A dieta do tipo sanguíneo peter j. d'adamo

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Slide Content

PETER J.D'ADÂMO
com Catherine Whitney
Nova edição revista e atualizada
A Dieta
do Tipo
Sangüíneo
TRADUÇÃO
Sônia T. Mendes Costa
REVISÃO TÉCNICA í ATUALIZAÇÃO
Dr. Sérgio Augusto Teixeira
Médico Especialista em Homeopatia, Nutrição e Medicina Ortomolecular
ELSEVIER 11° EDIÇÃO CAMPUS

A memória de meu bom amigo,
JOHN J. MOSKO (1919-1992)
"Hoje é o dia da festa de Crispiniano:
Aquele que sobreviver a esse dia e chegar em casa a salvo
deve ficar na ponta dos pés quando essa data for mencionada,
e levantar-se sempre que ouvir o nome de Crispiniano."

Agradecimentos
H
Á MUITOS A QUEM AGRADECER, POIS NENHUMA PESQUISA CIENTÍFICA É SOLITÁRIA.
Ao longo do caminho, fui orientado, inspirado e apoiado por todas as pessoas
que confiaram em mim. Em particular, agradeço profundamente a minha esposa,
Martha Mosko D'Adamo, por seu amor e sua amizade; a meus pais, Sr. james
D'Adamo, naturopata, e Christiana, por me ensinarem a confiar em minha intui-
ção; e a meu irmão, James D'Adamo Jr., por acreditar em mim.
Não tenho palavras para expressar também minha gratidão a:
Joseph Pizzorno, naturopata, por me estimular a confiar na ciência da medici-
na natural.
Catherine Whitney, minha redatora, que deu aos originais um estilo e uma
organização característicos de um hábil escritor.
Gail Winston, o editor que há muito tempo, inesperadamente, telefonou para
mim e me perguntou se eu não queria escrever um livro sobre medicina natural.
Minha agente literária, Janis Vaílely, que percebeu que meu trabalho era pro-
missor e não permitiu que ele se perdesse em algum arquivo empoeirado.
Amy Hertz, meu editor na Riverhead/Putnam, cuja visão transformou o ma-
nuscrito no valioso e importante documento em que acredito ser este livro agora.
Também sou grato a:
Dorothy Mosko, por sua inestimável ajuda na preparação do primeiro manuscrito.

Scott Carlson, meu ex-assistente, que nunca esqueceu uma filmadora UPS.
Carolyn Knight, enfermeira, minha mão direita, especialista em pegar veias.
Jane Dystel, agente literária de Catherine, cujos conselhos foram sempre opor-
tunos.
Paul Krafin, que contribuiu com sua notável capacidade de escrever e editar
no processo de revisão.
Dina Khader, nutricionista, que ajudou a fazer as receitas e o planejamento
das refeições.
John Schuler, que desenhou as ilustrações.
Gostaria de agradecer também à pesquisa dos residentes da Bastyr University,
que selecionaram com perícia a extensa literatura médica relativa a tipo sangüíneo,
ajudando a tornar este livro um relato tão completo quanto possível sobre o assunto.
Por último, agradeço a todos os extraordinários pacientes, que, em sua busca
de saúde e felicidade, honraram-me com sua confiança.

Sumário
INTRODUÇÃO: O Trabalho de Duas Vidas 11
PARTE I
Sua Identidade Sangüínea /7
UM: Tipo Sangüíneo:^ Verdadeira Revolução Evolutiva 19
DOIS: Código Sangüíneo: 0 Mapa do Tipo de Sangue 30
TRÊS: O Tipo Sangüíneo: Um Mapa Rodoviário 44
PARTE II
Seu Plano de Tipo Sangüíneo 57
QUATRO: Plano do Tipo Sangüíneo O 59
CINCO: Plano do Tipo Sangüíneo A 93
SEIS: Plano do Tipo Sangüíneo B 130
SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 162

PARTE III
A Saúde do Seu Tipo Sangüíneo 195
OITO: Estratégias Médicas: A Conexão com o Tipo Sangüíneo 191
NOVE: Tipo Sangüíneo: Um Poder contra a Doença 210
DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer: A Luta para se Curar 251
CONCLUSÃO: Um Sulco na Terra 216
POSFÁCIO: Uma Revolução Médica Definitiva 219
APÊNDICE A: Tabelas de Tipos de Sangue 283
APÊNDICE B: Dúvidas Comuns 288
APÊNDICE C: Glossário 300
APÊNDICE D: Notas sobre a Antropologia do Tipo Sangüíneo 304
APÊNDICE E: Subgrupos do Tipo Sangüíneo 311
APÊNDICE F: Referências: Como Obter Ajuda 315
APÊNDICE G: Bibliografia 318
APÊNDICE H: Pesquisa: Participe da Revolução do Tipo Sangüíneo 325

INTRODUÇÃO
O Trabalho de Duas Vidas
Creio que não há duas pessoas semelhantes na face da terra; não há duas
pessoas que tenham as mesmas impressões digitais, labiais ou vocais. Não há
duas folhas de árvore ou flocos de neve iguais. Como observo que os indivíduos
diferem entre si, não acho lógico que comam os mesmos alimentos. Está claro
para mim que, se cada qual habita um corpo único com suas forças, fraquezas e
exigências nutricionais específicas, a única maneira de manter a saúde ou curar
a doença é se adaptar às necessidades individuais de cada paciente.
James D'Adamo, meu pai
O
TIPO SANGÜÍNEO É A CHAVE QUE ABRE A PORTA PARA OS MISTÉRIOS DA SAÚDE, doen-
ça, longevidade, vigor físico e força emocional. E ele que determina a
suscetibilidade à doença, o tipo de alimentos que se deve comer e quais os exercí-
cios que são apropriados. Ele é um fator que influi em nosso nível de energia, na
eficiência com que "queimamos" calorias, em nossa reação emocional ao estresse
e talvez mesmo em nossa personalidade.
A relação entre tipo sangüíneo e dieta pode parecer radical, mas não é. Sabe-
mos há muito tempo que há um elo perdido em nossa compreensão do processo
que leva tanto ao caminho do bem-estar quanto ao desvio da doença. Tem de
haver uma razão para que haja tantos paradoxos nas pesquisas dietéticas e na per-
sistência da doença. Tem de haver também uma explicação para o fato de alguns
conseguirem perder peso com determinadas dietas e outros não; para o fato de
uns conservarem a vitalidade até a idade avançada, enquanto outros sofrem uma
deterioração física e mental. A análise do tipo sangüíneo nos tem fornecido um
meio de explicar esses paradoxos. E quanto mais exploramos essa conexão, mais
verdadeira ela se torna.
Os tipos sangüíneos são fundamentais para a própria criação. Na magistral ló-
gica da natureza, os tipos sangüíneos seguem uma trilha contínua desde os pri-

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
meiros momentos da criação humana até os dias atuais. Eles são a assinatura de
nossos antigos ancestrais no indestrutível pergaminho da história.
Começamos a descobrir atualmente uma maneira de usar o tipo de sangue
como uma impressão digital celular que desvenda muitos dos principais mistérios
que cercam nossa luta para ter uma boa saúde. Esta obra é uma extensão das
recentes e revolucionárias pesquisas sobre o DNA humano. Nosso conhecimento
sobre o tipo sangüíneo leva a genética a dar um passo à frente por estabelecer
inequivocamente que cada ser humano é absolutamente único. Não há modo de
vida ou dieta certos ou errados; o que há são escolhas certas ou erradas baseadas
em nosso código genético individual.
Como encontrei o elo perdido do tipo sangüíneo
Meu trabalho no campo da análise do tipo de sangue é o coroamento de uma
busca da vida toda - não somente minha, mas de meu pai também. Pertenço à
segunda geração de médicos naturopatas. O Dr. James D'Adamo, meu pai, espe-
cializou-se em naturopatia (um curso de pós-graduação de quatro anos) em 1957 e
depois estudou na Europa em vários dos grandes spas. Ele observou que embora
muitos pacientes se sentissem bem com dietas rigorosamente vegetarianas e po-
bres em gorduras, que são a marca registrada da "cozinha de spa", certo número de
pacientes não parecia ter proveito e alguns obtinham uma melhora medíocre ou
até mesmo pioravam. Homem sensível, com grande poder de dedução e percep-
ção, meu pai concluiu que deveria haver algum meio de determinar as diferentes
necessidades dietéticas de seus pacientes. Como o sangue é a fonte fundamental
de nutrição do corpo, ele pensou que talvez algum aspecto do sangue pudesse
indicar essas diferenças. Pôs-se então a testar essa hipótese, analisando o tipo de
sangue de seus pacientes e observando as reações individuais quando lhes eram
receitadas diversas dietas.
Ao longo dos anos e com inúmeros pacientes, um padrão começou a surgir. Ele
notou que pacientes de tipo sangüíneo A pareciam não reagir muito bem a dietas
ricas em proteínas que incluíam generosas porções de carne, mas se davam muito
bem com proteínas vegetais como soja e tofu. Laticínios tendiam a produzir secre-
ções abundantes nos condutos respiratórios e dos seios faciais em pessoas do Tipo
A. Quando são levados a aumentar seus níveis de atividades e exercícios físicos, os
indivíduos de Tipo A geralmente se sentem fatigados e indispostos; quando reali-
zam exercícios mais leves, como os de ioga, sentem-se alertas e energizados.
Por outro lado, pacientes de Tipo O dão-se muito bem com dietas ricas em
proteínas e se sentem revigorados com intensas atividades físicas, tais como corri-
das e exercícios aeróbicos. Quanto mais meu pai testou os diferentes tipos de

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Esse era o elo que eu estava procurando. Havia uma base científica indubitável
para as observações de meu pai. E assim começou minha contínua relação afetiva
com a ciência e a antropologia dos tipos de sangue. Com o tempo, descobri que o
trabalho inicial de meu pai sobre a correlação entre tipo sangüíneo, dieta e saúde
era muito mais importante do que ele jamais imaginara.
Quatro chaves simples para desvendar os mistérios da vida
Nasci numa família em que predomina o sangue de Tipo A e, por causa do
trabalho de meu pai, nossa dieta é basicamente vegetariana, que consiste em ali-
mentos como tofu, vegetais cozidos a vapor e saladas. Quando criança muitas ve-
zes fiquei embaraçado e me senti um pouco excluído porque nenhum de meus
amigos comia alimentos diferentes como tofu. Ao contrário, eles eram felizes par-
tidários de um outro tipo de "revolução dietética" que empolgava a década de
1950; sua dieta consistia em hambúrguer, cachorro-quente, gordurosas batatas fri-
tas, doces, sorvetes e litros de refrigerantes.
Hoje ainda me alimento do modo como o fazia quando criança, e gosto disso.
Todo dia como alimentos de que meu sangue Tipo A necessita e isso é imensa-
mente satisfatório.
Neste livro, vou informá-lo sobre a fundamental relação entre seu tipo
sangüíneo e as dietas e o modo de vida que irão ajudá-lo a viver em melhores
condições. A essência da conexão com o tipo de sangue repousa nos seguintes
fatos:
• Seu tipo de sangue - O, A, B e AB - é uma forte impressão digital genética que
identifica você tão bem quanto o DNA.
• Quando você usa as características individuais de seu tipo de sangue como um
guia para a alimentação e o modo de viver, você tem mais saúde, mantém seu
peso ideai e retarda o processo de envelhecimento.
• Seu tipo sangüíneo é um padrão mais confiável de sua identidade do que raça,
cultura ou geografia. Ele é um mapa genético de quem você é, um guia para
você viver com mais saúde.
• A chave para o significado do tipo sangüíneo pode ser encontrada na história
da evolução humana: o Tipo O é o mais antigo; o Tipo A evoluiu com a socie-
dade agrária; o Tipo B surgiu quando os seres humanos migraram para o norte,
penetrando em territórios mais frios e sombrios; e o Tipo AB foi uma adapta-
ção totalmente moderna, um resultado da miscigenação de grupos diferentes.
Essa evolução relaciona-se diretamente com as necessidades nutricionais de
cada tipo de sangue atual.

Introdução 15
O que é esse notável fator, o tipo sangüíneo?
O tipo sangüíneo é uma das diversas variações reconhecidas pela medicina,
tais como a cor do cabelo e dos olhos. Muitas dessas variações, como os padrões de
impressão digital e a mais recente análise do DNA, são amplamente utilizadas por
criminalistas e pesquisadores da medicina legal, assim como pelos que procuram
as causas e curas das doenças. O tipo de sangue é tão importante como outras
variações; em muitos casos, é um padrão mais útil. A análise do tipo sangüíneo é
um sistema lógico. A informação é simples para aprender e fácil de seguir. Ensinei
o sistema para numerosos doutores, os quais me disseram que obtiveram bons
resultados com pacientes que seguiram suas diretrizes. Agora vou ensinar isso para
você. Aprendendo os princípios da análise do tipo sangüíneo, você pode organizar
a dieta ideai para você e os membros de sua família. Você pode identificar os ali-
mentos que lhe fazem mal, contribuem para aumentar seu peso e provocam doen-
ças crônicas.
Cedo compreendi que a análise do tipo de sangue oferece um poderoso meio
para interpretar as variações individuais em relação à saúde e à doença. Dada a
quantidade de dados de pesquisa disponíveis, é surpreendente que os efeitos do
tipo de sangue em nossa saúde não tenham recebido a atenção que merecem. Mas
agora estou preparado para pôr essa informação à disposição - não somente de
meus colegas e cientistas da comunidade médica, mas de você.
A primeira vista, o estudo do tipo de sangue pode parecer complicado, mas lhe
asseguro que é tão simples e básico como a própria vida. Vou falar-lhe sobre a
antiga trilha da evolução dos tipos de sangue (tão fascinante quanto a história da
humanidade) e desmitifícar o conhecimento do tipo sangüíneo para fornecer-lhe
um plano simples que você possa seguir.
Sei que essa é decerto uma idéia totalmente nova. Poucas pessoas já pensaram
sobre as implicações de seu tipo sangüíneo, embora ele seja uma poderosa força
genética. Você pode relutar em penetrar em território tão desconhecido, mesmo
que os argumentos científicos sejam convincentes. Peço-lhe que faça apenas três
coisas: fale com seu médico antes de começar, procure saber seu tipo de sangue se
ainda não sabe e tente seguir a dieta do tipo de sangue durante, pelo menos, duas
semanas. A maioria de meus pacientes sentiu alguns efeitos nesse período - maior
energia, perda de peso, diminuição de complicações digestivas e melhoria de pro-
blemas crônicos como asma, dor de cabeça e azia. Dê à sua dieta uma oportunidade
de lhe trazer os benefícios que já tenho visto em mais de quatro mil pessoas a quem
apliquei esse regime. Veja por você mesmo que o sangue não apenas fornece a seu
corpo a nutrição mais vital, ele é também um veículo de seu futuro bem-estar.

UM
Tipo Sangüíneo
A Verdadeira Revolução Evolutiva
O
SANGUE É A PRÓPRIA VIDA. ELE É A FORÇA PRIMITIVA QUE ALIMENTA O poder e O
mistério do nascimento, os horrores da doença, da guerra e da morte violen-
ta. Civilizações inteiras foram erguidas sobre os laços de sangue. Tribos, clãs e
monarquias dependem deles. Não podemos existir sem o sangue - literal e meta-
foricamente.
O sangue é mágico. O sangue é místico. O sangue é alquímico, Ele se apresen-
ta ao longo da história humana como um profundo símbolo cultural e religioso.
Antigos povos misturavam e o bebiam para demonstrar unidade e Fidelidade. Des-
de os tempos primitivos, caçadores realizavam rituais para apaziguar os espíritos
dos animais que eles matavam oferecendo o sangue do animal e lambuzando seus
rostos e corpos com ele. O sangue do cordeiro foi usado como uma marca para
proteger os judeus escravizados no Egito, de modo que o Anjo da Morte passasse
sem atingi-los. Diz-se que Moisés transformou as águas do Egito em sangue para
exigir que seu povo fosse libertado. O simbólico sangue de Jesus Cristo tem sido,
por mais de dois mil anos, fundamental para o mais sagrado rito da Cristandade.
O sangue evoca tão rico e sagrado simbolismo porque ele é na verdade extraor-
dinário. Não somente supre os complexos sistemas de distribuição e defesa que
são essenciais para nossa existência, mas fornece uma chave para a humanidade-
um espelho através do qual podemos seguir os apagados rastros de nossa jornada.
Nos últimos quarenta anos aprendemos a usar marcadores biológicos tais como
o tipo sangüíneo para mapear os deslocamentos e agrupamentos de nossos ances-

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
trais. Descobrindo como aqueles primitivos povos se adaptaram aos desafios impos-
tos pelas constantes mudanças de clima, micróbios e dietas, estamos conhecendo a
nós mesmos. A mudança de clima e a alimentação disponível produziu novos tipos
de sangue. O tipo sangüíneo é o fio contínuo que nos liga uns aos outros.
Finalmente, as diferenças dos tipos de sangue refletem a capacidade humana
de se aclimatar aos diversos desafios ambientais. Para a maioria, esses desafios
atingiram os sistemas digestivo e imunológico: um pedaço de carne estragada pode
matá-lo; um corte ou arranhão pode transformar-se numa infecção mortal. Contu-
do, a raça humana sobreviveu. E a história dessa sobrevivência está intrincadamente
ligada a nossos sistemas digestivo e imunológico. E nessas duas áreas que se baseia
a maior parte das distinções entre os tipos de sangue.
A história da humanidade
A história do homem é a história da sobrevivência. Mais especificamente, é a
história dos lugares onde os seres humanos viveram e do que eles comeram lá. Ela
gira em torno de alimentação - de procurar comida e deslocar-se para encontrá-la.
Não sabemos ao certo quando a evolução humana começou. Os neandertalenses,
os primeiros humanóides que pudemos identificar, parecem ter vivido há 500.000
anos. Talvez há mais tempo.
Sabemos que a pré-história humana começou na África, onde evoluímos de
criaturas humanóides. Ávida dos primitivos era curta, difícil e selvagem. Morria-
se de milhares de causas diferentes - infecções oportunistas, parasitas, ataques de
animais, ossos fraturados, parto — e morria-se jovem.
Os primeiros seres humanos devem ter passado por muitas experiências an-
gustiantes para sobreviver nesse ambiente selvagem. Seus dentes eram pequenos
e pouco afiados - pouco adequados para atacar. Ao contrário da maioria de seus
competidores na cadeia alimentar, não eram especialmente bem-dotados quanto
à velocidade, força ou agilidade. Inicialmente, a principal qualidade que os huma-
nos possuíam era uma esperteza inata, que mais tarde evoluiu para o pensamento
racional.
E provável que os neandertalenses ingerissem uma dieta de preferência crua à
base de plantas silvestres, insetos e restos de animais mortos por seus predadores.
Eles eram mais presas que predadores, sobretudo no que se refere a doenças in-
fecciosas e parasitárias. (Muitos dos parasitas, vermes, fascíolas e microorganismos
infecciosos encontrados na África não estimulam o sistema imunológico a produ-
zir anticorpos específicos a eles, provavelmente devido ao fato de que os povos
primitivos de Tipo O já possuíam proteção na forma de anticorpos que traziam
desde o nascimento.)

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
40.000 a.C. 30.000 a.C. 20.000 a.C. 40.000- 10.000- 3.500 a.C.- 500 a.C.
10.000 a.C. 3.500 a.C. 600 d.C. 900
A linha de tempo antropológica segundo o tipo sangüíneo. A começar dos tempos primitivos, o diagrama
ressalta vários desenvolvimentos humanos em relação à introdução dos tipos sangüíneos. É interessante
observar que as mudanças evolutivas no tipo de sangue apresentam uma estrutura temporal quase bíbli-
ca. Quando todos tinham o Tipo O (o período de tempo mais longo) e viviam num espaço limitado,
ingeriam o mesmo tipo de alimento e respiravam os mesmos organismos, nenhuma mudança de maior
alcance foi necessária. Contudo, com o aumento da população e as migrações que se seguiram, a variação
se acelerou. Os subseqüentes tipos sangüíneos A e B datam de não mais que 15.000 a 25.000 anos
passados e o Tipo AB é bem mais recente.
Por volta de 30.000 a.C., bandos de caçadores deslocavam-se cada vez para
lugares mais distantes em busca de carne. Quando uma mudança no trajeto dos
ventos ressecou o que tinha sido a fértil área de caça do Saara africano e as antes
geladas regiões do norte tornaram-se mais quentes, eles começaram a migrar da
África para a Europa e a Ásia.
Esse movimento semeou o planeta com sua população básica, que era de Tipo
O, o tipo sangüíneo predominante até hoje.
Em torno de 20.000 a.C. os Cro-Magnons haviam percorrido toda a Europa e a
Ásia, dizimando os vastos rebanhos de grandes cervos a tal ponto que foi preciso
procurar outros alimentos. Na procura de qualquer coisa comestível em novas
áreas, é provável que os carnívoros seres humanos rapidamente tenham-se torna-
do onívoros, com a dieta mista de morangos, amoras, framboesas, larvas de insetos,
frutas secas, raízes e pequenos animais. Populações floresceram também ao longo
do litoral e de lagos e rios onde peixes e outros alimentos eram abundantes. Por
volta de 10.000 a.C. os seres humanos ocupavam todos os continentes, com a ex-
ceção da Austrália.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
período Neolítico, ou Nova Idade da Pedra, que se seguiu à Antiga Idade da Pe-
dra, ou período Paleolítico, dos caçadores Cro-Magnons. A agricultura e a
domesticação dos animais foram os marcos de sua cultura.
O cultivo de grãos e a criação de gado mudou tudo. Tendo condições de aban-
donar pela primeira vez sua existência voltada unicamente para a luta pela sobre-
vivência, os seres humanos fundaram comunidades estáveis e estruturas de vida
permanentes. Esse estilo de vida radicalmente diferente, com importantes mu-
danças na dieta e no ambiente, resultou numa inteiramente nova mutação no
aparelho digestivo e no sistema imunológico das populações neolíticas - uma
mutação que lhes permitiu tolerar melhor e absorver grãos cultivados e outros
produtos agrícolas. O Tipo A nasceu.
O estabelecimento em comunidades agrícolas permanentes trouxe novos de-
safios para o desenvolvimento. As habilidades necessárias para caçar em grupo
agora davam lugar a um diferente tipo de sociedade cooperativa.
Pela primeira vez, determinada habilidade para fazer algo dependia das habili-
dades de outros para fazer outras coisas. Por exemplo, o moleiro dependia do agri-
cultor que trazia sua colheita; o agricultor dependia do moleiro que moía seu grão.
Não se pensava mais em alimento apenas como uma fonte imediata de nutrição ou
coisa semelhante. Os campos precisavam ser semeados e cultivados na expectati-
va de futura recompensa. O planejamento e a troca de informações tornou-se a
ordem do dia. Psicologicamente, essas são características em que os do Tipo Ase
destacam - talvez uma adaptação ambiental.
O gene do Tipo A começou a se desenvolver no início das sociedades agrárias.
A mutação genética que produzi u o Tipo A a partir do Tipo O ocorreu rapidamen-
te- tão rapidamente que a velocidade da mutação foi equivalente a quatro vezes
a da Drosophila, a comum mosca-das-frutas e atual detentora do recorde!
Qual teria sido a razão para esse extraordinário ritmo da mutação humana do
Tipo O para o Tipo A? Foi a sobrevivência. A sobrevivência do mais preparado
numa sociedade com superpopulação. Devido ao fato de ser mais resistente às
infecções comuns em áreas densamente povoadas, o Tipo A predominou rapida-
mente nas sociedades urbanas, industrializadas. Até hoje, sobreviventes de pra-
gas, cólera e varíola apresentam uma predominância do Tipo A sobre o Tipo O.
Eventualmente, o gene do Tipo A espalhou-se pela Ásia e o Oriente Médio
até a Europa ocidental, conduzido pelos indo-europeus, que penetraram profun-
damente nas regiões de populações pré-neolíticas. As hordas indo-européias sur-
giram originalmente no centro-sul da Rússia e entre 3.500 e 2.000 a.C. avançaram
na direção sul até o extremo sudoeste da Ásia, dando origem às populações do Irã
e do Afeganistão. Sempre se multiplicando, seguiram na direção oeste, penetran-
do na Europa. A invasão indo-européia provocou realmente a primeira Revolução

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
zaram técnicas sofisticadas de irrigação e de cultivo que apresentaram uma im-
pressionante mistura de criatividade, inteligência e engenho.
O cisma entre as tribos guerreiras do norte e os pacíficos agricultores do sul foi
profundo e seus vestígios existem ainda hoje na cozinha do sul da Ásia, que quase não
usa laticínios. Para a mente asiática, os laticínios são comida de bárbaros, o que é uma
pena, pois a dieta que eles adotaram não é muito apropriada para os de sangue Tipo B.
De todos os tipos sangüíneos, o B apresenta a mais definida distribuição geo-
gráfica. Estendendo-se como um grande cinturão através das planícies eurasianas
e até o subcontinente indiano, o Tipo B é encontrado em números crescentes
desde o Japão, Mongólia, China e índia até os montes Urais. Daí em direção ao
oeste, as porcentagens caem até atingir o mínimo no extremo oeste da Europa.
O pequeno número de Tipo B entre antigos europeus ocidentais representa a
migração para o Ocidente de populações nômades asiáticas. Isso é melhor obser-
vado entre habitantes da parte mais oriental da Europa ocidental, os alemães e os
austríacos, que apresentam uma surpreendente incidência de sangue Tipo B em
comparação com seus vizinhos do oeste. A maior ocorrência de sangue B entre os
Origens e deslocamentos dos tipos A eB. A partir de suas origens na Ásia e no Oriente Médio o gene do
Tipo A foi levado pelos indo-europeus para o oeste e o norte da Europa. Outras migrações conduziram
o Tipo A para o norte da África, onde se espalhou pelo Saara. A partir de suas origens nas montanhas do
Himalaia, o tipo de sangue B foi levado pelos mongóis para o sudeste da Ásia e para as planícies e
estepes asiáticas. Uma migração separada de povos de Tipo B penetrou no leste europeu. Por essa
época o nível do mar tinha subido, removendo a faixa de terra que unia a América do Norte e a Ásia. Isso
impediu qualquer penetração do Tipo B na América do Norte, onde as populações primitivas continuam
a ser exclusivamente de Tipo 0.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
O Tipo AB apresenta uma identidade sangüínea multifacetada e às vezes dú-
bia. Ele foi o primeiro tipo de sangue a adotar um amálgama de características
imunológicas, algumas das quais o tornam mais forte, e outras são conflituosas.
Talvez o sangue Tipo AB seja a perfeita metáfora da vida moderna: complexo e
instável.
A base híbrida
O tipo de sangue, a geografia e a raça se entrelaçam para formar nossa identi-
dade humana. Podemos ter diferenças culturais, mas quando examinamos o tipo
de sangue, vemos como são superficiais. Nosso tipo sangüíneo é tão antigo quanto
nossa raça e mais fundamental do que nossa etnia. Os tipos de sangue não são uma
ocorrência ocasional da atividade genética. Cada novo tipo de sangue foi uma res-
posta evolutiva para uma série de reações cataclísmicas em cadeia, estendendo-se
ao longo de séculos de mudanças e cataclismas ambientais.
Embora as primeiras mudanças raciais pareçam ter ocorrido num mundo povoa-
do quase exclusivamente por pessoas do Tipo O, as diversificações raciais - com-
binadas com adaptações dietéticas, ambientais e geográficas - fizeram parte da
engenhosidade evolutiva que finalmente produziu os tipos sangüíneos.
Alguns antropólogos acreditam que classificar os seres humanos em raças leva
a uma supersimplificação. O tipo de sangue é de longe mais importante para de-
terminar a individualidade e a similaridade do que a raça. Por exemplo, um africa-
no e um caucasiano de Tipo A podem trocar sangue e órgãos e têm as mesmas
aptidões, funções digestivas e estruturas imunológicas - características que não
podem compartilhar com um membro de sua própria raça que seja do Tipo B.
As distinções raciais baseadas na cor da pele, costumes étnicos, lugar de nasci-
mento ou raízes culturais não são válidas para distinguir as pessoas. Os membros
da raça humana têm muito mais coisas em comum uns com os outros do que ja-
mais suspeitamos. Somos todos potencialmente irmãos. No sangue.
Atualmente, quando reexaminamos essa notável revolução evolutiva, fica cla-
ro que nossos ancestrais tinham esquema biológico próprio que se adequava a seus
ambientes. Essa é a lição que colhemos de nossos estudos sobre os tipos de san-
gue, pois as características genéticas de nossos ancestrais permanecem em nosso
sangue atual.
• Tipo O: o mais antigo e mais básico tipo de sangue, sobrevivente do topo da
cadeia alimentar, com um forte e agressivo sistema imunológico, capaz de des-
truir qualquer um, amigo ou inimigo.

IIM: Tipo Sangüíneo 29
• Tipo A: os primeiros imigrantes, forçados pela necessidade de se deslocar e
adaptar-se a dietas e modos de vida mais agrários, com uma personalidade
mais cooperativa para sobreviver em comunidades superpopulosas.
• Tipo B: o assimilador, que se adaptou a novos climas e à miscigenação de po-
pulações; representa a demanda da natureza por uma força mais equilibrada
entre as tensões da mente e as necessidades do sistema imunológico.
• Tipo AB: o delicado produto de uma rara mistura entre o tolerante Tipo A e o
anteriormente bárbaro porém mais equilibrado Tipo B.
Nossos ancestrais deixaram a cada um de nós um legado especial, impresso em
nosso tipo sangüíneo, Essa herança existe permanentemente nos núcleos de cada
célula. E aí que a antropologia e a ciência de nosso sangue se encontram.

DOIS
Código Sangüíneo
O Mapa do Tipo de Sangue
O
SANGUE É UMA FORÇA DA NATUREZA, O ÉLAN VITAL QUE NOS SUSTENTA desde tem-
pos imemoriais. Uma só gota de sangue, tão pequena que é invisível a olho
nu, contém o código genético completo de um ser humano. O mapa do DNAestá
intacto e se reproduz dentro de nós indefinidamente - por meio de nosso sangue.
Nosso sangue também contém milhares de anos de memória genética - peda-
ços de programação específica, transferidos desde nossos ancestrais, em códigos
que ainda estamos tentando decifrar. Um desses códigos está contido em nosso
tipo de sangue. Talvez esse seja o mais importante código que podemos decifrar
em nossa tentativa de desvendar os mistérios do sangue e seu papel vital em nossa
existência.
A olho nu, o sangue é um líquido vermelho homogêneo. Contudo, ao micros-
cópio, apresenta-se composto de muitos elementos diferentes. As abundantes
células sangüíneas vermelhas contêm um tipo especial de ferro que é usado para
conduzir oxigênio através de nosso corpo e dar a cor característica ao sangue. As
células sangüíneas brancas, bem menos numerosas do que as vermelhas, percor-
rem nossa corrente sangüínea como tropas sempre alertas, para proteger-nos con-
tra infecções.
Esse fluido complexo e vital também contém proteínas que liberam nutrien-
tes para os tecidos, plaquetas que contribuem para sua coagulação e plasma que
contém os guardiães de nosso sistema imunológico.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
elemento suspeito (por exemplo, um antígeno estranho de uma bactéria) uma das
primeiras coisas a que ele recorre é o antígeno do tipo de sangue para saber se o
intruso é amigo ou inimigo.
Cada tipo sangüíneo possui um antígeno diferente com sua estrutura química
especial. Seu tipo de sangue é determinado pelo antígeno de tipo sangüíneo que
você possui nas células vermelhas de seu sangue.
VOCE POSSUI ESTE(S) ANTIGENO(S)
SE VOCE TEM EIVI SUAS CÉLULAS
SANGUE TIPO A
SANGUE TIPO B B
SANGUE TIPO AB AB
SANGUE TIPO 0 NENHUM ANTÍGENO

Visualize a estrutura química dos tipos de sangue como antenas de vários ti-
pos, que se projetam da superfície de nossas células para o espaço profundo. Essas
antenas são constituídas de longas cadeias de um açúcar chamado fucose, que
formam o mais simples dos tipos sangüíneos, o Tipo O. Os primeiros descobrido-
res do tipo sangüíneo o chamaram de "O" para nos levar a associá-lo com a palavra
"zero" ou "ausência de antígeno". Essa antena também serve como base para os
outros tipos A, B e AB.
* O sangue Tipo A é constituído do antígeno O, ou fucose, e mais um outro
açúcar denominado N-acetil-galactosamina. Assim, fucose mais N-acetil-
galactosamina é igual a sangue Tipo A.
* O sangue Tipo B também se baseia no antígeno O ou fucose, com o acréscimo
de um outro açúcar, chamado D-galactosamina. Assim, fucose mais D-
galactosamina é igual a sangue Tipo B.
* O sangue Tipo AB baseia-se no antígeno O, fucose, e mais dois açúcares, N-
acetil-galactosamina e D-galactosamina. Portanto, fucose mais N-acetil-
galactosamina e D-galactosamina é igual a sangue Tipo AB.
A essa altura você deve estar querendo saber algo sobre outros identificadores,
tais como os fatores positivo e negativo, ou secretor/não-secretor. Normalmente,
quando uma pessoa informa qual é seu tipo sangüíneo ela diz "sou A positivo" ou

34 1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
minado antígeno estranho. Uma contínua bataíha se trava entre o sistema imunológico
e invasores que tentam modificar ou provocar mutações em seus antígenos de modo
que assumam uma nova forma que o corpo não reconheça. O sistema imunológico
reage a essa ameaça com um sempre crescente estoque de anticorpos.
Quando um anticorpo encontra o antígeno de um micróbio intruso, uma rea-
ção chamada de aglutinação ocorre. O anticorpo ataca o antígeno virótico e o torna
bem pegajoso. Quando as células, os vírus, os parasitas e as bactérias se aglutinam,
elas colam umas às outras e formam um grumo, o que torna mais fácil o trabalho de
expulsá-los. Como os micróbios confiam em seu astucioso poder de evasão, esse é
um mecanismo de defesa muito poderoso. É como algemar os criminosos uns aos
outros; eles se tornam bem menos perigosos do que quando podem se movimen-
tar livremente. Varrendo o sistema de células estranhas, vírus, parasitas e bacté-
rias, os anticorpos reúnem os indesejáveis para facilitara identificação e expulsão.
O sistema de antígenos e anticorpos do tipo sangüíneo tem outras ramifica-
ções além da detecção de micróbios e outros invasores. Há cerca de cem anos, o
Dr. Karl Landsteiner, um brilhante médico e cientista austríaco, também desco-
briu que os tipos de sangue produzem anticorpos para outros tipos de sangue. Sua
revolucionária descoberta explicou por que podemos doar sangue para algumas
pessoas e para outras não. Até a época do Dr. Landsteiner, as transfusões de san-
gue dependiam do acaso. Algumas vezes davam certo e outras não, e ninguém
sabia por quê. Graças ao Dr. Landsteiner, agora sabemos que os tipos de sangue
são reconhecidos como amigos por outros tipos de sangue, ou como inimigos.
O Dr. Landsteiner descobriu que:
• O sangue Tipo A conduz anticorpos anti-B. O Tipo B é rejeitado pelo Tipo A.
• O sangue Tipo B conduz anticorpos anti-A. O Tipo A é rejeitado pelo Tipo B.
Assim, as pessoas de Tipo A e de Tipo B não podem doar sangue umas às
outras.
• O sangue Tipo AB não possui anticorpos. Receptor universal, ele aceita qual-
quer outro tipo de sangue! Mas porque possui antígenos Ae B é rejeitado por
todos os outros tipos de sangue.
Assim, o Tipo AB recebe sangue de qualquer um, mas não pode doar sangue a
ninguém, a não ser que seja também um Tipo AB, naturalmente.
• O Tipo O possui anticorpos anti-A e anti-B. Os tipos A, B e AB são rejeitados.
Assim, o Tipo O não pode receber sangue de nenhum outro tipo que não seja

36 1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Sabemos disso devido a um fator chamado Íectina. As lectinas, abundantes e
variadas proteínas encontradas nos alimentos, têm propriedades de aglutinação
que afetam seu sangue. As lectinas são um poderoso meio de que dispõem os
organismos da natureza para se unirem a outros organismos. Grandes quantidades
de germes, e mesmo nosso próprio sistema imunológico, usam essa supercola em
seu benefício. Por exemplo, as células dos duetos biliares de nosso fígado têm
lectinas em suas superfícies para ajudá-las a capturar bactérias e parasitas. Bacté-
rias e outros micróbios têm lectinas em suas superfícies também, que funcionam
como ventosas, para que possam se fixar às escorregadias mucosas que revestem o
corpo. Muitas vezes as lectinas utilizadas por vírus ou bactérias são próprias para
um tipo de sangue, tornando-se uma persistente peste para pessoas com esse tipo
sangüíneo.
O mesmo acontece, também, com as lectinas dos alimentos. Em termos sim-
ples, quando você come um alimento que contém lectinas protéicas incompatí-
veis com o antígeno de seu tipo de sangue, as lectinas atingem um órgão ou siste-
ma corporal (rins, fígado, cérebro, estômago etc.) e começam a aglutinar células
sangüíneas nessa área.
Muitas lectinas dos alimentos têm características que são bastante semelhan-
tes ao antígeno de um certo tipo de sangue para torná-lo um "inimigo" de outro.
Por exemplo, o leite tem qualidades semelhantes ao Tipo B; se uma pessoa com
Tipo A o toma, seu sistema imediatamente inicia o processo de aglutinação para
rejeitá-lo.
Eis um exemplo de como uma íectina aglutina no corpo. Digamos que uma
pessoa de Tipo A come um prato de feijão. O feijão é digerido no estômago por
meio de um processo de hidrólise ácida. Contudo, a proteína lectínica resiste à
hidrólise ácida. Não é digerida, permanece intacta e pode interagir diretamente
com a membrana que reveste o estômago ou os intestinos, ou ser absorvida pela
corrente sangüínea juntamente com os nutrientes digeridos do feijão. Lectinas
diferentes atingem diferentes órgãos e sistemas do corpo.
Uma vez que se estabelece em algum local do corpo, a proteína lectínica intacta
produz um efeito magnético nas células dessa área. Ela aglutina essas células, que
passam a ser alvo de destruição, como se também fossem invasores estranhos.
Essa aglutinação pode causar síndrome de irritação intestinal ou cirrose hepática,
ou bloquear o fluxo do sangue nos rins - para citar apenas alguns dos efeitos.
Lectinas: Uma cola perigosa
Em 1978, numa rua de Londres, ocorreu a estranha morte de Gyorgi Markov,
assassinado por um agente do KGB soviético enquanto esperava um ônibus. Ini-

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
cortadas em fatias finas {bissel) e põe para fritar. Enquanto frita, a gordura derrete
e se transforma num excelente e puro óleo de frango. Damos esse óleo para as
crianças num pedaço de pão challah fresco com um pouco de sal. E tão gostoso que
você morre de comer!
Sim, sim, você poderia morrer mesmo, pensei sombriamente.
- Então - continuou a filha do rabino - você pega algunsgribbenes (espécie de
torresmo do frango), que é o que sobra quando se derrete a gordura. Eles são
ótimos, escuros e tostados com as cebolas carameladas, para comer com o kasha. E
mais gostoso do que batata frita. O rabino adora! A gordura de frango derretida é
misturada ao kasha e ao macarrão. É uma delícia!
Soube que esses são pratos hassídicos muito comuns e constituem a refeição
típica do Sabbath. Mas não era apenas uma refeição ritual, uma vez por semana,
para o rabino. Homem piedoso que passava a maior parte de seu tempo rezando, o
rabino se preocupava muito pouco com o que comia e simplesmente repetia a
mesma refeição duas vezes por dia, dia após dia.
Embora fizesse parte de uma tradição centenária, a dieta do rabino não era
uma boa escolha para pessoas de sangue Tipo B. As lectinas de alimentos como
frango, trigo-sarraceno, feijão e milho (sem falar nos gribbenes!) estavam provocan-
do a aglutinação de seu sangue e essa foi provavelmente a principal causa de sua
crise. Essas lectinas em particular podem bloquear os efeitos da insulina, o que
explica por que o diabetes do rabino Jacob tornou-se cada vez mais difícil de
controlar.
Sei que os judeus ortodoxos obedecem às leis do kashruth - kosher - antigos
princípios dietéticos do Velho Testamento da Bíblia. De acordo com essas leis,
certas comidas são proibidas e laticínios e carne nunca devem ser ingeridos na
mesma refeição. De fato, há potes, panelas, pratos e talheres separados para laticí-
nios e carnes nos lares kosher. E pias separadas para lavar esses utensílios, também.
Assim, abordei o assunto da mudança de dieta cuidadosamente com as duas
mulheres, não querendo romper o ritual religioso que significa tanto. Tive o cui-
dado também de não sugerir alimentos considerados impuros por sua tradição.
Felizmente, há substitutos disponíveis. Pedi à esposa do rabino Jacob para
variar a dieta da família, restringindo os pratos típicos do rabino a uma refeição
semanal no Sabbath. Para as outras refeições, pedi-lhe que preparasse cordeiro,
peixe ou peru em vez de frango; arroz ou painço em vez de kasha\ e que variasse o
tipo de feijão para fazer o cholent. Finalmente, prescrevi várias vitaminas e combi-
nações de ervas para apressar sua recuperação.
No decorrer daquele ano, o rabino conseguiu maravilhoso progresso. Dentro
de oito semanas estava andando e fazendo exercícios moderados, que ajudaram
muito a melhorar sua circulação. Ele apresentou notável vigor para um homem de

DOIS: Código Sangüíneo 43
sua idade e livrou-se dos efeitos de sua crise. Em seis meses estava mudando a
terapia com insulina injetável para oral - um considerável avanço, uma vez que
vinha tomando insulina injetável há anos. Não teve mais crises e seu diabetes
finalmente ficou sob controle.
O tratamento do rabino levou-me a considerar novamente como o conheci-
mento sobre o tipo de sangue é antigo e fundamental. Ele mostrou também que a
escolha de alimentos por razões religiosas ou culturais nem sempre é a mais saudá-
vel para uma pessoa dessa cultura! Uma tradição com cinco ou seis mil anos de
idade pode parecer digna de apreço pela antigüidade, mas muitas das característi-
cas de nossos tipos sangüíneos são milhares de anos mais antigas.
Quando você souber qual é sua dieta de tipo sangüíneo, aprenda uma lição
com o rabino. Essas dietas não tentam impor-lhe um rígido modelo de regime, ou
afastá-lo dos alimentos que são importantes para sua cultura. Ao contrário, elas são
um meio para manter completamente sua identidade mais básica - para fazê-lo
voltar às verdades essenciais que habitam em cada célula de seu corpo e ligá-lo a
seus ancestrais.

