm entre si nenhuma relação de dependência para que se tornem decifráveis,
completas. Isso significa dizer que se classificam como orações coordenadas.
Assim que ela chegou, apresentou as novas ações a serem executadas.
Em se tratando dos elementos sintáticos, não podemos afirmar que tais orações se assemelham às
coordenadas, haja vista que a primeira oração (assim que ela chegou) apresenta uma relação de
dependência para com a segunda – o que significa afirmar que se classificam como orações
subordinadas.
Sinais de Pontuação
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Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estílica. São eles: o ponto (.), a vírgula (,),
o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),
as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).
Como Usar e Exemplos
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. O
ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
Exemplos:
• Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e
pedir perdão.
• O filme recebeu várias indicações para o óscar.
• Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores.
• Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado
quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para separar termos
com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo.
Exemplos:

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• Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.
• Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas. (aposto)
• Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)
Ponto e Vírgula (;)
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar uma
relação de elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais longa
que a vírgula e ora mais breve que o ponto.
Exemplos:
• Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente.
• Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
• Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.
Dois Pontos (:)
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar uma
enumeração.
Exemplos:
• Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e divisão.
• Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.
Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam
sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
Exemplos:
• Que horror!
• Ganhei!
Ponto de Interrogação (?)
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases diretas ou
indiretas-livre.
Exemplos:
• Quer ir ao cinema comigo?
• Será que eles prefere jornais ou revistas?
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito
mais além do que está expresso na frase.
Exemplos:
• Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…

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• Não sei… Preciso pensar no assunto.
Aspas (" ")
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de
obras.
Exemplos:
• Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”.
• Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do
meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."
Parênteses ( ( ) )
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória.
Exemplos:
• O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.
• Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como para
substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
• Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois teremos
problemas mais tarde.
• Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.
Agora que você já conhece os sinais e as regras de pontuação, conheça também a Acentuação
Gráfica.
Concordância Verbal e Nominal
Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo.
Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os diversos nomes da oração,
ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo e o adjetivo.
Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino.
Concordância em número indica a flexão em singular e plural.
Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa.
Exemplos de concordância verbal
• Eu li;
• Ele leu;
• Nós lemos;
• Eles leram.
Exemplos de concordância nominal
• O vizinho novo;

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• A vizinha nova;
• Os vizinhos novos;
• As vizinhas novas.
Casos Particulares de Concordância Verbal
Concordância com pronome relativo que
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que
queremos, são eles que querem.
Concordância com pronome relativo quem
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular:
sou eu quem quero, sou eu quem quer.
Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,...
Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da
3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas
querem.
Concordância com um dos que
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos
que estudarão, um dos que sabem.
Concordância com nem um nem outro
O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro
veio, nem um nem outro vieram.
Concordância com verbos impessoais
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um
sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.
Concordância com a partícula apassivadora se
O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente,
podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas.
Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito se
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a frase é formada por
verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-se de funcionário, precisa-se de
funcionários.
Concordância com o infinitivo pessoal
O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o
sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira: é para eles lerem, acho
necessário comprarmos comida, eu vi eles chegarem tarde.
Concordância com o infinitivo impessoal
O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da
segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e
com verbos imperativos: eles querem comprar, passamos para ver você, eles estão a ouvir.
Concordância com o verbo ser
O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural:
isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são vocês.
Casos particulares de concordância nominal
Concordância com pronomes pessoais
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal: ela é simpática,
ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos.

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Concordância com vários substantivos
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo:
caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também estabelecer concordância com a forma
no masculino plural: caneta e caderno novos, caderno e caneta novos.
Concordância com vários adjetivos
Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular apenas se
houver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo, o substantivo deverá ser escrito
no plural: o escritor brasileiro e o chileno, os escritores brasileiro e chileno.
Concordância com: é proibido, é permitido, é preciso, é necessário, é bom
Estas expressões estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando há um
artigo que determina o substantivo, mas permanecem invariáveis no masculino singular quando não
há artigo: é permitida a entrada, é permitido entrada, é proibida a venda, é proibido venda.
Concordância com: bastante, muito, pouco, meio, longe, caro e barato
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando possuem
função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há bastante procura, há bastantes
pedidos, vi muitas crianças, vi muitos adultos.
Concordância com menos
A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo: menos
tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.
Concordância com: mesmo, próprio, anexo, obrigado, quite, incluso
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo: resultados
anexos, informações anexas, as próprias pessoas, o próprio síndico, ele mesmo, elas mesmas.
Concordância com um e outro
Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo que o
substantivo esteja no singular: um e outro aluno estudiosos, uma e outra pergunta respondidas.
Sintaxe de concordância, regência e colocação
Você sabe o que é sintaxe? A área da gramática que estuda a relação entre as palavras na oração e
no discurso subdivide-se em sintaxe de concordância, regência e colocação.
Você sabe o que é sintaxe?
A sintaxe é a área da gramática que se ocupa do estudo da disposição das palavras na frase e das
frases quando inseridas em um discurso. Diz-se que um texto está sintaticamente correto quando as
frases estabelecem relação lógica entre si, ou seja, os elementos de uma oração estão dispostos de
maneira que nos permita compreender o conteúdo de determinada mensagem. Mesmo que não saiba
– ou não soubesse – o que é sintaxe, você é capaz de produzir enunciados que obedeçam às suas
regras, já que a finalidade da comunicação é produzir discursos inteligíveis, cujo significado seja
acessível e compreensível. Observe:
Ontem choveu bastante. As ruas ficaram alagadas e o trânsito ficou congestionado em vários pontos
da cidade
ou
Bastante choveu ontem. Alagadas ficaram ruas as congestionado ficou trânsito e o cidade da em
pontos vários?
Entre as orações acima, qual das duas você seria capaz de produzir? A primeira, não é verdade?
Ambas são compostas pelas mesmas palavras, mas uma delas ficou privada de inteligibilidade (a
segunda) porque seus elementos não foram sintaticamente bem dispostos, tornando-a agramatical.
Por isso a importância da sintaxe: instrumento indispensável para a correta combinação das palavras
nas orações.

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Pensando em sintaxe, falemos sobre suas subdivisões: a sintaxe de concordância, regência e
colocação. Você sabe para que serve cada uma delas? Vamos conhecer um pouco mais sobre a
língua portuguesa e sua gramática? Fique atento à explicação e bons estudos!


Conhecer as sintaxes de concordância, regência e colocação é importante para aprimorar a
comunicação verbal e escrita
O que é sintaxe de concordância?
A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode ser
verbal ou nominal. Observe os exemplos:
► Concordância verbal:
Os alunos ficaram entusiasmados com o passeio no museu
ou
Os alunos ficou entusiasmados com o passeio no museu?
A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se o sujeito
(alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural:
eles 'ficaram'.
► Concordância nominal:
Os aluno indisciplinado foram suspenso da escola
ou
Os alunos indisciplinados foram suspensos da escola?
O segundo exemplo obedece às regras da concordância nominal porque nele o substantivo –
alunos – concorda com seus determinantes, que podem ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. A
concordância nominal é, portanto, a combinação entre os nomes de uma oração.
O que é sintaxe de regência?
A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo (regência
verbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os termos
regentes, aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que
complementam o sentido dos termos regentes.
► Regência verbal:

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A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos que os
complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossa capacidade expressiva, pois
a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes significados.
Observe:
Os parlamentares implicaram-se em escândalos por causa do desvio de verbas públicas. (implicar =
envolver)
e
Os alunos implicaram com o novo coordenador. (implicar = ter implicância, aversão).
► Regência nominal:
A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os
termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será construída.
Observe os exemplos:
A nova tarifa é acessível a todos os cidadãos.
Os atentados contra a embaixada deixaram vários feridos.
Eles preferiram ficar longe de todos.
Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo regime dos
verbos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o regime dos
nomes cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica:
As crianças devem obedecer às regras.(obedecer = verbo)
Eles foram obedientes às regras. (obediente = nome cognato)
O que é sintaxe de colocação?
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dispostos de
maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de posição desses
termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo.
Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos:
► Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. Veja os exemplos:
Não se esqueça de comprar novos livros.
Não me fale novamente sobre esse assunto.
Aqui se vive melhor do que na cidade grande.
Tudo me incomoda quando não estou em casa.
Quem te chamou para a festa?
► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito
do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na linguagem
literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá ser eliminada. Observe os
exemplos:
Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe)
Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o campo. (convidariam + me)
► Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à sequência verbo-complemento.
Observe os exemplos:
Diga-me o que você fez nas férias.
Espero encontrar-lhe na festa hoje à noite.
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e comida.
Sinônimos e Antônimos
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Os sinônimos e os antônimos designam palavras (substantivos, adjetivos, verbos, complementos,
etc.), que segundo seu significado, ora se assemelham (sinônimos) e ora são opostas (antônimos).
A semântica é o ramo da linguística encarregada de estudar as palavras e seus significados. Para
tanto, enfoca nos estudos dos seguintes conceitos: sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos.
Para saber mais: Semântica e Homônimos e Parônimos
Sinônimos
Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome),
ou seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não
obstante, a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que
possuem significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma
vez que a repetição das palavras empobrece o conteúdo.
Tipos de Sinônimos
Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor
semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com
a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras:
• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico
e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.
• Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não
idênticos, por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho.
Exemplos de Sinônimos
Segue abaixo alguns exemplos de palavras sinônimas:
• Adversário e antagonista
• Adversidade e problema
• Alegria e felicidade
• Alfabeto e abecedário
• Ancião e idoso
• Apresentar e expor
• Belo e bonito
• Brado e grito
• Bruxa e feiticeira
• Calmo e tranquilo
• Carinho e afeto
• Carro e automóvel
• Cão e cachorro
• Casa e lar
• Contraveneno e antídoto

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• Diálogo e colóquio
• Encontrar e achar
• Enxergar e ver
• Extinguir e abolir
• Gostar e estimar
• Importante e relevante
• Longe e distante
• Moral e ética
• Oposição e antítese
• Percurso e trajeto
• Perguntar e questionar
• Saboroso e delicioso
• Transformação e metamorfose
• Translúcido e diáfano
Antônimos
Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e
“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras
antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos
estilísticos na produção dos textos.
Exemplos de Antônimos
Segue abaixo alguns exemplos de palavras antônimas:
• Aberto e fechado
• Alto e baixo
• Amor e ódio
• Ativo e inativo
• Bendizer e maldizer
• Bem e mal
• Bom e mau
• Bonito e feio
• Certo e errado
• Doce e salgado
• Duro e mole
• Escuro e claro

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• Forte e fraco
• Gordo e magro
• Grosso e fino
• Grande e pequeno
• Inadequada e adequada
• Ordem e anarquia
• Pesado e leve
• Presente e ausente
• Progredir e regredir
• Quente e frio
• Rápido e lento
• Rico e pobre
• Rir e chorar
• Sair e entrar
• Seco e molhado
• Simpático e antipático
• Soberba e humildade
• Sozinho e acompanhado
A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do
discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os
significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus
significados.
SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que
possuem significado ou sentido semelhante.
Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.
Estas palavras são chamadas de sinônimos.
Ex: certo, correto, verdadeiro, exato.
Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.
A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:
• adversário e antagonista;
• translúcido e diáfano;
• semicírculo e hemiciclo;
• contraveneno e antídoto;
• moral e ética;

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• colóquio e diálogo;
• transformação e metamorfose;
• oposição e antítese.
ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto
Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe
ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.
Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro.
Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:
• bendizer e maldizer;
• simpático e antipático;
• progredir e regredir;
• concórdia e discórdia;
• ativo e inativo;
• esperar e desesperar;
• comunista e anticomunista;
• simétrico e assimétrico.
Parônimos e Homônimos
Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes, são caracterizadas
como parônimos e homônimos.
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém se
constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos ressaltar que esse é um
fator preponderante na construção de nossos discursos – na oralidade e, principalmente, na escrita.
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja equivocado, é essencial
dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos enunciados, tais como a prática constante
da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para
o aprimoramento da competência linguística.
Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que imperam no processo de
significação das palavras, passemos a partir de agora a estabelecer familiaridade com alguns
aspectos relacionados à homonímia e à paronímia.
Homônimos
São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade
gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os
homônimos se subdividem em três grupos.
Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado.
Vejamos alguns exemplos:
almoço → substantivo / almoço → verbo
colher → substantivo / colher → verbo
começo → substantivo / começo → verbo

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jogo → substantivo / jogo → verbo
sede → substantivo (vontade de beber) / sede → localidade
Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São
exemplos:

Palavras homófonas são iguais na pronúncia e diferentes no significado e na escrita
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no
significado. Observemos alguns exemplos:
cedo → verbo / cedo → advérbio
caminho → substantivo / caminho → verbo
livre → adjetivo / livre → verbo
Parônimos
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns
casos:

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Palavras parônimas: semelhanças gráficas e sonoras, porém com significados distintos
Verso - Estrofe - Rima
Um poema é constituído de verso e estrofe, seus versos podem apresentar ou não rima.
Por tratar-se de texto poético, nada mais sugestivo que admirarmos a beleza da poesia retratada a
seguir:

Soneto
Mudam-se o tempo, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões

Esteticamente, percebemos que se trata de um soneto, uma vez que o mesmo é constituído por
quatro estrofes, sendo que uma possui quatro versos e a outra, três versos.

Vejamos agora o conceito de cada uma das partes constituintes da poesia:

Verso - É cada linha poética. Como o soneto é uma forma fixa, há sempre quatorze versos.

Estrofe - É o conjunto de versos. Como já foi mencionado, o soneto é formado por dois quartetos
(estrofe com quatro versos) e dois tercetos (estrofes com três versos).
Os versos de uma poesia podem ter rima, ou seja, semelhança sonora entre as palavras, seja no final
ou no meio dos versos (rima interna).

Quanto à disposição, as rimas podem ser:

Interpoladas (intercaladas ou expostas)

“Mudam-se o tempo, mudam-se as vontades, (a)
Muda-se o ser, muda-se a confiança; (b)
Todo mundo é composto de mudança, (b)
Tomando sempre novas qualidades”. (a)

Cruzadas (ou alternadas)

“O tempo cobre o chão de verde manto, (a)
Que já coberto foi de neve fria, (b)
E em mim converte em choro o doce canto”. (a)

Emparelhadas

“O universo não é uma idéia minha. (a)

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A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha. (a)
A noite não anoitece pelos meus olhos. (b)
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos”. (b)
Fernando Pessoa

Encadeadas
“Voai, zéfiros mimosos
Vagarosos, com cautela”.
Silva Alvarenga

Não só o número de versos, estrofes e a presença de rimas que são fatores preponderantes numa
poesia, mas também outros elementos formais, tais como: Métrica (medida dos versos)
e Ritmo (alternância de sílabas quanto à intensidade).

É importante sabermos que existem poemas escritos com ou sem rima, e com ou sem regularidade
métrica. Os versos sem métrica regular (possuem tamanhos diferentes) são versos livres, e os
versos soltos, sem rima entre si, são chamados de versos brancos.

Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e
estabelece relação entre duas orações.

Nós conhecemos o professor. O professormorreu.

Nós conhecemos o professor que morreu.

Como se pode perceber, o que, nessa frase, está substituindo o termo professor e está relacionando
a segunda oração com a primeira.

Os pronomes relativos são os seguintes:
Variáveis Invariáveis
O qual, a qual Que (quando equivale a o qual e flexões)
Os quais, as quais Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Cujo, cuja Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas

Emprego dos pronomes relativos
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
Este é o pintor a cuja obra me refiro.
Este é o pintor de cuja obra gosto.

2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas:

Não conheço o político de quem você falou.

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3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado como pronome relativo
indefinido.

Quem faltou foi advertido.

4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.

Marcelo era o homem a quem ela amava.

5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser
empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.

Não conheço o rapaz que saiu.
Gostei muito do vestido que comprei.
Eis os ingredientes de que necessitamos.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, as.

Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo)

7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com
preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).

Aquele é o livro com que trabalho.
Aquela é a senhora para a qual trabalho.

8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a do qual, de que, de quem.
Deve concordar com a coisa possuída.

Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio.

9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os
pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.

Comprou tudo quanto viu.

10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.

Este é o país onde habito.

a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem
antecedente.

Sempre morei no país onde nasci.

b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo
resultado da combinação da preposição a + onde.
Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança.
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PONTUAÇÃO


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Pontuação:

Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita edesempenham a
função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limitesde estruturas sintáticas nos
textos escritos. Assim, os sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos prosódicos, utilizados
na fala para darmos ritmo, entoação e pausas e indicarmos os limites sintáticos e unidades de
sentido.
Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com
nossos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de
pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de
sentidos dos enunciados.
Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:
Ponto ( . )
Indicar o final de uma frase declarativa:
Gosto de sorvete de goiaba.
b) Separar períodos:
Fica mais um tempo. Ainda é cedo.
c) Abreviar palavras:
Av. (Avenida)
V. Ex.ª (Vossa Excelência)
p. (página)
Dr. (doutor)
Dois-pontos ( : )
Iniciar fala de personagens:
O aluno respondeu:
– Parta agora!
b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que
explicam e/ou resumem ideias anteriores.
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.
Anote o número do protocolo: 4254654258.
c) Antes de citação direta:
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”
Reticências ( ... )
Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais.
b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:
Quem sabe se tentar mais tarde...

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c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”
(Cecília - José de Alencar)
d) Suprimir palavras em uma transcrição:
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
Parênteses ( )
Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a
vírgula ou o travessão:
Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922).
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Ponto de Exclamação ( ! )
Após vocativo
Ana, boa tarde!
b) Final de frases imperativas:
Cale-se!
c) Após interjeição:
Ufa! Que alívio!
d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:
Que pena!
Ponto de Interrogação ( ? )
Em perguntas diretas:
Quantos anos você tem?
b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
Não brinca, é sério?!
Vírgula ( , )
De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de
funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de
nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração,
não formam uma unidade sintática. Por outro lado, quando há umarelação sintática entre termos
da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.
Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro
os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:
Sujeito de Predicado;
Objeto de Verbo;
Adjunto adnominal de nome;

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Complemento nominal de nome;
Predicativo do objeto do objeto;
Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa).
Casos em que devemos utilizar a vírgula:
A vírgula no interior da oração
Utilizada com o objetivo de separar o vocativo:
Ana, traga os relatórios.
O tempo, meus amigos, é o que nos confortará.
b) Utilizada com o objetivo de separar apostos:
Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim ontem.
Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula.
c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:
Quando chegar do trabalho, procurarei por você.
Os políticos, muitas vezes, são mentirosos.
d) Utilizada com o objetivo de separar elementos de uma enumeração:
Estamos contratando assistentes, analistas, estagiários.
Traga picolé de uva, groselha, morango, coco.
e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas:
Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo.
f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas:
Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.
g) Utilizada com o objetivo de separar o complemento pleonástico antecipado:
A ele, nada mais abala.
h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do lugar na indicação de datas:
Goiânia, 01 de novembro de 2016.
Utilizada com o objetivo de separar termos coordenados assindéticos:
É pau, é pedra, é o fim do caminho.
Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de um termo:
Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)
Casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:
Utilizamos a vírgula quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.

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2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia
(polissíndeto):
E eu canto, e eu danço, e bebo, e me jogo nos blocos de carnaval.
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam
sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo):
Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a distância.
A vírgula entre orações
A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes situações:
Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, deixou-nos em fevereiro de 2000.
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um sanduíche e fui direto ao supermercado.
Estudei muito, mas não consegui ser aprovada.
c) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se
estiverem antepostas à oração principal:
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
gancho." (O selvagem - José de Alencar)
d) Para separar as orações intercaladas:
"– Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”
e) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:
Quando sai o resultado, ainda não sei.
Ponto e vírgula ( ; )
Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve fazer-se as seguintes perguntas:
O que dizer;
A quem dizer;
Como dizer;
Por que dizer;
Quais objetivos pretendo alcançar com este texto?
Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações
coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto
tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
Travessão ( — )

PONTUAÇÃO


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Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um personagem no discurso direto:
A mãe perguntou ao filho:
— Já lavou o rosto e escovou os dentes?
b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
— Filho, você já fez a sua lição de casa?
— Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto.
c) Utilizamos o travessão para unir grupos de palavras que indicam itinerários:
Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília.
d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:
Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria.
Aspas ( “ ” )
As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades:
Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
A aula do professor foi “irada”.
Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.
b) Indicar uma citação direta:
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz
a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
FIQUE ATENTO!
Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por
aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla (").
VEJA AGORA ALGUMAS OBSERVAÇÕES RELEVANTES:
Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.
Observe:
Preferiram os sorvetes de creme, uva e morango.
Não gosto nem desgosto.
Não sei se prefiro Minas Gerais ou Goiás.
Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a
finalidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.
Observe:
Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL


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Concordância Nominal e Verbal
Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo.

Exemplos de concordância verbal
• Eu li;
• Ele leu;
• Nós lemos;
• Eles leram.
Casos Particulares de Concordância Verbal

Concordância com pronome relativo que
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que
queremos, são eles que querem.

Concordância com pronome relativo quem
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular:
sou eu quem quero, sou eu quem quer.

Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,...
Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da
3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas
querem.

Concordância com um dos que
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos
que estudarão, um dos que sabem.

Concordância com nem um nem outro
O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro
veio, nem um nem outro vieram.

Concordância com verbos impessoais
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um
sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.

Concordância com a partícula apassivadora se
O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente,
podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas.

Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito se
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a frase é formada por
verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-se de funcionário, precisa-se de
funcionários.

Concordância com o infinitivo pessoal
O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o
sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira: é para eles lerem, acho
necessário comprarmos comida, eu vi eles chegarem tarde.

Concordância com o infinitivo impessoal
O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da
segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e
com verbos imperativos: eles querem comprar, passamos para ver você, eles estão a ouvir.

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL


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Concordância com o verbo ser
O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural:
isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são vocês.

Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os diversos nomes da oração,
ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo e o adjetivo.
Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino.
Concordância em número indica a flexão em singular e plural.
Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa.

Exemplos de concordância nominal
• O vizinho novo;
• A vizinha nova;
• Os vizinhos novos;
• As vizinhas novas.
Casos particulares de concordância nominal

Concordância com pronomes pessoais
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal: ela é simpática,
ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos.

Concordância com vários substantivos
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo:
caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também estabelecer concordância com a forma
no masculino plural: caneta e caderno novos, caderno e caneta novos.

Concordância com vários adjetivos
Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular apenas se
houver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo, o substantivo deverá ser escrito
no plural: o escritor brasileiro e o chileno, os escritores brasileiro e chileno.

Concordância com: é proibido, é permitido, é preciso, é necessário, é bom
Estas expressões estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando há um
artigo que determina o substantivo, mas permanecem invariáveis no masculino singular quando não
há artigo: é permitida a entrada, é permitido entrada, é proibida a venda, é proibido venda.

Concordância com: bastante, muito, pouco, meio, longe, caro e barato
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando possuem
função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há bastante procura, há bastantes
pedidos, vi muitas crianças, vi muitos adultos.

Concordância com menos
A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo: menos
tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.

Concordância com: mesmo, próprio, anexo, obrigado, quite, incluso
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo: resultados
anexos, informações anexas, as próprias pessoas, o próprio síndico, ele mesmo, elas mesmas.

Concordância com um e outro
Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo que o
substantivo esteja no singular: um e outro aluno estudiosos, uma e outra pergunta respondidas.
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REGÊNCIA

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Regencia
No funcionamento da língua, um importante mecanismo estabelecedor de relações é o de
subordinação ou regência, que atua desde a estrutura dum morfema até a relação complexa entre
orações num período composto, ou mesmo além, na própria malha textual.
Assim, um prefixo ou sufixo se subordine ao radical a que se adiciona. Por exemplo, sabemos que o
sufixo –oso, formador de adjetivos, indica abundância, plenitude e ideias afins, só totalmente
explicitadas quando anexo a um radical; daí gostoso, perigoso, medroso e tantos outros exemplos.
De modo similar, podemos pensar, em nível da oração, o sujeito como termo que subordina a forma
verbal, essa, por sua vez, regente/subordinante de complementos verbais, quando se tratar de verbos
transitivos, claro.
Mesmo em níveis mais amplos, poderíamos, facilmente, observar e comprovar que um dado
parágrafo de um texto argumentativo, por exemplo, subordina-se ao conjunto desse texto e seus
objetivos gerais.
Subordinar é reger. Em contrapartida, há os termos regidos e subordinados. Nomes e verbos,
frequentemente, estabelecem uma relação de regência sobre seus complementos, respectivamente,
nominais e verbais (esses últimos, mais comumente, chamados objetos). Vejamos isso mais
claramente.

No exemplo temos um termo regente, o verbo gostar. Consequentemente, há um termo regido, no
caso, um objeto, cinema italiano. Esse objeto é dito indireto pois necessita de uma preposição para
ser regido pelo verbo em questão.
O estudo dos processos de regências, habitualmente, diz respeito à análise das situações em que
nomes e verbos pedem ou não determinada preposição para desempenhar sua função regente sobre
seus complementos.
No exemplo acima, o verbo apresenta o mesmo padrão de regência tanto em linguagem corrente
quanto no uso culto da língua. Contudo, muitos são os exemplos que destoam disso, havendo um
padrão de regência, usualmente, divergente do praticado em linguagem espontânea.
Um caso recorrente é o do verbo assistir, indicado, em linguagem padrão, como regente da
preposição a. Então, teríamos, Assistimos ao jogo de vôlei ontem. Ocorre que, como dito, essa
regência, bem comumente, realiza-se diretamente, ou seja, sem qualquer intermédio de preposição.
Uma consequência efetiva e prática disso é a possibilidade da versão passiva O jogo de vôlei foi
assistido ontem por nós, o que não seria de se esperar de uma construção, afinal, com objeto
indireto.
Também é transitivo indireto assistir em sentido de caber, dizer respeito a: Tratava-se dum princípio
que assistia a todos.
Considere-se ainda o verbo assistir significando dar assistência a, como em Assistia os filhos
enquanto estavam doentes, em construção de regência direta.
REGÊNCIA VERBAL
Além do verbo assistir, há outros que apresentam um padrão distinto do uso corrente. Desses, vale
lembrar, em termos de regência verbal:

REGÊNCIA

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Aspirar
a) regência transitiva indireta, significando pretender, almejar, com a preposição a:
Aspiramos a uma boa formação intelectual.
b) regência transitiva direta, no sentido de inalar, inspirar, respirar.
É bom aspirar esse ar aqui da serra.
Chamar
a) é transitivo indireto, regendo a preposição por, no sentido de invocar, conclamar:
- No ritual, chamava por várias divindades.
b) é transitivo direto, na acepção de convocar:
- Chamaram urgentemente os responsáveis dela à escola.
c) pode ser transitivo tanto direto quanto indireto, acompanhado da preposição de e/ou a, alternando
as seguintes possibilidades de construções:
- Chamam-no doidivanas.
- Chamam-lhe doidivanas.
- Chamam-no de doidivanas.
- Chamam-lhe de doidivanas.
Esquecer/(Re)Lembrar
a) quando transitivos indiretos, são pronominais e regem a preposição de:
- Lembrei-me de nossa reunião.
b) quando transitivos diretos, perdem a faceta pronominal.
- Esqueci a carteira em casa.
Implicar
Assume regência transitiva direta:
Tal decisão implicará sérios prejuízos a todos nós.
(Des)Obedecer
a) transitivo direto, quando o objeto corresponde a coisa.
- Obedeceram rigorosamente as regras de trânsito.
b) transitivo indireto quando o objeto corresponde a alguém.
- Insensatamente, desobedeceram aos guardas de trânsito.
Obs.: lembrando que, devido à flutuação de regência entre esse registro padrão e a linguagem
corrente, encontramos, por isso, Os guardas de trânsito foram desobedecidos.
Preferir
É bitransitivo, tendo objeto indireto, introduzido por preposição a:
- Preferia cinema a teatro.
Responder
a) É transitivo indireto, na acepção de dar resposta a:
- Respondeu a todas as perguntas do teste.
Obs.: aí também pode assumir comportamento intransitivo. Ex.: Foi chamado, mas não respondeu.
b) É transitivo direto, introduzindo oração objetiva direta, em seu uso como verbo
narrativo/declarativo;
- Ele respondeu que não viria.

REGÊNCIA

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Obs.: nessa mesma acepção, pode ser ainda bitransitivo. Ex.: Ele respondeu aosecretário que não
viria.
Visar
a) É transitivo indireto, exigindo a preposição a, se equivalente a ter em vista, desejar, almejar:
- Visava a uma ambiciosa carreira.
b) É transitivo direto, se corresponde a mirar ou dar visto:
- O despachante já havia visado todos os documentos.
- Visou o alvo e disparou.
REGÊNCIA NOMINAL
Já os casos de regência nominal são de sistematização ainda mais esparsa. Apresentamos abaixo
alguns exemplos emblemáticos.
Nome Preposição
acessível, alheio, alusão, análogo, atento, benéfico, estranho, favorável,
fiel, grato, habituado, leal, necessário, nocivo, obediência, paralelo,
posterior, preferível, prejudicial, propício, referente, relativo, sensível,
simpático
A
alheio, contemporâneo, junto, próximo A/DE
admiração, aversão, preferência, respeito, simpatia A/POR
curioso A/DE/POR
apto, atenção, odiável, propenso, tendência, útil A/PARA
atento A/PARA/EM
acostumado, permissivo A/COM
ódio A/CONTRA
compatível, cuidadoso, liberal, misericórdia, respeitoso COM (para com: uso
enfático)
satisfeito COM/DE/EM/POR
capaz, culpado, distante, maior, natural, necessidade, suspeito, DE

REGÊNCIA

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ambicioso, querido DE/POR
bacharel, hábil, indeciso, residente, versado EM
ansioso POR
CRASE
Note-se que, normalmente, os antônimos, sejam formados por prefixos ou sejam palavras novas,
mantêm a mesma regência preposicional. Assim, simpático/ antipático a ou (in)
acessível a, (des)favorável a. Uma curiosa exceção ocorre com o par leal a/desleal com.
Há ainda situações em que a mudança de preposição indica mudança de significação como ser
próprio de ou ser próprio para.
Chama a atenção a recorrência, em língua padrão, da preposição a, em contraposição ao verificado
em uso espontâneo e cotidiano. Aí se assenta a suposta dificuldade com a marcação da crase,
fenômeno que envolve o encontro de dois a, em geral, preposição e artigo feminino. Teríamos, então:
Vamos para a praia. = Vamos a a praia. = Vamos aa praia. = Vamos À praia.
Pode-se dizer que a forma À corresponde ao feminino da forma ao:
- Ainda não chegaram ao fim da discussão.
- Ainda não chegaram à conclusão da discussão.
A crase ocorrerá, portanto, nos contextos em que puder haver a artigo, junto a a preposição.
Logo, não cabe o uso de crase diante de nomes masculinos, nem de verbos, por exemplo.
Pode-se ainda marcar crase no encontro da preposição a com o pronome aquele(a)/ aquilo, como
podemos ver em:
Estávamos desacostumados àqueles hábitos.
Com verbos de movimento, o uso da crase ficará condicionado à presença do artigo feminino.
Comparemos:
Vim da Bahia. Uso de artigo feminino Vou À Bahia.
Vim de Belo Horizonte. Ausência de artigo Vou a Belo Horizonte.
Vim do Rio de Janeiro. Uso de artigo masculino Vou ao Rio de Janeiro.
Por fim, lançamos mão da indicação de crase em expressões/locuções formadas a partir de
substantivo feminino: às claras, à meia-noite, à espera, às voltas, etc. Dispensa-se essa marcação
em caso de repetição do substantivo: cara a cara.
A regência verbal é a relação sintática de dependência que se estabelece entre o verbo — termo
regente — e o seu complemento — termo regido. A regência determina se uma preposição é
necessária para ligar o verbo a seu complemento.
Os termos, quando exigem a presença de outro chamam-se regentes ou subordinantes; os que
completam a significação dos anteriores chamam-se regidos ou subordinados.

REGÊNCIA

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Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a regência nominal.
Quando o termo regente é um verbo, ocorre a regência verbal.
Na regência verbal, o termo regido pode ser ou não preposicionado. Na regência nominal, ele é
obrigatoriamente preposicionado.
Exemplos
Agradar
a) Com sentido de acariciar: transitivo direto
Ele sempre agradava a namorada quando se encontravam.
b) Com sentido de satisfazer, ser agradável: transitivo indireto.
As mudanças que fizemos na loja agradou aos consumidores.
Aspirar
a) Quando tem o sentido de sorver, tragar, inspirar: transitivo direto
Ele aspirou toda a poeira.
b) Quando tem o sentido de pretender, desejar, almejar: transitivo indireto ( necessita do uso da
preposição a)
O jogador aspirava a uma falta.
Obs.: Quando o verbo aspirar for transitivo indireto, não se admite a substituição da preposição (a)
por lhe ou lhes. Deve-se-á usar em seu lugar (a ele, a eles, a ela ou a elas).
Obs.: Quando o verbo aspirar vier acompanhado por (àquele ou àquela), o à craseado terá função de
preposição, transformando assim o verbo em transitivo indireto.
Assistir
a) Quando tem sentido de ver: transitivo indireto
Eu assisti ao jogo.
Obs: Não se admite a substituição da preposição (a) por lhe ou lhes. Deve-se-á usar em seu lugar (a
ele, a eles, a ela ou a elas).
b) Quando tem sentido de morar, residir: transitivo indireto (exige-se a preposição em).
Eu assisto em São Paulo
c) Quando tem sentido de ajudar: verbo transitivo direto ou indireto (indiferentemente).
O médico assistiu o doente/ ao doente.
d) Quanto tem sentido de pertencer, caber (direito a alguém): transitivo indireto
Não lhe assiste o direito de escolher agora.
Atender[
a) Se o complemento for pessoa: transitivo direto ou indireto.
O professor atendeu os/aos alunos. (O professor os atendeu)
b) Se o complemento for coisa: transitivo direto. Modernamente já é aceito o complemento direto para
coisa.

REGÊNCIA

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Quem vai atender o/ao telefone?
Chamar
a) Quando significa convocar, fazer vir: transitivo direto.
Ela chamou minha atenção.
b) Quando tem o significado de invocar, pedir auxílio ou atenção: transitivo indireto.
Ele chamava por seus poderes.
c) Com o sentido de apelidar ele pode ou não necessitar de preposição: transitivo direto ou indireto.
Chamaram-no medroso.
Chamaram-no de medroso.
Chamaram-lhe medroso.
Chamaram-lhe de medroso.
Chegar/ir
Estes e outros verbos de movimento são tradicionalmente regidos pela preposição a.
Vou ao dentista.
Cheguei a Belo Horizonte.
Em português brasileiro vernáculo, esse uso é raro. É extremamente comum que tais verbos sejam
regidos pelas preposições para e em. Estes usos são diferentes da norma-padrão, porém, pesquisas
mostram que eles provêm de usos que já existiam desde o latim antigo, e é possível encontrar esse
tipo de utilização em textos escritos até mesmo antes da colonização do Brasil por Portugal.
Comunicar
Eu COMUNICO ALGO A ALGUÉM pois neste caso a ênfase cai sobre a coisa em detrimento da
pessoa
Comunicamos ao proprietário a nossa decisão.
Cientificar
Eu CIENTIFICO ALGUÉM DE ALGO pois neste caso a ênfase cai sobre a pessoa em detrimento da
coisa
Cientifiquei o réu da sentença.
Implicar
a) com o sentido de não estar de acordo, não concordar com: transitivo indireto
A irmã todo dia implica com o irmão mais novo.
b) com o sentido de acarretar, ter como consequência, originar: transitivo direto
Um escolha errada que implicou grandes prejuízos a empresa.
Morar/residir
Normalmente vêm introduzidos pela preposição em.
-Ele mora em Guarapirópolis dos alferes.

REGÊNCIA

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-Maria reside em Santa Catarina.
Namorar
Não se usa "com" como preposição.
Gabriel namora Giulia.
Jhuliana de Almeidas namora Alberto.
Como eu namorarei Fernanda Moraes.
Antonio namora Gabrielle. (em vez de: Antonio namora com Gabrielle.)
Obedecer/desobedecer
Exigem a preposição a.
As crianças obedeceram aos pais.
O aluno desobedeceu ao professor.
Obs.: Mesmo sendo verbo transitivo indireto, ele pode ser usado na voz passiva.
Simpatizar/antipatizar
Exigem a preposição com.
Simpatizo com Lúcio.
Ver
O verbo ver é transitivo direto, por isso não necessita de preposição.
Ele veria muitos filmes em cartazes.
Visar
a) no sentido de mirar, apontar a mira: transitivo direto
Visei o alvo.
b) no sentido de pôr o visto: transitivo direto
Ele visou o documento.
c) no sentido de pretender, ter em vista: transitivo indireto. Modernamente já se aceita o complemento
direto
Visei o/ao lucro.
Suceder
a) No sentido de substituir; vir depois: transitivo indireto.
Os atuais supermercados sucederam aos antigos armazéns.
b) no sentido de ocorrer: intransitivo
Uma catástrofe sucedeu no México.
Ensinar
a) no sentido de educar: intransitivo.

REGÊNCIA

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O professor ensina bem.
b) no sentido de castigar, adestrar, educar: transitivo direto.
A experiência ensina os professores.
c) É verbo transitivo direto e indireto, admitindo objeto direto de coisa e indireto de pessoa.
Os professores ensinam os alunos a decorar.
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SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS


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Parônimos e Homônimos
Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes, são caracterizadas
como parônimos e homônimos.

Parônimos e homônimos apresentam semelhanças gráficas e sonoras
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém
se constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos ressaltar que esse é
um fator preponderante na construção de nossos discursos – na oralidade e, principalmente, na
escrita.
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja equivocado, é essencial
dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos enunciados, tais como a prática constante
da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para
o aprimoramento da competência linguística.
Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que imperam no processo de
significação das palavras, passemos a partir de agora a estabelecer familiaridade com alguns
aspectos relacionados à homonímia e à paronímia.
Homônimos
São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade
gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os
homônimos se subdividem em três grupos.
Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado.
Vejamos alguns exemplos:
almoço → substantivo / almoço → verbo
colher → substantivo / colher → verbo
começo → substantivo / começo → verbo
jogo → substantivo / jogo → verbo
sede → substantivo (vontade de beber) / sede → localidade
Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São
exemplos:

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS


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Palavras homófonas são iguais na pronúncia e diferentes no significado e na escrita
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no
significado. Observemos alguns exemplos:
cedo → verbo / cedo → advérbio
caminho → substantivo / caminho → verbo
livre → adjetivo / livre → verbo
Parônimos
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns
casos:

Homônimos são palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas da
mesma forma, como cem e sem.
Parônimos são também palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas
da forma parecida, como comprimento e cumprimento.
Palavras homônimas
As palavras homônimas subdividem-se em:
• homônimos perfeitos;
• homônimos homófonos;
• homônimos homógrafos.
Homônimos perfeitos
Grafia (escrita): igual
Fonética (som): igual
Significado: diferente
Exemplos de homônimos perfeitos:
• caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar);
• cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder);
• leve (com pouco peso) e leve (verbo levar);
• morro (monte) e morro (verbo morrer);

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS


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• rio (curso de água) e rio (verbo rir);
• são (saudável) e são (verbo ser);
• verão (estação do ano) e verão (verbo ver);
• ...
Homônimos homófonos
Grafia (escrita): diferente
Fonética (som): igual
Significado: diferente
Exemplos de homófonos:
• acento e assento;
• alto e auto;
• caçar e cassar;
• cela e sela;
• cinto e sinto;
• cocha e coxa;
• concerto e conserto;
• conselho e concelho;
• houve e ouve;
• mau e mal;
• noz e nós;
• remissão e remição;
• seção e sessão;
• senso e censo;
• trás e traz;
• voz e vós;
• ...
Homônimos homógrafos
Grafia (escrita): igual
Fonética (som): diferente
Significado: diferente
Exemplos de homógrafos:
• acerto (correção) e acerto (verbo acertar);
• acordo (combinação) e acordo (verbo acordar);
• apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar);

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS


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• choro (pranto) e choro (verbo chorar);
• colher (talher) e colher (apanhar);
• começo (princípio) e começo (verbo começar);
• cor (coloração) e cor (memória);
• dúvida (incerteza) e duvida (verbo duvidar);
• gosto (sabor) e gosto (verbo gostar);
• hábito (costume) e habito (verbo habitar);
• jogo (entretenimento) e jogo (verbo jogar);
• molho (caldo) e molho (verbo molhar);
• sábia (sabedora) e sabia (verbo saber);
• sede (vontade de beber) e sede (matriz);
• sobre (acerca de) e sobre (verbo sobrar);
• ...
Veja também: Exemplos de uso de homônimos.
Palavras parônimas
Grafia (escrita): parecida
Fonética (som): parecida
Significado: diferente
Exemplos de parônimos:
• absorver e absolver;
• aferir e auferir;
• apóstrofe e apóstrofo;
• cavaleiro e cavalheiro;
• conjuntura e conjectura;
• deferir e diferir;
• descrição e discrição;
• dirigente e diligente;
• discriminar e descriminar;
• dispensa e despensa;
• emigrante e imigrante;
• eminente e iminente;
• estofar e estufar;
• flagrante e fragrante;

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• fluir e fruir;
• fluvial e pluvial;
• imergir e emergir;
• implícito e explícito;
• infligir e infringir;
• influxo e efluxo;
• mandado e mandato;
• místico e mítico;
• preceder e proceder;
• ratificar e retificar;
• revezar e revisar;
• soar e suar;
• tráfego e tráfico;
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CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

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Correspondência Comercial e Oficial
1. Introdução
Em 188, uma camponesa achou entre as ruínas da cidade de Amarna, no Egito, uma porção de
pranchetas de barro com inscrições hieroglíficas. Os egiptólogos que estudaram as peças concluíram
tratar-se de cartas e, através delas, verificaram que os antigos egípcios foram grandes cultores das
comunicações por escrito. Sobretudo a partir da 19
o
dinastia, quando foi criado um serviço
permanente de correios.
As cartas dessa época eram gravadas em baixo-relevo sobre ladrilhos de cerâmica e geralmente
continham elaboradas fórmulas de cortesia à guisa ao prólogo. Assim, ao dirigir-se ao faraó, um
príncipe vassalo escrevia: "Ao rei, meu senhor, meu deus, meu sol, sol do céu, eu me prosterno sete
vezes e sete vezes na verdade, com o ventre e as costas".
CAPÍTULO I
Correspondência
2.1 Conceito e Finalidade
Correspondência diz respeito ao ato de comunicação por escrito entre duas ou mais pessoas. Supõe
sempre um remetente, que é quem escreve uma determinada mensagem, dirigida a uma pessoa
específica, e um destinatário, aquele que a recebe. A eficácia da correspondência depende
basicamente de que o remetente saiba formular aquilo que deseja transmitir ao destinatário em
linguagem clara.
A correspondência não é mais só uma troca de comunicação por escrito, ela tornou-se um conjunto
de normas que regem as comunicações escritas entre pessoas e entidades; estas auxiliam na
confecção e no trâmite dos documentos.
Para se redigir uma boa correspondência, é necessária objetividade na exposição do pensamento, é
preciso buscar por clareza, coerência, concisão, nas palavras empregadas, e assim estabelecer uma
melhor relação entre as ideias.
"Se escrever cartas é um sinal de boa educação, escrever corretamente é prova de boa instrução e
inteligência". (Jane S. Singer)
Há vários tipos de correspondência, e cada uma possuí suas características, com suas normas e
técnicas. O estilo e as técnicas aplicadas em correspondências se atualizaram, tornando-se muito
mais complexas. O estilo depende dos conhecimentos dominados pelo redator, e este é aperfeiçoado
pelas técnicas, que serão apresentadas ao longo do trabalho.
Em suma, corresponder-se implica um ato de ir até outrem: seja para expor-lhe problemas, alegrias,
seja para fazer-lhe pedidos, convencer, dar-lhe boas ou más notícias. Da habilidade social do
remetente virá seu sucesso com o destinatário. Será preciso conhecer os códigos de comportamento
deste para que a mensagem surta efeito.
2.2 Tipos de Correspondência
Quando se fala de correspondência, pensa-se logo em uma simples carta, em mensagem escrita
para trata-se de assuntos íntimos entre pessoas cujas relações são bastante estreitas. Contudo a
carta hoje tornou outros rumos, não perdendo suas características especiais. A correspondência
tomou rumos diferentes, em diversas áreas. Pode ser utilizada no estabelecimento de contatos
utilitários, como os de um industrial e seus compradores, ou os que dizem respeito à comunicação
comercial, bancária, judicial e de tantas instituições sociais. Usualmente, divide-se a correspondência
em:
a) Particular: quando é trocada entre pessoas mais ou menos íntimas, sobre assuntos da vida
privada, tais como notícias do quotidiano, da família, de viagens, agradecimentos, convites, pêsames.
A espécie mais particular de todas é a chamada carta de amor, onde se expressam as nuanças do
sentimento mais humano de todos.

