03 princípios, conceitos, teorias, leis

joaobalbi 20,802 views 8 slides Oct 15, 2011
Slide 1
Slide 1 of 8
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8

About This Presentation

No description available for this slideshow.


Slide Content

Faculdade da AmazôniaFaculdade da Amazônia
Fatos, Conceitos, Princípios, Fatos, Conceitos, Princípios,
Leis, Teorias e ModelosLeis, Teorias e Modelos
Prof. Esp. João Carlos S. BalbiProf. Esp. João Carlos S. Balbi

FatoFato
Algumas definições habituais:
- Parcela de informação acerca de objetos ou eventos reais.
- Informação verificada acerca de algo que aconteceu.
- Algo cuja veracidade foi demonstrada.
- Resultado confirmado repetida e consistentemente por diferentes
observadores.
- Uma afirmação com a qual todos (ou quase todos) os cientistas de uma
época concordam.
Note-se que, segundo o filósofo da ciência Thomas Kuhn, a observação não é
totalmente neutra em relação à teoria. Aquilo que um cientista considera como
“dados” ou “fatos” depende de qual o paradigma teórico que este aceita; a
própria percepção pode ser condicionada pelas suas convicções. Desde modo,
alguns dos conhecimentos que hoje consideramos fatos, poderão não o ser
amanhã.

Conceito
Difícil de definir, por vezes identificado com “idéia” ou “noção”.
- Idéia abstrata ou símbolo mental, tipicamente associada a uma representação na
linguagem oral ou escrita, que denota todos os objetos que pertencem a uma dada
categoria ou classe de entidades, interações, fenômenos ou relações.
- O conceito é sempre abstrato, na medida em que omite as diferenças extensivas entre
os objetos incluídos, tratando-os como se fossem idênticos.
- Deste modo, não pode ser visualizado. É discursivo e resulta do raciocínio. Apenas
pode ser imaginado e designado por um nome.
- O conceito é o elemento básico de uma afirmação, do mesmo modo que a palavra é o
elemento básico de uma frase.
- O conceito serve de suporte ao significado, não sendo ele próprio o significado. Um
mesmo conceito pode ser expresso em muitas linguagens. O fato de o conceito ser de
algum modo independente da linguagem torna possível a tradução – palavras em
diferentes línguas, por exemplo, podem ter o mesmo significado porque exprimem o
mesmo conceito.
- O conceito tem uma determinada designação. Contudo, pode suceder que conceitos
total ou parcialmente diferentes partilhem a mesma designação, o que pode levar a que
sejam confundidos. Isto passa-se, por exemplo, em relação às designações de muitos
conceitos físicos, que têm um diferente significado no quotidiano. Os próprios conceitos
de “designação” e “conceito” são muitas vezes confundidos, embora sejam diferentes.

Conceitos (cont.)Conceitos (cont.)
Os conceitos são extremamente úteis para o desenvolvimento da ciência. Existem,
contudo, dois tipos de conceitos: categoriais e formais.
Conceitos categoriais - quando é possível apresentar exemplos perceptíveis dos
objetos incluídos nesse conjunto ou classe. A sua construção é feita por abstração
empírica, através de processos de discriminação / conceitualização.
São familiares aos alunos, pois apenas exigem operações cognitivas típicas do
pensamento concreto. São exemplos uma boa parte dos conceitos das ciências
naturais, relacionados com as taxonomias.
Conceitos formais – não podem ser identificados por um conjunto de atributos, nem é
possível apresentar exemplos perceptíveis. Têm definições formais, apoiadas na
abstração reflexiva, podendo implicar a utilização de uma linguagem puramente
matemática. São exemplos a maior parte dos conceitos físicos, como espaço, tempo,
massa, energia, força, aceleração ou carga elétrica.
Os conceitos ajudam a integrar observações e fenômenos aparentemente não
relacionados, em hipóteses e teorias viáveis, o que constitui o objetivo básico da
ciência. Esta natureza dos conceitos não é suficientemente enfatizada no ensino
básico e secundário; a construção de mapas de conceitos pode ajudar os alunos a
interiorizarem as relações entre os diversos conceitos científicos.

Princípio
- É uma generalização empírica, aceita como verdadeira
e que pode ser usada como base para o raciocínio ou
comportamento: uma afirmação acerca de relações entre
quantidades naturais que foi testada repetidamente
através da experiência, sem nunca ter sido invalidada.
- Resulta essencialmente do raciocínio indutivo pois
produz conclusões acerca de entidades não analisadas
(a partir de premissas acerca de entidades analisadas).
Por vezes aplica-se esta designação a um conjunto de
relações que descrevem o funcionamento da Natureza
(por exemplo, grandes princípios de conservação).

Lei
O termo “lei” é usado muitas vezes como sinônimo de “princípio”. Contudo, uma lei física
tem, em geral, uma característica que lhe confere maior confiabilidade lógica do que
um princípio: a lei é, cumulativamente, obtida através de raciocínio dedutivo, partindo
de uma outra lei mais geral, ou de uma teoria ou modelo.
As leis físicas são normalmente aproximações e têm um domínio restrito de aplicabilidade,
que deve ser sempre referido. As leis físicas:
- São verdadeiras, por definição, pois nunca foram contrariadas por observações
repetidas (dentro dos seus limites de aplicabilidade).
- São universais, porque se aplicam em todos os lugares do Universo.
- São simples, pois são tipicamente expressas por uma expressão matemática.
- São absolutas, porque nada no Universo parece afetá-las.
- São estáveis, pois se mantêm inalteráveis desde a sua descoberta (embora, em
alguns casos, se tenha mostrado serem aproximações de outras leis mais precisas).
- São onipotentes, porque tudo no Universo está aparentemente de acordo com elas
(conforme as observações).
- Geralmente traduzem a conservação de grandezas.
- Muitas vezes traduzem homogeneidades (simetrias) no espaço e tempo.
- São tipicamente reversíveis no tempo (se não forem quânticas), embora o tempo em si
seja irreversível.

Teoria

- É uma descrição bem estruturada de alguns aspectos do mundo
natural; um sistema organizado de conhecimento aceito que se aplica
numa grande variedade de circunstâncias, para explicar um conjunto
específico de fenômenos. Incorpora fatos, leis, previsões e hipóteses
testadas.
- É geralmente aceita como válida por ter sobrevivido a um teste
repetido. Uma hipótese científica que sobrevive à prova da
experimentação pode resultar numa teoria científica.
- Deve servir não só para explicar fenômenos de uma determinada
área do conhecimento, mas também para efetuar previsões na
mesma área.
A escolha entre duas (ou mais) teorias explicativas para o mesmo
fenômeno deve ser feita mediante argumentos que sejam
independentes do conteúdo dessas teorias, o que nem sempre é fácil,
como a história da ciência confirma.

Modelo

- É uma descrição hipotética de uma entidade ou processo complexo,
uma forma ou padrão representativo.
- É uma descrição simplificada da realidade, que serve para prever e
controlar e nos ajuda a compreender melhor as características da
realidade, do que através de uma simples observação direta.
- Um modelo pode ser usado em diferentes contextos e em diferentes
áreas científicas, para representar algo como um simples corpo ou
um sistema de corpos.
Os modelos matemáticos, que podem ser classificados de várias formas
(lineares / não lineares, determinísticos / probabilísticos, estáticos /
dinâmicos...) permitem testar a consistência dos dados xperimentais.
Os filósofos da ciência ainda hoje debatem se os modelos são apenas
instrumentos heurísticos ou mesmo aspectos essenciais da
explicação científica.
Tags