A arte do século xviii (moda)

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Aula sobre arte (moda) no século 18

2º ano Ensino Médio - Literatura


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A ARTE DO SÉCULO XVIII (moda) Prof. Esp. Ivan Lucas

Introdução O Século XVIII ficou conhecido como o “Século das Luzes”, graças ao chamado iluminismo que abriu os olhos de diversos pensadores, deixando de lado a visão imposta pela igreja, onde tudo que aparentemente não tinha explicação era esclarecido como obra divina.

Luís XIV assumiu o trono da França aos em 1651 aos 13 anos, e foi o governante que mais reinou por mais tempo entre qualquer outro na Europa, foi pouco mais de 72 anos consecutivos. Seu governo era absolutista e autoritário, ele é dono da celebre frase: " L'État c'est moi " (em francês,  O Estado sou eu ), dando a entender que todo o poder aglomerava-se somente em sua figura, comprovando assim a autocracia do governante. Ele se autonomeou Rei Sol.

Desde que assumiu tal posição o jovem rei enfrentou diversos problemas, entretanto ainda vivera uma vida glamorosa e farta.  Entre os problemas enfrentados por ele destacam-se a guerra civil durou cerca de dois anos depois de seu coroamento, o Tesouro Real estava quase que esgotado e para piorar a situação, Luís XIV era um grande esbanjador, então gastava muito com artigos de luxo e de arte. Com o pouco dinheiro que o Estado ainda detinha ele patrocinou alguns pintores de renome da época, reformou o Palácio do Louvre e iniciou a construção de seu verdadeiro legado o monumental Palácio de Versalhes, que permanece como corte da monarquia francesa até a Revolução Francesa (1789 -1799). Os ornamentos decorativos do Palácio de Versalhes são evidentes referencias ao Sol, desde os detalhes nas grades do castelo até as decorações interna.

Além disso, ele ordenou a construção do Hôtel des Invalides, um palácio-hospital construído para abrigar os soldados feridos durante a guerra. Em seu período como governante ele fez uma reforma do sistema tributário, maior incentivo à indústria e ao comércio e cria uma poderosa frota destinada ao comércio colonial. Deve-se ao Rei-Sol ainda a instituição de academias de artes, ciências, pintura e escultura. Luís XIV morreu em 1 de Setembro de 1715 de gangrena, poucos dias antes de seu septuagésimo sétimo aniversário e com 72 anos e 100 dias de reinado. Seu corpo foi sepultado na basílica de Saint-Denis, em Paris.

Luís XIV e suas influencias na moda Para o mundo da moda Luis XIV acrescentou muitos detalhes luxuosos, tais como a moda das perucas, pelo fato de que o rei ser calvo e passou grande parte de sua vida usando-as, e consequentemente este acessório tornou-se um sinônimo de riqueza e luxo, sendo assim a nobreza e a elite começaram a fazer uso das perucas.

Outra moda lançada pelo rei fora o uso de sapatos com salto-alto. Antes dele os reis já utilizavam sapatos de salto alto, mas na figura de Luis XIV tal prática se tornou mais glamorosa. O fato de se usar salto alto era pela questão do rei ser baixo. E nessa época, ser alto era indicação de superioridade, ou seja, para o rei parecer mais alto e "superior", usava sapatos com um pequeno salto.

Século 18: O que vai embaixo daqueles vestidos? O século 18 é o século dos exageros. Com seus penteados altíssimos e vestidos bufantes , afogadas entre babados e rendas, as mulheres das Cortes pareciam peças de arquitetura. Fora dos palácios, as mulheres comuns reproduziam esses estilos com volumes menos extravagantes, buscando uma silhueta mais prática e, ainda assim, elegante e digna.

