Outro fato, produto da inclinação do eixo, é que, quanto mais nos distanciarmos da linha do Equador, tanto para o
norte quanto para o sul, maior será a duração do dia no verão, chegando ao ponto de que, a partir dos círculos polares,
o dia poderá ter 24 horas de duração durante o verão, ocorrendo então o fenômeno do "Sol da Meia-Noite". De forma
contrária, durante o inverno, o dia tende a diminuir sua duração e a noite torna-se mais longa; a partir dos círculos
polares, sua duração passa a ter 24 horas, ou seja, escuridão o "dia" todo. Cidades situadas em altas latitudes sofrem
com esse fenômeno, levando a população a ter de se acostumar com essa situação. Como exemplo, podemos citar o
que ocorre com Estocolmo, capital da Suécia, no inverno, quando o Sol nasce por volta das 10 horas da manhã e se
põe às 2 horas da tarde.
Essa situação de irregular insolação traz problemas para o aquecimento das moradias, levando os construtores a
observar a face de construção, ou seja, edificar as moradias com as janelas voltadas para a face de onde provém o Sol.
No hemisfério sul, as edificações devem ter suas faces voltadas para o norte, local para onde o Sol se "inclina" no
inverno, em virtude da inclinação do eixo terrestre. Já no hemisfério norte, as edificações devem apresentar a face sul
em razão do efeito oposto. Construções com a face correta serão mais valorizadas.
Em 21 de junho, temos o SOLSTÍCIO de
inverno no hemisfério sul. Observe que o
extremo sul do mapa-múndi fica total
mente na escuridão durante 24 horas. Em
21 de dezembro, temos outro SOLSTÍCIO:
agora o de verão, no hemisfério sul. Os dias
são mais longos que as noites. A região sul
é a que fica mais exposta aos raios solares.