5. Exame Fisico Pediátrico - Saúde da Criança e Adolescente
VictriaOliveira54
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Sep 09, 2025
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Exame Físico
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Slide Content
EXAME FÍSICO PEDIÁTRICO
Prof. Murilo Bastos
PARTE 2
CRONOLOGIA
01
Verificação dos sinais
vitais e medidas
antropométricas
Peso, comprimento,
perímetro cefálico e sinais
vitais
02
Ectoscopia geral
Inspeção céfalo-caudal,
avaliação da pele e
estruturas
03
Avaliaçãocéfalo-caudal
Crânio, olhos, ouvidos, nariz,
boca e pescoço
04
Sistema cardiorrespira-
tório
Avaliação cardiovascular
e pulmonar
05
Sistemas digestivo e
geniturinário
Abdômen e genitália
06
Avaliação neurológica
Reflexos e tônus muscular
07
Finalização do exame
Cuidados pós-exame e orientações
EXAME CLÍNICO DO TÓRAX
EXAME DO TÓRAX: ASPETOS MORFOLÓGICOS
•Forma cilíndrica no recém-nascido normal
•Perímetro torácico (PT) aproximadamente 2 cm
menor que o perímetro cefálico (PC)
•Assimetria torácica é sempre indicativa de
patologiae requer investigação
•Observar a forma e simetria das costelas, esterno e clavículas
•Importante realizar a inspeção com boa
iluminação e em posição supina
Tórax com forma cilíndrica normal no RN
EXAME DO TÓRAX: ASPETOS MORFOLÓGICOS
CARACTERÍSTICAS NORMAIS DO TÓRAX DO RECÉM -NASCIDO
▪Forma:Arredondada e cilíndrica, com as costelas mais retificadas.
▪Simetria:O tórax deve ser simétrico, sem abaulamentos ou retrações visíveis.
▪Tipo respiratório:Abdominal, o que significa que o diafragma é o principal músculo da
inspiração.
DEFORMIDADES E CONDIÇÕES ASSOCIADAS
▪PectusExcavatum(Tórax em Funil):É a deformidade mais comum, caracterizada por uma
depressão do osso esterno.
▪PectusCarinatum(Tórax em Quilha):Menos comum, caracterizado pela protusão do esterno.
▪Hérnia Diafragmática:Pode causar um abaulamento associado a um abdome escavado, sendo
uma condição grave que leva a insuficiência respiratória e necessita de atenção imediata.
▪Outras anormalidades:Podem ser detectadas por meio de radiografias de tórax.
EXAME DO TÓRAX: ASPETOS MORFOLÓGICOS
PectusExcavatum
(Tórax em Funil)
PectusCarinatum
(Tórax em Quilha)
Mamilos e Tecido Mamário no Recém -nascido
Características Normais
•Mamilos frequentemente hipertrofiados ao nascimento
•Fenómeno fisiológico causado pela influência do estrogénio materno
•Pode ocorrer secreção láctea (galactorreia) nos primeiros dias
•Regressão espontânea em 2-4 semanas
Recomendações Importantes
•Contraindicar expressão das mamas
•A manipulação pode levar a mastite neonatal
•Orientar os pais sobre a natureza transitória
•Documentar assimetrias significativas
A hipertrofia mamária é um achado comum e não requer tratamento específico. A manipulação
indevida, entretanto, pode provocar complicações infecciosas como mastite.
Mamilos e Tecido Mamário no Recém -nascido
Mastite Neonatal
(galactorreia neonatal)
A causa mais aceita para a galactorreia é a passagem de hormônio da mãe pela placenta
ou através do leite materno, causando aumento do tecido mamário.
4º Momento: Avaliação Cardiovascular
O exame do sistema cardiovascular do paciente
pediátrico, assim como todo o exame físico, pode ser
realizado na posição mais confortável para ela,
inclusive no colo de sua mãe.
Havendo possibilidade, o exame deve ser iniciado
com a criança em decúbito dorsal ou na posição
sentada.
O exame sistematizado segue a ordem inspeção,
palpação e ausculta.
4º Momento: Avaliação Cardiovascular
A avaliação cardiovascular em lactentes requer técnica específica e conhecimento das
particularidades anatômicas e fisiológicas desta faixa etária.
Inspeção
•Coloração da pele e mucosas
•Presença de cianose (central ou periférica)
•Tempo de enchimento capilar (<3 segundos)
•Pulsações visíveis (precordiais ou em fontanelas)
•Edema periférico ou facial
4º Momento: Avaliação Cardiovascular
Ausculta Cardíaca
•Realizar com RN calmo
•Frequência cardíaca normal: 120-160 bpm
•Sopros e arritmias podem estar presentes nas
primeiras 48he ter caráter transitório
•Reavaliar sopros persistentes além do 3º dia de vida
Palpação de Pulsos
•Avaliar pulsos braquiais, femorais e radiais(amplitude,
simetria, ritmicidade)
•Femoraispresentesouausentes
Ausculta Cardíaca em Lactentes
A ausculta cardíaca pediátrica apresenta particularidades em relação à do adulto.