A CHEMISE A primeira camada do traje feminino, que ficava em contato direto com a pele, era a  chemise . Feita quase sempre de linho, era uma peça comum a todas as classes sociais, diferenciando-se pela qualidade do tecido e pelas decorações. A  chemise  era a única peça do traje lavada frequentemente e toda pessoa tinha pelo menos duas chemises. Era quase regra que elas fossem brancas, pois, além de ser uma cor mais fácil de lavar e alvejar por não dar sinais de desbotamento, o branco era um sinônimo de higiene e asseio, o que era muito valorizado.

As chemises eram também peças práticas e econômicas em termos de modelagem, pois eram feitas basicamente com triângulos e quadrados. As mulheres ricas podiam ostentar chemises bordadas e decoradas com rendas e babados, enquanto as mulheres mais humildes optavam por modelos menos suntuosos. No entanto, ao estudar os inventários das mulheres no século 18 é possível encontrar mesmo entre as humildes menções às “camisas de domingo”, ou seja, uma  chemise  um pouquinho mais elaborada e delicada, em muitas casos bordada, que era usada em festas e ocasiões especiais. É possível que os bordados fossem deixados à mostra no decote do vestido, o que não era exatamente um problema!

O CORSET Chamado também de  pair o’ stays , stays ,  pair o’ bodies  e  corpete,  o espartilho do século 18 era uma peça fundamental no guarda-roupa feminino e usado por mulheres de todas as classes sociais.  A modelagem dos espartilhos da época estava mais focada em dar sustentação aos seus e manter os ombros no lugar do que em criar uma cintura fina. Além disso, eles eram feitos com barbatanas de baleia, que eram muito mais flexíveis do que as barbatanas de metal que aparecem na Era Vitoriana.

Havia dois tipos possíveis de corset . O corps a baleiné   (em francês, “corpo barbatanado ) tinha barbatanas em toda a sua extensão ao redor do corpo, sendo uma peça mais restritiva para os movimentos e indispensável para as mulheres mais voluptuosa. O corps a demi-baleiné (“meio barbatanado ”) tinha um número reduzido de barbatanas, somente o suficiente para sustentar os seios e criar a silhueta ideal da época: cônica, não ampulheta.

É importante lembrar que o espartilho era considerado uma peça íntima e nenhuma mulher de respeito o usaria à mostra, especialmente num local público. Há registros de mulheres trabalhadoras fazendo as tarefas domésticas com o espartilho à mostra, mas isso em casa.

O PANIER É impossível separar o século 18 das anquinhas laterais ridiculamente largas, que foram eternizadas em filmes como “Ligações Perigosas” e “Maria Antonieta”. Essas anquinhas provavelmente surgem na Inglaterra e já aparecem em 1709, como uma peça para dar suporte aos drapeados cada vez mais pesados dos vestidos de Corte. O nome “ panier ” vem de uma brincadeira com o seu formato, que lembrava os cestos com os quais se prendiam as galinhas para venda nas feiras.

O  panier  acabou permitindo que os vestidos alcançassem a sua dimensão máxima por volta de 1750. Para não imobilizar as mulheres dentro da Corte, alguns modelos tinham um sistema que permitia recolher e desdobrar a armação para passar por uma porta, por exemplo. Uma coisa a ser lembrada aqui é o fato de que o  panier  era uma peça usada nos Trajes de Corte, que eram composições específicas para ser usadas nos palácios onde estivessem os reis. E isso valia em quase todas as Cortes da Europa no século 18 – na Inglaterra, até a primeira década do século 19!

O panier podia ter vários formatos e tamanhos, sendo alguns arredondados e outros perfeitamente retos na parte de cima. Havia os paniers longos e curtos, em formato elíptico, em formato de rim; os que ficavam mais altos para apoiar os cotovelos. Alguns eram saias com fitas de cana-da-índia ou barbatanas de baleia inseridas em canaletas , enquanto outros eram feitos apenas com as barbatanas encapadas e tiras de tecido para sustentação, lembrando um pouco as  cage crinolines  que surgiriam um século depois, já na Era Vitoriana.

