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O objetivo desta palestra é mostrar que o
magnetismopessoal aliado a uma fée
impulsionado pela vontadetem um poder
ilimitado de cura.
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Cura: *
Ação ou efeito de curar. Tratamento, recuperação da saú de.
Fig. Melhoria, regeneração, emenda; solução.
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Fé:
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É uma palavra com origem no Latim " fides" que
significa"confiança","crença","credibilidade".
É um sentimento de total crença em algo ou alguém.
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1-As curas relatadas no Evangelho denotam os
milagres realizados por Jesus .
Jesus a muitos curou por ação fluídica:
"ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou
as nossas doenças", Mt. 8:16/ 17.
E recomendava aos discípulos que assim agissem:
“curai os enfermos“ (Mt. 10:8).
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Diante desses factos, parece-nos que Jesus estava
acima das Leis Naturais. Contudo, não é o caso. É
que, conhecedor do
magnetismo e das suas
manipulações, Jesus podia
operar curas, que aos olhos
do vulgo pareciam milagres.
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Algumas curas que Jesus fez por ação fluídica:
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Apenas pelo olhar e pela palavra
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Pelo toque ou imposição das mãos
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Com saliva
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Curas à distância
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Por lhe tocarem as vestes
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De todos os enfermos que o procuravam, Jesus curou soment e aqueles
em quem os efeitos purificadores da enfermidade já haviam atingido
seu objetivo reequilibrante, ou aqueles que já apresentava m condições
para receberem esse auxílio no corpo físico.
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2 -Aspectos dogmáticosda fé:
Muitas seitas cristãs
acham que se deve
recorrer exclusivamente à
prece para obter cura dos
males físicos, sem utilizar
médico ou remédio.
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3 -O poder da fé tem sido também
estudado pelos cientistas.
Recentemente, houve a
comunicação de uma experiência
feita num hospital. Os pacientes de
uma determinada doença foram
separados em dois grupos: o que
recebeu prece e o que não a
recebeu. O grupo que recebeu
vibrações através da prece à
distância teve uma melhora mais
rápida do que o grupo que não
recebeu.
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A FUNÇÃO DO FLUIDO UNIVERSAL *
O fluido universal é a matéria elementar
primitiva, cujas modificações e transformações
constituem a inumerável variedade dos corpos da
Natureza.
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Como princípio elementar do Universo , ele
assume dois estados distintos:
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o da imponderabilidadee o da
ponderabilidade, que são os diversos níveis de
condensação que a matéria pode assumir.
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AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE A MATÉRIA
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O Espírito, embora seja ‘algo’, difere de tudo aquilo que
conhecemos por matéria.
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Dada a sua naturezaespiritual, necessita de um elemento semi-
materialpara que possa agir sobre a matéria(corpo físico).
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Allan Kardec denominou este elemento semi-material de
Perispírito.
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Conclui-se que o Espírito somente atua sobre a matéria se fiz er
uso do Perispírito.
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A atividade do espírito influi sobre os fluidos do seu
perispírito e se reflete no corpo, de modo benéfico ou
maléfico, segundo a natureza dos pensamentos e
sentimentos.
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Basicamente, é das lesões ou perturbações vibratórias do
perispírito que se originam as doenças orgânicas ou psíquicas,
bem como as deficiências funcionais sem causa aparente.
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Jesus afirma essa relação espírito-corpo nas enfermidade s, ao
dizer, quando curava alguém:
"Os teus pecados estão perdoados".
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Assim sendo, é também através do Perispírito que os Espíritos auxiliam na cura de uma doença.
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Neste caso, o médium seria apenas um intermediário. Contudo, o médium pode
usar o seu próprio
magnetismo e transferir
as suas energias
balsamizantes para o
outro ser mais debilitado.
Encarnados ou não, os
espíritos têm no seu
próprio perispírito um
reservatório de fluidos
(bons ou maus) e podem
endereçá-los a outros
seres.
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CURA POR AÇÃO FLUÍDICA
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O poder curativo dependerá:
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da purezada substância fluídica inoculada;
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da energia da vontade(para emissão mais abundantee maior força
de penetração dos fluidos).
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"É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídic a e pode
desenvolver-se por meio do exercício; mas, a de curar
instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o
seu grau máximo se deve considerar excepcional" (cap. XIV, "A
Gênese").
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A FÉ COMO SENTIMENTO INATO
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Tanto na teologia cristã quanto na Doutrina
Espírita, partimos do princípio de que a fé é
algo inatono ser humano.
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É como que uma luz lançada por Deus
na mente e no coração de cada crente.
