O CLAMOR DE ANA
“…10 levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou
abundantemente. 11 E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se
benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e
da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o
darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará
navalha.” (1 Samuel 1:10-11 RA)
1. Introdução
Ao ler sobre a vida de Ana, compreendemos que Deus realmente tem controle
absoluto sobre nossas vidas. A história de Ana nos mostra que Deus tem o
poder de converter as situações difíceis das nossas vidas em grandes lições de
aprendizado e crescimento.
►Ana vivencia em sua familiar uma situação crítica, pois não podia ter filhos.
No mundo antigo, os homens sentiam-se pressionados a terem filhos, pois os
filhos eram parte importante na estrutura econômica de uma família. Eles eram
fonte de ajuda no trabalho, e era responsabilidade deles cuidar dos pais
quando chegavam a velhice. Possuir vários filhos era símbolo de Status e
riqueza, pois nas sociedades antigas muitos jovens eram mortos em batalhas,
e por esse motivo as famílias procuravam ter muitos filhos para que a
descendência familiar ficasse garantida.
☻Quando uma mulher não podia ter filhos, a esposa era obrigada, segundo os
costumes do Antigo Oriente Médio, ►a dar uma de suas serviçais a seu marido
para que este gerasse filhos por meio dela. Quando uma mulher não podia ter
filhos, a lei daquela cultura dava ao marido o direito de se separar de sua
mulher se assim o quisesse.
♥Mas, observamos que Elcana, marido de Ana, a amava e permaneceu
amorosamente ao seu lado apesar das pressões contrarias da sociedade e de
seu direito garantido pela lei civil de se separar de Ana.
♥Vemos no verso 8, que Elcana demonstrava claramente o seu sentimento de
amor por Ana ao perguntar: “…Ana, por que choras? ☺E por que não
comes? ☻E por que estás de coração triste? ♥Não te sou eu melhor do que
dez filhos?” Naquela ocasião, Ana encontrava-se triste com as provocações de
Penina, que era sua rival naquela família, e fazia uso da impossibilidade de
Ana em engravidar, para provoca-la e humilhá-la.
2. Ana vivia numa família dividida
Por não ter filhos, Ana era vítima das provocações de Penina. Penina, era a
segunda esposa de Elcana. Elcana tinha uma segunda esposa, provavelmente
por causa da sua preocupação em ter descendentes. E naquela cultura um
homem podia ter mais de uma mulher caso sua esposa não pudesse lhe dar
filhos. Observamos porem, nesse contexto, que a prática da poligamia nunca
trouxe bênçãos de Deus, e a prova disso, é que, na família de Ana não havia
paz.