POCKET HOOPS, O PANIER DO DIA-A-DIA Para manter a silhueta da moda sem precisar reformar todas as portas da casa, as mulheres da classe média utilizavam os  pocket hoops , que são uma versão menos dos paniers , mais adequada para o dia-a-dia. Entre as mulheres nobres do século 18, os  pocket hoops  acabaram se tornando parte de um traje mais informal, usado fora da presença do rei e da família real.

BOLSOS PRÁTICOS Não havia bolsas femininas no século 18, exceto aquelas usadas pelas mulheres trabalhadoras. Para contornar esse problema, e também para garantir sua segurança ao andar pelas ruas da cidade, muitas mulheres utilizavam bolsos internos. Esses bolsos eram feitos com restos de tecido, que podiam ser ricamente bordados, e ficavam escondidos debaixo da saia e dentro das armações. Para acessá-los, as mulheres usavam aberturas escondidas nas pregas das saias.

“POPOZUDAS” Nos anos 1780, os paniers já estavam saindo quase que completamente de moda, sendo usados apenas nas ocasiões oficiais da Corte. No lugar deles foram introduzidos enchimentos nos quadris e bumbum, chamados de “ culs ” em francês e de “ bums ” em inglês. É quase impossível identificar todos os formatos de  bums  disponíveis, pois muitos deles eram feitos sob medida para que cada corpo alcançasse a silhueta ideal.

Uma gravura satírica inglesa da época nos dá, sem querer, algumas pista para os formatos disponíveis:

Apesar de haver lojas especializadas na produção dos  bums , muitos deles eram feitos em casa mesmo e com os materiais disponíveis, como cortiça, crina de cavalo, lã e restos de tecido. Infelizmente, eles se perderam, nos deixando apenas com as ilustrações da época como referência para entender suas formas.

No blog  Demodé Couture , a costumer e pesquisadora Kendra van Cleave fez uma longa experiência de tentativas e erros, reproduzindo  bums  a partir de diferentes ilustrações, até atingir a silhueta da época – que, como você pode ver, era bem “ popozuda ”:

COMO EU FAÇO ESSAS PEÇAS MARAVILHOSAS? Existem alguns livros que podem te ajudar. Um lançamento recente é o  Guia de Costura do Século 18  da American Duchess . Dois clássicos da área de costura histórica são  “ Corsets and Crinolines ”  e  “ The Cut of Women’s Clothes ” , da Nora Waugh , que contam a história dessas peças e trazem moldes feitos a partir de peças originais da época. Infelizmente, só em inglês.

Em português você tem uma ótima opção com moldes e informações históricas, mas com um vocabulário bastante técnico:  “História do Vestuário” , do Carl Köhler.

A Linguagem do Leque

Cercado por mitos e lendas, o surgimento do leque é considerado por alguns autores como sendo tão antigo quando o homem. Dizem que Cupido (Eros) o Deus do Amor, criou o leque ao arrancar uma asa de Zéfiro, Deus do Vento, para refrescar sua amada Psique, enquanto esta dormia. Já os chineses atribuem a criação do leque a Kan-Si , filha de um poderoso mandarim quando, num baile de máscaras, não suportando o calor e não desejando expor seu rosto, usou-o para abanar-se, no que foi seguido pelas outras damas da corte.

Antigas civilizações como as do Egito, Assíria, Pérsia, Índia, Grécia e Roma fizeram uso do leque que chegaram a Europa através das Cruzadas, vindos do Oriente entre os Séculos XII e XIII. E, a partir dai, tornaram-se um complemento indispensável a elegância feminina.. Com suas folhas feitas em papel pergaminho, tecido, renda ou seda, sobre o qual eram feitas pinturas, bordados em lantejoulas ou fios de ouro ou prata eram complemento indispensável das damas das cortes e, foi nesse contexto de sedução, de luxo, que a Linguagem do Leque, originada possivelmente da Corte Francesa no Século XVIII tomou corpo. Um complicado sistema de posições e gestos que permitiam a uma dama comunicar-se e flertar.. 

