CONCEITOS INTRODUTÓRIOS À UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS PROF FRANCIELLY BORDON
DEFINIÇÃO A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área hospitalar destinada a clientes em estado crítico, que necessitam de cuidados altamente complexos e controles estritos, com centralização de esforços e coordenação de atividades.
A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes que porventura possuam chances de sobreviver, destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade.
A UTI tem suas origens nas salas de recuperação pós-anestésica (RPA), onde os pacientes submetidos à procedimentos anestésico-cirúrgicos tinham monitorizadas suas funções vitais Prof. Fernando Ramos - Msc
Era Florence A Unidade de Terapia Intensiva é idealizada como Unidade de Monitoração de paciente grave através da enfermeira. Florence Nightingale.
A UTI Unidade Hospitalar destinada ao atendimento de doentes graves RECUPERÁVEIS. Pacientes que necessitam de assistência médica e de Enfermagem integrais. Pessoal treinado, métodos, recursos, área física e aparelhagem capazes de manter a fisiologia vital.
OBJET I V O CONFORME O MS: Segundo a Portaria n.466 do Ministério da Saúde, os serviços de tratamento intensivo têm o objetivo de prestar atendimento a clientes graves e de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptas, equipamentos e recursos humanos especializados, definindo a UTI como o local que reúne um conjunto de elementos destinados a este propósito.
T I PO S ETÁR I O S E F Í S I CO S SEMI INTENSIVA; UNIDADE CORONARIANA; NEO; PEDIÁTRICA; ADULTO GERAL; ADULTO CARDIOLÓGICA.
D e aco r d o co m a Fa i x a Etá ri a Neonatal - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 0 a 28 dias. Pediátrico - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 29 dias a 18 anos incompletos. Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com idade acima de 14 anos. Obs. : Pacientes na faixa etária de 14 a 18 anos incompletos podem ser atendidos nos Serviços de Tratamento Intensivo Adulto ou Pediátrico, de acordo com o manual de rotinas do Serviço.
C L A SS IFI CA ÇÃ O D E AC O RD O C O M A ESPECIALIDADE
D eno m i na - s e U T I E s pe c i a li z ad a aque l a de s t i nad a a o atendimento de pacientes em uma especialidade médica ou selecionados por grupos de patologias, podendo compreender : Cardiológica Coronariana Neurológica Resp i rató r ia T rau m a Quei m ados P.Q.P .
PLAN T A F Í S I C A Toda UTI deve ocupar área física própria, de acesso restrito, possuir acesso fácil às unidades correlacionadas (Centro Cirúrgico, Emergência, Unidade Semi-intensiva). Quanto ao ambiente, as UTIs devem possuir no mínimo: Área coletiva de tratamento com boxers; Quarto de isolamento; posto de enfermagem; Área de prescrição médica; Sala de utilidades; Copa; Rouparia; Sala de preparo de materiais e de equipamentos; Depósito de equipamentos e de material de limpeza; Banheiro para clientes; Área administrativa; Sala de estar para a equipe.
D I V I SÃ O D A UT I A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista; A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos leitos por divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes; As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotados de painéis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e frequência cardíaca.
SE U S M A TE R I A I S E E QU I P A M E N T O S Materiais e equipamentos são utilizados na UTI ambos devem ser dimensionados e selecionados de acordo com o tipo de assistência prestada. Uma dessas e a existência de carro de emergência com monitor e desfibrilador, gerador de marca passo, ventilador mecânico, monitor de beira de leito bomba de infusão, entre outros.
LE I T O O U BO X
EQU I P E E PROF I SS I ONA I S A UTI deve dispor, no mínimo, da seguinte equipe básica: Médico com título de especialista em Medicina Intensiva divididos em: 1. Médico diarista 2 . Médico plantonista Enfermeiro Administrativo; Enfermeiro assistencial; Técnico de enfermagem; Fisioterapeuta; Secretária; Auxiliar de serviços.
