Osestudiososchegaramàconclusãodeque
ascontradiçõeselimitaçõesdosmitospara
explicararealidadenaturalehumanalevaram
afilosofiaaretomá-los,porémreformulandoe
racionalizando as narrativasmíticas,
transformado-asnumaexplicaçãointeiramente
novaediferente.
A CONVIVÊNCIA ENTRE MITO E
FILOSOFIA
•Opensamentofilosóficodesenvolveu-seem
umaformadeconhecimentoquesediferencia
damitologia.Seomitoeraumanarrativa
fictícia,umahistóriaimaginadaparaexplicaro
mundo, afilosofiapretendiaserum
pensamento nãofantasioso,baseado no
raciocínio,noexameconscientedascoisas,
buscandoumaexplicaçãoracional,enão
sobrenatural.
A CONVIVÊNCIA ENTRE MITO E
FILOSOFIA
•Afilosofia,contudo,nãosubstituiuamitologia.
Ambascontinuaramconvivendo.Platão,em
algunsdosdiálogosfilosóficosqueescreveu,fez
usodenarrativasmíticaspara,combasenelas,
elaborarsuasexplicaçõesracionais.Emoutros
momentos,amitologiafoicombatidacomo
puramistificação.Hojeemdiaocorrealgo
semelhante.FilosofiaeMitoconvivem,àsvezes
conflituosamente.
FILOSOFIA
E
RELIGIÃO...
•Amitologiatemcertaproximidadecomareligião,masnão
éexatamenteumareligião.
•Qualseriaentãoadiferença?
•Basicamentepode-sedizerqueareligiãoéumconjuntode
crenças,em geralamparadas em um texto,
compreendidascomoumarevelaçãodeDeus(oudeum
grupodedeuses)aossereshumanos.
EM RESUMO, O CONHECIMENTO DE
TIPO RELIGIOSO CARACTERIZA-SE:
•Porumconjuntodeideiasexpressasemumtextoouum
livrosagrado,compondo odogmadareligião–
emboraexistamtambémreligiõesbaseadasemuma
tradiçãooral,quenãopossuemumlivrosagrado.
•Pelaorganizaçãoinstitucionaldeumconjuntode
pessoasqueadministramesseconhecimento ea
relaçãodaspessoascomele;
•Peladefiniçãoderituaisnaformadeviveresse
conhecimentoeserelacionarcomele.
Opensamentoreligioso
apresenta-secomouma
“sabedoria”, um
conhecimentoprontoe
definitivoquealgumas
pessoastêmeoutras
não,masquequalquer
um pode aprender,
desdequeaceiteos
dogmas.
•Os primeiros filósofos foram justamente aqueles
que não aceitaram os dogmas religiosos e as
explicações míticas, e começaram a buscar
outras explicações.
•Os filósofos procuraram construir explicações
racionais, que não estivessem prontas nem
fossem definitivas, que fizessem sentido e que
pudessem convencer pela lógica, e não pela
aceitação incondicional do dogma.