Como curiosidade, coloco aqui o significado de algumas das posições na Linguagem do Leque : Esconder os olhos com o leque aberto – Amo-te Andar com o leque aberto na mão esquerda – Aproxima-te Girar o leque na frente do rosto com a mão esquerda – Amo outro Leque aberto no colo – Quando nos veremos? Tocar o cabelo com o leque fechado – Não me esqueças Abrir e fechar o leque - Adeus Apoiar o leque no lado direito da face – Sim Apoiar o leque no lado esquerdo da face – Não Abrir e fechar o leque várias vezes – Tu és cruel Andar na sala (ao entrar) abrindo e fechando o leque – Hoje não sairei Tocar o leque aberto com as pontas dos dedos – Preciso falar contigo

Hoje praticamente em desuso, ainda tem muitas seguidoras, como eu, por exemplo, que não dispensam o seu uso e o trazem sempre na bolsa para um momento de mais calor, lamentando por esse fascinante acessório ter sido abandonado, quase esquecido.

Iluminismo O Iluminismo foi um movimento intelectual que aconteceu entre 1680 e 1780, em toda a Europa e se difundiu principalmente na França no século XVIII e posteriormente para o mundo, este pensamento defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média e este movimento tomou força no século XVIII, na França. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade. Este ideal pregava maior liberdade econômica e política promovendo assim mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

Os filósofos e pensadores que defendiam estes ideais criam veemente que a racionalidade do pensamento deveria vir em primeiro lugar substituindo de vez as velhas crenças religiosas e místicas, que, de acordo com eles, bloqueavam a evolução humana e não conduzia a nada, ou seja, as ideias iluministas iriam fazer a humanidade evoluir.   O século XVIII ficou conhecido como o século das luzes, onde diversas áreas da ciência se desenvolveram, o que consequentemente fez com que a humanidade desce mais um passo. Foi este movimento intelectual que conduziu e inspirou o mundo a fazer novas revoluções, tais como, a revolução francesa.

O Iluminismo tinha o apoio total da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns, já que apesar de possuírem dinheiro os mesmos não detinham poder nas questões políticas, tão pouco nas praticas mercantilista. Nesta época o Antigo Regime ainda vigorava na França, ou seja, o governo absolutista onde o rei detinha total poder sobre tudo. Os ideais do antigo regime, além dos citados a cima ainda englobava o pleno poder da igreja. Os iluministas e burgueses defendiam a liberdade econômica sem a intervenção do estado na economia e, sobretudo defendiam o Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão. As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo passaram a aceitar algumas ideais iluministas.

Pensadores Iluministas John Locke é considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano” onde defendeu a liberdade dos cidadãos e condenou o absolutismo. François Marie Arouet  Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos. Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos. Ele destacou-se também como defensor da pequena burguesia.

O Iluminismo e sua influência na moda Com o surgimento de novos ideais de liberdade no que se refere a política e ao pensamento filosófico as artes também se modificaram deixando de possuir temas religiosos e cores fortes, e passaram a ter cores claras e alegres e tendo como tema central e inspiração a natureza. Segundo NICI, John B a morte do Rei Luís XIV foi um grande marco para a abertura das portas da flexibilidade da cultura francesa, que antes visava acima de tudo à louvação ao rei e de seu poder. 

Para KLEINER, o fortalecimento da nobreza tornou-se a principal fonte de inspiração dos artistas do período: O desaparecimento da própria personificação do absolutismo e o surgimento da ideia iluminista propiciou à nobreza recuperar parte do poder e influência até então centrados na pessoa do monarca, e ocorre o esvaziamento da corte de Versalhes, deslocando-se muitos nobres para suas propriedades no interior, ou para seus palacetes em Paris, que se tornavam o centro da "cultura dos salões", reuniões sociais sofisticadas, brilhantes e hedonistas que aconteciam entre discussões literárias e artísticas.