A TR I BU I ÇÕE S D A ENFERMAGE M Enfermeiro Especialização em UTI – Especialista em atendimento de pacientes de alta complexidade. Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de como a higienização, controle das e prescrições, tendo papel assistencial enfermage m, medicações fundamental.
A T R I BU I Ç Õ E S D O T É CN I C O D E ENFERMAGEM Prestar assistência segura, humanizada e individualizada aos clientes; Preparar clientes para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos; Prepara e administrar medicações por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa e retal s médicas ou de enfermagem; Verificar os sinais vitais e as condições gerais dos clientes;
Executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização de materiais e equipamentos, bem como seu armazenamento; Realizar atividades na promoção de campanhas do aleitamento materno bem como a coleta no domicílio; Propor a aquisição de novos instrumentos para a reposição daqueles que estão avariados; Auxiliar na preparação do corpo após o óbito entre outras.
CR ITÉ R I O S P AR A I N TE R N A ÇÃ O E A LT A Enfermeiro da Clínica de Origem Passar o caso por telefone à enfermeira da UTI e confirmar o horário para transferência; Providenciar o transporte de suporte avançado para o paciente; Acompanhar o transporte do paciente até a unidade e passar o caso e possíveis intercorrências do transporte .
CR ITÉ R I O S P AR A I N TE R N A ÇÃ O E A LT A Equipe de Enfermagem da Clínica de Origem Acomodar adequadamente o paciente na maca de transporte; Auxiliar o médico e enfermeiro no transporte; Ajudar a transferir o paciente para o leito na UTI; Passar o caso para a equipe de enfermagem da UTI; Entregar o prontuário completo, medicamentos e pertences.
CR ITÉ R I O S P AR A I N TE R N A ÇÃ O Pacientes Graves: “ pacientes com comprometimento de funções vitais” Ins . Renal Descomp . Estado de choque; Estado de coma; Grande deseq . Hidroeletrolítico e \ou ácidos Básicos; Grande Queimado; Pós-PCR Politraumatizados e intoxicados graves.
EQU I P E MÉD I C A I NTENS I V A Ceder a vaga na unidade e confirmar horário com enfermeiro da unidade; Checar o respirador mecânico; Enfermeiro da UTI deve estar presente Obrigatoriamente no momento da admissão e fazer a avaliação do paciente com o preenchimento do impresso de avaliação admissional do paciente na unidade (impresso de histórico e exame físico);
Verificar junto ao funcionário da clínica de origem, se a documentação de internação do paciente está completa: prescrição médica do dia e folha de controle de enfermagem, medicações e os pertences do paciente; Identificar (se houver) pertences e entregar para a família se estiver presente, ou obrigatoriamente no próximo horário de visitas - anotar no livro de ocorrências; Realizar anotação de admissão no livro de ocorrências e/ou admissão, onde deverão constar: data, horário, número do prontuário, nome completo, clínica de origem, diagnóstico e número do leito;
E QU IP E D E E N FE R M AG E M I N TE N SI V A Montar a unidade, receber o paciente e transferir da maca para o leito em segurança; Promover oxigenação adequada, monitorização, manutenção de acessos e infusões, proteção para evitar perda de tubos, sondas e drenos, checar drenos de tórax e sonda vesical quanto à permeabilidade (se aberto ou fechado); Obse r v ar nível de co n s c iênc i a, s i nais v itais, pre s ença de próteses, talas, próteses, integridade da pele;
Ident i ficar grau d e d e pen d ência (deficiência visu a l, mobilidade, comunicação). Proceder a rotina de controles e medicações conforme prescrições médicas e de enfermagem, priorizar as atividades conforme gravidade do paciente; Anotar todas as observações no prontuário devidamente assinado e carimbado; Orientar o paciente e os familiares sobre rotinas do setor: visitas, pertences, informações, lista de materiais de higiene.
LEITURA RESOLUÇÃO Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010 Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.html RESOLUÇÃO - RDC Nº 26, DE 11 DE MAIO DE 2012 Altera a Resolução RDC nº. 07, de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0026_11_05_2012.html