"Contexto histórico da segunda fase No período que foi de 1930 a 1945, fatos históricos importantes, no Brasil e no exterior, influenciaram os escritores modernistas da segunda geração. Com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, que gerou a Crise de 1929, houve queda do preço do café, principal produto de exportação brasileiro, de forma a afetar a economia do país. No ano seguinte, ocorreu o fim da República Velha, com a Revolução de 1930 encerrando a política do café com leite , que beneficiava agropecuaristas dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Deposto o presidente Washington Luís (1869-1957), Getúlio Vargas (1882-1954) subiu ao poder, em um governo, a princípio provisório, que se estenderia por anos. Sem ainda aceitar a derrota, os paulistas tentaram voltar ao poder com a Revolução Constitucionalista, de 1932, mas Getúlio Vargas se manteve forte e se firmou no governo com a promulgação da Constituição de 1934. Já em 1937, fechou o Congresso Nacional e decretou o Estado Novo, regime autoritário de cunho fascista.
Artistas e intelectuais de esquerda foram perseguidos pelo governo getulista, conhecido como Era Vargas, que perdurou até 1945. Nesse ano, também chegava ao fim a Segunda Guerra Mundial, com o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, duas cidades japonesas. Diante de tais fatos, os escritores brasileiros expressaram o horror da guerra, a desilusão com a humanidade, além de criticarem a ditadura e apontarem os problemas sociais.
Resumo sobre a segunda fase do modernismo brasileiro A segunda fase do modernismo brasileiro durou de 1930 a 1945. Sua poesia é marcada pelo conflito existencial e pela reflexão sobre os problemas contemporâneos. Sua prosa possui caráter regionalista. Fatos como a ditadura de Vargas e a Segunda Guerra Mundial influenciaram a escrita dos seus autores. Contou com poetas como Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles. Contou com prosadores como Graciliano Ramos e Erico Verissimo. Obras como A rosa do povo e Vidas secas foram destaques da sua produção literária."
→ Prosa da segunda geração modernista O quinze (1930), de Rachel de Queiroz Os ratos (1935), de Dyonélio Machado Capitães da areia (1937), de Jorge Amado Vidas secas (1938), de Graciliano Ramos Fogo morto (1943), de José Lins do Rego O tempo e o vento (1949-1961), de Erico Verissimo"
Características da segunda geração modernista A segunda fase do modernismo brasileiro, também conhecida como fase de reconstrução, teve início em 1930 e se encerrou em 1945, dando espaço para a terceira fase ou, segundo alguns estudiosos, o pós-modernismo. As características das obras escritas na segunda fase do modernismo brasileiro relacionam-se a dois aspectos distintos: o poético e o prosaico.
"Características da prosa da segunda geração modernista - regionalismo ou neorregionalismo ; - realismo ou neorrealismo; - crítica sociopolítica; - ausência de idealizações; - parcialidade da voz narrativa; - determinismo; - valorização do espaço narrativo; - linguagem simples;
" Autores da segunda geração modernista → Poetas da segunda geração modernista Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) Cecília Meireles (1901-1964) Jorge de Lima (1893-1953) Murilo Mendes (1901-1975) Vinicius de Moraes (1913-1980) → Romancistas da segunda geração modernista Dyonélio Machado (1895-1985) Erico Verissimo (1905-1975) Graciliano Ramos (1892-1953) Jorge Amado (1912-2001) José Lins do Rego (1901-1957) Rachel de Queiroz (1910-2003)
Obras da segunda fase do modernismo brasileiro → Poesia da segunda geração modernista Forma e exegese (1935), de Vinicius de Moraes A túnica inconsútil (1938), de Jorge de Lima O visionário (1941), de Murilo Mendes Mar absoluto (1945), de Cecília Meireles A rosa do povo (1945), de Carlos Drummond de Andrade
Geração de 1930 A geração de 1930, segunda fase do modernismo brasileiro, compreende o período de 1930 a 1945. Foi influenciada, portanto, por um contexto histórico marcado por conflitos sociais e políticos, como a Revolução de 1930 e a Revolução Constitucionalista de 1932 (durante a Era Vargas), além da Segunda Guerra Mundial. Essa fase ficou caracterizada pela reflexão dos escritores acerca de fatos contemporâneos , por obras comprometidas com o realismo das questões sociopolíticas e pelo conflito espiritual de alguns de seus autores. Na poesia, que tem nomes como Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Murilo Mendes e Jorge de Lima, predomina a liberdade formal . Já a prosa, escrita por romancistas como Graciliano Ramos, Jorge Amado, José Lins do Rego, Erico Verissimo e Rachel de Queiroz, é marcada por engajamento político e temática social de cunho regionalista .