Como sabemos, a arte influencia a arquitetura e esta por sua vez influencia a moda, ou seja, com a modificação do estilo de pintura deste período a moda também se transformou. A temática história, heróica, ética tipicamente masculina foi deixada de lado dando lugar a ilustrações domésticas e campestres e a valorização da figura da mulher na sociedade. Foi desta forma que nasceu o estilo Rococó.

O Estilo Rococó Este estilo é a continuação do conhecido estilo Barroco, só que mais requintados, exagerado e aristocrático, só que desta vez o mesmo visa se espelhar na leveza e na delicadeza. A vida do Rococó durou de 1730 a 1789, quando a revolução francesa se iniciou. A falta de moderação marcou este período, o ato de se decorar exageradamente tomou conta das três artes que envolvem os estilos, a política a arquitetura e a forma de se vestir. Deste último podemos afirmar que os volumes das perucas diminuíram um pouco, um penteado baixo prevaleceu neste período, porém continuava-se o habito de passar pó nos cabelos. O volume das roupas dificultava o movimento e o ato de andar. A flor e os temas que remetiam a natureza eram a grande aposta de época, apesar das saias serem largar e volumosas os corpetes continuaram sendo apertados.

Para a moda masculina pouca coisa mudou foram acrescidos bordados aos itens dos guarda-roupas e este estilo foi marcado pelo uso de culote justo até os joelhos, camisa, colete, casaca, meias brancas e sapatos de saltos, um pouco mais baixos do que os do estilo Barroco. A partir de 1760, quando a aristocracia francesa começou a perder seus poderes políticos, houve uma grande influência da burguesia campestre inglesa na moda, que se destacava pela simplicidade e praticidade. Entretanto mesmos com esta crise a então esposa do Rei Luis XVI, Maria Antonieta, deixou sua marca no universo da moda com suas perucas de altura vertiginosas e exageros de fitas e guirlandas. Todavia a monarca tomou novos gostos e interesses com o passar dos anos e tomou um rumo contrário segundo o livro “Espartilhos e sutiãs – Uma história de sedução”:

Neste período final do estilo Rococó também foi comum as mulheres utilizarem uma saia de enormes volumes laterais, que só eram possíveis com o uso de paniers , os decotes dos corpetes tornaram-se mais profundos. 

A arquitetura no século XVIII O século XVIII ficou conhecido como o “século das luzes”,pois as ideias iluministas promovidas na Europa por filósofos se espalharam pelo mundo e inspiraram revoluções como a Revolução Francesa em 1789.                         Rococó, Neoclassicismo e Romantismo são três movimentos influentes do século XVIII, um século pluralista de "movimentos" ao invés de estilos de época. Estes movimentos não são desenvolvimentos sequenciais, mas reações e interações constantemente sobrepostas.

 A Arquitetura Rococó A arquitetura rococó é marcada pela sensibilidade, percebida na distribuição dos ambientes interiores, destinados a valorizar um modo de vida individual e caprichoso. Essa manifestação adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e na França. Suas principais características são uma exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto nos interiores. As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-se. As paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco. Guarnições douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam janelas ovais, servindo para quebrar a rigidez das paredes.

O mesmo acontecia com a arquitetura palaciana. A expressão máxima dessa tendência são os pequenos pavilhões e abrigos de caça dos jardins. Construídas para o lazer dos membros da corte, essas edificações, decoradas com molduras em forma de argolas e folhas transmitiam uma atmosfera de mundo ideal. Para completar essa imagem dissimulada, surgiam no teto, imitando o céu, cenas bucólicas em tons pastel. Na metade do século, o "estilo Pompadour " já constituiu uma variante do rococó: curvas e contra curvas animam as paredes e os ritmos decorativos, afirma-se a assimetria, a trama linear invade tudo. As Vilas construídas para a favorita de Luís XV sugerem a evolução de um gosto que se desenvolve com pequenas oscilações.

