CARTAS DE PAULO AOS
TESSALONICENSES
ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL
CLASSE: A BÍBLIA EM UM ANO
PROFº: FRANCISCO TUDELA
PIBPENHA -SP
1 E 2 TESSALONICENSES
Escritas da cidade de Corinto, no
ano 51 d.C, durante a sua 2a.
viagem, espaçadas alguns
meses.
São a 2ª e 3ª cartas escritas por
Paulo.
A 1ª carta surge do relato que
Timóteo lhe faz sobre a
comunidade de Tessalônica.
1 E 2 TESSALONICENSES
Paulo havia escrito 1Ts e pouco
depois, ainda no mesmo ano, teve
necessidade de escrever uma
segunda carta
É possível que os tessalonicenses
tivessem recebido uma carta
forjada indicando que o Dia do
Senhor já havia começado (2.2).
Paulo escreveu então 2Ts para
corrigir o erro e dar uma visão
clara dos fatos.
A História da Pregação da Palavra em Tessalônica
Paulo, Silas e Timóteo foram a Tessalônica na 2ª viagem
missionária (At 17.1)
Paulo ensina, por 3 sábados numa sinagoga, sobre
Jesus, sua morte e ressurreição (At 17.1-3)
Alguns judeus, muitos gregos e muitas das mulheres
mais respeitadas da cidade se converteram (At 17.4)
Um grupo de judeus incitou alguns maus elementos da
praça da cidade, eles cercaram a casa de Jasom para
prender Paulo e Silas (At 17.5)
Dizendo que Paulo era um charlatão que pregava a fé por
interesses financeiros (1 Ts 2).
Havia muitos pregadores itinerantes na Grécia que
procediam dessa maneira.
A História da Pregação da Palavra em Tessalônica
Não encontrando Paulo, os judeus prenderam seu
anfitrião, Jasom e outros irmãos:
Acusavam-nos de terem acolhido homens que
causavam alvoroço por todo o mundo com sua
doutrina (At 17.6)
Agindo contra os decretos de César dizendo que
há outro rei chamado Jesus (At 17.7)
Jasom e os outros foram soltos depois de pagar
fiança (At 17.8-9).
Por esta razão Paulo, Silas e Timóteo não
prosseguiram seu trabalho em Tessalônica (1Ts
1.5-8)
A História da Pregação da Palavra em Tessalônica
Foram para a cidade de Beréia distante 100 Km (At
17.10-15)
“Quando os judeus de Tessalônica ficaram sabendo que
Paulo estava pregando a palavra de Deus em Beréia,
dirigiram-se também para lá, agitando e alvoroçando as
multidões” (At 17.1-3).
Portanto em três cidades sucessivamente— Filipos,
Tessalônica e Beréia— Paulo e seu grupo partiram em
meio à inquietação civil e tiveram seu trabalho
interrompido.
Foi essa a recepção inicial do evangelho na Europa.
A História da Pregação da Palavra em Tessalônica
Dali Paulo foi para Atenas e em seguida Silas e Timóteo
(At 17.15-16)
Em Atenas Paulo envia Timóteo de volta para
Tessalônica (1 Ts 3.1).
De Atenas Paulo vai para Corinto e lá se encontra
novamente com Timóteo e Silas (At 18.1)
Em Corinto escreve a 1 Ts, apenas 20 anos após a
ascensão de Jesus.
A segunda carta foi escrita, provavelmente, alguns
meses depois.
A História da Pregação da Palavra em Tessalônica
A cidade de Tessalônica
Fundada em 315 aC por Cassandro, general de
Alexandre Magno, no lugar de uma antiga vila
chamada Thermas.
Para habitar a nova cidade, Cassandro transferiu a
população de muitas pequenas vilas do Golfo
Termaico.
A nova cidade recebeu o nome em homenagem à sua
mulher, Thessalonike, irmã de Alexandre Magno, filha
de Felipe II da Macedônia.
Thessalonike tinha nascido no dia da vitória de seu
pai sobre os tessálios em 353 aC., Tessalônica
significa “vitória dos tessálios”.
A cidade de Tessalônica situada no fértil vale do rio
Vadar, protegida ao norte pelas montanhas Khortiatis
e aberta ao sul para o golfo Termaico.
Seu porto era um dos mais movimentados do mar
Egeu. Distava 150 km de Filipos pela via Egnatia que
a colocava em contato com a região do Épiro de um
lado e com o Bósforo de outro.
Os escravos eram quase a metade da população.
Havia também uma numerosa e influente colônia
judia, com sua própria organização, com sinagoga,
tribunal e conselho de anciãos e o privilégio de
“religião lícita”.
Nike – deusa da cidade, deusa da vitória.