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b) Comercial: que inclui toda espécie de cartas e documentos ligados a transações comerciais,
industriais e também financeiras, tais como assuntos bancários, investimentos, empréstimos,
câmbios, etc.
c) Oficial: quando provém de instituições do serviço público, tanto civis como militares, ou a elas se
dirige. Abrange atos dos poderes legislativo, executivo e judiciário, requerimento dos cidadãos, avisos
à população, etc.
Por vezes, é difícil distingui o tipo de determinadas cartas, quando seu assunto concerne a duas
esferas sociais diversas, como uma carta de um cidadão, solicitando um favor comercial a um amigo
pertencente a essa área de atividades. A distinção recomendável é utilizar nas cartas particulares
uma linguagem mais espontânea, mais rica em calor humano (salvo em comunicados impressos, tais
como convites, participações, que serão lidos não só pelos interessados, mas por outras pessoas fora
do círculo de amizade do remetente), deixando para as cartas comerciais o estilo utilitário, direto, sem
apelar para aspectos afetivos, e para cartas ou documentos oficiais reservar uma formulação
impessoal, mais distanciada e formal, que veicule a mensagem de forma clara, mas sem pessoalizá-
la. Dessa forma, um pedido a um governador de Estado, por exemplo, sempre se fará mencionando-
se o cargo e não familiarmente o "prezado fulano".
3. Atos Oficiais
Os atos oficiais são entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a
conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em
sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais,
cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. A necessidade de empregar
determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio
caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade.
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e
qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita
a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita,
como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com
o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que
o padrão culto é aquele em que:
• Observam-se as regras da gramática formal;
• Emprega-se um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma.
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do
fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos
modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a
pretendida compreensão por todos os cidadãos.
Lembrar-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja
confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem própria da língua
literária.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um "padrão oficial de linguagem"; o que há é o
uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de
determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas
isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem
burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua
compreensão limitada.
CAPITULO II
4. Pronomes

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4.1 Introdução
Pronome é a classe de palavras categorimáticas que reúne unidades em número limitado e que se
refere a um significado léxico pela situação ou por outras palavras do contexto, em resumo os
pronomes são classes que inclui palavras como ela, eles e algo.
Os pronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas
antigas. Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa),
com pouco ou nenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal completo.
4.2 Pronomes de Tratamento
4.2.1 Breve Historia dos Pronomes de Tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na língua portuguesa.
De acordo com Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, "como
tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia à palavra", passou-se a empregar, como
expediente lingüístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de
pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor:
"Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou
qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os
vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o
tratamento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica vossa reverência,
vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade."
A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga também para os
ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o
coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual
emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis,
militares e eclesiásticas.
4.2.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades
quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa
gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige à comunicação), levam a concordância
para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu
núcleo sintático: "Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência conhece o assunto".
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da
terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa... vosso...").
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo
da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso
interlocutor for homem, o correto é "Vossa Excelência está atarefado", "Vossa Senhoria deve estar
satisfeito"; se for mulher, "Vossa Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve estar satisfeita".
4.2.3 Emprego dos Pronomes de Tratamento
Principais Características Da Correspondência Oficial
Na correspondência oficial não se leva em consideração o estilo, isto é, a maneira própria, individual
de expressar e pensar do redator, mas se obedece a regras que, norteando a comunicação oficial, a
tornam correta, coerente, clara, concisa, simples, objetiva.
A CORREÇÃO
A correção, portanto, consiste em falar e escrever bem uma língua. Os vícios de linguagem
contrariam a índole da correção. Para evitá-los torna-se necessário o uso de formas adequadas
quanto à gramática normativa. Deve-se observar, principal-mente, a sintaxe de concordância, de
regência e de colocação. É necessário, pois que se evite, além dos vícios de linguagem, o emprego

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de palavras que, ao se encontrarem, dêem lugar a uma dupla interpretação, deselegância ou ridículo.
Vícios de linguagem são palavras ou construções que desvirtuam ou dificultam a manifestação do
pensamento.
COERÊNCIA
As idéias apresentadas devem ser pertinentes ao tema proposto. Sua elaboração deve seguir
critérios que possibilitem um perfeito entendimento entre remetente e destinatário. Logo, não se pode
fugir ao tema e, muito menos, incluir o que não esteja de acordo com o desenvolvimento do assunto
que está em pauta.
A CLAREZA
É resultante da coerência. Qualidade imprescindível na redação oficial, consiste em apresentar-se o
texto de modo facilmente inteligível, refletindo bem o que se pretende e o que se quer dizer.
Frasesambíguas, mal construídas, distorcem o sentido e afetam a clareza.
A correção oficial dispensa as figuras as figuras literárias ou tropos que são recursos de
embelezamento da expressão em busca da originalidade, mas exige a simplicidade, ou seja, a forma
espontânea, sem ornatos, a maneira natural de dizer e de escrever.
A CONCISÃO
Consiste em expor-se um assunto de maneira breve, precisa e exata. É dizer o máximo com o
mínimo de palavras, utilizando apenas o necessário, para o que se deve eliminar:
• O uso excessivo dos indefinidos um e uma:
“É uma cópia de um despacho adjucatório da licitações realizadas ou de uma justificativa para uma
dispensa ou uma inexigibilidade com um respectivo embasamento legal.”
• O redundante, o supérfluo:
“Ao contrário disso, pensamos diferente.”
“Venho por estas mal traçadas linhas...”
“Ao ensejo, quero apresentar-lhe os votos de consideração, estima e apreço...”
• A pormenorização de dados e elementos em excesso num único período:
“O processo que agora se encontra nesta Seção para ser relatado e que trata da demissão do
servidorque entrou no Serviço Público há 16 anos, tendo servido no setor de Contrato, depois no
Almoxarifado, onde foi um comprador excelente e, por último, na Seção de Custas, que fica em nosso
edifício anexo, ao seguir seus trâmites deve ser encaminhado à Diretoria de Recursos Humanos.”
(sublinhamos o essencial, o restante é excesso).
A concisão não admite, também, a abundância de adjetivação e as repetições desproporcionais
(circunlóquios e sobrecarga de palavras cuja condensação será o aconselhável).
NORMAS DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (FORMAS DE CORTESIA)
São expressões utilizadas para o encerramento de uma correspondência dirigida a uma autoridade.
Sua finalidade é a de saudar o destinatário e marcar o fim do texto. As formas de cortesia atualmente
em vigor foram reguladas pela Instrução Normativa nº. 4, de 6 de março de 1992, da Secretaria da
Administração Federal.
FORMAS DE CORTESIA UTILIZADAS NO FECHO DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL
De acordo com a Instrução Normativa nº. 4/92 da Secretaria de Administração Federal, atualmente
em vigor, há dois tipos de fecho para todas as modalidades de comunicação oficial:
“Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República.

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“Atenciosamente”, para autoridades da mesma hierarquia ou hierarquia inferior.
Observação importante:
Conforme o Manual de Redação da Presidência da República de 1991 e de acordo com o decreto nº
468/92 e com a Instrução Normativa nº 4/92 da Secretaria de Administração Federal:
Fica abolido o uso dos tratamentos:
Digníssimo (DD.), Mui Digno (MD.) e Ilustríssimo (ILMO.), sendo desnecessária a sua evocação.
“Doutor” e “Professor” não são formas de tratamento e sim títulos acadêmicos, não devendo ser
utilizados indiscriminadamente. Assim, não se poderá dizer ou escrever:
“Doutor Superintendente Fulano de Tal” ou Magnífico Professor Reitor Beltrano”.
O correto é:
“Senhor Superintendente Fulano de Tal” ou Magnífico Reitor Professor Beltrano”.
OBS.: A Lei Orgânica da Magistratura adota para o cargo de Juiz o título “Doutor”. Deste modo, deve-
se dizer: Doutor Juiz.
EXPRESSÕES DE TRATAMENTO
Expressão de tratamento é o pronome ou a locução de que se serve uma pessoa para falar ou
escrever a outra.
As expressões de tratamento são, teoricamente, da segunda pessoa gramatical – a pessoa com
quem se fala – desde que uma tradição milenar estabeleceu que às autoridades supremas não se
poderia falar diretamente, senão por meio de seus elevados atributos. Daí terem surgido expressões
como Vossa Majestade, Vossa Excelência, Vossa Santidade e outras, nas quais ao possessivo
“vosso” juntou-se um substantivo abstrato (Majestade, Excelência, Santidade, Senhoria, Alteza).
Com o correr do tempo, no entanto, a concordância do verbo deixou de ser feita com o pronome
“vossa”, passando a acompanhar o substantivo abstrato (Majestade, Excelência, Senhoria) e, deste
modo ficando na terceira pessoa, o que aparentemente, veio a configurar uma anomalia, ou seja,
uma segunda pessoa gramatical em concordância formal com a terceira.
Daí que as expressões de tratamento são, teoricamente, da Segunda pessoa gramatical - a pessoa
com quem se fala – porém a concordância do verbo será sempre feita na terceira pessoa:
“Vossa Excelência conhece o processo...”
“Vossa Senhoria pertence ao grupo dos bons advogados...”
“Vossa Santidade é bem-vinda ao Brasil...”
Pronome de tratamento é, pois, a palavra ou expressão usada para se referir à segunda pessoa, em
lugar dos pronomes pessoais tu e vós, como você, vocês, o senhor, os senhores, a senhora, as
senhoras, Vossa Excelência, Vossa Senhoria, etc. Pode-se usar, também para a terceira pessoa, em
lugar de ele, ela, eles, elas como Sua Excelência, Suas Excelências, Sua Senhoria, Suas Senhorias,
Sua Majestade, etc. Em ambos os casos, o verbo fica na terceira pessoa.
FORMAS DE TRATAMENTO
As formas de tratamento mais usuais são:
· Você (v.) – Vocês (vv.) usa-se para pessoas familiares ou com quem se tem intimidade.
· Senhor (Sr.) – Senhora (Srª. Ou Sra.) - Senhores (Srs.) – Senhoras (Sr.ª
S
ou Sras.) – para pessoas
com quem se tem um certo distanciamento respeitoso.

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· Vossa Senhoria (V. S.ª ou V. Sa.)– Vossas Senhorias (V. S.ª
s
ou V. Sas.) – para pessoas de
cerimônia, em correspondências comerciais e oficiais.
· Vossa Excelência (V. ou V. Exa.)– Vossas Excelências (V. Ex.ª
s
ou V. Exas.) – para altas
autoridades.
· Vossa Eminência (V. Em.ª ou V. Ema.) – Vossas Eminências (V. Em.ª
s
ou V. Emas.) – para
cardeais.
· Vossa Alteza (V. A..) – Vossas Altezas (VV. AA.) – para príncipes e duques.
· Vossa Santidade ( V. S.) – para o Papa.
· Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Rev.
ma
ou V. Exa. Revma.) – para arcebispos e bispos.
· Vossa Reverendíssima (V. Rev.
ma
ou V. Revma.) – Vossas Reverendíssimas (V. Rev.
mas
ou V.
Revma.) – para monsenhores, cônegos e superiores religiosos.
· Vossa Reverência (V. Rev.ª ou V. Rev.) – para sacerdotes, pastores e religiosos em geral.
· Vossa Paternidade (V. P.) – Vossas Paternidades (VV.PP.) - para superiores de ordens religiosas.
· Vossa Magnificência (V. Mag.ª ou V. Maga.) – Vossas Magnificências (V. Mag. ª
s
ou V. Magas.) –
para reitores de universidades.
· Vossa Majestade (V.M.) ou Vossas Majestade (VV.MM.) – para reis e rainhas.
· Vossa Excelência - Sua Excelência – é a forma de tratamento mais elevada. Aplica-se aos três
Chefes de Poder (Presidente da República, Presiden-te do Congresso Nacional e Presidente do
Supremo Tribunal Federal) para os quais não se deve usar as correspondentes abreviaturas (V. Exª
e S. Exa.ª).
OBS.: Alguns redatores estendem esta deferência a altos dignitários e aos membros do clero. Dizem:
“Sua Excelência, o Senhor Governador...”, “Senhor Embaixador, tenho a honra de submeter a vossa
Excelência...”, “Sua Excelência o Senhor Bispo de...”
O tratamento “Excelência” se aplica, ainda, e normalmente abreviado, aos altos representantes dos
poderes Públicos: ministros, senadores, deputados, oficiais-generais, governadores,
desembargadores, juízes, prefeitos e, também, a presidentes de associações.
Postos que não seja imposição gramatical, não se devem empregar,, relativamente às formas
altamente cerimoniosas de Excelência e de Eminência, os possessivos seu, sua nem as variações
pronominais o e lhe . Assim, dir-se-á:
“Remetemos, em anexo, para exame de V. Ex.ª

...” (e não: para seu exame).
“Aproveitamos o ensejo para informar a V. Ex.ª...” (e não: para informá-lo).
Vossa Senhoria – na troca de correspondência entre chefes de idêntica hierarquia, é comum esse
tratamento cujo emprego, na maioria das vezes, se faz abreviadamente (V. S.ª).
Vós – é um tratamento comum no serviço público dado, em geral, a servidor ou servidores de
categoria não inferior à de quem assina o ato administrativo. Os vocativos constituídos por
expressões indicadoras de cargos não alteram o tratamento vós. Assim, é correto dizer:
“Passo às vossas mãos, senhor Diretor..."
É bom não esquecer que os possessivos vosso(s) e vossa (s) podem ser usados com o tratamento
vós, mas são incompatíveis com as outras formas de tratamento. Redigir-se-á, pois, corretamente:
“Fica a critério de Vossa Excelência...” e nunca: “Vossa Excelência tem a vosso critério...”
CONCORDÂNCIA

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Embora de 3ª pessoa, as formas de tratamento, chamadas formas de reverência, como possessivo
Vossa se aplicam à pessoa a quem falamos e a quem nos dirigimos. A concordância, no entanto, é
feita com a forma verbal e com as formas pronominais da 3ª pessoa:
“Vossa Excelência deve apresentar o Relatório...”
“Vossa Senhoria já pode divulgar a sua Ordem de Serviço...”.
Nas leis, decretos, resoluções e portarias, a autoridade é indicada na 3ª pessoa:
“O Presidente da República decreta...”.
“O Diretor resolve...”.
OBSERVAÇÕES
1 – Não se usa artigos diante de pronomes de tratamento, à exceção de senhor, senhora e senhorita:
“Esperei Sua Excelência por mais de duas horas”.
“Esperei a senhora por mais de duas horas...”.
2 – Os pronomes de tratamento são formas rigorosamente femininas. Quando se tratar de homem, é
aceitável a concordância com o masculino (concordância ideológica).
“Sua Excelência estava preocupada ou preocupado com o processo”.
Se houver aposto faz-se a concordância obrigatória com o aposto:
“Sua Excelência, o presidente, parece preocupado”.
“Sua Excelência, a desembargadora, parece preocupada”.
3 – Usa-se Vossa Excelência quando nos dirigimos à pessoa:
“Convido Vossa Excelência a participar da sessão...”.
Usa-se Sua Excelência quando falamos a respeito da pessoa:
“Aguardamos a assinatura de Sua Excelência para dar andamento ao processo”.
VOCATIVO OU INVOCAÇÃO
É a expressão pela qual se chama a atenção da pessoa a quem se escreve ou qualificativo que
indica a expressão de tratamento a ser empregada no texto do expediente.
Os vocativos mais usuais são:
Para Excelência: Excelentíssimo Senhor
Para Eminência: Eminentíssimo Senhor
Para Senhoria: Senhor
Para juiz: Meritíssimo
Para os Tribunais: Colendo, Egrégio, Venerado
Para Reitor: Magnífico
Na correspondência oficial, o título de representante diplomático ou consular não deve preceder o
nome pessoal. Assim, dir-se-á:
Exmo. Sr. Fulano de Tal, Embaixador do Brasil em ...”.

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“Senhor Sicrano de Tal, Cônsul do Brasil em ...”.
Não se abrevia o vocativo na correspondência dirigida aos três Chefes de Poder, grafando-se:
“Excelentíssimo Senhor Presidente da República”.
“Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal”.
“Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional”.
OBS.: Alguns redatores também não abreviam o vocativo em correspondência para Ministros,
Governadores de Estado, Desembargadores, Prefeitos Municipais e autoridades eclesiásticas de
maior nível hierárquico.
Usa-se o vocativo ”Senhor” seguido do cargo respectivo para as seguintes autoridades:
Vice-Presidente da República; Ministro de Estado; Secretário-Geral da Presidência da República;
Consultor-Geral da República; Chefe do Gabinete Militar; Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente
da República; Secretário da Presidência da República; Advogado-Geral da União; Procurador Geral
da República; Comandante das Três Armas; Chefe do Estado-Maior das Três Armas; Oficiais Gerais
das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários Executivos de Ministérios; Secretário-Nacional de
Ministérios; Presidente, Vice-Presidente e Membros do Senado Federal, da Câmara dos Deputados,
das Assembléias Legislativas dos Estados, da Câmara Distrital do Distrito Federal e dos Tribunais;
Governadores e Vice-Governadores de Estados e do Distrito Federal; Secretários de Estado de
Governos Estaduais; Presidentes das Câmaras Municipais; Juízes; Desembargadores; Auditores da
Justiça Militar.
Para essas autoridades, o vocativo na correspondência será:
“Senhor Vice-Presidente”.
“Senhor Ministro”.
“Senhor Chefe de Gabinete”.
“Senhor Advogado-Geral da União”.
“Senhor General”.
“Senhor Presidente do Senado Federal”.
“Senhor Senador”.
“Senhor Governador”.
Para as demais autoridades e particulares que recebem o tratamento de Vossa Senhoria, o
vocativo será “Senhor” seguido do cargo respectivo. Grafar-se-á, pois:
“Senhor Superintendente”.
“Senhor Diretor-Presidente”.
“Senhor Chefe”.
Para Reitores de universidades o vocativo será:
“Magnífico Reitor”.
Para o Papa:
“Santíssimo Padre”.
Para Cardeais:

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“Eminentíssimo Senhor Cardeal” ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal”.
Para Arcebispos e Bispos:
“Excelência Reverendíssima”.
Para Monsenhores, cônegos, superiores religiosos, sacerdotes clérigos e pastores:
“Reverendo”.
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO NO CORPO DA CORRESPONDÊNCIA
Com exceção dos três Chefes de Poder, os pronomes de tratamento são escritos abreviados no
corpo da correspondência (V. Ex.ª, V. Sº, V. Mag.ª)
As expressões “Senhor”, “Senhores” escrevem-se abreviadas quando seguidas do nome ou cargo
exercido pelo destinatário:
“Sr. Fulano”, “Srs. Membros da Comissão”, “Sr. Comandante”.
Se não estiverem seguidas do cargo ou nome do destinatário, escrevem-se por extenso:
“...o senhor já deve ter tido ciência...”.
“...o que os senhores reclamam...”.
Emprega-se Vossa Excelência, no corpo da correspondência, em comunicações dirigidas às
seguintes autoridades:
· Do Poder Executivo:
sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência):
Presidente da República;
sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):
Vice-Presidente da República;
Ministros do Estado;
Consultor-Geral da República;
Comandante das Três Armas;
Secretário-Geral da Presidência da República;
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da
República;
Chefe do Gabinete Civil da
Secretários da Presidência da República;
Procurador –Geral da República;
Advogado-Geral da República;
Advogado-Geral da União;
Chefes de Estado-Maior das Três Armas;
Oficiais Generais das Forças Armadas;

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Embaixadores;
Secretário-Executivo e Secretário-Nacional de Ministérios;
Governadores e Vice-Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
· Do Poder Legislativo:
sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência):
Presidente do Congresso Nacional.
sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):
Presidente, Vice-Presidente e Membros do Senado Federal e da Câmara dos Deputados;
Presidente e Ministros do Tribunal de Contas da União;
Presidente e Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;
Presidente e Membros das Assembleias Legislativas Estaduais;
Presidentes das Câmara Municipais.
· Do Poder Judiciário:
sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência):
Presidente do Supremo Tribunal Federal;
sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):
Vice-Presidente e Ministros do Supremo Tribunal Federal;
Presidente e Ministros do Supremo Tribunal de Justiça;
Presidente e Ministros do Supremo Tribunal Militar;
Presidente e Ministros do Superior Eleitoral;
Presidente e Ministros do Superior do Trabalho;
Presidente e Desembargadores dos Tribunais de Justiça;
Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Federais;
Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais;
Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho;
Juízes Titulares e Substitutos;
Auditores da Justiça Militar.
ENDEREÇAMENTO
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades obedece aos seguintes
padrões:
DESTINATÁRIO

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Presidente da República, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
(nome do Presidente)
Palácio do Planalto
Praça dos Três Poderes
70100-000 – Brasília – DF
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional
(nome do Senador ou Deputado Presidente)
Senado Federal
Praça dos Três Poderes
70100-000 – Brasília – DF
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal
Ministro (nome do Presidente do Supremo)
Supremo Tribunal Federal
Praça dos Três Poderes
70100-000 – Brasília – DF
Autoridades tratadas por Vossa ou sua Excelência
Envelope:
Excelentíssimo Senhor
(nome da autoridade)
Ministro de Estado dos Transportes
Esplanada dos Transportes
Esplanada dos Ministérios, Bloco “R”
70044-900 – Brasília – DF
Envelope:
Excelentíssimo Senhor
Senador (nome do senador)
Ministro de Estado dos Transportes
Senado Federal
70165-900 – Brasília – DF

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Envelope:
Excelentíssimo Senhor Governador
(nome do Governador)
Palácio Anchieta
Praça J. Clímaco s/n
29010-080 – Vitória – ES
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Deputado
(nome do Deputado)
Câmara dos Deputados
Praça dos Três Poderes
70165-900 – Brasília – DF
Autoridades tratadas por Vossa ou sua Senhoria
Envelope:
Ao Senhor
(nome do destinatário)
Rua xymnz, nº 000 - Pampulha
30000-000 – Belo Horizonte – MG
Reitores de Universidades
Envelope:
Ao Senhor
(nome do reitor)
Magnífico Reitor da Universidade de Brasília
Campos universitário – Bloco “SN”
70919-970 – Brasília – DF
Cardeais
Envelope:
A Sua Excelência Reverendíssima
Dom (nome do cardeal)
Cardeal-Arcebispo de São Paulo
Catedral Metropolitana – Praça da Sé
00000-000 – São Paulo – SP

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O PADRÃO OFÍCIO
É a modalidade de comunicação oficial comum aos órgãos que compõem a Administração Federal.
TIPOS DE EXPEDIENTES
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: a exposição
de motivos, o aviso e o ofício. Para uniformizá-los, a Instrução Normativa nº 4, de 6 de março de
1992, da Secretaria da Administração Federal, adotou uma diagramação única denominada “padrão
ofício”, contendo as seguintes partes:
TIPO E NÚMERO DO EXPEDIENTE
O tipo e número do expediente devem ser seguidos da sigla do órgão que o expede:
Exemplo:
EM nº 145/MEFP
Aviso nº 145/SG
Ofício nº 145/DGP
LOCAL E DATA
O local e a data em que o expediente foi assinado devem ser datilografados ou digitados por extenso,
com alinhamento à direita do texto.
Exemplo:
Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 2003. ou
Brasília, em 28 de agosto de 2002.
VOCATIVO
O vocativo, que invoca o destinatário, deve ser seguido de vírgula:
Exemplo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República; Senhora Ministra; Senhor Chefe de Gabinete.
TEXTO
Nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve apresentar
em sua escritura:
INTRODUÇÃO
Confunde-se com o parágrafo de abertura e nela é apresentado o assunto que motiva a
comunicação. Deve ser evitado o uso de frases feitas para iniciar o texto. No lugar de “Tenho a honra
de”, “Tenho o prazer de “, “Cumpre-me informar que”, empregue-se a forma direta: “Informo a Vossa
Excelência que”, “Submeto à apreciação de Vossa Excelência”, “Encaminho a V. S.ª”.
DESENVOLVIMENTO
No desenvolvimento o assunto é detalhado. Quando o texto contiver mais de uma idéia sobre o
assunto, elas devem ser tratadas cada uma em um parágrafo, o que confere maior clareza à
exposição.
CONCLUSÃO
É na conclusão que se reafirma ou simplesmente se reapresenta a posição recomendada sobre o
assunto.

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NUMERAÇÃO DOS PARÁGRAFOS
No texto à exceção do primeiro parágrafo e do fecho, todos os demais parágrafos devem ser
numerados, com o número colocado a 2,5cm ou dez toques datilografados da borda esquerda do
papel, como maneira de facilitar a remissão. No computador, no programa ”Microsoft Word”, clica-se
no menu Arquivo e, no comando Configurar Página, escolhe-se 2,5 na opção Margem Esquerda.
Clica-se OK.
FECHO
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de marcar o final do texto, a de
saudar o destinatário. Os modelos para o fecho foram regulados, pela primeira vez, na portaria nº 1
do Ministério da Justiça, em julho de 1937. Essa portaria estabelecida cerca de quinze padrões
diferentes de fecho. Hoje, com a desburocratização e de acordo com a Portaria nº 4, de 6 de março
de 1992, da Secretaria de Administração Federal, há apenas dois tipos de fecho para todas as
modalidades de comunicação oficial:
Exemplo:
Respeitosamente para o Presidente da República e todas as autoridades do primeiro escalão
inclusive dos Estados e Atenciosamente para as demais autoridades e autoridades da mesma
hierarquia ou de hierarquia inferior.
Ficam excluídas dessas fórmulas as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras que atendem
a rito e tradição próprios, de acordo com as normas do Ministério das Relações Exteriores.
ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO
Todas as comunicações oficiais, excluídas as assinadas pelo Presidente da República, devem trazer
digitado ou datilografado o nome e o cargo da autoridade que a expede, logo abaixo do local de sua
assinatura. Esse procedimento facilita em muito a identificação da origem das comunicações. A forma
de identificação deve ser a seguinte:
Exemplo:
(espaço para assinatura)
RUBENS AYALA PROTOCACARREIRO
Ministro do Orçamento e Gestão
Ou
(espaço para assinatura)
JOSÉ ADOLFO VIANNA DE OLIVEIRA
Diretor do Departamento de Serviços Gerais do Ministério da Fazenda
_____________________________________________________ ____________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

FIGURAS DE LINGUAGEM


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Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem
mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo
particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o
pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam
sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de
uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de
linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras
ou semânticas.

Para dominarmos o uso das figuras de linguagem de maneira correta, estudaremos, de modo
sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.
Denotação
Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal, referindo-se a
uma realidade concreta ou imaginária.
Já é a quinta vez que perco as chaves do meu armário
Aquela sobremesa estava muito azeda, não gostei.
Conotação
Ocorre a conotação quando a palavra é empregada em sentido figurado, associativo, possibilitando
várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras
significados diferentes de seu sentido original.
A chave da questão é você ser feliz independente do momento
Margarida é uma mulher azeda, está sempre de péssimo humor.
Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos quais
encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia que o emissor quis
transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em atribuir novos significados ao
sentido denotativo da palavra.
Figuras de Som ou Sonoras
As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para
reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração, assonância, paronomásia e
onomatopeia.
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direit
o”. (Guimarães Rosa)
Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.

FIGURAS DE LINGUAGEM


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“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)
Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato
Teixeira)
Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que
procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.
Chega de blá-blá-blá-blá!
É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo
texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.
Figuras de Construção ou Sintaxe
As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção
normal do período. Elas ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração.
São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo, assíndeto, polissíndeto, anacoluto, hipérbato,
hipálage, anáfora e silepse.
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)
Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um
termo que antes fora mencionado.
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)
Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)
Assíndeto: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados
“Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)
Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.
Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)
Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma
determinada construção sintática e depois se opta por outra.
“Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.”
“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo
Branco)
Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não
cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.
Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período.
Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.
São como cristais suas lágrimas.
Batia acelerado meu coração.
Na ordem direta, as frases dos exemplos expostos seriam:

FIGURAS DE LINGUAGEM


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Suas lágrimas são como cristais.
Meu coração batia acelerado.
Hipálage: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a outra da mesma
frase:
Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)
Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou
versos.
“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)
Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e
não com os termos expressos. A silepse pode ser:
De Gênero:
Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)
De Número:
Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)
De Pessoa
Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do
plural “concorda” com “somos”)
Figuras de Palavras ou Semânticas
Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido
conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia,
antítese, eufemismo, gradação, hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia.
Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos
que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e
etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.
“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)
Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa
relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma
comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)
Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro
por empréstimo.
Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.
O pé da mesa estava quebrado.
Não sente no braço do sofá.
Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra
que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de
um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando
se emprega:

FIGURAS DE LINGUAGEM


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A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).
Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou
notória.
A cidade eterna (em vez de Roma)
Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos
sensoriais.
Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)
Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.
Os jardins têm vida e morte.
Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.
Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)
Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.
Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.
Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede!
Não vejo você há séculos!
Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos
seres humanos.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas,
no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Estou cego, mas agora consigo ver.
Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou
atributos.
O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)
Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.
“Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.
Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.
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DIVISÃO SILÁBICA


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Divisão Silábica
Você sabe como separar as sílabas corretamente? Para fazer isso é preciso saber algumas regras da
língua portuguesa. Confira!
Imagine que você está escrevendo uma redação na escola ou em algum processo avaliativo. Entre
tantas palavras, uma delas não coube inteiramente na linha que você escrevia. Então, o que se deve
fazer? Bom, nesses casos é indicado separar o vocábulo em duas partes, colocando um hífen (-)
entre elas.
E logo vem a dúvida: onde colocar? Não se deve separá-las de qualquer maneira. É preciso,
portanto, saber as regras de divisão silábica e assim conseguir escrever dentro da norma culta da
língua portuguesa. Veja a seguir essas normas e aplique-as em seu cotidiano.
Dividindo as sílabas
Para realizar uma divisão correta, é preciso ter em mente, a princípio, que em todas as sílabas deve
haver pelo menos uma vogal, sem exceções. Por essa razão, essa norma se torna geral. Conheça
agora as regras práticas.
Não se separam
Ditongos e tritongos
Palavras que possuem, respectivamente, duas e três vogais juntas. Na separação silábica elas
pertencem a uma mesma sílaba.
Exemplos: cau-le, ân-sia, di-nhei-ro, trei-no, des-mai-a-do, U-ru-guai, sa-guão, Pa-ra-guai, a-ve-ri-
guou, quais-quer, etc.
Dígrafos
São encontros consonantais, isto é, duas consoantes juntas, que possuem um mesmo som. Alguns
devem ser separados, mas outros não. Esse é o caso do: ch, lh, nh, gu e qu.
Exemplos: chu-va, fa-cha-da, es-ta-nho, fro-nha, a-que-la, co-lhei-ta, fi-lha, ni-nho, quei-jo, etc.
Encontros consonantais com L e R
Quando duas consoantes estão juntas na palavra e a segunda é l ou r, não há a separação delas.
Observe:
Exemplos: fla-gran-te, gló-ria, pla-no, cla-va, a-pre-sen-tar, a-brir, re-tra-to, re-gra, a-bran-dar, dra-
gão, tra-ve, etc.
Nessa regra há uma exceção, lembrem-se dela: ab-rup-to.
Encontros consonantais iniciais
Se a palavra tiver duas sílabas juntas no início, elas não são separáveis. Entenda.
Exemplos: gnós-ti-co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co, gno-mo, psi-có-lo-go, pneu-mo-ni-a, etc.
Palavra terminada em consoante
Em nenhuma hipótese uma palavra que termine com consoante terá uma divisão silábica em que a
consoante fique isolada no final. Nesse sentido, a última letra se une à anterior.
Exemplos: sub-lin-gual, su-ben-ten-der, en-xá-guam, a-guen-tar, etc.

DIVISÃO SILÁBICA


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Separam-se
Ditongo decrescente + vogal
São palavras formadas por três vogais, mas não é a mesma coisa que o tritongo. Nessas palavras, a
formação é feita com uma vogal (a, e, o) + semivogal (i,u) + uma outra vogal (a,e,o). Preste atenção!
Exemplos: prai–a, tei–a, joi–a, sa-bo-rei–e, es-tei–o, ar-roi–o, etc.
OBS: A formação do tritongo é diferente, sendo semivogal + vogal + semivogal: Paraguai (“u” e “i”
são semi e “a” é vogal).
Hiatos
Quando há um encontro de duas vogais. Diferem-se do ditongo pela forma que são pronunciadas.
Exemplos: sa–ú-de, Sa–a-ra, ca–o-olho, du–e-lo, etc.
Outros dígrafos
Como já dito, dígrafo ocorre quando duas consoantes juntas forma um único som. Nos casos
de: rr, ss, sc, sç, xs, e xc eles devem ser separados.
Exemplos: bar-ro, as-sun-to, guer–ra, sos–se-go, des–çam, cres–ço, etc.
Encontros consonantais
Com exceção dos casos já citados, onde a segunda consoante é L ou R, nos outros casos a
separação ocorre.
Exemplos: de-cep–ção, ab–do-me, sub–ma-ri-no, ap–ti-dão, con-vic-ção, as-tu-to, ap-to, cír-cu-lo,
rit–mo, etc.
Vogais idênticas
aa, ee, ii, oo, uu e os grupos consonantais cc, cç, também são separados.
Exemplos: Sa–a-ra, com-pre–en-do, xi–i-ta, vo–o, pa-ra-cu-u-ba; oc–ci-pi-tal, in-fec–cão, etc.
Divisão Silábica
Como sabemos, as sílabas são fonemaspronunciados por meio de uma única emissão de voz e
também que a base das sílabas da língua portuguesa são as vogais: a - e - i - o - u. Assim,
todo fonemapronunciado em uma única emissão de voz tem, pelo menos, uma vogal.
É importante ressaltarmos que, em algumas palavras, os fonemas /i/ e /u/ não sãovogais, já que
aparecem apoiados a outra(s) vogal(is), formando uma só emissão de voz (uma sílaba). Essas vogais
que apoiam as outras são chamadas de semivogais. O que diferencia as vogais das semivogais é
o fato de que as últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. A palavra “papai”, por
exemplo, é formada por duas sílabas (dissílaba), sendo a segunda formada por uma vogal (a) e por
uma semivogal (i).
A par dessas informações, podemos afirmar que, para saber o número de sílabas que compõem as
palavras, basta identificar quantas vogais há nessa palavra.
Vejamos os exemplos:
• pipoca – pi – po – ca (emissão de três fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);
• aparelho – a – pa – re – lho (emissão de quatro fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);
• pernambucana – per – nam – bu – ca - na (emissão de cinco fonemas sequenciais que estão
ligados a vogais.

DIVISÃO SILÁBICA


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Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
• Monossílabas: palavras que possuem apenas uma sílaba: pé, flor, mão.
• Dissílabas: palavras que possuem duas sílabas: balão (ba-lão); suco (su-co); santo (san-to).
• Trissílabas: palavras que possuem três sílabas: hóspede (hós-pe-de); lareira (la-rei-ra); sapato
(sa-pa-to).
• Polissílabas: palavras que possuem quatro ou mais sílabas: literatura (li-te-ra-tu-ra); amaciante (a-
ma-ci-an-te); sambódromo (sam-bó-dro-mo).
Divisão silábica
→ Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” devem pertencer a uma única sílaba:
chu – va
o – lho
fe - char
que – ri – do
vo - zi – nho
→ Os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separados em sílabas diferentes.
car – ro - ça
as – sas – si – no
cres – cer
nas – ceu
ex – ce – ção
→ Ditongos e tritongos devem permanecer na mesma sílaba.
U – ru – guai
ba – lai – o
→ Os hiatos devem ser separados em duas sílabas distintas.
di – a
ca – de – a – do
ba – ú
→ Os encontros consonantais devem ser separados, exceto aqueles cuja segunda consoante é “l”
ou “r”.
bru – to
blu – sa
cla - ro
tra - go
→ Os encontros consonantais que iniciam palavras são mantidos juntos na divisão silábica.

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pneu – má – ti – co
gno – mo
Regras para divisão silábica
Na modalidade escrita, indicamos a divisão silábica com o hífen. Essa separação obedece às regras
de silabação.
Não se separam:
a) as letras com que representamos os dígrafos ch, lh e nh.
Exemplos:
• ca-cha-ça
• pa-lho-ça
• ama-nhe-cer
b) os encontros consonantais que iniciam sílaba.
Exemplos:
• a-blu-ção
• a-cla-rar
• re-gra-do
• a-bran-dar
• sa-la-man-dra
• ca-tra-ca
c) a consoante inicial seguida de outra consoante.
Exemplos:
• gno-mo
• mne-mô-ni-co
• psi-có-ti-co
d) as letras com que representamos os tritongos.
Exemplos:
• a-guen-tar
• sa-guão
• Pa-ra-guai
• ar-guiu
• en-xa-guam

DIVISÃO SILÁBICA


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Separam-se:
a) as letras com que representamos os dígrafos rr, ss, sc, sç e xc.
Exemplos:
• car-ro
• pás-sa-ro
• des-ci-da
• cres-ça
• ex-ce-len-te
b) as letras com que representamos os hiatos.
Exemplos:
• sa-ú-de
• cru-el
• gra-ú-na
• re-cu-o
• vo-o
c) as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes.
Exemplos:
• ab-di-car
• cis-mar
• ab-dó-men
• bis-ca-te
• sub-lo-car
• as-pec-to
O B S E R V A Ç Õ E S
a) Não separamos as vogais dos ditongos decrescentes.
Exemplos: or-dei-ro, ju-deu, mau.
b) As vogais dos ditongos crescentes aceitam dupla partição.
Exemplos: cá-rie/cá-ri-e, sá-bio/sá-bi-o.
A separação silábica representa um dos requisitos relacionados à linguagem escrita e, como tal,
compõe uma das tantas competências que precisamos dispor, em se tratando de tal circunstância
comunicativa. Assim dizendo, esse fato está submetido a regras predefinidas, e, portanto, precisa ser
incorporado o quanto antes ao nosso conhecimento.
Ocupemo-nos em verificar algumas particularidades inerentes a esse fato da língua. Constatemos,
pois, as elucidações dispostas a seguir:

DIVISÃO SILÁBICA


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* As letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc” devem permanecer em sílabas
diferentes. Verifiquemos alguns casos:

ex – ce – ção
des – cer
ter – ra
pás – sa – ro...
* Os dígrafos “ch”, “nh”, “lh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única sílaba. Vejamos:
guer – ra
ni – nho
chu – va
quei – jo...
* Os hiatos não devem permanecer na mesma sílaba. São exemplos:
ca – de – a – do
ju – í – za
La – ís...
* Os ditongos e tritongos devem pertencer a uma única sílaba. Constatemos:
Pa – ra – guai
a – ve – ri – guei
cai – xa
fei – xe
* Os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas não devem permanecer juntos, a não
ser aqueles em que a segunda consoante é “l” ou “r”. Vejamos alguns exemplos:
flau – ta (permaneceram juntos, pois a segunda letra é representada pelo “l”)
pra – to (o mesmo ocorre com esse exemplo)
ap – to
ab – dô – men
cír – cu – lo...
Observações passíveis de nota:
Alguns grupos consonantais iniciam palavras, por isso não devem ser separados. Observemos
alguns casos:
pneu – mo – ni – a
pneu – má – ti – co
psi – có – lo – go...
Sílaba e Divisão Silábica
De forma geral, uma sílaba é um conjunto de fonemas (menores unidades sonoras que constroem
uma palavra) formados por vogais e consoantes que são pronunciados num só impulso de voz.
Podemos classificar uma palavra e sua sílaba de acordo com: sua tonicidade(se uma palavra possui
sílaba tônica ou átona) ou o número de sílabas (quantidade de sílabas que uma palavra possui).

DIVISÃO SILÁBICA


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Classificação quanto à tonicidade
Em uma palavra, uma sílaba sempre será pronunciada com mais força do que as outras. Essas
sílabas são chamadas de tônicas, enquanto todas as outras de menor intensidade são chamadas
de sílabas átonas, como podemos ver nos exemplos a seguir, onde as sílabas marcadas
correspondem às tônicas as não marcadas às átonas:
Exemplos
an-ti-pá-ti-co, ve-lo-ci-da-de, lí-qui-do
Dependendo da posição da sílaba tônica em uma palavra, podemos classifica-las ainda
em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, como podemos ver na tabela abaixo:
Classificação Posição da sílaba tônica Exemplos
Oxítona Última sílaba tônica café, quintal, guaraná
Paroxítona Penúltima sílaba tônica velocidade, repórter, digno
Proparoxítona Antepenúltima sílaba tônica simpático, próximo, lâmina

Classificação quanto ao número de sílabas
As palavras podem ser classificadas também quanto ao número de sílabas: palavras de uma sílaba
só são monossílabas, duas sílabas são chamadas de dissílabas, três sílabas são as trissílabas e
as palavras de quatro sílabas ou mais são chamadas de polissílabas.
Divisão silábica
A divisão silábica das palavras geralmente é baseada de acordo com a sua pronúncia, mas existem
algumas particularidades, como vemos na tabela abaixo:
Ocorrência Orientação Exemplos
Ditongo e Tritongo Não separar Uruguai – U-ru-guai, Faixa – Fai-xa
Hiato Separar Saúde – Sa-ú-de
Dígrafos ss, rr, sc, sç,
xc
Separar Carrossel – Car-ros-sel, Cresça – Cres-ça, Exceção
– Ex-ce-ção, Piscina – Pis-ci-na
Consoante não
seguida de vogal
Deixar na sílaba da
esquerda
Magnífico – Mag-ní-fi-co
Prefixos + vogal Separar Desigualdade – De-si-gual-da-de

Dígrafo
Confira o que é um dígrafo e quais são os dígrafos existentes visitando a nossa página: Dígrafo.

FONOLOGIA E FONÉTICA


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Fonética e Fonologia
A Gramática registra e descreve todos os aspectos das línguas. Como sabemos, esses aspectos são
diversos e seu estudo é organizados em partes: Fonética e Fonologia, Morfolog ia e Sintaxe
(morfossintaxe), Semântica e Estilística.
Neste texto vamos refletir a respeito da primeira parte dos estudos da Gramática Descritiva,
a Fonética e Fonologia, que tratam dos aspectos fônicos, físicos e fisiológicos da nossa língua.
• Fonética
A Fonética é o estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos (reais) dos atos de
fala no que se refere à produção, articulação e variedades. Em outras palavras, a Fonética preocupa-
se com os sons da fala em sua realização concreta. Quando um falante pronuncia a palavra 'dia', à
Fonética interessa de que forma a consoante /d/ é pronunciada: /d/ /i/ /a/ ou /dj/ /i/ /a/.
• Fonologia
A Fonologia é o estudo dos Fonemas (os sons) de uma língua. Para a Fonologia, o fonema é uma
unidade acústica que não é dotada de significado. Isso significa que osfonemas são os diferentes
sons que produzimos para exprimir nossas ideias, sentimentos e emoções a partir da junção de
unidades distintas. Essas unidades, juntas, formam as sílabas e as palavras.
A palavra 'Fonema' tem origem grega (fono = som + emas = unidades distintas) e representa
as menores unidades sonoras que formam as palavras. As palavras são a unidade básica da
interação verbal e são criadas pela junção de unidades menores: as sílabas e os sons, na fala, ou as
sílabas e letras, na escrita.
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. Essa classificação existe em
virtude dos diferentes tipos de sons produzidos pela corrente de ar que sai dos nossos pulmões e é
liberada, com ou sem obstáculos, pela boca e/ou pelo nariz.
FONÉTICA E FONOLOGIA
1. FONOLOGIA
É a parte da Gramática que estuda o comportamento dos fonemas de uma língua, tomando-os como
unidades sonoras capazes de criar diferença de significados. Outros nomes: fonêmica, fonemática.
2. FONÉTICA
É a parte da Gramática que estuda as particularidades dos fonemas, ou seja, as variações que
podem ocorrer na realização dos fonemas.
3. FONEMA E LETRA
Fonema é a menor unidade sonora e distintiva de uma língua. Os fonemas dividem-se em vogais,
semivogais e consoantes. Convém reforçar que o fonema é uma realidade acústica.
Letra é o sinal gráfico que, na escrita, representa o fonema. A letra é uma realidade gráfico-visual do
fonema.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
a) Uma mesma letra pode representar fonemas diferentes. É o que ocorre com a letra “x” em palavras
como sexo (x = ks), feixe (x = ch), exato (x = z) e próximo (x = ss).
b) Um mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes. É o que ocorre em flecha (ch = x)
e lixo (x = ch).
c) Uma única letra pode representar dois fonemas. A esse fenômeno, chama-se dífono. Exemplo: táxi
(lê-se “táksi” – x = ks).
d) Duas letras podem representar um único fonema. A esse fenômeno, chama-se dígrafo. Exemplo:
chave (lê-se “xávi” – ch = x).

FONOLOGIA E FONÉTICA


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4. ALFABETO FONÉTICO
Como as letras da escrita não conseguem representar fielmente os fonemas, criaram-se símbolos
especiais para a representação fiel dos sons formadores dos vocábulos. Esses símbolos formam o
alfabeto fonético, utilizado na transcrição fonética dos sons da linguagem.
Qual é a diferença entre fonética e fonologia?
Fonética
Estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a
parte significante do signo linguístico e não com o seu conteúdo; como os sons são produzidos pela
posição e função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios…)
Exemplo:
▪ Distorção do /s/;
▪ Diferença entre /d/ e /d^z/
Fonologia
Estuda o sistema sonoro de um idioma, do ponto de vista de sua função no sistema de comunicação
linguística. A fonologia se preocupa com a maneira como eles se organizam dentro de uma língua.
Estuda também a estrutura silábica, o acento e a entonação.
Exemplo:
▪ Troca de /v/ pelo /f/ = vaca – faca
Classificação dos Fonemas e Dígrafos
Os fonemas da Língua Portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.

Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao
exterior. Exemplos: pato, bota.

Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba.
Exemplos: couro, baile.
Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não sejam
confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados, respectivamente,
de iode e vau.

Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes,
lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.

Dicas:

Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação da sílaba.
Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, mas nunca formadas somente com consoantes.
Exemplos: viúva, abelha.
Dígrafos

É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos dígrafos não há
correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas.

Dígrafos que desempenham a função de consoantes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha), rr (carro) e
outros.

Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), om (tombo) e outros.