Os móveis, importantíssimo complemento da construção arquitetônica, assumem uma transcendência particular. De um lado isto decorre da exigência, de determinados arranjos. De outro lado a variedade cromática, devido ao emprego de madeiras raras marchetadas, ornadas de frisos dourados, é acompanhada pelo requinte de suas linhas. Acompanha tudo isso o gosto pelos bibelôs.

Arquitetura Neoclassica   (pós-Revolução Francesa)  O neoclassicismo é um movimento artístico que, a partir do final do século XVIII, reagiu ao barroco e ao rococó, e reviveu os princípios estéticos da antigüidade clássica, atingindo sua máxima expressão por volta de 1830. Não foi apenas um movimento artístico, mas cultural, refletindo as mudanças que ocorrem no período, marcada pela ascensão da burguesia. Essas mudanças estão relacionadas ao racionalismo de origem iluminista, a formação de uma cultura cosmopolita e profana. Na arquitetura percebe-se melhor os novos ideais que se desenvolvem na Europa. De uma forma geral foi marcada pela simplicidade, sendo que em alguns casos percebe-se maior influência romana, com obras marcadas pela severidade e monumentalidade ; e em outros casos se sobressaem as características gregas, com maior graça e pureza.

No fim do século XVII, inicia-se em países como a França e a Inglaterra um movimento artístico sob a influência do arquiteto Palladio ( palladianismo ), que mais tarde, em pleno século XVIII, com a revolução francesa, acabaria se estendendo por toda a Europa, sob o nome de classicismo. A arquitetura barroca não tinha tido grande repercussão nesses países. Um exemplo disso é a rejeição ao projeto de Bernini para o palácio do Louvre, considerado italiano demais.

Assim, pode-se falar, principalmente na França, de um segundo renascimento da antigüidade. Lá, as últimas igrejas construídas persistiam na dinâmica do gótico, tornando-se indispensável uma renovação. Entretanto, seus arquitetos não estavam dispostos a prosseguir dentro da estética empolada e amaneirada do barroco. Os fundadores da jovem ciência da arqueologia proporcionaram as bases documentais dessa nova arquitetura de formas clássicas. Surgiram assim os edifícios grandiosos, de estética totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de meandros. As cidades tiveram de se adaptar a essas construções gigantescas. Desenharam-se largas avenidas para abrigar os novos edifícios públicos, academias e universidades, muitos dos quais conservam ainda hoje a mesma função.

A arquitetura neoclássica segue a linha dos templos também ao estilo greco-romano, tanto para construções civis ou com intuito religioso. São vários exemplos dessa arquitetura, algumas delas são a igreja de Santa Genoveva e a Porta do Brandemburgo na cidade de Berlim. A cidade de Roma era tida como uma das principais cidades que cultuavam o movimento. Lá morava o crítico Joachim Winckelmann , que foi considerado o fundador do neoclassicismo. Um dos trabalhos dentro da arquitetura no estilo é a Chiswick House , próximo a Londres e feita pelo Lorde Burlington .  O presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson, era praticamente um amador e amante da arquitetura. O político tinha afinidade com as tendências que vinham da Europa, isso o fez planejar e projetar sua própria casa com traços do neo-classicismo.

A diferença entre as classes sociais Vestidos brancos eram sinal de status social, já que o branco suja facilmente, eles eram usados a noite com enfeites de renda, decotes, um volume extra na parte de trás que podia ser carregado nas mãos e eram usados com luvas longas. As moças usavam cores suaves como rosa, azul ou lilás. Já as senhoras cores mais sérias como roxo, preto, vermelho, azul ou amarelo.

