Oxigenoterapia A respiração é composta de dois movimentos – a inspiração e a expiração – que correspondem à expansão e ao relaxamento da musculatura pulmonar e da parede torácica. O ato de respirar mantém um padrão regular e ininterrupto, variando de 16 a 20 respirações por minuto em um adulto. O ar entra pelo nariz, onde é purificado e aquecido. Passa pela faringe, laringe e segue pela traqueia, brônquios e bronquíolos. Os brônquios e os bronquíolos são revestidos de cílios que realizam a varredura, retirando assim o muco e substâncias estranhas ao pulmão. O ar chega então aos alvéolos, havendo aí a troca gasosa entre oxigênio e gás carbônico.
Oxigenoterapia A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás normal ( 21%), com o objetivo de manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e, consequentemente, promover a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio .
Manifestações Clínicas de Hipoxemia: Taquipneia , dispneia, Palidez, cianose Taquicardia, bradicardia, arritmias Agitação, sonolência Desorientação, confusão mental Cefaleia, hipertensão e hipotensão eventual Hipertensão leve e perda da coordenação Coma
Para que serve: A oxigenoterapia é recomendada por um médico para aumentar a disponibilidade de oxigênio nos pulmões e tecidos do corpo, diminuindo os efeitos negativos da hipóxia, e deve ser feita quando a pessoa apresenta saturação de oxigênio abaixo de 90%, pressão parcial de oxigênio, ou PaO2, menor que 60 mmHg, ou quando se apresenta algumas condições como: Insuficiência respiratória aguda ou crônica; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Enfisema pulmonar; Ataque de asma; Intoxicação por monóxido de carbono; Apneia obstrutiva do sono; Envenenamento por cianeto; Recuperação pós-anestésica; Parada cardiorrespiratória
Principais tipos de oxigenoterapia : Existem vários tipos de oxigenoterapia que são classificados de acordo com as concentrações de oxigênio que são liberadas, sendo que o médico vai recomendar o tipo de acordo com as necessidades da pessoa, assim como o grau de desconforto respiratório e se a pessoa apresenta sinais de hipóxia, como boca e dedos arroxeados, suor frio e confusão mental. Desta forma, os principais tipos de oxigenoterapia podem ser:
Os gases medicinais são identificados no posto de consumo pelo nome do gás, por sua cor padrão e o símbolo químico: Oxigênio (O2) - Cor verde - Óxido nitroso (NO2) - Cor Azul Ar comprimido - Amarelo - Vácuo – Cinza. A aplicação de cada um desses gases é bem diferente, por isso sua distinção é muito necessária. O óxido nitroso é um gás que tem efeito sobre o sistema nervoso central, causando relaxamento e alívio da ansiedade . Ar comprimido possui mesmas características do ar atmosférico, ou seja, 79% Nitrogênio e 21% Oxigênio, uso medicinal. Sistema de Vácuo com uma parte ligada ao sistema de vácuo, sistema fechado, sob pressão negativa no interior do frasco de vidro, que acaba coletando secreções.
Sistemas de baixo fluxo: Este tipo de oxigenoterapia é recomendado para pessoas que não necessitam de grande quantidade de oxigênio e através destes sistemas é possível fornecer oxigênio para as vias aéreas em um fluxo de até 8 litros por minuto ou com um FiO2, chamado de fração de oxigênio inspirado, de 60%. Isso significa que do ar total que a pessoa vai inspirar, 60% será de oxigênio.
Cateter nasal: é um tubo de plástico com duas saídas de ar que devem ser colocadas nas narinas e em média, servem para oferecer oxigênio a 2 litros por minuto; Sua colocação e utilização é simples e permite que o paciente converse e se alimente sem interrupção de oxigênio.
M ateriais : Bandeja contendo: Dispositivo para administração de oxigênio, conforme prescrição médica (cateter nasal, cânula nasal e máscara facial) 1 par de luvas de procedimento não estéril 1 pacote de gazes 1 ampola de água destilada de 10 mL Frasco umidificador de oxigênio Extensão plástica ou de látex Fluxômetro Água destilada 100 mL Biombos
Máscara Venturi Para Oxigenação O uso de máscara venturi para oxigenação é muito comum para a oxigenoterapia , pois consiste em um sistema de liberação de oxigênio, que pode ser controlado. Esse controle é feito pela máscara venturi para oxigenação, pois esse equipamento é capaz de mensurar a quantidade exata de oxigênio fornecido ao paciente. Com o uso da máscara venturi para oxigenação, o valor de oxigênio pode chegar até 90%, nível recomendado para um organismo saudável.
Máscara Com Reservatório A máscara com reservatório é considerada uma máscara de alta concentração de oxigênio, podendo chegar a 95% quando operada entre 10 a 15 litros de oxigênio por minuto. O reservatório acoplado à máscara não permite que o ar expirado seja reutilizado novamente na inspiração, onde é sempre inalado mais oxigênio diretamente do reservatório. O oxigênio armazenado no reservatório possui um escape para o gás exalado. Esse sistema de funcionamento faz com que a máscara com reservatório seja uma máscara de não reinalação . O material transparente da máscara com reservatório é fundamental para que possa ser possível visualizar caso o paciente venha a vomitar, permitindo uma reação rápida e evitando a broncoaspiração da secreção.
AEROSSOLTERAPIA É administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com adição ou não de medicamentos, através das vias aéreas superiores. Fluidificar secreções densas ou viscosas por ação de medicamentos; obter uma ação antiinflamatória .