TRÊS
O Tipo Sangüíneo
Um Mapa Rodoviário
S
EU PLANO DE TIPO SANGÜÍNEO PERMITE-LHE AJUSTAR A INFORMAÇÃO SOBRE Saúde e
nutrição a seu perfil biológico exato. Com essa nova informação você pode
fazer opções sobre dieta, exercícios físicos e saúde em geral baseadas nas forças
naturais dinâmicas dentro de seu próprio corpo. As próximas quatro seções deste
livro fornecem dietas e programas de exercícios altamente especializados para
cada um dos tipos sangüíneos. A essas seções segue-se, na Parte III, uma completa
revolução das condições de saúde comuns, com os remédios e suscetibilidades
próprios de seu tipo de sangue. Se seguir cuidadosamente seu plano de tipo
sangüíneo, você pode:
• Evitar muitas infecções e viroses comuns.
• Perder peso, quando seu corpo se livrar de toxinas e gorduras.
• Defender-se contra doenças mortais como câncer, doenças cardiovasculares,
diabetes e cirrose hepática.
• Evitar muitos outros fatores que causam a rápida deterioração celular retar-
dando, assim, o processo de envelhecimento.
O plano de tipo sangüíneo não é uma panacéia, mas um meio de restaurar as
funções protetoras naturais de seu sistema imunológico, de acertar seu relógio
metabólico e de limpar seu sangue de perigosas lectinas aglutinantes. Ele é lite-
ralmente o melhor que você pode fazer para deter a rápida deterioração celular

46 1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
começaram a alterar mais ainda os alimentos e a afastá-los cada vez mais de seu
estado natural. Por exemplo, o refino do arroz com as novas técnicas de moagem
provocou na Ásia o flagelo da beribéri, uma doença causada pela deficiência de
niacina, que acarretou milhares de mortes.
Um exemplo mais atual foi a troca do leite materno pela alimentação artificial
em mamadeira que ocorreu nos países em desenvolvimento do Terceiro Mundo.
Essa mudança para uma fórmula altamente refinada e processada foi responsável
por inúmeros casos de desnutrição e diarréia e uma diminuição dos fatores
imunológicos naturais passados através do leite materno.
Atualmente, é bem aceito que a nutrição - ou os alimentos que comemos -
tem um impacto direto sobre o estado de nossa saúde e bem-estar geral. Mas
informações confusas, e muitas vezes conflitantes, sobre nutrição criaram um vir-
tual campo minado para os consumidores preocupados com a saúde.
Como decidir sobre o que é melhor e qual é a dieta correta? A verdade é que a
dieta certa não é uma opção nossa, assim como também não o é nossa cor de
cabelo ou sexo. Ela já foi escolhida para nós há milhares de anos.
Creio que muito da confusão é conseqüência de uma descuidada premissa de
que "uma mesma dieta serve para todos". Embora tenhamos visto com nossos
próprios olhos que certas pessoas reagem muito bem a determinadas dietas e ou-
tras não, nunca nos empenhamos - científica ou nutricionalmente - em estudar as
características particulares das populações ou indivíduos que possam explicar a
variedade de respostas a determinada dieta. Temos estado tão ocupados em exa-
minar as características dos alimentos que esquecemos de examinar as caracterís-
ticas das pessoas.
Sua dieta de tipo sangüíneo funciona porque você vai poder seguir um padrão
dietético claro, lógico, cientificamente pesquisado e confirmado, baseado em seu
perfil celular.
Cada dieta de tipo sangüíneo inclui dezesseis grupos de alimentos:
• Carnes e aves
• Peixes e outros frutos do mar
• Laticínios e ovos
• Óleos
• Frutas secas e sementes
• Feijões e leguminosas
• Cereais e farinhas
• Hortaliças
• Frutas
• Sucos
• Ervas, temperos e condimentos
• Chás de ervas
• Bebidas
• Bolos, pães e massas
Cada um desses grupos de alimentos está dividido em três categorias: ALTA-
MENTE BENÉFICOS, NEUTROS e Nocivos. Pense nessas categorias do seguinte modo:

TRÊS: O Tipo Sangüíneo 47
• Altamente benéfico é um alimento que atua como um remédio.
• Neutro é um alimento que atua como um alimento.
• Nocivo é um alimento que atua como um veneno.
Há uma ampla variedade de alimentos em cada dieta; portanto, não se preocu-
pe com as restrições. Quando possível, prefira os altamente benéficos em vez dos
neutros, mas sinta-se livre para apreciar os neutros que lhe agradam; eles não
prejudicarão você do ponto de vista das lectinas e contêm nutrientes que são
necessários para uma dieta balanceada.
No alto de cada categoria alimentar, vê-se um quadro semelhante ao seguinte:
Tipo de sangue 0 Semanalmente • Se seus ancestrais
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os frutos do mar 100-200g 1-4x 3-5x 4-6x
As sugestões de porções de acordo com os ancestrais não devem ser levadas ao
pé da letra. Minha intenção aqui é oferecer um meio de ajustar melhor ainda a
dieta ao que sabemos sobre nossos ancestrais em particular. Embora pessoas de
diferentes raças e culturas possam compartilhar um tipo de sangue, nem sempre
apresentam a mesma freqüência de genes. Por exemplo, uma pessoa de Tipo A
pode ser AA, ou seja, ter ambos os pais de Tipo A, ou AO, quando um dos pais é O.
Em geral, as pessoas de ancestrais caucasianos tendem a ter genes AA; as pessoas
de ancestrais africanos tendem a ter mais genes OO; e as pessoas de ancestrais
asiáticos tendem a ter mais genes BB ou AA. Essa é uma das razões porque os
descendentes de africanos têm intolerância à lactose, mesmo quando são do Tipo B
(um tipo de sangue que se beneficia com dietas à base de laticínios).*
Há também variações geográficas e culturais. Por exemplo, as pessoas com
ancestrais asiáticos não foram tradicionalmente expostas a laticínios, de modo que
os descendentes de asiáticos de Tipo B devem incorporar os laticínios mais lenta-
mente em suas dietas para adaptar seu sistema a eles.
Esses refinamentos também levam em conta as diferenças de peso e altura das
diversas pessoas. Utilize esses refinamentos se achar que eles são úteis; ignore-os
se concluir que não. De qualquer modo, tente formular seu próprio plano em
relação ao tamanho das porções.
* Notada Revisão Técnica: A cíassificação dos tipos de sangue pela genética acha-se no íivro A dieta que está no
sangue, do Dr. Sérgio Teixeira, onde codas as receitas incluem a culinária brasileira adaptada a cada tipo de
sangue.

48 1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
No final de cada dieta de tipo sangüíneo há três exemplos de cardápios e
várias receitas para lhe dar uma idéia de como incorporar a dieta em sua vida.
O fator de perda de peso
Ter excesso de peso era um anátema para nossos ancestrais, cujos corpos eram
máquinas que ingeriam e gastavam o combustível de que necessitavam. Atualmen-
te, a obesidade tornou-se um dos maiores problemas de saúde nas sociedades indus-
trializadas. Por essa razão, perder peso passou a ser uma obsessão e naturalmente
muitos dos pacientes estão interessados na questão de perda de peso em relação à
dieta do tipo sangüíneo. Sempre lhes digo que essa dieta não foi formulada especifica-
mente para diminuir o peso; ela foi feita com a intenção de otimizar o desempenho do
organismo. Dito isto, acrescento que a perda de peso é uma das conseqüências natu-
rais da restauração do corpo. Como a dieta do tipo sangüíneo é ajustada à composição
celular de seu corpo (ao contrário das dietas que são genéricas, recomendadas para
qualquer tipo), determinados alimentos podem lhe causar perda ou aumento de
peso, mesmo quando têm efeito diferente numa pessoa com outro tipo de sangue.
Meus pacientes geralmente me perguntam sobre as dietas que estão na moda.
As últimas são as ricas em proteínas, que entraram em declínio recentemente. Por
recomendar uma grande restrição de carboidratos, essas dietas forçam a queima
de gorduras para obter energia e a produção de cetonas, que indicam um alto nível
de atividade metabólica. Não me surpreende que os pacientes que me dizem
terem perdido peso com a dieta rica em proteína são geralmente de Tipo O e B.
Não há muitas pessoas de Tipo A dando-se bem com essa dieta; seu sistema não é
biologicamente ajustado para metabolizar carnes tão eficientemente quanto as de
Tipo O e B. As de Tipo AB também não costumam perder peso com dietas ricas
em proteína, pois essas dietas não são equilibradas em relação aos alimentos pró-
prios do Tipo A de que as pessoas de Tipo AB necessitam.
Por outro lado, os princípios da dieta macrobiótica, que recomenda o consumo
de alimentos naturais como hortaliças, arroz, todos os cereais, frutas e soja são
bem adequados aos de Tipo A, desde que comam os cereais e leguminosas indica-
dos para seu tipo.
Orientação básica: toda vez que você se deparar com uma nova dieta que diz
ser adequada a qualquer tipo de pessoa, desconfie. Preste atenção a seu tipo
sangüíneo. Valorize sua individualidade.
Falemos então sobre o potencial de cada dieta de tipo sangüíneo em relação à
perda de peso. Na verdade, o maior problema da maioria de meus pacientes é que
eles perdem peso rápido demais e tenho de fazer ajustes em suas dietas para dimi-
nuir o ritmo dessa perda. Perda de peso exagerada pode parecer o menor dos pro-

Essa é uma outra área em que há uma grande confusão e desinformação. Tomar
drágeas de vitaminas, minerais, preparados exóticos e tinturas de ervas tornou-se
popular nos dias de hoje. É difícil não se deixar seduzir pelo amplo espectro de
remédios expostos nas prateleiras de nossas drogarias. Prometendo energia, perda
de peso, alívio de dor, potência sexual, vigor, longevidade e poder mental — ao lado
da cura para dores de cabeça, resfriados, nervosismo, dor de estômago, artrite, fadiga
crônica, doenças do coração, câncer e todas as outras enfermidades conhecidas -
essas sedutoras panacéias parecem ser a resposta que sempre procuramos.
Mas como os alimentos, os suplementos nutricionais não atuam do mesmo
modo em todas as pessoas. Cada suplemento de vitamina, mineral e erva desem-
penha um papel específico em seu corpo. O remédio milagroso que seu amigo de
Tipo B elogia pode ser inerte ou mesmo nocivo para seu organismo de Tipo A.
Pode ser perigoso automedicar-se de suplementos vitamínicos e minerais -
muitos dos quais agem como drogas em seu corpo. Por exemplo, mesmo que pos-
sam ser adquiridas facilmente, as vitaminas A, D, K e B^ (niacina) não devem ser
tomadas sem controle médico.
Contudo, há muitas substâncias naturais nas plantas, chamadas fitoquímicos,
que são mais eficientes e menos prejudiciais que vitaminas e minerais. Seu plano
de tipo sangüíneo recomenda regimes fitoquímicos individualizados para cada tipo
de sangue.
Você talvez estranhe o termofitoquímicos. A ciência moderna descobriu que mui-
tos fitoquímicos, antes denominados "ervas", são fontes de altas concentrações de
compostos biologicamente ativos. Esses compostos estão amplamente dissemina-
dos em outras plantas, mas em muito menores quantidades. Muitos fitoquímicos -
que prefiro considerar como concentrados alimentícios - são antioxidantes e vários
deles muitas vezes mais poderosos do que as vitaminas. E interessante observar que
esses antioxidantes fitoquímicos apresentam um notável grau de preferência por
determinado tecido, o que não acontece com as vitaminas. Por exemplo, o cardo-
mariano (Silybum marianum) e o açafrão-da-terra (Curcuma longa) têm ambos uma
capacidade antioxidante centenas de vezes mais forte que a vitamina E e se deposi-
tam de preferência no tecido hepático. Essas plantas são muito benéficas para doen-
ças caracterizadas pela inflamação do fígado, como a hepatite e a cirrose.
Seu programa particular de vitaminas, minerais e fitoquímicos vai completar o
aspecto dietético de seu plano.
A conexão estresse/exercício
Não é somente a alimentação que determina seu bem-estar. Este depende
também de que seu corpo utilize os nutrientes para o bem ou para o mal. E aqui

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Se o que causou o estresse inicial continua, contudo, a capacidade de adapta-
ção do corpo ao estresse se esgota. Não funciona.
Ao contrário de nossos ancestrais, que enfrentavam estresses agudos intermi-
tentes, como a ameaça dos predadores ou a fome, vivemos num mundo de altas
pressões e ritmo acelerado que impõe estresse crônico e prolongado. Mesmo que
nossa reação ao estresse seja menos acentuada que a de nossos ancestrais, o fato
de acontecer continuamente pode tornar as conseqüências piores. Os especialis-
tas geralmente concordam que os estresses da sociedade contemporânea e as doen-
ças resultantes - no corpo, na mente e no espírito - são muito mais um produto de
nossa cultura industrializada e de um estilo de vida artificial.
As pressões artificiais e o estresse da sociedade tecnológica moderna exaurem
nossos mecanismos adquiridos de sobrevivência e nos esmagam. Nós nos torna-
mos social e culturalmente condicionados a suprimir e impedir a maioria de nossas
reações naturais. Hormônios do estresse estão sendo liberados para nosso sangue
em quantidades maiores do que podemos utilizar.
Qual é o resultado? As disfunções relacionadas ao estresse causam 50 a 80 por
cento de todas as enfermidades da vida moderna. Sabemos como é poderosa a
influência que a mente exerce sobre o corpo e este sobre a mente. O alcance total
dessas interações ainda está sendo investigado. Os problemas que se sabe serem
exacerbados pelo estresse e a conexão mente-corpo são as úlceras, hipertensão
arterial, doenças cardiovasculares, enxaquecas, artrite e outras doenças inflama-
tórias, asma e outras doenças respiratórias, insônia e outros distúrbios do sono,
anorexia nervosa e outros distúrbios da nutrição e uma variedade de problemas
de pele que vão da urticária ao herpes, do eczema à psoríase. O estresse é desas-
troso para o sistema imunológico, deixando o corpo exposto a milhares de enfer-
midades oportunistas.
No entanto, certos estresses, como a atividade física ou criativa, produzem
estados emocionais agradáveis, que o corpo identifica como uma experiência mental
ou física altamente prazerosa.
Embora cada de um nós reaja ao estresse de um modo particular, ninguém está
imune a seus efeitos, especialmente se são prolongados e indesejáveis. Muitas de
nossas reações internas ao estresse são antigas adaptações despertadas por nosso
corpo - os estresses ambientais que moldaram a evolução dos vários tipos de san-
gue. As cataclísmicas mudanças de lugar, clima e dieta imprimiram esses padrões
de estresse na memória genética de cada tipo sangüíneo e mesmo atualmente
determinam sua resposta interna ao estresse.
Meu pai. devotou os últimos trinta e cinco anos ao estudo dos padrões de estresse
e dos níveis de energia natural dos diversos tipos de sangue, além de palnejar
programas de exercícios especiais para cada tipo sangüíneo, que decorrem do per-

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
pantado quando vi as duas juntas. Eram mãe e fitha sem dúvida nenhuma. Possu-
íam exatamente os mesmos maneirismos e sotaque (embora Beverly fosse nova-
iorquina e sua filha californiana) e pareciam compartilhar o mesmo senso de hu-
mor. Surpreendentemente, a Filha de Beverly escolhera a mesma profissão que
sua mãe. Ambas eram gerentes de recursos humanos em suas empresas. Se jamais
houve uma prova de uma conexão genética para a personalidade, ela estava senta-
da em meu consultório.
Naturalmente compreendo que essa prova é casual e não científica. A maioria
das pesquisas sobre esse aspecto dos tipos sangüíneos é dessa natureza. Ainda
assim, a conexão nos intriga porque faz sentido que haja uma relação causai entre
o que ocorre no nível celular de nosso ser e nossas tendências mentais, físicas e
emocionais quando expressas por nosso tipo de sangue.
Mudanças evolutivas alteraram o sistema imunológico e o aparelho digestivo
dos seres humanos, resultando no desenvolvimento dos tipos sangüíneos. Mas os
sistemas de reação mental e emocional foram também alterados pelas mudanças
evolutivas, e, com essa alteração, comportamentos e padrões psicológicos muito
diferentes emergiram.
Cada tipo de sangue travou uma difícil e bem distinta batalha por sua existên-
cia há muitos anos. O intensamente individualista Tipo O fracassou lamentavel-
mente no ordeiro e cooperativo ambiente do Tipo A - um forte motivo para a
adaptação do tipo sangüíneo no primeiro lugar. Pode ser surpreendente descobrir
muitas dessas características ocultas em alguma área recôndita de nossa psique?
A crença de que a personalidade é determinada pelo tipo de sangue é tida em
alto conceito no Japão. Denominado ketsu-eki-gata, a análise de tipo sangüíneo é
um negócio sério nesse país. Gerentes de empresas levam em consideração o tipo
de sangue para contratar empregados, pesquisadores de mercado usam-no para
prever hábitos de consumo e a maioria das pessoas o utiliza para escolher amigos,
parceiros amorosos e cônjuges para toda a vida. Máquinas que realizam análise de
tipo sangüíneo instantânea estão espalhadas pelas estações de trem, lojas, restau-
rantes e outros lugares públicos. Há mesmo uma organização altamente conceitua-
da, a Sociedade ABO, dedicada a ajudar os indivíduos e as organizações a tomarem
as decisões certas, de acordo com o tipo sangüíneo.
O maior defensor da conexão tipo sangüíneo-personalidade é um homem cha-
mado Toshitaka Nomi, cujo pai foi o primeiro a defender essa teoria. Em 1980,
Nomi e Alexander Besher escreveram um livro intitulado You are your blood type,
que teve mais de 6 milhões de exemplares vendidos no Japão. Ele contém perfis
de personalidade e sugestões para os vários tipos sangüíneos — o que você deve
fazer para viver bem, com quem deve casar e as calamitosas conseqüências da
desobediência a esses conselhos.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Talvez daqui a algum tempo sejamos finalmente capazes de examinar algum
plano diretor; um mapa que nos mostrará como ir de um lugar a outro dentro de
nós mesmos. Mas talvez não. Há tantas coisas que não entendemos, e outras que
nunca chegaremos a entender. Mas podemos especular, refletir e considerar mui-
tas possibilidades. Foi por isso que nós, como uma espécie, desenvolvemos inteli-
gência tão aguda.
Esses elementos - dieta, controle de peso, suplementação dietética, controle
de estresse e qualidades pessoais - constituem os elementos essenciais de seu
plano de tipo sangüíneo. Consulte-os com freqüência quando começar a se fami-
liarizar com as características específicas de seu tipo sangüíneo.
Mas antes que você vá mais longe, sugiro que faça mais uma coisa: procure
saber qual é seu tipo de sangue!

QUATRO
Plano do Tipo Sangüíneo
Tipo O: O Caçador
• Carnívoro
• Aparelho digestivo forte
• Sistema imunológico superativo
• Intolerância a adaptações dietéticas e ambientais
• Reage melhor ao estresse com intensa atividade física
• Requer um metabolismo eficiente para permanecer magro e vigoroso
A dieta para o Tipo O
As pessoas de sangue Tipo O se dão bem com exercícios intensos físicos e
proteína animal. O aparelho digestivo de todos os que têm sangue Tipo O conser-
va a memória dos tempos antigos. A dieta rica em proteínas de caçador-coletor e as
enormes demandas físicas do sistema dos primitivos seres humanos de Tipo O
provavelmente manteve a maioria deles em um brando estado de cetose - uma
condição em que o metabolismo do corpo fica alterado. A cetose é o resultado de
uma dieta rica em proteína e em gordura que inclui poucos carboidratos. O corpo
metaboliza as proteínas e gorduras em cetoses, que são usadas em lugar dos açúca-
res numa tentativa de manter os níveis de glicose estáveis. A combinação de cetose,
falta de calorias e constante atividade física produziu uma magra e moderada má-
quina caçadora - a chave da sobrevivência da raça humana.
O

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
As recomendações dietéticas atuais geralmente desencorajam o consumo de
muita proteína animal, porque está provado que gorduras saturadas são um fator
de risco para doenças do coração e câncer. Naturalmente, a maior parte dos consu-
midores de carne atuais são gordos e estão intoxicados pelo uso indiscriminado de
hormônios e antibióticos. "Você é aquilo que você come" pode assumir um signi-
ficado ameaçador quando se está falando sobre o moderno suprimento alimentar
de carne.
Felizmente, carnes orgânicas e de animais alimentados em pasto natural estão
cada vez mais disponíveis. O sucesso da Dieta Tipo O depende do uso de carnes
de gado, aves e peixes magros, livres de produtos químicos.
As pessoas de Tipo O não digerem tão facilmente os laticínios e cereais quan-
to as dos outros tipos de sangue porque seu sistema digestivo ainda não está ple-
namente adaptado a eles. Afinal, você não precisa caçar e matar uma tigela de
trigo ou um copo de leite! Esses alimentos só se tornaram importantes na dieta
humana num período muito tardio do curso de nossa evolução.
O fator de perda de peso
Você perde peso inicialmente na Dieta Tipo O pela restrição do consumo de
cereais, pães, leguminosas e feijões. O fator principal de aumento de peso para
pessoas de Tipo O é o glúten encontrado no germe de trigo e em todos os produ-
tos derivados do trigo. Ele atua no metabolismo para criar o estado exatamente
oposto ao de cetose. Em vez de os manter magros e em estado de alto vigor, as
lectinas do glúten inibem o metabolismo da insulina, interferindo no uso eficien-
te das calorias para produzir energia. Comer glúten 6 como pôr o tipo errado de
aditivo em seu carro. Em vez de alimentar a máquina, ele a emperra. (Em menor
extensão o milho tem o mesmo efeito, embora não exerça tanta influência no
aumento de peso dos de Tipo O quanto o trigo.) Tenho visto pessoas gordas de
Tipo O, que até então não haviam obtido sucesso com outros regimes, perderem
rapidamente peso apenas eliminando o trigo de suas dietas.
Outros fatores contribuem para os de Tipo O aumentarem de peso. Certos
feijões e leguminosas, especialmente lentilhas e feijão-muiatinho, contêm lectinas
que se depositam nos tecidos musculares, tornando-os mais alcalinos e menos
"carregados" para atividades físicas. As pessoas de Tipo O são mais magras quando
seus tecidos musculares permanecem num estado de leve acidez metabólica. Nesse
estado, as calorias são utilizadas mais rapidamente. (Antes que faça extrapolações
para outros tipos sangüíneos, lembre-se de que cada tipo de sangue tem uma série
particular de fatores, A acidez metabólica não é boa para todo mundo.)

62 1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
CARNE VERMELHA
ESPINAFRE, BRÓCOLTS.
aumenta a eficiência do metabolismo
aumentam a eficiência do metabolismo
*É preferível obter o iodo de fontes como frutos do mar e algas, pois o sódio pode contribuir
para aumentara pressão sangüínea e a retenção de água.
INCORPORE ESSA ORIENTAÇÃO NO QUADRO TOTAL DA DIETA DO TIPO 0',' QUE SE SEGUE.
Tipo de sangue 0
Alimento
Carnes vermelhas
magras •
——;
CARNES E AVES
Semâííaiíhettié * Se sèifs ancestrais são
Africanos : Caucasianos Asiáticos
5-7x
" J'1 -1!' "i
ÍWx 3-5x
2-3x
i 10-17Dg (homens)
60-140g {mulheres
o crianças) ,
110-170g (homens) 1-2x
1400 (mulheres
e crianças)
* ds recomendações de porções são apenas uma orientação que pode ajudar no aperfeiçomento de sua
dieta, de acordo com as tendências ancestrais.
Coma carne magra de gado, cordeiro, peru e frango magros ou os peixes reco-
mendados tão freqüentemente quanto desejar. Quanto mais estressante for seu
trabalho ou maior o esforço exigido por seus exercícios físicos, maior será o teor de
proteínas que você precisa ingerir. Mas tome cuidado com o tamanho das porções.
Nossos ancestrais não se banqueteavam com bifes de meio quilo; a carne é muito
preciosa e escassa para isso. Tente consumir não mais que 170 gramas em cada
refeição.
Os de Tipo O podem digerir e metabolizar eficientemente carnes porque ten-
dem a possuir elevada quantidade de ácido estomacal. Este foi um componente
essencial para a sobrevivência dos primitivos de Tipo O. Contudo, você deve ter o
cuidado de equilibrar o consumo de proteínas de carnes com o de hortaliças e
frutas apropriadas para evitar a superacidificação, que pode causar úlceras e irritação
da mucosa estomacal.
Observação: se você é um Tipo O de origem africana, dê preferência a caças e
carnes vermelhas magras em vez de opções mais domésticas e com maior teor de

—-
CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 63
gorduras como cordeiro ou frango. O gene para o Tipo O desenvolveu-se na África
e seus ancestrais foram os Tipo O originais. Você será beneficiado se der preferên-
cia ao consumo de variedades de carnes que eram disponíveis a seus ancestrais
africanos.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Carne de boi, búfalo, carneiro, cordeiro, vitela, vísceras (fígado, coração, timo)
NEUTROS
Carne de avestruz, cabrito, cavalo, chester, coelho, faisão, frango, galinha-
d'angola, ganso, pato, perdiz, peru, pombo
NOCIVOS
Carnes defumadas e embutidas, carne de porco e derivados (bacon, lingüiça,
presunto, salame, salsicha etc.)
PEIXES E FRUTOS DO MAR
Tipo de sangue 0 Seraanialmenifi • S& seus ancestrais são
Alimento Porção • Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os frutos do mar 110-170g 1-1 :< 3-5x 4-6x
Os frutos do mar, as segundas entre as mais concentradas proteínas animais,
são mais adequados para os de Tipo O de origem asiática ou européia, uma vez que
eram produtos básicos da dieta de seus ancestrais do litoral.
Peixes de água fria ricos em óleo, como o bacalhau, o arenque e a cavala, são
excelentes para os de Tipo O. Certos fatores de coagulação do sangue desenvolve-
ram-se quando os seres humanos se adaptaram às mudanças ambientais e não eram
inerentes ao sangue dos primitivos de Tipo O. Por essa razão, os de Tipo O geral-
mente têm o sangue "fino", resistente à coagulação. Mesmo que tendam a tornar
o sangue mais fino, os óleos de peixe são muito benéficos para os de Tipo O.
Suspeito que isso se dá porque o modo como os genes de seu tipo sangüíneo
influenciam a "espessura" de seu sangue (por meio dos fatores de coagulação) é
diferente do modo como os óleos de peixe influenciam a viscosidade do sangue
(por meio da adesão das plaquetas). Os óleos de peixe podem também ser muito

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
eficazes no tratamento de inflamações intestinais, como a colite ou a doença de
Crohn, para as quais os de Tipo O são suscetíveis. Muitos frutos do mar são tam-
bém excelentes fontes de iodo, que regula a função da tiróide. Os de Tipo O têm
funções tiroidianas instáveis, o que causa problemas metabólicos e aumento de
peso.
Os frutos do mar devem ser um dos principais componentes da Dieta de
Tipo O.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Arenque, bacalhau, badejo, cavala, esturjão, linguado-branco, lúcio, merluza,
namorado, perca-amarela, perca-branca, robalo, salmão, sardinha, vermelho
NEUTROS
Agulhão-bandeira, albacora (espécie de atum), camarão, caranguejo, enguia,
eperlano (espécie de salmão), escargot, frade, hadoque, haliote (molusco), lagos-
ta, lagostim, linguado-cinzento, lula, mariscos, mexilhões, olhete, ostras, pampo,
pargo, perca-oceânica, perca-prateada, pescada, truta (rioe mar), vieira
NOCIVOS*
Arenque em conserva, atum, bagre, barracuda, búzio, cação, carpa, caviar, en-
chova, espadarte, garoupa, golfinho, halibute, ova de salmão, peixe-espada, pesca-
da-polaca, polvo, rã, salmão defumado, savelha, solha (espécie de linguado), tarta-
ruga, tilápia
LATICÍNIOS E OVOS
Tipo de sangue 0 Semanalmente * Se seus ancestrais são
; ' " * ~— v " •— ' " .••""
Alimento Porção Africanos Caueasianos
- ..... , ,. • , _• - = : • .. .;. ..- • .
Ovos 1 ovo 0
Queijos 5Qg : 0
Iogurte 10ü-150g 0
Leite 100-150a 0
• ; • •
* Vários destes peixes, apesar de serem adequados para o Tipo O, podem ter sofrido contaminações diversas,
tais como mercúrio ou pesticidas: atum, bagre, cação, carpa, enchova, espadarte, garoupa, golfinho, halibute,
savelha, solha (espécie de linguado) e tilápia.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
ÓLEOS
Tipo de sangue 0 Semanalmente • Se seus ancestrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Óleos Colher de sopa 1-5x 4-8x 3-7x
Os de Tipo O reagem bem aos óleos, os quais podem ser uma importante
fonte de nutrição e uma ajuda para a eliminação. Você pode aumentar o valor deles
para seu organismo se limitar seu consumo aos monossaturados, como os óleos de
oliva e de linhaça. Esses óleos são benéficos para o coração e as artérias e podem
até ajudar a reduzir o colesterol.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Azeite de oliveira extravirgem, óleo de linhaça
NEUTROS
Óleos de amêndoa, borragem, canola, fígado de bacalhau, gergelim, nozes
NOCIVOS
Óleos de açafrão, algodão, amendoim, coco, germe de trigo, girassol, milho,
prímula, rícino, soja
FRUTAS SECAS E SEMENTES
Tipo de sangue 0 Semanalmente • Se seus ancestrais sao
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Frutas secas e sementes 8-8 frutas secas 2-5x 3-4x 2-3x
Pastas de frutas secas Colher de sopa 3-4x 3-7x 2-4x
Os de Tipo O podem obter uma boa fonte suplementar de proteína vegetal
em algumas variedades de frutas secas e sementes. Contudo, esses alimentos não
devem de modo algum substituir carnes ricas em proteínas. Você com certeza não
precisa deles em sua dieta e deve consumi-los com muita moderação, pois são
ricos em gordura. Se pretende emagrecer, deve evitá-los.
Uma vez que as frutas secas às vezes causam problemas digestivos, procure
mastigá-las bem, ou use pastas de frutas secas, que são de mais fácil digestão,

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 67
especialmente se tem problemas no cólon, mais freqüentes em pessoas de
Tipo O,
ALTAMENTE BENÉFICOS
Nozes-de-natal, sementes de abóbora-moranga e de linhaça
NEUTROS
Amêndoas, avelãs, noz-hicória, noz-macadâmia, noz-pecã, pastas de amêndoas,
de gergelim (tahini) e de pecã, pinhão, sementes de açafrão e gergelim
NOCIVOS
Amendoim, castanha-do-pará, castanha-de-caju, castanha-portuguesa, faia,
lechia, pasta de amendoim e de semente de girassol, pistache, de girassol e de
papoula
FEIJÕES E LEGUMINOSAS
Tipo ds sangue 0 Semanalmente • Se seus ancestrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os tipos de
feijões e leguminosas
1 xícara, secos 1-2x 1-2x 2-6x
. li-
As pessoas de Tipo O não assimilam os feijões particularmente bem, embora
os que têm ancestrais asiáticos o façam melhor por serem culturalmente aclimatados
a eles. Em geral, os feijões inibem o metabolismo de outros nutrientes mais im-
portantes, como os encontrados na carne. Eles tendem também a tornar os teci-
dos musculares menos ácidos e os de Tipo O geralmente têm melhor desempe-
nho quando os tecidos musculares são um pouco mais ácidos. Não se deve confun-
dir isso com a reação ácido-alcalina que ocorre no estômago. Nesse caso, os poucos
feijões altamente benéficos são exceções. Eles promovem o fortalecimento do
aparelho digestivo e a cura de ulceraçoes - um problema das pessoas de Tipo O
provocado pelos altos níveis de acidez estomacal. Mesmo assim, coma feijões com
moderação, como um prato ocasional.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Feijão-azuki, feijão-fradinho, feijão-rajadinho

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
NEUTROS
Ervilhas em geral, favas, feijão-branco graúdo, feijão-de-corda, feijão-de-sojae
derivados (carne de soja, flocos de soja, leite de soja, missô, tempé, tofu), feijão-
jicama, feijão-manteiga, feijão-preto, feijão-tamarindo, feijão-verde, feijão-verme-
lho, grão-de-bico, tremoços, vagens
NOCIVOS
Feijão-branco miúdo, feijão-mulatinho, feijão-roxinho, lentilhas em geral
CEREAIS E FARINHAS
tipo de santoiíe D &aípnaimfirite • Se seus antestós são
_ :
Alimento Porção Africanos Caueasianos Asiáticos
, ! I
Todos os tipos de cereais i xícara, secos 2-3x 2-3x 2-4x
! I I Mi • I : :
Os de Tipo O não toleram os produtos de trigo integral e devem eliminá-los
completamente de sua dieta. Esses alimentos contêm lectinas que reagem contra
seu tipo sangüíneo, dificultam a atividade de seu aparelho digestivo e interferem
na absorção apropriada dos alimentos benéficos. Os alimentos à base de trigo são
um dos principais culpados pelo aumento de peso nas pessoas de Tipo O. Os
glútens do germe de trigo interferem nos processos metabólicos dos indivíduos de
Tipo O. O metabolismo lento ou deficiente faz com que o alimento se converta
em energia mais lentamente e assim seja armazenado como gordura.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Trigo germinado (pouco encontrado no Brasil)
NEUTROS
Amaranto (cereal pouco usado no Brasil), arroz em geral exceto arroz selva-
gem, farelo e farinha de arroz, de aveia e de centeio, espelta, kamut, painço, pão
de farinha de soja, quinoa (arroz miúdo do Peru), trigo-sarraceno e derivados como
o kasha (mingau de trigo-sarraceno)
NOCIVOS
Arroz selvagem, cevada, farinha de trigo branca e integral, farelo e germe de
trigo, granola, glúten, malte, musli, milho (e derivados inclusive flocos de milho,
fubá, maisena, óleo de milho, pipoca, polenta), semolina, sorgo

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 69
BOLOS, MASSAS E PÃES
Tipo de sangue 0 Semanalmente • Se seus ancestrais s ão
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Pães, bolachas 1 fatia 0-4x 0-2x 0-4x
Bolos 1 fatia 0-2x 0-1x ojjx
Obviamente pães e bolos são uma fonte de problemas para os de Tipo O, uma
vez que a maior parte deles é à base de trigo. A princípio pode ser difícil eliminar
pães, bolos e sanduíches da dieta; eles costumam ser itens básicos das refeições
diárias. Mesmo pães que não são feitos de trigo podem causar problemas para os
de Tipo O se eles os comem com muita freqüência; sua estrutura genética não é
adequada para a assimilação de grãos.
Constituem exceções o pão-essênio e o pão-de-ezequiel, feitos de grãos ger-
minados, que são assimilados pelos de Tipo O porque as lectinas do glúten (en-
contradas principalmente na casca das sementes) são destruídas pelo processo de
germinação. A diferença dos pães de grãos germinados produzidos comercialmen-
te, o pão-essênio e o pão-de-ezequiel são alimentos naturais com muitas enzimas
benéficas intactas.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Pão-essênio e pão-de-ezequiel (pães de trigo germinado pouco encontrados
no Brasil)
NEUTROS
Bolos, biscoitos, massas e pães de aveia, centeio, espelta, soja e trigo-sarraceno;
pão sem glúten
NOCIVOS
Bolos, biscoitos, massas e pães de farinha de trigo branca e integral, farinha de
milho, flocos de milho, bolo inglês, pão ázimo (matzo), pão de multicereais, pão
de trigo duro, semolina, cevada, farelo de trigo, germe de trigo, glúten, malte

70 1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
HORTALIÇAS
Tipo de sanpe D Dia/temente • IMos ajjgtipos ds ancas trais
Alimento Porção .
Cru
Cozido ,
••• f xfcara/temperádo 3-fex
• - , 1 xícara, togado 3-5x
Há um grande número de hortaliças adequadas para as pessoas de Tipo O e
elas são um importante componente da dieta. Você não deve, porém, simples-
mente comer todas as hortaliças indiscriminadamente. Várias espécies delas cau-
sam grandes problemas aos de Tipo O. Por exemplo, algumas hortaliças da família
das crucíferas - repolho, couve-de-bruxelas, couve-flor e mostarda - podem inibir
a função da tiróide, que já é um tanto deficiente nos de Tipo O.
Hortaliças ricas em vitamina K, como algumas variedades de couve, alface ro-
mana, brócolis e espinafre são muito boas para os de Tipo O. Essa vitamina tem
uma única finalidade - ajudar na coagulação do sangue. As pessoas de Tipo O,
como já dissemos, possuem vários fatores de coagulação diminuídos e precisam de
vitamina K para auxiliar nesse processo.
A atfafa contém componentes que, por irritarem o aparelho digestivo, podem
agravar problemas de hipersensibilidade nas pessoas de Tipo O. Os fungos de
certas variedades de cogumelos, bem como as azeitonas, tendem a provocar rea-
ções alérgicas nas pessoas de Tipo O. Todos esses alimentos são estranhos ao orga-
nismo de Tipo O, que não foi adaptado para digeri-los.
As solanáceas, como a berinjela e a batata-inglesa, podem causar artrite nos
indivíduos de Tipo O porque suas lectinas se depositam nos tecidos próximos das
articulações.
As lectinas do milho afetam a produção de insulina, provocando freqüentemente
diabetes ou obesidade. Todas as pessoas de Tipo O devem evitar o milho - espe-
cialmente se há problema de excesso de peso ou de diabetes na família.
O tomate é um caso especial. Suas poderosas lectinas, chamadas pan-
hemaglutinantes (o que significa que elas aglutinam todos os tipos de sangue),
são prejudiciais ao aparelho digestivo das pessoas de sangue Tipo A e B. As de
Tipo O, no entanto, podem comer tomates. Estes se tornam neutros em seu
organismo.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Abóbora-moranga, acelga, alcachofra, alface-romana, algas marinhas, batata-
doce, beterraba (folhas), brócolis, cebolas brancas e vermelhas, chicória, couve,

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 71
dente-de-leão, escarola, espinafre, nabo, pastinaca, pimenta-de-caiena, pimenta-
malagueta, quiabo, raiz-forte, salsa
NEUTROS
Abóbora-doce, abobrinha, ágar, agrião, aipo, aipo-rábano, alecrim, alface (exceto
romana), alho, aspargos, azeitonas (verdes), berinjela, beterraba, broto de bambu,
castanha-d'água, cerefólio, chucrute, coentro, cogumelos em geral (exceto
champignon e shiitake), couve-de-bruxelas, couve-nabo, endívia, ervilha, funcho,
gengibre, inhame, pimentões em geral, rabanete, repolhos em geral, rúcula, toma-
te, vagem
NOCIVOS
Alcaparra, alho-poró, azeitona preta, babosa, batata-inglesa, broto de alfafa,
champignon, cogumelo shiitake, couve-flor, junípero (zimbro), mostarda (folhas),
pepino, picles em salmoura ou no vinagre, ruibarbo, taioba
FRUTAS
Tipo de sangue 0 Diariamente • Todos os tipos de ancestrais
Alimento Porção
Todos os tipos de frutas
__j
1 fruta ou 100-150g 3-4x
Muitas frutas maravilhosas são adequadas para os de Tipo O. As frutas consti-
tuem não somente uma importante fonte de Fibras, vitaminas e minerais, mas
também uma excelente alternativa para pães e massas. Se você come um pedaço
de fruta em vez de uma fatia de pão, seu organismo é melhor alimentado - e ao
mesmo tempo você mantém seu regime de emagrecimento.
Você pode ficar surpreso ao encontrar algumas de suas frutas favoritas na lista
dos alimentos nocivos e algumas opções estranhas na dos altamente benéficos, A
razão por que ameixas frescas e secas e figos são tão benéficos a seu tipo de sangue
é que a maior parte das frutas de cor vermelha escura, azul e roxa tende a provocar
uma reação alcalina em vez de ácida em seu aparelho digestivo. O aparelho diges-
tivo das pessoas de Tipo O tem alto nível de acidez e precisa equilibrar a alcalini-
dade para reduzir úlceras e irritações da mucosa estomacal. Contudo, o fato de
uma fruta ser alcalina não significa que ela seja benéfica para você. Os melões
também são alcalinos, mas contêm um alto índice de fungos, a que os de Tipo O

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
são comprovadamente sensíveis. A maior parte dos melões deve ser consumida com
moderação e as variedades amarelo cantalupo e devem ser totalmente evitadas.
Laranjas, tangerinas e morangos devem ser evitados devido a seu alto teor de
ácido. A toranja (grapefruit) também é muito ácida, mas você pode comê-la com
moderação por suas propriedades alcalinas depois da digestão. A maioria das frutas
da família do morango (amoras, framboesas etc.) é benéfica, mas evite a amora-
negra, que contém uma lectina que perturba a digestão dos de Tipo O. Estes têm
também extrema sensibilidade ao coco e produtos que o contenham. Evite-os e
examine sempre o rótulo dos alimentos industrializados para ter certeza de que
não está consumindo óleo de coco. Esse óleo é rico em gordura saturada e pouco
nutritivo.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Ameixas em geral (frescas ou secas), bananas (exceto banana-da-terra), figos
(frescos ou secos), goiaba, jaca, manga
NEUTROS
Abacaxi, amora-silvestre, bagas de sabugueiro, caqui, carambola, cerejas em
geral, damasco, framboesa, fruta-pão, grapefruit, groselha, kumquat, lima, limão,
maçã, mamão, melancia, melões em geral (exceto amarelo e cantalupo), mirtilo,
nectarina, opúncia, pêra, pêssego, romã, tâmara, uvas (frescas e passas), vacínio
NOCIVOS
Abacate, amora-negra, banana-da-terra, coco e derivados, kiwi, laranja, maracujá,
melão amarelo, melão cantalupo, morango, pêra-asiática, ruibarbo, tangerina
Sucos
Tipo de sangue 0 Diariamente • Todos os tipos de ancestrais
Alimento :. -ÍB-" "JJ.^ -í. -aS f,r • P Porção. iSílflfcjifí
Todos os tipos de sucos
Água
250g
250g
2-3x
4-7 x
Devido a sua alcalinidade, sucos de hortaliças são mais indicados para os de
Tipo O que sucos de frutas. Se for tomar suco de fruta, escolha uma variedade
pobre em sacarose. Evite sucos ricos em açúcar como o de maçã ou a cidra.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
NOCIVOS
Bebidas destiladas em geral (cachaça, conhaque, rum, vodca, uísque etc.), café
normal e descafeinado, refrigerantes (dietéticos ou não)
O planejamento de refeições para o Tipo O
O asterisco (*) indica que a receita vem em seguida.
Os exemplos de cardápios e receitas que se seguem dão uma idéia de uma
típica dieta benéfica para as pessoas de Tipo O. Foram organizados por Dina Khader,
nutricionista com mestrado em ciências, que usou com sucesso a dieta do tipo de
sangue com seus pacientes.
Esses cardápios são moderados em calorias e balanceados para a eficiência
metabólica dos organismos de Tipo O. A pessoa incluída na média deve ser capaz
de manter um peso norma! e mesmo perder peso seguindo essas sugestões. Contu-
do, opções alternativas de alimentos são oferecidas se você prefere comida mais leve
ou deseja limitar sua ingestão de calorias e ainda consumir uma dieta balanceada,
satisfatória. (O alimento alternativo é relacionado ao lado do que ele substitui.)
Ocasionalmente você vai encontrar um ingrediente de uma receita que apare-
ce em sua lista de nocivos. Se é um ingrediente usado em pequena quantidade
(como uma pitada de pimenta), você pode ser capaz de tolerá-lo, dependendo de
sua condição e de você estar seguindo estritamente a dieta. Contudo, a seleção de
refeições e receitas foi feita para se adequar em geral muito bem às pessoas de
Tipo O.
Quando você estiver mais familiarizado com as recomendações para os de Tipo
O, certamente terá facilidade em criar seu próprio cardápio e ajustar receitas favo-
ritas às exigências de seu tipo sangüíneo.
O Grupo Editorial Elsevier Campus recomenda para os leitores brasileiros o
livro de receitas A dieta que está no sangue, do Dr. Sérgio Teixeira, no qual os pratos
típicos da cozinha brasileira foram adaptados às necessidades de cada tipo
sangüíneo.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
As recomendações que se seguem enfatizam os suplementos que ajudam a
atingir essas metas e também advertem contra os suplementos que podem ser
contraprodutivos ou perigosos para os organismos de Tipo O.
Certos minerais e vitaminas comuns são tão abundantes nos alimentos das
pessoas de Tipo O que normalmente não há necessidade de complementação.
Isso inclui a vitamina G e o ferro - embora não faça mal tomar um suplemento
de 500mg de vitamina G por dia. Não é preciso tomar suplemento de vitamina
D. Muitos alimentos são ricos nessa vitamina e sua melhor fonte de todas é a luz
do sol.
Todas essas recomendações são indicadas para quem aderiu à Dieta Tipo O.
BENÉFICOS
VITAMINA B
Meu pai descobriu que as pessoas de Tipo O se dão bem com um alto nível de
vitaminas do complexo B. Há uma boa razão para isso. Os de Tipo O têm metabo-
lismo lento - uma herança dos esforços de seus ancestrais para conservar a energia
durante períodos em que o alimento não estava imediatamente disponível. Os
indivíduos de Tipo O dos tempos modernos, por viverem em condições diferen-
tes, não têm necessidade dessa estratégia de conservação, mas esta continua na
memória de seu tipo sangüíneo. As vitaminas do complexo B podem superativar
seus processos metabólicos.
As pessoas de Tipo O que têm uma dieta correta quase nunca precisam de
uma suplementação especial de vitamina Bl2 ou ácido fólico. Tenho, porém, trata-
do com sucesso depressão, hiperatividade e déficit de atenção em muitos pacien-
tes de Tipo O usando altas doses de ácido fólico e vitamina B , além da Dieta
Tipo O e exercícios. Essas vitaminas são responsáveis pelo desenvolvimento do
DNA.
Se você pretende tomar um suplemento de vitaminas do complexo B, certifi-
que-se de que elas não são preparadas com substâncias prejudiciais. Se as pílulas
são comprimidas ou aglutinadas de forma incorreta podem dificultar a absorção
por seu organismo. Evite também o uso de fórmulas que contêm levedura ou ger-
me de trigo.
Finalmente, coma muitos alimentos ricos em vitaminas B.