 O pó de arroz e os perfumes tornaram-se um status social, e a distância entre cheiros bons e cheiros maus tornou-se tão grande, que em 1709, Lemery propôs três categorias de aromas: parfum royal , parfum por les bourgeois e parfum dês pauvres , feito de óleo e fuligem e cujo único objetivo era desinfetar o ar. Daí resultava um outro privilégio de classe, já que o perfume protegia o corpo, ele garantia também boa saúde, eliminava os maus cheiros, os vapores infecciosos e os miasmas contagiosos.

As novas regras prescreviam que as partes visíveis do corpo deveriam ser inofensivas a vista e agradáveis ao olfato, deveriam preocupar-se mais com a aparência do que com questões de higiene. Uma aparência limpa era garantia de uma certa posição social, e daí a importância dada a roupa branca, cuja se identificava com a pureza da pele que cobria.  Acreditava-se que a roupa branca absorvia a transpiração e absorvia as impurezas, preservando assim a saúde de quem a usava.

No final do século, a moda continuava a ser a brancura exagerada na pele, para esse efeito utilizavam pós de farinha e arroz e ingeriam diariamente grandes quantidades de vinagre. Já havia também uma admiração pela antiguidade clássica, visivelmente manifestada no neoclassicismo. Por volta de 1795, surge uma maior influência na moda: as mulheres começam a vestir-se com vestidos fluidos, em tons pastel, semelhantes as túnicas gregas e romanas.

 Etiqueta à mesa Foi no começo século XVIII que surgiu a sala de jantar nas residências de classe mais abastada e, com isso, veio a mudança de comportamento com relação às refeições. Até então não havia um espaço nas casas destinado a saborear as refeições, e sim somente as cozinhas para prepará-las.

O mobiliário rococó corresponde aos padrões da etiqueta e do comportamento da corte. É nesta época que se tem consciência da rigidez da etiqueta e dos benefícios dos espaços íntimos.

MODA XVIII Rococó  é um estilo artístico que se desenvolveu na Europa no século XVIII. Surgiu em 1700, na cidade de Paris, buscando a sutileza em contraposição aos excessos e suntuosidades do Barroco. Espalhou-se pela Europa no século XVIII e chegou à América em meados deste século. Esteve presente na pintura, arquitetura, música e escultura. A palavra rococó tem origem no termo francês “ rocaille ” que é um tipo de decoração de jardim em formato de conchas.

Principais características: - Uso de cores luminosas e suaves, em contraposição às cores fortes do Barroco;  - Estilo artístico marcado pelo uso de linhas leves, sutis e delicadas;  - Utilização de linhas curvas;  - Uso de temas da natureza: pássaros, flores delicadas, plantas, rochas, cascatas de águas;  - Uso de temas relacionados a vida cotidiana e relações humanas;  - Representação da vida profana da aristocracia;  - Arte sem influência de temas religiosos (exceto no Brasil);  - Busca refletir o que é refinado, agradável, sensual e exótico. - Abuso de ornamentos deflores, conchas e plantas - Postura romântica (ócio e doçura da vida, refletidos nas roupas) - Culto à beleza - Cores pastéis e douramento

Moda Masculina Calças até os joelhos, adornadas nas barras; Uso de meias finas; Golas não mais separadas das camisas; Sobrevestes abertas com botões e detalhes nas mangas; Coletes mais compridos, abaixo dos quadris; Lenços brancos nos pescoços; Uso de chapéus e bengalas; Grandes fivelas nos sapatos.

Moda Feminina Vestido à francesa ( robe à la française ); Saia e sobressaia encaixada em abertura frontal; Corselet ou corpete com uma armação lateral, em ancas, dando forma à silhueta; Busto, pescoço e aberturas enriquecidos com babados, amarrações, fitas e flores artificiais. Em 1760 – Os penteados, que eram baixos, ficaram mais elaborados e extravagantes. A maquiagem era também, um diferencial de status, pois apenas as mulheres da corte podiam utilizar círculos bem definidos de blush, um vermelho intenso nas bochechas.

FIM