CRISES CONVULSIVAS Prof. Wallacy Jhon S. Araújo Enfermeiro e Fisioterapeuta Mestre em Enfermagem e Educação em Saúde pela UFPE (Pernambuco) Pós-graduado em Reabilitação Neurofuncional com Ênfase em Pediatria (INESP – São Paulo) Pós-graduado em Fisioterapia em Terapia Intensiva e Suporte Ventilatório (UCB – Rio de Janeiro)
INTRODUÇÃO A atividade elétrica irregular no cérebro pode causar uma súbita mudança de comportamento ou movimentos, é chamada de disritmia cerebral. Os movimentos musculares descontrolados são conhecidos como convulsões.
OBSERVAÇÃO Convulsão não é sinônimo de epilepsia. Epilepsia é uma doença específica, que predispõe a pessoa a convulsões, mesmo na ausência de problemas como febre alta, pancadas na cabeça, derrames ou tumores cerebrais. O aspecto emocional é importante em qualquer doença. Os pacientes sofrem menos ataques quando levam uma vida ativa e normal.
FATORES DE RISCO
CLASSIFICAÇÃO
SINAIS E SINTOMAS Os sinais depende do tipo de convulsão Na convulsão parcial, podem ou não ocorrer alteração de consciência, associados a movimentos involuntários em alguma parte do corpo. Na generalizada pode ocorrer a crise de ausência ou pequeno mal ou convulsão tônico- clônica , ou grande mal.
SINAIS E SINTOMAS CRISES FOCAIS FOCAL Simples Sintomas motores, sensoriais, autônomos ou psíquicos COM consciência preservada FOCAL Complexa Comprometimento transitório da capacidade de interagir de modo normal com o ambiente, portanto, SEM consciência preservada
SINAIS E SINTOMAS CRISES GENERALIZADAS As principais crises são: Ausência ( Pequeno mal ): Lapsos bruscos e súbitos de consciência, sem perda de controle postural.
SINAIS E SINTOMAS CRISES GENERALIZADAS Tônico- clônicas ( Grande mal ) Tônico: contração músculos da expiração, da laringe e da mandíbula (acúmulo de secreções em orofaringe) e crescimento acentuado do tônus simpático Clônico : Superposição de períodos de relaxamento e contração muscular Pós- ictal : Irresponsividade , flacidez muscular e salivação excessiva. Incontinência vesical/intestinal, recuperação da consciência com confusão, e posteriormente cefaléia , fadiga e mialgia.
SINAIS E SINTOMAS CRISES GENERALIZADAS Tônico- clônicas ( Grande mal )
SINAIS E SINTOMAS CRISES GENERALIZADAS Tônico- clônicas
DIAGNÓSTICO Para efeito de diagnóstico e tratamento, ajuda muito observar as seguintes características das convulsões Durante a crise: duração (marcar o tempo no relógio); Contrações musculares terem terminado: se a pessoa recupera a consciência ou permanece sonolenta;
DIAGNÓSTICO Para diagnóstico neurológico usa-se: eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética do crânio, e videoeletroencefalograma .
Deite a vítima no chão e afaste tudo que possa machucá-la (móveis, óculos, colares); Afrouxe-lhe as roupas; Proteja a cabeça; Limpe as secreções salivares com pano ou papel para facilitar a respiração; PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS Posição de recuperação: Mantenha a vítima deitada em decúbito lateral esquerdo; Caso necessário, abrir as vias aéreas manualmente e auxiliar com ventilações; Permitir que a vítima fique em repouso após a crise; Após a crise o paciente deverá receber assistência médica.
PRIMEIROS SOCORROS O QUE NÃO SE DEVE FAZER: Não imobilizar os braços; Não colocar os dedos nem objetos na boca da vítima; Não dar banhos nem usar compressas com álcool; Não medicar. Não existe conduta específica para interromper a crise convulsiva, mas deve-se aguardar sua evolução natural. A atuação do socorrista é proteger a vítima dos traumas. Essas convulsões duram em torno de 2 a 4 minutos seguidos de enfraquecimento e recuperação lentos.
TRATAMENTO O risco de novas crises diminui nos pacientes com convulsões provocadas por álcool, drogas, pelo efeito colateral de alguns medicamentos e por distúrbios metabólicos, quando são retiradas essas substâncias ou corrigido o problema orgânico. Nos outros casos, existem vários medicamentos que devem ser indicados de acordo com o tipo de convulsão para evitar a recorrência e assegurar o controle das crises.
TRATAMENTO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A CRISE: Posicionar o paciente lateralmente para projeção da língua, drenar a saliva e evitar aspiração; Proporcionar tranquilidade e segurança ao paciente; Estar atento a todos os sinais e sintomas da crise, não restringir a movimentação do paciente, apenas afastar objetos que possam feri-lo Não realizar a abertura da boca, pode provocar traumatismo; Administrar oxigenoterapia e anticonvulsionantes conforme prescrição médica.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM APÓS A CRISE: Registrar o inicio da crise, onde começaram os movimentos, movimentação ocular, postura, rigidez, desvio da cabeça, tamanho das pupilas, estado de consciência, se houve liberação dos esfíncteres, paralisia ou fraqueza muscular; Informar o paciente sobre o fato ocorrido e o ambiente onde se encontra; Manter decúbito lateral para evitar broncoaspiração ; Caso ainda não seja sabido, colher a história clínica do paciente (se faz uso de medicação para epilepsia de forma regular; teve algum desencadeante da crise: stress, álcool, drogas, falta da medicação; se foi precedida por áurea; frequência das crises; inicio das crises; exames já realizados).