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 85
MELHORES ALIMENTOS RICOS EM VITAMINAS B PARA O TIPO O
carne
fígado, rins,
músculo
*ovos
nozes
hortaliças verde-escuras
frutas
peixe
* Com moderação.
VITAMINA K
As pessoas de Tipo O têm baixos níveis de vários fatores de coagulação
sangüínea, o que pode ocasionar hemorragias. Certifique-se de que sua dieta é
rica em vitamina K. Uma vez que ela não é normalmente recomendada como su-
plemento, preste atenção para os alimentos que come e escolha aqueles que são
ricos nesse nutriente essencial para os de Tipo O.
fígado
gema de ovo
hortaliças verdes: brócolis, espinafre e acelga
CÁLCIO
As pessoas de Tipo O devem suplementar continuamente sua dieta com
cálcio, uma vez que a Dieta Tipo O não inclui laticínios, que são as melhores
fontes desse mineral. Devido à tendência das pessoas de Tipo O para ter proble-
mas de inflamações nas juntas e artrites, a necessidade de uma suplementação
de cálcio é evidente.
A suplementação de cálcio em altas doses (600-1. lOOmg de cálcio puro) pro-
vavelmente é necessária para todas as pessoas de Tipo O, mas é especialmente
indicada para as crianças com esse tipo de sangue durante os períodos de cresci-
mento (dos dois aos cinco anos e dos nove aos dezesseis), e para mulheres após a
menopausa.
Embora as fontes de cálcio que não são laticínios não sejam tão benéficas, as
pessoas de Tipo O podem utilizá-las como complemento de suas dietas.
MELHORES ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K PARA O TIPO O

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 89
elevada auto-estima. As pessoas de Tipo O reagem bem a exercícios pesados - de
quase todos os tipos.
As pessoas de Tipo O que desejam perder peso devem praticar exercícios físi-
cos intensos. Isto porque esse tipo de exercício torna o tecido muscular mais ácido
e intensifica a queima de gorduras no organismo. A acidez do tecido muscular é
um resultado da cetose, que, como vimos, era a chave do sucesso de nossos ances-
trais de Tipo O. Aposto que não houve um só Cro-Magnon gordo no planeta!
As pessoas de Tipo O que não expressam sua natureza física com atividade
apropriada em resposta ao estresse acabam sendo esmagadas durante o estágio de
exaustão da reação ao estresse. Esse estágio de exaustão caracteriza-se por várias
manifestações psicológicas causadas pela diminuição do ritmo do metabolismo,
tais como a depressão, a fadiga ou a insônia. Se não há mudança, você pode deixar
seu organismo vulnerável a numerosas doenças inflamatórias e auto-imunes como
a artrite e a asma, bem como a um significativo aumento de peso e a uma eventual
obesidade.
Os exercícios a seguir são recomendados para as pessoas de Tipo O. Dê espe-
cial atenção à duração das sessões. Para alcançar um efeito metabólico significati-
vo, você tem de elevar o ritmo de seu coração.
Você pode combinar alguns desses exercícios, mas tenha o cuidado de fazer
um ou vários deles pelo menos quatro vezes por semana para obter os melhores
resultados.

CINCO
Plano do Tipo Sangüíneo
Tipo A: O Cultivador
• O Primeiro Vegetariano
• Colhe o que Semeia
• Aparelho Digestivo Sensível
• Sistema Imunológico Tolerante
• Adapta-se Bem às Condições Dietéticas e Ambientais Sedentárias
• Reage Melhor ao Estresse com Atividade Relaxante
• Requer Dieta Vegetariana para Permanecer Magro e Produtivo
A dieta para o Tipo A
As pessoas de sangue Tipo A se dão bem com dietas vegetarianas - herança de
seus ancestrais agricultores, mais sedentários e menos guerreiros. Se você mora
nos Estados Unidos e tem sangue Tipo A, deve achar que é uma mudança muito
grande passar de sua alimentação à base de carne e batata para proteínas de soja,
cereais e hortaliças. Do mesmo modo, deve achar difícil eliminar alimentos exces-
sivamente processados e refinados, uma vez que nossas dietas civilizadas são cada
vez mais compostas de toxinas acondicionadas em belas embalagens. Contudo, é
muito importante que as pessoas de Tipo A consumam seus alimentos em estado
o mais natural possível: frescos, puros e orgânicos.
A

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 95
alimentar em particular é um bom exemplo de como diferentes alimentos reagem
de diferentes modos de acordo com seu tipo sangüíneo. O trigo é alcalino nos
organismos de Tipo O e ácido nos de Tipo A.
Além de comer uma ampla variedade de cereais e hortaliças saudáveis, po-
bres em gordura e balanceados, as pessoas de Tipo A devem dar preferência a
certos alimentos por seus efeitos benéficos e medicinais. Aqui vai uma rápida
orientação:
• Alimentos que estimulam o aumento de peso
CARNE VERMELHA difícil de digerir
armazenada como gordura
aumentam as toxinas digestivas
inibem o metabolismo dos nutrientes
interfere na ação das enzimas digestivas
diminui o ritmo metabólico
interfere na ação das enzimas digestivas
diminui o ritmo metabólico
inibe a eficiência da insulina
reduz a utilização das calorias
LATICÍNIOS
FEIJAO-MULATINHO
FEIJAO-MANTEIGA
TRIGO (em excesso)
• Alimentos que estimulam a perda de peso
ÓLEOS VEGETAIS estimulam a digestão
evitam a retenção de líquidos
estim ulam a digestão
aceleram o metabolismo
estimulam a digestão
aumentam a mobilidade intestinal
aumenta a utilização das calorias
aumenta a mobilidade intestinal
ALIMENTOS FEITOS DE SOJA
HORTALIÇAS
ABACAXI
INCORPORE ESSA ORIENTAÇÃO NO PLANO GERAL DA DIETA TIPO A, QUE SE SEGUE.

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 97
PEIXES E FRUTOS DO MAR
Tipo de sangue A Semanalmente • Se seus ancestrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os frutos do mar
recomendados
100g-170g Q-3x 1-4x 1-4x
As pessoas de Tipo A podem comer moderadas quantidades de frutos do mar
três ou quatro vezes por semana, mas devem evitar peixes de carne branca, como
os peixes da família do linguado. Eles contêm uma lectina que pode irritar o tubo
digestivo do Tipo A.
Se você é uma mulher de sangue Tipo A com uma tendência familiar para
câncer no pulmão, considere a possibilidade de introduzir escargots em sua dieta.
O escargot comestível Helixpomatia contém uma lectina poderosa que aglutina
especificamente as células do Tipo A que sofreram mutação para duas das mais
comuns formas de câncer pulmonar, como se verá no Capítulo 10. Essa é uma
espécie positiva de aglutinação; essa lectina controla as células doentes.
Os frutos do mar devem ser assados, cozidos ou escaldados para atingirem o
máximo de seu valor nutritivo.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Bacalhau, cavala, cherne, escargot, merluza, mero, perca-dourada, perca-pra-
teada, salmão, sardinha, truta arco-íris, vermelho
NEUTROS
Agulhão-bandeira, bacalhau-novo, bodião, caranha, eperlano, esturjão, gunelo,
haliote (molusco), lúcio, olhete, ova de salmão, pampo, pargo, peixe-lua, perca-
branca, perca (oceano), pescada, piraúna, rêmora, tainha, truta (rio e mar)
NOCIVOS*
Arenque (fresco e em conserva), atum, badejo, bagre, barracuda, beluga (es-
pécie de esturjão), búzio, cação, camarão, caranguejo, carpa, caviar, enchova, espa-
darte, enguia, garoupa, golfinho, hadoque, halibute, lagosta, lagostim, linguados
* Várias destes peixes, apesar de serem adequados para o Tipo A, podem ter sofrido contaminações diversas,
tais como mercúrio ou pesticidas: atum, bagre, cação, carpa, enchova, espadarte, garoupa, golfinho, halibute,
saveiha, solha (espécie de iinguado) e tilápia.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
de todos os tipos, lula, mariscos, mexilhões, ostras, polvo, rã, salmão defumado,
sável, savelha, solha (espécie de linguado), vieira, tartaruga, tilápia
LATICÍNIOS E OVOS
Típfl de sangue A Scmanatrçtènte * Se seus ancestrais são
Alimento Porção * Africanos Cauúasianos Asiáticos
:
Ovos
Queijos,
Iogurte
Leite
1 ovo :
SOg
10üg-170g
100g-170g
1-3x
> 1-3x
^ -
1-3x
Tf
0-4x
1 -3x
0
0-3x
n
u
As pessoas de Tipo A toleram pequenas quantidades de laticínios fermenta-
dos, mas devem evitar qualquer produto feito com leite integral e também limitar
o consumo de ovos. Isso vai exigir algum planejamento, uma vez que a dieta oci-
dental é baseada em ovo, manteiga e creme - bolos, tortas, biscoitos e sorvete são
os favoritos.
As opções para o Tipo A são iogurte, coalhada e creme azedo desnatado. O
leite de cabra é um bom substituto para o leite de vaca. E, naturalmente, o leite e
os queijos de soja são excelentes alternativas e muito benéficos para as pessoas de
Tipo A.
A maior parte dos laticínios não é digerível para os organismos de Tipo A- pela
simples razão de que o sangue Tipo A cria anticorpos para o açúcar principal do
leite integral - D-galactosamina. Como vimos no Capítulo 2, a D-galactosamina é
um açúcar essencial que, juntamente com a fucose, forma o antígeno Tipo B. Uma
vez que o sistema imunológico do Tipo A rejeita qualquer coisa semelhante ao
Tipo B, os anticorpos que ele cria para repelir os antígenos B também rejeitarão os
produtos de leite integral.
Se você é um Tipo A que sofre de alergias ou de problemas respiratórios, lem-
bre-se de que os laticínios aumentam muito a quantidade de muco que seu orga-
nismo secreta. As pessoas de Tipo A normalmente produzem mais muco do que as
de outros tipos de sangue, provavelmente porque necessitam da proteção extra
que o muco proporciona para seu sistema imunológico demasiadamente toleran-
te. Contudo, excesso de muco pode ser prejudicial, pois várias bactérias tendem a
se alimentar dele. Uma superabundância de muco leva inevitavelmente a reações
alérgicas, infecções e problemas respiratórios. Essa é uma outra boa razão para
limitar seu consumo de laticínios.

99
ALTAMENTE BENÉFICOS
Leite de soja,* queijo de soja (tofu)*
NEUTROS
Iogurte, leite de amêndoas, leite de cabra, manteiga de leite de búfala, ovos
de codorna, galinha, gansa e pata, quefir, queijo de cabra, queijo feta, mussarela,
ricota
NOCIVOS
Caseína, creme de leite, leite de vaca integral e desnatado, manteiga, margari-
na, queijos em geral (americano, blue cheese, brie, camembert, cheddar, colby,
cottage, edam, emmenthal, gouda, gruyère, jarlsberg, monterey jack, minas,
munster, neufchatel, parmesão, prato, provolone, roquefort, suíço), requeijão, soro
de leite, sorbet, sorvetes cremosos
ÓLEOS
Tipo de sangue  Semanalmente • Se seus ancestrais s 30
Alimento / orção Africanos Caucasianos Asiáticos
Óleos 1 colher de sopa 3-8x 2-6x 2-6x
Os organismos de Tipo A precisam de muito pouca gordura para funcionar
bem, mas uma colher de sopa de azeite de oliveira em saladas ou verduras no
vapor todo dia facilitará a digestão e a eliminação. Como uma gordura
monossaturada, o azeite de oliva também produz um efeito positivo em seu cora-
ção e pode reduzir o colesterol.
As lectinas de óleos como o de milho e o de açafrão causam problemas ao
aparelho digestivo de Tipo A - efeito exatamente oposto ao dos óleos benéficos.
Assim, dos óleos que são altamente benéficos, o de oliveira é mais saboroso e
mais adequado para cozinhar que o de linhaça.
* Laticínios alternativos.

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
ALTAMENTE BENÉFICOS
Azeite de oliveira extravirgem, óleo de groselha, óleo de linhaça,* óleo de nozes
NEUTROS
Óleo de açafrão, óleo de amêndoas, óleo de borragem, óleo de canola, óleo de
fígado de bacalhau, óleo de gergelim, óleo de germe de trigo, óleo de girassol, óleo
de prímula, óleo de soja, óleo de trigo
NOCIVOS
Óleo de amendoim, óleo de algodão, óleo de coco, óleo de milho, óleo de rícino
FRUTAS SECAS E SEMENTES
rz ^—: r? :
Tipo de sangue A Semanalmente r Se setis ancestrais são
E -.,.:•: .ilia.^: „.iJ- áfrl- M» • i - - -•-• - '.- *• i
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
• Frutas secas e sementes Pequeno punhado 4-6x 2-5x 4-6x
Pastas de frutas secas Colher de sopa 3-5x 1-4x 2-4x
Muitas frutas secas e sementes, como as de abóbora-moranga e as de girassol,
as amêndoas e as nozes-de-natal, podem fornecer uma suplementação positiva
para a Dieta Tipo A. Uma vez que as pessoas de Tipo A comem muito pouca
proteína animal, as frutas secas e sementes constituem uma importante fonte de
proteínas. Os amendoins são os mais benéficos. Goma-os freqüentemente porque
eles contêm uma lectina que combate o câncer. Coma também os amendoins com
pele (não com casca). As sementes de abóbora-moranga são igualmente muito be-
néficas.
Se você é um Tipo A e tem problemas com a vesícula biliar, limite-se a peque-
nas quantidades de pastas de frutas secas em vez das frutas secas integrais.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Amendoim, nozes-de-natal, pasta de amendoim, sementes de abóbora-moranga,
sementes de linhaça
* Homens propensos a câncer de próstata não devem utilizar o óleo de linhaça,

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 101
NEUTROS
Amêndoas e pasta de amêndoas, avelãs, castanha-portuguesa, gergelim e pasta
de gergelim (tahini), noz-macadâmia, noz-pecã e pasta de pecã, pinhão, sementes
de açafrão, gergelim, girassol e papoula
NOCIVOS
Castanha-de-caju, castanha-do-pará, pis tache
FEIJÕES E LEGUMINOSAS
. _ ____ | „ _ —; • •
Tipo fesangue A Semanalmente • Sé seus aftcèstrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os feijões 0 1 xícara, secos 4-7x 3-6x 2-5x
leguminosas recomendados
As pessoas de Tipo A se beneficiam com as proteínas vegetais encontradas em
feijões e leguminosas. Além de sua amiga soja e todos os seus produtos, muitos
feijões e leguminosas constituem uma fonte de proteínas. Saiba, porém, que nem
todos os feijões e leguminosas são bons para você. Alguns, como o feijão-mulatinho,
o feijão-manteiga, o feijão-branco miúdo e o grão-de-bico, contêm uma lectina
que causa uma diminuição da produção de insulina, o que é freqüentemente um
fator tanto da obesidade quanto do diabetes.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Feijão-azuki, feijão-fradinho, feijão-preto, feijão-soja e derivados (carne de soja,
missô, tempé, tofu), feijão-verde, feijão-rajadinho, lentilhas em geral, vagens
NEUTROS
Ervilhas, favas, feijão-branco graúdo, feijão-de-corda, feijão-jicama
NOCIVOS
Feijão-branco miúdo, feijão-manteiga, feijão-mulatinho, feijão-roxinho, feijão-
vermelho, grão-de-bico

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
CEREAIS E FARINHAS
Tipo dâ saiígue A Semanalmente • Se seus a^e^aís sf o
7, ,-,; ), " ,v .-.. : 'r..,,, r .,„'••_—. .T..: ; a-. -, . .Ü.. ... iin', —a ^— ii •— — ——-
Alimento Porção : . Africanos Gaucasianos Asiáticos
Cereais integrais 1 xícara, secas , 6-1 Ox 5-9x 4-8x
Massas í xícara, secas 3-5x 4-6x 3-5x
As pessoas de Tipo A geralmente se dão bem com cereais e podem comer
esses alimentos uma ou mais vezes ao dia. Prefira os cereais integrais aos cereais
processados e instantâneos. Introduza o trigo, a soja, o farelo de milho e a aveia
integral em sua dieta.
Se o seu organismo produz muito muco devido a asma ou infecções freqüen-
tes, restrinja o consumo de trigo, uma vez que esse cereal aumenta a produção de
muco. Você mesmo é quem vai estabelecer, por experiência, a quantidade de trigo
que pode comer.
Pessoas de Tipo A que gostam de comer alimentos à base de trigo devem ter o
cuidado de equilibrar a ingestão desse cereal, que é um alimento ácido, com ali-
mentos alcalinos (como as frutas). Não estamos falando aqui de ácido estomacal,
mas de equilíbrio ácido/alcalino em seus tecidos musculares. As pessoas de Tipo A
se sentem melhor quando seus tecidos estão ligeiramente alcalinos - em contras-
te direto com as de Tipo O. Enquanto nos organismos de Tipo O a parte interna
do grão de trigo é alcalina, nos de Tipo A ela se torna ácida.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Amaranto e trigo germinado (pouco usados no Brasil), farinha de arroz, farinha
de aveia, farinha de centeio, trigo-sarraceno e derivados, como o kasha (mingau de
trigo-sarraceno); massa de alcachofra
NEUTROS
Arroz em geral, aveia, centeio, cevada, espelta, glúten, milho, painço, quinoa
(arroz miúdo do Peru), sorgo, trigo e respectivas farinhas integrais e refinadas;
fubá, flocos de milho, kamut, mingau de aveia, painço, semolina, sorgo; granola de
aveia e centeio
NOCIVOS
Arroz-de-sete-cereais, farelo e germe de trigo, granola com trigo e castanha-
do-pará, teff (cereal africano)

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 103
BOLOS, MASSAS E PÃES
Tipo da sangua A
... . v .::
. .Semanalmente • «te.'sáus'arieestrais sEa
... ......... "
Ali/vento Porção Africanos ; Gaucasianos Asiáticos
Pães, bolachas 1 fatia 2-4x . 3-5x . 2-4x
Bolos 1 fatia , 1"2x íx
As recomendações de pães e bolos para as pessoas de Tipo A são semelhantes
às dos cereais. Geralmente são alimentos benéficos, mas se você produz muito
muco ou está com excesso de peso, essas condições tornam o trigo integral incon-
veniente. As farinhas de soja e de arroz são boas alternativas para você. Contudo,
lembre-se de que pães de trigo germinado comerciais muitas vezes contêm pe-
quena quantidade de trigo germinado e são feitos basicamente de trigo integral.
Leia o rótulo com os ingredientes.
As pessoas de Tipo A têm uma maravilhosa gama de opções em cereais e mas-
sas. Esses alimentos são excelentes fontes de proteína vegetal. Eles podem forne-
cer muitos dos nutrientes que o organismo de Tipo A não está mais recebendo de
proteínas animais. Mantenha-se à distância de produtos processados, como comi-
das congeladas, talharins preparados com molhos ou pacotes de arroz com vege-
tais; em vez disso, aproveite as vantagens nutricionais dos produtos de cereais
integrais. Asse seu próprio bolo, prepare sua própria massa ou cozinhe seu arroz,
usando ingredientes mais puros.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Bolo de arroz, pão de farinha de soja, pão-essênio, pão-de-ezequiel (pães de
trigo germinado pouco encontrados no Brasil)
NEUTROS
Bagels de trigo, bolos de milho, pão de arroz integral, pão de centeio 100%,
pão de espelta, pão sem glúten, pão de semolina, pão de trigo branco e integral,
painço
NOCIVOS
Bolo-inglês, bolos de trigo e farelo de trigo, pão altamente protéico, pão ãzimo
(matzos), pão de multicereais, pães de trigo duro

104 1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Tipè tíe sangue A

Porção
HORTALIÇAS
Diariamente • Se seus ancestrais são
* i
Africanos Caucasianos Asiáticos
Hortaliças cruas
Hortaliças cozidas
Produtos
1 xícara ;
1 xícara
í; 3-ex
1 -4x
1709-2209 1-6xpor
: : - - •!" ...
: semana semana
3-6X
4-6x por
; 2-2-5X
3-6x
5-7x por
semana
m
As hortaliças são vitais para a Dieta Tipo A, pois fornecem minerais, enzimas e
antioxidantes. Coma suas hortaliças em estado mais natural possível (cruas ou no
vapor) para preservar seus nutrientes.
A maior parte das hortaliças é apropriada para os organismos de Tipo A, mas há
alguns cuidados a serem tomados: as pimentas atacam o delicado estômago de
Tipo A, bem como os fungos nas azeitonas fermentadas. O Tipo A é também
muito sensível às lectinas da batata-inglesa, da batata-doce, do inhame e do repo-
lho. Evite os tomates, pois suas lectinas são fortemente prejudiciais ao aparelho
digestivo de Tipo A. Os tomates pertencem a um grupo de alimentos raros - os
chamados pan-hemaglutinantes. Isso significa que suas lectinas aglutinam todos
os tipos de sangue. Contudo, os organismos de Tipo O não produzem anticorpos
para os tomates, por isso, podem comê-los, assim como os de Tipo AB. Eles fazem
muito mal aos de Tipo A e de Tipo B, porém.
O brócolis é altamente recomendado por seus efeitos antioxidantes. Os ele-
mentos antioxidantes fortalecem o sistema imunológico e evitam a divisão celular
anormal. Outras hortaliças que são excelentes para as pessoas de Tipo A são ce-
noura, couve, abóbora-moranga e espinafre.
Use bastante alho. Ele é um antibiótico natural e estimulador do sistema
imunológico e faz bem a seu sangue. Todos os tipos sangüíneos se beneficiam com
o uso do alho, mas talvez o Tipo A obtenha mais benefícios que os outros, porque
seu sistema imunológico é vulnerável a numerosas doenças que o alho melhora.
Cebolas amarelas são também muito estimulantes do sistema imunológico. Elas
contêm um antioxidante chamado quercitina.
E, naturalmente, o tofu é a base da Dieta Tipo A. O tofu é um alimento
nutricionalmente completo que satisfaz e não é caro. Muitas pessoas do Oci-
dente têm uma aversão automática ao tofu. Acho que o verdadeiro problema do
tofu é o modo como é normalmente apresentado nos mercados, em grandes ba-

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 107
melões em geral exceto amarelo e cantalupo, morango, nectarina, pêra, pêssego,
tâmaras, uvas em gera! {frescas e passas)
NOCIVOS
Bananas em geral, coco e derivados, laranjas, mamão, manga, melão amarelo,
melão cantalupo, pêra-asiática, ruibarbo, tangerina
Sucos
Tipo de sangue A Diariamente * Todos os tipos de ancestrais
Alimento Porção
Todos os sucos
recomendados
Água com limão
Água
iSSIJS
220g
220g
220g
4-5x
§
1x (pela manhã)
1-3x
As pessoas de Tipo A devem começar o dia com um copo de água morna com
o suco de meio limão. Isso ajuda a reduzir o muco que se acumulou durante a
noite no aparelho digestivo mais preguiçoso do Tipo A e estimula a eliminação
normal.
Sucos de frutas alcalinas, tais como o suco concentrado de cereja-negra diluído
com água, devem ser tomados de preferência a sucos ricos em açúcar, que estimu-
lam mais a acidez.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Sucos das frutas e hortaliças recomendadas, especialmente abacaxi, aipo, ce-
noura, cereja-negra, grapefruit e limão
NEUTROS
Sucos das frutas e hortaliças recomendadas, especialmente cidra de maçã, maçã,
pepino, repolho, vacínio, uvas
NOCIVOS
Sucos das frutas e hortaliças consideradas nocivas, especialmente laranja, ma-
mão e tomate

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
PASTA DE TOFU
1 xícara de tofu, amassado
1 xícara de iogurte desnatado puro
1 colher (sopa) de azeite de oliveira extravirgem
suco de 1 limão
2 colheres (sopa) de cebolinha picada ou 1 xícara de escalônia
alho e sal para temperar
Coloque o tofu, o iogurte, o azeite de oliveira e o suco de limão num liqüi-
dificador e bata a alta velocidade até ficar macio. Acrescente a cebolinha ou a
escalônia e os temperos. Coloque numa tigela e ponha na geladeira. Se a mistura
estiver muito espessa para misturar bem, acrescente algumas gotas de água.
Sirva a pasta de tofu numa tigela de vidro no centro de uma travessa de horta-
liças frescas.
Rende aproximadamente três xícaras.
OMELETE DE TOFU
SOQg de tofu escorrido e amassado
5-6cogumelos (Pieurotus ostreatus), picados
250gde rabanetes-brancos ou vermelhos ralados
1 colher (chá) de xerez
1 colher (chá) de molho de soja tamari
1 colher (chá) de salsa fresca
1 colher (chá) de farinha de arroz integral
4 ovos ligeiramente batidos
1 colher (sopa) de óleo de canola ou azeite de oliveira extravirgem
Misture todos os ingredientes numa tigela, exceto o óleo. Aqueça o óleo numa
grande frigideira. Despeje metade da mistura e tampe a frigideira. Cozinhe em
fogo baixo durante aproximadamente 15 minutos até o ovo ficar cozido. Retire da
frigideira e conserve quente.
Repita o processo e use a mistura restante.
Rende três a quatro porções.

CINCO: Piano de Tipo Sangüíneo A 115
ALMÔNDEGAS DE PERU E TOFU
SOOg de carne peru moída
SOOg de tofu consistente
'/z xícara de farinha de castanha-portuguesa
1 'k xícara de farinha de espelta
1 cebola grande, em fatias finas
'A de xícara de salsa fresca, picada
2 colheres (chá) de sal marinho
4 colheres (sopa) de alho fresco esmagado
temperos permitidos de sua preferência
Misture bem. Deixe na geladeira durante uma hora. Faça pequenas bolas com
a mistura. Você pode fritá-las em óleo até ficarem coradas ou assar em forno de
180UC por aproximadamente 1 hora.
Rende quatro porções.
SALADA DE FE!]ÃO-DE-CORDA
SOOg de feijão -de-corda
suco de 1 limão
3 colheres (sopa) de azeite de oliveira extravirgem
2 dentes de alho esmagados
2 a 3 colheres (chã) de sal
Lave as vagens, frescas e macias do feijão-de-corda. Retire os talos e as fibras.
Corte em pedaços de 5 cm.
Cozinhe em bastante água até que fiquem macias. Escorra. Quando estiverem
frias, coloque numa tigela de salada. Tempere a gosto com o limão, o azeite de
oliveira, o alho e o sal.
Rende quatro porções,

CINCO: Piano de Tipo Sangüíneo A 117
Deixe o feijão de molho em água durante a noite. Jogue fora a água e enxágüe.
Acrescente 3 litros de água e ponha o feijão para ferver.
Escorra a água do feijão e acrescente o caldo de legumes. Ferva em fogo baixo.
Refogue a cebola, o aipo, o alho-poró, os temperos e o alho numa panela.
Acrescente esta mistura ao feijão e continue cozinhando. Amasse 1/8 de xícara
desta sopa para engrossar o caldo. Acrescente a escalônia no final para guar-
necer.
Rende aproximadamente oito porções.
PÂO DE DAMASCO
/ 'U de xícara de iogurte puro desnatado
1 ovo
1 xícara de geléia de damasco (suco da fruta adoçado)
2 xícaras de farinha de arroz integral
1 colher (chá) de canela em pó
1 colher (chá) de pimenta-de-caiena em pó
1 colher (chá) de noz-moscada em pó
1 'A de colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 xícara de damascos secos não sulfurados, picados
1 xícara de passas
Unte uma fôrma de pão de tamanho padrão e aqueça o forno a 180°C. Numa
tigela de tamanho médio, misture o iogurte, o ovo e a geléia. Acrescente 1 xícara
de farinha e metade das especiarias com o bicarbonato de sódio. Mexa até que a
massa fique uniformemente úmida.
Acrescente a farinha restante e as especiarias. Se a massa ficar muito dura,
acrescente um pouco de água fria ou leite de soja. Misture os damascos e as passas.
Coloque a massa na fôrma e asse por 40 a 45 minutos. Desenforme o pão e
deixe esfriar numa grelha de arame.
PEIXE À MODA ÁRABE
1 truta de bom tamanho (1,5a 2kg)
sal agosto
'A de xícara de suco de limão

1 2 A Dieta do Tipo Sangüíneo
2 colheres (sopa) de azeite de oliveira extravirgem
2 cebolas grandes, picadas e refogadas em azeite de oliveira extravirgem
2 a2'k xícaras de molho tahini (ver abaixo)
Lave o peixe e enxugue bem. Tempere com o sal e o limão. Deixe à parte por
30 minutos. Escorra o peixe. Coloque numa assadeira depois de pincelar com azei-
te. Asse em forno preaquecido por 30 minutos a 200°G.
Cubra com as cebolas refogadas e o molho tahini e acrescente uma pitada de
sal. Leve novamente ao forno e asse até que o peixe possa ser facilmente desfiado
com um garfo (de 30 a 40 minutos).
Sirva o peixe numa travessa guarnecida com salsa e fatias de limão.
Rende seis a oito porções.
MOLHO TAHINI
1 xícara de tahini (pasta de gergelim)
suco de 3 limões
2 dentes de alho, esmagados
2a 3 colheres (chá) de sal
'A de xícara de salsa desidratada ou fresca bem picadinha
Numa tigela, misture o tahini com o limão, o alho, o sal e a salsa. Acrescente
água suficiente para fazer um molho espesso.
Rende aproximadamente duas xícaras.
PEIXE ASSADO
1 truta de bom tamanho (la l,5kg) ou outro peixe
suco de limão e sal a gosto
!A de xícara de azeite de oliveira extravirgem
1 colher (chá) de pitnenta-de-caiena (opcional)
1 colher (chá) de caminho (opcional)
Lave o peixe. Tempere com o sal e o suco de limão. Acrescente as especiarias
se desejar. Reserve por Vz hora. Escorra.

CINCO-. Plano de Tipo Sangüíneo A 119
Cubra o peixe com o azeite de oliveira e coloque numa assadeira. Para evitar
que o peixe fique ressecado, cubra-o com uma folha de alumínio, ligeiramente
untada com óleo. Asse em forno preaquecido a 180°C por 30 a 40 minutos, ou até
que o peixe fique tenro e facilmente desfiável.
Rende quatro a cinco porções.
COM RECHEIO (OPCIONAL)
1!3 de xícara de pinhões ou amêndoas picadas
2 colheres (sopa) de azeite de oliveira extravirgem
1 xícara de salsa picadinha
3 dentes de alho esmagados
sal e pimenta-de-caiena a gosto
Refogue as amêndoas em azeite de oliveira até ficarem douradas. Acrescente a
salsa e as especiarias e refogue por um minuto. Recheie o peixe cru com a mistura.
Rende quatro a cinco porções.
SALADA DE ESPINAFRE
2 molhos de espinafre fresco
1 molho de escalônia, picada
suco de um. limão
'ü de colher (sopa) de azeite de oliveira extravirgem
sal e pimenta a gosto (opcional)
Lave bem o espinafre. Escorra e pique. Tempere com sal. Após alguns minu-
tos, retire o excesso de água. Acrescente a escalônia, o suco de limão, o azeite, o sal
e a pimenta. Sirva imediatamente.
Rende seis porções.
Suplementos recomendados para o Tipo A
O papel dos suplementos - sejam eles vitaminas, minerais ou ervas -é acres-
centar os nutrientes que estão faltando em sua dieta ou fornecer proteção extra
quando você precisar. A suplementação do Tipo A concentra-se em:

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
para sua absorção. Em geral, as pessoas de Tipo A toleram o gluconato de cálcio,
dão-se bem com citrato de cálcio e melhor ainda com o lactato de cálcio.
MELHORES ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO PARA O TIPO A
FERRO
A Dieta Tipo A é pobre em ferro, que é encontrado com maior abundância em
carnes vermelhas. A mulher de Tipo A, especialmente as que têm menstruação
abundante e prolongada, deve ter especial cuidado para manter o suprimento de
ferro no organismo.
Se você necessita de suplementação de ferro, faça-o com supervisão médica,
de modo que exames de sangue possam acompanhar seu progresso.
Em geral, usa-se a menor dose possível e evita-se longos períodos de
suplementação. Tente evitar preparados com ferro puro, tais como o sulfato de
ferro, que irrita seu estômago. Em vez disso, formas mais suaves de suplementação,
como o citrato de ferro ou o melado, podem ser usadas. O Floradix, um suplemen-
to líquido de ferro e ervas, é altamente assimilável pelas pessoas de Tipo A.
MELHORES ALIMENTOS RICOS EM FERRO PARA O TIPO A
cereais integrais
feijões
figos
melado de cana
ZINCO [comprecaução]
Descobri que uma pequena quantidade de suplementação de zinco (3mg/dia)
geralmente faz uma grande diferença na proteção das crianças contra infecções,
especialmente as de ouvido. A suplementação de zinco, porém, é uma faca de dois
gumes. Enquanto doses pequenas e periódicas aumentam a imunidade, doses
maiores e durante período mais prolongado diminuem essa imunidade e podem
interferir na absorção de outros minerais. Cuidado com o zinco! Ele é um produto
iogurte salmão enlatado com espinhas brócoiis
leite de soja sardinhas com espinhas espinafre
ovos
leite de cabra

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
colateral. Se dependesse de mim, o extrato de pilriteiro seria usado para enrique-
cer os cereais do desjejum, tal como se faz com as vitaminas.
ERVAS QUE AUMENTAM A IMUNIDADE. Devido ao fato de o sistema imunológico das
pessoas de Tipo A ser vulnerável a infecções que comprometem a imunidade,
ervas que a fortalecem, como a equinãcea {Echinaceapurpurea), podem ajudar a
evitar resfriados e a aumentar a vigilância do sistema imunológico contra o câncer.
Muitas pessoas tomam a equinácea em forma líquida ou em comprimidos. Ela está
amplamente difundida. A erva chinesa huang-ki {Astragalus membranaceous) é tam-
bém tomada como um tônico do sistema imunológico, mas não é tão fácil de ser
encontrada. Em ambas as ervas os princípios ativos são açúcares que atuam como
elementos mitogênicos que estimulam a proliferação dos glóbulos brancos do san-
gue, os quais atuam na defesa do sistema imunológico.
ERVAS CALMANTES. As pessoas de Tipo A podem usar relaxantes suaves de ervas,
como a camomila e a raiz de valeriana, que agem como fatores antiestressantes.
Essas ervas podem ser encontradas em forma de chás que devem ser tomados
freqüentemente. A valeriana tem um odor acre que na verdade se torna agradável
quando você se acostuma com ele. As vezes corre um boato nas lojas de produtos
naturais de que a valeriana é a forma natural do Valium (diazepam), um tranqüili-
zante só vendido com receita médica. E mentira. A valeriana deve esse nome a um
imperador romano que teve a infelicidade de ser capturado numa batalha contra
os persas. Morto, empalhado, pintado de vermelho e exibido em um museu persa,
Valeriano é feliz por ter alguma coisa com seu nome.
QUERCITINA. A quercitina é um bioflavonóide encontrado abundantemente em
vegetais, especialmente as cebolas amarelas. Os suplementos de quercitina são
facilmente encontrados em lojas de produtos naturais, geralmente em cápsulas de
100 a 500mg. A quercitina é um antioxidante poderoso, centenas de vezes mais
potente que a vitamina E, Pode ser um acréscimo valioso na estratégia da preven-
ção do câncer nas pessoas de Tipo A.
CARDO-MARIANO (Silybum marianum). Como a quercitina, o cardo-mariano é um
antioxidante eficaz com a propriedade adicional de atingir altas concentrações no
fígado e nos duetos biliares. As pessoas de Tipo A podem sofrer distúrbios de
fígado e da vesícula biliar. Se sua família tem casos de problemas no fígado, pân-
creas ou vesícula biliar, considere a adoção de um suplemento de cardo-mariano
(fácil de encontrar em lojas de produtos naturais) em sua dieta. Os pacientes que
estão tratando um câncer com quimioterapia devem usar um suplemento de car-
do-mariano para proteger seu fígado de efeitos colaterais.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 125
BROMELAÍNA (enzima do abacaxi). Se você tem sangue Tipo A e sofre de edemas
ou outros efeitos da dificuldade de absorção de proteínas, tome um suplemento
de bromelaína. Esta enzima tem uma moderada capacidade de decompor as pro-
teínas dietéticas, ajudando assim o aparelho digestivo do organismo de Tipo A a
assimilar melhor as proteínas.
SUPLEMENTOS PROBIÓTICOS. Se a Dieta Tipo A é nova para você, você pode achar
que a adaptação a uma dieta vegetariana é desconfortável e produz muitos gases e
inchações. Um suplemento probiótico pode conter esses efeitos por fornecer a
bactéria "boa" encontrada no aparelho digestivo. Procure um suplemento probiótico
rico em "fator bifidus", pois essa linhagem de bactérias é mais adequada para o
organismo Tipo A.
Nocivos
VITAMINA A E BETACAROTENO
Meu pai sempre evitou dar betacaroteno a seus pacientes Tipo A, dizendo que
essa substância irritava seus vasos sangüíneos. Eu questionava suas observações, pois
nunca tinham sido documentadas. Muito a.o contrário, as evidências indicavam que
o betacaroteno pode evitar doenças nas artérias. Contudo, recentemente surgiram
estudos que sugerem que o betacaroteno em altas doses pode agir como um pró-
oxidante, apressando a deterioração dos tecidos em vez de detê-la. Talvez a observa-
ção de meu pai esteja correta, pelo menos em relação às pessoas de Tipo A. Se for
assim, talvez as pessoas de Tipo A devam desistir dos suplementos de betacaroteno
e, em vez disso, consumir altos níveis de carotenóides em sua dieta.
Uma advertência: quando envelhecemos, nossa capacidade de assimilar vita-
minas solúveis em gordura pode diminuir. Os idosos de Tipo A se beneficiariam
com pequenas doses de vitamina A (10.000 UI diariamente) para ajudar a com-
pensar os efeitos da idade sobre o sistema imunológico.
MELHORES ALIMENTOS RICOS EM CAROTENO PARA O TIPO A
espinafre
brócolis

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Perfil estresse/exercícios para o Tipo A
A capacidade de reverter os efeitos negativos do estresse está em seu tipo
sangüíneo. Como demonstramos no Capítulo 3, o estresse em si mesmo não é um
problema; o problema está é no modo como você reage ao estresse. Cada tipo de
sangue tem um modo instintivo, distinto, geneticamente programado de superar
o estresse.
As pessoas de Tipo A reagem à primeira fase do estresse - a do alarme -
intelectualmente. Flashes carregados de adrenalina disparam em seu cérebro,
produzindo ansiedade, irritabilidade e hiperatividade. Quando os sinais de
estresse atingem seu sistema imunológico, você se torna mais fraco. A alta sen-
sibilidade de seu sistema nervoso gradualmente enfraquece seus delicados
anticorpos protetores. Você está demasiadamente fatigado para lutar contra as
infecções e bactérias que estão esperando para atacá-lo como crocodilos arras-
tando uma presa intoxicada.
Se, porém, você adotar técnicas relaxantes, como a ioga ou a meditação, pode
obter grandes benefícios contendo o estresse negativo com concentração e relaxa-
mento. As pessoas de Tipo A não reagem bem ao confronto contínuo e precisam
considerar e praticar a arte do silêncio como um talismã calmante.
Se as pessoas de Tipo A permanecerem em seu estado de tensão natural, o
estresse pode produzir doenças do coração e várias formas de câncer. Os exercícios
que acalmam e facilitam a concentração são o remédio para tirar as pessoas de
Tipo A das garras do estresse.
O tai chi chuan, uma espécie de boxe chinês ritualístico e em câmara lenta, e
a hatha ioga, o antigo sistema de alongamento indiano, são práticas que acalmam e
promovem a concentração. Exercícios isotônicos moderados, como caminhar, na-
dar e andar de bicicleta são apropriados para as pessoas de Tipo A. Quando reco-
mendo exercícios relaxantes, isto não significa que você não possa suar. O segredo
está realmente em seu envolvimento mental com a atividade física.
Por exemplo, exercícios e esportes fortemente competitivos vão apenas exau-
rir sua energia nervosa, torná-lo cada vez mais tenso e deixar seu sistema
imunológico exposto a doenças.
Os exercícios a seguir são recomendados para as pessoas de Tipo A. Preste
bastante atenção à duração das sessões. Para conseguir um significativo relaxa-
mento da tensão e a recuperação da energia, você precisa realizar estes exercícios
três ou quatro vezes por semana.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 127
r _ . . , _ _ _
EXERCÍCIO DURAÇÃO FREQÜÊNCIA
ii. ,—. i —. •-„,- •;ti,„: •" _J
Tai chi 30-45 min 3-5x por semana
Hatha ioga 30 min 3-5x por semana
Artes marciais 60 min 2-3x por semano
Golfe 60 min 2-3x por semana
Caminhada rápida 20-40 min 2-3x por semana
Natação 30 min ' 3-4x por semana
Dança 30-45 min 2-3x por semana
Aeróbtca de baixo impacto 30-45 min 2-3x por semana
Alongamento 15 min 3-5x por semana
ju Ü
Orientação para os exercícios do Tipo A
O tai chi chuan, ou tai chi, é um exercício que aumenta a flexibilidade do
movimento corporal. Os lentos, graciosos e elegantes gestos do tai chi chuan
parecem imitar os rápidos golpes, bloqueios e defesas dos pés e das mãos numa
luta. Na China, o tai chi é praticado diariamente por grupos que se reúnem em
praças públicas para realizar os movimentos em conjunto. O tai chi pode ser uma
técnica de relaxamento muito eficaz, embora exija concentração e paciência para
dominá-la.
A ioga também é benéfica para o padrão de estresse das pessoas de Tipo A.
Ela combina a retidão interior com o controle da respiração e posturas destina-
das a permitir uma concentração total sem distrações provocadas por preocupa-
ções com o mundo exterior. A hatha ioga é a forma mais comum de ioga praticada
no Ocidente.
Se você aprender as posturas básicas da ioga, pode estabelecer a série que
melhor se ajusta a seu modo de vida. Muitas pessoas de Tipo A que adotaram a
técnica de relaxamento iogue me disseram que não saem de casa antes de praticar
esses exercícios.
Contudo, alguns pacientes alegaram ter receio de que a prática da ioga seja
contrária a suas crenças religiosas. Eles temem que a prática da ioga implique que
adotem o misticismo oriental. Eu respondo: "Se você come uma comida italiana,
você se torna um italiano?" A meditação e a ioga são aquilo que você faz delas.
Visualize e medite sobre assuntos que são relevantes para você. As posturas são
neutras; são apenas movimentos antigos de comprovado valor.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Técnicas simples de relaxamento iogue
A ioga começa e termina com relaxamento. Contraímos os músculos constan-
temente, mas raramente pensamos em fazer o contrário - soltá-los e relaxar. Pode-
mos nos sentir melhor e ter mais saúde se regularmente nos livrarmos das tensões
descarregadas nos músculos pelos estresses e pressões da vida.
A melhor posição para o relaxamento é deitar de costas para baixo. Deixe os
braços e as pernas numa posição confortável para os quadris, ombros e costas. O
objetivo do relaxamento profundo é levar seu corpo e sua mente para um estado
de calma reconfortante, do mesmo modo como um agitado lago eventualmente se
torna tranqüilo.
Comece com a respiração abdominal. Quando um bebê respira, é o abdome
que se move, e não o peito. No entanto, muitos de nós, quando crescemos, adota-
mos inconscientemente o antinatural e ineficiente hábito de restringir-nos à res-
piração peitoral. Um dos objetivos da ioga é torná-lo consciente do verdadeiro
centro da respiração. Observe o padrão de sua respiração. Sua respiração é rápida,
superficial e irregular ou vo_cê tende a prender a respiração? Permita que sua respi-
ração volte a um padrão mais natural - completa, profunda, regular e sem constrição.
Tente isolar apenas seus músculos de respiração mais baixa; veja se pode respirar
sem mover o peito. Os exercícios de respiração são sempre feitos suavemente e
sem qualquer esforço. Coloque uma das mãos em seu umbigo e sinta o movimento
de sua respiração. Relaxe seus ombros.
Comece o exercício expulsando todo o ar. Quando inalar, imagine que um grande
peso, como um pesado livro, está em cima de seu umbigo e que com sua inalação
você está tentando levantar esse peso imaginário até o teto.
Então, quando exalar, deixe simplesmente que esse peso imaginário pressione
seu abdome, ajudando-o a exalar. Expulse mais ar para fora do que o faz normal-
mente, como se quisesse "extrair" mais ar de seus putmões. Isto vai atuar como
um alongamento iogue do diafragma e ajuda a relaxar a tensão neste músculo. Faça
seus músculos abdominais participarem do exercício. Quando inalar, dirija o ar
para baixo bem profundamente como se estivesse levantando um peso imaginário
até o teto. Tente coordenar e isolar completamente a respiração abdominal, sem
movimentar o peito ou as costelas.
Mesmo que você realize mais exercícios aeróbicos durante a semana, tente
integrar o relaxamento em sua rotina para melhor administrar seu padrão de
estresse.