Templos dedicados a Zeus (Jupiter), Netuno, Isis
(deuses do egito) e outros.
Os pecados sexuais não eram condenados pela
maioria da população.
Culto de mistério a Dionísio ou Baco que ligava a vida
à pós morte.
A cidade se orgulhava com o título de Neókoros,
concedido àquelas que tinham autorização para
construir templos ao imperador.
O culto ao imperador era um modo de manter o
privilégio de cidade livre.
Os judeus sabiam disso e acusavam Paulo e seus
companheiros de proporem um outro rei: Jesus (At
17.7)
Esboço de I Tessalonicenses
A. Seção pessoal:
1. Como a igreja surgiu 1.1-10
1.1 Um grupo eleito 1.1-5
1.2 Um grupo exemplar 1.6-7
1.3 Um grupo entusiasmado 1.8
1.4 Um grupo que esperava a vinda de Jesus 1.9,10
2. Como a igreja foi alimentada 2.1-20
2.1 Um servo fiel (explicação sobre sua recente conduta) 2.1-16
2.2 Uma mãe gentil 2.7-8
2.3 Um pai preocupado 2.9-16
2.4 Um irmão amoroso 2.14-20
3. Como a igreja foi fortalecida 3.1-13
3.1 Através da palavra 3.1-5
3.2 Através da oração 3.6-13
Esboço de 1 Tessalonicenses
B. Seção prática:
1. Andar em santidade 4.1-8
2. Andar em amor 4.1-9
3. Andar em honestidade 4.11,12
4. Andar em esperança 4.13-18
5. Andar na luz 5.1-11
6. Andar em gratidão 5.12-13
7. Andar em obediência 5.14-28
Propósitos
1. Tivessem certeza do seu amor e
preocupação por eles.
2. Fundamentá-los na doutrina da fé, e
particularmente no que dizia respeito à
segunda vinda de Cristo.
3. Encorajá-los a viverem vidas santas.
1 Tessalônicenses
Peculiaridades
e conteúdo
Paulo não se apresenta como apóstolo
Começa a carta de uma maneira incomum
para a época, com o anúncio de graça e paz
A saudação comum entre os gregos era
graça e entre os judeus era paz, desta forma
a saudação de Paulo era uma saudação
universal.
Não há nenhuma citação do AT
O problema principal era a preocupação dos cristãos
com a morte dos integrantes da comunidade, e que
estariam fora da salvação, uma vez que ainda não
acontecera a vinda próxima (parusia) de Jesus
Para compreender o contexto é preciso ter presente
que Paulo e sua equipe missionária foram muito
influenciados pelo movimento apocalíptico.
Em 1 Ts 4.17 temos com clareza essa convicção de
Paulo, isto é, que ele esperava o fim em um tempo
muito curto.
Acreditava que ainda estaria vivo quando Jesus iria
voltar. (1 Co 15.51,52).
A VINDA DE CRISTO
A VINDA DE CRISTO
O final de cada capítulo termina falando da volta
de cristo e relaciona:
1 Ts 1.9,10 – A vinda de Cristo à salvação;
1 Ts 2.19 - A vinda de Cristo anunciada;
1 Ts 3.13 - A vinda de Cristo com todos os
santos;
1 Ts 4.17,18 - A vinda de Cristo é o nosso
consolo;
1 Ts 5.2 - A vinda de Cristo será repentina;
1 Ts 5.23 - A vinda de Cristo e santidade;
Alguns membros …
... não respeitavam a liderança 1 Ts 5.12,13
Paulo exorta os irmãos que se submetam à
direção dos líderes (pastores) “que se
esforçam no trabalho entre vocês, que os
lideram no Senhor e os aconselham” (5.12)
Filhos são livres da ira
Todos os que não conhecem a Deus e são
desobedientes, são “filhos da ira”, mas os que pela
graça foram resgatados, são filhos e livres da “ira
que há de vir”(1.10)
Os que crêem em Jesus estão livres do julgamento
futuro, quando a ira de Deus será derramada sobre
o mundo que rejeitou seu Filho.
Isso não significa que estamos livres das
consequências do pecado no mundo:
Dificuldades,
Doenças, sofrimentos,
Tentações, vícios,
Decepções,
Violência, assaltos, assasinatos…
Deficiências
●
Paulo estava ciente de algumas deficiências na fé
dos irmãos em Tessalônica (3.10).
●
No capítulo 4 exorta-os a buscarem a vontade de
Deus (4.3,5)
●
No assunto sexual não prejudicar nem se
aproveitar do irmão 4.6
Trabalho
●
Alguns irmãos pararam de trabalhar na
expectativa da vinda próxima do Senhor
(4.10,11).
