NERVOS ESPINHAIS
E CRANIANOS
Profa. Fernanda RadicchiCampos
Lobato de Almeida
Departamento de Morfologia -ICB
Nervos -Generalidades z
Cordões esbranquiçados, constituídos por
feixes de fibras nervosas reforçadas por
tecido conjuntivo.
z
Unem o SNC aos órgãos periféricos.
z
Nervos espinhais: união feita com a medula espinhal.
z
Nervos cranianos: união feita com o encéfalo.
Nervos -Generalidades z
Função: conduzir, por meio de sua fibras,
impulsos nervosos do SNC para a periferia
(impulsos eferentes) e da periferia para o
SNC (impulsos aferentes).
z
Envoltos por bainhas conjuntivas: epineuro (envolve todo o nervo, emite septos para seu interior), perineuro(envolve feixes de fibras nervosas), endoneuro(envolve cada fibra, tecido conjuntivo frouxo).
Bainhas conjuntivas
Nervos -Generalidades z
Bainhas: conferem grande resistência; são
mais espessas nos nervos superficiais
(proteção contra traumatismos).
z
São muito vascularizados.
z
Quase totalmente desprovidos de sensibilidade (estímulo do nervo).
Nervos Espinhais z
Têm origem na medula espinhal.
z
Responsáveis pela inervação do tronco,
membros e parte da cabeça.
z
Formados pela união de duas raízes: dorsal (junção de numerosos filamentos radiculares do sulco lateral dorsal), ventral (junção de numerosos filamentos radiculares do sulco lateral ventral).
Filamentos
radiculares
Nervos Espinhais z
Raiz dorsal: gânglio espinhal (corpos de
neurônios sensitivos pseudounipolares, cujos
prolongamentos central e periférico formam a
raiz).
z
Raiz ventral: axônios dos neurônios dos cornos ventral e lateral da medula.
z
União da raiz dorsal (sensitiva) com a raiz ventral (motora) origina o tronco do nervo espinhal (misto).
Raiz dorsal do nervo
espinhal
Gânglio espinhal
Nervo espinhal
Raiz ventral do nervo
espinhal
Nervos Espinhais z
Encontrados em todos os níveis da medula.
z
Número varia nas diferentes regiões.
z
Oito pares nervos cervicais, doze pares
torácicos, cinco pares lombares, cinco pares
sacrais, um par coccígeo(total de 31 pares).
z
Costumam ser denominados conforme sua origem e posição (C6, T1, L2 etc).
Nervos Espinhais z
Após deixar o canal vertebral, se dividem em
ramos, se distribuem para os diversos
territórios a serem inervados.
z
Às vezes, se anastomosam(unem com nervos vizinhos): plexos nervosos (braquial e
lombossacral).
z
Unissegmentares(origem em apenas um segmento medular), plurissegmentares (formados a partir de plexos nervosos;
maioria nervos periféricos).
Nervos Espinhais -Função
Componentes funcionais z
Dois tipos de fibras nervosas.
z
Aferentes (sensitivas): têm origem em
diferentes receptores e conduzem ao SNC
diferentes modalidades de informação
sensorial. Interoceptores(viscerais);
proprioceptores ou exteroceptores
(somáticas)
z
Eferentes (motoras): conduzem impulsos do SNC para os órgãos efetuadores.
Fibras Aferentes z
Somáticas exteroceptivas: conduzem
impulsos originados no mundo externo
(temperatura, tato, pressão, dor).
z
Somáticas proprioceptivas: conduzem ao SNC sensações originadas no próprio corpo, geradas por ele (disposição do corpo no espaço); receptores sensoriais localizados nas articulações, músculos e tendões, podem conscientes ou inconscientes.
Fibras Aferentes z
Viscerais visceroceptivas(interoceptivas):
conduzem informações originadas nas
vísceras (“plenitude”gástrica, dor visceral).
Fibras Eferentes z
Somáticas: irão inervar musculatura
esquelética.
z
Viscerais: irão inervar músculo liso, músculo cardíaco e glândulas.
Fibras nervosas Ne. Espinhal
Aferentes Eferentes
VisceraisSomáticas
Visceroceptivas
ou interoceptivas
Proprioceptivas Exteoceptivas
Somáticas Viscerais
Nervos Cranianos z
Nervos que têm origem no encéfalo.
z
Constituem doze pares.
z
Diferem dos nervos espinhais quanto à
origem, estrutura e função.
z
Origem: espinhais –mesma (varia apenas o nível em que a conexão éfeita com a medula); cranianos –diferentes para cada nervo.