FONOLOGIA E FONÉTICA


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Classificação dos Fonemas
Há quatro os critérios de classificação para as vogais:
Zona de articulação
média ou central: a
anteriores ou palatais: é, ê, i
posteriores ou velares: ó, ô, u
Intensidade
tônicas: mais intensidade
átonas: intensidade fraca
a vogal átona pode ser:pretônica, postônica ou subtônica / facilmente = a (subton.), i (preton.), último
e (post).
Timbre
abertas – a, é, ó (em sílaba tônica ou subtônica)
fechadas – ê, ô, i, u (em sílabas tônicas, subtônicas ou átonas)
reduzidas – vogais átonas finais, proferidas fracamente
Papel das cavidades bucal e nasal
orais – a, é, ê, i, ó, ô, u – ressonância apenas da boca
nasais – todas as vogais nasalisadas – ressonância em parte da cavidade nasal. Índices de
nasalidade: ~ e m ou n em fim de sílaba.
Observação
As vogais nasais são sempre fechadas.
As consoantes também apresentam quatro critérios de classificação
Modo de articulação
oclusivas – corrente de ar encontra na boca obstáculo total – p, b, t, d, c(=k) e q, g (=guê)
constritivas – corrente de ar encontra obstáculo parcial na boca – f, v, s, z, x, j, l, lh, r, rr. Elas
subdividem-se em: fricativas – f, v, s, z, x, j / laterais – l, lh / vibrantes – r, rr
Observação
As consoantes nasais (m, n, nh) são ponto de divergência entre gramáticos, no tocante a agrupá-las
como oclusivas ou constritivas. Isso se deve ao fato de a oclusão ser apenas bucal, chegando o ar às
fossas nasais onde ressoa. Para Faraco e Moura, são oclusivas. Hildebrando não as coloca em
nenhum dos dois grupos.
Ponto de articulação
bilabiais – p, b, m
labiodentais – f, v
linguodentais – t, d, n
alveolares – s, z, l, r
palatais – x, j, lh, nh
velares – c(=k), qu, g (=guê), rr
Papel das cordas vocais
surdas – sem vibração – p, t, c(=k), qu, f, s, x
sonoras – com vibração – b, d, g, v, z, j, l, lh, m, n, nh, r (fraca), rr (forte)

FONOLOGIA E FONÉTICA


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Papel das cavidades bucal e nasal
nasais – m, n, nh
orais – todas as outras
Classificação dos Fonemas – Tipos
Existem três tipos de fonemas em português:
Vogal
Semivogal
Consoante
Vogal
É o fonema produzido livremente, sem que o ar encontre, na cavidade bucal, qualquer obstáculo à
sua passagem.
As vogais podem ser:
a) Orais: Quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /u/.
b) Nasais: Quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: /ã/.
c) Átonas: Pronunciadas com menor intensidade.
d) Tônicas: Pronunciadas com maior intensidade.
Semivogais
São os fonemas /i/ e /u/, quando formam sílaba com uma vogal:
Pai
são
Consoantes
São os fonemas produzidos quando a corrente de ar encontra , na cavidade bucal, obstáculos à sua
passagem.
Exemplos: /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /g/, /f/, /v/, /s/.
Fonemas
1 – Vogal
Fonema que sai livremente pela boca, não encontando nenhum obstáculo à pas- sagem do ar pelo
aparelho fonador.
Exemplos: /a/ /ê/ /i/ /ô/ /u/ /ã/ /e/ /i/ /o/ /u/ /é/ /ó/
2 – Semivogal
Nome dado aos sons /i/ e /u/ quando são pronunciados juntamente com uma outra vogal, numa só
emissão de voz.
Observação: Os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por e, o ou m.
Exemplos: – mãe – a letra e tem o som de um i átono, sendo pronunciada juntamente com o a =
/m/ã/i/. – mão – a letra o tem o som de um u átono, sendo pronunciada juntamente com o u = /m/ã/u/.
– também – a sílaba final é pronunciada com um i:”tambeim”.

FONOLOGIA E FONÉTICA


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3 – Consoante
Fonema produzido graças aos obstáculos que impedem a passagem livre do ar. Exemplos: /b/, /d/, /g/
etc…
Classificação dos Fonemas – Cordas Vocais
Vogais
São fonemas que fazem vibrar as cordas vocais, em cuja produção a corrente de ar vinda dos
pulmões não encontra obstáculos.
São doze, e não cinco como muitos imaginam.
São silábicos, isto é, constituem a base da sílaba.
/ a / / ã / / é / / ê / / / / i / / / / ó / / ô / / õ / / u / /
Semivogais
São os fonemas /i/ e /u/ quando formam sílabas com uma vogal.
can-tai
a = vogal
i = semivogal
le-vou
a = vogal
i = semivogal
Observação
As letras e e o também podem representar semivogal:
põe = [põi] mão = [mãu]
Consoantes
São fonemas resultantes de obstáculos encontrados pela corrente de ar vinda dos pulmões. São
assilábicos porque não podem formar sílaba sem auxílio de uma vogal.
bo-ca, ca-sa, da-do, fa-ca
a) VOGAIS
Não são simplesmente as letras a, e, i, o, u. Em quilo, a letra u nem é fonema.
A vogal é fonema básico de toda sílaba. Não há sílaba sem vogal e não pode haver mais de uma
vogal numa sílaba. Por outra, o número de vogais de um vocábulo é igual ao número de sílabas;
inversamente, o número de sílabas é igual ao número de vogais.
b) CONSOANTES
Como o próprio nome sugere (com + soante = soar com), consoantes são os fonemas que, para
serem emitidos, necessitam do amparo de outros fonemas, ou seja, das vogais.
Cabe relembrar que, para haver consoante, é necessário o fonema (ruído) e não a letra (escrita).
Assim, em “hipótese”, não há a consoante “h”, mas apenas essa letra; em “ilha”, a consoante única é
o fonema representado pelas letras “lh”; em “manga”, o “n” não é consoante, porque não constitui
fonema, mas apenas indica a nasalização do “a”.

FONOLOGIA E FONÉTICA


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c) SEMIVOGAIS
Constituem os fonemas intermediários entre as vogais e as consoantes: não têm a fraqueza destas
nem a autonomia daquelas.
São, na prática, o “i” e o “u”, quando, ao lado de uma vogal autêntica, soam levemente, sem a força
de vogal. O “e” e o “o”, sempre que, na mesma circunstância, forem pronunciados, respectivamente,
como “i” e “u”, também serão semivogais.
Comparem-se as diferenças de intensidades dos fonemas grifados, nas palavras que seguem:
Semivogais Vogais
Pais país
Mau baú
Mágoa pessoa
Vídeo Leo
Mário Maria
Observações:
1ª) O a é sempre vogal, aberto ou fechado, oral ou nasal.
2ª) Qualquer uma das letras a, e, i, o, u, isolada ou entre duas consoantes, será vogal.
3ª) O fonema que receber o acento tônico será obviamente vogal.
4ª) Pode haver duas vogais juntas, mas jamais se juntarão duas semivogais.
Representação de Fonemas
A ortografia brasileira não é biunívoca, ou seja, na maioria dos casos não temos relação um para um
bi direcional entre grafemas e fonemas. Em função disso, vamos analisar os casos em que nossa
ortografia apresenta peculiaridades na representação dos fonemas.
Grafemas biunívocos
São biunívocos os grafemas b, d, f, p, t e v que usamos para representar os fonemas /b/, /d/, /f/, /p/, /t/
e /v/ respectivamente.
Representação de vogais nasais
As vogais nasais são representadas de duas formas distintas: pelo uso de grafemas com o diacrítico
til ou por dígrafos formados por grafema vocálico seguido de n ou m. Veja exemplos na tabela a
seguir:
Vogal nasal Grafema com til Dígrafos
/ã/ Irmã, cãibra, mãe, mão. Ambos, âmbito,antes, ânfora.
/ẽ/ Empuxo, êmbolo,ensino, ênclise.

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/ĩ/ Impróprio, ímpio,interno, índio.
/õ/ Compõe, anões. Ombro, cômputo,ontem, cônsul.
/ũ/ Umbigo, plúmbeo,unção, anúncio.

Observando a tabela, vemos que o til só é usado na representação das vogais nasais /ã/ e /õ/. Nos
demais casos, nossa ortografia recorre aos dígrafos. Além disso, a vogal /õ/ só é representada
por õ quando ocorre na seqüência /õy/ como em /prôpõy/, /sifrõys/, /furácõys/ e /pêõys/.
Os dígrafos que representam vogais nasais em nossa ortografia terminam em n ou m. Há uma regra
que define quando se usa um ou outro grafema. Quando a vogal nasal antecede /p/ ou /b/, o dígrafo
será finalizado com m. Quando a vogal nasal antecede qualquer outra consoante, o dígrafo terminará
em n.
Quando a vogal nasal ocorre no final de palavra, podemos ter representação com til (somente para a
vogal /ã/), com dígrafo finalizado em m ou, mais raramente, com dígrafo terminado em n. Veja
exemplos:
Órfã, irmã, cidadã, cupim, cupom, urucum, lúmen, próton.
Outra peculiaridade na representação de vogais nasais ocorre em palavras
como também,convém, compraram e fariam que correspondem a /tãbẽy/, /cõvẽy/, /cõprárãw/ e
/fáriãw/ respectivamente. Nesses casos, a vogal nasal está associada a uma semivogal não
representada na escrita.
Representação de vogais orais
A representação de vogais orais não apresenta dificuldades exceto pelos casos em que os grafemas
apresentam diacríticos, mas deixaremos para estudar as representações de vogais orais com
diacríticos na área referente à acentuação. Aqui nos limitaremos a tratar da representação das vogais
por meio de grafemas sem diacríticos. Vemos isso na tabela a seguir.
Vogal oral Grafema Exemplo
/á/ a aberto
/â/ a mama
/é/ e era
/ê/ e espaço
/i/ i idade
/ó/ o obra
/ô/ o ostra

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/u/ u uva

Observe que usamos o grafema a para representar os fonemas /á/ e /â/. Do mesmo modo,
usamos e para representar /é/ e /ê/ e o grafema o para representar /ó/ e /ô/. Nosso alfabeto, herdado
da escrita romana, não tem grafemas suficientes para uma representação biunívoca das vogais sem
recorrer a diacríticos.
Representação de semivogais
Não temos grafemas dedicados à representação de /y/ e /w/, as duas semivogais da nossa língua.
Essas semivogais são representadas por e, i, o, ue l, conforme vemos nos exemplos a seguir.
Mãe, Boi, canção, mau, normal.
As regras para representação de semivogais podem ser resumidas assim:
• Quando /y/ está adjacente a uma vogal oral, será representado por i. Ex.: Foi, sabia.
• Quando /w/ está adjacente a uma vogal oral, será representado por u ou l. Ex.: Pau, mal.
• Quando /y/ está adjacente a uma vogal nasal, será representado por e. Ex.: Mãe,porões.
• Quando /w/ está adjacente a uma vogal nasal, será representado por o. Ex.:Cidadão.
Uma exceção à regra: cãibra.
É comum o uso do l para representar /w/ no final de muitas palavras do nosso idioma. Na variante
regional gaúcha, porém, tais palavras são pronunciadas com /l/ em vez de /w/. Por exemplo: A
palavra normal é pronunciada /nôrmáw/ na variante culta e /nôrmál/ na variante gaúcha.
Temos um caso particular de representação de semivogal em palavras como: compõem epropõem.
São flexões de verbo da terceira pessoa plural, grafadas com um m extra no final da palavra para
distinguir da flexão da terceira pessoa singular de mesma pronúncia: (compõe,propõe). Obviamente,
essa distinção só ocorre no discurso escrito, não tendo correspondência no discurso oral.
As palavras mau e mal têm a mesma pronúncia na variante culta: /máw/. No entanto, são grafadas de
forma distinta.
Representação de /g/ e /j/
O fonema /g/ pode ser representado por g como em garra, golpe e guri, ou então, por gu como
emguerra e guincho.
Já o fonema /j/ se representa por j como emjarro, jeito, jirau, joçaou jumento, ou então, porg como
em gelo e gibi.
Veja na tabela um resumo dos usos do grafemag.
Quando a sílaba contém Os fonemas representados são Exemplos
ga /gá/ garra
/gâ/ gamo
gá /gá/ gávea

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gâ /gâ/ poligâmico
g + vogal /ã/ /gã/ gânglio
ge /jê/ gelo
/jé/ germe
gé /jé/ gélido
gê /jê/ gênero
g + vogal /ẽ/ /jẽ/ gente
gi /ji/ gibi
gí /jí/ gíria
g + vogal /ĩ/ /jĩ/ ginga
go /gó/ gosma
/go/ governo
gó /gó/ gótico
gô /gô/ gônada
gu /gu/ guri
gú /gu/ augúrio
g + vogal /ũ/ /gũ/ algum
g + consoante /g/ + consoante gleba
grotesco
gnomo
gu + vogal /é/, /ê/, /ẽ/, /i/ ou /ĩ/ /g/ + vogal guerra
gueto

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alguém
guichê
guincho
gu + vogal /á/ /gw/ + vogal água
gü + vogal /é/, /ê/, /ẽ/ ou /i/ /gw/ + vogal ungüento
sagüi
O fonema /j/ pode ser representado tanto por gcomo por j.
Não há uma regularidade que nos ajude a selecionar g ou j para representar /j/. O que sabemos é
que o grafema g apresenta algumas limitações para representar /j/. Por outro lado, o grafema j,
representa /j/ nos mais variados contextos. De resto, somente o convívio com o idioma para nos
orientar a grafia correta. Veja os exemplos:
Jarra, jambo, jegue, jeito, jirau, jóia, jornal, juro, jejum.
Germe, geração, gente, gibão, gíria, gim.
Representação de /k/
O fonema /k/ pode ser representado pelos grafemas c, k e q ou pelo dígrafo qu.
O grafema c representa tanto o fonema /k/ como o grafema /s/. A regra para saber qual o valor
fonológico desse grafema pode ser resumida assim:
• Quando o grafema c é seguido pelas vogais /á/, /â/, /ã/, /ó/, /ô/, /õ/, /u/, /ũ/ ou por consoante terá
valor fonológico de /k/.
Exemplos: casa, campo, cópia, covarde,comprado, cura, cúmplice, cnidário, cancro.
• Quando c é sucedido pelas vogais /é/, /ê/, /ẽ/, /i/ ou /ĩ/ representará o fonema /s/.
Exemplos: cebola, cético, centro, cínico,cinta.
O uso do grafema k na representação de /k/ é pouco comum em nosso idioma. São exemplos:kaiser,
kilobyte e know-how. Em função de um esforço pela eliminação do k da nossa ortografia, sua
utilização ficou restrita a casos em que a palavra se escreve com k também em outros idiomas como
na representação de unidades internacionais de medida (km, kg, etc.) ou palavras derivadas de
nomes próprios (kantiano,kafkiano, trotskista, etc.).
O uso do grafema q na representação de /k/ é bastante comum em nossa ortografia.
Exemplos:quando, quase, quociente, quotidiano, freqüente.
O dígrafo qu também representa /k/ em nossa ortografia. Exemplos: queijo, arqueiro, querela,quiabo.
Em nossa ortografia, o grafema q sempre ocorre seguido de u ou ü. Nesse caso, o grafema u, ora é
mudo, ora não. A regra para saber se o grafemaué mudo ou não é a seguinte:
• Se após qu vier /á/, /â/, /ã/, /ó/, /ô/ ou /õ/, o grafema u não é mudo.
Exemplos: quadra,quântico, quota, quociente.
• Se após qu vier /é/, /ê/, /ẽ/, /i/ ou /ĩ/ o grafema u será mudo.
Exemplos: quero,queijo, quente, quiabo.
Em nossa língua há uma tendência para suprimir a semivogal /w/ em palavras como quotidiano,
quota ou quociente. São palavras que apresentam as seqüências /kwô/ ou /kwó/. Tanto que os
dicionários já registram duas possibilidades de pronúncia e grafia para esses casos.

FONOLOGIA E FONÉTICA


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Quotidiano, /kwôtidiânô/, cotidiano, /kôtidiânô/
Quota, /kwótá/, cota, /kótá/.
Quociente, /kwôsiẽtê/, cociente, /kôciẽtê/.
Representação de /λ/ e /ñ/
Os fonemas /λ/ e /ñ/ são representados de forma biunívoca pelos dígrafos lh e nh, respectivamente.
Exemplos: lhama, telha, molhado, enfadonho, aranha, manha.
Representação de /r/ e /R/
O fonema /r/, em nossa ortografia, é representado pelo grafema r. Por exemplo:caroço, arara, barato.
Já o fonema /R/ pode ser representado tanto por r como pelo dígrafo rr. A regra para representar /R/
corretamente é simples. Quando /R/ estiver no início da palavra, usamos r, e nos demais casos
usamos o dígraforr. Exemplos:
Raiz, rato, repolho.
Carroça, derrapagem.
Representação de /s/ e /z/
O fonema /s/ é o que apresenta mais possibilidades de representação na nossa escrita. Podemos
representá-lo de oito formas diferentes, como se vê nesses exemplos: seta, cebola, espesso,
excesso, açúcar, desça, auxílio easceta. Podemos representar /s/ com s, c, ss, xc, ç, sç, x e sc.
Infelizmente não há uma regularidade que nos ajude a selecionar o grafema correto para representar
este fonema. Somente o convívio com o idioma escrito nos dá a fluência necessária na escolha.
O fonema /z/ é representado pelos grafemas z ous, como vemos nesses exemplos: azeite, zênite,
casa e asilo. Igualmente, não temos regras para selecionar um ou outro grafema na representação de
/z/.
Representação de /x/
O fonema /x/ pode ser representado pelo grafema x, ou pelo dígrafo ch. Veja os exemplos:
Xícara, xarope, xereta.
Chuva, chumbo, chave.
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MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Morfologia Elementos do Texto
Subespeficação de Traços-f e Movimento-A em Português Brasileiro
O português brasileiro tem sido analisado como uma língua bastante interessante para o debate
sobre como analisar a Teoria de Controle dentro do Programa Minimalista na medida em que
apresenta controle obrigatório em orações finitas (e.g. Ferreira 2000, 2009, Rodrigues 2002, 2004,
Nunes 2008, 2009, 2010), favorecendo uma abordagem em termos de movimento para posições
temáticas (e.g. Hornstein 1999, 2001, Boeckx, Hornstein e Nunes 2010).
Parte da evidência para essa análise envolve construções com hiperalçamento a partir de orações
finitas e infinitivos flexionados (e.g. Ferreira 2000, Nunes 2010). Neste trabalho discuto a interação
entre a especificação de traços-f de Infl e dos pronomes nominativos em português brasileiro,
argumentando que hiperalçamento produz ou não resultados gramaticais (com variação dialetal) a
depender de o conjunto de traços-f associado aos elementos em concordância ser ou não
subespecificado.
Mais especificamente, argumento que o enfraquecimento geral da concordância verbal e nominal no
português brasileiro e a expansão dos contextos de singulares nus no sistema fizeram com que os
pronomes passassem a ser maciçamente subespecificados em relação aos seus traços-f: (i) em
relação ao traço de número, sua valoração como singular só é requerida para um dos pronomes (eu);
e (ii) em relação ao traço de pessoa, seu único valor possível é o de primeira pessoa e essa
especificação só é necessariamente requerida (em alguns dialetos) por um pronome (nós), já que o
valor de pessoa para eu pode ser determinado por uma regra de redundância lexical.
Assumindo que Infl em português brasileiro pode estar associado a um conjunto completo ou
incompleto de traços-f (Ferreira 2000, Nunes 2008, Petersen 2011), hiperalçamento somente será
possível quando o sujeito movido puder entrar numa relação de concordância com um Infl com um
conjunto incompleto de traços-f. O trabalho também mostrará que as restrições encontradas em
hiperalçamento de sujeito não se aplicam a hiperalçamento de tópico (Martins e Nunes 2005, 2010),
por que DP movido não entra numa relação de concordância com o Infl encaixado.
Relativas cortadoras: mudança ou variação?
Nesta comunicação, ocupar-me-ei das relativas cortadoras, discutindo se elas são um produto de
mudança – uma inovação do português brasileiro da segunda metade do século XIX, como defendeu
Tarallo (1985: 362) – ou, pelo contrário, um caso de variação, indexada à língua oral.
Com base em textos do português antigo e do português clássico, em dados do Português
Fundamental e em dados mais recentes, do estudo de Arim et al (2005), defenderei que as relativas
cortadoras são persistentes ao longo da história da língua portuguesa e são tipicamente uma
estratégia do modo oral para evitar o pied piping. Dados de outras línguas românicas corroboram esta
perspectiva.
Os dados históricos e interlinguísticos acima mencionados, bem como a “especialização” da
estratégia cortadora na língua oral, serão tentativamente captados no quadro da Teoria da Gramática
esboçada pelo Programa Minimalista.
Microvariação sintática: relevância para os estudos de aquisição
A comparação entre as propriedades sintáticas e morfológicas do português europeu e do português
brasileiro tem permitido descobrir alguns fatores de microvariação e identificar os átomos de variação
paramétrica que diferenciam estas duas variedades do português. O estudo sistemático das
propriedades da flexão e do sistema pronominal têm permitido mostrar que as propriedades
interpretativas e morfológicas dos pronomes nulos e lexicais são distintas nas duas línguas, ainda
que por vezes sejam superficialmente idênticos (ver, por exemplo, Modesto 2008, Rodrigues 2004,
entre outros).
A literatura em aquisição da linguagem mostra que o valor dos parâmetros é fixado muito cedo
(Wexler 1998). Ainda assim, há aspetos do desenvolvimento sintático que são adquiridos mais
tardiamente, em particular os que dependem de uma estabilização das interfaces da componente

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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sintática com outras componentes sempre que escolhas entre outputs convergentes estão envolvidas
(cf. Reinhart 1999, Grolla 2006, Costa e Szendroi 2006, Costa 2010).
Nesta comunicação, apresento alguns resultados da investigação sobre a aquisição de dependências
referenciais em português europeu, mostrando como as condições sobre interfaces e a fixação
precoce de valores paramétricos predizem os comportamentos das crianças testadas e discuto
caminhos para um estudo comparado entre a aquisição do português europeu e do português
brasileiro, explicitando predições para a microvariação na aquisição e, se possível, apresentando
alguns resultado de testes piloto de investigação comparada.
Sobre construções com “se” e posição de sujeito no português brasileiro do século XIX
No português brasileiro, alguns verbos transitivos admitem que argumentos externos com
interpretação locativa sejam introduzidos por uma preposição de valor igualmente locativo, que pode
ou não ser antecedida de um advérbio pronominal: Aquela loja vende todos os tipos de livro / (Lá)
naquela loja vende todos os tipos de livro.
Para Avelar & Cyrino (2009), pelo menos dois fatores devem ter atuado para determinar a
emergência dessa variação: (a) a supressão do pronome indeterminador/apassivador “se” e (b) o
surgimento do que se convencionou chamar na literatura gerativista de “concordância defectiva”, em
que o verbo pode concordar com uma categoria cujos traços de número e/ou pessoa não estão
disponíveis.
Seguindo a vertente diacrônica da Teoria de Princípios e Parâmetros (Roberts 2007), à luz de
pressupostos do Programa Minimalista (Chomsky 1995), este trabalho analisa dados extraídos de
jornais paulistas no século XIX, com o objetivo de verificar se a entrada de constituintes locativos
preposicionados em posição argumental pode ser associada à queda do se e à emergência de
concordância defectiva, tal como previsto pela hipótese de Avelar & Cyrino.
O estudo analisou construções com se em que o argumento do verbo apresenta marcas de plural,
obtendo os seguintes resultados:
(a) no decorrer do século XIX, há uma diminuição progressiva na concordância de VERBO+SE com
seu argumento;
(b) na primeira metade do século, não há uma posição fixa para a ocorrência de constituintes
preposicionados no interior de sentenças com VERBO+SE, enquanto na segunda metade os
constituintes preposicionados locativos tendem a ocorrer adjacentes (em anteposição ou posposição)
ao verbo;
(c) da primeira para a segunda metade do século, diminui a frequência de constituintes locativos
dentro de construções com VERBO+SE, o que nos sugere que, assim como os argumentos externos
(pro)nominais de terceira pessoa, os constituintes locativos preposicionados passaram a migrar para
a posição de tópico, onde ficam sujeitos a sofrer apagamento se, no contexto de sua realização, tiver
proeminência discursiva;
(d) a partir da segunda metade do século XIX, o constituinte locativo tende a ser anteposto ao verbo
nos casos em que o argumento de VERBO+SE não se encontra nessa posição. Esses fatos indiciam
que é possível associar propriedades das construções com VERBO+SE tanto à emergência de
concordância defectiva quanto a alterações significativas na sintaxe de locativos preposicionados.
Compreensão, interpretação de textos, com domínio das relações morfossintáticas,
semânticas e discursivas
A palavra texto vem do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. Essa origem aponta a
ideia de que texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se
obter um todo inter-relacionado, um todo coeso e coerente. Os concursos, de uma forma geral,
apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo.
Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de
necessitar de um bom léxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com
o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto
entre todas as partes que compõem o texto.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências
a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura
ideológica do autor diante de uma temática qualquer.

Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e
significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo
lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.

O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido
verdadeiro, real.

Já a conotação é um sentido que só advém à palavra numa dada situação figurada, fantasiosa e que,
para sua compreensão, depende do contexto.

Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre
significante e significado
.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de
extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no
signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). Algumas
palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está
atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de
expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto
O homem usa a língua porque vive em comunidades, nas quais tem necessidade de se comunicar,
de estabelecer relações dos mais variados tipos, de obter deles reações ou comportamentos,
interagindo socialmente por meio do seu discurso. Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de
leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o
conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente
dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual,
favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às
interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura,
outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão
global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se
podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do
autor.

A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são
fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem
diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode
estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca
examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a
base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de
tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para
instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global
proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Recursos morfossintáticos, lexicais, semânticos
1. 1. RECURSOS MORFOSSINTÁTICOS, LEXICAIS,SEMÂNTICOS E FONOLÓGICOS NA
PRODUÇÃO E COMPREENSÃO TEXTUAL
2. 2. Na Língua Portuguesa, as palavras podem ser analisadas isoladamente ou dentro da oração. A
análise que considera somente a palavra é chamada de análise morfológica, e a que analisa a
palavra relacionada a outras dentro da oração é a análise sintática. Na análise morfológica, as
classes gramaticais (substantivo, verbo, advérbio, pronome, numeral, preposição, conjunção,
interjeição, artigo e adjetivo) são colocadas em evidência. Portanto, cada palavra será analisada
como se fosse única. Nesse momento, não há interesse na função que a palavra exerce dentro da
oração.
3. 3. Vejam o exemplo: Júlia quebrou a carteira. Júlia: substantivo Quebrou: verbo A: artigo Carteira:
substantivo
4. 4. Na análise sintática, a palavra não é estudada de forma isolada, pois ela mantém relação com
outras palavras. Por isso, sintaticamente, as palavras passam a exercer uma função na oração.
Vamos analisar as mesmas palavras do exemplo, só que agora buscaremos a função, ou seja, o
papel desempenhado por cada uma dentro da oração.
5. 5. Vejam o exemplo: Júlia quebrou a carteira. Júlia: sujeito simples quebrou a cadeira: predicado
verbal A Carteira: objeto direto A: adjunto adnominal Cadeira: núcleo do objeto
6. 6. OUTROS EXEMPLOS: As flores são um belo presente. (SUJEITO SIMPLES) Toda mulher
aprecia ganhar flores. (OBJETO DIRETO) Gostamos muito do perfume das flores.(COMPL.
NOMINAL) Patrícia gosta muito de flores. (OBJETO INDIRETO) Nem tudo são flores. (PREDICATIVO
DO SUJEITO) Flores, por que sois tão belas? (VOCATIVO)
7. 7. COMPREENDENDO A MORFOSSINTAXE Ao nos depararmos com a nomenclaturas
(Morfologia e Sintaxe), sabemos que se relacionam às subdivisões conferidas pela gramática, e mais:
que uma corresponde às classes gramaticais e a outra se refere às distintas posições ocupadas por
uma mesma palavra em se tratando de um dado contexto linguístico. A morfossintaxe é responsável
pela coesão relacionada à gramática e à ordem gramatica escolhida pelo autor, isto é, pela lógica do
texto. A estrutura gramatical escolhida facilitará o entendimento do leitor.
8. 8. Na prática Exemplo 1: Namorei José até 2014. (Pretérito Perfeito = ação acabada) Namorava
José até 2014. (Pretérito Imperfeito = dá um certo ar de saudosismo) É aí que percebemos a
diferença de sentido, a intenção do autor diante do leitor. Exemplo 2: Eu nasci em Recife. (enfatiza o
sujeito: EU) Em Recife, eu nasci. (enfatiza o lugar = RECIFE) A escolha da ordem das palavras faz a
diferença para a estrutura e coerência do texto.
9. 9. AS FIGURAS DE SINTAXE OU CONSTRUÇÃO caracterizam -se por apresentar determinadas
mudanças na estrutura comum das orações. 1. HIPÉRBATO ou INVERSÃO: é a inversão da ordem
direta dos termos em uma oração. exs: Das minhas coisas cuido eu. Professor já não sou. 2.
ASSÍNDETO: ausência de conectivos, coordenação de termos. ex: Foi apanhar gravetos, arrancou as
touceiras, arrumou tudo para a fogueira. 3. ZEUGMA: é a supressão de palavras expressas
anteriormente e que se encontram subentendidas. ex: As minhocas arejam a terra; os poetas, a
linguagem. (houve a supressão do verbo)
10. 10. 4. ANÁFORA: repetição enfática de uma ou mais palavras. ex: Nem um minuto se passa, Nem
um inseto esvoaça, Nem uma brisa perpassa Sem uma lembrança aqui; (...) 5. ANACOLUTO:
reprodução escrita da língua falada, caracterização de estados de confusão mental. ex: Deixe-me
ver... É necessário começar por... Não, não... 6. SILEPSE: concordância feita com a ideia ou sentido
que se quer transmitir, e não com os termos presentes na oração. ex: São Paulo é violento. Os
brasileiros gostamos de futebol. 7. PLEONASMO: é a redundância de termos diferentes, porém com
o mesmo sentido, para realçar uma ideia ou deixá-la mais clara. ex: A mim este Sol, estes prados,
estas flores contenta-me.
11. 11. 8. POLISSÍNDETO: repetição de conectivos. ex: O amor que a exalta e a pede e a chama e a
implora. (Machado de Assis). PLEONASMO VICIOSO OU TAUTOLOGIA: é um v ício de linguagem
que deve ser evitado. Exs: O elevador subiu para cima com excesso de pessoas. Os alunos entraram

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para dentro da sala. A vítima sofreu uma hemorragia de sangue. 9. ELIPSE: consiste na omissão de
uma ou mais palavras, sem prejudicar o sentido da frase. ex: Via o futuro em mágicos espelhos (...)
Sonhava adormecer nos teus joelhos. (...) quem via? ELE quem sonhava? ELE
12. 12. COMPREENDENDO O LÉXICO COMO MECANISMO DE COESÃO TEXTUAL Léxico é o
conjunto de palavras pertencentes a determinada língua. Por exemplo, temos um léxico da língua
portuguesa que é o conjunto de todas as palavras que são compreensíveis em nossa língua. Quando
essas palavras são materializadas em um texto, oral ou escrito, são chamadas de vocabulário. O
conjunto de palavras utilizadas por um indivíduo, portanto, constituem o seu vocabulário. Nenhum
falante consegue dominar o léxico da língua que fala, já que o mesmo é modificado constantemente
através de palavras novas e palavras que não são mais utilizadas. Além de possuir uma quantidade
muito grande de palavras, o que impossibilita alguém de arquivar todas em sua memória.
13. 13. São exemplos de campos lexicais: - o da medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização,
medicação, etc. - o da escola: livros, disciplinas, biblioteca, material escolar, etc. - o da informática:
software, hardware, programas, sites, internet, etc. - o do teatro: expressão, palco, figurino,
maquiagem, atuação, etc. - campo lexical dos sentimentos: amor, tristeza, ódio, carinho, saudade,
etc. - campo lexical das relações interpessoais: amigos, parentes, família, colegas de trabalho, etc.
14. 14. COMPREENDENDO A SEMÂNTICA COMO MECANISMO DE COESÃO TEXTUAL
Semântica é o estudo do significado, no caso das palavras, a semântica estuda a significação das
mesmas individualmente, aplicadas a um contexto e com influência de outras palavras. O campo
semântico, por sua vez, é o conjunto de possibilidades que uma mesma palavra ou conceito tem de
ser empregada(o) em diversos contextos. O conceito de campo semântico está ligado ao conceito de
polissemia. Uma mesma palavra pode tomar vários significados diferentes em um mesmo texto,
dependendo de como ela for empregada e de que palavras a acompanham para tornar claro o
significado que ela assume naquela situação.
15. 15. Por exemplo: - conhecer: ver, aprofundar-se, saber que existe, etc. - bacia: utensílio de
cozinha, parte do esqueleto humano. - brincadeira: divertimento, distração, passatempo, gozação,
piada, etc. - estado: situação, particípio de estar, divisão de um país, etc.
16. 16. RECURSOS SEMÂNTICOS NAS FIGURAS DE LINGUAGEM 1. METÁFORA: é uma
comparação implícita. ex: Senti a seda do seu rosto em meus dedos. 2. METONÍMIA ou PERÍFRASE:
ocorre quando usamos uma palavra para designar alguma coisa com a qual mantém uma relação de
proximidade ou posse. ex: Meus olhos estão tristes porque você partiu. Adoro ouvir Djavan. 3.
ANTÍTESE: enfatiza a diferença/oposição entre palavras ou ideias. ex: Não existiria som senão
houvesse o silêncio Não haveria luz senão fosse a escuridão.
17. 17. 4. PROSOPOPEIA: atribuir características humanas a seres inanimados. ex: Voar agora nas
asas do vento. As ondas lambem minhas pernas. 5. ANTONOMÁSIA: é a substituição de um nome
por uma expressão que identifica a coisa ou a pessoa, salientando suas qualidades ou um fato
notável pelo qual ela é conhecida. ex: A rainha dos baixinhos assinou contrato com a Record. (Xuxa)
6. EUFEMISMO: suavizar, atenuar intencionalmente uma expressão em certas situações. ex: Ela
dormiu no Senhor.
18. 18. 7. HIPÉRBOLE: exagero intencional. ex: Faria isso mil vezes se fosse preciso. 8. IRONIA: uso
da palavra para ser compreendida em sentido oposto do que se quer transmitir. É um poderoso
instrumento de sarcasmo. ex: Muito competente aquele candidato! Construiu viadutos que ligam
nenhum lugar a lugar nenhum. 9. GRADAÇÃO: encadeamento de palavras cujos significados têm
efeito cumulativo. ex: [...] Herdeiro já era muito; mas universal... [...] Herdeiro de tudo [...] E quanto
seria tudo? Ia ele pensando. Casas, apólices, ações, escravos, roupa, louça, alguns quadros [...]
19. 19. 10.CATACRESE: espécie de metáfora em que se usa uma palavra no sentido figurado por
habito ou esquecimento ex: As pernas da cadeira. Os dentes de alho. 11. SINESTESIA: é a
transmissão de misturas de sensações que produzem fortes sugestões. ex: Um doce abraço indicava
que o pai o perdoara. 12. APÓSTROFE: invocação ou chamamento de alguém. Corresponde
estilisticamente ao VOCATIVO. ex: Deus! O Deus! Onde estás? 13. PARADOXO: a aproximação de
termos ou ideias contraditórias associados a uma só ideia. ex: O amor é fogo que arde sem se ver é
ferida que dói e não se sente é um contentamento descontente.

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20. 20. COMPREENDENDO OS RECURSOS FONOLÓGICOS 1. ALITERAÇÃO: repetição de uma
mesma consoante numa sequência linguística. ex: Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos
violões, vozes veladas (Cruz e Sousa) 2. ASSONÂNCIA: repetição de uma mesma vogal. ex: É
bamboleando em ronda dançam bandos tontos e bambos de pirilampos (Guilherme de Almeida) 3.
ONOMATOPEIA: reprodução de sons e ruídos do mundo natural através da escrita. ex: Blem... blem..
dlin... dlin... plaft urgh miau au au. 4. PARONOMÁSIA: aproximação de palavras de sons parecidos,
porém com significados diferentes. ex: Quem vê o fruto Não vê o furto. (Mario Quintana)
O estudo morfossintático das palavras
Durante toda nossa trajetória enquanto seres aprendizes, passamos por determinadas etapas que
norteiam a prática da educação formal.

No que se restringe às disciplinas da grade curricular, mais especificamente à Língua Portuguesa,
apreendemos os conteúdos direcionados a cada série de uma forma específica. Como por exemplo,
no 6º ano estudamos todas as classes gramaticais, e nos anos seguintes, a ênfase é para a sintaxe e
toda a sua complexidade de temas.
Quando adentramos no ensino médio, começa uma fase revisional de tudo aquilo que já travamos
contato durante as séries anteriores.

E é justamente nesse período que nos deparamos com a chamada Morfossintaxe.Ela nada mais é,
que a junção da Morfologia, a qual estuda as palavras de acordo com sua classe gramatical, e
a Sintaxe, onde o estudo centra-se na posição desempenhada pelas palavras em meio ao contexto
linguístico.

Diante disso, torna-se essencial nos inteirarmos completamente sobre o assunto, pois o mesmo é
muito requisitado em provas de vestibulares e concursos de uma forma geral.

Ao falarmos sobre morfossintaxe, devemos levar em consideração que uma mesma palavra
analisada sob a ótica morfológica pode assumir diversificadas funções quando analisada de acordo
com a sintaxe.

Com o objetivo de assimilarmos nossos conhecimentos de uma forma mais contundente,
analisaremos as seguintes orações:

O conhecimento é essencial a todos.

Logo, analisando o vocábulo “conhecimento” de acordo com a classe morfológica, estamos diante de
um substantivo abstrato.

Sintaticamente, o mesmo poderá exercer papéis divergentes. Observe:

Nessa oração ele é sujeito simples, por tratar-se de apenas um núcleo.

Já em:

Devemos priorizar o conhecimento, a palavra “conhecimento” funciona como objeto direto, pois o
verbo priorizar é transitivo, e, consequentemente, requer um complemento.

Os alunos necessitam de conhecimento para obter bons resultados. Nesse exemplo, o vocábulo
exerce a função de objeto direto como sendo um complemento do verbo necessitar, que, via de regra,
exige a presença de uma preposição.

Gostaria que você saciasse a minha ânsia por conhecimentos. A palavra ”conhecimento”
completa o sentido de um nome - o substantivo “ânsia”, portanto, trata-se de um complemento
nominal.
Morfossintaxe é a apreciação conjunta da classificação morfológica e da função
sintática das palavras nas orações. Trata de classe das palavras, emprego de pronomes, relação

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entre as palavras, concordância verbal e nominal, oração e período, termos da oração, classificação
de orações, vozes do verbo e colocação de pronome.
A morfologia refere-se à classe gramatical de uma palavra (nome, adjetivo, artigo, pronome,
quantificador, advérbio, preposição, conjunção, interjeição). A sintaxe refere-se à função
sintática dessas palavras, isto é, a função que exercem na oração. Morfossintaxe é o estudo da
relação entre a classe gramatical de uma palavra e sua função sintáticana oração.
Quando analisamos uma oração, considerando a relação entre a classe gramatical de uma palavra e
sua função sintática, estamos fazendo uma análise morfossintática. A MORFOSSINTAXE, portanto,
nada mais é do que a junção de uma análise morfológica com uma análise sintática.
Como fazer análise morfossintática
1. 1. Como fazer análise morfossintática?
2. 2. Dica: Seguindo 5 passos...
3. 3. Antes de tudo:
4. 4.  A primeira coisa a saber sobre a análise morfossintática é que temos o que chamamos de
termos essenciais e termos acessórios da oração;  Os termos essenciais são dois: sujeito e
predicado. Você os identifica facilmente a partir do verbo, já que é ele quem separa os dois grandes
pedaços da oração;  Normalmente, o sujeito vem antes e o verbo depois, ou seja, vem primeiro o
sujeito e depois o predicado. Dizemos que essas frases (orações) estão em sentido direto. Mas pode
acontecer de esses termos estarem invertidos, logo, essas frases estarão em sentido inverso; 
Tudo/todas as outras partes da frase que forem analisadas com mais detalhes são chamados de
termos acessórios, e pode acontecer de mais de uma palavra formar toda uma parte. Nesse caso,
sempre haverá um núcleo. Entre o que chamamos de termos acessórios, podemos citar: adjunto
adnominal, predicativo do sujeito, adjunto adverbial, objeto direto entre outros.
5. 5. Agora vamos aos cinco passos para se fazer análise morfossintática:
6. 6. Primeiro passo: Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração): Os
jovens estão mais conectados à internet hoje.
7. 7. Peraê!
8. 8. Antes você precisa relembrar algumas coisas...
9. 9. Primeiro:
10. 10. Temos as seguintes classes de palavras: substantivo adjetivo numeral pronome verbo artigo
advérbio conjunção preposição interjeição nomes conectivos variáveis Invariá- veis
11. 11. Segundo:
12. 12. Algumas classes de palavras (como as preposições e os artigos) podem se contrair ou se
combinar. Veja alguns exemplos abaixo:  Contração: por + a = pelas de + a = da de + o = do de +
um = dum de + ele = dele de + esta = desta de + isso = disso de + aqui = daqui de + aí = daí de +
outro = doutro de + um = dum com + vós = convosco de + aquele = daquele etc.  Combinação: a + o
= ao a + a = à a + aquele = àquele
13. 13. Agora sim, vamos voltar à frase exemplo:
14. 14. Primeiro passo: Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração):
Os jovens estão mais conectados à internet hoje.
15. 15. Segundo passo:  Identifique o verbo da oração, a ação (ou estado, ou fenômeno) que ele
expressa pode remeter a um agente, isto é, ao sujeito (nem sempre sujeito será o mesmo que
pessoa) da oração: Os jovens estão mais conectados à internet hoje.