SEIS
Plano do Tipo Sangüíneo
Tipo B: O Nômade
• Equilibrado
• Sistema imunológico forte
• Sistema digestivo tolerante
• Opções dietéticas mais flexíveis
• Consumidor de laticínios
• Reage melhor ao estresse com criatividade
• Requer um equilíbrio entre a atividade física e a mental para permanecer ma-
gro e forte
A dieta para o Tipo B
O Tipo O e o Tipo Aparecem estar em posições diametralmente opostas em
muitos aspectos. Mas o Tipo B pode ser melhor qualificado como idiossincrásico
- com características totalmente únicas e às vezes camaleônicas. Em muitos
aspectos, o Tipo B se assemelha tanto ao Tipo O, que os dois parecem aparenta-
dos. Então, de repente, o Tipo B assume uma forma totalmente diferente -
particularmente sua. Pode-se dizer que o Tipo B representa um refinamento
sofisticado no caminho da evolução, um esforço para reunir povos e culturas
divergentes.
B

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 131
Em geral, os resistentes e alertas indivíduos de Tipo B normalmente são capa-
zes de resistir a muitas das mais graves doenças comuns na vida moderna, como as
doenças do coração e o câncer. Mesmo quando eles contraem essas doenças, têm
maior probabilidade de sobreviver a elas. Contudo, devido ao fato de os organis-
mos de Tipo B serem um tanto excêntricos, seus sistemas parecem mais vulnerá-
veis a disfunções raras do sistema imunológico, como a esclerose múltipla, o lúpus
e a síndrome da fadiga crônica (ver Capítulo 9).
De acordo com minha experiência, a pessoa de Tipo B que segue cuidadosa-
mente a dieta recomendada pode geralmente evitar doenças graves e ter uma vida
longa e saudável.
A Dieta Tipo B é equilibrada e saudável e inclui uma ampla variedade de
alimentos. Segundo meu pai, ela aproveita "o melhor dos reinos animal e vegetal".
O fator de perda de peso
Para as pessoas de Tipo B, os principais fatores de aumento de peso são milho,
trigo-sarraceno, lentilhas, amendoins e sementes de gergelim. Cada um desses
alimentos tem uma lectina diferente, mas todas afetam a eficácia de seu processo
metabólico, provocando fadiga, retenção de líquidos e hipoglicemia- uma acen-
tuada baixa de açúcar no sangue depois das refeições. Meus pacientes com
hipoglicemia geralmente me perguntam se devem seguir o conselho comum se-
gundo o qual se deve comer várias pequenas refeições ao longo do dia a fim de
evitar a queda do nível de açúcar no sangue. Não aconselho tal prática. Acho que o
principal problema não é quando eles comem, mas o que comem. Certos alimen-
tos provocam uma queda no nível de açúcar no sangue - especialmente nos orga-
nismos de Tipo B. Quando você elimina esses alimentos e começa a ingerir a dieta
correta para seu tipo, o nível de açúcar em seu sangue permanece normal depois
das refeições. A desvantagem de comer várias vezes pequenas refeições durante o
dia é que isso interfere nos sinais naturais de fome de seu corpo; você pode ter a
impressão de estar sempre faminto - o que não é uma situação favorável para
quem está tentando perder peso.
As pessoas de Tipo B são semelhantes às de Tipo O em sua reação ao glúten
existente no germe de trigo e nos produtos de trigo integral. A lectina do glúten
contribui para os problemas causados por outros alimentos que tornam mais lento
o metabolismo. Quando o alimento não é bem digerido e queimado como com-
bustível para o corpo, ele é armazenado como gordura.
Em si mesmo, o glúten do trigo não prejudica tão seriamente os organismos de
Tipo B quanto o faz com os de Tipo O. Contudo, quando você acrescenta trigo à

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
mistura de milho, lentilhas, trigo-sarraceno e amendoins, o resultado é tão preju-
dicial quanto se você fosse um Tipo O. As pessoas de Tipo B que desejam perder
peso devem evitar definitivamente o trigo.
Quando esses alimentos são evitados, ao lado de outros que contêm lectinas
tóxicas, tenho constatado que as pessoas de Tipo B controlam sem problema seu
peso. Você não tem nenhuma barreira fisiológica natural para a perda de peso,
como os problemas de tiróide que podem atrapalhar as pessoas de Tipo O. Nem é
propenso a distúrbios digestivos. Tudo o que você precisa fazer para perder peso é
manter sua dieta.
Algumas pessoas se surpreendem com o fato de as pessoas de Tipo B não se-
rem propensas a problemas com o controle de peso, uma vez que os laticínios são
recomendados em sua dieta. E claro que se você se exceder na ingestão de alimen-
tos ricos em calorias, certamente vai aumentar de peso! Mas o consumo moderado
de laticínios na verdade ajuda as pessoas de Tipo B a manterem o equilíbrio meta-
bólico. Os verdadeiros culpados são os alimentos que inibem o uso eficiente da
energia e promovem o armazenamento das calorias em forma de gordura.
Estes são os principais pontos a destacar para a perda de peso das pessoas de
Tipo B:
• Alimentos que estimulam o aumento de peso
MILHO inibe a eficácia da insulina
TRIGO
TRIGO-SARRACENO
AMENDOIM
LENTILHA
SEMENTES DE GERGELIM
prejudica o ritmo metabólico
causa hipoglicemia
inibe a absorção adequada dos nutrientes
prejudica a eficácia metabólica
causa hipoglicemia
prejudica a eficácia metabólica
causa hipoglicemia
inibe o funcionamento do fígado
prejudicam a eficácia metabólica
causam hipoglicemia
inibem a digestão
prejudica a eficácia metabólica
causa hipoglicemia
torna mais lentos os processos digestivo e meta-
bólico e faz com que o alimento seja armazena-
do como gordura e não consumido em forma de
energia inibe a eficácia da insulina

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
lectina aglutinante do sangue Tipo B em seu tecido muscular. Se você está acostu-
mado a comer mais frango que carne vermelha, pode comer outras aves como o
peru ou o faisão. Embora eles sejam semelhantes ao frango em muitos aspectos,
nenhum dos dois contém a lectina perigosa.
Essas informações sobre o frango estão perturbando muitas pessoas porque
ele é um componente fundamental da dieta de muitas etnias. Além disso, difun-
diu-se a informação de que as pessoas deviam comer frango em vez de carne ver-
melha porque é mais "saudável". Mas aqui temos um outro exemplo de como uma
orientação dietética não serve para todos. O frango pode ser mais magro (embora
nem sempre) do que a carne vermelha, mas a questão não é essa. A questão é o
poder que uma lectina aglutinante tem de prejudicar sua circulação sangüínea e
potencialmente provocar ataques e doenças imunológicas. Assim, mesmo que o
frango seja um alimento apreciado, insisto que você comece a perder o hábito de
consumi-lo.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Carne de cabrito, carneiro, coelho, cordeiro
NEUTROS
Carne de avestruz, boi, búfalo, faisão, fígado (bezerro), peru, vitela
NOCIVOS
Carne de cavalo, codorna, coração (boi), frango, galinha-d 'angola, ganso, pato,
perdiz, pombo, porco e derivados (bacon, lingüiça, presunto, salame, salsicha etc.),
todas as carnes processadas industrialmente
PEIXES E FRUTOS DO MAR
Tipo de sangue B Semanalmente • Se seus ancestrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os frutos do mar 110-170fl 4-6x
|; ... • .. .: ;...••:•
3-5x 3-Sx
recomendados
As pessoas de Tipo B se dão bem com os frutos do mar, especialmente peixes
de alto-mar como o bacalhau e o salmão, que são ricos em óleos nutritivos. Peixes
de carne branca, como o o cherne, são excelentes fontes de proteínas de alta quali-

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 135
dade para os organismos de Tipo B. Evite todos os crustáceos e moluscos - caran-
guejo, lagosta, camarão, mexilhão etc. Eles contêm lectinas destruidoras para os
organismos de Tipo B. É interessante observar que muitos dos primeiros tipos B
eram tribos judaicas que proibiam o consumo de mariscos. Talvez essa lei dietética
fosse um reconhecimento de que os mariscos são de difícil digestão para os orga-
nismos de Tipo B.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Bacalhau, badejo, cavala, caviar, cherne, esturjão, frade, hadoque, lúcio, lúcio-
novo, pargo, perca (oceano) salmão, sardinha, sável, truta (mar)
NEUTROS
Agulhão-bandeira, albacora (espécie de atum), arenque fresco e defumado,
bacalhau-novo, eperlano (espécie de salmão), haliote (molusco), lula, merluza,
pampo, peixe-lua, perca-branca, dourada e prateada, pescada, piraúna, rêmora,
tainha, truta arco-íris, vermelho, vieira
NOCIVOS*
Atum, bagre, barracuda, beluga (espécie de esturjão), búzio, cação, camarão,
caranguejo, carpa, enchova, enguia, escargot, espadarte, garoupa, golfinho,
halibute, gunelo, lagosta, lagostim, mariscos, mexilhões, olhete, ostras, pescada-
polaca, polvo, rã, salmão defumado, savelha, solha (espécie de linguado), tarta-
ruga, tilápia
LATICÍNIOS E Ovos
Tipo de sangue B Semanalmente « Se seus ancestrais sã a
Alimento Porção Africanos Caucasianos . Asiáticos
Ovos 1 ovo 3-4x 3-4x 5-6x
Queijos 50 g 3-4x 3-5x 2-3x
• Iogurte 110-170g 0-4x 2-4x 1-3x
Leite 110-170g 0-3x 4-5x 2-3x
* Vários destes peixes, apesar de serem adequadas para o Tipo B, podem ter sofrido contaminações diversas,
rais como mercúrio ou pesticidas: atum, bagre, cação, carpa, enchova, espadarte, garoupa, golfinho, halibute,
savelha, solha (espécie de linguado) e tilápia.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
O Tipo B é o único tipo sangüíneo que pode desfrutar plenamente de várias
formas de laticínios. Isso se deve ao fato de que o açúcar principal do antígeno do
Tipo B é a D-galactosamina, o mesmo açúcar do leite. Os laticínios foram intro-
duzidos na dieta humana no auge do desenvolvimento do tipo de sangue B, ao
lado da domesticação dos animais. (A propósito, os ovos não contêm a lectina que
é encontrada no tecido muscular do frango.)
Contudo, há idiossincrasias ancestrais que mancham o quadro. Se você é
descendente de asiáticos, pode terá princípio dificuldade de adaptação aos lati-
cínios - não porque seu organismo os rejeite, mas porque sua cultura os rejeita.
Os laticínios foram introduzidos na Ásia com a invasão das hordas mongólicas.
Para a mente asiática, os laticínios eram alimentos de bárbaros e portanto não
apropriados para se comer. O estigma permanece até hoje, embora haja grande
número de pessoas de Tipo B na Ásia cuja dieta baseada em soja é prejudicial a
seus organismos.
As pessoas de Tipo B descendentes de africanos devem ter também dificulda-
de de adaptação aos laticínios. O Tipo B não é comum na África e muitos africanos
têm intolerância à lactose.
Essas intolerâncias não devem ser confundidas com alergias. As alergias são
reações imunológicas que levam seu sangue a produzir um anticorpo para o ali-
mento. As intolerâncias são problemas digestivos que você pode ter com certos
alimentos. As intolerâncias são causadas por migração, assimilação cultural e ou-
tros fatores - por exemplo, quando indivíduos de Tipo B migraram para a África,
onde os laticínios não são componentes importantes da dieta.
O que você pode fazer? Se você tem intolerância à lactose, comece usando um
preparado da enzima lactase, que facilita a digestão dos laticínios. Então, depois
que estiver seguindo sua Dieta Tipo B há várias semanas, lentamente introduza
os laticínios, começando com produtos fermentados como iogurte e coalhada, que
são melhor tolerados que produtos feitos com leite fresco, como sorvete, leite
integral e requeijão. Descobri que os tipos B intolerantes à lactose geralmente
conseguem incorporar os laticínios depois de terem corrigido todos os problemas
de sua dieta.
Alimentos derivados da soja geralmente são recomendados como substitutos
dos laticínios. Você pode comê-los, mas eles não lhe trazem tantos benefícios quanto
o fazem para as pessoas de Tipo A. Parte de minha preocupação ao recomendar
soja para pessoas de Tipo B se deve ao perigo de que elas a utilizem como prato
principal, em vez de comer carne, peixe e laticínios, alimentos que são realmente
necessários para que os organismos de Tipo B gozem de boa saúde.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 137
ALTAMENTE BENÉFICOS
Iogurtes em geral, leite de arroz, leite de cabra, leite de vaca integral, desnata-
do ou semidesnatado, quefir, queijo cottage, queijo de cabra, queijo feta, queijo
minas, queijo tipo mussarela, queijo prato, ricota
NEUTROS
Caseína, clara e gema de ovo de galinha, leite de amêndoas, leite de soja e
derivados (tofu, carne de soja etc.), manteiga comum, manteiga cremosa de búfala,
queijos brie, camembert, cheddar, colby, edam, emmenthal, gouda, gruyère,
jarlsberg, monterey, munster, parmesão, provolone, roquefort, suíço, requeijão,
sorbet, soro de leite, sour cream
NOCIVOS
Blue cheese, margarinas em geral, ovos de codorna, gansa e pata, queijo ame-
ricano, queijo cavalo, sorvete cremoso
ÓLEOS
Tipo de sangue B Semanalmente • Se seus ancestrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Óleos 1 colher de sopa 3-5x 4-6x 5-7x
Introduza o azeite de oliveira extravirgem em sua dieta para facilitar a diges-
tão e a eliminação. Use pelo menos uma colher de sopa por dia. A ghee, uma
manteiga preparada à moda indiana, também pode ser usada para cozinhar. Evite
os óleos de gergelim, girassol e milho, que contêm lectinas prejudiciais ao apare-
lho digestivo do Tipo B.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Azeite de oliveira extravirgem
NEUTROS
Óleo de amêndoa, óleo de fígado de bacalhau, óleo de germe de trigo, óleo de
groselha, óleo de Itnhaça,* óleo de nozes, óleo de prímula
* Homens devem evitar óleo de iinhaça em caso de risco de câncer de próstata.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
NOCIVOS
Óleo de açafrão, óleo de algodão, óleo de amendoim, óleo de borragem, óleo
de canola, óleo de coco, azeite-de-dendê, óleo de gergelim, óleo de girassol, óleo
de milho, óleo de uva, óleo de rícino, óleo de soja
FRUTAS SECAS E SEMENTES
Tipo de sangue 8 Semanalmente « Se seus ancestrais são
Alimento Porção . Africanos Caucasianos Asiáticos
Frutas secas e sementes 6-8 unidades 3-5x 2-5x 2-3x
Pastas de frutas secas 1 colher de sopa 2-3x 2-3x 2-3x
A maioria das frutas secas e sementes não faz bem às pessoas de Tipo B. O
amendoim e as sementes de gergelim e de girassol, entre outras, contêm lectinas
que interferem na produção de insulina dos organismos de Tipo B.
Pode ser difícil para os asiáticos de Tipo B excluírem as sementes de gergelim
e os produtos baseados no gergelim de sua dieta, mas, neste caso, seu tipo sangüíneo
deve falar mais alto que sua cultura.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Noz-negra
NEUTROS
Amêndoas (e também leite de amêndoas e pasta de amêndoas), castanha-
portuguesa, castanha-do-pará, faia, lichia, nozes-de-natal, noz-hicória, noz-
macadâmia, noz pecã e pasta de peca, sementes de linhaça
NOCIVOS
Amendoim e pasta de amendoim, avelãs, castanha-de-caju, pinhão, pistache,
semente de abóbora-moranga, semente de açafrão, semente de gergelim e pasta
de gergelim (tahini), semente de girassol e pasta de semente de girassol, semente
de papoula

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 139
TipodfisatigusB
— I-~—: :— ' " " II I 'IÍ I'I
FEIJÕES E LEGUMINOSAS
... ." ••;.•; ~ .. .• .•—B .. .
• Semanalmente Se seus ancesjgais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
' " : • :: J: ' " : ——
li",
Todos os feijões e 1 xícara, secos 3-4x 2-3x
leauminftsas
ii 4-5x
leguminosas
. recomendados
As pessoas de Tipo B podem comer alguns feijões e leguminosas, mas muitos
deles, como lentilha, grão-de-bico, feijão-rajadinho e ervilha, contêm lectinas que
interferem na produção de insulina.
Geralmente, os asiáticos de Tipo B toleram feijões e leguminosas melhor do
que as pessoas de Tipo B de outras origens porque estão culturalmente adaptados
a eles. Mesmo os asiáticos, porém, devem limitar sua escolha desses alimentos
àqueles que são altamente benéficos e comê-los em pequenas porções.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Feijão-branco miúdo, feijão-manteiga, feijão-mulatinho, feijão-soja vermelho
NEUTROS
Ervilhas, feijão-branco graudo, feijão-de-corda, feijão-roxinho, feijão-verde,
feijão-vermelho, feijão-soja comum, feijão-jicama, vagem
NOCIVOS
Feijão-azuki, feijão-fradinho, feijão-preto, feijão-rajadinho, grão-de-bico, len-
tilhas
CEREAIS E FARINHAS
• •
fíptude sangue B Semarwlrtieníe * Se seus ancestrais sao j
Alimente Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os cereais 1 xícara, secos 2-3x 2-4x 2-4x I
Quando um indivíduo de Tipo B está em boas condições - isto é, seguindo os
princípios fundamentais da dieta - o trigo pode não causar problemas. Contudo,

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
esse cereal não é bem tolerado pelos organismos de Tipo B. O trigo contém uma
lectina que adere aos receptores da insulina nas células de gordura, impedindo a
insulina de aderir. O resultado é a redução da eficácia da insulina, que deixa de
estimular a "queima" da gordura.
As pessoas de Tipo B devem também evitar o centeio, que contém uma lectina
que se deposita no sistema vascular, causando distúrbios no sangue e possibilida-
de de acidentes vasculares cerebrais. (E interessante observar que as principais
vítimas da doença vascular conhecida como fogo de Sto. Antônio são judeus de
sangue Tipo B do leste da Europa. O consumo de pão de centeio é tradicional em
seus hábitos alimentares.)
O milho e o trigo-sarraceno são os principais fatores de aumento de peso nos indi-
víduos de Tipo B. Mais do que qualquer outro alimento, eles contribuem para a lenti-
dão do metabolismo, a irregularidade da insulina, a retenção de líquidos e a fadiga.
Mais uma vez, para as pessoas de Tipo B o segredo está no equilíbrio. Goma
cereais variados. Arroz e aveia são escolhas excelentes. Insisto também para que
você experimente a espelta, que é altamente benéfica para o organismo Tipo B.
ALTAMENTE BENÉFICO
Arroz branco e integral, aveia integral, espelta, painço, trigo germinado (pouco
encontrado no Brasil) e respectivas farinhas e farelos
NEUTROS
Arroz basmati, farinha de trigo branca, farinha de espelta, farinha de Graham,
granola, quinoa (arroz miúdo do Peru)
NOCIVOS
Amaranto (cereal pouco usado no Brasil), arroz selvagem, farelo e farinha de
centeio e de trigo integral, farinha de glúten, flocos de milho, fubá, germe de
trigo, kamut, kasha, massa de alcachofra, milho, pão de centeio 100%, sorgo, tapioca,
trigo integral, trigo-sarraceno
BOLOS, PÃES E MASSAS
Tipo de sangue B Semanalmente • Se seus ancestrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Pães, bolachas
Bolos
1 fatia
1 fatia média
0-1 x
0-1 x
J i -f Vsi"JÍÍfc*fefi' "
0-1 x
0-1 x
0-1 x
0-1 x

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Elimine completamente os tomates de sua dieta. O tomate é uma hortaliça
rara chamada de pan-hemaglutinante. Isso significa que ele contém lectinas que
podem aglutinar todos os tipos de sangue. Enquanto a lectina do tomate produz
pouco efeito nos organismos de Tipo O ou AB, tanto os de Tipo B quanto os de
Tipo A sofrem fortes reações, geralmente em forma de irritações na mucosa esto-
macal.
O milho deve também ficar fora de sua lista, pois contém aquela lectina que
perturba o metabolismo e a ação da insulina, conforme já foi explicado. Evite tam-
bém as azeitonas, porque seus fungos podem provocar reações alérgicas.
Uma vez que as pessoas de Tipo B tendem a ser mais vulneráveis a vírus e
doenças auto-imunes, coma grande quantidade de hortaliças verdes, pois elas con-
têm magnésio, um importante agente contra os vírus. O magnésio também é be-
néfico para crianças de Tipo B que têm eczema.
Em sua maioria, o mundo das hortaliças é seu reino. Diferentemente de ou-
tros tipos sangüíneos, você pode usufruir plenamente de batatas e inhames, cou-
ves e cogumelos - e muitos outros alimentos deliciosos do tesouro da natureza.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Batata-doce, berinjela, beterraba e suas folhas, brócolis, cenoura, cogumelo
shiitake, couve, couve-de-bruxelas, couve-flor, gengibre, inhame, mostarda (fo-
lhas), pastinaca, pimenta-de-caiena, pimenta-malagueta, pimentões em geral, re-
polhos em geral
NEUTROS
Abóbora-doce, abobrinha, acelga, ágar, agrião, aipo, alcaparra, alfaces em geral,
algas marinhas, alho, alho-poró, araruta, aspargos, batatas brancas e vermelhas,
brotos de alfafa e de bambu, cebolas em geral, cebolinha, cerefólio, champignons,
chicória, coentro, cogumelo abalone, enoki e portobello, dente-de-Ieão, echalote,
endívia, endro, escalônia, escarola, espinafre, funcho, nabiça, nabo, pepino, pi-
menta-chili, raiz-forte, rúcula, sene
NOCIVOS
Abóbora-moranga, alcachofra, azeitona preta e verde, babosa, brotos de feijão
e rabanete, junípero, milho em geral, rabanete, tempé, tofu, tomate

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 43
FRUTAS
Tipo de sangue B Diariamente • Todos os tipos de ancestrais
Alimento Porção
Todas as frutas
recomendadas
1 fruta ou 80-140g 3-4x
Você vai notar que poucas frutas devem ser evitadas pelas pessoas de Tipo B -
e além disso elas são pouco comuns. A maioria não achará difícil evitar caqui ou
romã em sua dieta.
O abacaxi pode ser particularmente benéfico para os organismos de Tipo B
que são suscetíveis a edemas - especialmente se você não incluir laticínios e car-
nes em sua dieta. A bromelaína, uma enzima existente no abacaxi, ajuda-o a dige-
rir mais facilmente os alimentos.
De modo geral, você pode escolher livremente suas frutas nas listas seguintes.
As pessoas de Tipo B tendem a possuir aparelhos digestivos muito equilibrados,
com um saudável nível ácido-alcalino, de modo que você pode consumir frutas
que são muito ácidas para outros tipos de sangue.
Tente consumir pelo menos uma ou duas frutas da lista das altamente benéfi-
cas todos os dias para aproveitar seus efeitos medicinais para os organismos de
Tipo B.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Abacaxi, ameixas frescas, bananas em geral exceto da terra, jaca, mamão, me-
lancia, uvas em geral (frescas ou passas), vacínio
NEUTROS
Ameixas secas, amoras-silvestres, bagas de sabugueiro, banana-da-terra, cere-
jas em geral, cidra, damasco, figos frescos e secos, framboesa, fruta-pão, goiaba,
grapefruit, groselha, kiwi, kumquat (fruta cítrica chinesa), laranja, lima-da-pérsia,
limão, maçã, manga, marmelo, melões em geral, mirtilo, morango, nectarina, pêra-
asiãtica, pêssego, tâmara, tangerina
NOCIVOS
Abacate, caqui, coco e derivados, carambola, opúncia, romã, ruibarbo

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Sucos
fipi^tis $áng;u3 S = : Ssraaflâimefite * Tòtíos os tipos de ancestrais
Alimento Porção • - i
Todas os sucos 230(1 2-3x • •'
recomendadas 230g 4-7x *
i Ág ua ;
..
P^JSJ j®| 1K.J! yi» jjjlS | T
A maioria dos sucos de hortaliças e frutas faz bem às pessoas de Tipo B. Se
você deseja tomar diariamente um suco com reguladores dos sistemas nervoso e
imunológico próprios para os organismos de Tipo B, experimente tomar todas as
manhãs como primeiro alimento a seguinte bebida. Eu a chamo de Coquetel
Fluidificador de Membrana, mas garanto que ele é muito mais atraente do que o
nome sugere.
Misture 1 colher (sopa) de óleo de linhaça, 1 colher (sopa) de grânulos de
lecitina de alta qualidade e 170 a 230 gramas de suco de fruta. Bata e tome. A
lecitina é uma enzima, encontrada em animais e plantas, que possui propriedades
estimulantes do sistema imunológico e do metabolismo. Você pode encontrar grâ-
nulos de lecitina em lojas de produtos naturais ou em alguns supermercados.
O Coquetel Fluidificador de Membrana proporciona altos níveis de colina,
serina e etanolamina (os fosfolípídios), que são de grande valor para as pessoas de
Tipo B. Você pode ficar agradavelmente surpreso com seu sabor, pois a lecitina
emulsifica o óleo, permitindo que ele se misture com o suco.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Sucos de todas as frutas e hortaliças recomendadas, especialmente abacaxi,
mamão, mirtilo e repolho
NEUTROS
Sucos de todas as frutas e hortaliças recomendadas, especialmente aipo, amei-
xa seca, cenoura, cereja-negra, damasco, grapefruit, laranja, limão, maçã e pepino
NOCIVOS
Sucos de todas as frutas e hortaliças citadas como nocivas, especialmente to-
mate

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
ERVAS E CHÁS
As pessoas de Tipo B não obtêm grandes benefícios da maioria dos chás de
ervas e apenas uns poucos são prejudiciais. No final das contas, chega-se a um
empate e mantém-se o equilíbrio com um uso criterioso dos chás - gengibre para
estimular, hortelã-pimenta para acalmar o aparelho digestivo, e assim por diante.
O ginseng é altamente recomendado para as pessoas de Tipo B porque parece
produzir um efeito positivo no sistema nervoso. Lembre-se, porém, de que ele
pode agir como um estimulante, portanto tome-o somente pela manhã.
O alcaçuz é particularmente benéfico para os organismos de Tipo B. Ele tem
propriedades antivirais que ajudam a reduzir sua suscetibilidade às doenças auto-
imunes. Além disso, muitas pessoas de Tipo B sofrem uma queda no nível de
açúcar no sangue depois das refeições (hipoglicemia) e o alcaçuz ajuda a regular
esse nível.
Recentemente, descobri que o alcaçuz é um poderoso elixir para as pessoas
que sofrem da síndrome de fadiga crônica (ver Capítulo 9).
ALTAMENTE BENÉFICOS
Chá de folhas de alcaçuz, chá-verde, chás de folhas de framboesa, frutos da
roseira silvestre (rosehips), gengibre, ginseng, hortelã-pimenta, salsa, sálvia
NEUTROS
Chãs de alfafa, bardana, bétula, camomila, casca de carvalho branco, casca de
olmo, dente-de-leão, dong quai, equinãcea, erva-de-são-joão (hipérico), raiz de
alcaçuz, folhas de amora e de morango, gatária, hidraste, horteiã, marroio-branco,
milefólio, pimenta-de-caiena, pilriteiro, sabugueiro, salsaparrilha, tomilho,
valeriana, verbena
NOCIVOS
Chás de babosa, barba-de-milho, bolsa-de-pastor, chá-preto normal e
descafeinado, escutelária, feno-grego, genciana, Iúpulo, ruibarbo, sene, tília, tre-
vo-vermelho, tussilagem, verbasco
BEBIDAS
As pessoas de Tipo B devem limitar-se a tomar chá-verde e chá de ervas, água
e sucos. Embora bebidas como café, chá-preto e vinho na verdade não prejudi-
quem, não as aconselho porque o objetivo da dieta de tipo sangüíneo é maximizar

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 47
seu desempenho e não mantê-io em condições neutras. Se você costuma tomar
café ou chá, tente substituir essas bebidas por chá-verde, que tem cafeína mas
também proporciona alguns efeitos antioxidantes.
ALTAMENTE BENÉFICO
Nenhuma em especial
NEUTROS
Café normal e descafeinado, cervejas em geral, vinhos brancos e tintos
NOCIVOS
Água mineral gasosa, bebidas destiladas (cachaça, conhaque, rum, vodca, uís-
que etc.), refrigerantes em geral (normais e dietéticos)
O planejamento de refeições para o Tipo B
0 asterisco (*) indica que a receita vem em seguida.
Os seguintes exemplos de cardápios e receitas vão lhe dar uma idéia de uma
dieta benéfica típica para as pessoas de Tipo B. Elas foram organizadas por Dina
Khader, nutricionista com mestrado em ciências, que tem indicado com sucesso
as Dietas do Tipo Sangüíneo para seus pacientes.
Esses cardápios são moderados em calorias e balanceados para a eficiência
metabólica dos organismos de Tipo B. O indivíduo médio vai conseguir manter o
peso sem sacrifícios e mesmo perder peso ao seguir essas sugestões. Contudo,
opções alternativas de alimentos são fornecidas para o caso de você preferir uma
alimentação mais leve ou de querer restringir sua ingestão de calorias e ainda
assim ter uma dieta equilibrada e satisfatória. (O alimento alternativo é citado ao
lado daquele que está substituindo.)
Ocasionalmente você vai encontrar em uma receita um ingrediente que cons-
ta de sua lista de nocivos. Se é usado em pequena quantidade (como uma pitada
de tempero) você pode tolerá-lo, dependendo de sua condição física e de você
estar seguindo estritamente a dieta. A seleção de refeições e receitas em geral, no
entanto, foi organizada para funcionar bem em pessoas de Tipo B.
Quando ficar mais familiarizado com as recomendações da Dieta Tipo B, você
poderá facilmente criar seu próprio cardápio e adaptar suas receitas favoritas aos
princípios dessa dieta.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 153
GRANOLA DE MEL E NOZES
4 xícaras de aveia, triturada
1 xícara de arroz integral
'/z xícara de passas
1 xícara de nozes picadas
1 colher (chá) de essência de baunilha
!A de xícara de óleo de canola
3/4 de xícara de tnel
Preaqueça o forno a 120DC. Numa grande tigela misture a aveia, o arroz inte-
gral, as passas, as nozes e a essência de baunilha. Acrescente o óleo e misture
completamente.
Despeje o me! e mexa até a mistura ficar totalmente umedecida. Ela deve
ficar esfarelenta e grudenta. Espalhe essa mistura num tabuleiro e asse por 90
minutos, mexendo a cada 15 minutos para que toste por igual até que toda a
mistura esteja dourada e seca.
Deixe esfriar bem e guarde em vasilha hermeticamente fechada.
SALADA DE ESPINAFRE
2 molhos de espinafre fresco
sal agosto
1 molho de escalônias picadas
suco de 1 limão
'ü de colher (sopa) de azeite de oliveira
pimenta a gosto
Lave bem o espinafre. Escorra e pique. Polvilhe com sal. Depois de alguns
minutos, retire o excesso de água. Acrescente as escalônias, o suco de limão, o
azeite, o sal e a pimenta. Sirva imediatamente.
Rende seis porções.

1 'fade xícara de iogurte puro desnatado
1 ovo
'A xícara de geléia de damasco (suco da fruta adoçado)
2 xícaras de farinha de arroz integral
1 colher (chá) de noz-moscada em pó
1 lA de colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 xícara de damascos secos, não-sulfurados, picados
(ou qualquer outra fruta seca)
'A xícara de passas
Unte ligeiramente com manteiga uma fôrma de pão e preaqueça o forno a
180°C. Numa tigela de tamanho médio, misture o iogurte, o ovo e a geléia de
damasco. Adicione uma xícara da farinha, metade dos condimentos e mais o bicar-
bonato. Misture até que a massa esteja uniformemente úmida. Acrescente o res-
tante da farinha e dos condimentos. Se a massa estiver muito dura, você pode
adicionar algumas gotas de água fria à mistura. Acrescente os damascos e as passas.
Despeje a massa na fôrma de pão e asse por 40 a 45 minutos.
Desenforme o pão e deixe esfriar numa tela de arame.
Rende aproximadamente oito porções.
DELICIOSO FETTUCCINE ALFREDO
250g de talharim de espelta ou de arroz
1 colher (sopa) de azeite de oliveira extravirgem
3A de xícara de leitelho
1/3 de xícara e tmis 2 colheres (sopa) de queijo parmesão (ralado)
'A de xícara de escalônias picadas
2 colheres (sopa) de manjericão fresco, picado
ou 1 colher (chá) de manjericão seco
'A de colher (chá) de alho em pó ou alho fresco socado
'A de colher (chá) de casca de limão em tirinhas finas
Cozinhe a massa de acordo com a orientação da embalagem para que fique al
dente. Escorra e ponha de volta, imediatamente, na panela. Despeje o azeite de
oliveira sobre a massa e sacuda.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
caso, talvez uma suplementação de magnésio (300-500mg) deva ser tentada. Além
disso, muitas crianças de Tipo B são vítimas de eczema, e a suplementação de
magnésio pode às vezes ser benéfica.
Qualquer forma de magnésio é boa, embora o ci trato de magnésio possa causar
um efeito laxativo em maior número de pacientes do que outros compostos do
mineral. Um acúmulo excessivo de magnésio pode, pelo menos teoricamente,
desequilibrar seu nível de cálcio, portanto tome cuidado ao consumir alimentos
ricos em cálcio, como os laticínios. O segredo está no equilíbrio!
AUMENTOS RICOS EM MAGNÉSIO MAIS INDICADOS PARA O TIPO B
todas as hortaliças, cereais
e leguminosas recomendados
ERVAS/FITOQUIMICOS RECOMENDADOS PARA O TIPO B
ALCAÇUZ (Glycyrrhiza glabra). O alcaçuz é uma planta amplamente usada pelos
herbanários de todo o mundo. Ela apresenta pelo menos quatro utilidades - como
tratamento para úlceras estomacais, como um agente contra o vírus do herpes,
para tratar da síndrome da fadiga crônica e para combater a hipoglicemia.
O alcaçuz é uma erva que deve ser usada com cuidado: grandes doses na pes-
soa errada podem causar retenção de sódio e elevar a pressão sangüínea. Se você
tem sangue Tipo B e sofre de hipoglicemia, um estado em que o nível de açúcar
no sangue cai após a ingestão de alimentos, tome uma xícara ou duas de chá de
alcaçuz depois das refeições. Se você sofre da síndrome de fadiga crônica, aconse-
lho-o a só tomar outros preparados à base de alcaçuz, em lugar do chá de alcaçuz, sob
orientação médica. O suplemento de alcaçuz, tomado livremente, pode ser tóxico.
ENZIMAS DIGESTIVAS. Se você é um Tipo B que não costuma comer carne ou
laticínios, vai sentir uma certa dificuldade de adaptação à sua dieta. Tome uma
enzima digestiva com suas refeições principais por algum tempo e se acostuma-
rá mais facilmente a proteínas concentradas. A bromelaína, uma enzima existen-
te no abacaxi, pode ser encontrada em forma de suplemento em lojas de alimen-
tos naturais.
A
ERVAS ADAPTOGENICAS. As ervas adaptogênicas aumentam a concentração e a re-
tenção da memória, que pode ser um problema para as pessoas de Tipo B com

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
outras pessoas - como grupos de ciclismo, excursões de bicicleta, as artes marciais
menos agressivas, tênis e aulas aeróbicas. Você não se dá muito bem quando o espor-
te é fortemente competitivo - como o squash, o futebol ou o basquete.
O programa semanal de exercícios mais eficaz para o Tipo B deve incluir três
dias de atividade física mais intensa e dois dias de exercícios relaxantes.
EXERCÍCIO DURAÇÃO
Aeróbicos 45-60 min
Tênis
••• •
Artes marciais
45-60 min
30-60 min
Calistênicos 30-45 min
Caminhada 30-60 min
Ciclismo
- ? T,
45-60 min
Natação
Í TF-l
30-45 min
Caminhada rápida 30-60 min
Corrida 30-45 min
Musculação NflJ V 30-45 min
Golfe 60 min
Tai Chi
Hatha loga
45 min
45 min
FREQÜÊNCIA
3x p/semana
3 p/semana
3x p/semana
3x p/semana
3x p/semana
3x p/semana
3x p/semana
3x p/semana
3x p/semana
3x p/semana
2x p/semana
2x p/semana
2x p/semana
Orientação para os exercícios do Tipo B
PARA EXERCÍCIOS FÍSICOS
Um programa de exercícios de alta intensidade deve se dividir em três partes:
aquecimento, exercícios aeróbicos e relaxamento. O período de aquecimento é
muito importante para evitar danos, porque ele leva sangue aos músculos, prepa-
rando-os para o exercício, quer seja caminhada, corrida, ciclismo, natação ou jogo.
O aquecimento deve incluir exercícios de alongamento e flexibilidade para evitar
distensões musculares ou de tendões.
Os exercícios podem ser divididos em dois tipos básicos: isométricos, quando
o esforço é exigido dos músculos estacionários; e isotônicos, tais como os
calistênicos, a corrida ou a natação, que produzem resistência muscular por meio
de uma série de movimentos. Os exercícios isométricos são usados para tonificar
determinados músculos, que podem então ser mais fortalecidos por exercícios
isotônicos ativos. Os isométricos podem ser os de empurrar ou puxar um objeto
imóvel ou os de contrair ou esticar músculos opostos.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 159
Para obter o máximo de benefícios cardiovasculares dos exercícios aeróbicos,
você deve aumentar seus batimentos cardíacos para aproximadamente 70 por cen-
to do máximo de sua freqüência cardíaca. Uma vez que uma freqüência elevada
seja alcançada durante o exercício, continue exercitando-se para mantê-la por trinta
minutos. Este programa deve ser repetido pelo menos três vezes por semana.
Para calcular sua freqüência cardíaca máxima:
1. Subtraia sua idade de 220.
2. Multiplique a diferença por 70 por cento (.70). Se você tem mais de sessenta
anos de idade, ou está em condições físicas precárias, multiplique o restante
por 60 por cento (.60).
3. Multiplique o restante por 50 por cento (.50). Por exemplo, uma mulher sau-
dável de cinqüenta anos deve subtrair 50 de 220, para obter uma freqüência
cardíaca máxima de 170. Multiplicando 170 por .70 ela obteria 119 batidas por
minuto, que é o nível máximo que ela deve se esforçar para atingir. Multipli-
cando 170 por .50 ela obtém o nível mais baixo de sua freqüência, ou seja, 85.
EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO
O tai chi e a ioga são meios perfeitos para equilibrar as atividades mais físicas
de sua semana.
O tai chi chuan, ou tai chi, é um exercício que aumenta a flexibilidade dos
movimentos corporais. Os lentos, graciosos e elegantes gestos do tai chi chuan
dificilmente se assemelham com os movimentos originais de ataque e defesa com
as mãos e os pés que eles representam. Na China, o tai chi é praticado diariamen-
te por grupos que se reúnem em praças públicas para realizar os movimentos em
conjunto. O tai chi pode ser uma técnica de relaxamento muito eficaz, embora
exija concentração e paciência para ser praticado com mestria.
A ioga combina a retidão interior com o controle da respiração e posturas des-
tinadas a permitir uma completa concentração sem se deixar distrair pelas preo-
cupações do dia-a-dia. A hatha ioga é a forma mais comum de ioga praticada no
Ocidente.
Se você aprender as posturas básicas da ioga, pode organizar uma rotina mais
adequada a seu estilo de vida. Contudo, alguns pacientes meus mostraram-se pre-
ocupados com a possibilidade de que as práticas da ioga entrassem em conflito
com suas crenças religiosas. Eles temem que a prática da ioga implique a adoção
do misticismo oriental. Minha resposta é: "Se você comer comida italiana, isso faz
de você um italiano?" A meditação e a ioga são o que você fizer delas. Medite

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
sobre os assuntos que são mais importantes para você. As posturas são neutras; são
apenas movimentos imemoriais e testados.
TÉCNICAS SIMPLES DE RELAXAMENTO ÍOGUE
A ioga começa e termina com relaxamento. Nós contraímos nossos músculos
constantemente, mas raramente pensamos em fazer o oposto - liberar e relaxar.
Podemos nos sentir melhor e mais saudáveis se regularmente liberarmos as ten-
sões acumuladas nos músculos pelos estresses e pressões da vida.
A melhor posição para relaxar é deitar-se de costas. Coloque os braços e as
pernas de tal modo que seus quadris, ombros e costas fiquem totalmente confor-
táveis. O objetivo do relaxamento profundo é permitir que seu corpo e mente aos
poucos atinjam um estado de completa calma, do mesmo modo que um lago de
águas agitadas eventualmente se acalma e apresenta uma superfície tranqüila.
Comece com a respiração abdominal. Quando um bebê respira, seu abdome se
move e não seu peito. Contudo, muitos de nós, ao crescer, adotamos inconscien-
temente o hábito não natural e ineficaz de restringir a respiração ao peito. Um dos
objetivos da ioga é torná-lo consciente do verdadeiro centro da respiração. Obser-
ve o padrão de sua respiração. Ela é rápida, superficial e irregular ou você tende a
prendê-la? Permita que sua respiração volte a um padrão mais natural - completa,
profunda, regular e sem constrição. Tente isolar seus músculos da respiração mais
baixa; veja se pode respirar sem mover seu peito. Os exercícios respiratórios são
sempre feitos suavemente e sem nenhum esforço. Ponha uma mão sobre seu um-
bigo e sinta o movimento de sua respiração. Relaxe seus ombros.
Comece o exercício expirando completamente. Quando inalar, imagine que
um objeto pesado, como um grande livro, está sobre seu umbigo e que com a
inalação você tenta elevar esse peso imaginário até o teto. Então, quando exalar,
simplesmente deixe que esse peso imaginário pressione para baixo contra seu
abdome, ajudando-o a exalar. Exale mais ar do que costuma fazer normalmente,
como se quisesse "extrair" mais ar de seus pulmões. Isto atua como um alonga-
mento iogue para o diafragma e além disso ajuda a relaxar a tensão nesse músculo.
Faça com que seus músculos abdominais participem do exercício. Quando inalar,
dirija sua respiração bem para o fundo de modo que você possa erguer o peso
imaginário de baixo para cima até o teto. Tente coordenar completamente e isolar
a respiração abdominal sem nenhum movimento do peito ou das costelas.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 161
A questão da personalidade
Os primeiros tipos B, ao enfrentarem novas terras, climas desconhecidos e a
miscigenação racial, tiveram de ser flexíveis e criativos para poderem sobreviver.
As pessoas de Tipo R exigiam uma conformidade menos ordenada e harmoniosa
que as de Tipo A, bem como tinham um propósito menos voltado completamente
para a caça como os de Tipo O.
Essas mesmas características existem nas células de Tipo B. Biologicamente,
os organismos de Tipo B são mais flexíveis que os de Tipo O, A ou AB - menos
vulneráveis a muitas doenças comuns aos outros tipos. O indivíduo de Tipo B que
vive em harmonia, trabalhando, exercitando-se e comendo de um modo equilibra-
do, é a essência de um sobrevivente.
De muitas formas, os de Tipo B vivem no melhor dos mundos possíveis. Eles
têm elementos da atividade mental mais sensivelmente agitada dos de Tipo A,
com a reação puramente física e a agressão dos de Tipo O. Talvez os de Tipo B se
relacionem mais facilmente com diferentes tipos de personalidade porque eles
são por sua natureza genética mais harmoniosos e assim sentem menos inclinação
para o desafio e o confronto. Eles podem ver outros pontos de vista; são empáticos.
Uma notável estatística: enquanto o sangue Tipo B constitui somente 9 por
cento da população dos Estados Unidos, cerca de 30 ou 40 por cento de todos os
milionários que venceram por seu próprio esforço têm tipo de sangue B!
Os chineses, japoneses e muitas outras sociedades asiáticas compõem-se de
grande número de pessoas de Tipo B. A medicina chinesa - antiga, natural e com-
plexa - dá grande ênfase ao equilíbrio entre os estados fisiológicos e emocionais. A
alegria descontrolada (um estado desejado pela maioria dos ocidentais) é conside-
rada pelos médicos chineses como perigosa para o equilíbrio do coração. Equilí-
brio e harmonia; este é o verdadeiro tipo de remédio para o Tipo B.
Populações judaicas tradicionais são principalmente do Tipo B, em relação a
suas locações geográficas. A religião e a cultura judaicas representam uma mistura
de mente, alma e matéria. Na tradição judaica, a inteligência, a paz e a espiri-
tualidade vivem lado a lado com um físico forte e preparado para a luta. Para mui-
tas pessoas, isso parece contraditório, mas na verdade são as energias harmo-niosas
do Tipo B em ação.

