importantes na vida da empresa, o processo é similar a uma aposta no escuro (não
tanto no escuro, mas sem dúvida, uma aposta).
Empresas menores, empresas familiares, passam por este problema de forma ainda
mais dramática. Estas empresas são geralmente mais centralizadoras, ou seja, muito
do poder de decisão reside na mão do fundador, que faz absoluta questão de assim
manter, tendo como resultado a criação de armadilha.
No momento da sucessão, sente -se perdido, pois como deixar a empresa que ele
criou nas mãos das pessoas a sua volta? É comum ouvir estes empresários se
queixarem que não têm pessoas competentes e maduras para tomar as rédeas da
empresa. O que eles não perceberam é que, muito provavelmente, o seu estilo de
liderança centralizador e de comando e controle foi o responsável pela manutenção de
um nível de maturidade baixo nos executivos da empresa.
É comum notar que estas pessoas provavelmente foram mantidas em estado
infantilizado, sem muitas chances de crescer, pois projetos de altas responsabilidades
e poder de decisão eram privilégio do dono da empresa. E agora, neste momento t ão
delicado de sucessão, não há ninguém que tenha se desenvolvido a ponto de
comandar a empresa.
Seja em empresas familiares ou empresas gigantes, a saída de um líder que não
investiu seu tempo em momentos de ensinamentos e treinamentos significam um
desperdício incalculável de capital humano e capital intelectual, pois ele leva com ele
toda a sua bagagem de experiência que, neste momento, é vital para a empresa
continuar indo em frente sem tantos solavancos.
Considerando o conceito de capital intelectual ser um fator métrico usado na avaliação
do valor de mercado de uma organização, quando um líder se aposenta ou sai sem
compartilhar o seu conhecimento, o valor de mercado da empresa cai
consideravelmente.
Exemplos de líderes e seu PVE
Goizueta, imigrante cubano nos EUA e o CEO mais bem -sucedido da Coca-Cola tinha a
missão de transformar a empresa de um negócio maduro para um negócio em
expansão. O seu PVE baseou -se na atitude de seu avô em Cuba, dono de uma
mercearia. Assim, todos os funcionários da Coca-Cola foram ensinados a pensar como
donos de mercearia, usando o bom senso de um microempresário para um mega
empresa. Com a mudança de atitude, o valor de mercado da empresa aumentou mais
de dês vezes em 15 anos.
No seu livro Onlu the Paranoid Survive, Andrew Grove da Intel usa as suas
experiências na Hungria, antes de imigrar para os EUA, para provar o seu PVE –
sempre estar alerta e preocupado e usar a paranóia para criar mais e melhor do que a
competição.
Jack Welch aparecia a cada duas semanas em Crotonvil le, no Leader-ship
Development Institute da GE, para dar aula aos executivos, com o foco da empresa
conseguir ser a primeira ou a segunda em todos os mercado em que atuava (“Número
1, Número 2, conserte, feche ou venda”). Baseado em valores como ensinar e
aprender, integridade, apreciação de mudanças, aniquilar burocracia, simplicidade,
velocidade etc. ele mudou o PVE da GE, fez os gestores redefinirem a visão de
negócios para buscarem novas maneira de atrair clientes. O que não mudou foi à base
de sua visão: que a GE se tornasse à empresa global mais competitiva do mundo.
Para que esta meta tivesse uma base sensata de apoio, era lógico esperar que quanto
mais competitiva se queria que a empresa se tornasse mais treinamentos e