Nervos Cranianos z
Estrutura: alguns (olfatórioe óptico)
semelhantes aos feixes de fibras
encontradas no SNC.
z
Função: alguns são mistos; outros exclusivamente sensitivos ou motores.
Região da cabeça existem órgãos do sentido
“especiais”(órgãos auditivos ou para a
visão).
z
Fibras que conduzem estas sensações: aferentes especiais.
Nervos Cranianos z
Fibras motoras que inervam a maior parte da
musculatura da face: motoras viscerais
especiais.
z
Classificação funcional das fibras dos nervos cranianos émais complexa.
Classificação funcional -fibras z
Fibras aferentes somáticas: conduzem
impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e
propriocepção; origem em exteroe
proprioceptores.
z
Fibras aferentes somáticas especiais: origem na retina e ouvido interno; relacionam-se com visão, audição e equilíbrio.
z
Fibras aferentes viscerais gerais: origem em visceroceptores; impulsos relacionados àdor
visceral.
Classificação funcional -fibras z
Fibras aferentes viscerais especiais: originam-se em
receptores gustativos e olfatórios(viscerais,
localizados em sistemas viscerais: SD, SR).
z
Fibras eferentes somáticas: inervam músculos estriados esqueléticos miotômicos.
z
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam músculos estriados esqueléticos branquioméricos.
z
Fibras eferentes viscerais gerais: inervam músculo liso, músculo cardíaco e glândulas.
Nervos Cranianos
Nervo Olfatório(I) z
Numerosos pequenos feixes nervosos,
mucosa olfatóriada cavidade nasal.
z
Não éum nervo único; conjunto de filetes nervosos que atravessam a lâmina crivosa
do osso etmóide, penetram no crânio e
atingem o bulbo olfatório.
z
Exclusivamente sensitivo, responsável pelo olfato.
z
Fibras aferentes viscerais especiais.
Nervo Óptico (II) z
Mais calibrosodos nervos cranianos.
z
Origem na retina; conectam-se com o
quiasma óptico (base do encéfalo), onde as
fibras se cruzam, continuam no trato óptico,
terminam no corpo geniculadolateral.
z
Exclusivamente sensitivo.
z
Responsável pela visão.
z
Fibras aferentes somáticas especiais.
Nervos Oculomotor(III),
Troclear (IV) e Abducente (VI)
z
Nervos oculomotore troclear: origem no
mesencéfalo; troclear (único nervo craniano a sair
da região dorsal do tronco encefálico).
z
Nervo abducente: emerge do limite entre ponte e bulbo.
z
São exclusivamente motores e inervam os músculos extrínsecos do olho.
z
Nervo troclear: m. oblíquo dorsal
z
Nervo abducente: m. reto lateral e retratordo bulbo.
Nervos Oculomotor(III),
Troclear (IV) e Abducente (VI)
z
Nervo oculomotor: mm. elevador da pálpebra
superior, reto dorsal, reto ventral, reto medial e
oblíquo ventral.
z
Músculos origem miotômica: fibras eferentes somáticas.
z
Nervo oculomotor: fibras responsáveis pela inervação pré-ganglionardos músculos intrínsecos do olho: m.ciliar (regula convergência do cristalino) e m. esfíncter da pupila.
z
Músculos lisos: fibras eferentes viscerais gerais.
Nervo Trigêmeo (V) z
Nervo misto: componente sensitivo émaior.
z
Raiz sensitiva: prolongamentos centrais dos
neurônios sensitivos no gânglio trigeminal.
Prolongamentos periféricos formam os três ramos
do trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo
mandibular.
z
Responsáveis pela sensibilidade somática geral da
cabeça. z
Fibras aferentes somáticas gerais: conduzem
impulsos exteroceptivos(temperatura, dor, pressão
e tato originados da pele, conjuntiva, seios nasais,
dentes, 2/3 anteriores da língua, maior parte da
dura-máter craniana).
Nervo Trigêmeo (V) z
Fibras aferentes somáticas gerais: conduzem
impulsos proprioceptivos, originados em
receptores localizados nos músculos
mastigadorese na articulação têmporo-
mandibular.
z
Raiz motora: fibras acompanham nervo mandibular, distribuem-se nos músculos
mastigadores(origem branquiomérica;
masséteres, pterigóideos, ventre rostraldo
digástrico).
z
Fibras eferentes viscerais especiais.
Nervo Facial (VII) z
Emerge do sulco bulbo-pontinosob a forma
de duas raízes: raiz motora (nervo facial
propriamente dito), raiz sensitiva e visceral
(nervo intermédio).
z
Raiz motora: inerva grande maioria dos músculos da face.
z
Nervo intermédio: fibras parassimpáticaspré- ganglionares(inervação glssalivares submandibular e sublingual); fibras
sensitivas(sensibilidade gustativa 2/3
anteriores da língua).