SETE
Plano do Tipo Sangüíneo
Tipo AB: O Enigma
• Fusão recente do A e do B
• Reação camaleônica às mudanças de ambiente e de dieta
• Aparelho digestivo sensível
• Sistema imunológico excessivamente tolerante
• Reage melhor ao estresse espiritualmente, com vivacidade física e energia
criativa
• Um mistério da evolução
A dieta para o Tipo AB
O sangue Tipo AB tem menos de mil anos de existência, é raro (2 a 5 por cento
da população) e biologicamente complexo. Ele não se encaixa bem em nenhuma
das outras categorias. Vários antígenos fazem com que o AB às vezes seja seme-
lhante ao A, outras ao B e às vezes pareça uma fusão de ambos - uma espécie de
tipo sangüíneo centauro.
Essa multiplicidade de qualidades pode ser positiva ou negativa, dependendo
das circunstâncias, por isso a Dieta do Tipo AB precisa ser lida com muita atenção
e é aconselhável que você se familiarize com as dietas dos tipos A e B para enten-
der melhor os parâmetros de sua própria dieta.
AB

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 163
Essencialmente, a maior parte dos alimentos que são contra-indicados para
os tipos A e B provavelmente serão prejudiciais também ao Tipo AB - embora
haja algumas exceções. Os pan-hemaglutinantes, cujas iectinas são capazes de
aglutinar todos os tipos de sangue, parecem ser melhor tolerados pelos organis-
mos de Tipo AB, talvez porque a reação das Iectinas seja diminuída pelos
anticorpos A e B. O tomate é um excelente exemplo. Os de tipos A e B não
conseguem tolerar essas Iectinas, enquanto os de Tipo AB comem tomate sem
efeitos detectáveis.
As pessoas de Tipo AB geralmente são mais fortes e mais ativas do que as de
Tipo A, que são mais sedentárias. Essa dose extra de élan vital talvez seja devida
ao fato de que sua memória genética ainda contenha resquícios muito recentes de
seus ancestrais Tipo B das estepes.
O fator de perda de peso
Quando aumentam de peso, as pessoas de Tipo AB refletem a herança mista
de seus genes A e B. Às vezes isso significa que há determinados problemas. Por
exemplo, você possui a baixa acidez estomacal das de Tipo A, ao lado da adaptação
das de Tipo B às carnes. Portanto, embora você seja geneticamente programado
para comer carne, falta-lhe a acidez estomacal necessária para metabolizá-la efi-
cazmente e você tende a armazenar como gordura a carne que come. Para perder
peso, você deve restringir seu consumo de carne, comendo pequenas quantidades
e acompanhadas de hortaliças e tofu.
Suas tendências de Tipo B causam a mesma reação insulínica quando você
come feijão-manteiga ou mulatinho, milho, trigo-sarraceno ou sementes de
gergelim (embora seu lado Tipo A faça com que aceite bem lentilhas e amen-
doins). A inibição da produção de insulina provoca hipoglicemia, uma queda do
nível de açúcar no sangue após as refeições, e leva a um metabolismo menos
eficaz dos alimentos.
As pessoas de Tipo AB não apresentam a violenta reação das de tipos O e B
ao glúten de trigo. Mas nesse caso também, se a meta é perder peso, você deve
evitar o trigo, que tende a tornar seu tecido muscular mais ácido. Os organismos
de Tipo AB utilizam mais eficazmente as calorias quando seu tecido é um tanto
alcalino.

USE ESSA ORIENTAÇÃO JUNTO COM AS RECOMENDAÇÕES DE SUA DIETA TIPO AB.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 165
CARNES E AVES
Tipo de sangue AB Semanalmente • Se seus ancestrais são
Alimento Porção* Africanos Caucasianos Asiáticos
Carne vermelha magra 110-170g (homens) 1-3x 1-3x 1-3x
60-140g (mulheres
e crianças)
Aves 110-170g (homens) 0-2x 0-2x 0-2x
60-140g (mulheres
6 Cnan?aS'»
1 recomendações são meros orientadores que podem ajudá-lo a aperfeiçoar sua dieta de
acordo com as tendências ancestrais.
Em relação ao consumo de carnes e aves, as pessoas de Tipo AB apresentam
características semelhantes às dos tipos A e B, Como as de Tipo A, não produzem
ácido estomacal suficiente para digerir eficazmente grande quantidade de proteí-
na animal. Portanto, o segredo está no tamanho da porção e na freqüência do con-
sumo. Os organismos de Tipo AB precisam de alguma proteína animal, especial-
mente o tipo de carne que era consumida por seus ancestrais de Tipo B - cordeiro,
carneiro, coelho e peru, em vez de carne de boi. A lectina que irrita o sangue e o
aparelho digestivo dos de Tipo B produz o mesmo efeito em você, portanto man-
tenha-se longe dos frangos.
Evite também todas as carnes defumadas ou secas. Esses alimentos podem
provocar câncer no estômago de pessoas com baixa acidez estomacal, a caracterís-
tica que você compartilha com as de Tipo A.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Carne de carneiro, coelho, cordeiro, peru
NEUTRAS
Carne de avestruz, cabrito, faisão, fígado (bezerro)
NOCIVAS
Carne de boi, búfalo, cavalo, codorna, coração, frango, galinha-d'ango!a, ganso,
pato, perdiz, porco e derivados (bacon, lingüiça, presunto, salame, salsicha etc.),
vísceras, vitela, todas as carnes processadas industrialmente

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
PEIXES E FRUTOS DO MAR
Tipo de sangue AB
t •
Seroanalf||:rite 1 :Se seus àtiswírais^âô ^ •
Alimento Porção
::. ... . .:..,:
Africanos Caucasianos Asiátieos
... :, . ...... ... .
Todos os frutos do mar
recomendados
110-170
• • -;
1 3"5* 3"5x 4"6*
Há uma grande variedade de frutos do mar benéficos às pessoas de Tipo AB e
eles são uma excelente fonte de proteínas para você. Como as pessoas de Tipo A,
você tem dificuldade em digerir as Iectinas existentes no linguado. Você compar-
tilha também da suscetibilidade do Tipo A para câncer de mama. Se você tem
casos de câncer de mama na família, introduza o escargot em sua dieta. O escargot
comestível (Helixpomatia), contém uma poderosa lectina que aglutina especifica-
mente mutações de células de Tipo A das duas formas mais comuns de câncer de
mama (ver Capítulo 10). Essa é uma forma positiva de aglutinação; a lectina do
escargot controla as células doentes.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Agulhão-bandeira, albacora (espécie de atum), bacalhau, badejo, cavala, cherne,
escargot, esturjão, frade, linguado, lúcio, lúcio-novo, pargo, perca (oceano), sal-
mão, sardinha, truta arco-íris, truta (mar), vermelho
NEUTROS
Arenque (fresco), bacalhau-novo, caviar, eperíano (espécie de salmão), gunelo,
haliote (molusco), lula, merluza, mexilhões, pampo, peixe-Iua, perca (branca, dou-
rada, prateada), pescada, rã, rêmora, tainha, vieira
NOCIVOS*
Arenque em conserva e defumado, bagre, barracuda, beluga (espécie de
esturjão), búzio (caramujo), cação, camarão, caranguejo, carpa, enchova, enguia,
espadarte, hadoque, halibute, lagosta, lagostim, íinguado-cinzento, mariscos,
olhete, ostras, ovas de salmão, polvo, rã, salmão defumado, savelha, solha (espécie
de linguado), tartaruga, tilápia
* Vários destes peixes, apesar de serem adequados para o Tipo AB, podem ter sofrido contaminações diversas,
tais como mercúrio ou pesticidas: atum, bagre, cação, carpa, enchova, espadarte, garoupa, golfinho, halibute,
savelha, solha (espécie de linguado) e tilápia.

167
LATICÍNIOS E Ovos
Tipo de sangue AB Semanalmente * Se seus ancestrais são
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Ovos 1 ovo 3-5x 3-4x 2-3x
Queijos 50g 2-4x 3-4x 3-4x
Iogurte 110-170g 2-3x 3-4x 1%
Leite 110-170g 1-6x 3-6x 2-5x
Quanto aos laticínios, as pessoas de Tipo AB podem seguir as de Tipo B. Você
se beneficia com os laticínios, principalmente os produtos fermentados como as
coalhadas e iogurtes desnatados - que são de mais fácil digestão.
O fator mais importante com que você deve se preocupar é a produção de
muco. Assim como as pessoas de Tipo A, você já produz bastante muco e não
precisa de mais. Preste atenção aos sintomas de problemas respiratórios, ataques
de sinusite ou infecções do ouvido, que indicam que você deve diminuir a ingestão
de laticínios.
Os ovos são uma boa fonte de proteínas para as pessoas de Tipo AB. Embora
sejam ricos em colesterol e as de Tipo AB (como as de Tipo A) tenham tendência
a problemas cardíacos, pesquisas têm demonstrado que os maiores vilões não são
os alimentos ricos em colesterol mas as gorduras saturadas.
Contudo, quando comer ovos, você poderá aumentar sua ingestão de proteína
e diminuir a de colesterol usando duas claras de ovo para cada gema. (Observe que
a lectina encontrada no músculo do frango não está presente nos ovos.)
ALTAMENTE BENÉFICOS
Clara de ovo (galinha), iogurte, leite de arroz, leite de cabra, quefir, queijo
cottage, queijo de cabra, queijo feta, queijo minas, queijo tipo mussarela, ricota
NEUTROS
Caseína, gema de ovo (galinha), leite de soja e derivados, leite de vaca e creme
de leite desnatados, manteiga cremosa de búfala, ovo de codorna e de gansa, quei-
jo cavalo, queijo cheddar, queijo colby, queijo de soja (tofu), queijo edam, queijo
emmenthal, queijo gouda, queijo gruyère, queijo jarlsburg, queijo monterey jack,
queijo muenster, queijo neufchatel, queijo quark, queijo suíço, requeijão, soro de
leite, sour cream sem gordura, tofu

FRUTAS SECAS E SEMENTES

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 169
As frutas secas e as sementes oferecem vantagens e desvantagens para as pes-
soas de Tipo AB. Coma-as em pequenas quantidades e com cautela. Embora pos-
sam ser uma boa fonte suplementar de proteínas, todas as sementes contêm Iectinas
que inibem a ação da insulina, o que causa problemas para os de Tipo B. Por outro
lado, você compartilha com os de Tipo A a preferência por amendoins, que é um
poderoso estimulante do sistema imunológico.
As pessoas de Tipo AB também tendem a sofrer de problemas com a vesícula
biliar, portanto as pastas de frutas secas são preferíveis às frutas secas integrais.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Amendoim e pasta de amendoim, castanha-portuguesa, nozes-de-natal
NEUTROS
Amêndoas e pasta de amêndoas, castanha-de-caju, castanha-do-pará, faia, lichia,
noz-hicória, noz-macadâmia, pinhão, pistache, sementes de açafrão e de linhaça
NOCIVOS
Avelã, sementes de abóbora-moranga, sementes de gergelim e pasta de gergelim
(tahini), sementes de girassol e pasta de sementes de girassol, sementes de pa-
poula
FEIJÕES E LEGUMINOSAS
Tipo de sangue AB Semanalmente * Se seus ancestrais são
Alimento
• .
Porção Africanos Caucasíanos: Asiáticos
Todos os feijões
e iegumínosas
1 xícara, secos 3-5x 2-3x 4-6x
Feijões e leguminosas também apresentam vantagens e desvantagens para os
organismos de Tipo AB. Por exemplo, as lentilhas são importantes para os de Tipo
AB porque ajudam a evitar o câncer, embora não sejam aconselhadas para os de
Tipo B. As lentilhas são particularmente conhecidas por conterem antioxidantes
contra o câncer. Por outro lado, o feijão-mulatinho e o feijão-manteiga, que tornam
mais lenta a produção de insulina nos de Tipo A, apresentam o mesmo efeito nos
de Tipo AB.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
ALTAMENTE BENÉFICOS
Feijão-branco miúdo, feijão-soja e derivados, feijão-rajadinho, feijão-vermelho
lentilhas
NEUTROS
Ervilhas, feijão-branco graúdo, feijão-de-corda, feijão-jicama, feijão-roxinho
feijão-verde
NOCIVOS
Favas, feijão-azuki, feijão-fradinho, feijão-manteiga, feijão-mulatinho, feijão-
preto, grão-de-bico
CEREAIS E FARINHAS
Tipo ds sangue AB Semanalmente ® Se ssus ancestrais sâo
Alimento Porção Africanos Caucasianos Asiáticos
Todos os cereais 1 xícara, secos 2-3x 2-3x 2-4x
A orientação para as pessoas de Tipo AB se assemelha às recomendações dadas
às de tipos A e B. Geralmente, você se dá bem com cereais, mesmo o trigo, mas
precisa limitar seu consumo de trigo porque o núcleo do grão de trigo é demasia-
damente ácido para os organismos de Tipo AB. O trigo também não é aconselhá-
vel se você está tentando perder peso. Os de Tipo AB que produzem muito muco
devido à asma ou infecções freqüentes devem limitar também seu consumo de
trigo, porque este estimula a produção de muco. Você vai ter que determinar por
sua própria experiência qual a quantidade de trigo que pode comer. Não estamos
falando aqui de ácido estomacal, mas de equilíbrio ácido-alcalino em seus tecidos
musculares. Os de Tipo AB se sentem melhor quando seus tecidos são ligeiramen-
te alcalinos. Enquanto, para os de tipos B e O, o núcleo do grão de trigo é alcalino,
para os de tipos A e AB ele se torna ácido.
Limite sua ingestão de trigo integral e germe de trigo para uma vez por sema-
na. Cereais de aveia, flocos de soja, painço, arroz e soja granulada são benéficos
para as pessoas de Tipo AB, mas você deve evitar trigo-sarraceno e milho.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
NEUTROS
Bagels de trigo, bolos e biscoitos de farelo de aveia, bolos e biscoitos de farelo
de trigo, pão ázimo (matzo), pão de farinha de soja, pão de multicereais, pão sem
glúten, pão rico em proteína, pão de semolina
NOCIVOS
Bolos e broas de milho, mingau de trigo-sarraceno (kasha)
O Tipo AB se beneficia com uma dieta rica em arroz em vez de massas, embo-
ra possa comer massa de semolina ou de espinafre uma ou duas vezes por semana.
Nesse caso também, evite milho e trigo-sarraceno em favor de aveia e centeio.
Reduza sua ingestão de trigo integral e germe de trigo a uma vez por semana.
HORTALIÇAS
Tipo de sangue AB Diariamente • Todos os tipos de ancestrais
Alimento Porção
Verduras cruas 1 xícara; preparadas 3-5x
Cozidas ou no vapor 1 xícara, preparadas 3-5x
Hortaliças frescas são uma importante fonte de fitoquímicos, as substâncias
naturais que produzem um efeito tônico para a prevenção do câncer e de doenças
do coração - doenças que afligem as pessoas de Tipo A e as de Tipo AB mais
freqüentemente, devido à fraqueza de seus sistemas imunológicos. Elas devem
ser comidas várias vezes ao dia. As pessoas de Tipo AB têm uma ampla possibilida-
de de escolha - quase todas as hortaliças que são benéficas para os tipos A e B
servem também para o Tipo AB.
A única exceção é a lectina pan-hemaglutinante dos tomates, que afeta todos
os tipos de sangue. Uma vez que o Tipo AB tem tantos tipos de substâncias
sangüíneas e a lectina não é específica, tudo indica que você é capaz de evitar seus
efeitos. Testei pessoas de Tipo AB que comiam grande quantidade de tomate e
sua Escala Indicana estava normal.
As pessoas de Tipo AB devem fazer do tofu um item diário de sua dieta, ao
lado de pequenas quantidades de carne e laticínios. O tofu também possui conhe-
cidas propriedades de combate ao câncer.
Como as pessoas de Tipo B, você deve evitar o milho e todos os seus derivados.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
As laranjas também devem ser evitadas, mesmo que estejam incluídas entre
suas frutas favoritas. As laranjas irritam o estômago do organismo de Tipo AB e
interferem também na absorção de importantes minerais. Para que você não fique
confuso, deixe-me reiterar que a reação ácido-alcalina ocorre de dois modos dife-
rentes - no estômago e nos tecidos musculares. Quando eu digo que as laranjas
ácidas irritam o estômago de Tipo AB, estou me referindo à irritação estomacal
que elas causam no sensível e alcalino estômago de Tipo AB. Embora o nível de
acidez do estômago seja geralmente baixo nos organismos de Tipo AB, o ácido
existente nas laranjas irrita a delicada mucosa estomacal. A toranja (grapefruit) é
uma fruta cítrica muito semelhante à laranja, mas produz efeitos positivos no es-
tômago Tipo AB, apresentando tendências alcalinas após a digestão. O limão tam-
bém é excelente para as pessoas de Tipo AB, auxiliando a digestão e eliminando o
muco do organismo.
Uma vez que a vitamina G é um importante antioxidante, especialmente para
a prevenção do câncer de estômago, coma outras frutas ricas nessa vitamina, como
a toranja (grapefruit) ou o kiwi.
A lectina da banana atrapalha a digestão do Tipo AB. Aconselho sua substitui-
ção por outras frutas ricas em potássio, como damascos, figos e certos melões.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Abacaxi, ameixas frescas em geral, amoras-silvestres, cerejas em geral, Figos
frescos e secos, grapefruit, groselha, jaca, kiwi, limão, melancia, uvas frescas em
geral, vacínio
NEUTROS
Ameixas secas, amora-negra, bagas de sabugueiro, banana-da-terra, damascos
frescos e secos, framboesa, fruta-pão, kumquat (fruta cítrica chinesa), lima-da-
pérsia, maçã, mamão, melões em geral, mirtilo, morango, nectarina, passas, pêra,
pêra-asiática, pêssego, tâmara, tangerina
NOCIVOS
Abacate, bananas (exceto banana-da-terra), caqui, carambola, coco, goiaba,
laranja, manga, marmelo, romã, ruibarbo

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 75
Sucos
Tipo de sangue AB Diariamente • Todos os tipos de ancestrais
Alimento Porção
Todas os sucos recomendados 220g
Água 220g
2-3x
4-7x
As pessoas de Tipo AB devem começar o dia tomando um copo de água morna
com suco de meio limão espremido na hora para limpar o organismo do muco
acumulado durante o sono. A água com limão estimula também a eliminação. Tome
em seguida um copo de suco diluído de toranja (grapefruit) ou de suco de mamão.
Beba à vontade sucos de frutas altamente alcalinas como cereja-negra, vacínio
ou uva.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Sucos das frutas e hortaliças recomendadas, especialmente abacaxi, aipo, ce-
noura, cereja-negra, limão, mamão, mirtilo, uvas
NEUTROS
Sucos das frutas e hortaliças recomendadas, especialmente ameixas secas, da-
masco, grapefruit, maçã, pepino
NOCIVOS
Sucos das frutas e hortaliças citadas como nocivas, especialmente goiaba e
laranja
ADOÇANTES, CONDIMENTOS E TEMPEROS
O sal marinho e as algas marinhas devem ser usados em lugar do sal industria-
lizado. Seu teor de sódio é baixo - uma preocupação para o Tipo AB - e as algas
marinhas oferecem benefícios imensamente positivos para o coração e o sistema
imunológico. São também úteis para controle de peso. O missô, feito de soja, é
muito bom para o Tipo AB e com ele se faz uma deliciosa sopa ou molho.
Evite toda espécie de pimenta e vinagre porque eles provocam acidez. Em
vez de vinagre, use suco de limão com azeite e ervas para temperar vegetais ou
saladas.

176
E não tenha receio de usar muito alho. Ele é um potente tônico e um antibió-
tico natural, especialmente para as pessoas de Tipo AB.
Açúcar e chocolate são permitidos em pequena quantidade. Utilize-os apenas
como temperos.
Não use adoçantes como o aspartame, ciclamato e a sacarina e prefira a estévia.
ALTAMENTE BENÉFICOS
Alho, cúrcuma, curry, endro, estragão, gengibre, raiz-forte, salsa
NEUTROS
Açafrão, açúcar branco e mascavo, alecrim, alfarroba, alfavaca, araruta, bauni-
lha, bergamota, canela, cardamomo, cariz, cebolinha, cerefólio, chili, chocolate,
coentro, cominho, cravo-da-índia, cremor de tártaro, endro, estévia, estragão,
gaultéria, gelatinas e geléias das frutas recomendadas, hortelã, hortelã-pimenta,
lêvedo de cerveja, louro, maionese, manjericão, manjerona, mel de abelha, melado
de cana, menta, molho de salada, molho de soja, molho tamari sem trigo, mostarda
em pó, mostarda sem vinagre, noz-moscada, orégano, páprica, pectina de maçã, raiz
de alcaçuz, sal marinho, sálvia, segurelha, tomilho, xarope de arroz, xarope de bordo
NOCIVOS
Alcaparras, anis, aspartame, carragena, ciclamato, dextrose, essência de amên-
doa, frutose, gelatina animal, glutamato monossódico, goma-guar, ketchup, maise-
na, malte de cevada, maltodextrina, molho-inglês, picles em geral, pimenta-de-
caiena, pimenta-do-reino, sacarina, tapioca, vinagres em geral, xarope de guaraná
e de milho
Tenha o cuidado de evitar todos os temperos conservados em vinagre, devido
a uma suscetibilidade ao câncer de estômago. Evite também ketchup, que con-
tém vinagre.
CHÁS E ERVAS
Os chás de ervas devem ser tomados pelas pessoas de Tipo AB para estimu-
lar seu sistema imunológico e proteger contra doenças cardiovasculares e câncer.
Alfafa, bardana, camomila e equináceasão estimulantes do sistema imunológico.
Pilriteiro e raiz de alcaçuz são altamente recomendados para a saúde cardiovas-
cular. O chã-verde tem enormes efeitos positivos no sistema imunológico. Os

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Planejamento de refeições para o Tipo AB
O asterisco (*) indica que a receita vem em seguida.
Os cardápios e receitas que se seguem vão dar a você uma idéia de uma típica
dieta benéfica para o Tipo AB. Eles foram organizados por Dina Khader,
nutricionista com mestrado em ciências, que vem usando com sucesso as dietas
de tipo sangüíneo com seus pacientes.
Esses cardápios são moderados em calorias e equilibrados para a eficácia meta-
bólica dos organismos de Tipo AB. O indivíduo médio vai conseguir manter o peso
sem sacrifícios e até mesmo perder peso se seguir essas sugestões. Contudo, op-
ções alternativas de alimentos são fornecidas para o caso de você preferir uma
alimentação mais leve ou de querer restringir sua ingestão de calorias e ainda
assim ter uma dieta equilibrada e satisfatória. (O alimento alternativo é citado ao
lado daquele que está substituindo.)
Ocasionalmente, você vai encontrar em uma receita um ingrediente que cons-
ta de sua lista de nocivos. Se é usado em pequena quantidade (como uma pitada
de tempero) você pode tolerá-lo, dependendo de sua condição física e de você
estar seguindo estritamente a dieta. A seleção de refeições e receitas em geral, no
entanto, foi organizada para funcionar bem em pessoas de Tipo AB.
Quando ficar mais familiarizado com as recomendações da Dieta Tipo AB,
você poderá facilmente criar seu próprio cardápio e adaptar suas receitas favoritas
aos princípios dessa dieta.
O Grupo Editorial Elsevier Campus recomenda para os leitores brasileiros o
livro de receitas A dieta que está no sangue, do Dr. Sérgio Teixeira, no qual os pratos
típicos da cozinha brasileira foram adaptados às necessidades de cada tipo
sangüíneo.
CARDÁPIO PADRÃO ALTERNATIVAS PARA CONTROLE DE PESO
T
Exemplo de
*
Café da manhã
Cardápio 1
- " • , • "
água com limão (ao acordar}
220g de suco de grapefruit diluído
2 fatias de pão de grãos germinados
"queijo de iogurte com erva
cate
,"VV-11
1 ovo pochê "queijo de iogurte com erva
cate
,"VV-11

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Misture os ingredientes, amasse com o óleo e depois a água até que a massa
fique bem ligada. Estenda essa massa numa fôrma para torta de 20cm. Fure o
fundo várias vezes com um garfo. Cubra a massa de torta com a mistura de tofu e
asse em forno a 150°C por 30 a 45 minutos.
Rende aproximadamente oito porções.
OMELETE DE TOFU
SOOgde tofu mole, espremido e amassado
5-6 cogumelos Portobello, fatiados
250gde escalônias raladas
1 colher (chá) de xerez
1 colher (chá) de molho de soja tamari sem trigo
1 colher (sopa) de salsa fresca, picada
1 colher (chá) de farinha de arroz integral
4 ovos, ligeiramente batidos
temperos permitidos a gosto
2 colheres (chá) de azeite de oliveira extravirgem
Misture todos os ingredientes exceto o azeite. Aqueça o azeite numa grande
frigideira. Despeje metade da mistura e tampe a frigideira. Cozinhe em fogo baixo
por aproximadamente 15 minutos até que o ovo esteja cozido. Tire da frigideira e
conserve quente.
Repita o processo e use o restante da mistura.
Rende três a quatro porções.
GRANOLA DE MEL E NOZES
4 xícaras de aveia triturada
1 xícara de arroz integral
'h xícara de passas
1 xícara de nozes o u amêndoas picadas
1 colher (chá) de essência de baunilha
'A de xícara de óleo de canola
% de xícara de mel

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
2 vagens de cardamomo (use apenas os grãos)
1 colher (chá) de açafrão
2 colheres (sopa) de água de rosas
2 xícaras de arroz integral
4 xícaras de água filtrada (fervendo)
Aqueça o óleo e refogue a cebola com todos os temperos por 10 minutos em
fogo baixo. Em um prato separado, esmague o açafrão e acrescente à água de rosas
numa tigela pequena.
Ao refogado de cebola adicione uma colher (sopa) de água de rosas. Cozinhe
por mais quinze minutos e então acrescente o arroz com água fervendo. Cozinhe
por 35 a 40 minutos. No momento de servir, acrescente o resto da água de rosas.
Rende quatro porções.
SALADA DE ESPINAFRE
2 molhos de espinafre fresco
1 molho de escalônias picadas
suco de 1 limão
lU de colher (sopa) de azeite de oliveira extravirgem ou de óleo de linhaça
sal e pimenta a gosto
Lave bem o espinafre. Escorra e pique. Polvilhe com sai. Depois de alguns
minutos, escorra o excesso de água. Acrescente as escalônias, o suco de limão, o
azeite ou óleo, o sai e a pimenta. Sirva imediatamente.
Rende seis porções.
Suplementos recomendados para o Tipo AB
O papel dos suplementos - sejam vitaminas, minerais ou ervas - é acrescentar
nutrientes que estejam faltando em sua dieta e fornecer proteção extra onde for
necessário. O foco dos suplementos para o Tipo AB é:
• Reforçar o sistema imunológico
• Fornecer antioxidantes contra o câncer
• Fortalecer o coração

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
da de dois gumes. Enquanto pequenas doses periódicas aumentam a imunidade,
doses maiores e por período longo a diminuem e podem interferir na absorção de
outros minerais. Tenha cuidado com o zinco! Sua venda não é controlada e está
amplamente disponível como suplemento, mas você não deve tomá-lo sem orien-
tação médica.
ALIMENTOS RICOS EM ZINCO MAIS INDICADOS PARA O TIPO AB
carnes recomendadas (principalmente carne escura de peru)
ovos
leguminosas
SELÊNÍO
O selênio pode ser valioso para as pessoas de Tipo AB, uma vez que ele parece
atuar como um componente das defesas antioxidantes do próprio corpo. Contudo,
casos de intoxicação com selênio foram relatados em pessoas que tomaram em
excesso esse suplemento. Consulte seu médico antes de tomar esse mineral.
ERVAS/FITOQUIMICOS RECOMENDADOS PARA O TIPO AB
PILRITEIRO (Crataegus oxyacantha). Por sua tendência para doenças do coração, as
pessoas de Tipo AB devem levar a sério as medidas para proteger seu sistema
cardiovascular. Seguir a dieta de Tipo AB contribui substancialmente para reduzir
o risco, mas se você tem casos de doenças do coração ou de endurecimento das
artérias na família, deve levar seu programa de prevenção um pouco mais longe.
Um Fitoquímico com excepcional capacidade preventiva é encontrado no pilriteiro
{Crataegus oxyacantha). O pilriteiro produz um número significativo de efeitos
antioxidantes. Ele aumenta a elasticidade das artérias e fortalece o coração além
de baixar a pressão sangüínea e atuar como um solvente das placas nas artérias.
Oficialmente aprovado para uso farmacêutico na Alemanha, o pilriteiro ainda é
praticamente desconhecido no resto do mundo. Extratos e tinturas dessa erva
podem ser adquiridos através de médicos naturopatas, ou em lojas de produtos
naturais e farmácias. Considero essa erva de grande valor. Monografias do governo
alemão afirmam que a planta não apresenta qualquer tipo de efeito colateral. Se
dependesse de mim, o extrato de pilriteiro seria usado para enriquecer cereais
matinais, como se faz com as vitaminas.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Perfil estresse/exercícios para o Tipo AB
A capacidade de reverter os efeitos negativos do estresse encontra-se em seu
tipo sangüíneo. Como explicamos no Capítulo 3, o estresse não é em si um proble-
ma; o modo como você reage ao estresse é que pode ser um problema. As pessoas
de Tipo AB herdaram o mesmo padrão de estresse das de Tipo A. Em relação a
isso, você não tem nada a ver com as de Tipo B,
As pessoas de Tipo AB reagem à primeira fase do estresse - a de alarme -
intelectualmente. Flashes carregados de adrelina disparam em seu cérebro, produ-
zindo ansiedade, irritabilidade e hiperatividade. Quando os sinais de estresse atin-
gem seu sistema imunológico, você se torna mais fraco. A aumentada sensibilida-
de de seu sistema nervoso destrói seus delicados anticorpos protetores. Você fica
muito fraco para lutar contra as infecções e as bactérias que estão à espera para
atacar como crocodilos arrastando uma presa intoxicada.
Se, contudo, você adotar técnicas relaxantes, como a ioga ou a meditação, pode
obter grandes benefícios, contrapondo ao estresse negativo a concentração e o
relaxamento. As pessoas do Tipo AB não reagem bem à confrontação contínua e
precisam praticar a arte do silêncio como um agradável calmante.
O tai chi chuan, a luta chinesa em câmara lenta, de padrão ritualístico, e a
hatha ioga, o milenar sistema de alongamento indiano, são práticas relaxantes, que
favorecem a concentração. Exercícios isotônicos moderados, como a caminhada, a
natação e o ciclismo são indicados para as pessoas de Tipo AB. Quando aconselho
exercícios relaxantes, isso não significa que você não possa suar um pouco. O se-
gredo está realmente em seu envolvimento mental com a atividade física.
Por exemplo, exercícios e esportes fortemente competitivos vão apenas esgo-
tar sua energia nervosa, torná-lo continuamente tenso e deixar seu sistema
imunológico vulnerável a doenças.
Os exercícios que se seguem são recomendados para as pessoas de Tipo AB.
Preste especial atenção à duração das sessões. Para alcançar uma liberação signifi-
cativa da tensão e renovar a energia, você deve realizar um ou mais desses exercí-
cios três ou quatro vezes por semana.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
TÉCNICAS SIMPLES DE RELAXAMENTO IOGUE
Aíoga começa e termina com relaxamento. Contraímos nossos músculos cons-
tantemente, mas raramente pensamos em fazer o oposto - soítá-los e relaxá-los.
Podemos nos sentir melhor e mais saudáveis se regularmente liberarmos as ten-
sões acumuladas nos músculos pelos estresses e pressões da vida.
A melhor posição para o relaxamento é deitar de costas. Deixe seus braços e
pernas numa posição que permita que seus quadris, ombros e costas fiquem total-
mente confortáveis. O objetivo do relaxamento profundo é levar seu corpo e sua
mente a mergulhar numa calma confortadora, do mesmo modo como um lago de
águas agitadas eventualmente se acalma e apresenta uma superfície tranqüila.
Comece com a respiração abdominal. Quando um bebê respira, seu abdome se
move e não seu peito. Contudo, muitos de nós ao crescer adotamos inconsciente-
mente o hábito não natural e ineficaz de restringir a respiração ao peito. Um dos
objetivos da ioga é torná-lo consciente do verdadeiro centro da respiração. Obser-
ve o padrão de sua respiração. Ela é rápida, superficial e irregular ou você tende a
prendê-la? Permita que sua respiração volte a um padrão mais natural - completa,
profunda, regular e sem constrição. Tente isolar seus músculos da respiração mais
baixa; veja se pode respirar sem mover seu peito. Os exercícios respiratórios são
sempre feitos suavemente e sem nenhum esforço. Ponha uma mão sobre seu um-
bigo e sinta o movimento de sua respiração. Relaxe seus ombros.
Comece o exercício expirando completamente. Quando inalar, imagine que
um objeto pesado, como um grande livro, está sobre seu umbigo e que com a
inalação você tenta elevar esse peso imaginário até o teto. Então, quando exalar,
simplesmente deixe que esse peso imaginário pressione para baixo contra seu
abdome, ajudando-o a exalar. Exale mais ar do que costuma fazer normalmente,
como se quisesse "extrair" mais ar de seus pulmões. Isto atua como um alonga-
mento iogue para o diafragma e além disso ajuda a relaxar a tensão nesse músculo.
Faça com que seus músculos abdominais participem do exercício. Quando inalar,
dirija sua respiração bem para o fundo de modo que você possa erguer o peso
imaginário de baixo para cima até o teto. Tente coordenar completamente e isolar
a respiração abdominal sem nenhum movimento do peito ou das costelas.
Mesmo que você realize mais exercícios aeróbicos durante a semana, tente
integrar as práticas de relaxamento à sua rotina, pois elas irão ajudá-lo a lidar me-
lhor com o padrão de estresse de Tipo AB.

SETE: Plano do Tipo Sangüíneo AB 1 93
A questão da personalidade
As pessoas de Tipo AB que adotam a análise de personalidade baseada no tipo
sangüíneo gostam de se gabar de que Jesus Cristo tinha sangue Tipo AB. Sua
afirmação se baseia em testes feitos no Sudário de Turim. Essa é uma idéia
instigante, embora eu tenha minhas dúvidas, uma vez que se supõe que Jesus
viveu uns mil anos antes do surgimento do Tipo AB.
Mas assim é a pessoa de Tipo AB. Ela não costuma se preocupar com detalhes.
E uma fusão do aguçado e sensível Tipo A com o mais equilibrado e centrado Tipo
B. O resultado é uma natureza espiritual e um tanto excêntrica que aceita todos
os aspectos da vida sem estar particularmente consciente das conseqüências. Es-
tas características são claramente evidentes no sangue Tipo AB. O sistema
imunológico Tipo AB é o melhor amigo de quase todos os vírus e doenças do
planeta. Se o Tipo O tem portões com segurança do tipo mais avançado em seu
sistema imunológico, o Tipo AB não tem sequer uma fechadura em sua porta.
Naturalmente, essas qualidades tornam o Tipo AB muito atraente e popular.
É fácil gostar de pessoas que o cumprimentam com os braços abertos, não guar-
dam rancor quando você as decepciona e sempre dizem as palavras mais diplomá-
ticas em cada situação. Não surpreende que muitos curandeiros e mestres espiri-
tuais sejam do Tipo AB.
O problema é que, como o sistema imunológico das pessoas de Tipo AB é tão
promíscuo, você começa a suspeitar que elas não devem ser leais a nenhum grupo.
Diz-se que Benedict Arnold, o mais famoso traidor dos Estados Unidos, era de
Tipo AB.
Por outro lado,o Tipo AB é considerado um dos mais cativantes e interessan-
tes tipos sangüíneos. Mas seu carisma pode às vezes provocar sofrimento. John E
Kennedy e Marilyn Monroe tinham sangue Tipo AB e, embora já tenham desapa-
recido há muito tempo, ambos ainda são famosos. Eles tiveram uma empatia tão
intensa com o público que até hoje ainda afetam a psique americana. Mas por todo
esse brilho, seu carisma cobrou um alto tributo.

OITO
Estratégias Médicas
A Conexão com o Tipo Sangüíneo
A
GORA VOCÊ JÁ ESTÁ CONSCIENTE DA FORTE LIGAÇÃO que há entre seu tipo de san-
gue e sua saúde. Espero que esteja começando a ver também que pode exer-
cer um controle significativo, mesmo quando tem suscetibilidade a certo estado.
Seu plano de tipo sangüíneo é a base para uma vida saudável.
Nos próximos três capítulos, trataremos mais detalhadamente de questões
médicas específicas que preocupam todas as pessoas e de como você pode usar as
informações sobre o seu tipo de sangue para escolher as melhores opções para a
sua saúde. Começaremos com os remédios e tratamentos que são comuns na vida
moderna.
As drogas têm sido usadas como remédios há milhares de anos. Quando um
xamã ou um curandeiro preparava uma poção tinha não somente autoridade médi-
ca, mas poder espiritual também. Embora muitas vezes a infusão fosse malcheirosa
e repugnante, ela continha a magia, e o paciente tomava de bom grado a amarga
poção na esperança da cura.
As coisas não mudaram muito.
Hoje os médicos prescrevem medicamentos em excesso, e nós os tomamos. É
um problema sério. Contudo, diferentemente de outros naturopatas que rejeitam
toda a farmacopéia moderna, acredito que devemos ter um ponto de vista mais
razoável e flexível. A maioria dos medicamentos são preparados para atuar em uma
ampla faixa da população e devem ser usados para tratar as mais graves e poten-
cialmente perigosas enfermidades.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Mas encaremos os medicamentos de outra perspectiva: todas as drogas são
venenos. As boas drogas que o homem descobriu ao íongo dos séculos são venenos
seletivos, Muitas outras são venenos mais gerais, menos seletivos. Um excelente
exemplo das últimas é o difundido arsenal de drogas usadas pelos oncologistas na
quimioterapia. No processo de destruição das células cancerosas, muitas dessas
drogas atacam indiscriminadamente as células sadias também. (Não é minha in-
tenção condenar os oncologistas. Este é o estado atual de sua especialidade.)
A boa notícia é que a quimioterapia às vezes funciona. A má é que às vezes a
quimioterapia funciona, mas o paciente morre devido às complicações causadas
pelo tratamento. Este é um terrível quebra-cabeças.
A ciência moderna vem presenteando a comunidade médica com uma confusa
série de medicamentos e todos eles estão sendo prescritos por médicos bem-in-
tencionados de todo o mundo. Mas temos sido suficientemente cuidadosos no
uso de antibióticos e vacinas? Como você sabe quais os medicamentos que são
melhores para você, para sua família e para seus filhos?
Mais uma vez, a resposta está no tipo de sangue.
Medicamentos vendidos sem controle
Há um amplo espectro de medicamentos vendidos sem receita médica todos
destinados às doenças comuns - das dores de cabeça às dores nas juntas, da con-
gestão à indigestão. Em face disso, eles parecem ser remédios baratos, convenien-
tes e eficazes.
Corno um médico naturopata, tento evitar prescrever medicamentos que po-
deriam ser adquiridos sem receita médica sempre que posso. Na maioria dos ca-
sos, há alternativas naturais que funcionam tão bem ou melhor. Além disso, há
perigos inerentes ao uso de muitos desses preparados que incluem:
• As propriedades da aspirina que afinam o sangue podem causar problema para
as pessoas de Tipo O, que já têm o sangue "fino". Além disso, o uso da aspirina
pode mascarar sintomas de infecções ou doenças graves.
• Os anti-histamínicos podem elevar a pressão - um particular perigo para as
pessoas de tipos A e AB. Eles podem também provocar insônia e agravar pro-
blemas da próstata.
• O uso habitual de laxantes acaba causando, na verdade, prisão de ventre, pertur-
bando o processo natural de eliminação. Eles podem também ser prejudiciais a
pessoas com a doença de Crohn - um problema principalmente do Tipo O.
• Remédios para tosse e vias respiratórias muitas vezes têm efeitos colaterais,
que incluem aumento da pressão sangüínea, sonolência e tontura.