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16. 16.  Se você voltar ao primeiro passo, vai perceber algumas regularidades (coisas que se
repetem) importantes. Por exemplo: a) Geralmente os substantivos são antecedidos (isto é, vêm
depois) de um artigo, não importa em como esteja sua flexão (em gênero ou número). Por esse
motivo, os artigos são conhecidos como adjuntos adnominais, isto é, estão juntos ao nome; b) Após
os substantivos geralmente aparecem os adjetivos. Em outros casos, entre eles haverá apenas um
verbo ligando-os, expressando estado ou qualidade (verbos como ser, estar, parecer, permanecer,
andar, ficar podem ser alguns desses verbos ligando o substantivo ao adjetivo). Quando isso
acontecer, esses verbos serão chamados verbos de ligação, e os adjetivos serão chamados de
predicativo do sujeito, o que significa, em outras palavras, qualidade ou estado do sujeito da frase. c)
Algumas expressões podem aparecer após o verbo para dar ênfase a algo na frase, como de
intensidade/quantidade (mais, menos, muito, pouco), modo (calmamente, furiosamente) lugar (aqui,
lá) ou tempo (hoje, ontem, agora, amanhã). Se você QUISER colocar essas palavras em qualquer
outra parte da frase, perceberá que elas não alteram seu sentido, mas estão intimamente ligadas ao
verbo. Chamamos essas palavras, por esse motivo, de advérbios.
17. 17. Terceiro passo:  Após identificar algumas funções de cada parte da frase, passemos às
demais (que estão destacas em vermelho): Os jovens estão mais conectados à internet hoje. Obs.:
você deve ter notado que o “à” antes de internet na frase é, na verdade, uma contração entre duas
palavras: o artigo a e a preposição a.
18. 18. Outra dica:
19. 19.  Você vai notar em muitas frases que, imediatamente após o verbo, podem aparecer as
seguintes palavras: a, para, de, com, em, sobre, sob, até. Sobre elas, você deve considerar o
seguinte: a) Elas são chamadas de preposições, isto significa que elas reservam ou marcam,
antecipadamente, o lugar de uma outra palavra que virá após o verbo. Se você voltar ao slide 7, vai
notar que elas recebem também o nome de conectivos. Isso explica tudo! b) Por causa da presença
ou não dessas palavras após ele, o verbo pode ser chamado de transitivo direto (quando se liga à
palavra seguinte sem precisar delas), ou indireto (quando se liga à palavra seguinte precisando do
auxílio de uma delas). c) Há casos em que o verbo pode precisar e não precisar ao mesmo tempo
delas! Por isso, são chamados de transitivos diretos e indiretos. Para exemplificar, forme uma frase
com o verbo dar e veja como as coisas ficam! d) Em outros casos, diz-se que o verbo sozinho já tem
sentido e, portanto, não precisa ser completado com qualquer outra palavra. Nesses casos, ele
dispensa as preposições e, se aparecer alguma palavra após ele, com certeza se trata de um
advérbio. Esse tipo de verbo é, por esse motivo, chamado de intransitivo. Exemplos deles são os
verbos chegar, ir, morar, viver, deitar-se, levantar-se. Lembre de frases formadas por esses verbos e
confira mesmo se o que aparece após eles são advérbios.
20. 20. Quarto passo:  Agora que você já pode identificar o tipo de verbo que é o verbo conectar,
falta dar nome ao seu complemento, isto é, à palavra que vem logo após ele. O complemento do
verbo será sempre chamado de objeto, e ele será direto ou indireto dependendo também se o verbo
for uma coisa ou outra: Os jovens estão mais conectados à internet hoje.
21. 21. Quinto passo:  Às vezes pode acontecer de a frase ser muito longa e, depois de você fazer a
análise e identificar todos os elementos possíveis (sujeito, verbo, conectivos, objeto, adjunto
adnominal, adjunto adverbial, predicativo do objeto), simplesmente “sobrarem” palavras que ficam
sem uma das classificações acima. Elas podem na verdade estar exercendo outras funções
sintáticas, como a de vocativo, aposto, complemento nominal, predicativo do objeto ou agente da
passiva;  Veremos mais sobre essas outras funções sintáticas nas próximas aulas, mas, para
aquecer tudo, vamos fazer a análise morfossintática dos dois primeiros versos do Hino Nacional.
22. 22. Recapitulando os passos: Primeiro passo: faça a classificação das classes de palavras,
identificando as contrações e combinações que houverem na frase (oração); Segundo passo: a partir
do verbo, identifique quem é o sujeito da oração. Por meio dele, você já poderá ir para o terceiro
passo; Terceiro passo: identificados o sujeito e o predicado, você agora identifica as funções
sintáticas das palavras que estão junto deles: adjunto adnominal, adjunto adverbial. Lembrando que o
verbo e o sujeito também podem ser classificados; Quarto passo: agora vamos nos concentrar
especificamente nas palavras que vêm logo após o verbo. Se o verbo não for intransitivo, elas são
chamadas de complementos verbais. Dependendo da transitividade do verbo (determinada pela
presença ou ausência de preposições), podem ser: predicativo do sujeito, objeto direto, objeto
indireto, objeto direto e indireto. Quinto passo: se “sobrarem” palavras, elas poderão ter as seguintes

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funções: predicativo do objeto, agente da passiva, complemento nominal, vocativo ou aposto. (sobre
eles aprenderemos nas próximas aulas). DICA: lembre-se de que toda função sintática tem um
núcleo, mesmo que seja apenas uma palavra. Também a frases que podem não ter sujeito, mas isso
veremos também mais à frente. Quando analisamos o que a conjunção “faz” em toda oração,
estamos em outra etapa de análise, que, igualmente, veremos mais à frente, mas, por ora, podemos
analisar o sentido que elas criam entre as partes da oração.
23. 23. Anexos
24. 24.  Palavras que podem confundir tudo...! É apenas uma questão de saber com quem elas estão
andando! a) Os adjuntos adnominais, como já vimos no slide anterior, são palavras que estão junto
ao nome, mais especificamente, ao sujeito núcleo da oração, que é sempre um substantivo. Quem
também pode ser adjunto adnominal por estar ligado ao substantivo, se vier antes dele, são os
adjetivos, artigos (como já vimos no slide anterior), numerais e pronomes. As locuções adjetivas
também podem ser adjuntos adnominais, mas se estiverem após o substantivo; b) Os complementos
nominais podem ser confundidos com o adjunto adnominal, porque podem ocupar posições parecidas
na oração, mas diferente dos adjuntos adnominais, que estão sempre ligados somente ao
substantivo, os complementos nominais são sempre palavras ligadas ou a substantivos abstratos,
adjetivos ou advérbios. Nesse caso, os complementos nominais expressam, para diferenciá- los dos
adjuntos adnominais quando estiverem ligados ao substantivo, o alvo da ação que o substantivo
expressa.
25. 25.  Conjunção: em geral são consideradas palavras vazias de significado, definidas apenas a
partir de sua função na palavra. o As conjunções não desempenham função sintática numa oração,
apenas ligam termos de mesma função ou orações de período composto. Por isso, são chamados de
conectivos; o Nos períodos compostos, as conjunções marcam as relações de coordenação ou
subordinação entre as orações de um período. Para compreender como elas marcam essas relações,
veremos mais adiante como elas “conectam” as orações coordenadas sindéticas – e expressam
relações de adição, adversidade, alternância, explicação e conclusão - e as orações subordinadas –
que podem integrar orações, especificar partes de orações (as adjetivas) ou exercer as mesmas
funções dos advérbios (adverbiais). ( (VEREMOS MAIS DETALHES SOBRE ELAS NO ESTUDO
SOBRE PERÍODO COMPOSTO)
26. 26.  Preposição: Assim como a conjunção, a preposição não desempenha função sintática, ela
apenas une os termos. Por isso também é um conectivo, sendo, assim como a conjunção,
responsável pela coesão textual. Nesse caso, ela estabelece algumas relações quando classes
gramaticais que não podem se flexionar precisam “receber” uma solução para se combinarem: Ex.:
João Carroça subst. subst. masc. fem.  No exemplo acima, João e carroça não podem se
“combinar” para estabelecerem uma relação de posse porque seus gêneros são diferentes (a flexão
não poderia mudar os gêneros, não poderíamos transformar carroça em carroço* para combinar com
o substantivo masculino João). Assim, a preposição de entra em ação para resolver esse problema,
pois não precisa se flexionar (lembre-se, é uma palavra invariável). A oração fica assim: Carroça de
João.
27. 27. Para compreender As preposições, pelo exemplo anterior, podem assumir inúmeros valores
semânticos: o lugar – Ver de perto. o origem – Ele vem de Brasília. o causa – Morreu de fome. o
assunto – Falava de futebol / Discutiam sobre futebol. o meio – Veio de trem. o posse – A casa de
Paulo está sendo reformada. o matéria – Usava um chapéu de palha. o companhia – Saiu com os
amigos. o falta ou ausência – vivia sem dinheiro. o finalidade – Discursava para convencer.
28. 28. A preposição também exerce papéis específicos na regência verbal e nominal. Ex.: Custou ao
aluno aceitar o fato. Na oração acima, o verbo custar tem o sentido de “ser difícil” e precisa da
preposição a para reger o termo seguinte (custa a alguém). Essa regência considera, na língua
coloquial, errada a oração: “O aluno custou para aceitar o fato.” Mas sobre regência, veremos esse
assunto no terceirão!
29. 29.  Para compreender (cf. Ernani Terra, 2002, p. 207) Certas palavras que se assemelham aos
advérbios não possuem, segundo a Nomeclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificação especial.
São simplesmente chamadas palavras denotativas e podem indicar, entre outras coisas: o inclusão –
até, inclusive, também, etc.: Ele também foi. o exclusão – apenas, salvo, menos, exceto, etc.: Todos,
exceto eu, foram à festa. o explicação – isto é, por exemplo, a saber, ou seja, etc.: Ele, por exemplo,

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não pôde comparecer. o retificação – aliás, ou melhor, ou seja, etc.: Amanhã, aliás, depois de
amanhã, iremos à festa. o realce – cá, lá, é que, etc.: Sei lá o que ele está fazendo agora! o situação
– afinal, agora, então, etc.: Afinal, quem está falando? o designação – eis: Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!
30. 30. Referências bibliográficas JUNIOR, Celso Ferrarezi. Sintaxe para a educação básica. São
Paulo: Contexto, 2012. SANTOS, Márcia Angélica. Aprenda análise sintática. 6 ed. São Paulo:
Saraiva, 2003. TERRA, Ernani. Curso prático de gramática para o ensino médio. São Paulo: Scipione,
2002.
31. 31. Como fazer análise morfossintática?
32. Funções morfossintáticas... Porventura, tal assunto o (a) remete a algum assunto antes visto?
Simples, não? Sim, pois o próprio nome já nos retrata pistas evidentes de que o aspecto que
prepondera nessa questão diz respeito à análise sintática e à análise morfológica, simultaneamente.
Mas, você pode não se recordar... não se preocupe, acesse o texto “Análise sintática e análise
morfológica”
33. Conceitos relembrados, não é preciso ir muito além para constatarmos que o adjetivo, em se
tratando desse caso, além de se posicionar enquanto classe gramatical, ainda desempenha funções
sintáticas distintas – as quais serão constatadas a partir de agora.
34. # Adjunto adnominal– Desempenhando tal função, o adjetivo acompanha diretamente o
substantivo de uma forma direta, sem haver intermediação do verbo. Vejamos, pois alguns exemplos:
35. - As garotas simpáticas foram recepcionar os convidados.
36. - As águas da chuva causaram danos irreparáveis.
37.
38. Constatamos que os termos em destaque, uma vez representados por um adjetivo e por uma
locução adjetiva, assumem a posição de adjunto adnominal.
39. # Predicativo do sujeito –Tal posicionamento se dá pelo fato de fazer referência ao sujeito da
oração, por intermédio ou não de um verbo de ligação. Observe os exemplos abaixo:
40. A paz é necessária.
41. Ficamos insatisfeitos.
42. Inferimos que os adjetivos “necessária” e “insatisfeitos” conferem uma qualificação ao sujeito,
atuando, portanto, como predicativo.
43. # Predicativo do objeto –A função em evidência se manifesta pelo fato de fazer referência ao
objeto, mediante um verbo transitivo, ou seja, aquele que requer um complemento. Assim, vamos
aos exemplos:
44. Conhecemos lugares fascinantes.
45. Recebemos os alunos novatos
46. “Fascinantes” e “novatos”atribuem, pois, uma qualificação aos complementos verbais – fato
que os fazem se caracterizar como predicativo do objeto.
O que são elementos morfossintáticos?
Melhor resposta: São elementos que arrumam e exprime a noção da forma, das coisas - é o
período cujo papel é transmitir idéias formadas a respeito de determinado aspecto , de um objeto, de
circustâncias ,de fases de um assunto - exemplos :

"É necessário que a escola receba apoio oficial, no sentido de promover não só aulas regulares,
como também executar estudos e pesquisas, para que produza conhecimentos e cumpra seus fins"

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"Coloquem avisos ou etiquetas de maneira que os compradores possam entender como funciona
este equipamento em baixa temperatura" ou " Equipamento em manutenção e perigoso , cuidado,
não manusear, risco de morte"
Classes de Palavras
A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do
discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são
reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio,
verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.
Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso
acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo
todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda
vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua
portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas
características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo =
forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as
relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem
influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes
gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como
também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos,
antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos
substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a
pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação
ou subordinação.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de
suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como
palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
Arquivado em: Português
Sujeito e Predicado
GRAMÁTICA
Sujeito e predicado compõem a estrutura dos enunciados. Saber identificar esses termos essenciais
da oração pode ajudar na compreensão de seu funcionamento.
Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita pelo predicado.

Predicado: é o termo da oração que, a partir de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.

Exemplo:
A pequena
criança
me contou a novidade com alegria
no olhar.

Sujeito
Predicado
Para ajudar a localizar o sujeito, há três critérios:
• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto
naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos
pronomes ele, ela, eles, elas.

Tipos de Sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer
que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.

- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do
singular.

Exemplo: Precisa-se de balconista.

* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o
sujeito classifica-se como determinado.

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.

* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as
que seguem:

Exemplos: Discutiu-se o fato.

Discordou-se do fato.

Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o
pronome se pode funcionar como:

• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;

• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.

Se – Partícula apassivadora

Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)

• Pronome se;

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;

• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Exemplo:
Contou se a história.
verbo na 3ª
pessoa
pronome
substantivo sem
preposição.
Transformação:
Foi contada a história.
voz passiva analítica (com o verbo ser)
A análise da frase anterior será então a seguinte:
Contou se a história.
Voz passiva
sintética ou
pronominal
partícula
apassivadora
sujeito
determinado
simples

Se – Índice de indeterminação do sujeito
Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:

• Verbo na terceira pessoa do singular;

• Pronome se;

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz
passiva analítica.

Exemplo:
Falou se da história.
verbo na 3ª
pessoa do
singular
pronome
substantivo com
preposição
Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:
? falou se
da
história
sujeito
indeterminado
verbo
na voz
ativa
índice de
indeterminação do
sujeito
objeto
• Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se
refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os
seguintes:

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Exemplo: Houve poucas reclamações.

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que te perdi.

- ser: na indicação de tempo e distância.

Exemplo: É dia.

- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.
Morfologia
A Morfologia é o estudo da palavra e sua função na nossa língua. Na língua portuguesa, as palavras
dividem-se nas seguintes categoras:
1. Substantivo
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. A palavra que indica o nome dos seres pertence a
uma classe chamada substantivo. O subtantivo é a palavra que dá nome ao ser.
Além de objeto, pessoa e fenômeno, o substantivo dá nome a outros seres, como: lugares,
sentimentos, qualidades, ações e etc.
1.1 Classificação do substantivo
• Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie.
• Coletivos - entre os substantivos comuns encontra-se os coletivos, que, embora no singular,
indicam uma multiplicidade de seres da mesma espécie
• Próprio - é aquele que particulariza um ser da espécie.
• Concreto - é aquele que indica seres reais ou imaginários, de existência independente de outros
seres.
• Abstrato - é aquele que indica seres dependentes de outros seres.
2. Artigo
Na frase, há muitas palavras que se relacionam ao substantivo.Uma delas é o artigo.
Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo.
2.1 Classificação do Artigo
O artigo se classifica de acordo com a idéia que atribui ao ser em relação a outros da mesma
espécie.
Definido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida: o, as, os, as.
Indefinido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida: um, uma, uns, umas.
3. Adjetivo
Outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo, é o adjetivo.
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo.
3.1 Formação do Adjetivo
Como o substantivo, o adjetivo pode ser:

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• Primitivo - é aquele que não deriva de outra palavra.
• Derivado - é aquele que deriva de outra palavra(geralmente de substantivos ou verbos).
• Simples - é aquele formado de apenas um radical.
• Composto - é aquele formado com mais de um radical.
3.2 Locução Adjetiva
Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma locução adjetiva, ou
seja, uma expressão formada com mais de uma palavra e com valor de adjetivo.
4. Numeral
Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral.
Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a idéia de número.
O numeral pode indicar:
• Quantidade - Choveu durante quatro semanas.
• Ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto.
• Multiplicação - O operário pediu o dobro do salário.
• Fração - Comeu meia maça.
4.1 Classificação do Numeral
• Cardinal - Indica uma quantidade determinada de seres.
• Ordinal - Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.
• Multiplicativo - Expressa a idéia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi
aumentada.
• Fracionário - Expressa a idéia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida.
5. Pronome
Além do artigo, adjetivo e numeral há ainda outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo: é
o pronome.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do
discurso.
As pessoas do discurso são três:
1. Primeira pessoa - a pessoa que fala.
2. Segunda pessoa - a pessoa com quem se fala.
3. Terceira pessoa - a pessoa de quem se fala.
5.1 Classificação do Pronome
Há seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e
relativos.
1. Pronomes pessoais: Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do
discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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2. Pronomes Possessivos: São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical(possuidor),
acrescentam a ela a idéia de posse de algo(coisa possuída).
3. Pronomes Demonstrativos: São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um
ser em relação às pessoas do discurso.
4. Pronomes Indefinidos: Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à Terceira pessoa do
discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada.
5. Pronomes Interrogativos: Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de
perguntas diretas ou indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso.
6. Pronomes Relativos: São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam.
6. Verbo
Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando o momento que ela
ocorre, é o verbo. Uma ação ocorrida num determinado tempo também pode constituir-se num
fenômeno da natureza expresso por um verbo.
Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo.
6.1 Conjugações do Verbo
Na língua portuguesa, três vogais antecedem o “r” na formação do infinitivo: a-e-i. Essas vogais
caracterizam a conjugação do verbo. Os verbos estão agrupados, então, em três conjugações: a
primeira conjugação (terminados em ar), a segunda conjugação(terminados em er) e a terceira
conjugação(terminados em ir).
6.2 Flexão do Verbo
O verbo é constituído, basicamente, de duas partes: radical e terminações.
As terminações do verbo variam para indicar a pessoa, o número, o tempo, o modo.
6.3 Tempo e Modo do Verbo
O fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos:
• Presente - Ele anuncia o fim da chuva.
• Passado - Ele anunciou o fim da chuva.
• Futuro - Ele anunciará o fim da chuva.
Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar:
• Fato certo - Ele partirá amanhã.
• Fato duvidoso - Se ele partisse amanhã...
• Ordem - Não partas amanhã.
As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos verbais. São portanto três
modos verbais: Indicativo(fato certo), Subjuntivo(fato duvidoso), Imperativo(ordem).
6.4 Vozes do Verbo
Voz é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. São três as
vozes verbais:
• Ativa - o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação.
• Passiva - o sujeito é paciente, isto é, sofre a ação expressa pelo verbo.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• Reflexiva - o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação verbal, isto é, pratica e sofre a
ação expressa pelo verbo
6.5 Locução Verbal
Uma locução verbal é o conjunto de dois verbos seguidos em uma oração, que representam apenas
uma ação. Por exemplo:
• O astronauta irá iniciar o procedimento para caminhada espacial.
7. Advérbio
Há palavras que são usadas para indicar as circunstâncias em que ocorre a ação verbal: são os
advérbios.
Advérbio é a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
7.1 Classificação do advérbio
De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de:
• Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois)
• Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além)
• Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar)
• Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente)
• Negação (não, absolutamente, tampouco)
• Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente)
• Intensidade (muito, pouco, mais, bastante)
7.2 Locução Adverbial
É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
7.3 Advérbios Interrogativos
São advérbios interrogativos: quando(de tempo), como(de modo), onde(de lugar), por que(causa).
Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas.
8. Preposição
Há palavras que, na frase, são usadas como elementos de ligação: uma delas é a preposição.
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos.
Nessa ligação entre os dois termos, cria-se uma relação de subordinação em que o segundo termo
se subordina ao primeiro.
8.1 Locução Prepositiva
É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma preposição.
9. Conjunção
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.
Conjunção é a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
9.1 Classificação das conjunções
As conjunções podem ser coordenativas e subordinativas.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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10. Interjeição
Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções. Essas palavras são as interjeições.
Interjeição é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento.
10.1 Classificação de interjeição
As interjeições classificam-se segundo as emoções ou sentimentos que exprimem:
• Aclamação: Viva!
• Advertência: Atenção!
• Agradecimento: Grato!
• Afugentamento: Arreda!
• Alegria: Ah!
• Animação: Coragem!
• Pena: Oh!
10.2 Locução Interjetiva
São duas ou mais palavras com valor de interjeição.
A) Ortografia
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita
está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos
(ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma
convenção.
A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em
que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar
o dicionário sempre que houver dúvida.
Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na
Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra
derivada.
Ç
01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os
substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando
se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo).

Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a
palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç.
Exemplos:
• erudito = erudição
• exceto = exceção
• setor = seção
• intuitivo = intuição
• redator = redação
• ereto = ereção

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• educar - r + ção = educação
• exportar - r + ção = exportação
• repartir - r + ção = repartição
02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.
Exemplos:
• manter = manutenção
• reter = retenção
• deter = detenção
• conter = contenção
03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.
Exemplos:
• alcance = alcançar
• lance = lançar
S
01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir
Exemplos:
• pretender = pretensão
• defender = defesa, defensivo
• despender = despesa
• compreender = compreensão
• fundir = fusão
• expandir = expansão
02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
Exemplos:
• perverter = perversão
• converter = conversão
• reverter = reversão
• divertir = diversão
• aspergir = aspersão
• imergir = imersão
03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas
palavras derivadas de verbos terminados em -correr.
Exemplos:
• expelir = expulsão
• impelir = impulso

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• compelir = compulsório
• concorrer = concurso
• discorrer = discurso
• percorrer = percurso
04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo.
Exemplos:
• gostosa
• glamorosa
• saboroso
• horroroso
05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de
gaze e deslize.
Exemplos:
• fase
• crase
• tese
• osmose
06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa.
Exemplos:
• poetisa
• profetisa
• Heloísa
• Marisa
07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar.
Exemplos:
• Eu pus
• Ele quis
• Nós usamos
• Eles quiseram
• Quando nós quisermos
• Se eles usassem
Ç ou S?
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando
houver som de z.
Exemplos:
• eleição

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• traição
• Neusa
• coisa
S ou Z?
01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades,
títulos ou nomes próprios.
Exemplos:
• português
• norueguesa
• marquês
• duquesa
• Inês
• Teresa
b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm
de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade.
Exemplos:
• embriaguez
• limpeza
• lucidez
• nobreza
• acidez
• pobreza
02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -
s-.
Exemplos:
• análise = analisar
• pesquisa = pesquisar
• paralisia = paralisar
b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-.
Exemplos:
• economia = economizar
• terror = aterrorizar
• frágil = fragilizar
Cuidado:
• catequese = catequizar
• síntese = sintetizar

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• hipnose = hipnotizar
• batismo = batizar
03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva
já possuir o -s- no final do radical.
Exemplos:
• casinha
• asinha
• portuguesinho
• camponesinha
• Teresinha
• Inesita
b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não
possuir -s- no final do radical.
Exemplos:
• mulherzinha
• arvorezinha
• alemãozinho
• aviãozinho
• pincelzinho
• corzinha
SS
01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder.
Exemplos:
• anteceder = antecessor
• exceder = excesso
• conceder = concessão
02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir.
Exemplos:
• imprimir = impressão
• comprimir = compressa
• deprimir = depressivo
03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir.
Exemplos:
• agredir = agressão
• progredir = progresso
• transgredir = transgressor

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter.
Exemplos:
• comprometer = compromisso
• intrometer = intromissão
• prometer = promessa
• remeter = remessa
ÇS ou SS
Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados
em -tir.
Exemplo:
• curtir - r + ção = curtição
02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for
consoante.
Exemplo:
• divertir - tir + são = diversão
03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.
Exemplo:
• discutir - tir + ssão = discussão
J
01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• trajar = traje, eu trajei.
• encorajar = que eles encorajem
• viajar = que eles viajem
02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.
Exemplos:
• loja = lojista
• gorja = gorjeta
• canja = canjica
03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular.
Exemplos:
• jeca
• jibóia
• jiló
• pajé
G

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Exemplos:
• pedágio
• colégio
• sacrilégio
• prestígio
• relógio
• refúgio
02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem
e a conjugação dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• a viagem
• a coragem
• a personagem
• a vernissagem
• a ferrugem
• a penugem
X
01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha.
Exemplos:
• mexilhão
• mexer
• mexerica
• México
• mexerico
• mexido
02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos
iniciados por ch- e da palavra enchova.
Exemplos:
• enxada
• enxerto
• enxerido
• enxurrada
mas:
• cheio = encher, enchente

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• charco = encharcar
• chiqueiro = enchiqueirar
03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.
Exemplos:
• ameixa
• deixar
• queixa
• feixe
• peixe
• gueixa
UIR e OER
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo
escritas com -i-.
Exemplos:
• tu possuis
• ele possui
• tu constróis
• ele constrói
• tu móis
• ele mói
• tu róis
• ele rói
UAR e OAR
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritasom -
e-.
Exemplos:
• Que eu efetue
• Que tu efetues
• Que ele atenue
• Que nós atenuemos
• Que vós entoeis
• Que eles entoem
B)Acentuação gráfica
Classificação das palavras quanto ao número de sílabas

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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1) Monossílabos (mono=um) - Tem apenas uma sílaba
Ex: PÉ, PÓ, SAL, RÉU e PNEU
2) Dissílabos (di=duas) - Possui duas sílabas
Ex: RU-A e CA-SA
3) Trissílabos (tri=três) - Possui três sílabas
Ex: CA-VEI-RA e RE-LÓ-GIO
4) Polissílabos (poli=várias) - Possui quatro ou mais sílabas
Ex: IN-TE-LI-GÊN-CIA e IN-TE-GRI-DA-DE
Classificação das palavras quanto a sua tonicidade
1) Sílaba Tônica - É aquela que possui maior intensidade no momento da pronúncia.
Ex: CA-FÉ e VÍ-RUS
2) Sílaba Átona - É aquela que possui menor intensidade no momento da pronúncia.
Ex: LÁ-PIS e BO-NÉ
3) Subtônica - É aquela que possui intensidade intermediária, não tão forte e nem tão fraca.
Ex: SOZINHO: SO (Subtônica) ZI (tônica) NHO (átona)

OBS: É importante saber que o acento prosódico, ou tônico, é o timbre mais forte na pronúncia,
enquanto que o acento gráfico é utilizado na escrita.
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica
1) Proparoxítonas - A sílaba tônica é a antepenúltima da palavra
Ex: MATEMÁ-TI-CA
2) Paroxítonas - A sílaba tônica é a penúltima da palavra
Ex: CARÁ-TER
3) Oxítonas - A sílaba tônica é a ultima da palavra
Ex: CA-FÉ
Regras da Acentuação Gráfica
Acentuação gráfica das palavras oxítonas
1) Acentuam-se com acento agudo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas -a, -e ou -o, seguidas
ou não de -s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s,), dominó(s), paletó(s,), só(s).
Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente
provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora
como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê,
canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guichê ou guichê, matiné ou matinê, nené ou
nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê. O mesmo se verifica com formas como cocó e
cocô, ré (letra do alfabeto grego) e ré. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e
metrô, a par de metro.

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a
terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais
grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s) ou dá(s)-la(s)),
fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-às (de far-lo(s)-ás), habita-la(s)-iam (de habitar-la(s)-iam), tra-la(s)-á (de
trar-la(s)-á).

c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal (presente do indicativo
etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns,
também.

d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados –éi, éu ou ói, podendo estes dois últimos
ser seguidos ou não de –s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de
correr), herói(s), remói (de remoer), sóis.

2) Acentuam-se com acento circunflexo:

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o,
seguidas ou não de –s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de
pôr), robô(s).

b) As formas verbais oxítonas, quando conjulgadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a
terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, após a assimilação e perda
das consoantes finais grafadas –r, -s ou –z: detê-lo(s) (de deter-lo-(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-
lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-
la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).

3º) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas
heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor;
colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da
preposição por.

Acentuação gráfica das palavras paroxítonas

1º) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa,
Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente,
moçambicano

2º) Recebem, no entanto, acento agudo:

a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e,
o e ainda i ou u e que terminam em –l, -n, -r, -x e –ps, assim como, salvo raras exceções, as
respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis),
Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), réptil (pl. répteis; var. reptil, pl. reptis);
cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden
(pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lúmens); acúcar (pl. açúcares),
almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou
caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices, índex (pl. índex; var.
índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite,
pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes).
Obs.: Poucas palavras deste tipo, com a vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba,
seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias
cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e
sêmen, xénon e xênon; fêmure fémur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix.

b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e,
o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão
(pl. acórdãos), órgão (pl. órgãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis),
amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amaveis (id.),
cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg.
e pl.), júri (di. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (di. álbuns), fórum (di. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg.
e pl.).
Obs.: Poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba,
seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias
cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei
e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus
e Vênus.

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das
palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na
sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico,
epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia,
hoia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo comboiar), dezoito,
estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.

4º) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito per¬feito do indicativo, do

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo
(amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas
variantes do português.

5º) Recebem acento circunflexo:
a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e,
o e que terminam em -l, -n, -r, ou -x, assim como as respetivas formas do plural, algumas das quais
se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var.
cânone (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares),
Câncer, Tânger; bômbax(sg. e pl.), bômbix, var. bômbice (pl. bômbices).

b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e,
o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: bênção(s), côvão(s), Estêvão, zângão(s); devêreis (de
dever), escrevêsseis (de escrever) ,fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl.
de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.

c) As formas verbais têm e vêm, 3ªs pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são
foneticamente paroxítonas (respetivamente / tãjãj /, / vãjãj / ou / têêj /, / vêêj / ou ainda / têjêj /, / vêjêj
/; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem, a fim de se distinguirem de tem e vem, 3ªs pessoas do
singular do presente do indicativo ou 2ªs pessoas do singular do imperativo; e também as
correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf.
contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detem), entretem (cf.
entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém),
sobrevêm (cf. sobrevém).
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem,
etc.

6º) Assinalam-se com acento circunflexo:

a) Obrigatoriamente, pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), no que se
distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode).

b) Facultativamente, dêmos (1ª pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da
correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de
forma (substantivo; 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ªpessoa do singular do
imperativo do verbo formar).

7º) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico
oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do
conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem,
redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.

8º) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tonica fechada com a
grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de
povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc.

9º) Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que,
tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas.
Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição;
pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de
pelar, pelo(s) (é), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s),
combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.

10º) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas
heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo, e acerto (é,), flexão de acertar; acordo
(ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da
locução prepositiva cerca de, e cerca (é,), flexão de cercar; coro (ó), substantivo, e flexão de corar;
deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô),
flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó),
flexão de pilotar, etc.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas

1º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo
quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam
sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí, atraí (de
atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraiam (de
atrair), atraísse (id.) baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, influíste (de
influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.

2º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento
agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a
consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, Raul;
Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; atrair, demiurgo, influir, influirmos;
juiz, raiz; etc.

3º) Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tónica/tônica grafada i das
formas oxítonas terminadas em r dos verbos em -air e -uir, quando estas se combinam com as formas
pronominais clíticas -lo(s), -la(s), que levam à assimilação e perda daquele -r: atraí-lo(s,) (de atrair-
lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-la(s)); possuí-la(s)-ia (de possuir-la(s) -
ia).

4º) Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas,
quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio),
saiinha (de saia).

5º) Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando, precedidas de
ditongo, pertencem a palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús,
tuiuiú, tuiuiús.
Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispensam o acento agudo:
cauim.

6º) Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, quando precedidos
de vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul).

7º) Os verbos aguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas
formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, arguem; argua, arguas, argua, arguam. Os verbos
do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir e afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas
igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de averiguo, averiguas, averigua,
averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam;
enxague, enxagues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem; mas
delinquimos, delin quis) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas fónica/fônica e
graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua, averíguam;
averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue,
enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas,
delínqua, delínquam).
Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registe-se que os verbos em -ingir (atingir, cingir,
constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em -inguir sem prolação do u (distinguir, extinguir, etc.)
têm grafias absolutamente regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos, etc.; distingo, distinga, distingue,
distinguimos, etc.).

Acentuação gráfica das palavras proparoxítonas

1º) Levam acento agudo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a,
e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido,
exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais
abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por
seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes
(-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie,
série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.

2º) Levam acento circunflexo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com
a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico,
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego,
nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba
tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente
consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.

3º) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas
vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais
grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas
da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/
fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio,
blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.
Elementos morfossintáticos do texto
Durante toda nossa trajetória enquanto seres aprendizes, passamos por determinadas etapas que
norteiam a prática da educação formal.

No que se restringe às disciplinas da grade curricular, mais especificamente à Língua Portuguesa,
apreendemos os conteúdos direcionados a cada série de uma forma específica. Como por exemplo,
no 6º ano estudamos todas as classes gramaticais, e nos anos seguintes, a ênfase é para a sintaxe e
toda a sua complexidade de temas.
Quando adentramos no ensino médio, começa uma fase revisional de tudo aquilo que já travamos
contato durante as séries anteriores.

E é justamente nesse período que nos deparamos com a chamada Morfossintaxe.Ela nada mais é,
que a junção da Morfologia, a qual estuda as palavras de acordo com sua classe gramatical, e
a Sintaxe, onde o estudo centra-se na posição desempenhada pelas palavras em meio ao contexto
linguístico.

Diante disso, torna-se essencial nos inteirarmos completamente sobre o assunto, pois o mesmo é
muito requisitado em provas de vestibulares e concursos de uma forma geral.

Ao falarmos sobre morfossintaxe, devemos levar em consideração que uma mesma palavra
analisada sob a ótica morfológica pode assumir diversificadas funções quando analisada de acordo
com a sintaxe.

Com o objetivo de assimilarmos nossos conhecimentos de uma forma mais contundente,
analisaremos as seguintes orações:

O conhecimento é essencial a todos.

Logo, analisando o vocábulo “conhecimento” de acordo com a classe morfológica, estamos diante de
um substantivo abstrato.

Sintaticamente, o mesmo poderá exercer papéis divergentes. Observe:

Nessa oração ele é sujeito simples, por tratar-se de apenas um núcleo.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Já em:

Devemos priorizar o conhecimento, a palavra “conhecimento” funciona como objeto direto, pois o
verbo priorizar é transitivo, e, consequentemente, requer um complemento.

Os alunos necessitam de conhecimento para obter bons resultados. Nesse exemplo, o vocábulo
exerce a função de objeto direto como sendo um complemento do verbo necessitar, que, via de regra,
exige a presença de uma preposição.

Gostaria que você saciasse a minha ânsia por conhecimentos. A palavra ”conhecimento” completa o
sentido de um nome - o substantivo “ânsia”, portanto, trata-se de um complemento nominal.
A) Termos essenciais da oração
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno desses dois elementos que
as orações são estruturadas.
O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da oração, o sujeito é o
elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por sua vez, o predicado é tudo aquilo que se
diz sobre o sujeito.
Para fixar!
Sujeito = o ser sobre o qual se declara alguma coisa.
Predicado = o que se declara sobre o sujeito.
Na oração, sujeito e predicado funcionam assim:
Exemplo 1:
• As ruas são intransitáveis.
• Sujeito: as ruas
• Verbo: são
• Predicado: são intransitáveis (este é um predicado nominal e abaixo você vai entender o porquê!)
Exemplo 2:
• Os alunos chegaram atrasados novamente.
• Sujeito: os alunos
• Verbo: chegaram
• Predicado: chegaram atrasados novamente
Sujeito
Núcleo do sujeito
Núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujeito. Quando o sujeito é
formado por mais de uma palavra, há sempre uma com maior importância semântica.
Exemplo:
• O garoto logo percebeu a festa que o esperava.
• Sujeito: O garoto
• Núcleo do sujeito: garoto

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• Predicado: logo percebeu a festa que o esperava
O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo, numeral substantivo ou
qualquer palavra substantivada.
Exemplo de substantivo:
A casa foi fechada para reforma.
Sujeito: A casa
Núcleo do sujeito: casa
Predicado: foi fechada para reforma.
Exemplo de pronome substantivo:
Eles não gostam de carne vermelha.
Sujeito: Eles
Núcleo do sujeito: Eles
Predicado: não gostam de carne vermelha.
Exemplo de numeral substantivo:
Três excede.
Sujeito: Três
Núcleo do sujeito: Três
Predicado: excede.
Exemplo de palavra substantivada:
Um oi foi expresso rapidamente.
Sujeito: Um oi
Núcleo do sujeito: oi
Predicado: foi expresso rapidamente.
Tipos de sujeito
O sujeito pode ser determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou inexistente.
Sujeito simples

Quando possui um só núcleo. Ocorre quando o verbo se refere a um só substantivo ou um só
pronome, ou um só numeral, ou a uma só palavra substantivada.
Exemplo:
O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.
Sujeito: O desenho em nanquim
Núcleo: desenho
Predicado: será sempre uma expressão admirada.
Sujeito composto
Com mais de um núcleo. As orações com sujeito composto são compostas por mais de um pronome,
mais de um numeral, mais de uma palavra ou expressão substantivada ou mais de uma oração
substantivada.
Exemplo:
Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.
Sujeito: Cristina, Marina e Bianca
Núcleo: Cristina, Marina, Bianca
Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Sujeito oculto
Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado pela
desinência verbal ou pelo período contíguo.
Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.
Exemplo:
Estávamos à espera do ônibus.
Sujeito oculto: nós
Desinência verbal: estávamos
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento identificado de maneira clara. É
observado em três casos:
• quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita identificar o sujeito;
• quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome (se);
• quando o verbo está no infinitivo pessoal.
Sujeito inexistente
A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado está centrada em um
verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e verbo.Exemplo:
Choveu muito em Manaus.
Predicado: Choveu muito em Manaus
Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado Verbal
O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido em
um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransitivo. Nesse caso, a informação sobre o
sujeito está contida nos verbos.
Exemplo:
O entregador chegou.
Predicado verbal: chegou.
Predicado Nominal
O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito.
Exemplo:
O entregador está atrasado.
Predicado nominal: está atrasado.
Predicado Verbo-nominal
O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou intransitivo + o predicativo
do sujeito ou predicativo do objeto.
Exemplo:

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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A menina chegou ofegante à ginástica.
Sujeito: A menina
Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à ginástica.
B) Regências verbal e nominal
Regência verbal
Chamamos de regência verbal a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Os verbos
podem ser intransitivos e transitivos.

Os verbos intransitivos não exigem complemento. Isso acontece porque são verbos que fazem
sentido por si só, ou seja, possuem sentido completo. Em alguns casos, eles são acompanhados por
adjuntos adverbiais, elementos que não podem ser considerados como objetos. O adjunto adverbial é
um termo acessório da oração cuja função é modificar um verbo, um adjetivo ou um advérbio,
indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade etc.). Sendo um termo acessório, pode
ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática. Veja alguns exemplos:
Choveu muito ontem.
↓ ↓
verbo impessoal adjunto adverbial de intensidade e de tempo
(intransitivo)
Chegamos no voo das onze horas.
↓ ↓
verbo intransitivo adjunto adverbial de meio e de tempo
Verbos transitivos diretos
Chamamos de verbos transitivos aqueles que precisam de um complemento, uma vez que não
possuem sentido quando sozinhos. Eles podem ser transitivos diretos e indiretos. Os transitivos
diretos são acompanhados por objetos diretos e não exigem preposição para o correto
estabelecimento da relação de regência. Veja os exemplos:
Quero bolo!
↓ ↓
verbo transitivo direto objeto direto
Amo aquele rapaz.
↓ ↓
verbo transitivo direto objeto direto
Para facilitar o reconhecimento dos verbos transitivos diretos, você poderá fazer algumas perguntas
para eles (quero o quê/quero quem? Amo o quê/amo quem?). As respostas serão os objetos diretos.
Verbos transitivos indiretos
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos, isto é, exigem uma
preposição para o estabelecimento da relação de regência. Veja:
preposição 'de' + artigo 'a' = da

Gostamos da prova.
↓ ↓
verbo transitivo indireto objeto indireto
Outro exemplo:
preposição + artigo = às

Respondi às questões.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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↓ ↓
verbo transitivo indireto objeto indireto
Você também pode fazer perguntas para o verbo para assim identificar se ele é ou não transitivo
indireto (gostaram de quê/gostaram de quem? Respondeu a quê/respondeu a quem?). Note que, ao
fazer a pergunta com o uso de uma preposição, o objeto responderá também com uma preposição
(gostamos da prova/ respondi às questões).
Verbos transitivos diretos e indiretos
Antigamente, os verbos transitivos diretos e indiretos eram chamados de bitransitivos. Essa
nomenclatura, entretanto, não é mais utilizada. São verbos acompanhados de um objeto direto e um
objeto indireto. Observe:
a (preposição) + os = aos

Agradeço aos ouvintes a audiência.
↓ ↓ ↓
verbo transitivo direto e indireto Objeto indireto objeto direto ('a' é artigo)
Quem agradece, agradece a alguém algo.
Outro exemplo:
preposição + artigo = à

Entreguei a flor à professora.
↓ ↓ ↓
verbo transitivo direto e indireto Objeto direto objeto indireto
Regência nominal
Chamamos de regência nominal o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma
preposição. Veja alguns exemplos (vale lembrar que existem muitos outros):
Substantivos:
Admiração a/por
Devoção a/ para/ com/ por
Medo de
Respeito a/ com/ para com/ por
Adjetivos:
Necessário a
Acostumado a/com
Nocivo a
Agradável a
Equivalente a
Advérbios:
Longe de/ Perto de
Obs.: Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são
formados:
Paralela a; paralelamente a
Relativa a; relativamente a
Morfologia

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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A Morfologia é o estudo da palavra e sua função na nossa língua. Na língua portuguesa, as palavras
dividem-se nas seguintes categoras:
1. Substantivo
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. A palavra que indica o nome dos seres pertence a
uma classe chamada substantivo. O subtantivo é a palavra que dá nome ao ser.
Além de objeto, pessoa e fenômeno, o substantivo dá nome a outros seres, como: lugares,
sentimentos, qualidades, ações e etc.
1.1 Classificação do substantivo
• Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie.
• Coletivos - entre os substantivos comuns encontra-se os coletivos, que, embora no singular,
indicam uma multiplicidade de seres da mesma espécie
• Próprio - é aquele que particulariza um ser da espécie.
• Concreto - é aquele que indica seres reais ou imaginários, de existência independente de outros
seres.
• Abstrato - é aquele que indica seres dependentes de outros seres.
2. Artigo
Na frase, há muitas palavras que se relacionam ao substantivo.Uma delas é o artigo.
Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo.
2.1 Classificação do Artigo
O artigo se classifica de acordo com a idéia que atribui ao ser em relação a outros da mesma
espécie.

Definido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida: o, as, os, as.
Indefinido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida: um, uma, uns, umas.
3. Adjetivo
Outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo, é o adjetivo.
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo.
3.1 Formação do Adjetivo
Como o substantivo, o adjetivo pode ser:
• Primitivo - é aquele que não deriva de outra palavra.
• Derivado - é aquele que deriva de outra palavra(geralmente de substantivos ou verbos).
• Simples - é aquele formado de apenas um radical.
• Composto - é aquele formado com mais de um radical.
3.2 Locução Adjetiva
Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma locução adjetiva, ou
seja, uma expressão formada com mais de uma palavra e com valor de adjetivo.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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4. Numeral
Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral.
Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a idéia de número.
O numeral pode indicar:
• Quantidade - Choveu durante quatro semanas.
• Ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto.
• Multiplicação - O operário pediu o dobro do salário.
• Fração - Comeu meia maça.
4.1 Classificação do Numeral
• Cardinal - Indica uma quantidade determinada de seres.
• Ordinal - Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.
• Multiplicativo - Expressa a idéia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi
aumentada.
• Fracionário - Expressa a idéia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida.
5. Pronome
Além do artigo, adjetivo e numeral há ainda outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo: é
o pronome.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do
discurso.
As pessoas do discurso são três:
4. Primeira pessoa - a pessoa que fala.
5. Segunda pessoa - a pessoa com quem se fala.
6. Terceira pessoa - a pessoa de quem se fala.
5.1 Classificação do Pronome
Há seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e
relativos.
7. Pronomes pessoais: Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do
discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento.
8. Pronomes Possessivos: São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical(possuidor),
acrescentam a ela a idéia de posse de algo(coisa possuída).
9. Pronomes Demonstrativos: São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um
ser em relação às pessoas do discurso.
10. Pronomes Indefinidos: Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à Terceira pessoa do
discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada.
11. Pronomes Interrogativos: Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de
perguntas diretas ou indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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12. Pronomes Relativos: São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam.
6. Verbo
Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando o momento que ela
ocorre, é o verbo. Uma ação ocorrida num determinado tempo também pode constituir-se num
fenômeno da natureza expresso por um verbo.
Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo.
6.1 Conjugações do Verbo
Na língua portuguesa, três vogais antecedem o “r” na formação do infinitivo: a-e-i. Essas vogais
caracterizam a conjugação do verbo. Os verbos estão agrupados, então, em três conjugações: a
primeira conjugação(terminados em ar), a segunda conjugação(terminados em er) e a terceira
conjugação(terminados em ir).
6.2 Flexão do Verbo
O verbo é constituído, basicamente, de duas partes: radical e terminações.
As terminações do verbo variam para indicar a pessoa, o número, o tempo, o modo.
6.3 Tempo e Modo do Verbo
O fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos:
• Presente - Ele anuncia o fim da chuva.
• Passado - Ele anunciou o fim da chuva.
• Futuro - Ele anunciará o fim da chuva.
Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar:
• Fato certo - Ele partirá amanhã.
• Fato duvidoso - Se ele partisse amanhã...
• Ordem - Não partas amanhã.
As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos verbais. São portanto três
modos verbais: Indicativo(fato certo), Subjuntivo(fato duvidoso), Imperativo(ordem).
6.4 Vozes do Verbo
Voz é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. São três as
vozes verbais:
• Ativa - o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação.
• Passiva - o sujeito é paciente, isto é, sofre a ação expressa pelo verbo.
• Reflexiva - o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação verbal, isto é, pratica e sofre a
ação expressa pelo verbo
6.5 Locução Verbal
Uma locução verbal é o conjunto de dois verbos seguidos em uma oração, que representam apenas
uma ação. Por exemplo:
• O astronauta irá iniciar o procedimento para caminhada espacial.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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7. Advérbio
Há palavras que são usadas para indicar as circunstâncias em que ocorre a ação verbal: são os
advérbios.
Advérbio é a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
7.1 Classificação do advérbio
De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de:
• Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois)
• Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além)
• Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar)
• Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente)
• Negação (não, absolutamente, tampouco)
• Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente)
• Intensidade (muito, pouco, mais, bastante)
7.2 Locução Adverbial
É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
7.3 Advérbios Interrogativos
São advérbios interrogativos: quando(de tempo), como(de modo), onde(de lugar), por que(causa).
Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas.
8. Preposição
Há palavras que, na frase, são usadas como elementos de ligação: uma delas é a preposição.
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos.
Nessa ligação entre os dois termos, cria-se uma relação de subordinação em que o segundo termo
se subordina ao primeiro.
8.1 Locução Prepositiva
É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma preposição.
9. Conjunção
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.
Conjunção é a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
9.1 Classificação das conjunções
As conjunções podem ser coordenativas e subordinativas.
10. Interjeição
Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções. Essas palavras são as interjeições.
Interjeição é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento.
10.1 Classificação de interjeição
As interjeições classificam-se segundo as emoções ou sentimentos que exprimem:
• Aclamação: Viva!

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• Advertência: Atenção!
• Agradecimento: Grato!
• Afugentamento: Arreda!
• Alegria: Ah!
• Animação: Coragem!
• Pena: Oh!
10.2 Locução Interjetiva
São duas ou mais palavras com valor de interjeição.
B) Ortografia
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita
está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos
(ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma
convenção.
A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em
que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar
o dicionário sempre que houver dúvida.
Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na
Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra
derivada.
Ç
01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os
substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando
se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo).
Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a
palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç.
Exemplos:
• erudito = erudição
• exceto = exceção
• setor = seção
• intuitivo = intuição
• redator = redação
• ereto = ereção
• educar - r + ção = educação
• exportar - r + ção = exportação
• repartir - r + ção = repartição
02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.
Exemplos:
• manter = manutenção

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• reter = retenção
• deter = detenção
• conter = contenção
03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.
Exemplos:
• alcance = alcançar
• lance = lançar
S
01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir
Exemplos:
• pretender = pretensão
• defender = defesa, defensivo
• despender = despesa
• compreender = compreensão
• fundir = fusão
• expandir = expansão
02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
Exemplos:
• perverter = perversão
• converter = conversão
• reverter = reversão
• divertir = diversão
• aspergir = aspersão
• imergir = imersão
03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas
palavras derivadas de verbos terminados em -correr.
Exemplos:
• expelir = expulsão
• impelir = impulso
• compelir = compulsório
• concorrer = concurso
• discorrer = discurso
• percorrer = percurso
04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo.
Exemplos:

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• gostosa
• glamorosa
• saboroso
• horroroso
05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de
gaze e deslize.
Exemplos:
• fase
• crase
• tese
• osmose
06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa.
Exemplos:
• poetisa
• profetisa
• Heloísa
• Marisa
07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar.
Exemplos:
• Eu pus
• Ele quis
• Nós usamos
• Eles quiseram
• Quando nós quisermos
• Se eles usassem
Ç ou S?
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando
houver som de z.
Exemplos:
• eleição
• traição
• Neusa
• coisa
S ou Z?