Contexto histórico da segunda geração modernista Em 1929, com a quebra da bolsa de Nova Iorque , o preço do café brasileiro sofreu forte queda no mercado exterior. No ano seguinte, a Revolução de 1930 levou à deposição do presidente Washington Luís (1869-1957) e à ascensão de Getúlio Vargas (1882-1954), a princípio, em um governo provisório. Era o fim da política do café com leite , comandada pelos barões do café de São Paulo e pelos pecuaristas mineiros. Descontentes com a situação, os paulistas, em 1932, deflagraram a Revolução Constitucionalista e foram derrotados. Então, em 1934, com a promulgação da nova Constituição, Vargas manteve-se no poder.
A esquerda brasileira, no entanto, não se mostrou satisfeita com tal situação. Então, o presidente Vargas, para combater a oposição, conseguiu aprovar a Lei de Segurança Nacional (1935) e passou a perseguir os comunistas e também os artistas. Nesse contexto, apareceram nomes hoje importantes na história do comunismo brasileiro, como Luís Carlos Prestes (1898-1990) e a alemã Olga Benário (1908-1942). Mas Getúlio Vargas se fortaleceu ainda mais e, em 1937, deu um golpe de Estado e instituiu o Estado Novo , regime autoritário de cunho fascista.
Na Europa, o nacionalismo extremista permitiu o fortalecimento do fascismo e do nazismo, o que acabou levando à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que teve fim com o lançamento das bombas atômicas, em agosto de 1945, em Hiroshima e Nagasaki. Portanto, foi nesse contexto de extremismo , com torturas e assassinatos, além de perseguição e extermínio de judeus, homossexuais e outros grupos, que a segunda geração modernista no Brasil produziu as suas obras.
Características da segunda geração modernista A segunda fase do modernismo durou de 1930 a 1945 e apresentou as seguintes características: foco no mundo contemporâneo; reflexão sobre o sentido de existir; conflito espiritual: fé versus desilusão; textos focados no contexto sociopolítico. liberdade no uso da linguagem; liberdade formal; perspectiva realista; presença de “cor local” na prosa.
O que foi a geração de 1930? A geração de 1930 é composta por escritores da prosa modernista da segunda geração . Preocupados com o contexto sociopolítico brasileiro – alguns deles, inclusive, foram perseguidos pela ditadura de Getúlio Vargas –, esses escritores utilizaram os seus livros como veículo de reflexão política e combate ao regime vigente . Portanto, as obras desse período lançam um olhar crítico e realista sobre o Brasil da Era Vargas. O romance de 1930 faz uma retomada do regionalismo romântico; porém, a partir de uma perspectiva realista, e não mais idealizadora. Nesse neorrealismo , além de rejeitar a idealização romântica, os autores também deixaram de lado a impessoalidade realista do século XIX. Os romances desse período resultaram de um engajamento político ; portanto, trazem a visão pessoal do autor ou autora sobre a realidade brasileira.
P or ser regionalista, o enredo do romance é construído a partir da valorização do espaço , isto é, personagem e espaço tornam-se uma coisa só, pois o lugar em que vive o personagem influencia diretamente o seu comportamento. Nessa perspectiva, há uma retomada do determinismo naturalista ; porém, sem o peso da inevitabilidade do destino. Para a geração de 1930, se o meio é a causa dos problemas sociais, isso se resolve ao transformar o meio. As obras desse período trazem um enredo dinâmico, além de uma linguagem simples , o que acabou seduzindo os leitores e propiciando sucesso de vendas para alguns autores. Essas características, contudo, não são aleatórias. O romance de 1930, dado o seu caráter ideológico , é construído, intencionalmente, para ser sedutor e de fácil entendimento, de forma a alcançar o maior número de leitores possível.
Principais autores da segunda fase do modernismo brasileiro → Prosa de 1930 Graciliano Ramos (1892-1953): Vidas secas (1938) e Memórias do cárcere (1953). José Lins do Rego (1901-1957): Menino de engenho (1932). Rachel de Queiroz (1910-2003): O quinze (1930). Jorge Amado (1912-2001): Capitães da areia (1937) e O cavaleiro da esperança (1942). Erico Verissimo (1905-1975): O tempo e o vento (1949-1961). → Poesia de 1930 Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): Sentimento do mundo (1940) e A rosa do povo (1945). Cecília Meireles (1901-1964): Romanceiro da Inconfidência (1953). Vinicius de Moraes (1913-1980): Novos poemas (1938). Murilo Mendes (1901-1975): O visionário (1941). Jorge de Lima (1893-1953): Poemas negros (1947).