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O facto de tomar diferentes nuances, em cada uma das divers as
crenças, revela a sabedoria divina de que a compreensão da
natureza depende exclusivamente da capacidade evolu tiva de
cada um.
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Frequentar o Espiritismo não
nos torna mais sábios do que
o católico, do que o
protestante, do que
o ateu etc.
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FÉ HUMANA, DIVINA, DOGMÁTICA E RACIONAL
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No âmbito da DoutrinaEspírita, Allan Kardec ensina-nos que ela
pode ser dividida em:
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Féhumana:pode ser expressa como a confiança do homem em suas
forças, em sua natureza e em seus propósitos de vida. É a exp ectativa do
pedreiro que, ao começar uma construção, tem certeza que irá terminá-
la. É a confiança do médico que, ao iniciar uma cirurgia, acredita que irá
finalizá-la e proporcionará um alívio à pessoa enferma.
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Fédivina:pressupõe a confiança num ser transcendental, que se alia à fé
humana. O pedreiro e o médico conhecem as técnicas tanto para
levantar paredes quanto para recortar o corpo humano, mas submetem-
se aos imperativos de uma força maior, de uma força transcendent al, que
é Deus.
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Ainda: osentimento inatopode ser
expresso comodogmático–crer
cegamente num artigo de fé –
ouracional–tudo passando pelo crivo da
razão.
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É por isso que Allan Kardec diz: “Não há
inabalável senão aquela que pode
encarar a razão, face a face, em todas as
épocas da humanidade”.
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A FÉ COMO SENTIDO DA VIDA
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Movimentarmo-nos na vida revela uma faceta da
fé.
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Nas ações mais ordinárias, nos atos de adoração a
Deus, no cuidado com o meio ambiente, estamos
nos expressando como imagem e semelhança de
Deus.
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No que tange à manifestaçãoda fé, o importante é
respeitarcada qual em sua crença, pois embora ela
tenha ligação com os aspectos históricos, culturais e
ideológicos de um povo, no fundo, cada qual só
responderá por aquilo que tiver plantado dentro do
seu próprio coração.
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OS MILAGRES DERROGAM AS LEIS NATURAIS?
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A vinda de Jesus, como vimos anteriormente, foi marcada pelos
diversos milagres que realizava.
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Ele curava, mas não eram todos os
que podiamsercurados. Precisava
de um elemento adicional, ou seja,
a crençado enfermo, daquele que
recebeu o fluido magnético.
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No âmbito da Doutrina Espírita, os factos, considerados milagro sos,
não derrogaram as leis da natureza. Foram apenas a manipulação
correta do fluido universal .
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No capítulo 15 de A Génese, Kardec observa:
“Nas curas que operava, Jesus agia como médium? Não; pois o
médium é um intermediário, um instrumento do qual se servem os
Espíritos desencarnados. Ora, o Cristo não tinha necessida de de
assistência, ele que assistia e auxiliava os demais; agia, pois, por si
mesmo, em vista de seu poder pessoal, tal como o podem fazer os
encarnados em certos casos, e na medida de suas forças.”
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Assim, quando soubermos usar o nosso magnetismo e a nossa
vontade, conseguiremos os mesmos prodígios que conseguiram o s
apóstolos, depois da advertência de Jesus, a respeito da pou ca fé dos
mesmos. *
Ele disse: “Se tiverdes a fé do tamanho de um grão de mostarda,
ireis a este monte para
passar para o
outro lado, e ele passará”.
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BASTA A FÉ PARA CURAR?
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O crente será curado? Basta orar para nos livramos de nos sas
provações? A prece auxilia, dá-nos mais força, mais energia, mas
não nos livra das provas que devemos passar.
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Do mesmo modo é a fé. Ela auxilia-nos, mas antes de tudo, devemos
ter em mente omerecimento.
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O tempopara a obtenção da cura pode variar, dependendo de cada
caso. Temos que considerar que cada um de nós está sub metido à
Lei de Causa e Efeito , por isso, não obtemos a cura de todos os
nossos males, nesta vida.
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Será que estamos aptos para a saúde?
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Para conviver com a saúde, temos de nos preparar para ela.
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Podemos classificar as curas em: curas materiaise curas espirituais.
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As curas materiaissão proporcionadas pela Medicina, pelos remédios.
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As espirituais, as que se realizam com a participação dos médiuns.
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Neste ponto, o tratamento
espiritual não dispensa o
tratamento médico e vice-
versa.
