Bruce Lipton sempre esteve envolvido com o estudo da célula e, recentemente, publicou suas
novas abordagens através do livro “Biology of Belief” (a biologia da crença).
Sua nova abordagem fala da influência que o meio ambiente e a cultura, com suas crenças e
mitos, podem exercer sobre o sistema biológico do individuo.
Sempre houve o mito de que os genes controlam o organismo, mas o que ocorre, na verdade,
é que os genes apenas catalisam o que é produzido pela cultura e crenças.
Sempre tivemos uma noção tênue de como os genes operavam, fornecendo informações para
determinar certas predisposições em nosso organismo.
A verdade é que os genes não controlam o que somos. Vamos percorrer alguns aspectos
importantes dessa nova teoria.
Tudo começou o desenvolvimento e propagação das teorias mecanicistas elaboradas por
Newton. Este sistema de conceitos não deixou muito espaço para a abordagem da função
energética e vibratória no organismo humano. Em 1600 a Sociedade Cientifica da Academia
transpirava euforia com o conceito newtoniano do funcionamento do organismo – o corpo
seria uma máquina como qualquer outra. Isso, de fato, influenciou médicos e cientistas que
adotaram as leis newtonianas para uma nova compreensão do corpo humano, tais quais suas
formas de tratamento.
O aspecto material assumiu sua legitimidade dentro da visão médica e cientifica, a qual
buscava tratar os efeitos e não as causas dos distúrbios físicos. Assim sendo, criaram as pílulas
que apenas modificariam os estados físicos do corpo através de reações químicas e mecânicas,
que induziriam a determinados comportamentos do corpo em nível celular e de metabolismo.
A fixação pela abordagem mecânica do corpo humano obscureceu a visão médica e cientifica
do papel da energia no processo vital humano. Isolaram o corpo humano, reconhecendo nele
suas atividades mecânicas e comportamentais, porém separados do meio ambiente – que
produz informação e energia, que serão processadas pela célula. Esse endeusamento do corpo
humano levou os genes a um status que não correspondia com a realidade da vida em geral.
O engano ao qual muitos pesquisadores incorreram foi o de acreditar que os genes
determinavam todos os distúrbios do corpo humano; o que não é verdade, pois é a cultura e
crenças humanas que desencadearão estes distúrbios nos genes. Logo, não há nada de errado
com os genes, mas com o meio ambiente e o nosso modo de vida.
Uma vez assimilado o conceito de determinação genética pela mente, passamos a agir de
maneira irresponsável e pessimista em relação à nossa saúde, acreditando que tudo acontecia
porque já trazíamos o mal em nossos genes. É verdade, o mal está em nossos genes, mas o
bem também está lá. A questão é que são os fatores externos que desencadearam reações
que estão apenas potencializadas nos genes. A partir do momento que analisamos nosso
modo de vida e anseios, acabamos por criar filtros mentais que predisporão os genes a
produzir apenas o processo e/ou comportamento benéfico das células. A cultura está acima da
mente humana; assim como a mente está acima dos genes. Ao educar-nos sobre certos