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades,
títulos ou nomes próprios.
Exemplos:
• português
• norueguesa
• marquês
• duquesa
• Inês
• Teresa
b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm
de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade.
Exemplos:
• embriaguez
• limpeza
• lucidez
• nobreza
• acidez
• pobreza
02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -
s-.
Exemplos:
• análise = analisar
• pesquisa = pesquisar
• paralisia = paralisar
b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-.
Exemplos:
• economia = economizar
• terror = aterrorizar
• frágil = fragilizar
Cuidado:
• catequese = catequizar
• síntese = sintetizar
• hipnose = hipnotizar
• batismo = batizar
03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva
já possuir o -s- no final do radical.
Exemplos:

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• casinha
• asinha
• portuguesinho
• camponesinha
• Teresinha
• Inesita
b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não
possuir -s- no final do radical.
Exemplos:
• mulherzinha
• arvorezinha
• alemãozinho
• aviãozinho
• pincelzinho
• corzinha
SS
01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder.
Exemplos:
• anteceder = antecessor
• exceder = excesso
• conceder = concessão
02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir.
Exemplos:
• imprimir = impressão
• comprimir = compressa
• deprimir = depressivo
03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir.
Exemplos:
• agredir = agressão
• progredir = progresso
• transgredir = transgressor
04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter.
Exemplos:
• comprometer = compromisso
• intrometer = intromissão

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• prometer = promessa
• remeter = remessa
ÇS ou SS
Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados
em -tir.
Exemplo:
• curtir - r + ção = curtição
02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for
consoante.
Exemplo:
• divertir - tir + são = diversão
03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.
Exemplo:
• discutir - tir + ssão = discussão
J
01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• trajar = traje, eu trajei.
• encorajar = que eles encorajem
• viajar = que eles viajem
02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.
Exemplos:
• loja = lojista
• gorja = gorjeta
• canja = canjica
03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular.
Exemplos:
• jeca
• jibóia
• jiló
• pajé
G
01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Exemplos:
• pedágio
• colégio

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• sacrilégio
• prestígio
• relógio
• refúgio
02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem
e a conjugação dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• a viagem
• a coragem
• a personagem
• a vernissagem
• a ferrugem
• a penugem
X
01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha.
Exemplos:
• mexilhão
• mexer
• mexerica
• México
• mexerico
• mexido
02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos
iniciados por ch- e da palavra enchova.
Exemplos:
• enxada
• enxerto
• enxerido
• enxurrada
mas:
• cheio = encher, enchente
• charco = encharcar
• chiqueiro = enchiqueirar
03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.
Exemplos:

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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• ameixa
• deixar
• queixa
• feixe
• peixe
• gueixa
UIR e OER
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo
escritas com -i-.
Exemplos:
• tu possuis
• ele possui
• tu constróis
• ele constrói
• tu móis
• ele mói
• tu róis
• ele rói
UAR e OAR
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritasom -
e-.
Exemplos:
• Que eu efetue
• Que tu efetues
• Que ele atenue
• Que nós atenuemos
• Que vós entoeis
• Que eles entoem
B) Acentuação gráfica
Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
1) Monossílabos (mono=um) - Tem apenas uma sílaba
Ex: PÉ, PÓ, SAL, RÉU e PNEU
2) Dissílabos (di=duas) - Possui duas sílabas
Ex: RU-A e CA-SA
3) Trissílabos (tri=três) - Possui três sílabas
Ex: CA-VEI-RA e RE-LÓ-GIO
4) Polissílabos (poli=várias) - Possui quatro ou mais sílabas
Ex: IN-TE-LI-GÊN-CIA e IN-TE-GRI-DA-DE

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Classificação das palavras quanto a sua tonicidade
1) Sílaba Tônica - É aquela que possui maior intensidade no momento da pronúncia.
Ex: CA-FÉ e VÍ-RUS
2) Sílaba Átona - É aquela que possui menor intensidade no momento da pronúncia.
Ex: LÁ-PIS e BO-NÉ
3) Subtônica - É aquela que possui intensidade intermediária, não tão forte e nem tão fraca.
Ex: SOZINHO: SO (Subtônica) ZI (tônica) NHO (átona)

OBS: É importante saber que o acento prosódico, ou tônico, é o timbre mais forte na pronúncia,
enquanto que o acento gráfico é utilizado na escrita.
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica
1) Proparoxítonas - A sílaba tônica é a antepenúltima da palavra
Ex: MATEMÁ-TI-CA
2) Paroxítonas - A sílaba tônica é a penúltima da palavra
Ex: CARÁ-TER
3) Oxítonas - A sílaba tônica é a ultima da palavra
Ex: CA-FÉ
Regras da Acentuação Gráfica
Acentuação gráfica das palavras oxítonas
1) Acentuam-se com acento agudo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas -a, -e ou -o, seguidas
ou não de -s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s,), dominó(s), paletó(s,), só(s).
Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente
provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora
como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê,
canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guichê ou guichê, matiné ou matinê, nené ou
nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê. O mesmo se verifica com formas como cocó e
cocô, ré (letra do alfabeto grego) e ré. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e
metrô, a par de metro.

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a
terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais
grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s) ou dá(s)-la(s)),
fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-às (de far-lo(s)-ás), habita-la(s)-iam (de habitar-la(s)-iam), tra-la(s)-á (de
trar-la(s)-á).

c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal (presente do indicativo
etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns,
também.

d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados –éi, éu ou ói, podendo estes dois últimos
ser seguidos ou não de –s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de
correr), herói(s), remói (de remoer), sóis.

2) Acentuam-se com acento circunflexo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o,
seguidas ou não de –s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de
pôr), robô(s).

b) As formas verbais oxítonas, quando conjulgadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a
terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, após a assimilação e perda
das consoantes finais grafadas –r, -s ou –z: detê-lo(s) (de deter-lo-(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-
lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).

3º) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas
heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor;
colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da
preposição por.

Acentuação gráfica das palavras paroxítonas

1º) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa,
Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente,
moçambicano

2º) Recebem, no entanto, acento agudo:

a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e,
o e ainda i ou u e que terminam em –l, -n, -r, -x e –ps, assim como, salvo raras exceções, as
respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis),
Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), réptil (pl. répteis; var. reptil, pl. reptis);
cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden
(pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lúmens); acúcar (pl. açúcares),
almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou
caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices, índex (pl. índex; var.
índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite,
pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes).
Obs.: Poucas palavras deste tipo, com a vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba,
seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias
cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e
sêmen, xénon e xênon; fêmure fémur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix.

b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e,
o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão
(pl. acórdãos), órgão (pl. órgãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis),
amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amaveis (id.),
cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg.
e pl.), júri (di. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (di. álbuns), fórum (di. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg.
e pl.).
Obs.: Poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba,
seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias
cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei
e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus
e Vênus.

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das
palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na
sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico,
epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia,
hoia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo comboiar), dezoito,
estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.

4º) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito per¬feito do indicativo, do
tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo
(amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas
variantes do português.

5º) Recebem acento circunflexo:
a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e,
o e que terminam em -l, -n, -r, ou -x, assim como as respetivas formas do plural, algumas das quais
se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var.
cânone (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares),

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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Câncer, Tânger; bômbax(sg. e pl.), bômbix, var. bômbice (pl. bômbices).

b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e,
o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: bênção(s), côvão(s), Estêvão, zângão(s); devêreis (de
dever), escrevêsseis (de escrever) ,fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl.
de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.

c) As formas verbais têm e vêm, 3ªs pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são
foneticamente paroxítonas (respetivamente / tãjãj /, / vãjãj / ou / têêj /, / vêêj / ou ainda / têjêj /, / vêjêj
/; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem, a fim de se distinguirem de tem e vem, 3ªs pessoas do
singular do presente do indicativo ou 2ªs pessoas do singular do imperativo; e também as
correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf.
contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detem), entretem (cf.
entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém),
sobrevêm (cf. sobrevém).
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem,
etc.

6º) Assinalam-se com acento circunflexo:

a) Obrigatoriamente, pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), no que se
distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode).

b) Facultativamente, dêmos (1ª pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da
correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de
forma (substantivo; 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ªpessoa do singular do
imperativo do verbo formar).

7º) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico
oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do
conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem,
redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.

8º) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tonica fechada com a
grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de
povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc.

9º) Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que,
tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas.
Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição;
pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de
pelar, pelo(s) (é), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s),
combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.

10º) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas
heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo, e acerto (é,), flexão de acertar; acordo
(ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da
locução prepositiva cerca de, e cerca (é,), flexão de cercar; coro (ó), substantivo, e flexão de corar;
deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô),
flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó),
flexão de pilotar, etc.

Acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas

1º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo
quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam
sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí, atraí (de
atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraiam (de
atrair), atraísse (id.) baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, influíste (de
influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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2º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento
agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a
consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, Raul;
Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; atrair, demiurgo, influir, influirmos;
juiz, raiz; etc.

3º) Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tónica/tônica grafada i das
formas oxítonas terminadas em r dos verbos em -air e -uir, quando estas se combinam com as formas
pronominais clíticas -lo(s), -la(s), que levam à assimilação e perda daquele -r: atraí-lo(s,) (de atrair-
lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-la(s)); possuí-la(s)-ia (de possuir-la(s) -
ia).

4º) Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas,
quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio),
saiinha (de saia).

5º) Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando, precedidas de
ditongo, pertencem a palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús,
tuiuiú, tuiuiús.
Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispensam o acento agudo:
cauim.

6º) Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, quando precedidos
de vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul).

7º) Os verbos aguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas
formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, arguem; argua, arguas, argua, arguam. Os verbos
do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir e afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas
igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de averiguo, averiguas, averigua,
averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam;
enxague, enxagues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem; mas
delinquimos, delin quis) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas fónica/fônica e
graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua, averíguam;
averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue,
enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas,
delínqua, delínquam).
Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registe-se que os verbos em -ingir (atingir, cingir,
constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em -inguir sem prolação do u (distinguir, extinguir, etc.)
têm grafias absolutamente regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos, etc.; distingo, distinga, distingue,
distinguimos, etc.).

Acentuação Gráfica das Palavras Proparoxítonas

1º) Levam acento agudo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a,
e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido,
exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais
abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por
seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes
(-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie,
série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.

2º) Levam acento circunflexo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com

MORFOLOGIA ELEMENTOS DO TEXTO


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a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico,
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego,
nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba
tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente
consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.

3º) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas
vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais
grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas
da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/
fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio,
blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.
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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


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Estrutura e Formação das Palavras
Estrutura Das Palavras
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos
melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:




art-ista brinc-a-mos cha-l-eira cachorr-inh-a-s

A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a
que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.
Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
inh - indica que a palavra é um diminutivo
a - indica que a palavra é feminina
s - indica que a palavra se encontra no plural
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua,
etc.
São elementos mórficos:
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos
primeiros
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.
Raiz
É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas
do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família
etimológica. Observe o exemplo:
Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem,
pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc.
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo:
at-o
at-or

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at-ivo
aç-ão
ac-ionar
Radical
Observe o seguinte grupo de palavras:
livr- o
livr- inho
livr- eiro
livr- eco


Você reparou que há um elemento comum nesse grupo?
Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de
radical (ou semantema).
Radical: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical
e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra.
Por Exemplo:
cert-o
cert-eza
in-cert-eza
Afixos
Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou
tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo,
cria uma nova palavra a partir de "certo": certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o
acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar"à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são
morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome
de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja
os exemplos:
Prefixo Radical Sufixo
in at ivo
em pobr ecer
inter nacion al

Desinências
Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:
Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e
plural) dos nomes.

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Exemplos:
alun-o aluno-s
alun-a aluna-s
Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que
admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por
exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência
nominal de número.
Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos.
Exemplos:
compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-m
compra-va compra-va-s

A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo
está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma
forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação.
Vogal Temática
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos
verbos, distinguem-se três vogais temáticas:
A
Caracteriza os verbos da 1ª conjugação.
Exemplos:
buscar, buscavas, etc.
E
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.
Exemplos:
romper, rompemos, etc.
I
Caracteriza os verbos da 3ª conjugação.
Exemplos:
proibir, proibirá, etc.
Tema
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas são:
busca-, rompe-, proibi-
Vogais e Consoantes de Ligação

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As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para
facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra.
Exemplo:
parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i)
Outros exemplos:
gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-
e-tão, etc.
Formação das Palavras
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A
diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de
um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já
existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva Derivada
mar
marítimo, marinheiro,
marujo
terra enterrar, terreiro, aterrar

Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário,
possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra
são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os
exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou
mudança de classe gramatical.
Por Exemplo:
alfabetização
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já
é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.

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Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho
b) Verbal, formando verbos.
Por Exemplo:
atual - atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
Por Exemplo:
feliz - felizmente
Derivação Prefixal e Sufixal
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.
Exemplos:
Palavra
Inicial
Prefixo Radical Sufixo
Palavra
Formada
leal des leal dade deslealdade
feliz in feliz mente infelizmente

Note que a presença de apenas um desses afixos é suficiente para formar uma nova palavra, pois em
nossa língua existem as palavras "desleal", "lealdade" e "infeliz", "felizmente".
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.
Considere, por exemplo, o adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer pela junção
simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". Note que a presença de apenas um desses
afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras
"entriste", nem "tristecer".
Exemplos:
Palavra
Inicial
Prefixo Radical Sufixo
Palavra
Formada
mudo e mud ecer emudecer
alma des alm ado desalmado

Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o
prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra que sobrou
existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e sufixal. Caso contrário, será
derivação parassintética.
Derivação Regressiva

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Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo)
compra (substantivo) beijo (substantivo)

Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um
verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a
seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será
palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância,
verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos
acima: compra e beijo indicam ações, logo, são
palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém,
com a palavra âncora, que é um objeto. Neste
caso, um substantivo primitivo que dá origem ao
verbo ancorar.

Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem
o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de
palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
o portuga (de português)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
Ou ainda:
agito (de agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)
Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a
língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou
supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos
Por Exemplo:
Os bons serão contemplados.
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos
Por Exemplo:

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Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
3) Os infinitivos passam a substantivos
Por Exemplo:
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
4) Os substantivos passam a adjetivos
Por Exemplo:
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
5) Os adjetivos passam a advérbios
Por Exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam a substantivos
Por Exemplo:
Não entendo o porquê disso tudo.
7) Substantivos próprios tornam-se comuns.
Por Exemplo:
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque
implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com
seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o
motivo pelo qual é denominada "imprópria".
Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais.
Existem dois tipos:
Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Exemplos:
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter
inalterada a sonoridade da palavra.
Composição por Aglutinação
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos
fonéticos.
Exemplos:
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)

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hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)
Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último
componente.
Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
auto - por automóvel
cine - por cinema
micro - por microcomputador
Zé - por José
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito
frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras" ->
Abreviaturas e Siglas)
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
auto (grego) + móvel (latim)
Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as
vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente
os sons e as vozes dos seres.
Exemplos:
miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
Prefixos
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes
o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos
foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na
formação de novas palavras. Veja os exemplos:
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
Prefixos de Origem Grega
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:
anônimo, amoral, ateu, afônico
ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:
analogia, análise, anagrama, anacrônico
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:

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anfiteatro, anfíbio, anfibologia
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:
antídoto, antipatia, antagonista, antítese
apo- : Afastamento, separação. Exemplos:
apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:
arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário
cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:
cataplasma, catálogo, catarata
di-: Duplicidade. Exemplos:
dissílabo, ditongo, dilema
dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos:
diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
endo- : Movimento para dentro. Exemplos:
endovenoso, endocarpo, endosmose
epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos:
epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos:
eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia
hemi- : Metade, meio. Exemplos:
hemisfério, hemistíquio, hemiplégico
hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos:
hipertensão, hipérbole, hipertrofia
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:
hipocrisia, hipótese, hipodérmico
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:

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metamorfose, metáfora, metacarpo
para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos:
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma
peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos:
periferia, peripécia, período, periscópio
pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:
prólogo, prognóstico, profeta, programa
pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos:
prosélito, prosódia
proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos:
proto-história, protótipo, protomártir
poli- : Multiplicidade. Exemplos:
polissílabo, polissíndeto, politeísmo
sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse
tele- : Distância, afastamento. Exemplos:
televisão, telepatia, telégrafo
Prefixos de Origem Latina
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos:
aversão, abuso, abstinência, abstração
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:
adjunto,advogado, advir, aposto
ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos:
antebraço, antessala, anteontem, antever
ambi- : Duplicidade. Exemplos:
ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:
benefício, bendito
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos:
bisneto, bimestral, bisavô, biscoito
circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:

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circunferência, circunscrito, circulação
cis- : Posição aquém. Exemplos:
cisalpino, cisplatino, cisandino
co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos:
colégio, cooperativa, condutor
contra- : Oposição. Exemplos:
contrapeso, contrapor, contradizer
de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:
decapitar, decair, depor
de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:
desventura, discórdia, discussão
e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:
excêntrico, evasão, exportação, expelir
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos:
imergir, enterrar, embeber, injetar, importar
extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos:
extradição, extraordinário, extraviar
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos:
ilegal, impossível, improdutivo
inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos:
internacional, interplanetário
intra- : Posição interior. Exemplos:
- intramuscular, intravenoso, intraverbal
intro- : Movimento para dentro. Exemplos:
introduzir, introvertido, introspectivo
justa- : Posição ao lado. Exemplos:
justapor, justalinear
ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos:
obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo
per- : Movimento através. Exemplos:
percorrer, perplexo, perfurar, perverter
pos- : Posterioridade. Exemplos:

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pospor, posterior, pós-graduado
pre- : Anterioridade . Exemplos:
prefácio, prever, prefixo, preliminar
pro- : Movimento para frente. Exemplos:
progresso, promover, prosseguir, projeção
re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos:
rever, reduzir, rebater, reatar
retro- : Movimento para trás. Exemplos:
retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:
soterrar, sobpor, subestimar
super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos:
supercílio, supérfluo
soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos:
soto-mestre, sota-voga, soto-pôr
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos:
transatlântico, tresnoitar, tradição
ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos:
ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta
vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:
vice-presidente, visconde, vice-almirante
Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos
PREFIXOSGREGOS
PREFIXOS
LATINOS
SIGNIFICADO EXEMPLOS
a, an des, in privação, negação anarquia, desigual, inativo
anti contra oposição, ação contrária antibiótico, contraditório
anfi ambi duplicidade, de um e outro
lado, em torno
anfiteatro, ambivalente
apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair
di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão
dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir

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e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, ingerir, irromper
endo intra movimento para dentro,
posição interior
endovenoso, intramuscular
e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora,
mudança de estado
êxodo, excêntrico, estender
epi, super, hiper supra posição superior, excesso epílogo, supervisão,
hipérbole, supradito
eu bene excelência, perfeição,
bondade
eufemismo, benéfico
hemi semi divisão em duas partes hemisfério, semicírculo
hipo sub posição inferior hipodérmico, submarino
para ad proximidade, adjunção paralelo, adjacência
peri circum em torno de periferia, circunferência
cata de movimento para baixo catavento, derrubar
si(n)(m) cum simultaneidade, companhia sinfonia, silogeu, cúmplice


Sufixos
Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova
palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa
forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo,
por exemplo.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as
flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos
extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os
que formam nomes de agente.
Sufixos que formam nomes de ação
-ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza
-ança - mudança -ismo - civismo
-ância - abundância -mento - casamento
-ção - emoção -são - compreensão
-dão - solidão -tude - amplitude
-ença - presença -ura - formatura

Sufixos que formam nomes de agente

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-ário(a) - secretário -or - lutador
-eiro(a) - ferreiro -nte - feirante
-ista - manobrista


Além dos sufixos acima, tem-se:
Sufixos que formam nomes de lugar, depositório
-aria - churrascaria -or - corredor
-ário - herbanário -tério - cemitério
-eiro - açucareiro -tório - dormitório
-il - covil


Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção
>-aço - ricaço -ario(a) - casario, infantaria
-ada - papelada -edo - arvoredo
-agem - folhagem -eria - correria
-al - capinzal -io - mulherio
-ame - gentame -ume - negrume

Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência
-ite bronquite, hepatite (inflamação)
-oma mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)
-ato, eto, ito sulfato, cloreto, sulfito (sais)
-ina cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais)
-ol fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)
-ite amotite (fósseis)
-ito granito (pedra)
-ema
morfema, fonema, semema, semantema (ciência
linguística)
-io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)


Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos

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-ismo
budismo
kantismo
comunismo

SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS
a) de substantivos
-aco - maníaco -ento - cruento
-ado - barbado -eo - róseo
-áceo(a) - herbáceo, liláceas -esco - pitoresco
-aico - prosaico -este - agreste
-al - anual -estre - terrestre
-ar - escolar -ício - alimentício
-ário - diário, ordinário -ico - geométrico
-ático - problemático -il - febril
-az - mordaz -ino - cristalino
-engo - mulherengo -ivo - lucrativo
-enho - ferrenho -onho - tristonho
-eno - terreno -oso - bondoso
-udo - barrigudo


b) de verbos
SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO
-(a)(e)(i)nte ação, qualidade, estado semelhante, doente, seguinte
-(á)(í)vel possibilidade de praticar ou sofrer uma ação louvável, perecível, punível
-io, -(t)ivo ação referência, modo de ser tardio, afirmativo, pensativo
-(d)iço, -(t)ício possibilidade de praticar ou sofrer uma ação,
referência
movediço, quebradiço,
factício
-(d)ouro,-
(t)ório
ação, pertinência casadouro, preparatório

SUFIXOS ADVERBIAIS
Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do
substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento".Este
sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.

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Exemplos:
altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente
Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues-
mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes.
Exemplos:
cabrito montês / cabrita montês.
SUFIXOS VERBAIS
Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos
verbos.
Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar.
Exemplos:
esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. Veja:
-ar: cruzar, analisar, limpar
-ear: guerrear, golear
-entar: afugentar, amamentar
-ficar: dignificar, liquidificar
-izar: finalizar, organizar
Observe este quadro de sufixos verbais:
SUFIXOS SENTIDO EXEMPLOS
-ear frequentativo, durativo cabecear, folhear
-ejar frequentativo, durativo gotejar, velejar
-entar factitivo aformosentar, amolentar
-(i)ficar factitivo clarificar, dignificar
-icar frequentativo-diminutivo bebericar, depenicar
-ilhar frequentativo-diminutivo dedilhar, fervilhar
-inhar frequentativo-diminutivo-pejorativo escrevinhar, cuspinhar
-iscar frequentativo-diminutivo chuviscar, lambiscar
-itar frequentativo-diminutivo dormitar, saltitar
-izar factitivo civilizar, utilizar

Observações:
Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.
Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar.

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Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.
Radicais Gregos
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil
memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A
primeira agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos,
a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.
Radicais que atuam como primeiro elemento
Forma Sentido Exemplos
Aéros- ar Aeronave
Ánthropos- homem Antropófago
Autós- de si mesmo Autobiografia
Bíblion- livro Biblioteca
Bíos- vida Biologia
Chróma- cor Cromático
Chrónos- tempo Cronômetro
Dáktyilos- dedo Dactilografia
Déka- dez Decassílabo
Démos- povo Democracia
Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã
Ethnos- raça Etnia
Géo- terra Geografia
Héteros- outro Heterogêneo
Hexa- seis Hexágono
Híppos- cavalo Hipopótamo
Ichthýs- peixe Ictiografia
Ísos- igual Isósceles
Makrós- grande, longo Macróbio
Mégas- grande Megalomaníaco
Mikrós- pequeno Micróbio
Mónos- um só Monocultura

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Nekrós- morto Necrotério
Néos- novo Neolatino
Odóntos- dente Odontologia
Ophthalmós- olho Oftalmologia
Ónoma- nome Onomatopeia
Orthós- reto, justo Ortografia
Pan- todos, tudo Pan-americano
Páthos- doença Patologia
Penta- cinco Pentágono
Polýs- muito Poliglota
Pótamos- rio Potamologia
Pséudos- falso Pseudônimo
Psiché- mente Psicologia
Riza- raiz Rizotônico
Techné- arte Tecnografia
Thermós- quente Térmico
Tetra- quatro Tetraedro
Týpos- figura, marca Tipografia
Tópos- lugar Topografia
Zóon- Animal Zoologia

Radicais que atuam como segundo elemento:
Forma Sentido Exemplos
-agogós Que conduz Pedagogo
álgos Dor Analgésico
-arché
Comando,
governo
Monarquia
-dóxa Que opina Ortodoxo
-drómos Lugar para correr Hipódromo

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-gámos Casamento Poligamia
-glótta; -
glóssa
Língua Poliglota, glossário
-gonía Ângulo Pentágono
-grápho Escrita Ortografia
-grafo Que escreve Calígrafo
-grámma Escrito, peso
Telegrama,
quilograma
-krátos Poder Democracia
-lógos Palavra, estudo Diálogo
-mancia Adivinhação Cartomancia
-métron Que mede Quilômetro
-nómos Que regula Autônomo
-pólis; Cidade Petrópolis
-pterón Asa Helicóptero
-skopéo
Instrumento para
ver
Microscópio
-sophós Sabedoria Filosofia
-théke
Lugar onde se
guarda
Biblioteca

Radicais Latinos
Radicais que atuam como primeiro elemento:
Forma Sentido Exemplo
Agri Campo Agricultura
Ambi Ambos Ambidestro
Arbori- Árvore Arborícola
Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô
Calori- Calor Calorífero
Cruci- cruz Crucifixo
Curvi- curvo Curvilíneo

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Equi- igual Equilátero, equidistante
Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia
Loco- lugar Locomotiva
Morti- morte Mortífero
Multi- muito Multiforme
Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto
Oni- todo Onipotente
Pedi- pé Pedilúvio
Pisci- peixe Piscicultor
Pluri- Muitos, vários Pluriforme
Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede
Reti- reto Retilíneo
Semi- metade Semimorto
Tri- Três Tricolor

Radicais que atuam como segundo elemento:
Forma Sentido Exemplos
-cida Que mata Suicida, homicida
-cola Que cultiva ou habita Arborícola, vinícola, silvícola
-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura
-fero Que contém ou produz Aurífero, carbonífero
-fico Que faz ou produz Benéfico, frigorífico
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme
-fugo Que foge ou faz fugir Centrífugo, febrífugo
-gero Que contém ou produz Belígero, armígero
-paro Que produz Ovíparo, multíparo
-pede Pé Velocípede, palmípede
-sono Que soa Uníssono, horríssono
-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo

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-voro Que come Carnívoro, herbívoro


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COESÃO TEXTUAL


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Coesão Textual

Coesão refere-se as articulações gramaticais entre palavras de uma mesma oração, com o objetivo
de levar clareza e levar o sentido buscado pelo escritor. A coesão busca a harmonia entre estes
termos e é percebida quando existe continuidade dos fatos expostos.
Segundo Halliday e Hasan existe cinco tipos de articuladores coesivos, que são:
Referência (Endofórica e Exofórica) , Substituição, elipse, conjunção e léxico.

Segundo Fávero e Koch , existe três tipos de coesão: Referencial ( Substituição e Reiteração) ,
Recorrencial (Paralelismo, Paráfrase, Recursos fonológicos, segmentais e suprassegmentais) e
Sequencial (Temporal e Por conexão).
Leonor Lopes Fávero faz critica a outras classificações com relação à coesão lexical e com relação à
referência exofórica.

Coesão por Referência

Ocorre quando determinado elemento textual se refere a outro, substituindo-o. A referência, a
princípio, pode ser em relação a um dado externo (exofórica) ou interno (endoforica) ao texto.

Exofórica.: é aquela que se refere a um elemento fora do texto.

Ex.: A gente era pequena naquele tempo. E aquele era um tempo em que ainda se apregoava nas
ruas.

Endofórica.: pode se referir a algo mencionado anteriormente no texto à anáfora ou a algo
mencionado posteriormente à catáfora.


Exemplo de anáfora:
· Maria é excelente amiga. Ela sempre me deu provas disso.
Exemplo de catáfora:
· Só desejo isto: que você não se esqueça de mim.

Coesão por substituição

Ocorre quando há colocação de um item no lugar de outro ou até de uma oração inteira. Pode ser
nominal (feita por meio de pronomes pessoais, numerais, indefinidos, nomes genéricos como coisa,
gente, pessoa) e verbal (o verbo “fazer” é substituto dos causativos, “ser” é o substituto existencial).

Elipse

COESÃO TEXTUAL


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A elipse acontece quando omitimos um termo que já foi apresentado anteriormente e que devido ao
contexto criado pela oração se torna fácil lembrar esta expressão. A elipse é bastante utilizada tanto
na linguagem escrita, quanto na oralidade, pois torna o entendimento do texto mais fácil, apesar da
omissão de termos.

Ex.: 01- O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a
assembleia com os acionistas.
O termo “O diretor” foi omitido na segunda oração, antes do verbo “abriu” e do verbo “começou”.


Conjunção

É diferente das outras relações de coesão, pois não está apenas relacionada a retomada de algo já
expresso no texto. Os elementos conjuntivos são coesivos de maneira indireta, devido a relação que
faz entre os períodos e sentenças.
Tipos de elementos conjuntivos:

-Advérbios e locuções adverbiais
Ex.: Os seus pais passam muito bem.

-Conjunções coordenativas e subordinativas:
Ex.: (subordinativas) Não sabemos se ela realmente virá.

-Locuções conjuntivas
Ex.: desde que, uma vez que, já que, por mais que, à medida que, à proporção que, visto que, ainda
que, entre outras.

-Preposições
Ex: A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás,
atrás de, dentro de, para com.

-Itens continuativos
Ex: Então, daí.

-Coordenativas
Ex:

COESÃO TEXTUAL


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Léxico

É um tipo de coesão obtida pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o mesmo
referente. Inclui-se aí, também, o uso de nomes genéricos cuja função coesiva está no limite entre
coesões lexical e gramatical, nomes estes que estão a meio caminho do item lexical, membro de um
conjunto abeto e do item gramatical, membro de um conjunto fechado.

Gramaticalmente, os nomes como gente, a pessoa, a coisa, o negócio, dentre outros, funcionam
como itens de referência anafórica. Lexicalmente, são membros superordenados (hiperônimos)
agindo como sinônimos dos itens a eles subordinados (hipônimos).

Outro fator de coesão lexical é a colocação, resultante da associação de itens lexicais que
regularmente concorrem. Virtualmente não há colocações impossíveis, mas algumas são melhores do
que outras, tendendo para o padrão que, quando fortes, constituem os clichês.

Ex.: Convém desmistificar aquele político, desmascará-lo é nossa obrigação. (sinônimos)
Ex.: O manifestante jogou um tomate na cara do ministro. A fruta estava podre. (hipônimo)

Referencial
Por Substituição

A substituição se dá quando um componente é retomado ou precedido por uma pró-forma (elemento
gramatical representante de uma categoria como, por exemplo, o nome; caracteriza-se por baixa
densidade sêmica: traz as marcas do que substitui). No caso de retomada, tem-se uma anáfora e, no
caso de sucessão, uma catáfora.
As pro-formas podem ser pronominais, verbais, adverbiais, numerais.

Exemplos:

1- Lúcia corre todos os dias no parque. Patrícia faz o mesmo.

Faz: pro-forma verbal (sempre acompanhada de uma forma pro nominal: o, o mesmo, isto etc.)

2- Mariana e Luiz Paulo são irmãos. Ambos estudam inglês e francês.

Ambos: pro-forma numeral

3 - Paula não irá à Europa em janeiro. Lá faz muito frio.

Lá: pro-forma adverbial

Por Reiteração

COESÃO TEXTUAL


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A reiteração é a repetição de expressões presentes no texto e que tem a mesma referência.
Segundo Fávero, existe 5 tipos de Reiteração:

Repetição do Mesmo Item Lexical

Acontece quando se repete um termo já utilizado na oração.

Ex.: O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. Da casa não sobrara nada.

Sinônimo

Para Fávero, definir a Reiteração por Sinônimo é muito difícil, pois não existe um sinônimo
verdadeiro, já que todas as palavras de uma língua tem significado próprio, por mais semelhantes
que sejam.
É feita quando se utiliza um sinônimo para referir-se a um termo dito anteriormente.

Ex.: A criança caiu e chorou. Também o menino não fica quieto!

Hiperônimos e Hipônimos

Hiperônimo ocorre quando a primeira palavra mantém uma relação de maior totalidade com o
segundo termo.

Ex.: Gosto muito de doces. Cocada, então, adoro.
*Neste caso, observa-se que o termo “doces” engloba o termo “cocada”, por isso tem-se um
hiperônimo.

Hipônimo ocorre quando a segunda palavra utilizada mantém uma relação de maior totalidade com o
primeiro termo.

Ex.: Os corvos ficaram à espreita. As aves aguardavam o momento de se
lançarem sobre os animais mortos.
*Neste segundo exemplo, nota-se que “aves” engloba o termo “corvos”, por isso tem-se hipônimo.

Expressões Nominais Definidas

Este caso de reiteração ocorre quando um novo termo retoma uma palavra já utilizada, para isto é
necessário conhecimento de mundo por parte do leitor, já que o termo substituinte é uma forma de
aposto da primeira palavra usada.

Ex.: O cantor Sting tem lutado pela preservação da Amazônia. O ex- líder da banda Police chegou
ontem ao Brasil. O vocalista chegou com o cacique Raoni, com quem escreveu um livro.
*Neste caso, a expressão utilizada “ex- líder da banda Police” retoma um termo já utilizado, “cantor
Sting”, assim apresenta ao leitor novas informações sempre que se utiliza este tipo de reiteração.
Nomes Genéricos

Os nomes genéricos são expressões bastante comuns à cultura de onde o texto foi escrito e por isso
podem ser usadas sem medo do não entendimento do texto pelo leitor. São algumas delas: coisa,
negócio, lugar, gente, dentre outras.

Ex.: Até que o mar, quebrando um mundo, anunciou de longe que trazia nas
suas ondas coisa nova, desconhecida, forma disforme que flutuava, e todos
vieram à praia, na espera... E ali ficaram, até que o mar, sem se apressar, trouxe a coisa; e depositou

COESÃO TEXTUAL


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na areia surpresa triste, um homem morto.
*A expressão “coisa” é utilizada, neste exemplo, para designar algo que só é apresentado no final da
frase, “um homem morto”.

Recorrencial
Por Paralelismo

Ocorre quando as estruturas de uma sentença são aplicadas de outra maneira, ou seja, o mesmo
conteúdo reutilizado de maneira diferente. O paralelismo é uma estrutura estilística bastante
empregada na literatura.

Ex.: Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais puro do que
o seu Criador? Jó 4:17

Por Paráfrase

Possui uma certa semelhança com o paralelismo, pois é uma reorganização ou reformulação. Este
elemento coesivo é um articulador entre novas e antigas informações de um texto, e se difere de uma
repetição pela criatividade do escritor.

Ex.: “A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.”
(Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)
Reecrito: No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet. (PARÁFRASE)

Sequencial

Os mecanismos de coesão sequencial são os que tem por função ,da mesma forma que os de
recorrência ,fazer progredir o texto, fazer caminhar o fluxo informacional. Diferem dos de recorrência,
por não haver neles retomada de itens, sentenças ou estruturas.

Sequenciação Temporal

Qualquer sequência textual só é coesa e coerente se a sequencialização dos enunciados conseguir
satisfazer as condições conceptuais sobre localização temporal e ordenação relativa que sabemos
serem características dos estados de coisas no mundo selecionado pela referida sequência textual.

Assim ,a sequenciação temporal pode ser obtida por:

Ordenação Linear dos Elementos

É o que torna possível dizer

Ex:
-Vim,vi,venci
e não
-Venci,vi,vim.

Expressões que Assinalam a Ordenação ou Continuação das Sequencias Temporais

Ex:
-Primeiro vi a moto, depois o ônibus.
-Os capítulos anteriores tratam de eletrostática, agora falaremos da eletrodinâmica, deixando os
problemas do eletromagnetismo para os próximos.

COESÃO TEXTUAL


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Partículas Temporais

Ex.:
Não deixe de vir amanhã

Correlação dos Tempos Verbais

Ex:
-Ordeno que deixem a casa em ordem.

-Paulo não chegou ainda embora tivesse saído cedo.

Sequenciação por Conexão

Em um texto, tudo está relacionado; um enunciado está subordinado a outros na medida em que não
só se compreende por si mesmo, mas ajuda na compreensão dos demais. Esta interdependência
semântica ou pragmática é expressa por operadores do tipo lógico, operadores discursivos e pausas.

Os operadores do tipo lógico tem por função o tipo de relação lógica que o escritor estabelece entre
duas proposições.

Os operadores do tipo lógico são:

Disjunção

Combina proposições por meio do conector ou, significando um ou outros. Essa relação só é
verdadeira se uma das proposições ou ambas forem verdadeiras.

Exemplos:
-Quer sorvete ou chocolate?
-quero os dois.
-Há vagas para moças e /ou rapazes.

Condicionalidade

Conecta proposições que mantêm entre si uma relação de dependência entre a antecedente e a
consequente.

Ex.: Se chover, não iremos á festa.

Causalidade

A relação de causalidade está inserida no tipo real da condicionalidade.

Ex.: Se Paulo é homem então é mortal

Mediação

As relações de medicação, do mesmo modo que as de causalidade, fazem parte da condicionalidade,
mas são destacadas por razões didáticas.

Ex.: Fugiu para que não o vissem.

COESÃO TEXTUAL


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Complementação

Expressa-se por duas proposições ,uma das quais complementa o sentido de um termo da outra.

Ex: Necessito de um livro.

Restrição

Expressa-se por duas proposições em que uma restringe ,limita a extensão de um termo da outra.
Ex.: Vi a menina que toca piano.

Quebra de Coesão

Regência Incorreta:

Ex.: “Nenhum dos encarregados está apto com assumir o cargo de gerente.”

Concordância Incorreta:

Ex.: “Ela chegou com o rosto e mãos feridas.” Correto : “Ela chegou com o rosto e as mãos feridos”.

Frases inacabadas:

Ex.: “Ainda não estou curado mas estou em vias de...”

Anacolutos:

Ex.: “O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que
eu”. (Rubem Braga)”

"A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício
semântico".
- Michael Halliday
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RELAÇÕES DE SINONIMIA E DE ANTONIMIA


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Sinonímia e Antonímia
São palavras que mantêm relações de sinonímia e que representam, basicamente, uma mesma
ideia.

Veja a relação a seguir:

* casa, moradia, lar, abrigo.
* residência, sobrado, apartamento, cabana

Todas essas palavras representam a mesma ideia: lugar onde se mora. Logo, trata-se de uma família
de ideias.

Observe outros exemplos:

revista, jornal, biblioteca, livro.

casaco, paletó, roupa, blusa, camisa, jaqueta.

serra, rio, montanha, lago, ilha, riacho, planalto.

telefonista, motorista, costureira, escriturário, professor.

Sinonímia

É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou
semelhantes - SINÔNIMOS.

Exemplos:

cômico - engraçado.

débil - fraco, frágil.

distante - afastado, remoto.

Antonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes,
contrários - ANTÔNIMOS.

Exemplos:

economizar - gastar

bem - mal

bom – ruim
Significação das palavras: Antonímia e Sinonímia.
A semântica estuda o significado das palavras.
Conhecer o significado das palavras é importante, pois só assim o falante ou escritor será capaz de
selecionar a palavra certa para construir a sua mensagem.
Por esta razão, é importante conhecer fatos linguísticos como: sinonímia e antonímia.
SINONÍMIA (sinônimos): palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

RELAÇÕES DE SINONIMIA E DE ANTONIMIA


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ANTONÍMIA (antônimos): palavras que possuem significados diferentes.
Sendo asbsim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.
A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:
• adversário e antagonista;
• translúcido e diáfano;
• semicírculo e hemiciclo;
• contraveneno e antídoto;
• moral e ética;
• colóquio e diálogo;
• transformação e metamorfose;
• oposição e antítese.
ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto
Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe
ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas deantônimos.
Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro.
Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:
• bendizer e maldizer;
• simpático e antipático;
• progredir e regredir;
• concórdia e discórdia;
• ativo e inativo;
• esperar e desesperar;
• comunista e anticomunista;
• simétrico e assimétrico.
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PONTUAÇÃO


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Pontuação:

Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita edesempenham
a função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limitesde estruturas sintáticas nos
textos escritos. Assim, os sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos prosódicos,
utilizados na fala para darmos ritmo, entoação e pausas e indicarmos os limites
sintáticos e unidades de sentido.
Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com
nossos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais
de pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de
sentidos dos enunciados.
Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:
Ponto ( . )
Indicar o final de uma frase declarativa:
Gosto de sorvete de goiaba.
b) Separar períodos:
Fica mais um tempo. Ainda é cedo.
c) Abreviar palavras:
Av. (Avenida)
V. Ex.ª (Vossa Excelência)
p. (página)
Dr. (doutor)
Dois-pontos ( : )
Iniciar fala de personagens:
O aluno respondeu:
– Parta agora!
b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que
explicam e/ou resumem ideias anteriores.
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.
Anote o número do protocolo: 4254654258.
c) Antes de citação direta:
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”
Reticências ( ... )
Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais.
b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:
Quem sabe se tentar mais tarde...

PONTUAÇÃO


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c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”
(Cecília - José de Alencar)
d) Suprimir palavras em uma transcrição:
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
Parênteses ( )
Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a
vírgula ou o travessão:
Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922).
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Ponto de Exclamação ( ! )
Após vocativo
Ana, boa tarde!
b) Final de frases imperativas:
Cale-se!
c) Após interjeição:
Ufa! Que alívio!
d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:
Que pena!
Ponto de Interrogação ( ? )
Em perguntas diretas:
Quantos anos você tem?
b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
Não brinca, é sério?!
Vírgula ( , )
De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de
funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de
nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração,
não formam uma unidade sintática. Por outro lado, quando há umarelação sintática entre termos
da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.
Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro
os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:
Sujeito de Predicado;
Objeto de Verbo;
Adjunto adnominal de nome;

PONTUAÇÃO


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Complemento nominal de nome;
Predicativo do objeto do objeto;
Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa).
Casos em que devemos utilizar a vírgula:
A vírgula no interior da oração
Utilizada com o objetivo de separar o vocativo:
Ana, traga os relatórios.
O tempo, meus amigos, é o que nos confortará.
b) Utilizada com o objetivo de separar apostos:
Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim ontem.
Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula.
c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:
Quando chegar do trabalho, procurarei por você.
Os políticos, muitas vezes, são mentirosos.
d) Utilizada com o objetivo de separar elementos de uma enumeração:
Estamos contratando assistentes, analistas, estagiários.
Traga picolé de uva, groselha, morango, coco.
e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas:
Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo.
f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas:
Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.
g) Utilizada com o objetivo de separar o complemento pleonástico antecipado:
A ele, nada mais abala.
h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do lugar na indicação de datas:
Goiânia, 01 de novembro de 2016.
Utilizada com o objetivo de separar termos coordenados assindéticos:
É pau, é pedra, é o fim do caminho.
Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de um termo:
Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)
Casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:
Utilizamos a vírgula quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.

PONTUAÇÃO


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2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia
(polissíndeto):
E eu canto, e eu danço, e bebo, e me jogo nos blocos de carnaval.
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam
sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo):
Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a distância.
A vírgula entre orações
A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes situações:
Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, deixou-nos em fevereiro de 2000.
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um sanduíche e fui direto ao supermercado.
Estudei muito, mas não consegui ser aprovada.
c) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se
estiverem antepostas à oração principal:
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
gancho." (O selvagem - José de Alencar)
d) Para separar as orações intercaladas:
"– Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”
e) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:
Quando sai o resultado, ainda não sei.
Ponto e vírgula ( ; )
Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve fazer-se as seguintes perguntas:
O que dizer;
A quem dizer;
Como dizer;
Por que dizer;
Quais objetivos pretendo alcançar com este texto?
Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações
coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto
tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
Travessão ( — )

PONTUAÇÃO


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Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um personagem no discurso direto:
A mãe perguntou ao filho:
— Já lavou o rosto e escovou os dentes?
b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
— Filho, você já fez a sua lição de casa?
— Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto.
c) Utilizamos o travessão para unir grupos de palavras que indicam itinerários:
Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília.
d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:
Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria.
Aspas ( “ ” )
As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades:
Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
A aula do professor foi “irada”.
Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.
b) Indicar uma citação direta:
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz
a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
FIQUE ATENTO!
Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por
aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla (").
VEJA AGORA ALGUMAS OBSERVAÇÕES RELEVANTES:
Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.
Observe:
Preferiram os sorvetes de creme, uva e morango.
Não gosto nem desgosto.
Não sei se prefiro Minas Gerais ou Goiás.
Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a
finalidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.
Observe:
Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.
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LOCUÇÕES VERBAIS


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Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções
verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que,
numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último
verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo,
número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:
Estou lendo o jornal.
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
Ninguém poderá sair antes do término da sessão.
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por
meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado
nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares
que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não.
Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo.
Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-
se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
Aspecto Verbal
No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças
entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença entre esses tempos é uma
diferença de aspecto, pois está ligada à duração do processo verbal. Observe:
- Quando o vi, cumprimentei-o.
O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído.
- Quando o via cumprimentava-o.
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período
impreciso de tempo.
O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem
precisos ao processo verbal:
- Faço isso sempre.
- É provável que ele faça isso sempre.

