1 doutrina social da igreja que é a dsi

JorgeEduardoBrandn 1,732 views 4 slides Sep 26, 2012
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Que é a Doutrina Social da Igreja


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Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 1
Doutrina Social da Igreja (1)
1. Que é a Doutrina Social da Igreja?
Conceito:
A doutrina social da Igreja é o conjunto de declarações oficiais do magistério da
Igreja, que diz respeito as relações sociais. É uma doutrina que pretende dar soluções aos
conflitos provocados pela economia capitalista.
Doutrina: esta palavra diferencia-se de ensinamento, doutrina fala de um conjunto
de verdades cristãs sobre a sociedade
Ensinamento: significa o acto de transmitir o conteúdo.
A expressão Doutrina, fala dum conjunto de verdades cristãs sobre a sociedade,
implica também um conjunto de ensinamentos que se dão em forma sistemática.
A doutrina social da Igreja não foi pensada desde o princípio como um sistema
orgânico; mas foi-se formando pouco a pouco, com progressivos pronunciamentos do
Magistério sobre os temas sociais.
A doutrina social da Igreja não pertence ao campo da ideologia. Ela não é
definível segundo parâmetros socio-económicos. Não é um sistema ideológico ou
pragmático, que visa definir e compor as relações económicas, políticas e sociais
A sua finalidade principal é interpretar estas realidades, examinando a sua conformidade
ou desconformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho sobre o homem e sobre
a sua vocação terrena e ao mesmo tempo transcendente; visa, pois, orientar o
comportamento cristão».
Ideologia
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Sistema de ideias, valores e princípios que definem uma determinada visão do
mundo, fundamentando e orientando a forma de agir de uma pessoa ou de um grupo
social (partido político, grupo religioso, etc.)
2. Os três níveis do ensinamento Teológico-moral.
A doutrina social reflecte os três níveis do ensinamento teológico-moral: o nível
fundante das motivações; o directivo das normas do viver social; o deliberativo das
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Dicionários PRO de Língua Portuguesa - © 2009 Porto Editora, Lda.

Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 2
consciências, chamadas a mediar as normas objectivas e gerais nas situações sociais
concretas e particulares.
3. Como nasceu a Doutrina Social da Igreja?
Com surgimento da revolução industrial na Inglaterra, no século XVIII, depois na
Europa, América do Norte e progressivamente por todo o mundo; dá-se um fenómeno de
consequências incalculáveis. É uma época de câmbios profundos na sociedade, as
mudanças generacionais se aceleram, vão surgindo novas forças, novos sistemas
políticos e económicos. Nascem o capitalismo (liberalismos) e o socialismo. O mundo se
polariza, a sociedade enfrenta novos desafios aos quais não esta preparada para dar
resposta. O crescimento da classe proletária, as cidades industrializadas crescem sem
medida, o campo se empobrece, acontecem grandes migrações em procura de bem-estar.
Perante o abuso e erros provocados pelo liberalismo e o socialismo, e em defesa do
operário a Igreja lança um apelo na voz e no ensinamento dos papas. Nasce assim a
Doutrina social da Igreja.
4. De onde lhe vem o seu nome?
Quem iniciou a sistematizar estes ensinamentos foi o Papa Leão XIII no ano
1891, mas ele iniciou a chama-la com o título “Uma doutrina tirada do Evangelho”,
também utilizou o termo Filosofia Cristã.
Quarenta anos depois o Papa Pio XI utiliza a palavra “doutrina social e
económica” no ano 1931.
Foi o Papa Pio XII quem consagrou a expressão “Doutrina Social da Igreja”
ou “Doutrina Social Católica” em 1941.
5. Documento de trabalho
No documento de “Puebla” (México) temos uma descrição da realidade
Latino-americana, que reflecte o acontecido em muitos países de África. Neste
documento se nos apresenta para onde levam as Ideologias do Capitalismo e do
socialismo marxista.
Conceito de Pessoa humana na Doutrina social da Igreja:
A Igreja vê no homem, em cada homem, a imagem viva do próprio Deus;
imagem que encontra sua plena explicação no mistério de Jesus Cristo, imagem perfeita
da Deus, revelador de Deus ao homem, e do homem a si mesmo.
O homem recebe de Deus a sua dignidade.
A pessoa humana é o protagonista de toda a vida social.

Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 3
Visões economicistas do homem.
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Visão consumista.
Visão individualista.
Visão colectivista.
Sob o signo do económico, podem-se assinalar na América Latina três
visões do homem que, embora distintas, têm raiz comum. Das três talvez a menos
consciente e, apesar de tudo, a mais generalizada seja a “visão consumista”. A pessoa
humana está como que lançada na engrenagem da máquina da produção industrial; é
vista apenas como instrumento de produção e objecto de consumo. Tudo se fabrica e se
vende em nome dos valores do ter, do poder e do prazer, como se fossem sinónimos da
felicidade humana. Impede-se assim o acesso aos valores espirituais e promove-se, em
razão do lucro, uma aparente e muito onerosa "participação" no bem comum.
Ao serviço da sociedade de consumo, mas projectando-se para além da
mesma, o liberalismo económico, de praxis materialista, apresenta-nos uma “visão
individualista” do ser humano. Segundo esta visão, a dignidade da pessoa está na
eficácia económica e na liberdade individual. Encerrada em si própria e com frequência
aferrada ao conceito religioso de salvação individual, cega-se para as exigências da
justiça social e coloca-se a serviço do imperialismo internacional do dinheiro, a que se
associam muitos governos esquecidos de suas obrigações em relação ao bem comum.
Oposto ao liberalismo económico de forma clássica e em luta permanente
contra as suas consequências injustas, o marxismo clássico substitui a visão
individualista do homem por uma “visão colectivista”, quase messiânica, do mesmo. A
meta existencial do ser humano coloca-se no desenvolvimento das forças materiais de
produção. A pessoa não é originariamente sua consciência; é antes constituída por sua
existência social. Despojada do arbítrio interno que lhe pode assinalar o caminho da
realização pessoal, recebe suas normas de comportamento unicamente daqueles que são
responsáveis pela mudança das estruturas sócio-político-econômicas. Desconhece,
portanto, os direitos humanos, especialmente o direito à liberdade religiosa, que está na
base de todas as liberdades. Desta forma, a dimensão religiosa, cuja origem estaria nos
conflitos da infra-estrutura económica, se orienta para uma fraternidade messiânica sem
relação com Deus. Materialista e ateu, o humanismo marxista reduz o ser humano, em
última instância, às estruturas externas.

Leitura e compreensão do texto.
1-Qual é a raiz comum das três visões economicistas do homem?
2-Por que a visão consumista é a menos consciente e mais generalizada?
3-Que diferença há entre indivíduo e individualista?
2
PUEBLA,

Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 4
4-Em que fundamenta o individualismo a dignidade da pessoa humana?
5-Na visão colectivista que conceito de homem têm?
Debate:
Formar grupos e preparar a defesa de uma das visões, e confrontar com o
conceito de pessoa humana da Doutrina Social da Igreja. Capitalismo, Socialismo.
Questionário:
1-Em que país e século, teve origem a revolução industrial?
2-Em que consistiu a revolução industrial?
3-Qual foi a causa do nascimento da Doutrina Social da Igreja?
4-Quem iniciou a sistematizar estes ensinamentos e em que ano?
5-Qual foi o primeiro nome que lhe deram?
6-Que aconteceu 40 anos depois da primeira encíclica social?
7-Quem consagrou a expressão Doutrina Social da Igreja e em que ano?
8-Que é a Doutrina Social da Igreja?
9-Quais são os três níveis do ensinamento teológico-moral?
10-Quais as três visões economicistas do homem que da o Documento de Puebla?
11- Por que estas visões são negativas
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