OITO: Estratégias Médicas 199
Antes de tomar um remédio para dor de cabeça, eólicas ou qualquer outra
doença, investigue as possíveis causas de seu problema. Muitas vezes, elas estão
relacionadas com sua dieta ou estresse. Você deve se perguntar, por exemplo:
• Minha dor de cabeça é causada por estresse?
• Meu mal-estar estomacal é provocado por alimentos que são indigestos para o
meu tipo de sangue?
• Minha sinusite é a conseqüência do muco produzido em demasia devido à
ingestão de alimentos que estimulam sua produção? Ou devido à ingestão de
alimentos que liberam histamina (como o trigo para o Tipo O)?
• Minha gripe é uma conseqüência do enfraquecimento de meu sistema
imunológico?
• Minha congestão ou bronquite é causada por uma superprodução de muco nas
minhas vias respiratórias?
• Minha dor de dente é provocada por uma infecção que exige imediato trata-
mento médico?
• Minha dependência de laxantes comerciais está interferindo em minha elimi-
nação natural e causando diarréia?
Recomendo que você consulte com urgência um médico se seus sintomas são
crônicos ou particularmente graves. Dor, fraqueza, tosse, febre, congestão e diar-
réia podem ser sintomas de problemas graves. Você pode mascará-los com remé-
dios, mas não estará tratando suas causas.
Para dores e distúrbios ocasionais, os remédios que se seguem são excelentes
substitutos naturais das drogas vendidas sem receita médica. Eles estão disponí-
veis em várias formas nas lojas de produtos naturais - como chás, compressas,
tinturas, extratos, pós e cápsulas.
Para fazer seu próprio chá de erva, ferva água e ponha a erva natural de molho
nela durante cerca de cinco minutos.
Por favor, preste atenção para o símbolo que indica considerações especiais
para cada tipo de sangue.
SÍMBOLOS
• Nocivo para o Tipo O
• Nocivo para o Tipo A
• Nocivo para o Tipo B
t Nocivo para o Tipo AB
"A" Observação especial para todos os tipos de sangue

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Vacinas: Sensibilidades do tipo sangüíneo
A vacinação é uma questão que desperta discussões apaixonadas tanto nos
meios da medicina convenciona] quanto nos da alternativa. Do ponto de vista
mais ortodoxo, a vacinação constitui a primeira linha de defesa na medicina pre-
ventiva. Crescente ênfase vem sendo dada à obrigação de vacinação geral por
parte dos governos federal, estadual e municipal. Qual é a conseqüência de tal
estratégia?
As vacinas vêm prestando inquestionável benefício à humanidade, salvando
milhares de vidas e evitando sofrimento desnecessário. Nas raras ocasiões em que
houve problemas, foi porque as vacinas provocaram reações prejudiciais em indi-
víduos supersensíveis. Nosso conhecimento sobre o sistema imunológico ainda
não nos permite saber se as vacinas têm ressonâncias mais profundas, possivel-
mente diminuindo algumas de nossas imunidades inatas ao câncer. No entanto,
algumas autoridades de saúde pública e cientistas da área médica se comportam
como se fosse falta de patriotismo questionar se cada nova vacina deve ser injeta-
da na corrente sangüínea nacional
Enquanto isso, o público permanece confuso. Pais desejam saber a quais vaci-
nas seus filhos devem ser expostos, se é que devem ser vacinados. Os idosos, os
hipersensíveis e as gestantes, entre outros, se preocupam com os efeitos das vaci-
nações. Não deve surpreendê-lo o fato de que não haja uma única resposta para
todos. Sua reação a vacinas tem muito a ver com seu tipo sangüíneo.
SENSIBILIDADES DO TIPO O A VACINAS
Em relação a todas as vacinas, os pais de crianças do Tipo O devem ficar aten-
tos a qualquer sinal de inflamação, como febre ou dor nas juntas, uma vez que o
sistema imunológico de Tipo O é propenso a essas reações.
Evi te a forma injetável da vacina contra pólio em crianças de Tipo O e opte em
vez disso pela forma oral. Como as pessoas de Tipo O têm sistema imunológico
hiperativo, elas se dão melhor com uma vacina menos potente.
Crianças de Tipo O recentemente vacinadas devem ficar sob cuidadosa obser-
vação por alguns dias para se ter certeza de que não há complicações. Não lhes dê
acetominofeno, medicação vendida sem receita médica (encontrada noTylenol),
que é a mais comumente usada contra problemas relacionados à vacinação. De
acordo com minha experiência, as crianças de Tipo O reagem mal a essa droga. Um
remédio natural que vai atuar em crianças de Tipo O está disponível em muitas
lojas de produtos naturais. E uma erva chamada matricária, obtida da flor do cri-
sântemo {Chrysanthemum partkeniutn). Em forma de tintura líquida, a matricária

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
O constante mau uso de antibióticos é um fator importante em nossa crescen-
te incapacidade de erradicar as doenças. O abuso dessas drogas prodigiosas provo-
ca o desenvolvimento de elementos patogênicos progressivamente mais resisten-
tes, o que exige antibióticos cada vez mais potentes para tratá-los. Muito mais
eficaz do que qualquer dos antibióticos atualmente produzidos é a prescrição na-
tural de dieta e repouso apropriados e redução do estresse.
Normalmente, há um intervalo entre o momento em que você pega uma infec-
ção e o momento em que o sistema imunológico de seu corpo reage. É como discar
o número do telefone de emergência; você sabe que eles não vão chegar à sua porta
no momento em que atendem à sua chamada. Os antibióticos atacam uma infecção
mais rapidamente, porém desligam o telefone de emergência de seu próprio corpo -
o sistema imunológico. Os antibióticos basicamente cortam a reação imunológica; a
responsabilidade de lutar contra a infecção passa de seu corpo para o remédio.
Nós nos apressamos a tratar febre com antibióticos, quando a febre geralmen-
te é, no entanto, um bom sintoma. Ela indica que o metabolismo de seu corpo foi
rápido na reação, exterminando os invasores ao tornar o ambiente tão inóspito
quanto possível aos organismos infecciosos.
Em minha prática descobri que a maioria das pessoas pode eliminar uma in-
fecção sem o uso de antibióticos. Você sabia que os antibióticos apenas diminuem
o nível de infecção? O sistema imunológico de seu corpo ainda é necessário para
encerrar a batalha. Quando você permite que seu corpo vá para a luta com seus
próprios meios, sem a intervenção de antibióticos, ele desenvolve não somente uma
memória de antibióticos específicos para a atua! infecção e similares a ela, mas tam-
bém lutará com mais eficácia da próxima vez que for desafiado ou atacado.
Muitas pessoas são alérgicas a vários antibióticos, mas normalmente eles pro-
duzem poucos efeitos colaterais graves. Com muita freqüência, contudo, o uso
continuado e maciço de antibióticos destrói não somente a infecção, mas todas as
bactérias benéficas do aparelho digestivo. Muitas pessoas acabam com diarréia e
mulheres tornam-se, muito freqüentemente, sujeitas a persistentes e recorrentes
infecções por fungos. Suplementos com a bactéria digestiva benéfica L. acidophilus
devem ser tomados tanto na forma de comprimidos quanto na de iogurte para
restaurar o equilíbrio da chamada flora do aparelho digestivo.
Naturalmente, há vezes em que um antibiótico apropriado é necessário e deve
ser usado. Se você tomou um antibiótico, tome também um suplemento de
bromelaína para facilitar a dispersão do antibiótico e sua rápida penetração nos teci-
dos. O abacaxi contém essa enzima, de modo que você deve tomar suco de abacaxi
ou comprimidos de bromelaína ao longo de um tratamento com antibióticos.
Os pais de crianças que estão tomando antibióticos devem acertar o relógio
para despertá-los às três ou quatro horas da madrugada, a fim de administrar uma

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
cardíaca, tomam sempre antibióticos para se protegerem contra a possibilidade de
uma infecção bacteriana que cause danos à válvula.
Contudo, um recente estudo do jornal britânico Lancet, especializado em me-
dicina, constatou que não é benéfico prescrever antibióticos para a maioria dos
pacientes antes de procedimentos odontológicos invasivos. Contudo, se você é
um não-secretor (ver Apêndice E), corre maiores riscos de infecção após uma ci-
rurgia odontológica do que um secretor. Há muito mais casos de endocardite (uma
inflamação da membrana interna do coração) causada por estreptococos e de fe-
bre reuinática em não-secretores, porque eles produzem muito menos anticorpos
protetores nas mucosas da boca e da garganta. Os secretores, por outro lado, têm
altos níveis desses anticorpos IgA, que capturam as bactérias e as destroem antes
que elas atinjam a corrente sangüínea.
Os não-secretores devem sempre tomar antibióticos preventivos antes de qual-
quer procedimento odontológico invasivo - desde a limpeza profunda até a cirur-
gia bucal.
Se tem sangue Tipo O, você pode optar por não tomar antibióticos, a não ser
que haja uma infecção mais grave ou a ameaça de uma forte hemorragia. Em vez
disso, tente medicamentos à base de ervas que atuem contra os estreptococos,
como o hidraste {Hydrastis canademk).
Os tipos A, B e AB podem consultar seus dentistas ou médicos sobre terapias
alternativas se reagiram mal a antibióticos.
Muitos dentistas se recusam a tratar um paciente que dispense o uso profílático
de antibióticos. Se você é um indivíduo sadio, sem ocorrências anteriores de in-
fecções, deve considerar a possibilidade de procurar outro dentista para fazer seu
tratamento.
Cirurgia: Melhor recuperação
Um procedimento invasivo é um choque para seu organismo. Nunca o consi-
dere sem importância, mesmo que se trate de uma pequena cirurgia. Equilibre
antes seu sistema imunológico, qualquer que seja seu tipo sangüíneo.
As vitaminas A e C exercem um efeito profundo na cicatrização de cortes e
evitam a formação de cicatrizes. A suplementação antes de cirurgias é benéfica
a todos os tipos de sangue. Comece a tomar as vitaminas A e C pelo menos
quatro ou cinco dias antes da cirurgia e continue a tomá-las por pelo menos uma
semana depois. Todos os meus pacientes que seguiram essa recomendação dis-
seram que tanto eles quanto seus cirurgiões ficaram admirados com a rapidez de
sua recuperação.

OITO; Estratégias Médicas 207
SUPLEMENTAÇÃO RECOMENDADA PARA CIRURGIAS
Tipo sangüíneo Vitamina C (diariamente) Vitamina A (diariamente)
Tipo 0 2.000 mg • 30.000 Ul
Tipo A 500mg 10.000 Ul
Tipo AB, Tipo B 1 .OOOmg 20.000 Ul
PRECAUÇÕES CIRÚRGICAS PARA o TIPO O
As pessoas de Tipo O sofrem maior perda de sangue que as dos outros tipos
sangüíneos durante e após cirurgias porque eles têm baixos níveis de fatores de
coagulação no sangue. Certifique-se de que possui bastante vitamina K em seu
organismo antes da cirurgia; ela é essencial para a coagulação. Couves e espina-
fre contêm grande quantidade dessa vitamina, embora você também possa optar
por um suplemento de clorofila líquida, que pode ser adquirido em lojas de
produtos naturais,
As pessoas de Tipo O que já tiveram flebite ou que estão tomando medica-
mentos que afinam o sangue devem consultar seus médicos quanto à necessida-
de de uma suplementação. (E importante notar que o sangue menos espesso,
próprio das pessoas de Tipo O, não protege necessariamente contra coágulos. A
flebite muitas vezes começa como uma inflamação das veias que afeta a circula-
ção sangüínea.)
As pessoas de Tipo O também podem estimular seu sistema imunológico e
seu metabotísmo com intensa atividade física. Vale a pena você fazer isso antes
da cirurgia, pois o exercício permite que seu corpo suporte melhor o estresse da
cirurgia e se recupere muito mais rapidamente.
PRECAUÇÕES CIRÚRGICAS PARA O TIPO B
As pessoas de Tipo B têm a sorte de serem menos propensas a complicações
pós-cirúrgicas. A suplementação de vitaminas é a que já foi indicada.
Os organismos de Tipo B que estejam enfraquecidos também podem to-
mar chás de ervas que estimulem o sistema imunológico antes da cirurgia. A
raiz de bardana (Arctium lappa) e a equinácea {Echinaceapurpurea) são excelen-
tes estimulantes do sistema imunológico. Algumas xícaras de chá todos os dias
durante várias semanas podem ser um estimulante eficaz para seu sistema imu-
nológico.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
PRECAUÇÕES CIRÚRGICAS PARA OS TIPOS A E AB
Os tipos A e AB são mais propensos a infecções bacterianas. Essas infecções
podem se tornar um obstáculo para a recuperação e exacerbar uma situação já
difícil. Aconselho insistentemente que as pessoas de tipos A ou AB tomem uma
suplementação de vitaminas que fortaleçam o sangue e o sistema imunológico
uma semana ou duas antes da cirurgia. Vitamina B|a, ácido fólico e suplemento de
ferro devem ser tomados diariamente, além das já recomendadas dosagens de vi-
taminas A e C. A concentração de vitaminas de que você precisa é difícil de atingir
só com as dietas de Tipo A e de Tipo AB, assim, a suplementação é melhor.
O Floradix é um líquido extraído de ervas que contém ferro e, além de ser
altamente assimilável, não ataca o aparelho digestivo. Recomendo seu uso para a
suplementação de ferro, uma vez que este mineral geralmente costuma irritar o
aparelho digestivo dos organismos de tipos A e AB. O Floradix é encontrado nas
lojas de produtos naturais.
Tome diariamente algumas xícaras de dois excelentes estimulantes do siste-
ma imunológico, os chás da raiz de bardana e da equinácea, pelo menos algumas
semanas antes da cirurgia.
Mais do que os outros tipos de sangue, os tipos Ae AB geralmente sofrem um
profundo estresse físico, mental e emocional por causa do trauma da cirurgia. Téc-
nicas de relaxamento, como a meditação e a visualização, podem ser extraordina-
riamente benéficas aos pacientes de Tipo A ou AB mais tensos. Com essas práti-
cas, você pode exercer uma profunda influência em seu processo de cura. Alguns
anestesiologistas podem usar a técnica da visualização enquanto o paciente está
anestesiado. Aconselho-o a falar com seu médico sobre isso. É um método perfei-
to para os pacientes de Tipo A.
DEPOIS DA CIRURGIA
O extrato de calêndula (Calendula officinalis) é usado para ajudar a cicatrizar o
corte e mantê-lo limpo. A solução dessa erva homeopática é um remédio maravi-
lhoso para todo tipo de corte e arranhão em geral. O extrato tem propriedades
antibióticas e pode ser deixado sobre o ferimento. Certifique-se de que é o extra-
to, ou suco, e não a tintura da calêndula, que tem alto teor alcoólico. A tintura
pode arder muito se você tentar limpar um ferimento com ela.
Quando seu corte cicatrizar e os pontos forem tirados, um preparado tópico de
vitamina E pode minimizar a formação de cicatriz e o retesamento da pele. Muitas
pessoas abrem uma cápsula de vitamina E e espalham seu conteúdo sobre o

OITO: Estratégias Médicas 209
ferimento, mas os suplementos orais não foram formulados para serem usados como
cicatrizante. Use um creme ou loção para essa finalidade.
Preste atenção ao seu tipo sangüíneo
Há muitas vitaminas e suplementos de ervas que ajudam seu corpo tanto de-
fendendo-o quanto curando-o. A suplementação cirúrgica recomendada é o míni-
mo que você deve fazer para se proteger e se fortalecer.
Cada tipo de sangue contém informações pertinentes que lhe permitem fazer
escolhas razoáveis a respeito do que deve ou não comer e beber. Todas essas esco-
lhas podem provocar um profundo efeito em sua saúde e na qualidade de sua vida.
Tomando conhecimento dessas escolhas sobre o que é melhor para seu corpo,
você será capaz de mudar drasticamente o curso tanto de seu tratamento quanto
de sua recuperação de uma cirurgia. Isso não somente lhe permite maior controle
sobre suas atuais condições, mas capacita-o a garantir sua saúde futura.
Pais cujas crianças estão na idade de vacinação... pessoas que têm infecções
viróticas... aquelas que vão enfrentar uma cirurgia - todos podem se beneficiar
com o conhecimento sobre a influência de seu tipo sangüíneo. Isto faz sentido. E
também resolve o enigma sobre o fato de que algumas pessoas se dão muito bem
com tratamentos convencionais, enquanto outras têm complicações e dores.

NOVE
Tipo Sangüíneo
Um Poder contra a Doença
T
ODO MUNDO QUE FICA DOENTE GOSTARIA DE SABER: "por que eu?" Mesmo com
nosso enorme arsenal tecnológico, muitas vezes não temos resposta certa
para essa pergunta.
Não temos mais dúvidas, porém, de que há indivíduos que são mais propensos
a certas doenças devido ao seu tipo de sangue. Talvez seja esse o elo perdido - o
modo pelo qual podemos entender as causas celulares das doenças e planejar meios
de combatê-las e eliminá-las mais efetivamente.
Por que algumas pessoas são suscetíveis... e outras não
Você se lembra de quando era pequeno ter tido um amigo íntimo que o convi-
dou a fazer alguma coisa que você relutou em fazer? Fumar um cigarro? Surrupiar
uma dose de uísque do bar de seu pai? Você fumou? Tomou o uísque?
Se o fez, você demonstrou sua suscetibilidade - sua falta de resistência - à
sugestão de um amigo.
Suscetibilidade, ou falta de resistência, é a questão básica da maioria das doen-
ças. Muitos micróbios têm a capacidade de imitar antígenos que são considerados
amigáveis pela força de segurança de um determinado tipo de sangue. Esses há-
beis imitadores passam pelos guardas de segurança e entram. Uma vez no organis-
mo, rapidamente o dominam e assumem o controle.

NOVE: Tipo Sangüíneo 2 1 1
Você nunca se surpreendeu pelo fato de alguém permanecer perfeitamente
saudável enquanto todo mundo em volta é apanhado pelo último surto de resfria-
do ou gripe? Isso acontece porque o tipo sangüíneo da pessoa saudável não é sus-
cetível àqueles determinados invasores.
A conexão do tipo sangüíneo
Há muitos fatores causadores de doenças que são claramente influenciados
pelo tipo de sangue. Por exemplo, as pessoas de Tipo A que têm casos de doença
cardiovascular na família devem verificar suas dietas cuidadosamente. Carnes ver-
melhas e gorduras saturadas de todos os tipos são escolhas prejudiciais para um
aparelho digestivo inadequado para seu processamento, o que resulta em altos
níveis de triglicerídeos e de colesterol para organismos de Tipo A. O cordato siste-
ma imunológico de Tipo A é também mais propenso ao câncer porque tem dificul-
dade de reconhecer seus inimigos.
As pessoas de Tipo O, como já disse, são muito sensíveis à lectina aglutinante
encontrada no trigo integral. Essa lectina interage com a mucosa intestinal do
organismo Tipo O e provoca inflamação. Se você tem Tipo O e sofre da doença de
Crohn, de colite ou da síndrome de cólon irritável, o trigo atua como um veneno
em seu organismo. Embora em geral seja forte, o sistema imunológico de Tipo O
também é limitado. Os primeiros organismos de Tipo O tinham poucos micróbios
para combater e esse tipo de sangue não se adapta com facilidade aos complexos
vírus que predominam atualmente.
O perfil patológico dos organismos de Tipo B é diferente dos de Tipo O e dos
de Tipo A devido à idiossincrasia dos antígenos B. Os de Tipo B tendem a ser
suscetíveis a doenças provocadas por vírus de efeito lento, às vezes bizarras, que
ficam incubadas durante muitos anos - como a esclerose múltipla e distúrbios
neurológicos raros - e são detonadas pelas lectinas de alimentos como o frango e o
milho.
Os organismos de Tipo AB têm o perfil patológico mais complexo, uma vez
que possuem tanto os antígenos A quanto os B. A maioria de suas suscetibilidades
a doenças é de Tipo A, de modo que se pode dizer que são mais A do que B.
A conexão de tipo sangüíneo entre a saúde e a doença é uma potente ferra-
menta para nossa pesquisa em busca da melhor maneira de tratar o corpo como
deve ser tratado.
Contudo, vou acrescentar uma advertência, para que você não pense que es-
tou propondo uma fórmula mágica, Há muitos fatores em cada indivíduo que con-
tribuem para a doença. Seria extremamente simplista e certamente insensato su-
gerir que o tipo de sangue é o único fator determinante. Se uma pessoa de Tipo O,

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
outra de Tipo A, outra de Tipo B e outra de Tipo AB tomam, cada uma delas, uma
xícara de arsênico, todas morrem. Igualmente, se quatro pessoas de diferentes
tipos de sangue fumam muito, estão todas sujeitas a ter câncer de pulmão.
A informação sobre o tipo sangüíneo não é uma panacéia, mas um significativo
requinte que pode torná-lo capaz de funcionar nas melhores condições.
Examinemos as mais comuns e atormentadoras doenças que podemos relacio-
nar com os tipos sangüíneos. Algumas relações entre tipo sangüíneo e doença são
mais claramente definidas que outras. Ainda as estamos estudando. Cada vez mais,
porém, o tipo de sangue se revela como um fator dominante - o elo anteriormente
perdido em nossa procura pela saúde.
CATEGORIAS*
• DOENÇAS SENIS
• ALERGIAS
• ASMA E RTNTTE
• DOENÇAS AUTO-IMUNES
• DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
• DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• DOENÇAS INFANTIS
• DIABETES
• DISTÚRBIOS DIGESTIVOS
• INFEGÇÕES
• ENFERMIDADES HEPÁTICAS
• DOENÇAS DE PELE
• MULHER/REPRODUÇÃO
• Nota: o câncer é um tópico tão complexo que dedicamos a ele todo o capítulo seguinte a este.
Doenças senis
Todas as pessoas envelhecem, não importa qual seja seu tipo de sangue. Mas,
por que envelhecemos? Podemos retardar esse processo? Essas questões vêm nos
fascinando há muito tempo. A promessa de uma Fonte da Juventude renasce em
cada século. Atualmente, com nossa sofisticada tecnologia médica e nosso cres-
cente conhecimento dos fatores que contribuem para o envelhecimento, estamos
mais perto de uma resposta.
Mas há uma outra questão: por que os padrões de envelhecimento diferem
tanto? Por que o corredor de cinqüenta anos, magro e aparentemente em boa
condição física, morre de um ataque cardíaco, enquanto a idosa mulher de oitenta

NOVE: Tipo Sangüíneo 21 3
e nove anos, que nunca suou na vida, permanece em perfeitas condições de saú-
de? Por que algumas pessoas desenvolvem mal de Alzheimer ou demência e ou-
tras não? Em que idade a decadência física torna-se inevitável?
Compreendemos algumas partes do enigma. A genética desempenha um pa-
pel; variações especiais nos cromossomos contribuem para suscetibilidades que
tornam a decadência mais rápida em uma pessoa do que em outra. Mas esses
estudos estão incompletos.
Descobri, contudo, um elo crucial entre o tipo de sangue e o envelhecimento
- particularmente, uma correlação entre a ação aglutinante das lectinas e as duas
maiores associações fisiológicas com o envelhecimento - a falência dos rins e a
deterioração do cérebro.
Quando envelhecemos, sofremos uma gradual diminuição da função renal, de
modo que quando o indivíduo médio atinge a idade de setenta e dois anos, seus
rins estão funcionando com apenas 25 por cento de sua capacidade.
Sua função renal é um reflexo do volume de sangue que é purificado e devol-
vido à circulação sangüínea. Esse sistema de filtragem é muito delicado-suficien-
temente grande para que os vários elementos líquidos do sangue o atravessem,
mas pequeno o bastante para evitar que todas as células passem por ele.
Consideremos o modo como a ação aglutinante das lectinas obstrui as funções.
Devido ao fato de os rins desempenharem um papel central na filtragem do san-
gue, as ações de muitas lectinas podem, com o tempo, perturbar o delicado pro-
cesso. As lectinas que penetram na corrente sangüínea acabam se aglutinando nos
rins. O processo é semelhante ao de um dreno obstruído. Com o tempo, o sistema
de filtragem deixa de funcionar. Quanto mais aglutinação ocorrer, menor quanti-
dade de sangue poderá ser purificada. Esse processo é lento, mas acaba sendo
mortal. A falência dos rins é uma das principais causas da decadência física na
velhice.
A segunda grande associação fisiológica com o envelhecimento ocorre no cére-
bro. Aqui as lectinas desempenham um papel igualmente destrutivo. Cientistas
observaram que a diferença entre um cérebro idoso e um cérebro jovem é que no
velho muitos elementos dos neurônios se emaranharam. Esse emaranhado, que leva
à demência e à deterioração total (e pode mesmo ser um fator envolvido no mal de
Alzheimer) ocorre bem gradualmente ao longo de décadas da vida do adulto.
Como as lectinas atingem o cérebro? Lembre-se de que existem lectinas de
todas as formas e tamanhos; algumas são suficientemente pequenas para ultrapas-
sar a barreira sangüínea do cérebro. Uma vez que atinjam o cérebro, elas começam
a aglutinar as células sangüíneas, interferindo gradualmente na atividade dos
neurônios. O processo ocorre ao longo de muitas décadas, mas os neurônios aca-
bam suficientemente emaranhados para afetar a função cerebral.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Não tenho dúvidas de que, reduzindo ou eliminando as lectinas mais prejudi-
ciais de sua dieta, você pode manter os rins mais saudáveis e a função cerebral por
muito mais tempo. É por isso que algumas pessoas idosas permanecem mental-
mente lúcidas e fisicamente ativas.
Um terceiro modo pelo qual as lectinas contribuem para o envelhecimento é
por seus efeitos em nossas funções hormonais. Está bem comprovado que quando
as pessoas envelhecem elas têm maior dificuldade de absorver e metabolizar os
nutrientes. Esta é uma das razões por que as pessoas idosas geralmente são subnu-
tridas, mesmo quando ingerem sua dieta normal. As orientações dietéticas nor-
malmente procuram suplementar a alimentação dos idosos. Mas se as lectinas
aglutinantes não estiverem dominando o organismo e interferindo na atividade
hormonal, é provável que as pessoas idosas possam absorver os nutrientes tão efi-
cazmente quanto o faziam quando eram mais jovens.
Não estou sugerindo que a solução do tipo sangüíneo seja uma fonte da juven-
tude! Ela não é uma fórmula para reverter os efeitos do envelhecimento que já
tenham ocorrido. Mas você pode reduzir o dano celular diminuindo sua ingestão
de lectinas em qualquer idade. Acima de tudo, seu Plano de Tipo Sangüíneo foi
organizado para capacitá-lo a retardar o processo de envelhecimento durante toda
a sua vida adulta.
Alergias
ALERGIAS A ALIMENTOS
Em minha opinião, nenhuma área da medicina alternativa é tão sujeita a frau-
des quanto o conceito de alergia alimentar. Testes complexos e dispendiosos são
realizados com praticamente todos os pacientes, resultando em uma lista de ali-
mentos aos quais a pessoa é "alérgica".
Meus próprios pacientes chamam qualquer reação a alguma coisa que tenham
comido de "alergia alimentar", embora na maioria das vezes eles não estejam des-
crevendo uma alergia, mas na verdade uma intolerância alimentar. Se você tem
um problema com a lactose do leite, por exemplo, você não é alérgico a ela; o que
lhe falta é uma enzima para decompô-la. Você tem intolerância à lactose e não
alergia a ela. Essa intolerância não significa necessariamente que você ficará doen-
te se tomar leite. As pessoas de Tipo B que são intolerantes à lactose, por exem-
plo, em geral conseguem introduzir gradualmente laticínios em sua dieta. Há tam-
bém produtos que acrescentam a enzima para digestão da lactose aos laticínios,
tornando-os mais palatáveis aos intolerantes.
Uma alergia alimentar é um tipo muito diferente de reação que ocorre, não no
aparelho digestivo, mas no sistema imunológico. Seu sistema imunológico cria li-

NOVE: Tipo Sangüíneo 2 1 5
teralmente um anticorpo contra esse alimento. A reação é rápida e grave - erup-
ções, inchações, cólicas ou outros sintomas específicos que indicam que seu corpo
está lutando para se livrar do alimento venenoso.
Nada na natureza é perfeitamente predeterminado. Ocasionalmente tenho
tratado de pessoas que são alérgicas a um alimento de sua dieta de tipo sangüíneo.
A solução: simplesmente eliminar o alimento prejudicial. O principal é que você
tem mais a temer das lectinas desconhecidas que invadem seu organismo do que
de alergias a alimentos. Você pode não se sentir doente quando come o alimento,
mas ele afeta seu organismo assim mesmo. As pessoas de Tipo A também devem
ficar atentas para o fato de produzirem muco em excesso, e isso pode parecer uma
alergia, quando na verdade é uma conseqüência de alimentos produtores de muco,
que devem ser evitados.
Asma e rinite
As pessoas de Tipo O ganham o bolo da loteria da alergia com facilidade! Eles
são mais propensos a sofrer de asma, e mesmo de rinite, o tormento de muitos,
parece ser específica do sangue Tipo O. Uma ampla gama de pólens contém lectinas
que estimulam a liberação de poderosas histaminas e boom\ Coceiras, espirros,
coriza, falta de ar, tosse, olhos vermelhos e lacrimejantes - todos os sintomas da
alergia.
Muitas lectinas dos alimentos, especialmente o trigo, interagem com os
anticorpos IgE (imunoglobulina-E) encontrados no sangue. Esses anticorpos esti-
mulam os glóbulos brancos do sangue chamados basófilos a liberar não somente
histaminas, mas outros poderosos alérgenos químicos chamados cininas. Estes cau-
sam graves reações alérgicas, inchando os tecidos da garganta e constringindo os
pulmões.
Os que sofrem de asma e de rinite realmente melhoram quando seguem a
dieta recomendada para seu tipo de sangue. Por exemplo, as pessoas de Tipo O
que eliminam o trigo geralmente se livram de muitos de seus sintomas, como
espirros, problemas respiratórios, roncos e persistentes distúrbios digestivos.
As pessoas de Tipo A têm um problema diferente. Em vez de reações ao am-
biente, elas geralmente desenvolvem asma relacionada a estresse em conseqüên-
cia de seu perfil de estresse intenso (ver o Plano Tipo A). Quando os organismos
de Tipo A sofrem de excessiva produção de muco causada por escolhas dietéticas
inadequadas, essa condição piora a asma relacionada ao estresse. Os de Tipo A,
como você deve lembrar, produzem naturalmente grande quantidade de muco e
quando comem alimentos que produzem muco (como os laticínios), sofrem com a
produção excessiva dessa secreção, que pode exacerbar os problemas respiratórios.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Nesse caso, quando as pessoas de Tipo A têm o cuidado de evitar alimentos pro-
dutores de muco, e quando as causas de estresse são tratadas positivamente, sua
asma sempre melhora ou é eliminada.
Originalmente, as pessoas de Tipo B não são propensas a alergias. Elas pos-
suem um alto limiar alérgico, a menos que comam alimentos inadequados. Por
exemplo, as lectinas do frango e do milho, que são um veneno para o Tipo B,
provocam alergias mesmo nos mais resistentes organismos desse tipo sangüíneo.
As pessoas de Tipo AB parecem ter menos problemas com alergias, provavel-
mente porque seu sistema imunológico é o mais adaptável ao ambiente. A combi-
nação dos anticorpos de Tipo A e de Tipo B dá a essas pessoas uma dose dupla de
anticorpos para lutar contra a intrusão ambiental.
Doenças auto-imunes
As doenças auto-imunes são perturbações do sistema imunológico. Suas de-
fesas imunológicas desenvolvem uma espécie de grave amnésia; elas não se re-
conhecem mais. O resultado é que elas atuam cegamente, produzindo anticorpos
que atacam seus próprios tecidos. Esses anticorpos guerreiros pensam que estão
protegendo seu território mas, na verdade, estão é destruindo seus próprios
órgãos e provocando reações inflamatórias. Entre as doenças auto-imunes in-
cluem-se a artrite reumatóide, o lúpus nefrítíco, a síndrome da fadiga crônica/
Epstein-Barr, a esclerose múltipla e a esclerose lateral amiotrófica (doença de
Lou Gehrig).
ARTRITE
As pessoas de Tipo O são as que mais sofrem da doença auto-imune chamada
de artrite. O sistema imunológico de Tipo O é ambientalmente intolerante, e há
muitos alimentos - entre eles os cereais e as batatas - cujas lectinas produzem
reações inflamatórias em suas juntas.
Meu pai observou há muitos anos que os organismos de Tipo O tendem a
desenvolver uma persistente forma de artrite, uma deterioração crônica da cartila-
gem óssea. Essa é a espécie de artrite chamada de osteoartrite, particularmente
encontrada nos idosos. As pessoas de Tipo A tendem a desenvolver uma artrite
inflamatória, que é a forma reumatóide mais aguda dessa doença - uma dolorosa e
debilitante deformação de várias juntas.
Ao longo de minha própria prática, constatei que a maioria de meus pacientes
que sofrem de artrite reumatóide é de Tipo A. A anomalia que leva um Tipo A,
com seu organismo imunologicamente tolerante, a desenvolver essa forma de ar-

NOVE: Tipo Sangüíneo 217
trite deve estar relacionada a lectinas A-específicas. Animais de laboratório injeta-
dos com lectinas A-específicas desenvolveram inflamação e destruição de juntas
exatamente iguais à artrite reumatóide.
É também muito provável que haja uma conexão com o estresse. Alguns estu-
dos mostram que as pessoas com artrite reumatóide tendem a ser mais tensas e
menos resistentes emocionalmente. Quando elas têm mecanismos inadequados
para enfrentar os estresses da vida, a doença progride mais rapidamente. Isso faz
algum sentido à luz do que conhecemos a respeito do fator estresse e do fato de as
pessoas de Tipo A serem inerentemente muito tensas. As pessoas de Tipo A com
artrite reumatóide devem certamente incorporar técnicas de relaxamento diário,
bem como exercícios que acalmem.
SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA
Nos últimos anos, tratei de muitas pessoas que sofriam da incapacitante doen-
ça chamada de síndrome da fadiga crônica (SFG). Os primeiros sintomas são um
grande cansaço. Outros sintomas mais avançados incluem dores nos músculos e
nas juntas, persistente irritação na garganta, problemas digestivos, alergias e sen-
sibilidades químicas.
A conclusão mais importante que tirei de minhas pesquisas e clínica médi-
ca foi que a SFG pode não ser uma doença auto-imune e sim uma doença do
fígado. (Coloquei-a nesta seção porque é assim que as pessoas costumam
classificá-la.)
Embora a SFC pareça ser uma doença auto-imune ou virótica, é mais provável
que a causa fundamental seja um problema de metabolismo no fígado. Em outras
palavras, o fígado é incapaz de eliminar substâncias químicas. Em minha opinião,
somente este tipo de problema hepático poderia produzir efeitos imunológicos,
bem como efeitos característicos de outros sistemas como o digestivo ou o múscu-
lo-esquelético.
Descobri que os portadores de SFC de Tipo O, em particular, se dão muito
bem com suplementos de alcaçuz e potássio à sua Dieta de Tipo O. O alcaçuz
produz muitos efeitos no corpo, mas no fígado ele realmente se sobressai. Os
duetos biliares (onde a desintoxicação ocorre) tornam-se mais eficientes, com maior
proteção contra danos químicos. Essa remoção preliminar do estresse no fígado
parece influenciar positivamente as glândulas supra-renais e o nível de açúcar no
sangue, aumentando a energia e produzindo uma sensação de bem-estar. Os exer-
cícios específicos para o tipo sangüíneo também parecem servir como um valioso
guia para ajudar a retornar a formas apropriadas de atividade física. (NOTA: Por
favor não tome o alcaçuz sem a supervisão de um médico.)

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
RELATO DE CASO: SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA
Pelo Dr. John Prentice, Everett, Washington
Raren, 44: Tipo B
Meu colega, Dr. John Prentice, experimentou o Plano de Tipo Sangüíneo pela
primeira vez em uma paciente com grave SFC. Ele não estava totalmente conven-
cido de que o plano ia funcionar, mas como todos os esforços para ajudar sua grave-
mente enferma paciente falharam, ele me procurou quando ouviu falar sobre o
tratamento que eu estava adotando com pacientes de SFC.
Karen era um caso difícil. Ela vinha sofrendo de terrível fadiga em toda a sua
vida adulta e precisava de doze horas de sono toda noite desde que era adolescen-
te. E ainda tirava uma soneca quando podia. Nos últimos sete anos sua exaustão a
tinha impedido de manter um emprego. Além disso, seu pescoço, seus ombros e
suas costas doíam constantemente, e ela sofria de debilitantes dores de cabeça.
Recentemente, Karen vinha sofrendo terríveis ataques de ansiedade, com palpi-
tações cardíacas tão graves que ela ligava para a emergência. Parecia que sua circu-
lação estava parando, assim como todo o seu corpo.
Karen era uma mulher rica, mas a maior parte de sua herança fora gasta na
peregrinação pelos consultórios médicos. Ela já havia consultado mais de cin-
qüenta médicos, tanto convencionais como alternativos, antes de procurar o Dr.
Prentice.
O Dr. Prentice começou um tratamento de obediência estrita à dieta, suple-
mentos e exercícios do Tipo B com Karen. Tanto ele quanto Karen ficaram admi-
rados aos ver que em apenas uma semana ela sentiu um fantástico aumento de
energia. Em poucas semanas, a maioria de seus sintomas tinha desaparecido.
O Dr. Prentice me disse que atualmente Karen é outra pessoa. "É como um
mecanismo de relógio", disse ele. "Quando ela come 'fora' da dieta, seu corpo a
adverte com graves sintomas, de modo que ela se mantém estritamente fiel à
dieta." Ele me mostrou uma carta que ela lhe escreveu: "Tenho uma vida total-
mente nova. Todos os meus sintomas praticamente desapareceram e eu tenho
dois empregos e trabalho com grande energia durante quatorze horas por dia. Acre-
dito que a dieta é o segredo dessa notável mudança. Estou extremamente ativa e
sinto que nada pode me deter. Muitíssimo obrigada!"
ESCLEROSE MÚLTIPLA, DOENÇA DE LOU GEHRIG
Tanto a esclerose múltipla quanto a doença de Lou Gehrig (esclerose lateral
amiotrófica) ocorrem com muita freqüência em pessoas de Tipo B. Isso é um
exemplo da tendência do Tipo B para contrair doenças viróticas e neurológicas

NOVE: Tipo Sangüíneo 219
estranhas de desenvolvimento lento. A associação dessas doenças com o Tipo B
pode explicar por que os judeus, com grande número de pessoas de Tipo B, so-
frem dessas doenças mais do que outros grupos. Alguns pesquisadores acreditam
que a esclerose múltipla e a doença de Lou Gehrig são causadas por um vírus,
contraído na juventude, que tem uma afinidade com o Tipo B. O vírus não pode
ser combatido pelo sistema imunológico do Tipo B, pois este não pode produzir
anticorpos anti-B. O vírus se desenvolve lentamente e sem apresentar sintomas
até vinte ou mais anos depois de ter penetrado no organismo.
As pessoas de Tipo AB também correm o risco de ter essas doenças, uma vez
que seu organismo não produz anticorpos anti-B. As de Tipo A e as de Tipo O
parecem ser relativamente imunes devido a seus potentes anticorpos anti-B,
RELATO DE CASO: DOENÇA AUTO-IMUNE
Joan, 55: Tipo O
Joan, a esposa de meia-idade de um dentista, era um clássico exemplo da de-
vastação das doenças auto-imunes. Ela sofria de graves sintomas de fadiga crônica/
Epstein-Barr, artrite e tremendos desconfortos causados por gases e edemas. O
aparelho digestivo de Joan estava tão afetado que praticamente tudo o que ela
comia causava crises de diarréia. Na época em que veio ao meu consultório, ela
vinha lutando contra esses sintomas há mais de um ano. Não é preciso dizer que
ela estava terrivelmente enfraquecida e sofria muito. Estava também sem espe-
ranças. Uma vez que as doenças auto-imunes podem ser difíceis de diagnosticar,
muitas pessoas (mesmo alguns médicos) não acreditam que os portadores de
fadiga crônica sejam mesmo doentes. Imagine a humilhação e frustração de se
sentir mortalmente doente mas ter de ouvir as pessoas dizerem que é tudo ima-
ginação sua!
Pior ainda, o médico de Joan experimentou numerosas terapias com medica-
mentos, inclusive esteróides, que a deixaram mais doente e contribuíram para
aumentar suas inchações. Disseram-lhe também para adotar uma dieta de cereais
e leguminosas e limitar ou eliminar as carnes vermelhas - exatamente o oposto do
que essa pessoa de Tipo O deveria estar fazendo.
Por mais graves que os sintomas de Joan fossem, o tratamento foi muito sim-
ples - um programa de desintoxicação, a dieta de Tipo O e um regime de suple-
mentos nutritivos. Em duas semanas, Joan sentiu uma significativa melhora. Ao
completar seis meses, sentia-se novamente "normal". Atualmente, o nível de ener-
gia de Joan é bom, sua digestão é normal e sua artrite só se manifesta quando ela
se permite comer raramente um sanduíche ou um sorvete.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
RELATO DE CASO: LÚPUS
Pelo Dr. Thomas Kiiizel. especialista em naturopatia, Gresham, Oregon
Mareia, 30: Tipo A
Meu colega, Dr. Kruzel, mostrou-se interessado em tentar os tratamentos ba-
seados no tipo sangüíneo, mas a princípio estava cético. Tratava-se de um caso de
lúpus nefrítico que mostrou para ele o verdadeiro valor da determinação dos
antígenos sangüíneos para o tratamento da doença.
Mareia, uma frágil moça que sofria de lúpus, foi levada ao consultório do Dr.
Kruzel por seu irmão, depois de ter saído da UTI de um hospital. Seus rins tinham
parado de funcionar devido a reações imunológicas ligadas à sua doença. Ela fizera
hemodiálise durante várias semanas e se preparava para um transplante de rins
dentro de seis meses.
O Dr. Kruzel ouviu sua história e constatou que a dieta de Mareia era rica em
laticínios, trigo e carne vermelha - todos alimentos perigosos para uma pessoa
de Tipo A em suas condições. Ele lhe prescreveu uma dieta estritamente vege-
tariana, além de hidroterapia e medicamentos homeopáticos. Em duas semanas,
o estado de Mareia melhorou e a necessidade de hemodiálise diminuiu. Nota-
velmente, com dois meses de tratamento Mareia estava completamente livre
das diálises e seu transplante de rim foi cancelado. Três anos depois, ela ainda
continuava muito bem.
Doenças hematológicas
Não deve surpreender que as enfermidades ligadas ao sangue, como a anemia
e os distúrbios da coagulação, sejam determinadas pelo tipo sangüíneo.
ANEMIA PERNICIOSA
As pessoas de Tipo A são as que mais têm tendência a sofrer de anemia per-
niciosa, mas essa doença nada tem a ver com a dieta vegetariana de Tipo A. A
anemia perniciosa é uma conseqüência da deficiência de vitamina B12, e as pesso-
as de Tipo A têm muita dificuldade de absorver a vitamina Bu dos alimentos que
comem. As de Tipo AB também são propensas à anemia perniciosa, embora não
tanto quanto as de Tipo A.
O motivo dessa deficiência é que, para utilizar a vitamina B]2, o corpo necessi-
ta de altos níveis de ácido estomacal e da presença de um fator intrínseco, uma
substância química produzida pela mucosa do estômago que é responsável pela
assimilação de Bir As pessoas de Tipo Ae as de Tipo AB têm níveis mais baixos do
fator intrínseco do que as de outros tipos de sangue e não produzem muito ácido