LOCUÇÕES VERBAIS


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Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas
várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos:
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fincado)
dois dias antes.
- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame.
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz respeito à
localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos
localizados num ponto preciso do tempo:
- No momento em que o vi, acenei-lhe.
- Tinha-o cumprimentado logo que o vira.
Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repetidos:
- Sempre que saía, trancava todas as portas.
O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal.
Veja:
- Tenho encontrado problemas em meu trabalho.
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repetido
ou frequente, que se prolonga até o presente.
- Estou almoçando.
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo que
se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas também em
outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).
Obs.: em Portugal, costuma-se utilizar o infinitivo precedido da preposição a em lugar do
gerúndio.
Por exemplo: Estou a almoçar.
- Tudo estará resolvido quando ele chegar. Tudo estaria resolvido quando ele chegasse.
As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presente e
futuro do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - é a ideia do aspecto
perfeito - ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma vez
realizada a ação.
- Os animais noturnos terminaram de se recolher mal começou a raiar o dia.
Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicação do término
e do início do processo verbal.
- Eles vinham chegando à proporção que nós íamos saindo.
As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem processos que se prolongam.

LOCUÇÕES VERBAIS


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- Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar projetos irrealizáveis.
As locuções destacadas exprimem o início de um processo interrompido e a interrupção de outro,
respectivamente.
Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal
Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido
genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim,
considera-se apenas o processo verbal.
Por exemplo:
Amar é sofrer.
O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa.
Veja:

- Eu
falar -es Tu
vender - Ele
partir -mos Nós

-des Vós

-em Eles
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são
iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o
que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).
Por exemplo:
Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas
perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal
mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase
maior clareza ou ênfase.
Observações importantes:
O infinitivo impessoal é usado:
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;
Por exemplo:
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.

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2. Quando tiver o valor de Imperativo;
Por exemplo:
Soldados, marchar! (= Marchai!)
3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo
ou verbo da oração anterior;
Por exemplo:
Eles não têm o direito de gritar assim.
As meninas foram impedidas de participar do jogo.
Eu os convenci a aceitar.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo
auxiliar) deve ser flexionado.
Por exemplo:
Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.
4. Nas locuções verbais;
Por exemplo:
Queremos acordar bem cedo amanhã.
Eles não podiam reclamar do colégio.
Vamos pensar no seu caso.
5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior;
Por exemplo:
Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
Devemos sorrir ao invés de chorar.
Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distante do verbo
da oração principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e
também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal.
Por exemplo:
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol.
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas crianças.
6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não formam
locução verbal com o infinitivo que os segue;
Por exemplo:

LOCUÇÕES VERBAIS


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Deixei-os sair cedo hoje.
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o
infinitivo sem flexão.
Por exemplo:
Vi-os entrar atrasados.
Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
Observações:
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como "pedir",
"dizer", "falar" e sinônimos;
Pediu para Carlos entrar. (errado)
Pediu para que Carlos entrasse. (errado)
Pediu que Carlos entrasse. (correto)
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para eu
fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito.
Outros exemplos:
Aquele exercício era para eu corrigir.
Esta salada é para eu comer?
Ela me deu um relógio para eu consertar.
Atenção:
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que deve
se apresentar oblíquo tônico.
Infinitivo Pessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao
processo verbal, flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;
Por exemplo:
Se tu não perceberes isto...
Convém vocês irem primeiro.
O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós)
2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal;
Por exemplo:
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova.
Perdoo-te por me traíres.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.

LOCUÇÕES VERBAIS


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O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural);
Por exemplo:
Faço isso para não me acharem inútil.
Temos de agir assim para nos promoverem.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta.
4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação;
Por exemplo:
Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza.
Mandei as meninas olharem-se no espelho.
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar
o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.
DICAS:
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j" aparecerá em todas as outras formas.
Por exemplo:
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo,
que o substantivo ferrugem é grafado com "g".)
Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo, não confundir com o
substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc.
b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "dirigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado por
um "j" apenas na primeira pessoa do presente do indicativo.
Por exemplo:
eu dirijo/ eu ajo
c) O verbo "parecer" pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo.
- Quando "parecer" é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir.
- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. "Parece" é o
verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo "elas mentirem". Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração "Parece que
elas mentem."
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou
paciente da ação. São três as vozes verbais:
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.

LOCUÇÕES VERBAIS


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Por exemplo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.
Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Por exemplo:
O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.
Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
1- Voz Passiva Analítica
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.
Por exemplo:
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a
construção com a preposição de.
Por exemplo:
A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.
Por exemplo:
A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a
transformação das frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)

LOCUÇÕES VERBAIS


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O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)

O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)

O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal
da voz atbiva. Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem
eventualmente funcionar como auxiliares.
Por exemplo:
A moça ficou marcada pela doença.
2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome
apassivador SE.
Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Curiosidade
A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se
relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz passiva
como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e
AGENTE DA PASSIVA.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.
Por exemplo:
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa

Objeto Direto

A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
Sujeito da Passiva

Agente da Passiva

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da
passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais
exemplos:

LOCUÇÕES VERBAIS


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- Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.
- Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na
passiva.
Por exemplo:
- Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
Saiba que:
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros.
Por exemplo:
O vinho é bom.
Aqui chove muito.
2) Há formas passivas com sentido ativo:
Por exemplo:
É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo:
Por exemplo:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados
passivos, logo o sujeito é paciente.
Por exemplo:
Chamo-me Luís.
Batizei-me na Igreja do Carmo.
Operou-se de hérnia.
Vacinaram-se contra a gripe.
Pronúncia Correta de Alguns Verbos
1) Nos verbos cujo radical termina em -ei, -eu, -oi, -ou, seguidos de consoante, é fechada a
vogal base desses ditongos:
a) Pronuncie ei (como na palavra lei):

LOCUÇÕES VERBAIS


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aleijo, aleijas, aleija, aleijam, aleije, aleijem
abeiro-me, abeira-se, abeiram-se, abeire-se, abeira-te
enfeixo, enfeixas, enfeixa, enfeixe, enfeixam, enfeixem, enfeixes
inteiro, inteiras, inteira, inteiram, inteire, inteires, inteirem
b) Pronuncie eu (como na palavra deu):
endeuso, endeusas, endeusa, endeusam, endeuse, endeuses, endeusem
c) Pronuncie oi (como na palavra boi):
açoito, açoitas, açoita, açoitam, açoite, açoites, açoitem
foiço, foiças, foiça, foiçam, foice, foices, foicem
desmoito, desmoitas, desmoita, desmoitam, desmoite, desmoites, desmoitem
noivo, noivas, noiva, noivam, noive, noives, noivem.
d) Pronuncie ou ( como na palavra ouro):
afrouxo, afrouxas, afrouxa, afrouxam, afrouxe, afrouxes, afrouxem
roubo, roubas, rouba, roubam, roube, roubes, roubem
estouro, estouras, estoura, estouram, estoure, estoures, estourem
2) Nos verbos terminados em -ejar e -elhar, como despejar, almejar, arejar, velejar, pelejar,
planejar, espelhar, aparelhar, semelhar, avermelhar, etc., o e tônico profere-se fechado:
despejo (ê), despejas(ê), despeja (ê), despejam (ê), despeje (ê), despejes (ê), despejem (ê)
espelho (ê), espelhas (ê), espelha (ê), espelham (ê), espelhe (ê), espelhes (ê), espelhem (ê)
3) Verbos como englobar, desposar, forçar, rogar, mofar, ensopar, escovar, estorvar, enroscar,
rosnar, lograr, etc., têm o o aberto nas formas rizotônicas:
escovo (ó), escova (ó), escove (ó), desposa (ó), ensopa (ó), ensopam (ó), etc.
4) Na terminação -oem, a vogal o é:
a) fechada nos verbos finalizados em -oar:
voem, magoem, coem, doem (doar), soem (soar), abençoem, coroem, abotoem, etc.
b) aberta nos verbos terminados em -oer:
doem (doer), soem (soer), moem, roem, corroem, etc.
5) Nas três pessoas do singular e na 3ª do plural do presente do indicativo e do subjuntivo do
verbo saudar, a vogal u forma hiato e não ditongo:

LOCUÇÕES VERBAIS


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saúdo (sa-ú-do), saúdas, saúda, saúdam
saúde (sa- ú-de), saúdes, saúde, saúdem
6) O u do dígrafo gu dos verbos distinguir e extinguir não soa. Pronuncie gue, gui como no
verbo seguir:
segue, seguem, seguiu, seguiu
distingue, distinguem, distinguiu, extinguiu, etc.
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FUNÇÕES DO ´´QUE´´ E DO ´´SE´´


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Classificação das palavras “Que” e “Se”
A palavra que em português pode ser:
• Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.
Nesse caso, será acentuado e seguido de ponto de exclamação. Usa-se também a variação "o quê"!
A palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição.
Quê! Você ainda não está pronto?
O quê! Quem sumiu?
• Substantivo: equivale a alguma coisa.
Nesse caso, virá sempre antecedido de artigo ou outro determinante e receberá acento por ser
monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa também a 16ª letra de nosso
alfabeto. Quando a palavra que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe
de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo etc.)
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto direto)
• Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o verbo ter. Equivale
a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função sintática.
Tenho que sair agora.
Ele tem que dar o dinheiro hoje.
• Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido.
Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio nome indica, é usada apenas
para dar realce. Como partícula expletiva, aparece também na expressão é que.
Quase que não consigo chegar a tempo.
Ela é que conseguiu chegar.
• Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando funciona como
advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no caso, de intensidade.
Que lindas flores!
Que barato!
• Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:
⇒ Pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o na oração consequente.
Equivale a o qual e flexões.
Não encontramos as pessoas que saíram.
⇒ Pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo:
⇒ Pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a
palavra queexercerá as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.)
Que aconteceu com você?
⇒ Pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função sintática de adjunto
adnominal.
Que vida é essa?
• Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como
conjunção, a palavra que pode relacionar tanto orações coordenadas quanto subordinadas, por isso,
classifica-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como

FUNÇÕES DO ´´QUE´´ E DO ´´SE´´


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conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da oração que introduz. Por
exemplo:
Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa)
Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva)

Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o nome de conjunção
subordinativa integrante.
Desejo que você venha logo.

Palavra "se"

Pode ser:
• Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como
conjunção, a palavra se pode ser:
⇒ Conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada substantiva.
Perguntei se ele estava feliz.
⇒ Conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condicional (equivale
a caso).
Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
• Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo algum para o sentido.
Nesse caso, a palavra se não exerce função sintática. Como o próprio nome indica, é usada apenas
para dar realce.
Passavam-se os dias e nada acontecia.
• Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais. Nesse caso, não exerce
função sintática.
Ele arrependeu-se do que fez.
• Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza as orações que estão
na voz passiva sintética. É também chamada de pronome apassivador. Nesse caso, não exerce
função sintática.

FUNÇÕES DO ´´QUE´´ E DO ´´SE´´


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Vendem-se casas.
Aluga-se carro.
Compram-se joias.
• Índice de indeterminação do sujeito: liga-se a um verbo que não é transitivo direto, tornando
o sujeito indeterminado. Não exerce propriamente uma função sintática. Lembre-se de que, nesse
caso, o verbo deve estar na terceira pessoa do singular.
Trabalha-se de dia.
Precisa-se de vendedores.
• Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome pessoal, deve estar sempre na mesma
pessoa do sujeito da oração de que faz parte. Por isso, o pronome oblíquo se sempre será reflexivo
(equivalendo a a si mesmo), podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
⇒ Objeto direto
Ele cortou-se com o facão.
⇒ Objeto indireto
Ele se atribui muito valor.
⇒ Sujeito de um infinitivo
“Sofia deixou-se estar à janela.”
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VARIAÇÃO LINGUISTICA


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Variação Linguistica
A língua abriga vários registros que dependem basicamente da situação de fala e de com quem se
fala. Há variações dentro da mesma língua decorrentes de fatores como: a região geográfica
(nordestino, mineiro, carioca, paulista etc.), o sexo, a idade, a classe social e o grau de instrução dos
falantes e o grau de formalidade do contexto (formal e informal).
Dentre as diversas variações pode-se dizer que a oposição mais importante se dá entre a chamada
linguagem culta (ou padrão) e a linguagem popular, coloquial.
A noção de certo e errado está ligada ao prestígio que a variedade culta adquiriu na sociedade. No
entanto, todas as demais variedades são legítimas e devem ser respeitadas, combatendo o
preconceito linguístico.
A variedade culta é difundida principalmente pela escola e pelos meios de comunicação e está
relacionada a um grupo de pessoas de maior prestígio social.
Aula de Português (Carlos Drummond de Andrade, 1999)
A linguagem
na ponta da língua, tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima.
O português são dois: o outro, mistério.
Tipos de variação:
Variação histórica: acontece ao longo de um determinado período de tempo e pode ser identificada
ao serem comparados dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante
inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos
socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais
velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se
normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso, na modalidade escrita. As mudanças podem ser
de grafia ou de significado.
Variação geográfica: refere-se a diferentes formas de pronúncia, às diferenças de vocabulário e de
estrutura sintática entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades
linguísticas menores, em torno de centros polarizadores da cultura, da política e da economia, que
acabam por definir os padrões linguísticos utilizados na região sob sua influência. As diferenças
linguísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas.
Variação social: agrupa alguns fatores de diversidade: o nível socioeconômico, o grau de educação,
a idade e o gênero do indivíduo. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos,
como poderia acontecer na variação regional. O uso de certas variantes pode indicar qual o nível
socioeconômico de uma pessoa, e há a possibilidade de que alguém, oriundo de um grupo menos

VARIAÇÃO LINGUISTICA


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favorecido, venha a atingir o padrão de maior prestígio.
Variação estilística: refere-se às diferentes circunstâncias de comunicação em que se coloca um
mesmo indivíduo: o ambiente em que se encontra (familiar ou profissional, por exemplo) o tipo de
assunto tratado e quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é
possível identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do
indivíduo sobre as normas linguísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal,
em que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo
conteúdo é mais elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua
escrita efalada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.

Níveis das variações:
Fonética: alteração na pronúncia das palavras. Ex: planta/pranta; vossa mercê/ você/ocê/cê.
Morfológica: alteração na forma das palavras.
Ex: Verão/ verãos, limão/limões (oposição aos – ões).
Sintática: alteração na correlação entre as palavras.
Ex: Os meninos fizeram o dever. / Os menino fez o dever. Lexical: alteração na escolha das palavras.
Ex: mandioca /aipim; “Choveu direto essa semana”/ “Choveu todos os dias nesta semana”

Variação Linguística
Variação linguística é o movimento comum e natural de uma língua, que varia principalmente por
fatores históricos e culturais. Modo pelo qual ela se usa, sistemática e coerentemente, de acordo com
o contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam
verbalmente. É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma
mesma língua. Tais diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas
comportar vários eixos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A
variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de uma
língua (fonético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças
constitui a evolução dessa língua.
A variação é também descrita como um fenômeno pelo qual, na prática corrente de um dado grupo
social, em uma época e em certo lugar, uma língua nunca é idêntica ao que ela é em outra época e
outro lugar, na prática de outro grupo social. O termo variação pode também ser usado como
sinônimo de variante.[2]Existem diversos fatores de variação possíveis - associados a aspectos
geográficos e sociolinguísticos, à evolução linguística e ao registro linguístico.

VARIAÇÃO LINGUISTICA


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Variedade ou variante linguística se define pela forma pela qual determinada comunidade de falantes,
vinculados por relações sociais ou geográficas, usa as formas linguísticas de uma língua natural. É
um conceito mais forte do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Refere-se a cada uma das
modalidades em que uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de variação dos
elementos do seu sistema (vocabulário, pronúncia, sintaxe) ligadas a fatores sociais ou culturais
(escolaridade, profissão, sexo, idade, grupo social etc.) e geográficos (tais como o português do
Brasil, o português de Portugal, os falares regionais etc.). A língua padrão e a linguagem popular
também são variedades sociais ou culturais. Um dialeto é uma variedade geográfica.[3]Variações de
léxico, como ocorre na gíria e no calão, podem ser consideradas como variedades mas também
como registros ou, ainda, como estilos - a depender da definição adotada em cada caso.
Os idiotismos são às vezes considerados como formas de estilo, por se limitarem a variações
de léxico.
Utiliza-se o termo 'variedade' como uma forma neutra de se referir a diferenças linguísticas entre os
falantes de um mesmo idioma. Evita-se assim ambiguidade de termos como língua (geralmente
associado à norma padrão) ou dialeto (associado a variedades não padronizadas, consideradas de
menor prestígio ou menos corretas do que a norma padrão). O termo "leto" também é usado quando
há dificuldade em decidir se duas variedades devem ser consideradas como uma mesma língua ou
como línguas ou dialetos diferentes. Alguns sociolinguistas usam o termo leto no sentido de
variedade linguística - sem especificar o tipo de variedade. As variedades apresentam não apenas
diferenças de vocabulário mas também diferenças de gramática, fonologia e prosódia.
Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um
sem-número de diferenciações.[...] Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até
individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o
gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os
que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de
manifestação e de emoção.
A sociolinguística procura estabelecer as fronteiras entre os diferentes falares de uma língua. O
pesquisador verifica se os falantes apresentam diferenças nos seus modos de falar de acordo com o
lugar em que estão (variação diatópica), com a situação de fala ou registro (variação diafásica) ou de
acordo com o nível socioeconômico do falante (variação diastrática).e, de acordo com o
contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam
verbalmente. É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma
mesma língua. Tais diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas
comportar vários eixos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A
variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de uma
língua (fonético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças
constitui a evolução dessa língua.[5]
• 1Tipos de variedades linguísticas
• 2Definições
Tipos de variedades linguísticas
• Variedades geográficas: dizem respeito à variação diatópica e são variantes devidas à distância
geográfica que separa os falantes.[9] Assim, por exemplo, a mistura de cimento, água e areia, se
chama betão em Portugal; no Brasil, se chama concreto.
As mudanças de tipo geográfico se chamam dialetos (ou mais propriamente geoletos), e o seu estudo
é a dialetologia. Embora o termo 'dialeto' não tenha nenhum sentido negativo, acontece que,
erroneamente, tem sido comum chamar dialeto a línguas que supostamente são "simples" ou
"primitivas". Dialeto é uma forma particular, adotada por uma comunidade, na fala de uma língua.
Nesse sentido, pode-se falar de inglês britânico, inglês australiano, etc. É preciso também ter
presente que os dialetos não apresentam limites geográficos precisos - ao contrário, são borrados e
graduais - daí se considerar que os dialetos que constituem uma língua formam um continuum sem
limites precisos. Diz-se que uma língua é um conjunto de dialetos cujos falantes podem se entender.
Embora isto possa ser aproximadamente válido para o português, não parece valer para o alemão,
pois há dialetos desta língua que são ininteligíveis entre si. Por outro lado, fala-se

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de línguas escandinavas, quando, na realidade, um falante sueco e um dinamarquês podem se
entender usando cada um a sua própria língua.
No que diz respeito ao português, além de vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, há dois
padrões reconhecidos internacionalmente: o português de Portugal e o português do Brasil.
• Variedades históricas : relacionadas com a mudança linguística, essas variedades aparecem
quando se comparam textos em uma mesma língua escritos em diferentes épocas e se verificam
diferenças sistemáticas na gramática, no léxico e às vezes na ortografia (frequentemente como
reflexo de mudanças fonéticas). Tais diferenças serão maiores quanto maior for o tempo que separa
os textos. Cada um dos estágios da língua, mais ou menos homogêneos circunscritos a uma certa
época é chamado variedade diacrônica. Por exemplo, na língua portuguesa pode-se distinguir
claramente o português moderno (que, por sua vez, apresenta diversidades geográficas e sociais) e
o português arcaico.
• Variedades sociais : compreendem todas as modificações da linguagem produzidas pelo ambiente
em que se desenvolve o falante. Neste âmbito, interessa sobretudo o estudo dos socioletos, os quais
se devem a fatores como classe social, educação, profissão, idade, procedência étnica, etc. Em
certos países onde existe uma hierarquia social muito clara, o socioleto da pessoa define a qual
classe social ela pertence. Isso pode significar uma barreira para a inclusão social.
• Variedades situacionais : incluem as modificações na linguagem decorrentes do grau de
formalidade da situação ou das circunstâncias em que se encontra o falante. Esse grau de
formalidade afeta o grau de observância das regras, normas e costumes na comunicação linguística.
Os três tipos de variações linguísticas são:
• Variações diafásicas
Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a
ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou
informal.
• Variações diatópicas
São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra
“abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões
que se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.
• Variações diastráticas
São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como
exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.
Definições
• Dialetos: variantes diatópicas, isto é, faladas por comunidades geograficamente definidas.
• Idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao
sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem)
quando sua condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo
para linguagem num sentido mais geral);
• Socioletos: variedades faladas por comunidades socialmente definidas ou seja, por grupos de
indivíduos que, tendo características sociais em comum (profissão, faixa etária etc.), usam termos
técnicos, gírias ou fraseados que os distinguem dos demais falantes na sua comunidade. É também
chamado dialeto social ou variante diastrática. [10]
• linguagem padrão ou norma padrão ou norma culta: variedade linguística padronizada com base
em preceitos estabelecidos de seleção do que deve ou não ser usado, levando em conta fatores
linguísticos e não linguísticos, como tradição e valores socioculturais (prestígio, elegância, estética

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etc.). Corresponde à variedade usualmente adotada pelos falantes instruídos ou empregada na
comunicação pública.
• Idioletos: variedade peculiar a um único indivíduo ou o conjunto de traços próprios ao seu modo de
se expressar.
• registros (ou diátipos): o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou
profissões
• Etnoletos : variedade falada pelos membros de uma etnia (termo pouco utilizado, já que
geralmente ocorre em uma área geograficamente definida, coincidindo, portanto, com o conceito de
dialeto).
• Ecoletos, um idioleto adotado por um número muito reduzido de pessoas (membros de uma
família ou de um grupo de amigos, por exemplo).
Distinguem-se os dialetos, idioletos e socioletos não apenas por seu vocabulário, mas também por
diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais
nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como
palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica
da linguagem.
Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática da
linguagem padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses frequentemente usam modos
verbais, como o subjuntivo, que não são mais usados com frequência por outros falantes. Muitos
registros são simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargão).
Variações Linguísticas
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de
expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados
ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente
dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais
de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi
determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa a linguagem do dia a dia, das conversas
informais que temos com amigos, familiares etc.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as
quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas
em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um
exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra
farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas,
a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas.
Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

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Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como
exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais
como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às
características orais da linguagem.
Variações sociais ou culturais:
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução
de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap,
tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico.
Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática,
dentre outros.
As variações linguísticas reúnem as variantes da língua, que foram inventadas pelos homens e vem
sendo reinventada a cada dia.
Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais,
culturais e geográficos.
No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, a linguagem regional.
Tipos de Variações Linguísticas
Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo de atuação:
• Variações Geográficas: está relacionada com o local em que é desenvolvida, por exemplo, as
variações entre o português do Brasil e de Portugal.
• Variações Históricas: ela ocorre com o desenvolvimento da história, por exemplo, o português
medieval e o atual.
• Variações Sociais: são percebidas segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, por
exemplo, um orador jurídico e um morador de rua.
• Variação Situacional: ocorre de acordo com o contexto o qual está inserido, por exemplo, as
situações formais e informais.
Exemplos
Dentre os tipos de variações linguísticas podemos destacar:
• Regionalismo: particularidades linguísticas de determinada região.
• Dialetos: variações regionais ou sociais de uma língua.
• Socioletos: variantes da língua utilizadas por determinado grupo social.
• Gírias: expressões populares utilizadas por determinado grupo social.

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Linguagem Formal e Informal
Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem, a linguagem formal e
informal. Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita coloquial,
ou seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa.
No entanto, de acordo com o contexto que estamos inseridos devemos seguir as regras e normas
impostas pela gramática, por exemplo, quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou
organizamos nossa fala numa palestra (linguagem oral). Em ambos os casos, utilizaremos a
linguagem formal, a qual está de acordo com a normas gramaticais.
Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos discursos orais, uma vez que
quando produzimos um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras do
mesmo idioma: o português.
Preconceito Linguístico
O preconceito linguístico está intimamente relacionado com as variações linguísticas, uma vez que
ele surge para julgar as manifestações linguísticas ditas superiores.
Para pensarmos nele não precisamos ir muito longe, posto que no nosso país, embora o mesmo
idioma seja falado em todas as regiões, cada uma delas possui suas peculiaridades que envolvem
diversos aspectos históricos e culturais.
Sendo assim, a maneira de falar do norte é muito diferente da falada no sul do país. Isso ocorre
porque nos atos comunicativos, os falantes da língua vão determinando expressões, sotaques e
entonações de acordo com as necessidades linguísticas.
De tal modo, o preconceito linguístico surge no tom de deboche, sendo a variação apontada de
maneira pejorativa e estigmatizada.
Quem comete esse tipo de preconceito, geralmente tem a ideia de que sua maneira de falar é correta
e ainda, superior a outra.
Entretanto, devemos salientar que todas variações são aceitas e nenhuma delas é superior, ou
considerada a mais correta.
Antigamente

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
Carlos Drummond de Andrade
Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões
que já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.
Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?
Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por
“mina”, “gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”,
e assim por diante.

Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude
de vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.

Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:

Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a
palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio
eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de
pharmácia, agora, farmácia.

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Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de
uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é
tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a
oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.

Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos
destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem
coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas
pessoas de maior prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais
específica, como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.
Variantes Linguísticas
A língua pode transformar-se através do tempo devido a vários fatores vindos da própria sociedade.
Conheça as variantes linguísticas que ocorrem na língua
A língua pode transformar-se através do tempo devido a vários fatores vindos da própria sociedade,
pois ela não é regida por normas fixas e imutáveis. Uma mesma língua sempre estará sujeita a
variações, como a diferença de épocas, regionalidade, grupos sociais e diferentes situações, como a
fala formal e informal.
Você já deve ter percebido que, mesmo dentro do Brasil, por exemplo, existem várias maneiras de
falar a Língua Portuguesa. As pessoas se comunicam de formas diferentes e diversos fatores devem
ser considerados no nosso falar, incluindo a época, a região geográfica, idade, ambiente e o status
sociocultural dos falantes.
As variantes linguísticas que ocorrem na língua
Diante de tantas variantes linguísticas, é importante ressaltar que não existe forma mais correta de se
falar, e sim a maneira mais adequada de se expressar de acordo com o contexto e o interlocutor. Nós
adequamos o nosso modo de falar ao ambiente e não falamos da mesma forma que escrevemos.
Por exemplo, usar a linguagem formal escrita em uma comunicação informal é inadequado, pois pode
soar como artificial e pretensioso. O ideal é que saibamos adequar a nossa fala ao contexto de
comunicação, o que inclui o ambiente e o nosso interlocutor.
Confira a seguir quais são as diferentes variações linguísticas que ocorrem na língua:
• Variações diafásicas: Trata-se das variações que ocorrem em função do contexto comunicativo. A
ocasião determina como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou informal.
• Variações diastráticas: Variações que ocorrer devido à convivência entre os grupos sociais. Como
exemplos desta modalidade de variantes linguísticas temos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
Trata-se de uma variante social pertencente a um grupo específico de pessoas. As gírias pertencem
ao vocabulário de certos grupos, como, por exemplo, os surfistas, estudantes, policiais; já os jargões
estão relacionados com as áreas profissionais e se caracterizam pelo linguajar técnico. Como
exemplo, podemos citar os profissionais da Informática, os advogados e outros.
• Variações históricas: A língua não é fixa e imutável, mas sim dinâmica e sofre transformações ao
longo do tempo. A palavra “você”, por exemplo, tem origem na expressão de tratamento “vossa
mercê” e que se transformou sucessivamente em “vossemecê”, “vosmecê”, “vancê” até chegar no
abreviado “vc”.
• Variações diatópicas: São as variações que ocorrem pelas diferenças regionais. As variações
regionais são denominadas dialetos e fazem referência a diferentes regiões geográficas, de acordo
com a cultura local. A palavra “mandioca”, por exemplo, em certos lugares do Brasil, recebe outras
denominações, como “macaxeira” e “aipim”. Você já deve ter percebido que um mineiro não fala igual
ao paulista, gaúcho ou nordestino, por exemplo. São os sotaques, pertencentes a esta modalidade de
variante linguística e que estão ligados às marcas orais da linguagem.

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• Estamos inseridos em um sociedade dinâmica, a qual se transforma com o passar do tempo e
acaba transformando o modo pelo qual as pessoas estabelecem seus relacionamentos interpessoais.
Um bom exemplo de tais mudanças é a linguagem dos internautas, que em meio a tantas
abreviações e neologismos termina por criar um universo específico, no qual somente os
interlocutores são capazes de decifrar o vocabulário por eles utilizado.

Partindo dessa prerrogativa, ocupemo-nos em discorrer acerca dos tipos de variações que as línguas
apresentam, os quais dependem de fatores específicos, tais como condição social, faixa etária,
diferenças existentes entre uma região e outra, enfim...

Variações diafásicas

Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a
ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou
informal.

Variações diatópicas

São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra
“abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões
que se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.

Variações diastráticas

São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como
exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.
Variação linguística – A língua em movimento
A variação linguística é um interessante aspecto da língua portuguesa. Pode ser compreendida por
meio das influências históricas e regionais sobre os falares.
Você sabe o que é variação linguística?
A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por
intermédio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a
língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado e
imutável, a língua portuguesa ganha diferentes nuances. O português que é falado no Nordeste do
Brasil pode ser diferente do português falado no Sul do país. Claro que um idioma nos une, mas as
variações podem ser consideráveis e justificadas de acordo com a comunidade na qual se manifesta.
As variações acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é
compreensível que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas.
Os diferentes falares devem ser considerados como variações, e não como erros. Quando tratamos
as variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa, erroneamente, a língua
ao status. O português falado em algumas cidades do interior do estado de São Paulo, por exemplo,
pode ganhar o estigma pejorativo de incorreto ou inculto, mas, na verdade, essas diferenças
enriquecem esse patrimônio cultural que é a nossa língua portuguesa. Leia a letra da música “Samba
do Arnesto”, de Adoniran Barbosa, e observe como a variação linguística pode ocorrer:
Samba do Arnesto
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta

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Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever.
Samba do Arnesto, Adoniran Barbosa
Há, na letra da música, um exemplo interessante sobre a variação linguística. É importante ressaltar
que o código escrito, ou seja, a língua sistematizada e convencionalizada na gramática, não deve
sofrer grandes alterações, devendo ser preservado. Já imaginou se cada um de nós decidisse
escrever como falamos? Um novo idioma seria inventado, aboliríamos a gramática e todo o sistema
linguístico determinado pelas regras cairia por terra. Contudo, o que o compositor Adoniran Barbosa
fez pode ser chamado de licença poética, pois ele transportou para a modalidade escrita a variação
linguística presente na modalidade oral.
As variações linguísticas acontecem porque vivemos em uma sociedade complexa, na qual estão
inseridos diferentes grupos sociais. Alguns desses grupos tiveram acesso à educação formal,
enquanto outros não tiveram muito contato com a norma culta da língua. Podemos observar também
que a língua varia de acordo com suas situações de uso, pois um mesmo grupo social pode se
comunicar de maneira diferente, de acordo com a necessidade de adequação linguística. Prova disso
é que você não vai se comportar em uma entrevista de emprego da mesma maneira com a qual você
conversa com seus amigos em uma situação informal, não é mesmo?

A adequação é um tipo de variação linguística que consiste em adequar a língua às diferentes
situações comunicacionais
A tirinha Calvin e Haroldo, do quadrinista Bill Watterson, mostra-nos um exemplo bem divertido sobre
a importância da adequação linguística. Já pensou se precisássemos utilizar uma linguagem tão
rebuscada e cheia de arcaísmos nas mais corriqueiras situações de nosso cotidiano? Certamente
perderíamos a espontaneidade da fala, sem contar que a dinamicidade da comunicação seria
prejudicada. Podemos elencar também nos tipos de variação linguística os falares específicos para
grupos específicos: os médicos apropriam-se de um vocabulário próprio de sua profissão quando
estão exercendo o ofício, mas essas marcas podem aparecer em outros tipos de interações verbais.
O mesmo acontece com os profissionais de informática, policiais, engenheiros etc.
Portanto, apesar de algumas variações linguísticas não apresentarem o mesmo prestígio social no
Brasil, não devemos fazer da língua um mecanismo de segregação cultural, corroborando com a ideia
da teoria do preconceito linguístico, ao julgarmos determinada manifestação linguística superior a
outra, sobretudo superior às manifestações linguísticas de classes sociais ou regiões menos
favorecidas.
A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagem sistemática e
coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um deles é a língua.
Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nível cultural e a
situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente. Conceito Variedade é um conceito maior do
que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolinguística usam o termo leto,
aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos, são exemplos dessas
variações:

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• dialetos (variação diatópica?), isto é, variações faladas por comunidades geograficamente definidas.
• idioma é um termo intermediário na distinção dialeto
-linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado
tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é
irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num sentido mais geral); socioletos, isto é,
variações faladas por comunidades socialmente definidas
• linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da
educação
• idioletos, isto é, uma variação particular a uma certa pessoa
• registros (ou diátipos), isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou
profissões
• etnoletos, para um grupo étnico
• ecoletos, um idioleto adotado por uma casa
Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distinguidos não apenas por seu
vocabulários, mas também por diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo,
o sotaque de palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um
outro exemplo é como palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de
adaptação à fonologia básica da linguagem. Certos registros profissionais, como o chamado legalês,
mostram uma variação na gramática da linguagem padrão.
Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses frequentemente usam modos gramaticais, como o
modo subjuntivo, que não são mais usados com frequência por outros falantes. Muitos registros são
simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargão).É uma questão de definição se
gíria e calão podem ser considerados como incluídos no conceito de variação ou de estilo.
Coloquialismos e expressões idiomáticas geralmente são limitadas como variações do léxico, e de,
portanto, estilo.
Espécies De Variação
Variação Histórica
Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois
estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um
grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos sócio economicamente mais expressivo.
A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes
convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo
uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado.
Variação Geográfica Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre
regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em
torno de centros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões
linguísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças linguísticas entre as regiões são
graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas. Variação Social Agrupa alguns
fatores de diversidade: o nível socioeconômico, determinado pelo meio social onde vive um indivíduo;
o grau de educação; a idade e o sexo.
A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na
variação regional; ouso de certas variantes pode indicar qual o nível socioeconômico de uma pessoa,
e há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior
prestígio. Variação Estilística Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de
comunicação: se está em um ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto
tratado e quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível
identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo
sobre as normas linguísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que

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o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é
mais elaborado e complexo.
Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita e falada, pois os dois estilos
ocorrem em ambas as formas de comunicação. As diferentes modalidades de variação linguística não
existem isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser
vista como uma variante social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o
meio rural, por ser menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O
conhecimento do padrão de prestígio pode ser fator de mobilidade social para um indivíduo
pertencente a uma classe menos favorecida.
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SISTEMA DE COMUNICAÇÃO


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Sistema de Comunicações
Comunicação é um processo mediante o qual uma mensagem é enviada por um emissor, através de
um determinado canal, e entendida por um receptor (Vasconcellos, 1972:10).
É a rede por meio do qual fluem as informações que permitem o funcionamento da estrutura de forma
integrada e eficaz.
O Sistema de comunicação da empresa é de grande importância para a instituição não somente
interna como externa. É neste sistema que aplica as necessidades organizacionais, é nele que fluem
e que dá movimento a empresa. É preciso ser cuidadoso à comunicação informal aquela que surge
espontaneamente podendo ajudar a empresa com críticas internas para um determinado produto, é
necessário atenção também à comunicação errada entre os subordinados trazendo constrangimento
ou interferindo nas regras estabelecidas mudando até mesmo a cultura da empresa. O sistema de
comunicação faz parte do patrimônio da empresa. Há várias empresas de software no mercado
voltado especificamente para sistema de comunicação. Esses sistemas têm como finalidade de
dimensionar e qualificar a comunicação interna. Cria canais específicos, ajuda no diálogo entre os
subordinados, ajuda na gestão da empresa, lógico obedecendo aos critérios e culturas estabelecidas
da estrutura organizacional.
As empresas visando acrescentar seus lucros utilizam a comunicação para aumentar
consideravelmente suas vendas seja de produtos ou serviços. E conseguem não somente aumentar,
mas também melhora a sua marca. Há uma frase que é de grande importância no qual não sei quem
é o autor, mas sei que é muito verdadeira (a propaganda é a alma do negocio). Por tanto a
comunicação é muito importante em vários setores, em outros níveis de comunicação nos
informamos sobre tempo, notícias, sobre o que acontece ao nosso redor e na empresa é importante
ter uma boa comunicação até mesmo para informar a seus funcionários sobre seus benefícios
familiares, feriados entre outras comunicações.
Veja na figura abaixo um exemplo de sistema de comunicação para escola á distância:

No Sistema de comunicação deve ser considerado:
- O que dizer
- A quem dizer
- Quando dizer
- Com que frequência
- De que forma
- Por que meio de comunicação, entre outras.

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Portanto, deve ser considerada a forma da estutura organizacional da empresa para atender ás suas
necessidades.
Aspectos básicos de esquema de Comunicação na empresa:
O Formal – Segue a estrutura da escala hierárquica, é planejado, considerado, controlado.
O Informal – surge espontaneamente, no bate-papo no café ou na necessidade dos artefatos. Esta
poderá ser boa ou ruim para empresa.
O processo de comunicação, segundo (Philip Kotler), tem 9 variáveis, conforme figura abaixo.

Na transmissão da informação devemos avaliar a intervenção que chamamos de ruído representado
na figura, ele compreende qualquer acontecimento que se alterar no canal que não sejam os sinais
ou mensagens reais desejados pelo emissor é o que podemos dizer distorção da mensagem.
O Emissor é quem emite e o Receptor é quem capta a mensagem representam as partes que
envolvem os elementos da comunicação.
O que se comunica e de que maneira se comunica para o receptor fazem parte dos principais
elementos da comunicação que é a mensagem e o meio.
Os demais elementos que dizem respeito ao método de comunicação em si são Codificações,
decodificação, reposta e feedback.
Algumas considerações importantes desses elementos citados:
Emissor – É a pessoa ou organização que comunica algo, é quem emite a mensagem. Este terá que
saber qual será o público a ser atingindo, deverá considerar qual será o receptor da mensagem. Há
várias considerações nesse sentido. Quando vimos uma propaganda de um determinado produto, por
exemplo, Em que precisamos focar a imagem para a criança, mas a mensagem deverá ser passada
com estratégia para os adultos, pois eles que irão comprar.
Alguns exemplos de comunicação feita por um Emissor dentro de uma organização.
- Divulgar para os funcionários a festa de confraternização de final de ano.
- Convidar os funcionários para a festa.
- Divulgar as restrições que poderá exigir essa confraternização.
- Informar os funcionários dos brindes e brincadeiras.
- Agradecer antecipadamente pelo ano que se encerrou e a presença dos funcionários.
- Entre várias outras mensagens.

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Codificação / Decodificação – Neste deverá ser considerado o que expor na mensagem, o que
escrever e como será o texto, que tipo de figuras ou imagem a serem usadas para que o receptor
entenda e visualize da melhor forma possível a mensagem. É difícil encontrar uma maneira correta de
aceitação em um determinado texto para o receptor, haverá níveis diferentes de pessoas que devem
ser considerado. As vezes nos deparamos com exemplos de propaganda onde temos visões
diferentes de mensagem captadas. Ou seja, às vezes precisamos ver a propaganda duas ou mais
vezes para entendermos o foco da mensagem. Outras nem precisamos ver toda a propaganda para
já concluirmos com precisão.
Mensagem – Se editamos uma mensagem com texto simples, mas de boa qualidade no que diz
respeito à direção e clareza do assunto termos mais probabilidade de atingir o objetivo sem
distorções pelo receptor. É também uma questão de lógica, pois uma mensagem mal elaborada
poderá arruinar uma organização na questão da sua imagem. Um exemplo não muito longe ocorrido
e tenho até um exemplo com um amigo de faculdade no qual achei errada sua atitude, foi aproveitar
seus direitos na propaganda de uma determinada repartição que dizia no texto “Você quer pagar
quanto”?? Aproveitou e conseguiu comprar e pagar um televisor de 32 polegadas em infinitos meses
e apenas 1,00 por mês. Pode-se chamar isso de distorção seletiva.
Mídia – Há várias maneiras de transmitirmos mensagem por meio de mídias, como e qual a escolha
deverá ser considerada o publico a ser atingido, qual o texto, ou imagem a ser usado. Se for por meio
de rádio, e-mails, TV, outdoor, de panfletos, tudo isso terá que ser organizado, pois há custo em
qualquer tipo de mensagem a ser transmitida. Entretanto às vezes não se consegue um resultado
positivo de imediato, mas deverá ter que insistir para melhores resultados.
Algumas considerações necessárias para uma comunicação eficaz:
- Identificação do Público alvo – é importante considerar o nível social, há que grupo que pertence
de atitudes, religiões e crenças desse público.
- Elaborar a mensagem – Verificar estrutura, formato e o próprio texto.
- Determinar os objetivos da comunicação – o que deseja comunicar e para qual tipo de público.
- Selecionar os meios de comunicação – Cada meio traz um benefício diferente e com velocidade
dos resultados diferentes e com custo diferenciado que deve ser considerado no que busca com o
resultado a ser atingido. Ela poderá se pessoal ou por meio de propaganda através de mídias.
- Medir e avaliar a resultada do sistema de comunicação – Deverá avaliar o resultado atingindo no
projeto elaborado nos sentido de custos, em melhoria para a empresa, e as considerações para
melhorar a propaganda ou o projeto de comunicação.
Aspectos básicos de Fluxos de Comunicação na empresa:
As comunicações podem acontecer através dos seguintes fluxos:
» Horizontal: realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível hierárquico.

» Diagonal ou transversal: realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes.

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» Vertical: realizado entre níveis diferentes, mas da mesma área.

A comunicação como conceito é um processo de interação social através de símbolos e sistemas de
mensagens que produzem como parte da atividade humana. A comunicaç4ao é uma atividade
inerente à natureza humana que implica a interação e a posição comum de mensagens com
significados, através de diversos canais e meios para influir, de alguma maneira, no comportamento
de outros e na organização e desenvolvimento dos sistemas sociais. Considera-se a comunicação
como um processo humano de interação de linguagens que encontram além da transposição da
informação. A comunicação mais é um fato sociocultural do que um processo meramente mecânico.
A comunicação pode passar a ser um campo animado de investigação e teoria. É uma das mais
ativas encruzilhadas no estudo profundo do comportamento humano o qual é perfeitamente
compreensível, já que a comunicação é um processo social considerado fundamental. Sem a
comunicação, não existiriam os grupos humanos nem as sociedades. Dificilmente se pode teorizar ou
projetar uma investigação em qualquer campo do comportamento humano, sem fazer algumas
suposições a respeito da comunicação humana.
Comunicação e integração representam a essência do desenvolvimento não só para o ser humano
senão também para uma estrutura organizacional.
Continuando a conceituar comunicação nos encontramos com que a mesma é um conjunto de
técnicas e atividades que procuram a fluidez de mensagens entre os membros de uma organização,
assim como entre esta e seu maio, afetando opiniões, atitudes e condutas, tanto para os receptores
internos como externos à mesma, para poder alcançar com a maior eficácia seus objetivos,
baseando-se na investigação para conseguir as oportunidades nas diferentes áreas em função do
conhecimento das problemáticas e de distintas necessidades.
A comunicação, num nível gerencial determina a eficiência, tanto para a solução de problemas, como
para o fortalecimento das relações entre aqueles que a conformam, estruturando dessa forma o
planejamento e o controle.
A grande maioria das teorias da comunicação, além de assumir de alguma maneira o sentido do
conceito como persuasão, não se refere explicitamente ao estudo do processo de comunicação como
um fenômeno geral que se desenvolve em todo tipo de relação entre os homens, senão que
concentram sua atenção principalmente na chamada comunicação social, e especialmente no uso
eficaz dos meios de difusão coletiva, mais conhecidos como meios de comunicação massiva
Espectro Eletromagnético

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Desde a elaboração das leis de Maxwell, por James C. Maxwell, até os dias atuais têm ocorrido
grandes evoluções no ramo de estudo das ondas eletromagnéticas. Hoje já se tem conhecimento de
vários tipos de ondas eletromagnéticas, mas todas elas pertencem à mesma natureza, ou seja, são
constituídas de campos elétricos e campos magnéticos. O espectro eletromagnético é o intervalo
completo da radiação eletromagnética que contém as ondas de rádio, as microondas, o
infravermelho, os raios X, a radiação gama, os raios violeta e a luz visível ao olho humano.

De forma geral, os vários tipos de ondas eletromagnéticas diferem quanto ao comprimento de onda,
fato esse que modifica o valor da freqüência, e também da forma com que elas são produzidas e
captadas, ou seja, de qual fonte elas originam e quais instrumentos são utilizados para que se possa
captá-las. No entanto, todas elas possuem a mesma velocidade, ou seja, v = 3,0 x 10
8
m/s e podem
ser originadas a partir da aceleração de cargas elétricas.
Ondas de Rádio

As ondas eletromagnéticas de baixas freqüências, até cerca de 10
8
Hz, são denominadas de ondas
de rádio. São denominadas dessa forma porque são utilizadas para fazer as transmissões das
estações de rádio. Nas estações existem circuitos elétricos próprios que fazem com que os elétrons
da antena emissora oscilem, emitindo as ondas de rádio que transportam mensagens.

Microondas

São ondas de frequência bem mais elevadas que as frequências das ondas de rádio. Essas ondas
possuem frequências compreendidas entre 10
8
Hz e 10
11
Hz. Hoje essas ondas são utilizadas
amplamente na fabricação dos aparelhos de microondas como também nas telecomunicações,
transportando sinais de TV via satélite ou transmissões telefônicas.