●
Paulo os exorta a não dependerem de
ninguém (viver de esmolas) e serem exemplo
aos incrédulos(4.12)
O arrebatamento (levantar)
1ª fase da vinda do Senhor
●
Instrui sobre os irmãos que morreram (4.13-18);
●
Paulo lhes dissera que o Senhor voltaria nos ares e
os levaria consigo para sempre (4.17).
●
E os seus queridos, que haviam morrido, seriam
incluídos nesse “arrebatamento” da igreja?
●
Os que “dormem”, porque já morreram com Cristo,
ressuscitarão primeiro
●
Depois os vivos serão levados nas nuvens junto com
eles para o encontro com o Senhor no céu e assim
estarmos com Ele para sempre.
●
Novamente Paulo ensina que os mortos e os vivos
gozam de comunhão e união com Cristo (5.10)
Por à prova todas as coisas
●
“Não apaguem o Espírito” (5.19) quer dizer não
suprimir a obra do Espírito Santo em nosso meio,
limitá-lo ou impedí-lo.
●
Não desprezar as profecias (5.20) realmente vindas
do Senhor;
●
Mas por à prova todas as coisas e ficar com o que
é bom (5.21)
Esboço de 2 Tessalonicenses
A. Saudação (1.1,2)
B. Encorajamento no sofrimento1.3-12
B.1 Ajuda-nos a crescer 1.3-5
B.2 Prepara-nos para a glória 1.6-10
B.3 Glorifica a Cristo hoje 1.11,12
C. Esclarecimento sobre o dia do Senhor 2.1-17
C.1 Apelo à estabilidade 2.1,2
C.2 A apostasia e o homem do pecado 2.3-5
C.3 O poder restritor do mal será removido 2.6-12
C.4 A igreja será completada 2.13-17
Esboço de 2 Tessalonicenses
D. A firmeza na vida Cristã 3.1-15
D.3 Oração e perseverança 3.1-15
D.2 Trabalho e comida 3.6-13
D.3 Ouvir e praticar 3.14,15
E. Saudação final 3.16-18
Propósitos
1. Encorajá-los sob perseguição.
2. Corrigir erros de interpretação sobre o
retorno do Senhor.
3. Exortá-los a permanecerem firmes em todas
as coisas.
4. Tratar do julgamento dos ímpios por
ocasião da volta de Cristo.
5. Instruir a igreja sobre a manifestação do
homem da iniquidade.
2 Tessalônicenses
Peculiaridades
e conteúdo
A mesma justiça de Deus que recompensa os
fiéis castigará os ímpios (1.6-10)
Os ímpios serão castigados com:
Tribulação (período do julgamento) (1.6)
Punição (1.8)
Penalidade de eterna destruição (1.9)
Banidos da face do Senhor (1.9)
Separados da glória de Deus (1.9)
Este trecho explica bem o conceito da morte
eterna: separação de Deus, deixando a
pessoa em sofrimento eterno (Mt 25.31-46)
A JUSTIÇA DE DEUS
Quem será punido
Os perseguidores (1.4-6)
Os que não conhecem a Deus (1.8)
Os que não obedecem ao evangelho de Jesus (1.8)
Os fiéis serão aliviados
Alívio (1.7)
A presença de Jesus (1.7)
A oportunidade de glorificar e admirar Jesus (1.10)
A JUSTIÇA DE DEUS
Cuidado com os falsos profetas
●
2Ts 2
●
“quer por palavra” teria sido trazida por algum
irmão que ensinava que os eventos para a volta
de Cristo já haviam começado;
●
“quer por carta” refere-se a alguma carta
supostamente atribuída a Paulo.
Paulo afirma não ter ensinado que Jesus já voltara, e
eles teriam que discernir entre a verdade e o erro (2.2)
Explica que Jesus não voltará até que venha a
apostasia (rejeição da fé Cristã) (2.3)
Antes aparecerá o homem do pecado, o filho da
perdição (2.3)
Existem muitas especulações sobre a identidade deste
homem da iniqüidade, mas Paulo não se preocupou com
ele.
O ponto principal é que Jesus não voltaria ainda, porque
outras coisas teriam que acontecer primeiro
A VINDA DE CRISTO
Este homem é uma encarnação do mal, uma espécie
de messias de Satanás, alguém que signifique para
ele o mesmo que Jesus para Deus.
O homem aqui pode representar um tipo ou categoria
de pessoas, e não especificamente uma pessoa.
Considere:
“O homem de Deus” (2 Tm 3.17) não é uma pessoa
só, mas o tipo de pessoa que serve ao Senhor
“O anticristo” (1 Jo 2.18) não é uma pessoa específica,
mas uma categoria de pessoas que se opuseram a
Cristo
Não deviam inventar doutrinas sobre a volta de Cristo, do
anticristo, etc... Jesus não voltará até depois da
apostasia.