NOVE: Tipo Sangüíneo 221
estomacal. Por essa razão, a maioria das pessoas de Tipo A e de Tipo AB que so-
frem de anemia perniciosa reagem melhor quando a vitamina Bu é administrada
por injeção. Eliminando a necessidade de que o processo digestivo o assimile, esse
potente e vital nutriente se torna disponível para o organismo em doses mais
concentradas. Esse é um dos casos em que as soluções dietéticas sozinhas não
funcionam, embora os organismos de Tipo A e de Tipo AB consigam absorver o
Floradix, um suplemento de ervas e ferro líquido.
As pessoas de Tipo O e de Tipo B não são propensas à anemia; elas possuem
altos níveis de ácido estomacal e de fator intrínseco.
RELATO DE CASO: ANEMIA
Por Jonathan V. Wright\ médico, Kent, Washington
Carol, 35: Tipo O
As dietas de tipo sangüíneo começaram a ser adotadas pela medicina conven-
cional quando as compartilhei com meus colegas. O Dr. Wright usou com sucesso
a dieta para tratar de uma mulher com deficiência crônica de ferro no sangue.
Carol tentou, sem sucesso, todas as formas disponíveis de suplementos de ferro.
O doutor Wright tentou inúmeros outros tratamentos também sem sucesso. A
única coisa que funcionou, ferro injetável, foi uma solução apenas temporária. Seus
níveis de ferro voltavam inevitavelmente a cair.
Anteriormente, eu havia falado com o Dr. Wright a respeito de meu trabalho
com lectinas e tipos sangüíneos e ele me pediu maiores detalhes. Decidira tentar
a Dieta de Tipo O com Carol. Depois de eliminadas as lectinas incompatíveis, que
deviam ter danificado os glóbulos vermelhos de seu sangue, e da adoção de uma
dieta rica em proteína animal, os níveis de ferro no sangue de Carol começaram a
subir e a suplementação anteriormente ineficaz passou a ajudar. O Dr. Wright e eu
chegamos à conclusão de que a aglutinação no aparelho digestivo provocada pelas
lectinas incompatíveis dos alimentos impedia a assimilação do ferro.
DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO
As pessoas de Tipo O enfrentam os maiores problemas quando precisam coa-
gular o sangue. Na maioria das vezes, as de Tipo O não possuem quantidade sufi-
ciente dos vários fatores de coagulação sangüínea. Isso pode ter graves conse-
qüências, principalmente durante cirurgias, ou em situações em que há perda de
sangue. As mulheres de Tipo O, por exemplo, tendem a perder muito mais sangue
depois do parto do que as de outros tipos de sangue.
Os de Tipo O que já tiveram doenças ou crises hemorrágicas devem dar prefe-
rência a alimentos que contêm clorofila para ajudar a modificar seus fatores de

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
coagulação. A ciorofila é encontrada em quase todas as hortaliças verdes e pode ser
tomada também como um suplemento.
As pessoas de Tipo A e de Tipo AB não sofrem de distúrbios da coagulação,
porém seu sangue mais espesso pode lhes trazer problemas em outras situações.
O sangue mais espesso apresenta maior tendência a depositar placas nas artérias -
razão por que os organismos de Tipo A e de Tipo AB são mais propensos a doenças
cardiovasculares. As mulheres de Tipo A e de Tipo AB podem ter problemas com
coágulos durante seus períodos menstruais se não mantiverem suas dietas sob
controle.
As pessoas de Tipo B não são propensas a sofrer de distúrbios da coagulação ou
de sangue espesso. Enquanto seguirem a Dieta Tipo B, seu equilibrado organismo
funcionará eficazmente.
Doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são epidêmicas nas sociedades ocidentais devido
a muitos fatores, como a dieta, a falta de exercícios, o fumo e o estresse.
Existe uma relação entre o tipo de sangue e a suscetibilidade à doença
cardiovascular? Quando o famoso Framingham (Massachusetts) Heart Study exa-
minou a conexão entre tipo sangüíneo e doença cardíaca, não encontrou uma dis-
tinção clara, em relação ao tipo de sangue, entre aqueles que sofrem do coração.
No entanto, descobriu uma forte conexão entre o tipo de sangue e os que sobrevi-
vem a doenças cardíacas. O estudo constatou que os pacientes cardíacos de Tipo
O entre as idades de trinta e nove e setenta e dois anos apresentam um índice
maior de sobrevivência do que os pacientes de Tipo A do mesmo grupo etário. Isso
era particularmente verdadeiro para homens entre as idades de cinqüenta e cin-
qüenta e nove anos.
Embora o Framingham Heart Study não tenha explorado esse assunto de um
modo realmente profundo, parece que os mesmos fatores ligados à sobrevivência
de doença cardíaca também oferecem alguma proteção para não pegar a doença
pela primeira vez. Dados esses fatores, fica claro que há maior risco para as pessoas
de Tipo A e de Tipo AB. Examinemos isso.
O mais importante fator é o colesterol, a principal causa de doença nas artérias
coronárias. A maior parte do colesterol de nosso corpo é produzido em nosso fíga-
do, mas há uma enzima chamada fosfatase, produzida no intestino delgado, que é
responsável pela absorção das gorduras dos alimentos. Altos níveis da fosfatase
alcalina, que acelera a absorção e o metabolismo das gorduras, leva a baixos níveis
de colesterol no soro sangüíneo. As pessoas de Tipo O normalmente apresentam
os mais altos níveis naturais dessa enzima. Nas de Tipo B, AB e A, a enzima fosfatase

NOVE: Tipo Sangüíneo 223
alcalina se apresenta em níveis decrescentes, sendo que as de Tipo B têm o nível
mais elevado depois das de Tipo O.
Outros fatores que influem no alto índice de sobrevivência entre os de Tipo O
são os de coagulação sangüínea. Como explicamos anteriormente, os de Tipo O
possuem poucos fatores de coagulação em seu sangue. Esse defeito no sangue
Tipo O pode na verdade ser uma vantagem, uma vez que esse sangue essencial-
mente mais ralo é menos propenso a depositar placas que podem obstruir a circu-
lação arterial. Por outro lado, o Tipo A, e numa extensão ligeiramente menor, o
Tipo AB, têm um nível seguramente mais alto de colesteroí e triglicerídeos (gor-
duras do sangue) no soro do que os tipos O e B.
RELATO DE CASO: DOENÇA CARDÍACA
Wilma, 52: Tipo O
Wilma era uma libanesa de cinqüenta e dois anos com uma grave doença
cardiovascular. Quando a examinei pela primeira vez, ela havia saído recentemen-
te do hospital após ser submetida a uma angioplastia, procedimento usado para
tratar artérias coronãrias obstruídas. Wilma me informou que sua taxa de colesteroí
estava acima de 350 na época do primeiro diagnóstico (a normal fica entre 200 e
220) e que três de suas artérias estavam com mais de 80 por cento de obstrução.
A doença de Wilma era um tanto surpreendente, pois tinha sangue Tipo O, e a
incidência de doenças cardíacas nas pessoas desse tipo sangüíneo normalmente
fica abaixo da média. Ela era também mais jovem do que a maioria das mulheres
que apresentam obstrução tão grave; as mulheres costumam não desenvolver doen-
ça cardíaca até muito tempo após a menopausa. (Lembre-se, porém, de que sem-
pre há exceções. As suscetibilidades não são indiscutíveis!)
Wilma havia mantido sempre a dieta tradicional libanesa, que inclui grande
quantidade de azeite de oliveira, peixe e cereais, alimentos que a maioria dos
médicos considera saudáveis para o sistema circulatório. Contudo, cinco anos an-
tes, com a idade de quarenta e sete anos, ela começou a sentir dor no pescoço e
nos braços. Nem lhe ocorreu que pudesse estar doente do coração! Achou que a
dor seria causada por artrite e ficou desnorteada quando o médico lhe disse que
seu problema era anginapectoris, dor causada por deficiência de sangue e oxigênio
no músculo cardíaco.
Depois da angioplastia, o cardiologista de Wilma recomendou que ela come-
çasse a tomar Mevacor, medicamento que reduz o colesteroí. Consumidora bem
informada de produtos para a saúde, Wilma se preocupou com os problemas a
longo prazo da terapia com drogas e resolveu tentar uma alternativa natural antes
de optar por remédios. Foi então que me procurou.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Gomo Wilma tinha Tipo O, sugeri que acrescentasse carne vermelha magra
em sua dieta. Devido a seu estado, era compreensível que Ficasse temerosa de
comer alimentos normalmente proibidos para pessoas com colesterol alto ou do-
enças do coração. Ela consultou imediatamente seu cardiologista, o qual - como
seria de esperar - ficou estarrecido com a idéia. Mais uma vez, ele insistiu que ela
tomasse Mevacor. Mas Wilma tinha realmente grande resistência a terapias com
drogas, de modo que decidiu seguir a Dieta Tipo O por três meses e fazer uma
verificação da taxa de colesterol depois desse prazo.
Wilma confirmou muitas de minhas teorias a respeito da suscetibilidade ao
colesterol alto. Muitas vezes, devido à hereditariedade ou a outros mecanismos, as
pessoas possuem altos níveis de colesterol em seu sangue a despeito de dietas
severamente restritas. Normalmente elas têm algum defeito na manipulação do
metabolismo interno do colesterol. Minha suspeita é que quando as pessoas de
Tipo O comem uma grande quantidade de certos carboidratos (geralmente deri-
vados de trigo), isso modifica a eficácia de sua insulina, tornando-a mais potente e
duradoura. Devido à maior atividade da insulina, o corpo armazena mais gordura
nos tecidos e eleva os estoques de triglicerídeos.
Além de aconselhar Wilma a aumentara porcentagem de carnes vermelhas em
sua dieta, também ajudei-a a encontrar substitutos para a grande quantidade de
trigo que ela consumia e lhe prescrevi um extrato de pilriteiro (uma erva usada
como tônico do coração e das artérias) e uma pequena dose de niacina, uma vita-
mina B que ajuda a reduzir os níveis de colesterol.
Wilma era uma secretária-executiva com um emprego estressante e fazia mui-
to pouco exercício. Ela ficou admirada quando lhe expliquei a relação entre estresse
e atividade física em pessoas com tipo de sangue O, bem como a relação entre
estresse e doenças do coração. Ela nunca fora uma praticante de exercícios, de
modo que não sabia por onde começar. Recomendei-lhe de início um programa de
caminhadas para gradualmente aumentar sua capacidade aeróbica. Após algumas
semanas, Wilma contou que aquelas caminhadas eram uma dádiva; nunca se sen-
tira melhor.
Em seis meses o colesterol de Wilma caiu verticalmente, sem medicamentos,
para 187, ponto em que se estabilizou. Ela estava exultante por conseguir manter
o colesterol em nível normal. Isso parecia impossível.
O naturopata estagiário que trabalhava em meu consultório ficou admirado e
perplexo. Todas as evidências convencionais indicam que as pessoas com colesterol
alto devem evitar carnes vermelhas, contudo Wilma recuperava-se a olhos vistos.
O elo perdido era o tipo de sangue.

NOVE: Tipo Sangüíneo 225
RELATO DE CASO: COLESTEROL PERIGOSAMENTE ALTO
John, 23: Tipo O
John, um colega recém-formado, tinha um colesterol nas alturas, alto nível de
triglicerídeos e também de açúcar no sangue. Esses eram sintomas muito pouco
comuns em um jovem - principalmente porque tratava-se de um Tipo O. Como
sua família tinha muitos casos de doenças cardíacas, naturalmente seus pais esta-
vam alarmados. Após extensos e minuciosos exames em Yale, em consultas a
cardiologistas, John me contou que sua predisposição genética estava impedindo
que a medicação para reduzir o colesterol fizesse efeito. Na verdade, disseram a
John que ele estava destinado a desenvolver uma doença na artéria coronária -
mais cedo ou ma/s tarde.
No consultório, John parecia deprimido e Jetárgico. Ele se queixava de grave
fadiga. "Eu gostava de fazer planos", disse ele, "mas agora não tenho energia para
isso." John sofria também de freqüentes irritações na garganta e inchações nas
glândulas. Já tivera mononucleose e dois acometimentos distintos da doença de
Lyme.
John seguia há algum tempo uma dieta vegetariana prescrita por seu
cardiologista. Admitia, porém, que se sentia pior com a dieta e não melhor.
Após somente algumas semanas de Dieta Tipo O, contudo, os resultados fo-
ram espantosos. Em cinco meses, o colesterol, os triglicerídeos e o açúcar no san-
gue de John caíram a níveis normais. Um novo exame de sangue após três meses
apresentou resultados semelhantes.
Se John continuasse a seguir a Dieta Tipo O, a fazer regularmente exercícios e
a tomar suplementos nutritivos, haveria uma grande possibilidade de que ele su-
perasse as desvantagens de sua herança genética.
HIPERTENSÃO
Trabalhando constantemente dentro de nós está a dinâmica força de nosso
coração, que bate ritmicamente para enviar o sangue a todas as partes de nosso
corpo. O processo normalmente é tão suave que raramente tomamos consciência
dele. É por isso que a hipertensão é chamada de assassino silencioso. É possível
ter hipertensão e ignorar totalmente.
Quando se verifica a pressão arterial, dois números aparecem. O registro sistólico
(o número mais alto) mede a pressão das artérias quando o coração bombeia o
sangue. O diastólico (o número mais baixo) mede a pressão das artérias quando o
coração descansa entre duas batidas.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
A pressão sístólica normal é 120, e a pressão diastólíca normal é 80-ou 120 por
80 (12/8). A pressão de 14/9 é considerada alta abaixo dos quarenta anos e, acima
dessa faixa etária, considera-se alta a pressão de 16/9,5.
Dependendo da gravidade e duração, a hipertensão não tratada abre a porta
para uma série de problemas, inclusive ataques cardíacos.
Pouco se sabe sobre a relação entre tipo de sangue e os fatores de risco de
hipertensão. Contudo, a hipertensão muitas vezes ocorre juntamente com doen-
ças do coração, portanto as pessoas de tipos A e AB devem ser particularmente
vigilantes.
A hipertensão compartilha os mesmos fatores de risco das doenças cardio-
vasculares. Os fumantes, os diabéticos, as mulheres após a menopausa, os obesos,
os sedentários e as pessoas em situações estressantes devem prestar uma atenção
especial aos detalhes de seu programa de tipo sangüíneo - principalmente para as
recomendações sobre dieta e exercícios.
RELATO DE CASO: HIPERTENSÃO
Bill, 54: Tipo A
Bil! era um corretor de títulos de meia-idade com pressão alta. Quando o
examinei pela primeira vez em meu consultório em março de 1991, sua pressão
sangüínea era quase explosiva: 15/10 a 13,5/10,5. Não foi difícil encontrar a ex-
plicação para esses números em sua vida inacreditavelmente estressante, que
incluía uma sociedade numa poderosa empresa e uma série de problemas do-
mésticos. Contra a insistência de seu médico, Bill tinha parado de tomar sua
medicação para pressão alta porque ela o deixava com tonturas e constipação.
Ele desejava tentar uma terapia mais natural, mas isso tinha de ser feito ime-
diatamente.
Recomendei para Bill a Dieta Tipo A - adaptada às preferências desse cor-
pulento ítalo-americano. E comecei imediatamente a combater o estresse de
Bill com o regime de exercícios indicado para as pessoas de Tipo A. Ele a princí-
pio ficou pouco à vontade por ter de praticar ioga e exercícios de relaxamento,
mas logo se convenceu quando viu como se sentia mais calmo e bem-humorado.
Nessa primeira consulta, Bill também confidenciou que tinha um problema
especial de natureza diferente. Ele e seus sócios estavam negociando um plano de
saúde para sua empresa e se sua hipertensão fosse detectada pelo exame de saúde
da seguradora, sua empresa teria de pagar um prêmio bem mais elevado. Utilizan-
do as técnicas de redução de estresse, a Dieta Tipo A e várias ervas, Bill passou
tranqüilamente no exame de saúde.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Se a diarréia é causada por alergia ou intolerância relacionadas a alimentos, a
criança pode muitas vezes apresentar outros sintomas, que vão de olheiras ou in-
citações em torno dos olhos a eczema, psoríase ou asma.
A menos que a diarréia seja conseqüência de uma afecção mais grave, como
uma infecção parasitária, uma obstrução intestinal parcial ou uma inflamação, ela
geralmente desaparece com o tempo. Se as fezes de seu filho apresentarem san-
gue ou muco, contudo, procure imediatamente o médico. A diarréia aguda tam-
bém pode ser infecciosa; para proteger o restante de sua família do contágio, é
aconselhável estabelecer estritos padrões de higiene.
Para restabelecer o equilíbrio de líquidos no organismo de seu filho durante as
crises de diarréia, restrinja os sucos de fruta. Em vez disso, alimente-o com sopas
de leguminosas e caldo de carne. Iogurte com culturas dei. acidophilusativo ajuda
a manter a flora intestinal.
INFECÇÕES DE OUVIDO
Talvez quatro entre dez crianças de seis anos de idade tenham infecção de
ouvido crônica. Crônica aqui significa ter cinco, dez, quinze e mesmo vinte infec-
ções durante cada inverno, uma atrás da outra. A maioria dessas crianças tem aler-
gias tanto a partículas do ambiente quanto a alimentos. A melhor solução é a dieta
de tipo sangüíneo.
O procedimento convencional para a otite é a terapia antibiótica. Contudo, ele
é obviamente falho quando se trata de uma infecção crônica. Se tratarmos as causas
fundamentais do problema primeiro em vez de aplicarmos a panacéia da moda - e
com isso quero me referir aos mais novos e sofisticados tipos de antibióticos - tere-
mos uma oportunidade de permitir ao corpo elaborar sua própria resposta poderosa.
Para os iniciantes, é útil conhecer as suscetibilidades do tipo sangüíneo.
As crianças que têm Tipo A e Tipo AB apresentam maiores problemas com
secreção de muco devido a dietas inadequadas - um fator para a infecção de ouvi-
do. Nas crianças de Tipo A, os laticínios geralmente são os culpados, enquanto as
de Tipo AB podem mostrar sensibilidade ao milho, além do leite. Em geral, essas
crianças são também mais propensas a ter problemas respiratórios e de garganta,
que muitas vezes atingem os ouvidos. Devido ao fato de os sistemas imunológicos
das crianças de Tipo A e de Tipo AB serem tolerantes a um amplo espectro de
bactérias, alguns de seus problemas derivam da falta de uma reação agressiva às
infecções do organismo. Vários estudos mostraram que as secreções do ouvido de
crianças com um histórico de infecções crônicas de ouvido não apresentam subs-
tâncias químicas específicas, chamadas complementos, que são necessárias para
atacar e destruir as bactérias. Um outro estudo mostrou que a lectina do soro,
chamada proteína de ligação da manose, não existe nas secreções do ouvido de crianças

NOVE: Tipo Sangüíneo 229
com infccções crônicas. Parece que essa lectina liga açúcares existentes na superfí-
cie das bactérias à manose e os aglutina, permitindo que elas sejam removidas mais
rapidamente. Esses importantes fatores imunológicos acabam provocando sua pró-
pria acumulação, o que pode ajudar a explicar por que a freqüência de infecções de
ouvido gradualmente diminui à medida que a criança cresce. Atém da dieta, o trata-
mento de crianças de Tipo A e de Tipo AB com infecções de ouvido quase sempre
implica o aumento de sua imunidade. O modo mais simples de aumentar a imunida-
de dessas crianças é reduzir sua ingestão de açúcar. Numerosos estudos vêm de-
monstrando que o açúcar deprime o sistema imunológico, tornando os glóbulos bran-
cos do sangue apáticos e pouco inclinados a atacar os organismos invasores.
Os naturopatas vêm usando há muitos anos um suave estimulante imunológico
derivado da erva equinácea (Echinaceapurpurea). A princípio utilizada pelos índios
norte-americanos, a equinácea tem as extraordinárias propriedades de serão mes-
mo tempo inofensiva e eficaz como estimulante da imunidade do organismo con-
tra vírus e bactérias. Uma vez que muitas das funções que a equinácea aumenta
dependem de adequados níveis de vitamina C, geralmente prescrevo um extrato
de frutos de roseira silvestre ricos em vitamina C. Nos últimos três anos venho
usando um extrato do lariço ocidental como uma espécie de superequinácea. Esse
produto, originário da indústria de produção de polpa de papel, contém compo-
nentes ativos muito mais concentrados do que a equinácea. Em minha opinião,
esse produto é uma descoberta animadora que pode revolucionar o tratamento de
várias deficiências imunológicas, inclusive as infecções de ouvido. Estou certo de
que vamos ouvir falar muito sobre ele em um futuro bem próximo. (Veja o Apêndi-
ce F para maiores detalhes.)
As infecções de ouvido são terrivelmente dolorosas para as crianças e nem um
pouco agradáveis para os pais também. A maioria dessas infecções é uma acumula-
ção de gases e fluidos nocivos no ouvido médio devido a uma obstrução em um
tubo de ligação, a trompa de Eustáquio. Esse tubo pode inflamar devido a reações
alérgicas, ao enfraquecimento dos tecidos que o envolvem ou a infecções.
Muitos pais sentem-se cada vez mais frustrados com a crescente ineficácia dos
antibióticos em relação às infecções de ouvido. Há uma razão para que isso acon-
teça. A primeira infecção de ouvido de um bebê é normalmente tratada com um
antibiótico suave como a amoxicilina. Na próxima infecção de ouvido da criança, a
amoxicilina é dada novamente. A sempre mais resistente infecção acaba voltando
e a amoxicilina não é mais eficaz. A escalada - o processo de usar drogas cada vez
mais potentes e tratamentos sempre mais invasivos - começa.
Quando os antibióticos não atuam mais e as infecções dolorosas continuam,
realiza-se uma miringotomia. Este é um processo no qual finos tubos chamados
grommets são implantados cirurgicamente através do tímpano para aumentar a dre-
nagem de líquidos do ouvido médio para a garganta.

1 24 A Dieta do Tipo Sangüíneo
Quando trato infecções crônicas, eu me concentro nas maneiras de prevenir
recorrências. É inútil tentar resolver uma crise com uma rápida dose de antibióti-
cos quando se sabe que uma outra crise já está a caminho. Quase sempre, encon-
tro a solução na dieta.
Examino muitas crianças em meu consultório, com todos os tipos de sangue.
Descobri que qualquer criança pode contrair infecção de ouvido crônica se comer
alimentos inadequados a seu organismo. Nunca encontrei um caso em que não
houvesse uma óbvia conexão com um alimento favorito da criança.
As crianças de Tipo O e as de Tipo B parecem contrair infecções de ouvido
menos freqüentemente, e quando isso ocorre, são em geral mais fáceis de tratar. Na
maioria das-vezes, uma mudança na dieta é suficiente para eliminar o problema.
Em crianças de Tipo B, o culpado normalmente é uma infecção virótica que
leva à infecção com uma bactéria chamada HemophUus a que o Tipo B é excepcio-
nalmente suscetível. O tratamento dietético implica a restrição de tomates, mi-
lho e frango. As lectinas desses alimentos reagem com a mucosa do aparelho diges-
tivo, causando inflamação e secreção de muco, que geralmente passa para os ouvi-
dos e a garganta.
Minha impressão pessoal é que as infecções de ouvido podem ser evitadas nas
crianças de Tipo O simplesmente pela amamentação em vez de alimentação arti-
ficial por mamadeira. A amamentação durante o primeiro ano mais ou menos per-
mite que o sistema imunológico e o aparelho digestivo da criança tenham tempo
para se desenvolver. As crianças de Tipo O podem também evitar as infecções de
ouvido se não comerem produtos de trigo e laticínios. Eles são extraordinariamen-
te sensíveis a esses alimentos na tenra idade, mas sua imunidade pode ser facil-
mente aumentada pelo consumo de proteínas de maior valor como os peixes e as
carnes vermelhas magras.
Mudanças dietéticas muitas vezes são difíceis para crianças que sofrem de
constantes infecções de ouvido. Seu sofrimento geralmente leva seus ansiosos
pais a deixarem que elas comam o que quiserem, pensando que isso pode confortá-
las. Muitas dessas crianças acabam adquirindo um paladar exigente, comendo ape-
nas uma reduzida variedade de alimentos, e muitas vezes exatamente aqueles que
lhes provocam a doença!
RELATO DE CASO: INFECÇÃO DE OUVIDO
Tony, 7: Tipo B
Tony era um garoto de sete anos que sofria de constantes infecções de ouvido.
Quando sua mãe o trouxe peta primeira vez ao meu consultório, em janeiro de
1993, ela estava desesperada. Tony contraía uma nova infecção de ouvido imedia-

NOVE: Tipo Sangüíneo 231
tamente após ter parado de tomar o antibiótico usado para tratar da infecção ante-
rior - na proporção de dez a quinze infecções por cada período de inverno. Ele
havia feito miringotomiaduas vezes, sem resultado. Esse era um exemplo perfeito
de uma criança submetida à rotina dos antibióticos - tipos cada vez mais potentes
de antibióticos com menores resultados.
Minhas primeiras perguntas à mãe de Tony foram a respeito de dieta. Ela
estava um pouco na defensiva.
- Ah, eu acho que o problema não é esse - disse-me comemos muito bem,
muito frango, peixe, frutas e hortaliças.
Dirigindo-me a Tony, perguntei:
- Quais são suas comidas favoritas?
- Nuggets de frango - respondeu com entusiasmo.
- Você gosta de milho no sabugo?
- Gosto!
- E é aí que está o problema - disse eu para a mãe de Tony -, seu filho é
alérgico a frango e milho.
- Ele é? - ela olhou para mim cheia de dúvida. - Como é que você sabe?
- Porque ele tem sangue Tipo B - respondi.
Expliquei a relação do tipo de sangue com os alimentos e, embora a mãe de
Tony não estivesse muito convencida, sugeri que alimentasse Tony com a Dieta
Tipo B por dois ou três meses para ver o que acontecia.
O resto, como costumam dizer, é história. Ao longo dos próximos dois anos
Tony passou muito bem, contraindo em gera! uma única infecção de ouvido por
estação - ao contrário de seu índice anterior de dez a quinze, Essas infecções
isoladas foram fáceis de tratar tanto com métodos naturopáticos quanto com anti-
bióticos suaves e de baixa potência.
HIPERATIVIDADE E DISTÚRBIOS DO APRENDIZADO
Há várias causas diferentes para o distúrbio de déficit de atenção (DDA), e
ainda precisamos de muito mais informação antes de podermos estabelecer uma
conexão com o tipo de sangue. Podemos, no entanto, tirar algum proveito de nos-
so conhecimento a respeito do modo como os diversos tipos sangüíneos reagem a
seus ambientes. Por exemplo, meu pai observou durante trinta e cinco anos de
prática que as crianças de Tipo O são mais felizes, mais saudáveis e mais atentas
quando têm oportunidade de se exercitar até o máximo de seu potencial. Uma
criança de Tipo O com DDA deve ser estimulada a exercitar-se tanto quanto pos-
sível. Isso deve incluir aulas adicionais de ginástica ou esportes coletivos. As crian-

232 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
ças de Tipo Ae as de Tipo AB, por outro lado, parecem beneficiar-se de atividades
que estimulem o desenvolvimento de habilidades sensoriais e táteis, como a es-
cultura e o artesanato, e as técnicas de relaxamento, como a respiração profunda.
As crianças de Tipo B se dão bem com a natação e os exercícios calistênicos.
Há alguns debates entre os pesquisadores sobre se a DDA é conseqüência de
um distúrbio no metabolismo do açúcar ou alergia a corantes ou outras substâncias
químicas. Não se chegou a nenhuma conclusão definitiva nesse ponto, embora eu
tenha notado que crianças com DDA tendem a ser inacreditavelmente exigentes
em relação a comidas - o que pode indicar uma conexão dietética.
Recentemente descobri uma interessante conexão que pode relacionar forte-
mente as crianças de Tipo O com a DDA. Trouxeram a meu consultório uma crian-
ça com sangue Tipo O que sofria de DDA e de anemia branda. Indiquei-lhe uma
dieta rica em proteína e lhe prescrevi suplementos de vitamina , e ácido fólico,
e a anemia desapareceu. Mas sua mãe notou também uma nítida melhoria no grau
de atenção de seu filho. Tratei posteriormente várias crianças de Tipo O acometi-
das de DDA com baixas doses dessas vitaminas e consegui melhorias que vão de
pequenas a notáveis.
Se seu filho tem DDA, consulte um nutricionista a respeito de suplementação
com vitamina Bi2 e ácido fólico, além de adotar a dieta de tipo sangüíneo.
INFECÇÃO NA GARGANTA POR ESTREPTOCOCOS,
MONONUCLEOSE E CAXUMBA
Como os sintomas da mononucleose e da infecção de garganta por estreptococos
são semelhantes, muitas vezes é difícil que os pais diferenciem uma doença da
outra, Uma criança acometida de uma dessas doenças pode apresentar um ou mais
dos seguintes sintomas: dor na garganta, mai-estar, febre, calafrios, dor de cabeça,
glândulas ou amígdalas inflamadas. Um exame de sangue e uma cultura de labora-
tório podem ser necessários para determinar que tipo de doença está causando o
problema.
A infecção por estreptococos, causada por bactérias que recebem esse nome,
muitas vezes apresenta sintomas adicionais de coriza, tosse, dor de ouvido, placas
brancas ou amarelas na parte posterior da garganta e uma erupção que começa no
pescoço e no peito e se espalha pelo abdômen e extremidades. O diagnóstico da
infecção por estreptococos se baseia em sintomas clínicos e na cultura de material
da garganta. O tratamento padrão inclui antibióticos, repouso e aspirina e líquidos
para as dores e a febre.
Mais uma vez, o foco do tratamento é o combate imediato da infecção e não a
solução das questões de saúde mais amplas e a mais longo prazo. Principalmente
quando seu filho sofre de infecções freqüentes, a terapia convencional é ineficaz.

234 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
é a destruição das células beta do pâncreas, que são as únicas células capazes de
produzir insulina.
Embora não haja atualmente nenhum tratamento alternativo natural para a
terapia de reposição da insulina por via injetável nos diabéticos do tipo I, um
importante remédio natural cujo uso merece ser considerado é a quercetina, um
antioxidante derivado de plantas.
Foi demonstrado que a quercetina ajuda a prevenir muitas complicações
provocadas pelo diabetes que dura a vida toda, como cataratas, neuropatias e pro-
blemas cardiovasculares. Consulte um nutricionista especializado no uso de
fitoquímicos se você pretende adotar algum tratamento natural para o diabetes;
você pode ter de ajustar sua dosagem de insulina.
Os diabéticos do tipo II apresentam altos níveis de insulina em sua corrente
sangüínea, mas seus tecidos não têm sensibilidade à insulina. Esse estado desen-
volve-se ao longo do tempo e normalmente é o resultado de uma dieta pobre. O
diabetes do tipo II muitas vezes é encontrado em pessoas de Tipo O que vêm
comendo laticínios, trigo e milho há muitos anos; e em pessoas de Tipo A que
comem muita carne e laticínios. Os diabéticos tipo II geralmente são gordos, têm
alta taxa de colesterol e pressão elevada - sinais de dieta pobre e falta de exercícios.
Em relação a isso, qualquer tipo de sangue pode desenvolver o diabetes do tipo II.
O único tratamento eficaz para o diabetes do tipo II é dieta e exercício. Sua
dieta de tipo sangüíneo e seu regime de exercícios podem dar resultado se você
segui-los estritamente. Um complexo de vitamina B de alta potência também
pode ajudar a conter a intolerância à insulina. Mais uma vez, consulte um médico
e um nutricionista antes de tomar qualquer substância para tratar seu diabetes.
Você pode ter de ajustar a dosagem de sua medicação diabética.
Distúrbios digestivos
CONST1PAÇÃO
A constipação ou prisão de ventre ocorre quando as fezes são excepcionalmen-
te duras ou quando o padrão de evacuação de uma pessoa mudou e tornou-se
menos freqüente. A maioria da constipação crônica é causada por hábitos inade-
quados de evacuação ou refeições irregulares, com uma dieta pobre em fibras e na
quantidade de água. Entre outras causas incluem-se o uso habitual de laxantes, uma
rotina diária corrida e estressante e viagens que exijam ajustamento abrupto dos
padrões de alimentação e de sono. Falta de exercício físico, doença grave, condições
retais dolorosas e alguns medicamentos também podem causar constipação.
Todos os tipos de sangue são suscetíveis à constipação em determinadas cir-
cunstâncias. A constipação não é tanto uma doença quanto um sinal de que algu-

NOVE: Tipo Sangüíneo 235
ma coisa está errada em nosso sistema digestivo. Você pode encontrar a maior
parte das explicações em sua dieta.
Você está comendo alimentos suficientemente ricos em fibras? Está bebendo
bastante líquido - principalmente água e sucos? Faz exercícios regularmente?
Muitas pessoas simplesmente tomam um laxante quando têm prisão de ven-
tre. Mas isso não elimina as causas sistêmicas da constipação. A solução a longo
prazo está na dieta. Contudo, as pessoas de Tipo A, Tipo B e Tipo AB podem
suplementar sua dieta com farelo de trigo ou outros cereais. As de Tipo O, além de
comerem muitas frutas e hortaliças fíbrosas, podem tomar um suplemento de
butirato, um agente natural da formação do bolo intestinal, que substitui o farelo
de trigo, não aconselhável para eles.
DOENÇA DE CROHN E COUTE
Estas são doenças depauperantes e enervantes que acrescentam os elementos
da incerteza, dor, perda de sangue e sofrimento ao processo de eliminação. Muitas
Iectinas que podem causar irritação digestiva atacam as mucosas do aparelho di-
gestivo. Como muitas das Iectinas dos alimentos são específicas de determinado
tipo sangüíneo, é possível que cada tipo sangüíneo desenvolva o mesmo problema
provocado por diferentes alimentos.
Nas pessoas de Tipo A e de Tipo AB, a doença de Crohn e a colite geralmente
implicam um maior componente de estresse. Se você tem sangue Tipo A ou Tipo
AB e sofre de doença intestinal inflamatória, preste muita atenção para seus pa-
drões de estresse e consulte a explicação sobre estresse em seu Plano de Tipo
Sangüíneo.
As pessoas de Tipo O tendem a desenvolver as formas mais ulcerativas de colite
que causam perda de sangue nas fezes. Isso se deve provavelmente à deficiência de
fatores adequados de coagulação em seu sangue. As pessoas de tipos A, AB e B são
mais propensas a desenvolver a colite mucosa, que não implica perda de sangue. Em
ambos os casos, siga a dieta de seu tipo de sangue. Assim você vai evitar as Iectinas
que podem agravar seu estado e sentirá que seus sintomas diminuem.
RELATO DE CASO: SÍNDROME DE CÓLON IRRITÁVEL
Virgínia, 26: Tipo O
Examinei Virgínia, uma jovem de vinte e seis anos com problema intestinal
crônico, pela primeira vez há três anos, depois que ela tinha feito prolongado tra-
tamento com vários gastroenterologistas convencionais. Seus problemas incluíam
síndrome de cólon irritável crônica com dolorosa constipação que se alternava
com uma imprevisível e quase explosiva diarréia, que muitas vezes a impedia de

236 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
sair de casa. Ela sofria também de fadiga e ligeira anemia crônicas. Seus médicos
anteriores fizeram uma enorme quantidade de exames (no valor de US$27.000!) e
recomendaram apenas que tomasse remédios antiespasmódicos e uma porção diá-
ria de fibras. Os testes para detectar alergias a alimentos não deram resultado.
Virgínia era uma vegetariana que seguia uma dieta macrobiótica estrita, e detectei
imediatamente os alimentos de sua dieta que lhe causavam problemas. A ausência
de carne foi o primeiro fator. Ela era também incapaz de digerir apropriadamente
os cereais e massas que comia como prato principal.
Uma vez que Virgínia era do Tipo O, recomendei uma dieta rica em proteína,
que incluía carnes vermelhas magras, peixe e aves, e frutas frescas e verduras.
Como o aparelho digestivo de Tipo O não tolera muito bem a maioria dos cereais,
sugeri que ela evitasse totalmente trigo integral e limitei severamente seu consu-
mo de outros cereais.
Inicialmente, Virgínia resistiu à idéia de fazer essas mudanças em sua dieta.
Ela era uma vegetariana e acreditava que sua dieta dessa época era de fato saudá-
vel. Mas insisti para que ela refletisse. "Como essa dieta a tem ajudado realmente,
Virgínia?", perguntei. "Você parece estar bem doente."
Finalmente, convenci-a a tentar minha dieta por um período limitado de tempo.
Em oito semanas Virgínia voltou parecendo sadia e forte, com as feições coradas. Ela
vangloriou-se de ter melhorado 90 por cento de seus problemas de intestino. Exa-
mes de sangue mostraram que sua anemia tinha desaparecido, e ela disse que seu
nível de energia estava quase normal. A segunda visita de controle um mês depois
permitiu-me dar alta a Virgínia, completamente livre de problemas intestinais.
RELATO DE CASO: DOENÇA DE CROHN
Yehuda, 50: Tipo O
Examinei Yehuda, um judeu de meia-idade, pela primeira vez em julho de
1992, para tratar de uma grave doença de Crohn. A essa altura ele já havia feito
várias cirurgias intestinais para remover trechos obstruídos de seu intestino delga-
do. Passei uma dieta sem produtos de trigo para Yehuda, com ênfase nas carnes
magras e legumes cozidos no vapor, Prescrevi-lhe também um potente extrato de
alcaçuz e o oleoso ácido butírico.
A obediência de Yehuda foi exemplar, uma prova do interesse dele e de sua
família por sua saúde. Por exemplo, sua mulher, a filha de um padeiro, fez para ele
um pão especial sem trigo. Yehuda tomou seus suplementos, inclusive o alcaçuz,
rigorosamente, como tudo que ele faz.
Desde o início, Yehuda melhorou sensivelmente. Até o momento ele conti-
nua assintomático, embora tenha ainda de tomar cuidado com a ingestão de

NOVE: Tipo Sangüíneo 237
cereais e laticínios, uma vez que eles dificultam sua digestão. Ele nunca mais
precisou de outra cirurgia, embora seu gastroenterologista tenha afirmado que
isso seria inevitável.
RELATO DE CASO: DOENÇA DE CROHN
Sarah, 35: Tipo B
Sarah era uma mulher de trinta e cinco anos, com ascendentes da Europa orien-
tal. Ela veio pela primeira vez a meu consultório em junho de 1993 para tratamen-
to da doença de Crohn. Sarah já havia feito várias cirurgias para remover tecidos
necrosados do intestino, era anêmica e sofria de diarréia crônica.
Prescrevi uma dieta Tipo B básica, recomendando a Sarah que eliminasse frango
e outros alimentos que contêm Iectinas prejudiciais ao Tipo B. Usei também su-
plementos de alcaçuz e ácidos gordurosos como parte de sua receita.
Sarah cooperou muito. Em quatro meses, a maioria de seus sintomas digesti-
vos, inclusive a diarréia, havia desaparecido. Como desejava ter mais filhos, Sarah
submeteu-se recentemente a uma cirurgia para remover um tecido necrosado de
seu intestino que havia aderido a seu útero. Seu cirurgião lhe disse que não havia
mais sinal de doença de Crohn em qualquer parte de sua cavidade abdominal.
ALIMENTOS VENENOSOS
Qualquer um pode se intoxicar com alimentos. Mas alguns tipos de sangue são
naturalmente mais suscetíveis devido à fraqueza de seu sistema imunológico. As
pessoas de Tipo A e as de Tipo AB, particularmente, são mais propensas a se
intoxicar com alimentos contaminados com salmonela, o que acontece geralmen-
te quando se deixa o alimento descoberto e fora do refrigerador por muito tempo.
Além disso, as pessoas de Tipo A e as de Tipo AB têm dificuldade de se ver livre
dessa bactéria, uma vez que ela tenha penetrado em seu organismo.
As pessoas de Tipo B, que em gera! são mais suscetíveis a doenças inflama-
tórias, apresentam maior propensão a serem gravemente afetadas quando comem
alimento contaminado por bactérias da família Shigella, encontradas em plantas,
que causam disenteria.
GASTRITE
Muitas pessoas confundem gastrite com úlcera, mas uma é exatamente o oposto
da outra. As úlceras são provocadas por hiperacidez - mais comum para o Tipo O e
o Tipo B. A gastrite é causada por acidez estomacal muito baixa - comum nos
tipos A e AB. A gastrite ocorre quando a produção de ácido no estômago é tão baixa

238 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
que não mais funciona como uma barreira às bactérias. Sem níveis adequados de
acidez, os micróbios podem sobreviver no estômago e causar sérias inflamações.
A melhor providência que as pessoas de Tipo A e de Tipo AB podem tomar é
dar preferência aos alimentos ácidos de sua dieta de tipo sangüíneo.
ÚLCERAS DUODENAIS E ESTOMACAIS
Desde o início da década de 1950 sabe-se que a úlcera péptica do estômago é
mais comum nas pessoas de Tipo O, sendo que a maior ocorrência se dá nas de
Tipo O não-secretoras. As de Tipo O também apresentam um alto índice de he-
morragias e perfurações e, nesse aspecto, não há diferença entre secretoras e não-
secretoras. Uma das razões é que as de Tipo O têm níveis mais elevados de acidez
estomacal e uma enzima chamada pepsinogênio que provoca úlcera.
Pesquisas mais recentes descobriram uma outra razão para a tendência das pes-
soas de Tipo O a contraírem úlcera. Em dezembro de 1993, pesquisadores da Wa-
shington University School of Medicine, em St. Louis, publicaram no Journal of
Science que as pessoas de sangue Tipo O são o alvo favorito da bactéria que atual-
mente se sabe ser causadora de úlcera. Descobriu-se que essa bactéria, H.pylori, é
capaz de se fixar no antígeno Tipo O da mucosa estomacal e então abrir seu caminho
na mucosa. Como já vimos, o antígeno Tipo O é o açúcar chamado de fucose. Os
pesquisadores encontraram um inibidor no leite materno, que aparentemente blo-
queia a fixação da bactéria na mucosa do estômago. Não há dúvida de que este é um
dos muitos açúcares do tipo fucose encontrados no leite materno humano.
A comum alga marinha conhecida como fuco é uma inibidora da H.pylori. Essa
alga marinha contém tanta fucose que daí vem o seu nome em latim - Fucus
vesiculosus. Se você tem sangue Tipo O e sofre de úlceras ou deseja evitá-las, o
consumo de fuco pode eliminar a bactéria H. pylori da mucosa de seu estômago.
RELATO DE CASO: ÚLCERA ESTOMACAL CRÔNICA
Peter, 34: Tipo O
Examinei Peter pela primeira vez em abril de 1992. Ele sofria de úlceras esto-
macais desde criança e já havia tomado todos os medicamentos convencionais
contra úlcera disponíveis, com pouco resultado. Comecei por prescrever a dieta
básica rica em proteína de Tipo O, enfatizando que ele devia evitar totalmente os
produtos derivados de trigo, que eram os itens principais de sua dieta. Prescrevi
também um suplemento à base de fuco e um composto medicinal de alcaçuz e
bismuto.
Em seis semanas Peter obteve considerável progresso. Em uma visita de con-
trole a seu gastroenterologista, ele foi submetido a um exame rigoroso e ouviu a

NOVE: Tipo Sangüíneo 239
animadora notícia de que 60 por cento de sua mucosa estomacal agora parecia
normal. Um segundo exame em junho de 1993 mostrou que Peter estava inteira-
mente curado das úlceras estomacais.
Infecções
Muitas bactérias dão preferência a determinados tipos de sangue. De fato, um
estudo mostrou que mais de 50 por cento de 282 bactérias possuíam antígenos de
algum dos tipos de sangue.
Observou-se que as infecções viróticas em geral parecem mais freqüentes nas
pessoas de Tipo O porque elas não possuem qualquer antígeno. Essas infecções
são menos freqüentes e mais brandas nas de tipos A, B e AB.
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)
Já tratei de muitas pessoas que eram HIV positivas ou apresentavam AIDS
ativa e ainda não encontrei uma nítida conexão entre o tipo de sangue e a
suscetibilidade ao HIV Dito isso, vejamos até que ponto a informação deste livro
pode ser utilizada para ajudar as pessoas a enfrentarem esse vírus.
Enquanto todos os tipos de sangue parecem igualmente suscetíveis à AIDS,
há variações em sua suscetibilidade às infecções oportunistas (como a pneumonia
e a tuberculose) a que seu enfraquecido sistema imunológico se torna vulnerável.
Se você é HIV positivo ou tem AIDS, modifique sua dieta para incluir as suges-
tões que são indicadas para seu tipo de sangue. Por exemplo, se você é Tipo O,
comece por aumentar a quantidade de proteína animal em sua dieta e desenvolva
um programa de atividade física. Seguir o plano de tipo sangüíneo pode ajudar a
mobilizar completamente e otimizar suas funções imunológicas, por meio da prefe-
rência pelos alimentos de maior valor para suas necessidades especiais. Tome o cui-
dado de limitar sua ingestão de gordura, escolhendo carnes magras, pois os parasitas
intestinais, comuns nas pessoas com AIDS, interferem na digestão das gorduras e
provocam diarréia. Evite também alimentos como o trigo, que contém Iectinas que
podem comprometer mais ainda seu sistema imunológico e sua circulação sangüínea.
Uma vez que muitas das infecções oportunistas causam náuseas, diarréia e
irritações na boca, a AIDS é geralmente uma doença depauperante. As pessoas de
Tipo A precisam se esforçar um pouco mais para garantir uma elevada ingestão de
calorias, pois muitos alimentos da dieta de Tipo A são pobres em calorias. Elimine
definitivamente alguns alimentos, como carnes e laticínios, que podem causar
problemas digestivos. Seu sistema imunológico já é naturalmente sensível; não dê
às Iectinas a chance de enfraquecê-lo ainda mais. Enquanto isso, aumente suas
porções de alimentos Tipo A "bons", como o tofu e os frutos do mar.