Nervo Facial (VII) z
Raiz motora: inervação da musculatura
mímica (origem branquiomérica) –fibras
eferentes viscerais especiais (função mais
importante).
z
Raiz sensitiva: fibras aferentes viscerais especiais (recebem impulsos gustativos 2/3 anteriores da língua), fibras aferentes viscerais gerais (sensibilidade da parte posterior das fossas nasais e da parte superior do palato mole).
Nervo Facial (VII) z
Raiz sensitiva: fibras aferentes somáticas
gerais (sensibilidade de uma pequena parte
da orelha e meato acústico externo), fibras
eferentes viscerais gerais (inervação pré-
ganglionardas glslacrimal, submandibular e
sublingual), fibras eferentes viscerais
especiais (músculos mímicos e músculos da
mastigação –ventre caudal do digástrico).
Nervo Vestibulococlear(VIII) z
Exclusivamente sensitivo
z
Ocupa, juntamente com os nervos facial e
intermédio, o meato acústico interno da porção
petrosa do osso temporal.
z
Duas partes distintas: vestibular e coclear
z
Parte vestibular: origem nos receptores do ouvido
interno (importantes para a manutenção do
equilíbrio corporal).
z
Parte coclear: origem nos receptores da cóclea (órgão de Corti), sensibilidade auditiva.
z
Fibras aferentes somáticas especiais.
Nervo Glossofaríngeo (IX) z
Nervo misto.
z
Origem: na parte mais rostraldo sulco lateral
dorsal do bulbo (filamentos radiculares
dispõem em linha vertical).
z
Fibras se distribuem para a língua e faringe.
z
Fibras aferentes viscerais especiais: conduzem impulsos gustativos originados no 1/3 posterior da língua.
Nervo Glossofaríngeo (IX) z
Fibras aferentes viscerais gerais:
responsáveis pela sensibilidade geral do 1/3
posterior da língua, da faringe, tonsila e tuba
auditiva.
z
Fibras aferentes somáticas gerais: inervam parte da orelha e do meato acústico externo.
z
Fibras eferentes viscerais gerais: fibras parassimpáticaspara a glândula parótida.
z
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam mmsda faringe (origem branquiomérica).
Nervo Vago (X) z
Maior dos nervos cranianos.
z
Nervo misto e essencialmente visceral.
z
Inerva todas as vísceras torácicas e
abdominais.
z
A maioria de suas fibras ésensitiva.
z
Éum nervo motor para a laringe (importante para os mecanismos de fonação) e para a faringe (juntamente com o glossofaríngeo participa do reflexo da deglutição).
Nervo Vago (X) z
Fibras aferentes viscerais especiais:
conduzem impulsos gustativos originados na
epiglote.
z
Fibras aferentes viscerais gerais: muito numerosas; conduzem impulsos aferentes
originados na faringe, laringe, traquéia,
esôfago, vísceras do tórax e do abdômen.
z
Fibras aferentes somáticas gerais: responsáveis pela sensibilidade da orelha e
do meato acústico externo.
Nervo Vago (X) z
Fibras eferentes viscerais gerais:
responsáveis pela inervação parassimpática
das vísceras torácicas e abdominais.
z
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam mmsda faringe e da laringe.
Nervo Acessório (XI) z
Formado por uma raiz craniana (ou bulbar) e
uma raiz espinhal.
z
Raiz espinhal: formada por filamentos radiculares que emergem da face lateral dos 5 ou 6 primeiros segmentos cervicais da medula. Inerva os mms esternocleidomastóideoe trapézio (origem branquiomérica). Fibras são eferentes viscerais especiais.
Nervo Acessório (XI) z
Raiz craniana: apresenta dois tipos de fibras.
z
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam
mmsda laringe (nervo laríngeo recorrente).
z
Fibras eferentes viscerais gerais: inervam vísceras torácicas juntamente com fibras vagais.
Nervo Hipoglosso (XII) z
Nervo essencialmente motor.
z
Distribui-se para os mmsintrínsecos e
extrínsecos da língua (origem miotômica).
z
Fibras eferentes somáticas
Inervação da língua z
Único nervo motor: hipoglosso.
z
Inervação sensitiva: trigêmeo (sensibilidade geral
nos 2/3 anteriores), facial (sensibilidade gustativa
nos 2/3 anteriores), glossofaríngeo (sensibilidade
geral e gustativa no 1/3 posterior). z
Fibras do facial chegam àlíngua através do nervo lingual.
z
Três nervos têm contato direto com a língua: hipoglosso, glossofaríngeo e nervo lingual (ramo do nervo mandibular).