Radiação Visível

As ondas eletromagnéticas que possuem freqüência compreendida entre 4,6 x 10
14
Hz e 6,7 x
10
14
são de extrema importância para nós, seres humanos, pois elas são capazes de sensibilizar
nossa visão, essas são as chamadas radiações luminosas, ou seja, a luz. As radiações luminosas
possuem um pequeno espaço no espectro eletromagnético. Sendo assim, os olhos humanos não
conseguem ver o restante das radiações que compõe o espectro eletromagnético.

Radiação Ultravioleta

As freqüências dessa radiação são superiores às da região visível ao olho humano. Essas radiações
são emitidas pelos átomos quando excitados como, por exemplo, em lâmpadas de vapor mercúrio
(Hg), acompanhando a emissão de luz. Por não serem visíveis os raios ultravioletas podem causar
sérios danos à visão humana
Localização em Redes GSM I: Modelos de Propagação
Quando o nível de um sinal não pode ser medido com equipamentos próprios em um receptor, ele
pode ser calculado por meio de modelos matemáticos determinísticos e/ou empíricos que tentam, por
aproximação, simular o comportamento das ondas eletromagnéticas durante a propagação em um
determinado meio.
O comportamento da onda no espaço livre foi o primeiro a ser estudado e modelado. O modelo de
propagação em Terra Plana surgiu logo após. Ambos se enquadram como determinísticos. Como
modelos empíricos, elaborados a partir de resultados obtidos em experimentos, os mais comuns são
o de Hata e o Log-Distância.
A seguir, os modelos serão descritos, visando uma melhor compreensão deste tema.
Espaço Livre
Este modelo de propagação é usado para predição da intensidade com a qual um sinal transmitido
chega ao seu receptor, quando as duas pontas do enlace apresentam entre elas uma linha de visada
não-obstruída por nenhum obstáculo. Sistemas de comunicação via satélite e enlaces de microondas

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utilizam, tipicamente, a propagação no espaço livre como modelo para cálculo da potência recebida.
O modelo diz que a potência que chega ao receptor decai à medida que a distância de separação
entre o transmissor e o receptor aumenta. Além disso, fatores como o ganho de ambas as antenas,
potência transmitida e perdas sofridas durante a propagação influenciam diretamente no cálculo da
intensidade do sinal que é recebido.
Terra Plana
O modelo descrito anteriormente ajuda na compreensão por se tratar de um caso particular deste.
Este método se aplica às situações mais práticas. Ele também leva em conta a linha de visada entre
as duas pontas, como no modelo Free Space. A grande diferença é que o modelo Terra Plana
considera para os cálculos as componentes refletidas da onda na superfície terrestre. Ou seja, para
determinar o sinal resultante em uma das pontas é necessário conhecer o coeficiente de reflexão. O
coeficiente é determinado através de fórmulas e dependerá do ponto de reflexão na superfície da
Terra, além da polarização da onda que está sendo refletida. Para encerramento, este modelo não é
adotado para grandes distâncias, uma vez que ele não considera em seus cálculos a curvatura da
Terra [8].
A seguir, a figura 4 ilustra as duas componentes da onda utilizadas para o cálculo neste modelo:

Modelo de Hata
O modelo de Hata surgiu com base no modelo de Okumura. Ele funciona para casos em que o sinal
transmitido esteja na banda de 150 a 1500 MHz. O Hata, assim como o Okumura, leva em
consideração a qualificação do meio: se é rural, urbano ou suburbano. Trata-se de um modelo bem
prático, porém subjetivo na hora da escolha da qualificação do meio [9].
Log-Distância
Este modelo de propagação é totalmente relevante neste trabalho, já que ele fará parte da
implementação prática, a ser apresentada no tutorial parte II.
O modelo de propagação Log-Distância é baseado em resultados experimentais. Utiliza métodos
totalmente diferentes dos modelos anteriores. Ele independe da freqüência do sinal transmitido e do
ganho das antenas transmissora e receptora. Além disso, este modelo diz que a potência recebida
diminui, em escala logarítmica, com a distância de separação entre Tx e Rx. Para facilitar o
entendimento, segue abaixo a equação base do Log-Distância:

Na equação anterior, Pr(d) é a potência recebida em um determinado ponto; Pr(d0) é a potência
recebida no ponto referência “d0”, n é o coeficiente de densidade urbanística, d é a distância do ponto
desconhecido até uma referência, d0 é a distância do ponto “d0” até o outro ponto referência.

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Conforme pôde ser observado, o modelo ainda conta com uma variável n, denominado expoente de
perda de trajeto. Isto é, dependendo do meio em que o sinal transmitido se propaga, a
variável n poderá assumir diferentes valores. A seguir tem-se uma tabela relacionando o ambiente em
que o sinal se propaga e o valor assumido por n:
Percebe-se que, assim como o Hata, o modelo Log-Distância pode ser considerado subjetivo, pois os
conceitos de tipo de ambiente não são bem definidos, cabendo a pessoa qualificar o meio de acordo
com sua interpretação. Ou seja, o valor de n poderá variar de um cálculo para o outro, dependendo
de como quem fez o cálculo avaliou o ambiente.
O modelo, por ser empírico, tem como premissa os valores de potência recebida em um determinado
ponto denominado “d0”, além da distância real deste ponto escolhido até a outra ponta. A partir disso,
conhecendo a variável n, “d0” e a potência recebida pela ponta em “d0”, torna-se possível então,
obter a intensidade do sinal recebido em qualquer outro ponto vizinho de “d0”, com as mesmas
características do meio utilizado para o cálculo das premissas [7].
Sendo assim, com base em tudo que foi lido até aqui, o leitor se encontra apto e fundamentado
teoricamente para o entendimento da implementação, da metodologia utilizada e para discutir sobre
os fatores que podem influenciar na prática.
Rede de Telefonia Fixa
A rede telefônica fixa é o sistema básico de telecomunicações que correspondente aos aparelhos
utilizados pelos usuários do sistema --- e de um vasto conjunto de acessórios, tudo isto com o
objetivo de prover a interligação dos usuários do sistema de telefonia (assinantes) à central
telefônica e as várias centrais entre si.
Outro termo utilizado é sistema telefônico, que pode ser conceituado como o sistema que permite a
comunicação de dois assinantes, através do telefone. Esse sistema divide-se em subsistemas que
interagem operacionalmente para formar a rede de telefonia como conhecemos: Rede de
Comutação, Rede de Acesso, Rede de Transmissão e Infraestrutura para Sistemas de
Telecomunicações.
Além desses subsistemas, existe o subsistema de sinalização por canal comum número 7,
responsável pela inteligência de comunicação entre os elementos da rede de telecomunicações.
O subsistema de sinalização por canal comum número 7 é originalmente chamado em
inglês SS7 (signaling system number 7).
Existem ainda sistemas secundários que fornecem apoio aos equipamentos de comutação e
transmissão, são chamados de infraestrutura. Fazem parte desse conjunto, por exemplo, torres de
transmissão, aterramento, refrigeração e energia.
Divisões do Sistema Telefônico
1. Rede de Comutação: equipamentos necessários à seleção do caminho que possibilita a
comunicação entre os usuários.
2. Rede de Acesso: suporte físico necessário para a comunicação.
3. Rede de Transmissão: suporte físico ou não que permite a propagação da informação.
4. Infraestrutura para Sistemas de Telecomunicações: sistemas secundários que fornecem apoio aos
equipamentos de transmissão e comutação, como, por exemplo, o sistema de energia que alimenta
eletricamente as partes componentes dos outros sistemas.
Telemática
Telemática é a comunicação à distância de um ou mais conjunto de serviços informáticos fornecidos
através de uma rede de telecomunicações.
[1]

Telemática é o conjunto de tecnologias da informação e da comunicação resultante da junção entre
os recursos das telecomunicações (telefonia, satélite, cabo, fibras ópticas etc.) e da informática

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(computadores, periféricos, softwares e sistemas de redes), que possibilitou o processamento, a
compressão, o armazenamento e a comunicação de grandes quantidades de dados (nos formatos
texto, imagem e som), em curto prazo de tempo, entre usuários localizados em qualquer ponto do
Planeta.
A telemática pode ser definida como a área do conhecimento humano que reúne um conjunto e o
produto da adequada combinação das tecnologias associadas à eletrônica, informática e
telecomunicações, aplicados aos sistemas de comunicação e sistemas embarcados e que se
caracteriza pelo estudo das técnicas para geração, tratamento e transmissão da informação, na qual
estão sendo sempre mostradas as características de ambas, porém apresentando novos produtos
derivados destas características.
Comutação
A comutação é o processo de interligar dois ou mais pontos entre si. No caso de telefones,
as centrais telefônicas comutam (interligam) dois terminais por meio de um sistema automático, seja
ele eletromecânico ou eletrônico.
O termo comutação surgiu com o desenvolvimento das Redes Públicas de Telefonia e significa
alocação de recursos da rede (meios de transmissão, etc.) para a comunicação entre dois
equipamentos conectados àquela rede.
Tipos de comutação
A comutação pode ser por circuitos, mensagens ou pacotes.
Comutação de circuitos
Um circuito físico real é formado entre os dois equipamentos que desejam se comunicar. Os
elementos de comutação da rede unem (ou conectam) circuitos ponto a ponto independentes até
formar um "cabo" que interligue os dois pontos.
Comutação de mensagem
Não é estabelecido um caminho dedicado entre os dois equipamentos que desejam trocar
informações. A mensagem que tem que ser enviada é transmitida a partir do equipamento de origem
para o primeiro elemento de comutação, que armazena a mensagem e a transmite para o próximo
elemento. Assim, a mensagem é transmitida pela rede até que o último elemento de comutação
entregue-a ao equipamento de destino. Neste tipo de comunicação, a rede não estabelece o tamanho
da mensagem, podendo esta ser ilimitada.
Comutação de pacotes
Possui uma filosofia de transmissão semelhante à comutação de mensagem, ou seja, os pacotes são
transmitidos através dos elementos de comutação da rede até o seu destino.
A principal diferença entre as duas é que, ao contrário da primeira, na comutação por pacotes o
tamanho dos bloco de transmissão é definido pela rede. Em consequência, a mensagem a ser
transmitida deve ser quebrada em unidades menores (pacotes).
Ao quebrar a mensagem em pacotes, a rede pode transmitir os pacotes de uma mesma mensagem
por vários caminhos diferentes, otimizando os recursos da rede. A desvantagem é que os pacotes
podem chegar na ordem trocada, necessitando da criação de mecanismos de ordenamento.
Comutação de circuitos
A comutação de circuitos, em redes de telecomunicações, é um tipo de alocação de recursos para
transferência de informação que se caracteriza pela utilização permanente destes recursos durante
toda a transmissão. É uma técnica apropriada para sistemas de comunicações que apresentam
tráfego constante (por exemplo, a comunicação de voz), necessitando de uma conexão dedicada
para a transferência de informações contínuas.
Funcionamento

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Essencialmente, uma comunicação via comutação de circuitos entre duas estações se subdivide em
três etapas: o estabelecimento do circuito, a conversação e a desconexão do circuito.
Na primeira etapa, uma rota fixa entre as estações envolvidas é estabelecida para que elas possam
se comunicar. Entre uma ponta e outra da comunicação, é determinada e alocada uma conexão
bidirecional (isto é, um circuito), contendo um canal dedicado para cada estação transceptora até o
término da comunicação.
Em seguida, as estações envolvidas podem trocar informações entre si, transmitindo e recebendo
dados através do circuito já estabelecido. Esta transferência de dados corresponde a segunda etapa
da comutação de circuitos.
Após um período indeterminado, a conexão é finalmente encerrada, quase sempre pela ação de uma
das estações comunicantes. Nesta última etapa, todos os nós intermediários do circuito precisam ser
desalocados de modo a serem reutilizados, conforme necessário, para formar novos circuitos entre
quaisquer estações pertencentes à rede. Para tanto, sinais de controle são transmitidos para estes
nós, liberando recursos para outras conexões.
Chaveamento
Existem três maneiras diferentes de se alocar canais de comunicação em comutação de circuitos.
São elas:
• Chaveamento espacial: é estabelecido um caminho entre duas estações por meio
de enlaces físicos permanentes durante toda a comunicação. Ao longo desse caminho, uma
sucessão de chaves físicas, cada uma em um nó intermediário, formam um circuito através da
interconexão entre suas portas;
• Chaveamento de frequências: é estabelecida uma associação entre dois canais de frequência em
cada enlace. Um nó intermediário, ao receber um sinal de uma onda portadorade determinada
frequência, realiza a filtragem e de modulação deste sinal para sua posterior modulação e
transmissão na outra frequência associada.
• Chaveamento do tempo: é estabelecida uma associação de dois canais de tempo em cada enlace.
Cada nó intermediário associa um canal TDM síncrono de uma linha com outro canal TDM síncrono
de outra linha, demultiplexando o sinal de um circuito desejado para ser multiplexado e encaminhado
para outro nó.
Aplicação
A comutação de circuitos é muito empregada em sistemas telefônicos, devido a natureza contínua
que caracteriza a comunicação por voz. Este comportamento constante da comunicação é um fator
determinante para o emprego de tal técnica, uma vez que a utilização de comutação de circuitos em
transmissões de dados que se caracterizam por rajadas ou longos períodos de inatividade resulta em
desperdício da capacidade do meio físico.
Comutação Rápida de Circuitos
Para contornar o problema do desperdício de recursos quando um circuito está ativo porém suas
estações comunicantes se encontram em silêncio, foi desenvolvida a chamada comutação rápida de
circuitos (Fast Connect Circuit Switching). Ela consiste num conjunto de técnicas que permitem a
detecção de períodos de silêncio em circuitos que se encontram ociosos, liberando temporariamente
os recursos alocados para serem utilizados na criação de outros circuitos. Assim que uma das
estações volta a transmitir, o circuito deve ser rapidamente restabelecido para que a conversação
possa prosseguir. Entretanto, existe uma probabilidade de que a conexão não seja recuperada por
falta de recursos, no caso de os nós intermediários da rede se encontrarem quase todos ocupados
com outras conversações.
Redes IP I: Fundamentos Redes
Para ser possível o aprofundamento nos assuntos referentes a protocolos de roteamento dinâmicos,

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torna-se necessário dedicar um breve capítulo sobre alguns fundamentos de redes.
Internet
Quando se fala em redes, não se pode deixar de citar sobre a internet, que é um conglomerado de
várias redes, assim, formando uma estrutura importantíssima nas comunicações.
Existem algumas denominações para a palavra internet.
Para KUROSE & ROSS:
“A internet permite que aplicações distribuídas que executam em seus sistemas finais troquem dados
entre si (KUROSE ; ROSS, 2009, p. 4)”.
Já a definição de TANEMBAUM para a internet é a seguinte:
“Uma máquina está na Internet quando executa a pilha de protocolos TCP/IP, tem um endereço IP e
pode enviar pacotes IP a todas as outras máquinas da Internet (TANEMBAUM, 2003, p. 60)”.
Nos dias atuais, a internet pública é uma rede de computadores mundial, ou seja, é uma rede que
interconecta milhões de equipamentos de computação ao redor do mundo. Não se passou muito
tempo, tais equipamentos eram PCs tradicionais de mesa, estações de trabalhos com
sistemas Unix (Plataforma de sistemas operacionais) e os chamados servidores que armazenam e
transmitem informações, como páginas Web e mensagens de E-mail. (KUROSE ; ROSS, 2009).
Entretanto, sistemas finais que até algum tempo atrás não eram componentes tradicionais na internet
como agendas digitais (PDAs), TVs, computadores portáteis, telefones celulares, automóveis,
equipamentos de sensoriamento ambiental, telas de fotos, sistemas domésticos elétricos e de
segurança, câmeras Web e até mesmo torradeiras estão sendo cada vez mais conectados à Internet
(KUROSE, ROSS, 2009).
Grande parte deste crescimento se deve às empresas denominadas de provedores de serviços de
Internet ISPs – Internet Service Providers (Provedores de Serviços para Internet). Tais empesas
oferecem aos usuários a possibilidade de acessar de seus computadores, ou outros dispositivos
finais, acesso à internet e, posteriormente, ao conteúdo de páginas HTTP (Protocolo de transmissão
de hipertexto que é executado na camada de aplicação), correio eletrônico, entre outros serviços
(TANEMBAUM, 2003).
Os sistemas finais, os roteadores e outros dispositivos da internet executam protocolos que realizam
o controle de envio e recebimento de informações pela internet. O TCP – Transmission Control
Protocol -(Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP – Internet Protocol - (Protocolo de Internet)
são dois dos protocolos mais conhecidos na Internet (KUROSE ; ROSS, 2009).
Essas empresas reuniram dezenas de milhões de novos usuários por ano durante a década passada,
alterando completamente a característica da rede, que passou de um jogo acadêmico e militar para
um serviço de utilidade pública, muito semelhante ao sistema telefônico (TANEMBAUM, 2003, p. 62)
Os parágrafos anteriores referiram-se sobre os sistemas finais, que são conectados por enlaces
(links) de comunicação. Podem-se utilizar muitos tipos de enlaces de comunicação, que são
constituídos de diferentes meios físicos. Os que se destacam são cabos coaxiais, fios de cobre, fibras
óticas e ondas de radiofrequência. de acordo com o meio físico escolhido, podem-se obter taxas de
transmissão distintas, cujas são medidas em bits por segundo – bps (bits: Menor unidade de
informação que pode ser armazenada ou transmitida) (KUROSE ; ROSS, 2009).
Geralmente, os sistemas finais não são interligados diretamente por um único enlace. Em vez disso,
são conectados indiretamente por equipamentos intermediários de comutação, conhecidos como
comutadores de pacotes.
Um comutador de pacotes encaminha a informação que está chegando em um de seus enlaces de
comunicação de entrada para um de seus enlaces de comunicação de saída. No jargão das redes de
computadores, o bloco de informação é denominado de pacote (KUROSE ; ROSS, 2009, p. 3).

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A sequência de enlaces que um pacote pode percorrer desde o sistema remetente até o sistema
receptor é conhecida como rota ou caminho através da rede. Ao invés de prover um caminho
dedicado entre os sistemas finais, a Internet usa uma técnica conhecida como comutação de pacotes.
Dessa forma, tal técnica permite que vários sistemas finais compartilhem ao mesmo tempo um
caminho ou parte deles.
A comutação de pacotes utiliza a transmissão store-and-forward (Armazena e Envia). Um pacote é
acumulado na memória de um roteador e, após, é transmitido ao roteador seguinte (TANEMBAUM,
2003). Este assunto será tratado com maior ênfase posteriormente, pois trata-se de um dos escopos
do trabalho.
Para que seja possível um entendimento mais claro, segue na Figura 1 um diagrama básico da
estrutura da Internet.

Encerra-se assim o estudo sobre a estrutura geral da internet e o que foi demonstrado servirá como
base para outros assuntos que dependem deste.
Componentes e conceitos de telefonia
Aplica-se a:Exchange Online, Exchange Server 2013, Exchange Server 2016
Tópico modificado em:2013-04-25
Se você estiver planejando e implantando MicrosoftExchange 2013 Unificação de mensagens (UM)
em sua rede, é preciso entender as redes de Unificação de mensagens e telefonia. Este tópico
fornece uma visão geral de telefonia conceitos de infraestrutura e componentes que ajudarão você a
planejar e implantar servidores que executam Exchange 2013 Unificação de mensagens.
Nas versões do Microsoft Exchange antes de Exchange Server 2007, principal responsabilidade
Exchange do administrador foi gerenciar mensagens de email e, às vezes, gerenciando uma
infraestrutura de rede. Versões anteriores do Exchange não têm recursos de Unificação de
mensagens. os administradores Exchange Server versão 5.5, Exchange 2000 Server e Exchange
Server 2003 voltadas para o ambiente de Exchange e a infraestrutura de rede e se baseavam
intensamente em consultores de telefonia para gerenciar o seu ambiente de telefonia e infra-
estrutura.
Conceitos e componentes
Para implantar a Unificação de mensagens no Exchange 2013, você deve ter uma boa compreensão
dos conceitos de telefonia básica e componentes de telefonia. Depois de você obter uma boa
compreensão de Noções básicas de telefonia, você pode integrar com êxito Exchange 2013
Unificação de mensagens em uma organização Exchange 2013. Componentes e conceitos básicos
incluem o seguinte:
• Redes comutadas e comutação de pacotes

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• PBX (Central Privada de Comutação Telefônica)
• PBX IP
• Voice over Internet Protocol (VoIP)
• Gateways VoIP
Redes telefônicas comutadas
Em redes telefônicas comutadas, como a comutação telefônica PSTN (rede pública), várias
chamadas são transmitidas entre o mesmo meio de transmissão. Frequentemente, a mídia usada no
PSTN é cobre. No entanto, cabo de fibra óptica também pode ser usado.
Uma rede baseada em circuitos comutados é uma rede em que existe uma conexão dedicada. Uma
conexão dedicada é um circuito ou o canal configurar entre dois nós para que eles possam se
comunicar. Depois que uma chamada é estabelecida entre dois nós, a conexão pode ser usada
somente por esses dois nós. Quando a chamada é encerrada por um de nós, a conexão será
cancelada.
Existem dois tipos básicos de redes telefônicas comutadas: analógicas e digitais. Analógico foi
projetado para transmissão de voz. Por muitos anos, estava apenas PSTN analógico, mas hoje em
dia, redes baseadas no circuito como PSTN deixaram de analógico para digital. Para dar suporte a
um voz analógicos transmissão sinalizam por uma rede digital, o sinal de transmissão analógico deve
ser codificado ou convertido em formato digital antes que ele entre a telefonia WAN. Na extremidade
de recepção da conexão, o sinal digital deve ser decodificado ou convertido de volta em um formato
de sinal analógico.
Há vantagens e desvantagens para redes telefônicas comutadas. Redes telefônicas comutadas tem
várias desvantagens. Redes telefônicas comutadas podem ser relativamente ineficientes, porque a
largura de banda pode ser perdida. Isso não é o caso quando VoIP for usado em uma rede de
comutação de pacotes. VoIP compartilha a largura de banda disponível com todos os outros
aplicativos de rede e faz uso mais eficiente de largura de banda disponível. Redes telefônicas
comutadas outra desvantagem é que você precisa provisão para o número máximo de chamadas
telefônicas que serão necessários para os horários de pico de uso e pagando o uso do circuito ou
circuitos para suportar o número máximo de chamadas.
Comutação por circuito tem uma grande vantagem sobre redes de comutação de pacotes. Em uma
rede baseada em circuitos comutados, quando você usa um circuito, você tem o circuito completo
para o tempo que você está usando o circuito sem concorrência de outros usuários. Isso não é o caso
com redes de comutação de pacotes.
Redes de comutação de pacotes
Comutação de pacotes é uma técnica que divide uma mensagem de dados em unidades menores,
chamadas de pacotes. Os pacotes são enviados ao seu destino pela melhor rota disponível e, em
seguida, eles são reorganizados na extremidade de recepção.
Em redes de comutação de pacotes, como a Internet, pacotes são roteados para seu destino por
meio da rota mais apropriada, mas não todos os pacotes entre dois hosts em viagem viajam da
mesma rota, mesmo aqueles partir de uma única mensagem. Isso quase garante que os pacotes
chegará em momentos diferentes e fora de ordem. Em uma rede de comutação de pacotes, pacotes
(mensagens ou fragmentos de mensagens) são roteados individualmente entre os nós links de dados
que podem ser compartilhados por outros nós. Com comutação de pacotes, ao contrário de alternar
de circuito, várias conexões a nós na rede compartilham a largura de banda disponível.
Redes de comutação de pacotes existirem para habilitar a comunicação de dados na Internet em todo
o mundo. Uma rede pública de dados ou comutação de pacotes é o equivalente de dados para o
PSTN.
Redes de comutação de pacotes também são encontradas em ambientes de rede tais como LAN e
WAN redes. Um ambiente WAN de comutação de pacotes se baseia em circuitos telefônicos, mas os

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circuitos são organizados para que elas mantenham uma conexão permanente com seu ponto de
extremidade. Em um ambiente de comutação de pacotes de LAN, tais como uma rede Ethernet, a
transmissão de pacotes de dados se baseia em pacotes comutadores, roteadores e cabos da LAN.
Em uma LAN, a opção estabelece uma conexão entre dois segmentos de tempo suficiente para
enviar o pacote atual. Pacotes de entrada são salvas em uma área de memória temporária ou no
buffer na memória. Em uma LAN Ethernet-based, um quadro de Ethernet contém a parte de carga ou
dados do pacote e um cabeçalho especial que inclui as informações de endereço (MAC) do controle
de acesso mídia para a origem e destino do pacote. Quando os pacotes chegam ao seu destino, eles
são devolvidos na ordem por assembler um pacote. Assembler um pacote é necessário devido às
rotas diferentes que levam os pacotes.
Rede de comutação de pacotes possibilitou para a Internet existam e, ao mesmo tempo, fez redes de
dados — redes IP especialmente baseado em LAN — vasta e mais disponível.
PBX
Um PBX herdado é um dispositivo de telefonia que atua como um comutador para alternar entre as
chamadas em uma rede baseada em circuitos comutados ou de telefonia.
Um PBX é um dispositivo de telefonia usado pelas empresas mais médias e tamanho maior. Um PBX
permite que os usuários ou assinantes do PBX para compartilhar um determinado número de linhas
externas para fazer chamadas telefônicas consideradas externas ao PBX. Um PBX é uma solução
muito mais barata que oferecendo cada usuário em uma empresa uma linha telefônica externo
dedicado. Conjuntos de telefone, além para muitos outros dispositivos de comunicação, modems e
máquinas de fax podem ser conectados a um PBX.
O equipamento de PBX normalmente está instalado no local de uma empresa e os conecta
chamadas entre os telefones localizado e instalado no site de negócios. Um número limitado de
linhas externas, também conhecido como linhas de tronco, está normalmente disponível para fazer e
receber chamadas externas para os negócios de uma fonte externa, como a PSTN.
Chamadas de negócios internos feitas para números de telefone externo usando um sistema PBX
são feitas por discar 9 ou 0 alguns sistemas seguidos do número externo. Uma linha de tronco a
saída será selecionada automaticamente para completar a chamada. Por outro lado, as chamadas
feitas entre usuários dentro da empresa normalmente não exigem dígitos de discagem especiais ou o
uso de uma linha externa do tronco. Isso ocorre porque as chamadas internas são roteadas ou
comutadas pelo PBX entre telefones fisicamente conectado ao PBX.
Em empresas de médio porte e tamanho maior, as seguintes configurações de PBX são possíveis:
• Um PBX único que ofereça suporte a empresa inteira.
• Um agrupamento de dois ou mais PBXs não ou na rede conectados entre si.
• Um agrupamento de dois ou mais PBXs conectados juntos ou em rede.
PBX IP
Um PBX IP é um sistema PBX que oferece suporte ao protocolo IP para estabelecer uma conexão
usando uma LAN Ethernet ou comutação de pacotes de telefones e envia suas conversas com voz
nos pacotes IP. Um PBX IP híbrido oferece suporte ao protocolo IP para enviar as conversas com voz
em pacotes, mas também se conecta tradicional analógicas e digitais comutadas Multiplex de divisão
de tempo (TDM) telefones. Um PBX IP é equipamento reside em uma empresa privada, em vez da
companhia telefônica de comutação telefônica.
PBXs IP são freqüentemente mais fácil de administrar que PBXs herdados, pois os administradores
podem facilmente configurar seus serviços de PBX IP usando um navegador da Internet ou outro
utilitário com base em IP. Além disso, nenhum fiação adicional, cabeamento ou painéis de patch
devem ser instalados. Com um PBX IP, mover um telefone com base em IP é tão simple quanto
desconectando um telefone e conectá-lo em um novo local, em vez das chamadas de serviço
dispendiosa para mover um telefone de fornecedores de PBX herdados. Além disso, as empresas

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que possuem um IP-PBX não têm os custos de infraestrutura adicional necessários para manter e
gerenciar as duas separada baseada em circuitos comutados e redes de comutação de pacotes.
PBXs habilitados para SIP
Um PBX habilitado para SIP é um dispositivo de telefonia que atua como comutador de rede para
transferir chamadas em uma rede de telefonia ou de comutação de circuitos. Entretanto, a diferença
entre um PBX habilitado para SIP e um PBX tradicional é que o PBX habilitado para SIP pode se
conectar à Internet e usar o protocolo SIP para fazer chamadas pela Internet.
PBXs habilitados para SIP usam um formato para chamadas que inclui um URI do SIP contendo um
número e. 164 global e o "usuário = telefone" parâmetro. Por exemplo:
sip:[email protected];user=phone
O número de E164 começa com um prefixo "+" e não contém um parâmetro de contexto de telefone
ou qualquer separadores. Suportam a PBXs habilitados para SIP TCP e UDP. UDP ainda é muito
usada com sistemas herdados. PBXs habilitados para SIP também suportam Mutual Transport Layer
Security (TLS mútuo) e pesquisas DNS.
VoIP
Voice over Internet Protocol (VoIP) é uma tecnologia que contém o hardware e software que permite
que as pessoas usar uma rede baseada em IP como o meio de transmissão para chamadas
telefônicas. No VoIP, dados de voz serão enviados em pacotes usando IP, em vez de transmissões
de circuito tradicional ou as linhas telefônicas comutadas de PSTN. Um gateway de VoIP que você se
conectar à sua rede IP usa protocolos VoIP para enviar pacotes de dados entre os servidores de
acesso para cliente e caixa de correio de Exchange 2013 e um sistema PBX de voz.
Gateways VoIP
Um gateway VoIP é um dispositivo de hardware de terceiros ou o produto que se conecta a um PBX
herdado à sua rede local. O gateway VoIP permite que o sistema PBX se comunicar com seu
Exchange 2013 caixa de correio e servidores de acesso para cliente executando a Unificação de
mensagens do Microsoft Exchange e serviços de Unificação de mensagens de chamada roteador.
Métodos de Comutação
O método de comutação é a forma como a informação é encaminhada entre pontos, por exemplo, se
segue um mesmo caminho ou pode seguir caminhos distintos. Existem outros parâmetros que a
comutação é responsável, os quais serão demonstrados em frente. Nos dias atuais, os métodos
podem se dividir em dois: a comutação de circuitos e a de pacotes. Há ainda a comutação de
mensagem, porém, por se tratar de uma técnica antiga e pouco utilizada, não será tratada neste
estudo. Um detalhamento sobre as duas técnicas mais utilizadas seguem abaixo.
Comutação de Circuitos
Para que seja possível estruturar um estudo sobre roteamento, primeiramente é necessário entender
os dois métodos de comutação que podem ser empregados em uma rede. O primeiro a ser tratado
será a comutação de circuitos.
A comutação de circuitos foi o primeiro método a surgir, e é utilizado no sistema telefônico. Tal
método não é empregado na internet e nem em redes de computadores. Entretanto é necessário o
seu estudo para verificar o porquê da não utilização deste e sim da comutação de pacotes
(COLCHER, GOMES, et al., 2005).
Na Figura 2 mostra-se um exemplo de uma estrutura onde é utilizada a comutação de circuitos. Como
se pode observar, há dois sistemas finais, telefones, nas pontas. O que há entre esses sistemas são
circuitos que estão abertos. Estes possuem n conexões, de modo que cada um possa suportar
conexões simultâneas (KUROSE ; ROSS, 2009).

SISTEMA DE COMUNICAÇÃO


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Quando é realizada uma chamada, é necessário que seja estabelecida uma conexão física fim a fim,
ou seja, um caminho entre o transmissor e o receptor fica ocupado enquanto a chamada não é
finalizada. (TANEMBAUM, 2003).
Esse método traz algumas vantagens com relação à qualidade proporcionada.

Como consequência do caminho reservado entre o transmissor e o receptor da chamada, uma vez
estabelecida a configuração, o único atraso para a entrega dos dados é o tempo de propagação do
sinal eletromagnético, cerca de 5 [ms] por 1.000 [Km] (TANEMBAU, 2003, p. 158).
Também há outras características marcantes na comutação de circuitos. Os dados são sempre
recebidos na mesma ordem em que foram enviados. Também se percebe que a conexão é
tipicamente orientada à conexão, isto é, o receptor irá confirmar o recebimento dos dados. Outro
ponto relevante deste método é que a conexão é determinística, ou seja, sempre se sabe quando os
dados chegarão ao destino e, por fim, há uma garantia de banda para esse serviço (TORRES, 2001).
Quando se fala em garantia de banda, pode-se relacionar a reserva de banda que é realizada com
antecedência na comutação de circuitos, assim, subentende-se que não pode haver
congestionamento (TANEMBAUM, 2003)
Porém, essa reserva de banda antecipada pode se tornar um efeito negativo, pois quando é realizada
a reserva do caminho e o link não for utilizado, o mesmo ficará ocioso e a largura de banda será
desperdiçada. Enquanto o circuito não for encerrado, não poderá ser utilizado por outros dispositivos.
Assim, observa-se que o efeito negativo deste método é a ociosidade de largura de banda.
Comutação de Pacotes
A comutação de circuitos e a comutação de pacotes diferem em muitos aspectos. Para iniciar, a
comutação de circuitos exige que um circuito seja configurado de ponta a ponta antes de se iniciar a
comunicação. Já a comutação de pacotes não exige qualquer tipo de configuração antecipada
(KUROSE ; ROSS, 2009).
Em redes de computadores modernas, o originador fragmenta mensagens longas em porções de
dados menores, que são chamados de pacotes. Entre a origem e destino, cada um desses pacotes
percorre enlaces de comunicação e comutadores de pacotes, os roteadores.
“Pacotes são transmitidos por cada enlace de comunicação a uma taxa igual à de transmissão total
do enlace (KUROSE ; ROSS, 2009, p. 14)”.
A maioria dos comutadores de pacotes armazena e envia os pacotes nas entradas dos enlaces em
uma técnica conhecida como armazena-e-reenvia e, de acordo com a qual, o comutador deve
receber o pacote inteiro antes de poder começar a transmitir o primeiro bit do pacote para o enlace de
saída.
Dessa forma, os roteadores introduzem na rede um atraso de armazenagem e reenvio na entrada de
cada enlace ao longo da rota do pacote. Esse atraso é proporcional ao tamanho do pacote de bits.
Especificamente, se um pacote consiste em L bits e deve ser reenviado por um enlace de saída de R
bits (bps), então o atraso equivalente de armazenagem e reenvio é L/R segundos (KUROSE, ROSS,
2009).

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Na Figura 3 apresenta-se uma topologia básica que está operando a comutação de pacotes. Como
se pode verificar, um pacote que se encontra no PC0 pode seguir por vários caminhos para chegar
ao seu destino final, o PC1.

Figura 3: Comutação de Pacotes
Um roteador está ligado em vários enlaces. Dessa forma, para cada um destes, o comutador de
pacotes possui um buffer de saída (também chamado de fila de saída), que armazena pacotes
prestes a serem enviados para um determinado enlace. Os buffers (espaço em memória volátil onde
são armazenadas informações a espera de serem processadas) de saída desempenham uma função
de extrema importância na comutação de pacotes. Por exemplo, quando um pacote precisa ser
transmitido adiante por um enlace, mas o mesmo se encontrar ocupado com a transmissão de outro,
o pacote que precisa ser transmitido deve aguardar no buffer de saída (KUROSE ; ROSS, 2009).
Entretanto, os buffers adicionam atrasos nas transmissões, como foi exposto no parágrafo anterior,
quando um pacote está na fila para ser enviando, já é constituído um atraso. Assim, além dos atrasos
de armazenagem e reenvio, os pacotes sofrem com os atrasos na fila no buffer de saída. Tais atrasos
são variáveis e dependem de parâmetros como congestionamento, capacidade do link, capacidade
do buffer e processamento do roteador. Como o espaço emmemória possui uma capacidade limitada,
um pacote que está chegando pode encontrá-lo completamente lotado de outros pacotes que estão
esperando transmissão. Assim, ocorrerá uma perda de pacote.
Para finalizar o estudo referente à comutação de pacotes, na Tabela 1 exibe-se uma comparação das
principais características de cada método de comutação.
Protocolos
Após um estudo sobre a internet e as formas de comutação existentes torna-se importante detalhar o
conceito protocolo, pois este trabalho tratará de protocolos de roteamento dinâmicos.
“Basicamente, um protocolo é um acordo entre as partes que se comunicam, estabelecendo como se
dará a comunicação (TANEMBAUM, 2003, p. 29).”
Já para KUROSE e ROSS,
Um protocolo define o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas entidades ou mais
entidades comunicantes, bem como as ações realizadas na transmissão e/ou no recebimento de uma
mensagem no outro evento (KUROSE ; ROSS, 2009, p. 7).
Nas comunicações há uma quantidade de protocolos que operam em diversas camadas e com
funções distintas. Podem-se encontrar protocolos implementados em hardware nas placas de
interface de rede de computadores conectados, que realizam o controle do fluxo de bits. Também
encontram-se protocolos de controle de congestionamento em sistemas finais, protocolos em
roteadores que determinam o caminho de um pacote da fonte até o destino. Assim, percebe-se que
em toda a internet são executados protocolos (KUROSE ; ROSS, 2009).

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Modelo Em Camadas
Para que fosse reduzida a complexidade de projetos, a maioria das redes é organizada como pilha de
camadas de níveis, assim, colocando umas sobre as outras. O número de camadas, o nome, o
conteúdo e a função de cada camada podem diferir de uma rede para outra. Porém, em todas as
redes, o objetivo de cada camada é oferecer serviços às camadas superiores, com isso, isolando
essas camadas dos detalhes de implementação desses recursos (TANEMBAUM, 2003).
A camada n de uma máquina se comunica com a camada n da outra máquina. Coletivamente, as
regras e convenções usadas nesse diálogo são conhecidas como protocolo de camada n.
A Figura 4 mostra uma rede utilizando um modelo de cinco camadas. As entidades que ocupam as
camadas correspondentes em diferentes máquinas são chamadas peer (pares). Assim, tais pares
podem ser processos, dispositivos de hardware ou mesmo seres humanos. Logo, percebe-se que os
pares se comunicam utilizando o protocolo.

Figura 4: Camadas, Protocolos e Interfaces
Entre cada par de camadas adjacentes existe uma interface. A interface define as operações e os
serviços que a camada inferior tem a oferecer à camada que se encontra acima dela. Na hora da
escolha da quantidade de camadas que serão utilizadas em uma rede e o que cada uma delas deve
fazer, uma questão deve ser observada friamente. É a definição das interfaces claras entre as
camadas. Entretanto, isso exige que cada camada execute um conjunto específico de funções bem
definidas. Com isso, o volume de informações que deve ser passado de uma para outra se vê
reduzido. Também, a definição clara das interfaces faz com que a substituição da implementação de
uma camada por uma implementação completamente diferente (por exemplo, a substituição de todas
as linhas telefônicas por canais de satélite) seja realizada com um nível de dificuldade reduzido. A
nova implementação só precisa oferecer exatamente o mesmo conjunto de serviços à sua vizinha
superior (TANEMBAUM, 2003).
Modelo de Referência OSI

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Quando se realiza um trabalho referente a redes, é imprescindível comentar sobre o modelo de
referência ISOOSI – International Organization for Standardization – Open Systems
Interconnection (Organização Internacional para Padronização – Interconexão de sistemas abertos).
Visualiza-se o modelo OSI na Figura 5. Tal modelo, que foi revisto em 1995, se baseia em uma
proposta realizada pela ISO como um primeiro passo em direção à padronização internacional dos
protocolos empregados nas mais diversas camadas. O mesmo é chamado de modelo de referência
ISO OSI, pois trata-se da interconexão de sistemas abertos, ou seja, sistemas que estão abertos à
comunicação com outros sistemas (TORRES, 2001).