Ressuscitador Manual ( Ambú ) – O Ressuscitador Manual ( Ambú ) tem o objetivo de fornecer ventilação artificial durante manobras de ressuscitação de pacientes em parada cardiorrespiratória. Pode ser utilizado em primeiros socorros, salas de emergências, unidade de terapia intensiva, anestesia e outras aplicações. Ressuscitador manual para uso adulto, juvenil e infantil. Totalmente desmontável e lavável.
A ventilação não invasiva (VNI) É o suporte ventilatório aplicado a pacientes sem o uso de prótese endotraqueal. Ela evita potenciais complicações da ventilação mecânica invasiva. Além disso, ajuda a oferecer uma terapia econômica com menor permanência na UTI e maior chance de sobrevida.
O suporte ventilação invasivo ou também conhecido como ventilação mecânica invasiva (VMI) consiste em um método de suporte para o tratamento de pacientes com Insuficiência Respiratória Aguda (IR) ou crônica agudizada, objetivando a manutenção das trocas gasosas, ou seja, correção da hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia de forma a aliviar o trabalho da musculatura respiratória que, em condições agudas com alta demanda metabólica, está elevado, a fim de reverter ou evitar fadiga da musculatura respiratória, além de diminuir o consumo de oxigênio e consequentemente reduzir o desconforto respiratório e, permitir a aplicação de terapêuticas específicas
Alimentação do Paciente Método para alimentar o paciente acamado, capaz de alimentar-se sozinho: Verificar se a dieta está de acordo a prescrição médica; Auxiliar o paciente a sentar-se; Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição; Colocar o prato, copos e talheres ao seu alcance, cortar carnes, pães se for necessário; Se o paciente recusar a refeição ou deixar de comer alimentos adequados à sua dieta, persuadi-lo, explicando-lhe o valor dos mesmos; Terminada a refeição, retirar a bandeja e oferecer materiais para higiene oral e lavagem das mãos; Deixar o paciente confortável; Registrar alterações observadas.
Alimentação do Paciente Método para alimentar o paciente acamado, incapaz de alimentar-se sozinho: Verificar se a dieta está de acordo com a prescrição; Colocar o paciente em posição de fowler , se não houver contraindicações; Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição; Servir pequenas porções do alimento de cada vez, com cuidado e paciência, estimulando o paciente a aceitar toda a refeição; Se o paciente estiver impossibilitado de ver e descrever os alimentos antes de começar a alimentá-lo; Limpar a boca do paciente, sempre que necessário; Terminada a refeição, oferecer-lhe água; Remover a bandeja;
Alimentação do Paciente Método para alimentar o paciente acamado, incapaz de alimentar-se sozinho: Realizar a higiene oral do paciente, deixá-lo confortável e a unidade em ordem; Realizar anotação: hora da alimentação, tipo de dieta, reações do paciente e alterações observadas. Atenção - Evitar interromper a alimentação do paciente para qualquer outro cuidado. Os alimentos quentes devem ser servidos quentes e frios, servidos frios, os alimentos devem estar adequados às condições de mastigação do paciente.
Alimentação do Paciente Nutrição Enteral A nutrição enteral consiste na administração de nutrientes por meio de sondas nasogástrica - introduzida pelo nariz, com posicionamento no estômago - ou transpilórica ( nasoenteral ), introduzida pelo nariz, com posicionamento no duodeno ou jejuno, ou através de gastrostomia ou jejunostomia . Desde que a função do trato gastrintestinal esteja preservada, a nutrição enteral (NE) é indicada nos casos em que o paciente esteja impossibilitado de alimentar-se espontaneamente através de refeições normais.
Alimentação do Paciente Nutrição Enteral Gastrostomia - abertura cirúrgica do estômago, para introdução de uma sonda com a finalidade de alimentar, hidratar e drenar secreções estomacais. Jejunostomia - abertura cirúrgica do jejuno, proporcionando comunicação com o meio externo, com o objetivo de alimentar ou drenar secreções.
Alimentação do Paciente
Alimentação do Paciente Sondagem Gástrica: É a introdução de uma sonda gástrica plástica através da narina até o estômago. A instalação da sonda tem como objetivos retirar os fluidos e gases do trato gastrintestinal (descompressão), administrar medicamentos e alimentos diretamente no trato gastrintestinal, obter amostra de conteúdo gástrico para estudos laboratoriais e prevenir ou aliviar náuseas e vômitos.
Alimentação do Paciente Materiais: Sonda gástrica; Lubrificante anestésico (xilocaína gel); 1 seringa de 20 ml; Micropore / esparadrapo; Gazes; Luvas de procedimentos; Tesoura; Algodão umedecido com álcool a 70%; Toalha de rosto ou papel toalha. Método: Realizar lavagem das mãos; Reunir o material; Explicar o procedimento ao paciente; Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira; Colocar o paciente em posição de fowler ; Colocar a toalha sobre o tórax do paciente; Calçar as luvas.
Alimentação do Paciente Medindo a sonda em posição gástrica: Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz, seguindo ao apêndice xifoide e marcar com um pedaço de esparadrapo discreto; Passar a xilocaína na sonda a ser introduzida; Fletir a cabeça do paciente para frente com a mão não dominante, a fim de fechar o acesso da sonda e as vias respiratórias; Orientar o paciente que ao sentir a sonda em região orofaríngea o mesmo deve deglutir; Introduzir a sonda na narina do paciente até o ponto demarcado;
Alimentação do Paciente Medindo a sonda em posição gástrica: Testar localização da sonda através da aspiração de conteúdos e/ ou ausculta de ruídos em região epigástrica injetando 10 ml de ar com a seringa e auscultando com o estetoscópio; Fixar a sonda de modo que não atrapalhe o campo visual e não traumatize a narina; Recolher o material; Manter ambiente limpo e organizado; Anotar o procedimento realizado, número da sonda, volume e aspecto de secreções drenadas e intercorrências.