A maioria dos autores estudados entendem que este relacionamento pode variar apenas de
intensidade (se é forte ou fraco) e de sentido (se é de apoio ou conflito), porém JACQUES et
al. (1994) adicionam a direção (qual característica influencia e qual característica sofre a
influência) a essas análises.
Para considerar também a direção das correlações pode-se utilizar os procedimento de
elaboração da matriz de priorização pelo método de causa e efeito, conforme descritos por
MOURA (1994).
Por fim, convém destacar que a matriz de correlações também pode ser usada para identificar
as correlações entre os requisitos dos clientes, como demonstrado por GEIGER (1995) e por
KHOO & HO (1996).
D.Matriz de relações. Esta matriz é a interseção da tabela dos requisitos dos clientes com a tabela
das características de qualidade, não sendo, portanto, um dos elementos da segunda. Ainda
assim, é preciso explicá-la nesse momento, porque sua compreensão é imprescindível para o
entendimento dos demais elementos da tabela das características de qualidade.
A matriz de relações é composta de células formadas pela interseção de cada requisito dos
clientes com cada característica de qualidade. Sua função é permitir a identificação de como e
(quanto) cada característica da qualidade influencia no atendimento de cada requisito dos
clientes. Tais relações, que devem ser indicadas na parte superior das células, tanto podem ser
positivas, quanto negativas. No entanto, autores como CLAUSING (1993), CHENG et al
(1995), ABREU (1997), entre outros, só consideram as relações positivas. JACQUES et al
(1994) e HAUSER & CLAUSING (1988), no entanto, afirmam que as relações negativas
também devem ser indicadas na matriz.
Para a maioria dos autores, a intensidade das relações deve ser indicada em quatro níveis: forte,
média, fraca e inexistente. Porém, HAUSER & CLAUSING (1988) consideram apenas três
níveis ¾ forte, médio e inexistente. Já KHOO & HO (1996) prescrevem uma escala de cinco
níveis: forte, moderado, fraco, muito fraco e inexistente.
Tanto CLAUSING (1993), quanto CHENG et al (1995), são enfáticos ao afirmar que a matriz
de relações deve ser preenchida com a participação de todos os membros da equipe de QFD,
que devem obter consenso sobre a intensidade das relações. HAUSER & CLAUSING (1988),
porém, prescrevem que as relações podem ser identificadas não só pelo consenso da equipe,
baseado na experiência dos seus membros, como também por respostas de clientes, por análise
de dados estatísticos e por experimentos controlados. AKAO (1990), por sua vez, propõe que
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