O enfermeiro deve conhecer as características normais para identificar alterações significativas.
Técnica de Ausculta
1.Ambiente silencioso e criança calma
2.Auscultar com diafragma e campânula
3.Seguir sequência sistemática dos focos
4.Avaliar ritmo, frequência e qualidade das bulhas
5.Identificar presença de ruídos adventícios
É comum que crianças menores de 2 anos apresentem sopros
inocentes, sem repercussão hemodinâmica.
A correlação com outros achados clínicos é fundamental.
FOCOS DE AUSCULTA
2. Focoaórtico:2º EICD (espaço intercostal direito)
3.Focopulmonar:2º EICE (espaço intercostal esquerdo)
4.Focotricúspide:4º-5º EICD, próximo ao esterno
1. Focomitral:4º-5º EICE, linha hemiclavicular
5. Focoaórtico acessório:3º EICE, junto ao esterno
AuscultaCardíaca
Avaliação Pulmonar
A avaliação do sistema respiratório na criança pequena requer técnica específica, considerandoas
particularidadesanatômicas desta faixa etária.
Inspeção
•Padrão respiratório (frequência, ritmo, profundidade)
•Uso de musculatura acessória
•Retrações intercostais, subcostais ou supraesternais
•Batimento de asas nasais
•Movimentos assimétricos do tórax
Palpação
•Expansibilidade torácica
•Frêmito toracovocal (difícil avaliação em lactentes)
•Crepitação subcutânea
•Posição da traqueia (centralizada)
Avaliação Pulmonar
Ausculta
•Murmúrio vesicular (normalmente mais audível que em adultos)
•Ruídos adventícios (sibilos, crepitações, roncos)
•Transmissão de sons (comum em tórax pequeno)
•Auscultar em ciclo respiratório completo
SINAIS DE ALERTA NO
EXAME CARDIORRESPIRATÓRIO
Respiratórios
•Taquipneia persistente >60 irpm
•Apneia >20 segundos
•Retrações intercostais ou esternais
•Gemido expiratório
•Cianose central ou periférica
Cardiovasculares
•Sopros intensos (≥3/6)
•Sopros persistentes após 72h
•Diferença na amplitude de pulsos
•Cianose que não melhora com oxigénio
•Taquicardia >180 bpm ou bradicardia <100 bpm
A presença destes sinais exige avaliação imediata e especializada, podendo indicar cardiopatias
congénitas, pneumopatias ou outras condições graves que demandam intervenção.
EXAME CLÍNICO DO ABDOME
5º Momento: Avaliação Abdominal
O exame abdominal fornece informações importantes sobre
órgãos internos e função digestiva. Em lactentes, algumas
particularidades devem ser consideradas.
Inspeção
•Contorno abdominal (globoso em lactentes é normal)
•Simetria e distensão
•Movimentos respiratórios abdominais
•Pele semalteraçõesvascularessignificativasoumanchas
•Cicatriz umbilical (aspecto, secreções)
•Perímetroabdominal (PA) 2-3 cm menorque o PC
5º Momento: Avaliação Abdominal
HérniaUmbilical
5º Momento: Avaliação Abdominal
Diástase dos músculos retos abdominais
5º Momento: Avaliação Abdominal
Ausculta
•Realizar antes da palpação
•Ruídos hidroaéreos (frequência, timbre)
•Sopros abdominais (sugestivos de alterações vasculares)
•Presença de ruídos hidroaéreos normais, rítmicos, a cada 10-30 segundos.
Ruídos aumentados:suspeitar de obstrução
Ruídos ausentes:suspeitar de íleo paralítico
5º Momento: Avaliação Abdominal
Palpação
•Superficial e profunda (mãos aquecidas)
•Quadrantes abdominais
•Fígado (palpável 1-2cm abaixo do rebordo costal direito)
•Baço (normalmente não palpável)
•Rins (técnica bimanual)
-SinaldeBlumberg-pontodeMcBurney;
-ManobradeRovsing;
-SinaldeMurphy.
5º Momento: Avaliação Abdominal
Características Iniciais
Ao nascimento, o coto
apresenta-se gelatinoso,
branco-azulado e úmido,
contendo normalmente 1 veia
e 2 artérias.
Processo de Mumificação
Entre o 3º e 4º dia de vida, o
coto seca progressivamente
e adquire coloração
enegrecida (mumificação).
Queda do Coto
A separação do coto ocorre
naturalmente entre o 7º e 10º
dia de vida, deixando uma
pequena cicatriz que
posteriormente forma o
umbigo.
Avaliação do Coto Umbilical
Atenção aos sinais de onfalite:secreção purulenta, eritema na base do coto umbilical, odor fétido e edema
periumbilical. Estas situações exigem avaliação médica imediata.
Cuidados recomendados:Higienização diária com álcool 70%, mantendo o coto seco e limpo,
semcobrir com fraldas ou curativos oclusivos.