A vinda de Cristo será de tal natureza que não terá como
passar desapercebida (1.7b)
Então, no lugar de ficar parado esperando a vinda de
Cristo, o servo do Senhor deve se defender das
tentações e falsos ensinos que conduzem à apostasia
O que detinha o mistério da iniqüidade será afastado, e
então o iníquo será revelado e destruído pelo Senhor
(2.7,8).
Nas Escrituras, o foco está na vitória completa do
Senhor, e não no poder do inimigo
Ainda assim, os fiéis devem saber sobre o inimigo para
não caírem no seu laço (2.9-12)
Ele usará de poder, sinais e prodígios da mentira para
enganar (2.9).
A presença de milagres em si não prova que alguém é de
Deus (Mt 7.21-23)
Ele enganará os que não amam a verdade (2.10)
Deus entregará estes ao engano e condenação (2.11,12)
O erro é do homem que não ama a verdade; Deus deixa
que ele seja enganado
Assim, eles continuam até a sua própria destruição
Observe que o problema do engano não é intelectual,
mas carnal: “mas tiveram prazer na injustiça.” 2.12
A reação certa do seguidor de Jesus (2.13-17)
Sabendo que Jesus não voltará imediatamente, e que
surgirá este homem da iniqüidade, o seguidor de Jesus
deve se preparar para resistir ao erro.
É esta necessidade de perseverança que Paulo
enfatiza.
A perseverança começa com o entendimento de que
Deus nos escolheu para sermos salvos, santificados e
alicerçados na verdade (2.13-15)
Deus chama a pessoa através do evangelho
Ao orar Paulo pede que os tessalonicenses fiquem fiéis
e obedientes ao que ele próprio lhes havia ensinado
oralmente. (2.16,17)
Os crentes em Tessalônica estavam sofrendo
perseguições, que mais adiante os afligiram com o
pensamento de que estavam atravessando a grande
tribulação (1.4-7).
Paulo desfaz o entendimento errado de que a vinda de
Jesus era iminente (não é condizente com 2.2 – “como
se o dia do Senhor já houvesse chegado”.).
Quem assim ensinava eram irmãos desocupados
(aposentados, desempregados,...) e intrometidos que
abandonaram toda a preocupação pela vida temporal,
ou, talvez, deixado de trabalhar pelo desprezo da
aristrocracia grega pelo trabalho manual.
Essa situação é duramente advertida: “Se alguém não
quiser trabalhar, também não coma.” (3.10).
Paulo lembra que se sustentou.
A Necessidade da Correção dos Irmãos Desviados (3:6-15)
Na 1ª carta os cristãos devem admoestar os ociosos. (1Ts
5.14).
Na 2ª carta usou palavras da mesma raiz grega:
“desordenadamente” e que se intrometem na vida dos
outros (3.6,7,11).
É uma palavra de uso militar para descrever quem não está
seguindo as ordens do comandante ou não está
marchando junto com os outros.
É necessário “se afastar" destes irmãos (3.6) e não se
associar com eles. (3.14)
Não podemos ignorar o pecado do irmão em Cristo.
Temos obrigação de buscar (Lc 15), admoestar (1Ts 5.14),
corrigir (Gl 6.1) e tentar convertê-lo (Tg 5.19,20)
A Necessidade da Correção dos Irmãos Desviados (3.6-15)
Se ele ainda não aceitar a palavra, temos que nos
apartar dele, numa tentativa de conduzi-lo ao
arrependimento (3.6,14; 1 Co 5.1-13)
O padrão que usamos para avaliar o proceder do irmão
é a palavra revelada por Jesus através dos apóstolos: “a
tradição que receberam de nós” (3.6)
Devemos nos mirar no exemplo de Paulo e seus
companheiros (3.7).
Mesmo depois desta separação entre o pecador e os
outros cristãos, os fiéis devem tratá-lo com respeito,
como irmão desviado e não como inimigo (3.15).
E aproveitar cada oportunidade para admoestar este
irmão desviado
Toda a Bíblia em um ano: De Colossenses a Apocalipse;
Dusilek, Darci; 6ª Ed. Rio de Janeiro; Ed. Horizonal, 2005
Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed.
Sociedade Bíblica do Brasil; 2008
Textos Bíblicos extraídos: Bíblia Sagrada Nova Versão
Internacional; São Paulo; Ed. Vida; 2001
MacDonald, Willian, Comentário Bíblico Popular, São Paulo, Ed.
Mundo Cristão, 1ª edição, 2008
BRUCCE, F. F. Comentário Bíblico NVI. São Paulo, Ed. Vida, 1ª
edição, 2008
Igreja Batista Cidade Universitária
Reflexões extraídas da World Wide Web
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