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O PODER DA FÉ
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"O poder da Fé recebe uma aplicação direta e especial na ação
magnética; por ela o homem age sobre o fluido, agente univers al, lhe
modifica as qualidades e lhe dá uma impulsão, por assim dizer,
irresistível. Por isso aquele que, a um grande poder fluídico normal
junta uma Fé ardente pode, apenas pela vontade dirigida para o
bem, operar esses fenómenos estranhos de cura. Tal o motivo pelo
qual Jesus disse aos apóstolos: se não haveis curado é que não
tínheis fé" (Kardec, 1984, cap. XIX, item 5).
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A fé, portanto, não é uma virtude mística mas uma for ça atrativa.
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Quando o enfermo não tem essa fé, "opõe à corrente fluídica u ma
força repulsiva, ou pelo menos uma força de inércia, que paralis a a
ação".
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A VONTADE
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Livro dos Médiuns, sobre a ação magnética curadora:
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Sabe-se que papel capital desempenha a vontadeem todos os
fenómenos do magnetismo. Porém, como se há de explicar a
ação material de tão sutil agente? A vontade não é um ser, uma
substância qualquer; não é, sequer, uma propriedade da mat éria
mais etérea que exista. A vontade é atributo essencial do
Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca,
ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecut iva,
reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm
assim a ficar transformadas.
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Tanto quanto do Espírito errante, a vontade é igualmente atributo
do Espírito encarnado; daí o poder do magnetizador, poder que
se sabe estar na razão direta da força de vontade.
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Podendo o Espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar ,
pode do mesmo modo mudar-lhe as propriedades, dentro de
certos limites. Assim se explica a faculdade de cura pelo contac to
e pela imposição das mãos, faculdade que algumas pessoas
possuem em grau mais ou menos elevado.
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Conclusão
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Tenhamos sempre em mente o nosso aprimoramento espiritual. É
somente através das virtudes morais que podemos nos curar e
auxiliar a cura do próximo com êxito.
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O Espiritismo vem orientando e ajudando nas curas espirituais pela
desobsessão espiritual, o passe magnético, a água fluidifica da, a
reforma íntima...
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Conclusão
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Para evitar as enfermidades, cuidemos não só do corpo mas do
espírito, cultivando bons pensamentos e sentimentos, pratica ndo o
bem e não o mal.
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Se, apesar de nossos cuidados, a enfermidade nos vier:
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Conclusão
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Encaremo-la como um alerta/advertência ou, ainda, como
conseqüência do passado, a exigir um reajuste para voltarmo s ao
equilíbrio espiritual.
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Não compliquemos mais a situação com tristeza e desânimo, revolta
e agressividade.
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Conclusão
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Busquemos na Medicina e nos recursos espirituais o alívio possíve l e,
quem sabe, até mesmo a cura.
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Procuremos nos conscientizar quanto ao que possa ter causad o a
enfermidade e modifiquemos para melhor o nosso comportamento,
a fim de evitar o prosseguimento do mal e sua instalação mais
profunda!
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Conclusão
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Apliquemo-nos no bom emprego de nossas possibilidades de ação
(apesar das limitações que a enfermidade nos cause), a fim de
compensar o desequilíbrio já causado, manter o equilíbrio nas á reas
não comprometidas e adquirir merecimento para sermos socorridos
espiritualmente.
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Conclusão
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Quando curados, sejamos gratos!
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Não ser grato pela cura revela que a pessoa não entendeu quanto
lhe foi concedido e, provavelmente, não saberá valorizar nem
conservar a benção recebida. A falta de gratidão ante a cur a física
revela que a pessoa ainda não alcançou a cura mais importante e
definitiva: a do espírito.
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Conclusão
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Se não formos curados?
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"Se, porém, malgrado os nossos esforços não o conseguirmos " (ficar
curados), devemos "suportar com resignação os nossos passageiros
males". ( ESE, cap. XXVIII), pois "lesões e chagas, frustrações e
defeitos em nossa forma externa são remédios da alma que nós
mesmos pedimos à farmácia de Deus". (Emmanuel, "Seara dos
Médiuns", cap. "Oração e Cura").
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Conclusão
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Para não haver recaída...
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“Olha que já estás curado; não peques mais para que não te suceda
alguma coisa pior.” (Jo. 5:14.) De facto, restabelecido o equilíbrio
fluídico, é preciso manter os bonspensamentos, sentimentose
atos. Se não, poderá gerar novas lesões orgânicas ou predis posição
para enfermidades.
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A cura pode vir na forma de
aceitação, num relacionamento
diferente consigo mesmo e com
os outros, mantendo uma
sensação de paz diante da
aflição. A fé é um complemento
ao tratamento médico.
Não se trata da cura pela
fé, mas da fé na cura.