Figura 5: Modelo de referência OSI
Neste momento, mostrar-se-á um resumo da função principal de cada camada.
Camada Física
A camada física tem como função tratar da transmissão de bits brutos por um canal de comunicação.
Assim, o projeto da rede deve garantir que quando uma ponta enviar um bit 1, a outra ponta receberá
como um bit 1. Isso envolve a tensão a ser utilizada para representar um bit 1 e um 0, a quantidade
de nano-segundos que um bit deve durar, o fato de a transmissão poder ou não ser realizada em dois
sentidos, a forma como a comunicação inicia e é finalizada, quantos pinos devem ser usados e os
tipos de conectores (TANEMBAUM, 2003).
Camada Enlace de Dados
Observa-se que a função principal da camada de enlace de dados é transformar um canal de
transmissão bruto em uma linha que parece livre de erros de transmissão. Assim, tal camada faz uma
divisão no transmissor, isto é, ela divide os dados de entrada em quadros de dados e, com isso, faz a
transmissão sequencial dos quadros.
Outra ação que essa camada faz é impedir que um transmissor rápido inunde um receptor lento. Isso
é realizado com um mecanismo que informa o emissor sobre a capacidade que o receptor ainda
possui para armazenar os quadros. Este método pode ser chamado de controle de fluxo
(TANEMBAUM, 2003).
Camada de Redes

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A camada de rede possui a função de realizar a movimentação de pacotes entre roteadores. A
camada de rede fornece serviço à sua vizinha superior à camada de transporte, a qual será
minuciada posteriormente. Esse serviço é entregar um segmento à camada de transporte na máquina
de destino (KUROSE ; ROSS, 2009).
Uma questão importante a se enfatizar é como os pacotes serão roteados da origem até o destino. As
rotas podem se basear em tabelas estáticas. Também podem ser determinadas no início de cada
conversação. E, por fim, podem ser altamente dinâmicas, assim se baseiam no status atual da rede
(TORRES, 2001).
Um pacote pode encontrar diversos problemas em uma rota. Podem-se elencar problemas de
endereçamento, problemas de roteamento, links podem parar de funcionar. Logo, a camada de rede
deve superar tudo isso (TANEMBAUM, 2003)
Nos dias atuais existe somente um protocolo que possui a tarefa de realizar todas as tarefas citadas:
o IP.Todos os dispositivos devem executar esse protocolo para que haja uma heterogeneidade na
rede (KUROSE ; ROSS, 2009).
Camada de Transporte
Observa-se que a função da camada de transporte é a de aceitar todos os dados da camada acima
dela, dividindo-os em unidades menores, caso necessário, e repassar essas unidades à camada de
rede para assim assegurar que todos os fragmentos chegarão corretamente a outra extremidade.
Outra função importante que a camada de transporte realiza é a escolha do tipo de serviço que deve
ser fornecido à sua camada superior. Geralmente o tipo de serviço mais usado é onde há um canal
ponto a ponto, livre de erros, que entrega as mensagens ou bytes em ordem que foram enviados.
Entretanto há outro tipo de serviço em que não há nenhuma garantia em relação à ordem de entrega
e, também, se será entregue.
Com isso, verifica-se que a camada de transporte estabelece uma comunicação fim a fim. Realizando
uma analogia com as camadas inferiores, onde há uma interação entre seus vizinhos imediatos e
entre dispositivos intermediários, o transporte é uma troca entre máquinas: a de origem e a de destino
(TORRES, 2001).
Camada de Sessão
A principal função desta camada é a de fazer com que usuários de máquinas distintas estabeleçam
sessões entre eles. Uma sessão oferece serviços como controle de diálogo, gerenciamento
do token e sincronização (TANEMBAUM, 2003)
Camada de Apresentação
As camadas mais baixas se preocupam basicamente com a movimentação dos bits. Já no nível de
apresentação, a mesma está relacionada com a sintaxe e à semântica das informações transmitidas.
Assim, para que seja possível a comunicação entre computadores com diferentes representações de
dados, a camada de apresentação gerencia o intercâmbio de tais informações.
Camada de Aplicação
O nível de aplicação é o mais próximo do usuário, assim encontram-se vários protocolos necessários
para os mesmos. Podem-se citar vários protocolos que são executados em nível de aplicação,
porém, os mais importantes e comuns são: HTTP, FTP, DNS e o SMTP.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL


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Colocação Pronominal
A Colocação Pronominal respeita aos três tipos de posição que os pronomes átonos me, te, o, a, lhe,
nos, vos, os, as, lhes podem ocupar na oração:
• Próclise - o pronome é colocado antes do verbo.
• Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo.
• Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo.
Embora existam regras, a colocação dos pronomes está pendente de fatores como por exemplo, o
ritmo, a ênfase e o estilo.
Uso da Próclise
1. Orações negativas, que contenham palavras tais como não, ninguém, nunca.
Exemplos:
• Não o quero aqui.
• Nunca o vi assim.
2. Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos.
Exemplos:
• Foi ela que o fez.
• Alguns lhes deram maus conselhos.
• Isso me lembra algo.
3. Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, exceto quando haja vírgula
depois do advérbio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o pronome.
Exemplos:
• Ontem me disseram que havia greve hoje.
• Agora, descansa-se.
4. Orações exclamativas e orações que exprimam desejo de que algo aconteça.
Exemplos:
• Deus nos dê forças.
• Oxalá me dês a boa notícia.
5. Orações com conjunções subordinativas.
Exemplos:
• Embora se sentisse melhor, saiu.
• Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
6. Verbo no gerúndio regido da preposição em.
Exemplos:
• Em se tratando de confusão, ele está presente.
• Em se decidindo pelo churrasco, eu trato da carne.
7. Orações interrogativas.
Exemplos:

COLOCAÇÃO PRONOMINAL


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• Quando te deram a notícia?
• Quem te presenteou?
Uso da Mesóclise
A Mesóclise é possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Futuro do Pretérito. Se
houver palavra atrativa, todavia, dá-se preferência ao uso da Próclise.
Exemplos:
• Orgulhar-me-ei dos meus alunos.
• Orgulhar-me-ia dos meus alunos.
Uso da Ênclise
Quando o uso da Próclise e da Mesóclise não for possível, usa-se a Ênclise. A colocação de pronome
depois do verbo é atraída pelas seguintes situações:
1. Verbo no imperativo afirmativo.
Exemplos:
• Depois de terminar, chamem-nos.
• Para começar, joguem-lhes a bola!
2. Verbo no infinitivo impessoal.
Exemplos:
• Gostaria de pentear-te a minha maneira.
• O seu maior sonho é casar-se.
3. Verbo inicia a oração.
Exemplos:
• Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.
• Acordei e surpreendi-me com o café da manhã.
4. Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quando regido pela preposição em deve ser usada
a Próclise).
Exemplos:
• Vive a vida encantando-me com as suas surpresas.
• Faço sempre bolos diferentes experimentando-lhes ingredientes novos.
Com Locução Verbal
Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o pronome.
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando que as
regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.
1. Usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais em
que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio.
Exemplos:
• Devo explicar-te o que se passou
• Devo-lhe explicar o que se passou.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL


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2. Caso não haja palavra que atraia a Próclise, usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar em que o
verbo principal está no particípio.
Exemplos:
• Foi-lhe explicado como deveria agir.
• Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido mal criado.
Pronome Se e Suas Funções
O pronome "se" pode ter a função de objeto direto ou, por vezes, de objeto indireto em orações em
cuja voz verbal é reflexiva.
Exemplos:
• Queimou-se quando estava preparando o jantar.
• Animou-se para ir à festa.
O pronome "se" também pode ter a função de sujeito indeterminado.
Exemplos:
• Procura-se cãozinho.
• Alugam-se casas.
O pronome "se" pode, ainda, ter a função de simplesmente realçar o discurso.
Exemplos:
• Lá se vai a minha chance de ganhar na loto.
• Foi-se embora sem dizer nada.
Exercícios
Corrija as orações incorretas.
a) Rapidamente atendem-nos se formos simpáticos.
b) Te chamei há horas.
c) Quanto mais o critica, menos ele trabalha.
d) Quantos disseram-te a mesma coisa?
e) Queria lhe dizer que não posso ir à reunião de amanhã.
f) Ninguém vai te ouvir.
g) Continuo elogiando-lhe o seu comportamento.
h) Teria me dado tudo se eu fosse fiel.
i) Isto traz-me boas recordações.
j) Quem me dera!
k) Acordem-me quando chegarem.
l) Chegou à casa e se trancou no quarto.
Respostas
a) Rapidamente nos atendem se formos simpáticos.
b) Chamei-te há horas.
d) Quantos te disseram a mesma coisa?
e) Queria dizer-lhe que não posso ir à reunião de amanhã.
f) Ninguém te vai ouvir.
i) Isto me traz boas recordações.
l) Chegou à casa e trancou-se no quarto.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL


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Regras de colocação pronominal
Os pronomes oblíquos átonos possuem a função sintática de complementos verbais, por isso,
existem algumas regras que determinam sua colocação em relação ao verbo. Vamos analisá-las
individualmente:
→ Ênclise – pronome depois do verbo
a) Quando o verbo aparecer no início da oração:
Emprestou-me o carro.
b) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Traga-me o carro!
c) Quando o verbo estiver no gerúndio:
Ele quis ajudar tranzendo-me o carro.
d) Quando o verbo estiver no infinitivo pessoal:
Ele precisa trazer-me o carro.
→ Próclise – pronome antes do verbo
a) Na presença de palavras ou locuções de sentido negativo:
Não me trouxe o carro.
Ninguém nos ajudou.
b) Na presença de advérbios:
Amanhã me trarão o carro.
MAS
Amanhã, trarão-me o carro. (na presença da vírgula, recomenda-se o uso da ênclise)
c) Na presença de pronomes relativos:
O carro que lhe emprestei foi devolvido.
d) Na presença de pronomes indefinidos:
Alguém nos trouxe o carro.
e) Na presença de pronomes demonstrativos neutros:
Isso me irrita muito.
f) Na presença de conjunções e locuções subordinativas:
Estou feliz, porque me pediu em casamento.
g) Na presença de enunciados que expressem uma exortação, exclamação e nas perguntas
diretas:
Deus lhe guarde!
Quem me emprestará o carro?
h) Na presença de locuções verbais e nos tempos compostos – geralmente o pronome antecede
o verbo auxiliar:

COLOCAÇÃO PRONOMINAL


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Ele tem me emprestado o carro.
Este barulho está me irritando muito.
→ Mesóclise – pronome entre o radical e as desinências de tempo
a) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito sem precedência de
palavras que atraem o pronome (advérbios, pronomes relativos, palavras com sentido negativo,
pronomes demonstrativos neutros, pronomes indefinidos, conjunções e locuções subordinativas).
Emprestar-me-ão o carro amanhã.
Devolver-nos-ão o dinheiro.
Atenção: O uso da mesóclise está mais restrito a alguns contextos formais de uso escrito da
linguagem, ou seja, está praticamente em desuso.
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FUNÇÃO TEXTUAL DOS VOCÁBULOS


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1. Condições Textuais:
A. Funções E Usos Da Linguagem
Estamos imersos em meio a um cotidiano estritamente social, no qual nos interagimos com nossos
semelhantes por meio da linguagem. A mesma permite-nos revelarmos nossos sentimentos,
expressarmos nossas opiniões, trocarmos informações no intuito de ampliarmos nossa visão de
mundo, dentre outros benefícios.
A cada mensagem que enviamtos ou recebemos, seja esta de natureza verbal ou não verbal, estamos
compartilhando com um discurso que se pauta por finalidades distintas, ou seja, entreter, informar,
persuadir, emocionar, instruir, aconselhar, entre outros propósitos.
O objetivo de qualquer ato comunicativo está vinculado à intenção de quem o envia, no caso, o
emissor. Dessa forma, de acordo com a natureza do discurso presente na relação emissor X
interlocutor, a linguagem assume diferentes funções, todas elas portando-se de características
específicas, conforme analisaremos adiante:
Função Emotiva Ou Expressiva
Nesta, há um envolvimento pessoal do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções,
inquietações e opiniões centradas na expressão do próprio “eu”, levando em consideração o seu
mundo interior. Para tal, são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes
acompanhados de sinais de pontuação, como reticências, pontos de exclamação, bem como o uso
de onomatopeias e interjeições.
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do
maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a
solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito
enquanto dure.
Vinícius de Moraes
Função apelativa
A ênfase está diretamente vinculada ao receptor, na qual o discurso visa persuadi-lo, conduzindo-o a
assumir um determinado comportamento. A presente modalidade encontra-se presente na linguagem
publicitária de uma forma geral e traz como característica principal, o emprego dos verbos no modo
imperativo.
Função referencial ou denotativa
Ocorre quando o objetivo do emissor é traduzir a realidade visando à informação. Sua predominância
atém-se a textos científicos, técnicos ou didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico,
documentos oficiais e correspondências comerciais. A linguagem neste caso é essencialmente
objetiva, razão pela qual os verbos são retratados na 3ª pessoa do singular, conferindo-lhe total
impessoalidade por parte do emissor.
Cultura na tela

FUNÇÃO TEXTUAL DOS VOCÁBULOS


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O portal domínio público, biblioteca digital do Ministério da Educação, recebeu 6,2 milhões de acessos
em pouco mais de um mês de funcionamento. Nela, o internauta pode ler gratuitamente 699 obras
literárias com mais de 70 anos de existência, ou seja, já de domínio público; 166 publicações de
ciências sociais e uma de exatas. Há também partituras de Beethoven, pinturas de Van Gogh e de
Leonardo da Vinci, como a Monalisa, hinos e músicas clássicas contemporâneas.
Isto É, São Paulo, 29 de dez. de 2005.
Função fática
O objetivo do emissor é estabelecer o contato, verificar se o receptor está recebendo a mensagem de
forma autêntica, ou ainda visando prolongar o contato. Há o predomínio de expressões usadas nos
cumprimentos como: bom dia, Oi!. Ao telefone (Pronto! Alô!) e em outras situações em que se testa o
canal de comunicação (Está me ouvindo?).
- Alô! Como vai?
- Tudo bem, e você?
- Vamos ao cinema hoje?
- Prometo pensar no assunto. Retorno mais tarde para decidirmos o horário.
Função metalinguística
A linguagem tem função metalinguística quando o uso do código tem por finalidade explicar o próprio
código.
Catar Feijão
Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar e as palavras na folha de
papel;
e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo
seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco: o de que entre os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra
ou indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo: obstrui a leitura fluviante, flutual, açula a atenção, isca-a como o
risco. João Cabral de Melo Neto
Função poética
Nesta modalidade, a ênfase encontra-se centrada na elaboração da mensagem. Há um certo cuidado
por parte do emissor ao elaborar a mensagem, no intuito de selecionar as palavras e recombiná-las
de acordo com seu propósito. Encontra-se permeada nos poemas e, em alguns casos, na prosa e em
anúncios publicitários.
Canção
Ouvi cantar de tristeza, porém não me comoveu. Para o que todos deploram. que coragem Deus me
deu!
Ouvi cantar de alegria. No meu caminho parei. Meu coração fez-se noite. Fechei os olhos. Chorei.
[...]
Cecília Meireles

FUNÇÃO TEXTUAL DOS VOCÁBULOS


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01. UESPI - 2014
TEXTO I
A violência não é uma fantasia
A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a
capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou
desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias
concretas, algumas escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas,
temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e
treinados porteiros. As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos:
são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A
segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades.
Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e
ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos
adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos em geral organizados na
internet.
(...)
(Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29 de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p. 20)
Sempre que produzimos enunciados nas modalidades oral ou escrita da língua, a nossa linguagem,
considerando-se os fatores implicados nessa produção linguística, realiza- se segundo determinadas
funções.
Assim sendo, no texto acima predomina a função da linguagem reconhecida como
a. expressiva.
b. metalinguística.
c. fática.
d. poética
e. referencial.
02. UEG - 2014
O termo oikonomía, ou economia, surgiu na Grécia Antiga para designar a arte de administrar o lar. E,
durante séculos, o estado dos fenômenos relativos à produção, distribuição, acumulação e ao
consumo de bens materiais simplesmente não existiu ou permaneceu limitado à esfera individual e
familiar. [...] Com a abertura dos caminhos das Índias e das Américas, diferentes civilizações, até
então isoladas, se integraram à economia europeia. Iniciava-se aí a expansão do mercado em escala
mundial. Diante de tal expansão, intelectuais de várias nações europeias desenvolveram reflexões no
intuito de transformar o comércio numa fonte ainda maior de riqueza. Surgiram então diferentes
políticas econômicas, destinadas a orientar os governos quanto às intervenções que eventualmente
deveriam efetuar, a fim de aumentar a prosperidade nacional.
No período “O termo oikonomía, ou economia, surgiu na Grécia Antiga para designar a arte de
administrar o lar”, predomina a seguinte função da linguagem:
a) fática
b) poética
c) emotiva

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d)metalinguística
03. FUNRIO - 2014
Que se perdoe o exagero da frase: o Fla-Flu começou no Recife. Sim, é bem verdade que a disputa de
futebol entre times de Flamengo e Fluminense é cria do Rio de Janeiro, nas Laranjeiras, em um
domingo de julho de 1912. Mas o verdadeiro Fla-Flu, não. O clássico como é hoje, com a grandeza
contrastada pela miudeza de duas palavras monossílabas separadas por um hífen, veio à luz na
capital pernambucana. E, feito uma partida, teve dois tempos: o primeiro antes mesmo de o jogo
existir, em 1908, quando nasceu Mario Filho; e o segundo justamente em 1912, quando Nelson
Rodrigues saiu do ventre de sua mãe. As impressões digitais deixadas pelos irmãos nas teclas de
suas máquinas de escrever criaram o imaginário do clássico que completa 100 anos neste sábado. O
Fla-Flu teria outra dimensão sem eles.
A função metalinguística está presente na seguinte passagem do texto:
a) (...) com a grandeza contrastada pela miudeza de duas palavras monossílabas separadas por um
hífen.
b) (...) o primeiro antes mesmo de o jogo existir, em 1908, quando nasceu Mario Filho.
c) (...) criaram o imaginário do clássico que completa 100 anos neste sábado.
d) (...) a disputa de futebol entre times de Flamengo e Fluminense é cria do Rio de Janeiro.
e) O clássico como é hoje (...) veio à luz na capital pernambucana.
B. Texto Verbal E Não Verbal
No cotidiano, sem percebermos usamos frequentemente a linguagem verbal, quando por algum motivo
em especial não a utilizamos, então poderemos usar a linguagem não verbal.
Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.
Linguagem não-verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura
corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. A linguagem não-
verbal pode ser até percebida nos animais, quando um cachorro balança a cauda quer dizer que está
feliz ou coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza.Dentro do contexto temos a simbologia que é
uma forma de comunicação não-verbal.
Exemplos: sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para chamar a atenção
ou exprimir uma mensagem.
É muito interessante observar que para manter uma comunicação não é preciso usar a fala e sim
utilizar uma linguagem, seja, verbal ou não-verbal.
Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não-verbal, usando palavras
escritas e figuras ao mesmo tempo.
Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não-verbal, usando palavras
escritas e figuras ao mesmo tempo.

Abaporu, pintura de Tarsila do Amaral, 1929.

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A pintura de Tarsila de Amaral é um exemplo de linguagem não-verbal dentro da pintura. Para cada
pessoa será uma mensagem.
Soneto de Fidelidade
"De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do
maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a
solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito
enquanto dure. (Até um dia meu anjo)"
O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um belo exemplo de linguagem verbal,
através de palavras.

Ilustração: ktsdesign / Shutterstock.com
O semáforo é um exemplo de linguagem não-verbal. Um objeto capaz de interferir na vida do ser
humano de forma tão extraordinária, onde o sentido das cores comanda o trânsito.

Foto: Ljupco Smokovski / Shutterstock.com
A foto mostra uma mímica, através da feição do protagonista tem um significado, uma mensagem. Aqui
ocorre linguagem não-verbal.
01. FUMARC - 2011

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Na sequência de 1 a 4 dos quadrinhos, podem ser identifcadas as seguintes características de
linguagem:
I. No primeiro quadrinho, há apenas a linguagem verbal oral.
II. No segundo quadrinho, pode-se perceber apenas a linguagem não-verbal.
III. No terceiro quadrinho, o chargista apresenta uma mistura entre o verbal escrito e o não-verbal.
IV. No quarto quadrinho, há uma informação verbal escrita.
Marque a alternativa CORRETA:
a) apenas as proposições III e IV são verdadeiras.
b) apenas as proposições I e II são verdadeiras.
c) apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) as proposições I,II,III e IV são verdadeiras.
C. MODALIDADE DE TEXTO: DISSERTATIVO, NARRATIVO E DESCRITIVO
Texto Narrativo (sequência de fatos)
• Conta como aconteceu, acontece ou acontecerá algo (real ou imaginário);
• É necessário uma introdução, um clímax e um desfecho;
• O enredo é prioridade;
• Fundamental é situar o tempo e o espaço físico onde ocorrem os fatos;
• Dar preferência ao verbo de ação, ao dinamismo, para tornar mais viva a narrativa;
• O pretérito perfeito e o mais-que-perfeito do indicativo predominam na narrativa;
• O autor adota a postura de narrador.
Texto Descritivo (sequência de aspectos)
• Descreve como é um objeto, uma pessoa, uma paisagem, uma cena...;
• Apresenta o cheiro, a cor, as sensações como aspectos importantes;
• A finalidade da descrição é fazer ver e sentir;
• O presente do indicativo e/ou pretérito imperfeito do indicativo predominam na descrição;
• Os adjetivos estão sempre presentes no texto;
• O autor adota a postura de observador.
Texto Dissertativo (sequência de análises)
• Texto objetivo;
• Convence o leitor por meio de fatos, dados estatísticos, citações, publicações...;
• O predomínio verbal é o presente do indicativo e do subjuntivo;
• O autor adota a postura de argumentador.

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Parceria Reeditada
"Viviane Pasmanter estreou na TV em 91, na novela “Felicidade”, de Manoel Calos, dirigida por Denise
Saraceni. Ela deverá voltar a trabalhar com Denise em “Ciranda de pedra”, nova novela das 18h".
O Globo 08/02/08
A opção que melhor justifica o título do texto é:
a) o fato de Viviane Pasmanter ter estreado na TV em 1991.
b) de a atriz ter sido dirigida por Denise Saraceni.
c) por ter trabalhado com Denise Saraceni na novela “Felicidade”
d) por ter trabalhado com Denise Saraceni em “Felicidade” e trabalhar novamente com ela em
“Ciranda de pedra”.
e) Viviane Pasmanter trabalhar em uma novela de Manoel Carlos.
D. TIPOS DE DISCURSO: DISCURSO DIRETO, DISCURSO INDIRETO E DISCURSO INDIRET O
LIVRE.
Vozes do discurso.

Ao lermos um texto, observamos que há um narrador, que é quem conta o fato.
Esse locutor ou narrador pode introduzir outras vozes no texto para auxiliar a narrativa.
Para fazer a introdução dessas outras vozes no texto, a voz principal ou privilegiada, o narrador, usa o
que chamamos de discurso. O que vem a ser discurso dentro do texto? Discurso é a forma como as
falas são inseridas na narrativa.
O discurso pode ser classificado em: direto, indireto e indireto livre.
Discurso direto: reproduz fiel e literalmente algo dito por alguém. Um bom exemplo de discurso direto
são as citações ou transcrições exatas da declaração de alguém.
- Primeira pessoa (eu, nós) – é o narrador quem fala, usando aspas ou travessões para demarcar que
está reproduzindo a fala de outra pessoa.
Exemplo de discurso direto: “Não gosto disso” – disse a menina em tom zangado.
Discurso indireto: o narrador, usando suas próprias palavras, conta o que foi dito por outra pessoa.
Temos então uma mistura de vozes, pois as falas dos personagens passam pela elaboração da fala
do narrador.
- Terceira pessoa - ele(s), ela(s) – O narrador só usa sua própria voz, o que foi dito pela personagem
passa pela elaboração do narrador. Não há uma pontuação específica que marque odiscurso indireto.

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Exemplo de discurso indireto: A menina disse em tom zangado, que não gostava daquilo.
Discurso indireto livre: É um discurso misto onde há uma maior liberdade, o narrador insere a fala
do personagem de forma sutil, sem fazer uso das marcas do discurso direto. É necessário que se
tenha atenção para não confundir a fala do narrador com a fala do personagem, pois esta surge de
repente em meio a fala do narrador.
Exemplo de discurso indireto livre: A menina perambulava pela sala irritada e zangada. Eu não gosto
disso! E parecia que ninguém a ouvia.
Tempo Verbal:
O tempo verbal também é fator determinante dos discursos. O discurso indireto estará sempre no
passado em relação ao discurso direto.
Discurso direto - tempos verbais
Presente do indicativo: “Não gosto disso” – diz a menina em tom zangado.
Pretérito perfeito do indicativo: “Não gostei disso” – disse a menina em tom zangado.
Futuro do indicativo: “Não gostarei disso” – disse a menina em tom zangado.
Imperativo: - Vista o agasalho, meu filho.
Discurso Indireto – tempos verbais
Pretérito imperfeito do indicativo: A menina afirmou que estava zangada.
Pretérito-mais-que-perfeito do indicativo: A menina afirmou que estivera zangada (composto – A
menina afirmou que tinha estado zangada)
Futuro do pretérito : A menina disse que estaria zangada.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: A mãe recomendou-lhe que vestisse o agasalho.
3. Conhecimentos linguísticos:
a. semântica: as relações de sentido do vocábulo ao texto;
b. morfossintaxe: relações e funções dos vocábulos e das frases;
c. variedade linguística.
Semântica: As Relações De Sentido Do Vocábulo Ao Texto;
a.1 Semântica
Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil /
Distante - afastado, remoto.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários, isto é, os antônimos:
Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes,
possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:

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As homônimas podem ser:
Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) /
conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);
Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo)
- serrar ( verbo);
Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita.
Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo
(advérbio);
Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados
diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos:
Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) -
áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/
descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear
(passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/
geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/
percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever
(aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os
convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos.
Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo)
Conotação e Denotação:
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Exemplos:
Você tem um coração de pedra.
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido,
da natureza das rochas.
A. Morfossintaxe: Relações E Funções Dos Vocábulos E Das Frases
b.1 Compreendendo a morfossintaxe
Ao nos depararmos com ambas (Morfologia e Sintaxe), sabemos que se relacionam às subdivisões
conferidas pela gramática, e mais: que uma corresponde às classes gramaticais e a outra se refere
às distintas posições ocupadas por uma mesma palavra em se tratando de um dado contexto
linguístico.
Munidos de tal concepção, as elucidações descritas a seguir, certamente tornarão perfeitamente
compreensíveis, face ao prévio conhecimento das referidas modalidades. Sendo assim, a
morfossintaxe está condicionada ao fato de um substantivo, numeral, artigo, dentre outros,
desempenharem diferentes funções quando dispostas em uma oração.
Visando à plena efetivação de nossos conhecimentos acerca deste assunto, ora concebível como
sendo de extrema relevância, ater-nos-emos a alguns casos em que esta ocorrência se materializa.
Analisemos:
As flores são um belo presente. Toda mulher aprecia ganhar flores.

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Gostamos muito do perfume das flores. Patrícia gosta muito de flores.
Nem tudo são flores.
Flores, por que sois tão belas?
Defrontamo-nos com um típico exemplo em que um mesmo termo é visto sob diferentes ângulos,
podendo ser assim analisados:
1º enunciado – sujeito simples
2º - objeto direto, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto.
3º - complemento nominal, haja vista que completa o sentido de um substantivo (perfume). 4º - objeto
indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
5º - predicativo do sujeito, pois além de revelar uma característica a que o sujeito se refere, ainda se
liga a este por intermédio de um verbo de ligação, configurando um caso de predicado nominal.
6º - vocativo, pois invoca um chamamento.
B. Variedade Linguística.
Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de- alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
Carlos Drummond de Andrade
Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões
que já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.
Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?
Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por
“mina”, “gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”,
e assim por diante.
Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude de
vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.
Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:
Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra
“Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é
apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia,
agora, farmácia.
Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de
uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é
tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a
oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.
Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos
destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem
coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas
pessoas de maior prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais específica,

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como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.
Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas palavras do poeta Oswald de Andrade:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
4- Gramática
1. Acentuação gráfica;
2. Sinais de Pontuação;
3. Ortografia;
4. Classes de palavras: Substantivos, adjetivos, pronomes, numerais, verbos, advérbios
epreposições.
5. Concordância (nominal e verbal);
6. Crase
7. Análise Sintática: Termos e classificação da oração
Estrutura e formação de palavras: Derivação, composição, onomatopéia, abreviação e hibridismo.
1. Acentuação gráfica
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas
tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba
inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó.
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as
palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A
tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É
importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética.
Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto
relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação
de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema.
A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte de
acentuação gráfica.
1.1 Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.
Ex: já, fé, pés, pó, só, ás.
2.2 Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em, ens. Ex:cajá,
café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs.
Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i, seguidos
dos pronomes oblíquos lo, la, los, las
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.

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3.3 Acentuam-se as palavras paroxítonas exceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s,
em, ens, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.
Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem,
socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.
Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s. Ex: jóquei,
superfície, água, área, aniversário, ingênuos.
4.4 Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção.
Ex: ótimo, incômoda, podíamos, correspondência abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito,
nórdico, política, relâmpago, têmpora.
5.5 Acentuam-se os ditongos aberto sei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e
oxítonas.
Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em
palavras paroxítonas.
Ex: ideia, plateia, assembleia.
6.6 Não se acentuam, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
Ex: voos, enjoo, abençoo.
7.7 Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato e e. Ex: creem, leem, veem, deem.
8.8 Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas
sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem
repetidas.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta
acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, fortuito, gratuito, feiura.
9.9 Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui:
argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
10.10 Da mesma forma não se usa mais o trema: aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,
arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã,
coração, devoções, maçã, relação etc.
11.11 O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir uma
da outra que se grafa de igual maneira:
pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente); pôr ( verbo) / por
(preposição);
vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural); tem ( verbo ter na 3ª
pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural).
Aposto e Vocativo
A principal finalidade de um aposto em uma frase, é a explicação que ele dá sobre determinado termo.
Do ponto de vista sintático, ele é um acessório dentro de uma oração.
Resumidamente, o aposto é um termo ou expressão de função esclarecedora ou para resumir.
O aposto sempre está associado a um nome ou pronome, ou a um termo que seja equivalente a estes.
Tem a função de explicar, esclarecer, identificar ou apreciar esse termo. Ele retoma um termo da

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oração com o intuito de explicá-lo. Pode se referir a substantivos, termos nominais ou a uma oração
inteira.
Ex: Acabo de ler um livro de Mário Quintana, famoso escritor brasileiro.(Famoso escritor brasileiro
cumpre o papel de aposto, pois é um esclarecimento sobre o autor.)
Ex: Marcela, única irmã de mamãe, morreu cedo. (Única irmã de mamãe cumpre o papel de aposto, já
que esclarece quem é Marcela.
Morfossintaxe: o núcleo é substantivo, pronome substantivo ou oração substantiva. Tipos De Aposto
Explicativo
Tem função de identificar ou explicar o termo anterior. Geralmente, é isolado por vírgulas, dois pontos,
parênteses ou travessões.
Ex: A palavra, mensageira das ideias, é a profunda expressão da alma. Enumerativo
Sequência de elementos que desenvolve uma ideia anterior.
Ex: O homem, para ver a si mesmo, necessita de três coisas: olhos, luz e espelho. Especificativo
(Denominativo)
Exerce a função de especificar ou individualizar um substantivo que possui um sentido mais amplo,
sem pausa e geralmente é um substantivo próprio que especifica um substantivo comum.
Ex: O presidente Vargas cometeu suicídio. Ex: A cidade de Curitiba é muito jovem. Resumitivo
(Recapitulativo)
Utilizado para resumir termos anteriores. Geralmente, é representado por um pronenome indefinido.
Ex: Dinheiro, poder e glória, nada o seduzia mais.
Distributivo
Utilizado para distribuir informações de termos, separadamente. Carlos e José são ótimos alunos; este
em Física e aquele em Biologia.
Observação: Não confundir aposto especificativo com adjunto adnominal, ou complemento nominal.
Aposto: A cidade de Brasília continua linda (nome da cidade)
Adjunto Adnominal: O solo de Brasília é fértil (não é o nome do solo)
Complemento Nominal: O trânsito de Brasília continua péssimo. (não é o nome do trânsito) Vocativo
A função do vocativo é basicamente ser um termo independente que chama por alguém; seja para
invocar, clamar, recorrer, alertar pedir ou interpelar um ouvinte real ou imaginário.
Ex: Laura, dê-me um beijo.
Ex: Filho, não se esqueça de me ligar!
2. Sinais De Pontuação
bbHá certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão
presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de
pontuação. Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o
sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.
Vírgula
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa) nos seguintes casos:
Separar elementos mencionados numa relação

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"A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias. O
apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros."
Obs: Mesmo que a letra "e" venha repetida antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula
deve ser empregada:
Ex: "Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as
unhas." Isolar o vocativo
Ex: "Cristina, desligue já esse telefone! Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete." Isolar o aposto
Ex: Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Ex: Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
Veja mais informações sobre aposto e vocativo!
Isolar palavras e expressões explicativas
(a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.)
Ex: Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado
durante anos. Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
Isolar o adjunto adverbial antecipado
Ex: Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas. Ontem à noite, fomos todos jantar fora. Isolar
elementos repetidos
Ex: O palácio, o palácio está destruído. Estão todos cansados, cansados de dar dó! Isolar, nas datas, o
nome do lugar
Ex: São Paulo, 22 de maio de 1995. Ex²: Roma, 13 de dezembro de 1995.
Isolar os adjuntos adverbiais
Ex: A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Ex²: Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente. Isolar as orações
coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção "e"
Ex: Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança. Ex²: Você pode usar o meu carro,
mas tome muito cuidado ao dirigir. Ex³: Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
Indicar a elipse de um elemento da oração
Ex: Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Ex²:Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
Para separar o paralelismo de provérbios
Ex: Ladrão de tostão, ladrão de milhão. Ouvir cantar o galo, sem saber onde. Após a saudação em
correspondência (social e comercial)
- Com muito amor,...
- Respeitosamente,...
Isolar as orações adjetivas explicativas

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Ex: Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho. Ex²: Vidas Secas,
que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
Isolar orações intercaladas
Ex: Não lhe posso garantir nada, respondi secamente. O filme, disse ele, é fantástico. Ponto
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de uma frase declarativa de um período
simples ou composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado
com primor. O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro,
hab. = habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final. Ponto-e-vírgula
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma
pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam
separação por vírgula: "Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher
madura, tornou-se uma doidivanas."
b) separar vários itens de uma enumeração: Art. 206.
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; . . . . . . . . (Constituição da República Federativa do
Brasil) Dois-pontos
Os dois-pontos são empregados para:
Numeração
"... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás,
ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de
um ímpeto irresistível..." (Machado de Assis)
Citação
"Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?"
Esclarecimento
"Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para
magoar Lucila." Obs: Nesse caso os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos,
notas ou observações.
Ponto de interrogação
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija
resposta. Ex: O criado pediu licença para entrar:

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- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar) Ponto de exclamação
Ex: O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação
exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
Ex²: "Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito
repousante, Jacinto." "Então janta, homem! (Eça de Queiroz)."
Obs: O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
-Oh!
-Valha-me Deus!
Reticências
Assinalar interrupção do pensamento
"Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo
saberá... " (Júlio Dinís)
Indicar passos que são suprimidos de um texto
"O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da
linguagem.
Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma
ciência mais geral, a ciência dos signos..." (Mattoso Câmara Jr.)
Marcar aumento de emoção
"As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram
estas: "Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu
queria dar-te... e morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te." (Camilo Castelo Branco)
Aspas
Antes e depois de citações textuais
"Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os
alunos necessitam para a comunicação quotidiana".
Em estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares
bb"O 'lobby' para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada
vez mais descarado." (Veja)
"Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que
pretende "deletar" para sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas
obscenas." (Veja)
Popularidade no "xilindró".

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"Preso há dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da população e quer uma delegada para
primeira-dama." (Veja) "Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente."
Realçar uma palavra ou expressão
"Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro. Aquela "vertigem súbita" na vida financeira de
Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados."
Travessão
O travessão é usado nos seguintes casos: Indicar a mudança de interlocutor no diálogo
- Que gente é aquela, seu Alberto?
- São japoneses.
- Japoneses? E... é gente como nós?
- É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.
- Mas, então não são índios? (Ferreira de Castro)
Colocar em relevo certas palavras ou expressões
"Maria José sempre muito generosa - sem ser artificial ou piegas - a perdoou sem restrições."
"Um grupo de turistas estrangeiros - todos muito ruidosos - invadiu o saguão do hotel no qual
estávamos hospedados."
Substituir a vírgula ou os dois pontos
"Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana -
acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se
corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)
Ligar palavras ou grupos de palavras que formam um "conjunto" no enunciado A ponte Rio-Niterói está
sendo reformada.
O triângulo Paris-Milão-Nova Iorque está sendo ameaçado, no mundo da moda, pela ascensão dos
estilistas do Japão. Parênteses
Os parênteses são empregados para:
Destacar explicação ou comentário
"Todo signo linguístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante
(unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou ideia)."
Incluir dados informativos sobre bibliografia
"Mattoso Câmara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos
dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de
preferência, ser posto de lado."
Indicar marcações cênicas numa peça de teatro

"Abelardo I - Que fim levou o americano? João - Decerto caiu no copo de uísque! Abelardo I - Vou
salvá-lo. Até já! (sai pela direita)" (Oswald de Andrade)
Isolar orações intercaladas com verbos declarativos

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"Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros
apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas."
Asterisco
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para remissão a uma nota no
pé da página ou no fim de um capítulo de um livro como no exemplo abaixo:
"Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o
morfema preso* - aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a
estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria,
patifaria etc.
*É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras."
Além disso, o asterisco é uma forma de substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar,
como na seguinte frase:
"O Dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de
produtos adequados para assepsia."
3. ORTOGRAFIA; Exercícios
1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário.
b) Ele agiu com muita descrição.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.
2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula, exceto:
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.
3. Indique a única sequência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) fanatizar - analizar - frizar.
b) fanatisar - paralizar - frisar.
c) banalizar - analisar - paralisar.
d) realisar - analisar - paralizar.
e) utilizar - canalisar - vasamento.
4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:

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a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.
5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro de grafia:
a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.
b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com a Europa.
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra " (Manuel Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.
6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) enxotar - trouxa - chícara.
b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.
4. Classes De Palavras: Substantivos, Adjetivos, Pronomes, Num Erais, Verbos, Advérbios
Epreposições.
Morfologia
Morfologia é o estudo da estrutura das classificações das palavras, ou seja da formação delas, quais
seus componentes e tipos. A morfologia estuda as palavras de maneira separada e não a inclusão
das mesmas em uma frase ou período. Ela é dividida em dez classes que recebem o nome de classe
de palavras ou classes gramaticais.
Substantivo
Dá o nome ao objeto assumindo um gênero e número. O substantivo é o que dá nome aos seres, a
fenômenos da natureza, a objetos, sentimentos, qualidades e ações. O substantivo pode ser
classificado em:
Próprio: um só ser da mesma espécie. Ex. Brasil.
Comum: Nomeia todos os seres da mesma espécie. Ex. homem. Concreto: Representa seres de
existência real. Ex. terra.
Abstrato: Estados, qualidades, sentimentos e ações, derivados de um conceito original. Ex. bondade
Primitivo: Não deriva de outra palavra. Ex. casa.
Coletivo: Representa um conjunto de seres. Ex. cardume. Derivado: Criado a partir de outra palavra.
Ex. livreiro.

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Simples: Formado por um só elemento. Ex. chuva. Composto: Formado por mais de um elemento. Ex.
couve-flor
Adjetivo
O adjetivo é uma palavra que expressa uma qualidade e sempre está acompanhado do substantivo.
Ele exerce função sintática trabalhando como adjunto adnominal ou como predicativo. O adjetivo
funciona como um modificador do substantivo e poderá ser adjunto adnominal (nome) ou predicativo
(do sujeiro/do objeto).
Adjetivo Uniforme: Uma palavra para dois gêneros. Ex. feliz Adjetivo Biforme: Uma palavra para cada
gênero. Ex. esperto(a) Os adjetivos podem ser classificados da seguinte forma: Primitivo: Não se
deriva de outra palavra. Ex. magro;
Derivado: Deriva de outras palavras. Ex. bondoso; Simples: Formado por um só elemento. Ex. escuro;
Composto: Formado por mais de um elemento. Ex. azul-claro; Restritivo: Particulariza dentro de um
conjunto. Ex. homens brasileiros; Explicativos: Não particulariza no conjunto. Ex. leite branco;
Pátria: Designa nacionalidade. Ex. britânico.
Artigo
Palavra que precedida de um substantivo pode ser classificada em definida e indefinida. Ele também
classifica número, tempo e gênero.
Definido
Individualiza um elemento e determina o substantivo de forma precisa. Ex. o, a, os, as Indefinido
Qualquer elemento num conjunto, ou seja, não há uma precisão sobre o gênero ou número do
substantivo.
Ex. um, uns, uma, umas.
• Antes de numeral expressam cálculos aproximados. Ex. uns dezesseis anos;
• A ausência de artigo antes do substantivo serve para generaliza-lo. Ex. Tempo é dinheiro. Pimenta é
bom;
• Funciona para intensificador do substantivo. Ex. Estava com uma raiva danada;
• Omite-se artigo definido antes de nomes de parentes precedido de possessivo, nas formas de
tratamento, depois de cujo (e flexões), diante da palavra CASA e TERRA;
• Antes de nome próprio personativo tem cotação familiar;
• Facultativo antes de pronome adjetivo possessivo e obrigatório antes de pronome substantivo
possessivo;
• Associa-se a preposições A, DE, EM, POR formando combinações (sem perda de fonemas) e
contrações (com perda de fonemas);
• A preposição não se combina com o artigo quando o substantivo que esse artigo acompanha
funciona como sujeito da frase. Ex. É tempo de o Brasil melhorar;
• Todo com artigo = totalidade. Todo sem artigo = qualquer.
Numeral
Palavra relacionada ao substantivo que caracteriza um número e pode ser classificado em cardinal,
ordinal, multiplicativo e fracionário.

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Cardinal
Indica quantidade. Ex. cinco Ordinal
Indica posição. Ex. segundo Multiplicativo
Indica quantas vezes. Ex. triplo Fracionário
Indica parte. Ex. dois terços.
• Numeral Adjetivo: acompanha o substantivo. Ex. dois carros
• Numeral Substantivo: substitui o substantivo. Ex. os dois bateram
• Em legislação usa-se ordinais até o décimo e cardinais do 11 em diante. Variação de Número
• Cardinais: terminados por fonemas vocálicos e –ão 2.
• ordinais e multiplicativos: variam 3.
• fracionários: concordam com o cardinal
• São numerais: zero, ambos, par
• Milhares é masculino
• Coletivos: dezena, décadas, dúzia, centena, milênio etc.
Pronome
Classe de palavra que acompanha um substantivo e representa as três pessoas no discurso e também
exerce um parâmetro de espaço e tempo.
• Pessoais: eu, tu, ele, nós, vós, me, te, nosso, mim;
• Demonstrativos: este, aquele, esta, aquele, isto;
• Possessivos: meu, teu, seu, dele, nosso, vosso, deles;
• Indefinidos: algum, vários, muitos, tudo, cada, mais;
• Relativos: quem, que, qual, quando;
• Interrogativos: quem, quantos, que;
• De tratamento: Vossa Alteza, Vossa Excelência;
Pronomes Adjetivos: acompanha o substantivo. Ex. Meu carro quebrou. Pronomes Substantivos:
substitui o substantivo. Ex. Ela era a mais tímida da sala. Advérbio
O advérbio é invariável e modifica ou acompanha um verbo, um adjetivo ou a si mesmo. Veja mais
sobre a classificação dos advérbios:
• De tempo: ontem, já, agora, afinal, tarde, breve, nisto, então.
• De lugar: aqui, lá, fora, acima, longe, onde, detrás, além.
• De modo: bem, mal, depressa, assim, melhor, como, aliás, -mente.
• De intensidade: muito, pouco, tão, menos, demasiado, tanto, meio.
• De dúvida: talvez, acaso, provavelmente, certo, decerto, quiçá.

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• De afirmação: sim, certamente, realmente, deveras, efetivamente.
• De negação: não, tampouco.
• De interrogação de lugar: onde, aonde, donde?
• De interrogação de tempo: quando?
• De interrogação de modo: como?
• De interrogação de causa: por que? Locução Adverbial
- Conjunto de palavras com mesmo valor de advérbio. Iniciam por preposição. Ex. por trás, de cor, às
vezes, de perto, por fora, sem dúvida, às pressas, em breve;
- Os advérbios terminados em –mente derivam-se do adjetivo feminino. Ex. friamente, imediatamente,
Exceção: adjetivo terminado em – es: francesmente;
- Antes de particípios não se usa forma de superioridade sintética (melhor, pior) mas sim analítica (mas
bem, mais mal). Ex. Elas estavam mais bem preparadas.
- Para vários advérbios terminados em – mente usa-se apenas o último. Ex. Ela está calma, tranquila e
sossegadamente conversando.
Conjunção
É uma palavra invariável que une duas orações ou termos parecidos. Conjunções coordenativas
Ligam orações ou termos semelhantes da mesma oração. Divide-se em :
• Aditivas: e - Ex. Comprei pão e leite.
• Adversativas: mas - Ex. Estudou, mas não passou.
• Alternativas: ora...ora - Ex. Ora sorria, ora chorava.
• Conclusivas: portanto - Ex. Ela está preparada, portanto se sairá na entrevista.
• Explicativas: porque - Ex. Não veio porque esqueceu as chaves do carro no trabalho. Conjunções
subordinativas
Ligam duas orações subordinando uma à outra. As conjunções subordinativas são divididas em:
• Causais: visto que;
• Comparativas: como, que nem;
• Concessivas: ainda que;
• Condicionais: contanto que;
• Conformativas: conforme;
• Consecutivas: de modo que;
• Finais: a fim de que;
• Integrantes: que, se;
• Proporcionais: à proporção que;
• Temporais: enquanto, mal, quando, logo que, até que, antes que;

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• Locução Conjuntiva: conjunto de palavras com valor de conjunção.
1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo
advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.
2. Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações"
a) perdão.
b) bênção.
c) alemão.
d) cristão.
e) capitão.
3. Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.
4. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:
a) Quase morri de vergonha.
b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
e) Aquela rua é demasiado estreita.
5. "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no:
a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
c) Presente do indicativo.
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

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e) Pretérito imperfeito do indicativo.
6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:
a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
7. A flexão do número incorreta é:
a) tabelião - tabeliães.
b) melão - melões
c) ermitão - ermitões.
d) chão - chãos.
e) catalão - catalões.
8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:
a) pôr.
b) adequar.
c) copiar.
d) reaver.
e) brigar.
9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é:
a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).
10. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos:
a) adjetivo.
b) interjeição.
c) preposição.
d) conjunção.

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e) advérbio.
11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto:
a) saquitel.
b) grânulo.
c) radícula.
d) marmita.
e) óvulo.
12. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a sequência morfológica é:
a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo.
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo.
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo.
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo.
e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo.
13. A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é:
a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas.
b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro.
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas.
d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas.
e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor.
14. "...os cipós que se emaranhavam..." . A palavra sublinhada é:
a) conjunção explicativa.
b) conjunção integrante.
c) pronome relativo.
d) advérbio interrogativo.
e) preposição acidental.
15. Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo:
a) Faça o trabalho.
b) Acabe a lição.
c) Mande a carta.
d) Dize a verdade.

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e) Beba água filtrada.
16. Em "Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar.", as
palavras grifadas podem ser classificadas como, respectivamente:
a) pronome adjetivo - conjunção aditiva.
b) pronome interrogativo - conjunção aditiva.
c) pronome substantivo - conjunção alternativa.
d) pronome adjetivo - conjunção adversativa.
e) pronome interrogativo - conjunção alternativa.
17. Marque o item em que a análise morfológica da palavra sublinhada não está correta:
a) Ele dirige perigosamente - (advérbio).
b) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome indefinido).
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo).
d) A metade da classe já chegou - (numeral).
e) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo).
18. Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere dos demais é:
a) viela.
b) vilarejo.
c) ratazana.
d) ruela.
e) sineta.
19. Está errada a flexão verbal em:
a) Eu intervim no caso.
b) Requeri a pensão alimentícia.
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você
d) Anseio por sua felicidade.
e) Não pudeste falar.
20. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são:
a) interjeição - advérbio - pronome possessivo.
b) numeral - substantivo - conjunção.
c) artigo - pronome demonstrativo - substantivo.

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d) adjetivo - preposição - advérbio.
e) conjunção - interjeição - preposição.
21. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto:
a) abolir.
b) colorir.
c) extorquir.
d) falir.
e) exprimir.
22. O substantivo composto que está indevidamente escrito no plural é:
a) mulas-sem-cabeça.
b) cavalos-vapor.
c) abaixos-assinados.
d) quebra-mares.
e) pães-de-ló.
23. A alternativa que apresenta um substantivo invariável e um variável, respectivamente, é:
a) vírus - revés.
b) fênix - ourives.
c) ananás - gás.
d) oásis - alferes.
e) faquir - álcool.
24. "Paula mirou-se no espelho das águas": Esta oração contém um verbo na voz:
a) ativa.
b) passiva analítica.
c) passiva pronominal.
d) reflexiva recíproca.
e) reflexiva.
25. O único substantivo que não é sobrecomum é:
a) verdugo.
b) manequim.
c) pianista.

FUNÇÃO TEXTUAL DOS VOCÁBULOS


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d) criança.
e) indivíduo.
26. A alternativa que apresenta um verbo indevidamente flexionado no presente do subjuntivo é:
a) vade.
b) valham.
c) meçais.
d) pulais.
e) caibamos.
27. A alternativa que apresenta uma flexão incorreta do verbo no imperativo é:
a) dize.
b) faz.
c) crede.
d) traze.
e) acudi.
28. A única forma que não corresponde a um particípio é:
a) roto.
b) nato.
c) incluso.
d) sepulto.
e) impoluto.
29. Na frase: "Apieda-te qualquer sandeu", a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo:
a) comum, concreto e sobrecomum
b) concreto, simples e comum de dois gêneros.
c) simples, abstrato e feminino.
d) comum, simples e masculino
e) simples, abstrato e masculino.
30. A alternativa em que não há erro de flexão do verbo é:
a) Nós hemos de vencer.
b) Deixa que eu coloro este desenho.
c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro.

FUNÇÃO TEXTUAL DOS VOCÁBULOS


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d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido.
e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo!
31. Em "Imaginou-o, assim caído..." a palavra destacada, morfologicamente e sintaticamente, é:
a) artigo e adjunto adnominal.
b) artigo e objeto direto.
c) pronome oblíquo e objeto direto.
d) pronome oblíquo e adjunto adnominal.
e) pronome oblíquo e objeto indireto.
32. O item em que temos um adjetivo em grau superlativo absoluto é:
a) Está chovendo bastante.
b) Ele é um bom funcionário.
c) João Brandão é mais dedicado que o vigia.
d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição.
e) João Brandão foi tremendamente inocente.
33. A alternativa em que o verbo abolir está incorretamente flexionado é:
a) Tu abolirás.
b) Nós aboliremos.
c) Aboli vós.
d) Eu abolo.
e) Eles aboliram.
34. A alternativa em que o verbo "precaver" está corretamente flexionado é:
a) Eu precavejo.
b) Precavê tu.
c) Que ele precavenha.
d) Eles precavêm.
e) Ela precaveu.
35. única alternativa em que as palavras são, respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo biforme
e preposição acidental é:
a) beijo-alegre-durante
b) remédio-inteligente-perante

FUNÇÃO TEXTUAL DOS VOCÁBULOS


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c) feiúra-lúdico-segundo
d) ar-parco-por
e) dor-veloz-consoante
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