240 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
As pessoas de Tipo B devem evitar os óbvios alimentos problemáticos, como
frango, milho e trigo-sarraceno. Mas você deve eliminar também as nozes, que são
de difícil digestão, e reduzir a quantidade de produtos derivados de trigo em sua
dieta. Se você tem intolerância à lactose, evite os laticínios; mesmo que não te-
nha, os laticínios podem ser irritantes para b aparelho digestivo de pessoas de
Tipo B com o sistema imunológico enfraquecido. Este é um caso em que a doença
contra-indica os alimentos recomendados.
As pessoas de Tipo AB devem limitar sua ingestão de feijões e leguminosas
ricos em lectinas e eliminar as nozes de suas dietas. Sua principal fonte de proteí-
na deve ser o peixe e há uma ampla variedade deles à disposição dos de Tipo AB.
Porções ocasionais de carnes e laticínios são permitidas, mas preste atenção para a
gordura. E limite seu consumo de trigo.
Em geral, qualquer que seja o tipo sangüíneo, você deve evitar lectinas que
possam prejudicar as células de seu sistema imunológico e sua circulação sangüínea.
Essas células não podem ser facilmente repostas, como seriam em um corpo sadio.
O fato de as dietas de tipo sangüíneo protegerem essas células as torna de valor
inestimável para a pessoa aidética que tem anemia ou poucas células T-auxiliares.
As dietas de tipo sangüíneo acrescentam uma poderosa torre a seu tabuleiro
de xadrez, ajudando a proteger suas preciosas células imunológicas de um desne-
cessário dano. Esta pode ser uma diferença crucial, especialmente porque não
existe ainda um tratamento eficaz contra a infecção pelo HIV
RELATO DE CASO: AIDS
Arnold, 46: Tipo AB
Arnold era um homem de negócios de meia-idade que contraíra AIDS. Ele era
casado e acreditava ter sido infectado com HIV doze anos antes. Quando o exami-
nei pela primeira vez, a contagem de células T de Arnold, o barômetro da destrui-
ção do vírus, era 6, quando o normal é de 650 a 1.700. Sua pele apresentava a
afecção chamada de molusco, que ocorre muitas vezes nos estágios finais da AIDS,
e ele estava espantosamente magro depois de meses de diarréia e náusea.
Arnold decidiu procurar um naturopata como um esforço final, desesperado,
para continuar vivo. Pude ver em seu rosto que ele na verdade não acreditava em
meu tratamento e eu também não pude prometer-lhe resultados sensacionais
porque eu não sabia realmente o que poderia esperar.
Meu primeiro objetivo foi evitar que todas as lectinas tóxicas ao sistema
imunológico de Tipo AB penetrassem em seu corpo. Ao lado disso, era urgente
deter a depauperação de Arnold de modo que ele ficasse suficientemente forte
para lutar contra a infecção.

NOVE: Tipo Sangüíneo 241
Comecei adaptando a dieta de Tipo AB às necessidades especiais dos aidéti-
cos. Isso inclui a eliminação de todo tipo de ave, exceto o peru, a introdução de
carnes magras, de frutos do mar várias vezes por semana, arroz, grandes quantida-
des de hortaliças e frutas. Reduzi a maioria dos feijões e leguminosas e eliminei
manteiga, creme de leite, queijo industrializado, milho e trigo-sarraceno. Além
disso, prescrevi ervas estimulantes do sistema imunológico, em forma de compri-
midos ou chá, inclusive alfafa, bardana, equinácea, ginsenge gengibre.
Em três meses, o molusco de Arnold havia desaparecido e ele voltara a fazer
exercícios. Até o momento Arnold continua assintomático, mesmo que suas célu-
las T não tenham aumentado. Ele trabalha e leva uma vida perfeitamente normal.
Os médicos do centro de doenças infecciosas de seu hospital estão espantados.
Arnold é um homem sem sistema imunológico!
RELATO DE CASO: AIDS
Susan, 27: Tipo O
Depois de saber que seu marido era HIV positivo, Susan fez exame de sangue
e ficou desesperada quando soube que também era portadora do HIV Os testes
de laboratório revelaram uma contagem de células T muito baixa. Susan pediu-
me ajuda; ela não queria morrer e estava com medo de tomar AZT ou qualquer
outra droga específica para o HIV
Começamos com a dieta Tipo O, juntamente com suplementos nutricionais e
exercícios regulares, com a recomendação de que Susan seguisse estritamente o
programa.
Alguns meses depois, Susan ligou para informar que sua contagem de células
Testava em 800 (o normal fica entre 500 e 1.700). E a partir de então ela continua
assintomática.
Uma vez que até o momento não há cura para o HIV ou AIDS, não podemos
avaliar por quanto tempo Susan continuará a se sentir bem. Mas creio que quanto
mais descobrirmos a respeito dos mistérios do sistema imunológico, mais perto
estaremos de tornar a AIDS yma doença com que se possa conviver e não uma
doença de que se vai morrer.
BRONQUITE E PNEUMONIA
Em geral, as pessoas de Tipo A e de Tipo AB têm mais infecções nos brônquios
que as de Tipo O e de Tipo B. Isso pode ser uma conseqüência de dietas inade-
quadas que produzem muco excessivo em suas vias respiratórias. Esse muco faci-
lita o desenvolvimento de bactérias que imitam o tipo de sangue como o pneu-
mococo A nas pessoas de sangue Tipo A e Tipo AB e a bactéria Hemophilus B, nas

242 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
pessoas de sangue Tipo B e Tipo AB. (Como o Tipo AB tem características do
Tipo A e do Tipo B, o risco é dobrado.)
As dietas de tipo sangüíneo parecem reduzir substancialmente a incidência
de bronquite e pneumonia em todos os tipos de sangue. Contudo, estamos apenas
começando a descobrir algumas outras conexões com o tipo de sangue que não são
facilmente tratáveis. Por exemplo, uma criança nascida de pai Tipo A e mãe Tipo
O morre mais freqüentemente de broncopneumonia nos primeiros anos de vida.
Acredita-se que alguma forma de sensibilização ocorre no nascimento entre a criança
de Tipo A e os anticorpos anti-A de sua mãe que neutralizam a capacidade da
criança de lutar contra os pneumococos. Não há, porém, dados sólidos para confir-
mar a razão porque isso ocorre, mas informações desse tipo podem estimular a
pesquisa interessada numa potencial vacina. Teremos de reunir muito mais dados
antes de podermos chegar a uma conclusão científica válida.
CANDIDÍASE (INFECÇÃO COMUM POR FUNGOS)
Embora o fungo causador da candidíase (Candida albicans) não mostre prefe-
rência por determinado tipo de sangue, já notei que as pessoas de Tipo A e de
Tipo AB demoram mais a erradicar uma infecção por fungos uma vez que o parasi-
ta se instale em seu organismo. A candidíase começa como a visita de um hóspede
indesejado que não quer ir embora. As pessoas de Tipo A e de Tipo AB também
contraem mais infecções por fungos depois de tomar antibiótico, o que faz senti-
do, pois os antibióticos destroem seu já enfraquecido sistema de defesa.
As pessoas de Tipo O, por outro lado, desenvolvem mais uma hipersensibilidade
de tipo alérgico à Cândida, principalmente se comem muitos cereais. Esta é a base
de uma teoria chamada de síndrome da levedura e de várias dietas para evitar a
Candida, Essas dietas enfatizam a ingestão de proteínas e a restrição de cereais,
mas são aplicadas a qualquer tipo de sangue, quando é apenas o Tipo O que pare-
ce ter essa sensibilidade a leveduras. Se você tem sangue Tipo A ou Tipo AB,
evitar leveduras não impede as infecções por fungo e você estará apenas compro-
metendo ainda mais seu sistema imunológico.
Em geral, as pessoas de Tipo B são menos propensas a infecções por esse orga-
nismo, desde que sigam a dieta Tipo B. Se você tem sangue Tipo B e já teve
candidíase, reduza seu consumo de trigo.
CÓLERA
Uma reportagem sobre o Peru recentemente publicada no Lancet atribuiu a
gravidade de uma epidemia de cólera (infecção caracterizada pela forte diarréia
com grave perda de líquidos e minerais) que atingiu há pouco tempo esse país, à
alta incidência de indivíduos Tipo O na população peruana. Historicamente, a

NOVE: Tipo Sangüíneo 243
suscetibilidade dos de Tipo O à cólera foi provavelmente responsável pela
dizimação das populações de muitas cidades antigas, ficando como sobreviventes
apenas os de Tipo A, mais resistentes à cólera.
RESFRIADO COMUM E GRIPE
Há centenas de diferentes linhagens de vírus de resfriado e seria impossível
detectar a especificidade ao tipo de sangue em cada uma delas. Contudo, estudos
em recrutas do exército britânico mostraram uma incidência ligeiramente menor
de vírus de resfriado em recrutas que tinham sangue Tipo A, o que está de acordo
com nossa descoberta de que o sangue Tipo A desenvolveu-se para resistir a essas
viroses comuns. As viroses também exercem menor impacto sobre as pessoas de
Tipo AB. O antígeno A, existente tanto no sangue Tipo A quanto no Tipo AB
bloqueia a fixação de várias linhagens de vírus do resfriado nas mucosas da gargan-
ta e das vias respiratórias.
A gripe, a mais grave desses tipos de viroses, também ataca mais o Tipo O e o
Tipo B de preferência aos tipos A e AB. Em seus estágios iniciais, a gripe pode
apresentar muitos sintomas do resfriado comum. Contudo, a gripe causa desidra-
tação, dor nos músculos e grave fraqueza.
Os sintomas de um resfriado comum são desagradáveis, mas na verdade indi-
cam que seu sistema imunológico está tentando lutar fortemente contra o vírus
invasor. Enquanto seu sistema imunológico está fazendo seu trabalho, há medidas
que você pode tomar para tornar o convívio no campo de batalha mais confortável:
1. Mantenha o estado geral de saúde em boas condições com repouso e exercí-
cios adequados, além de aprender a lidar com os estresses da vida. O estresse
é o principal fator de diminuição dos recursos do sistema imunológico, Isso
pode proteger você de infecções freqüentes e mesmo diminuir o tempo de
duração dos resfriados e gripes que você pega.
2. Siga as recomendações básicas da dieta de seu tipo de sangue. Isso vai otimizar
sua resposta imunológica e ajudar a diminuir o tempo de duração de sua gripe
ou resfriado.
3. Tome vitamina C (250 a 500mg) ou aumente as fontes de vitamina C de sua
dieta. Muitas pessoas sentem que tomar pequenas doses da erva equinácea
ajuda a evitar resfriados, ou pelo menos a encurtar seu tempo de duração.
4. Aumente a umidade em seu quarto com um vaporizador ou umidificador para
evitar a secura na garganta e nas vias nasais.
5. Se sua garganta está irritada, faça um gargarejo com água salgada. Meia colher
de chá de sal comum em um copo cheio de água morna alivia e limpa a gargan-
ta. Outro bom gargarejo, principalmente se você for propenso às amigdalites, é

244 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
o chá em partes iguais de hidraste {Hidrastiscanadensis) e sálvia. Gargareje de
vez em quando com essa mistura.
6. Se o seu nariz está congestionado e com coriza, use um anti-histamínico para
diminuir a reação dos tecidos ao vírus infeccioso e aliviar a congestão nasal.
Tome particular cuidado com os anti-histamínicos do tipo efedrina, como os
encontrados nas lojas de produtos naturais e em alguns descongestionantes
vendidos sem receita. Eles podem elevar a pressão sangüínea, tirar o sono e
complicar problemas na próstata nos homens.
7. Os antibióticos não são eficazes contra os vírus, portanto, se alguém lhe ofere-
cer uma sobra de antibiótico ou tem algum em casa, não o tome.
PESTE, FEBRE TIFÓIDE, VARÍOLA E MALÁRIA
Conhecida na Idade Média como a Morte Negra, a peste bubônica é uma infec-
ção bacteriana transmitida pelos roedores. As pessoas de Tipo O são mais suscetí-
veis à peste. Embora seja rara nas sociedades industrializadas, a peste continua sen-
do um problema nos países do Terceiro Mundo. Um recente relatório da Organiza-
ção Mundial de Saúde advertiu que podemos enfrentar uma crise com o
reaparecimento da peste e outras doenças infecciosas, em conseqüência do excessi-
vo uso de antibióticos e outros remédios, a ocupação por seres humanos de áreas
anteriormente inabitadas, viagens internacionais e pobreza. Pelo fato de nós, das
sociedades ocidentais, raramente enfrentarmos essas doenças não devemos nos sentir
imunes a seus custos sociais, econômicos, culturais e humanos. E ocasionalmente
uma crise pode ocorrer no Ocidente, como a que ocorreu em Seattle na década de
1980, quando pessoas comeram tofu contaminado que não tinha sido pasteurizado.
O tofu comercializado em embalagens lacradas não deve causar preocupação.
A varíola foi oficialmente erradicada por meio de extensa vacinação em todo o
mundo, embora sua disseminação tenha provavelmente exercido grande influên-
cia sobre a história mundial a um ponto ainda não devidamente avaliado. O tipo de
sangue O é particularmente sensível à varíola, o que provavelmente explica por-
que os índios norte-americanos foram dizimados pela doença quando entraram
em contato pela primeira vez com os colonizadores europeus de tipos Ae B que a
transmitiram. Os índios norte-americanos são quase 100 por cento de Tipo O.
A febre tifóide, uma infecção comum em áreas onde há pouca higiene ou em
tempos de guerra, geralmente infecta o sangue e o aparelho digestivo. As pessoas
de Tipo O também são mais sensíveis à febre tifóide. Esta infecção também mos-
tra-se relacionada aos fatores de sangue Rh, sendo encontrada mais freqüentemente
em indivíduos Rh negativo (Rh-).
Afirma-se que o mosquito anófeles, que transmite a malária, tende a picar de
preferência pessoas de tipos B e O, embora os mosquitos comuns mostrem pre-

NOVE: Tipo Sangüíneo 245
ferência por pessoas de tipos A e AB. A malária é também uma doença pouco
comum no mundo ocidental, embora seu impacto global seja tremendo. De acor-
do com a Organização Mundial de Saúde, mais de 2 milhões de pessoas contraem
malária todo ano.
PÓLIO E MENINGITE ViRÓTICA
A pólio, uma infecção virótica do sistema nervoso, apresenta uma alta incidên-
cia no Tipo B, que é mais suscetível aos distúrbios provocados por vírus no sistema
nervoso. A póíio era epidêmica e causou muitos casos de paralisia em jovens antes
da descoberta das vacinas Salk e Sabin.
A meningite virótica, uma grave infecção do sistema nervoso cada vez mais
freqüente, é sensivelmente mais comum em pessoas de Tipo O do que em outros
tipos de sangue, provavelmente devido ao fato de que o Tipo O seja fraco contra
infecções agressivas. Fique atento aos sintomas de fadiga, febre alta e a caracterís-
tica da meningite chamada de rigidez da nuca, um endurecimento dos músculos
do pescoço.
SINUSITE
As pessoas de tipos O e B são naturalmente mais propensas a infecções crôni-
cas dos seios paranasais. Muitas vezes, seus médicos prescrevem quase continua-
mente doses de antibióticos, que eliminam o problema provisoriamente. Mas a
sinusite inevitavelmente volta, exigindo o uso de mais antibióticos e finalmente
de intervenção cirúrgica.
Descobri que a ervacollinsonia (raiz de pedra), que é usada para tratar proble-
mas de edemas, como as veias varicosas, ajuda também na sinusite - talvez porque
a sinusite crônica seja uma espécie de congestão venosa na cabeça. Quando pres-
crevo essa erva a meus pacientes com sinusite crônica, os resultados são geralmen-
te espantosos. Muitos desses pacientes não precisam mais tomar antibióticos para
tratar suas infecções porque a collinsonia remove a causa do problema - inflamação
do tecido dos seios paranasais. Se você tem problema de sinusite, deve tentar
tomar essa erva. A collinsonia não é fácil de ser encontrada, mas muitas das maiores
lojas de produtos naturais a vendem em forma de tintura. A dose média é de vinte
a vinte e cinco gotas em água morna, oralmente, duas ou três vezes por dia. Não é
preciso se preocupar com toxicidade; essa erva é inofensiva.
Ocasionalmente uma pessoa de Tipo A ou de Tipo AB pode desenvolver sinu-
site, quase sempre em conseqüência de uma dieta que estimula alta produção de
muco. A sinusite nas pessoas de Tipo A geralmente reage bem a simples mudan-
ças de dieta.

246 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
PARASITAS (Disenteria amebiana, giárdia, tênia e áscaris)
Sc tiverem tempo suficiente, os parasitas podem viver muito bem em nosso apa-
relho digestivo. De modo geral, porém, eles parecem ter especial preferência pelos
aparelhos digestivos de Tipo A e de Tipo AB e geralmente imitam o antígeno sangüíneo
de Tipo A para evitar a detecção. Por exemplo, a ameba, um parasita comum, mostra
preferência pelos tipos Ae AB. Além disso, parece que os tipos A e AB são mais pro-
pensos às complicações provocadas pelos cistos amebianos alojados no fígado. Os tipos
Ae ABcom disenteria amebiana devem adotar severas medidas para lidar com a infec-
ção antes que ela tenha a chance de migrar para outras partes do corpo.
Os sangues tipos Ae AB também são alvos fáceis de um parasita que contami-
na comumente a água, a giárdia (Giardialamblia), causador de uma afecção conhe-
cida como Vingança de Montezuma. Esse hábil parasita imita a aparência do Tipo
A, o que permite sua entrada nos sistemas imunológicos de Tipo A e Tipo AB, e
depois rapidamente nos intestinos. As pessoas de Tipo A e Tipo AB que vão viajar
devem se prover da erva hidraste ou de bismol péptico para ajudar a afugentar a
infecção. As de tipos A e AB que tomam bastante água também devem tomar
cuidado com a giárdia.
Muitos dos germes parasitas, como a tênia (solitária) e o áscaris (lombriga), as-
semelham-se ao Tipo A e ao Tipo B e são encontrados com muita freqüência em
pessoas com esses tipos de sangue. Como as pessoas de Tipo AB possuem caracte-
rísticas do Tipo A e do Tipo B, elas são particularmente suscetíveis a esses parasitas.
Costumo usar uma erva chamada Artemisictannua (absinto chinês) para tratar
esses parasitas com notável sucesso. Consulte seu naturopata sobre essa erva.
TUBERCULOSE E SARCOIDOSE
Depois de considerada praticamente erradicada na sociedade ocidental indus-
trializada, a tuberculose voltou a atacar. Isto se deve em grande parte à sua inci-
dência entre pessoas com AIDS e entre os sem-teto. Infecção oportunista, a tu-
berculose ataca o sistema imunológico enfraquecido por falta de higiene e doença
crônica. A tuberculose pulmonar é mais comum em pessoas de Tipo O, enquanto
a tuberculose em outras partes do corpo mostra uma alta preferência por pessoas
de Tipo A. A sarcoidose é uma inflamação nos pulmões e no tecido conjuntivo que
deve ser na verdade uma forma de reação imune à tuberculose. Antes se pensava
que ela fosse mais comum entre os afro-americanos em relação à população ameri-
cana em geral, mas nos últimos tempos ela tem sido diagnosticada mais fre-
qüentemente em caucasianos, especialmente em mulheres. Ela apresenta uma
incidência mais alta em pessoas de Tipo A do que nas de Tipo O. Indivíduos Rh-
parecem ser mais suscetíveis tanto à tuberculose quanto à sarcoidose.

NOVE: Tipo Sangüíneo 247
SÍFILIS E INFECÇÕES DO APARELHO URINÁRIO
O sangue Tipo A parece ser mais suscetível à sífilis, uma doença venérea, e
muitas vezes contrai as formas mais virulentas. Essa é mais uma razão para praticar
sexo com medidas de proteção, especialmente se você tem sangue Tipo A.
Há muitos indícios de que, se você tem Tipo B ou Tipo AB, é mais suscetível
a constantes infecções na bexiga (cistite). Isso porque as bactérias mais comuns
provocadoras de infecções, como E. coli, Pseudomonas e KJebsiella, possuem uma
aparência semelhante ao Tipo B, e o tipos B e AB não produzem antígenos anti-B.
As pessoas de Tipo B têm também altos índices de infecções renais, como a
pielonefrite. Isso é especialmente verdadeiro para os tipos B não-secretores. Se
você tem sangue Tipo B e sofre de freqüentes problemas urinários, tente tomar
um ou dois copos de uma mistura de suco de hortelã e abacaxi todos os dias.
Doenças do fígado
DOENÇA DO FÍGADO LIGADA AO ALCOOLISMO
O alcoolismo afeta muitos sistemas do corpo, mas taívez seu impacto mais
grave seja sobre o fígado. Os 20 por cento da população que são não-secretores
(ver Apêndice E) parecem ser os mais propensos ao alcoolismo, mas sua
suscetibilidade tem pouco a ver com o status de não-secretor. Em uma infeliz e
provavelmente aleatória mutação celular, o gene que determina se você é um não-
secretor localiza-se na mesma parte do DNA que o gene do alcoolismo. Meus pa-
cientes que são não-secretores quase sempre têm casos de alcoolismo na família.
Estranhamente, são também os não-secretores que parecem obter os maiores
benefícios para seu coração de uma moderada ingestão de álcool. Um estudo dina-
marquês que mostrou que os não-secretores são muito mais vulneráveis a isquemias
cardíacas (uma interrupção da circulação do sangue nas artérias) aventou a hipóte-
se de que um moderado consumo de álcool alteraria o nível de circulação de insu-
lina, tornando mais lenta a acumulação de gorduras nos vasos sangüíneos. Essa
opinião polêmica é difícil de decifrar.
A resposta é provavelmente que as decisões a respeito do papel do álcool de-
vem ser tomadas numa base individual e levando-se em consideração o tipo de
sangue. Devido aos efeitos do álcool nos sistemas digestivo e imunológico, nenhu-
ma dieta de tipo sangüíneo permite tomar bebidas fortes.
E claro também que o alcoolismo tem um grande componente de estresse. Uma
equipe de pesquisadores japoneses descobriu que um maior número de pessoas de
sangue' Hpo A recebe tratamento para o alcoolismo do que as de Tipo O ou de Tipo
B. Acredita-se que as de Tipo A devem ter predileção pelo recurso à ingestão de
inibidores químicos do estresse para conseguir relaxar. Já foi certamente muito bem

248 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
comprovado que o homem vem há muito tempo utilizando substâncias íntoxicantes
por prazer, para aliviar a dor, para fugir da realidade e como remédio.
Somente cerca de 3 por cento do álcool que você consome passam pelo seu
corpo e são eliminados. O restante é metabolizado pelo fígado e processado no
estômago e no intestino delgado. Com o tempo, se o consumo é regular e intenso,
o fígado começa a deteriorar. O resultado final pode ser a cirrose hepática, grave
desnutrição devido à má absorção dos alimentos e, finalmente, a morte.
CÁLCULOS BILIARES, CIRROSE E ICTERÍCIA
Naturalmente, nem toda doença do fígado está ligada ao alcoolismo. Infec-
ções, alergias e distúrbios metabólicos também podem causar danos ao fígado. Por
exemplo, a icterícia, ou amarelidão da pele, é freqüentemente vista em pessoas
com hepatite, e os cálculos biliares vêm sendo relacionados à obesidade. A cirrose
pode ser causada por infecções, doenças dos dutos biliares, ou outras enfermida-
des que afetam o fígado.
Por razões que não compreendemos totalmente, as pessoas de tipos A, B e AB
tendem a apresentar mais alta incidência de cálculos biliares, doenças nos dutos,
icterícia e cirrose no fígado do que as pessoas de Tipo O, sendo que as de Tipo A
apresentam os índices mais elevados. Estas últimas também parecem mais susce-
tíveis a tumores pancreáticos.
FASCIOLÍASE E OUTRAS INFECÇÕES TROPICAIS
Infecções tropicais comuns no fígado que causam fibrose ou cicatrizes pare-
cem ser notavelmente mais freqüentes em pessoas de Tipo A - e em menor ex-
tensão nas de tipos B e AB. As de Tipo O, que parecem ter desenvolvido anticorpos
anti-A e anti-B como uma antiga proteção contra esses parasitas, são relativamen-
te imunes a eles.
Em meu consultório temos tratado com sucesso muitos casos de doenças de
fígado usando os compostos de ervas descritos no Capítulo 10. Na maioria dos
casos, os pacientes que contraem doença no fígado têm sangue Tipo A ou Tipo B
e são não-secretores.
RELATO DE CASO: DOENÇA NO FÍGADO
Gerard, 38: Tipo B
Gerard era um homem de trinta e oito anos com um histórico de colangite
esclerosante, uma inflamação dos dutos biliares do fígado, que deixa cicatrizes.
Normalmente essa afecção leva à necessidade de um transplante de fígado. Quan-
do examinei Gerard pela primeira vez em julho de 1994, ele estava com icterícia e

NOVE: Tipo Sangüíneo 249
tinha um terrível prurido (coceira) devido ao depósito de bilirrubina, um pigmen-
to da bílis, em sua pele. Devido a esse estado, seu colesterol estava também eleva-
do (325). Os ácidos biliares do soro de Gerard estavam acima de 2.000 (o normal é
abaixo de 100), seu nível de bilirrubina era de 4,1 (o normal é 1) e todas as enzimas
de seu fígado estavam muito elevadas, o que indicava um extenso dano em seu
tecido hepático. Gerard era um rapaz muito inteligente, que sabia quais eram suas
chances e estava francamente preparado para morrer.
Comecei a tratar Gerard com a dieta básica de Tipo B e com uma série de
ervas antioxidantes específicas do fígado. Há antioxidantes que se depositam de
preferência no fígado, em vez de em outros órgãos. Gerard passou muito bem no
primeiro ano, tendo apenas uma crise de coceira e icterícia.
Recentemente, Gerard submeteu-se a uma cirurgia para remover sua vesícula
biliar. Depois que examinou seu fígado e os principais dutos biliares, sua cirurgia
me disse que eles pareciam normais, embora o tecido em torno dos dutos biliares
fosse um pouco mais fino que o normal.
RELATO DE CASO: CIRROSE
Estel, 67: Tipo A
Estel era uma mulher de sessenta e sete anos que veio pela primeira vez a meu
consultório em outubro de 1991 com uma inflamação no fígado chamada cirrose
biliar primária, que acaba destruindo o fígado. A maioria dos casos costuma exigir
um transplante de fígado.
Estel admitiu que havia bebido muito, mas não bebia mais. Seu estado estava
provavelmente ligado ao prolongado consumo de álcool. Estel não tinha sido uma
alcoólatra no sentido estrito do termo. Três ou quatro doses diárias de bebida,
todos os dias, durante quarenta anos provocaram a cirrose.
O nível das enzimas hepáticas de Estel era notavelmente alto: a fosfatase alca-
lina, por exemplo, estava em 800, quando o normal é menos de 60. Uma vez que
ela era Tipo A não-secretora, imediatamente recomendei-lhe a dieta de Tipo A e
uma receita de antioxidantes específicos para o fígado. Estel começou a apresen-
tar resultados quase imediatamente, e seu estado continuou a melhorar.
Em setembro de 1992, quase um ano depois de sua primeira visita, a fosfatase
alcalina de Estel havia baixado para 500.
Embora seu fígado não tenha apresentado sinais de deterioração a partir dessa
época, Estel desenvolveu uma inflamação das veias em torno de seu esôfago, esta-
do comum em pessoas com doença no fígado, a qual foi tratada com pleno sucesso.
Ela continua a se sentir bem e não apresenta sintomas que possam indicar a ne-
cessidade de um transplante de fígado.

250 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
RELATO DE CASO: DETERIORAÇÃO DO FÍGADO
Sandra, 70: Tipo A
Sandra chegou ao meu consultório em janeiro de 1993, sofrendo devido ao
estado de difícil diagnóstico de seu fígado. Todas as suas enzimas hepáticas esta-
vam elevadas, e ela apresentava também uma afecção chamada de ascite, grande
acúmulo de líquido retido em seu abdômen. A ascite é muito comum em muitos
casos de deterioração do fígado. O médico de Sandra não estava tratando da dete-
rioração de seu fígado, provavelmente considerando que ela ia mesmo acabar pre-
cisando de um transplante. Ele prescreveu diuréticos para ajudar a eliminar o lí-
quido de seu abdômen, mas o diurético estava fazendo com que ela perdesse
grande quantidade de potássio, o que provavelmente contribuía para sua
acachapante fadiga.
Prescrevi-lhe a dieta de Tipo A com ervas específicas do fígado. Em quatro
meses, os sintomas de retenção de líquido desapareceram e as enzimas de seu
fígado voltaram ao normal. Sandra estava inicialmente bastante anêmica - um
hematócrito de 27,1 quando o normal para a mulher é acima de 38. Em fevereiro
de 1994 seu hematócrito havia subido para 40,8. Ela continua assintomática.
Doenças de pele
Até o momento, há pouca informação disponível sobre a relação entre tipo de
sangue e doenças de pele. Sabemos, porém, que doenças como as dermatites e a
psoríase geralmente resultam da atuação de substâncias químicas alérgenas no
sangue. Vale a pena observar novamente que muitas das Iectinas de alimentos
comuns específicas de um tipo de sangue ou outro podem interagir com o sangue
e os tecidos digestivos, provocando a liberação de histaminas e outras substâncias
químicas inflamatórias.
As reações alérgicas da pele a substâncias químicas ou abrasivos apresentam
maior incidência nos tipos A e AB. A psoríase é encontrada mais freqüentemente
no Tipo O. Minha própria experiência é que muitas pessoas de Tipo O desenvol-
vem a psoríase por ingerirem dietas muito ricas em cereais e laticínios.
RELATO DE CASO: PSORÍASE
Por Attne Marte Lambert, naturopata, Honolulu, Havaí
Mariel, 66: Tipo O
Minha colega, Dra. Lambert, usou meu plano de tipo sangüíneo para tratar um
complicado caso de psoríase numa mulher idosa.

NOVE: Tipo Sangüíneo 25 I
Mariel foi ao consultório da Dra. Lambert em março de 1994. Seus sintomas
incluíam grave dificuldade de respiração, dificuldade de andar, com limitada capaci-
dade de movimentos em ambos os joelhos, lesões de psoríase que atingiam 70 por
cento da superfície de sua pele e um ardor por todo o corpo, especialmente em seus
músculos e juntas. Seu histórico médico era um catálogo de problemas constantes:
restaurações da vagina, da bexiga e dos intestinos (1944-45), apendicectomia (1949),
histerectomia (1974), cistos ovarianos, psoríase (1978), hospitalização devido a pneu-
monia (1987), artrite psoríaca (1991) e osteoporose (1974).
Mariel disse à Dra. Lambert que sua dieta normal era rica em laticínios, trigo,
milho, frutas secas e alimentos industrializados, com um alto teor de açúcar e
gordura. Ela disse que ansiava por doces, frutas secas e banana. Essa era uma ter-
rível dieta para quase todo mundo, mas era um anátema para alguém com o tipo
de sangue de Mariel.
A Dra. Lambert imediatamente indicou para Mariel uma dieta Tipo O mode-
rada, que inicialmente excluía carne vermelha e nozes e adicionava vitaminas e
minerais. Em dois meses, havia uma notável diminuição na inflamação das juntas
de Mariel, melhoria da respiração, e suas lesões psoríacas estavam sarando. Em
junho, a psoríase atingia apenas 20 por cento de seu corpo e as lesões estavam
quase saradas. Houve uma notável melhoria em sua respiração, seus ardores dimi-
nuíram pela metade e a capacidade de movimentação de seus joelhos continuava
a aumentar. Em julho, a psoríase de Mariel desaparecera, havia apenas uma leve
inchação em suas juntas e a respiração não era mais difícil.
Em uma visita de acompanhamento à Dra. Lambert em 10 de outubro de
1994, a respiração de Mariel tinha melhorado e não havia mais lesões em sua pele.
Mariel tinha consultado muitos médicos desde que adoecera. Havia tentado
todos os tipos de terapias tanto convencionais quanto alternativas, inclusive plan-
tas alimentícias especialmente indicadas para artrite psoríaca e asma. Embora es-
sas dietas fossem bem intencionadas, nenhuma delas era especificamente indicada
para garantira compatibilidade com o sangue de Mariel. A dieta de Tipo O forne-
cia os elementos nutritivos sem causar problemas de saúde com alimentos que
fossem incompatíveis com o sangue de Mariel. Com exceção de algum pequeno
alívio conseguido com ervas chinesas, nenhum outro tratamento tivera sucesso.
Mariel considerava sua melhora um milagre!
Mulher/reprodução
GRAVIDEZ E ESTERILIDADE
Muitos dos distúrbios relacionados com a gravidez resultam de alguma forma
de incompatibilidade com o tipo de sangue - tanto entre a mãe e o feto, quanto

252 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
entre a mãe e o pai. Infelizmente, temos apenas estudos iniciais sobre esse fenô-
meno e pouca noção a respeito de suas implicações posteriores. Sugiro que se leia
essa seção com a intenção de se informar melhor, sem histeria. As vezes, informa-
ções parciais podem ser perigosas, a não ser que essas informações sejam vistas em
suas devidas proporções.
Toxemia da gravidez
Ainda em 1905 já se propunha que alguma forma de sensibilização ligada ao
tipo de sangue provocaria a toxemia gravídica - um envenenamento do sangue
que pode ocorrer no finai da gravidez e causa uma grave doença e até mesmo a
morte. Em um estudo recente, grande número de mulheres de Tipo O apresenta-
vam toxemia, em conseqüência provavelmente de uma reação a um feto de Tipo A
ou Tipo B.
Defeitos congênitos
A incompatibilidade com o tipo de sangue, que pode ocorrer entre mãe Tipo
O e um filho Tipo A, pode implicar vários defeitos congênitos, que incluem a mola
hidatiforme, coriocarcinoma, espinha bífida e anencefalia. Vários estudos concluem
que essas desordens parecem decorrer de incompatibilidade do tipo sangüíneo da
mãe com o sangue e o tecido nervoso do feto.
Doença hemolítica do recém-nascido
A doença hemolítica (destruição do sangue) do recém-nascido relaciona-se
com o aspecto positivo/negativo de seu sangue (descrito no Apêndice E). É a
anormalidade que afeta somente os filhos de mulheres Rh-, portanto, se você é O,
A, B ou AB positivo, isso não lhe diz respeito.
Há cerca de cinqüenta anos, pesquisadores descobriram que mulheres Rh-
que não possuíam um antígeno e que carregavam fetos Rh+ enfrentavam uma
situação especial. Os bebês Rh + possuíam antígenos Rh em suas células sangüíneas.
Como não é o caso da maior parte dos organismos de outros tipos sangüíneos, onde
os anticorpos aos outros tipos de sangue se desenvolvem a partir do nascimento,
pessoas Rh- não produzem um anticorpo ao antígeno Rh, a não ser que sejam
antes sensibilizadas. Essa sensibilização normalmente ocorre quando o sangue da
mãe entra em contato com o sangue da criança durante o nascimento, de modo
que o sistema imunológico da mãe não tem tempo suficiente para reagir ao pri-
meiro bebê e este não sofre as conseqüências. Contudo, se em uma nova concep-

NOVE: Tipo Sangüíneo 253
ção o bebê for Rh + , a mãe, agora sensibilizada, vai produzir anticorpos contra o
tipo de sangue do bebê, podendo causar defeitos congênitos na criança ou mesmo
a morte. Felizmente, hã uma vacina para esse problema que é aplicada na mulher
Rh- depois do nascimento de seu primeiro filho e após cada subseqüente nasci-
mento. Isso pode não ser um problema, mas é melhor que você saiba qual é seu
fator Rh, de modo que possa ter certeza de que recebeu a vacina.
Esterilidade e abortos freqüentes
Durante quarenta anos, os cientistas estudaram as razões por que a esterilida-
de parece mais comum em mulheres tipos A, B e AB do que em mulheres Tipo O.
Muitos pesquisadores sugeriram que a esterilidade e os abortos freqüentes po-
dem ser causados por anticorpos das secreções vaginais da mulher, que reagem aos
antígenos do tipo de sangue existentes no esperma de seu parceiro. Um estudo de
1975 com 288 fetos abortados revelou que a predominância era de fetos dos tipos
A, B e AB, os quais poderiam ter sofrido as conseqüências da incompatibilidade
com o Tipo O de suas mães e seus anticorpos anti-A e anti-B.
O estudo de uma ampla amostra de famílias mostrou que o índice de abortos
era mais elevado quando a mãe e o pai tinham tipos sangüíneos incompatíveis,
como uma mãe Tipo O com um pai Tipo A. Em mães caucasianas e africanas, os
abortos mais freqüentes eram com fetos de Tipo B incompatíveis com o sangue
Tipo O ou Tipo A da mãe.
Essa ligação com a esterilidade ainda não está totalmente estabelecida. Em
minha própria prática, descobri que há muitas razões para os problemas da fertili-
dade, inclusive alergias a alimentos, dieta pobre, obesidade e estresse.
RELATO DE CASO: ABORTOS FREQÜENTES
Lana, 42: Tipo A
Lana veio ao meu consultório em setembro de 1993, após uma longa história
de repetidos abortos. Ela me disse que tinha ouvido falar sobre mim por alguém
com quem havia conversado na sala de espera de um especialista em fertilidade.
Lana estava desesperada. Nos últimos dez anos ela tivera cerca de vinte abortos e
estava a ponto de desistir de tentar constituir uma família. Sugeri que ela tentasse
a dieta de tipo sangüíneo. Durante o ano seguinte, Lana seguiu assiduamente a
dieta e tomou também preparados de ervas para tonificar os músculos de seu úte-
ro. No fim do ano, ela estava grávida. Lana estava emocionada, mas também muito
nervosa. Agora, além de seus abortos anteriores, ela se preocupava por causa de
sua idade, temendo ter uma criança com síndrome de Down. Seu obstetra reco-

254 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
mendou a amniocentese, que é comumente feita em mulheres de mais de qua-
renta anos, mas fui contra porque esse procedimento pode provocar o aborto. Depois
de conversar com seu marido, Lana decidiu esquecer a amniocentese, aceitando a
possibilidade de um defeito congênito. Em janeiro de 1995, ela deu à luz um
garoto perfeitamente saudável.
RELATO DE CASO: ESTERILIDADE
Nieves, 44: Tipo B
Nieves, uma sul-americana de quarenta e quatro anos, especialista em massa-
gem terapêutica, veio pela primeira vez a meu consultório em 1991 com vários
problemas digestivos. Um ano depois de ter iniciado a dieta de Tipo B, a maior
parte de seus distúrbios digestivos tinha desaparecido.
Um dia Nieves timidamente me comunicou que estava grávida. Só então me
contou que ela e o marido haviam tentado por muitos anos gerar um filho, mas
acabaram perdendo a esperança. Ela acreditava que a dieta Tipo B fora responsá-
vel pela recuperação de sua fertilidade. Aproximadamente nove meses depois,
Nieves teve uma menina saudável, a quem deu o nome de Nasha, que significa
"presente de Deus".
Nota: Proporção de sexos
Tanto nas populações européias como nas de não-europeus, a porcentagem de
meninos é maior nos bebês de Tipo O nascidos de mães de Tipo O. Isto também
é verdadeiro se tanto o bebê quanto a mãe foram de Tipo B. O oposto acontece
entre os bebês nascidos de mães de Tipo A, onde as meninas são mais freqüentes.
MENOPAUSA E PROBLEMAS MENSTRUAIS
A menopausa afeta toda mulher de meia-idade, qualquer que seja seu tipo de
sangue. A diminuição do estrogênio e da progesterona, os dois hormônios femini-
nos básicos, causa profundos problemas mentais e físicos em muitas mulheres,
que incluem ondas de calor, perda da libido, depressão, queda de cabelo e mudan-
ças na pele.
A diminuição dos hormônios femininos expõe também ao risco de doenças
cardiovaseulares, pois parece que o estrogênio protege o coração e mantém baixa a
taxa de colesterol. A osteoporose, uma afecção que torna os ossos porosos e leva a
fraturas e até mesmo à morte, é uma outra conseqüência da deficiência de estrogênio.
Com os novos conhecimentos a respeito dos riscos associados à diminuição
dos hormônios, muitos médicos passaram a adotar a terapia de reposição hormonal,

NOVE: Tipo Sangüíneo 255
que implica altas doses de estrogênio e às vezes de progesterona. Muitas mulhe-
res estão preocupadas com a terapia convencional de reposição de estrogênio por-
que alguns estudos mostraram que as mulheres que tomam esses hormônios estão
mais sujeitas a câncer de mama - principalmente quando há casos desse tipo de
câncer na família. Tomar ou não esses hormônios é um dilema.
Saber qual é seu tipo de sangue pode ajudá-la a resolver o conflito e decidir
qual procedimento é melhor para suas necessidades.
Se você tem sangue Tipo O ou Tipo B e entrou na menopausa, comece a
fazer os exercícios recomendados para seu tipo sangüíneo e da forma apropriada
para seu atual preparo físico e estilo de vida. Ingira uma dieta rica em proteínas.
A reposição convencional de estrogênio geralmente funciona bem com mulhe-
res dos tipos O e B, a menos que você tenha fatores de alto risco de câncer de
mama.
Se você é do Tipo A ou do Tipo AB, deve evitar a reposição convencional de
estrogênio, por causa de sua excepcionalmente alta suscetibilidade a câncer de
mama (veja o Capítulo 10). Em vez disso, tome os novos fitoestrogênios disponí-
veis, que são preparados semelhantes ao estrogênio e à progesterona derivados de
plantas, principalmente da soja, da alfafa e do inhame. Muitos desses preparados
podem ser encontrados na forma de cremes para serem aplicados sobre a pele
várias vezes por dia. Os fitoestrogênios são ricos em um componente do estrogênio
chamado estriol, enquanto os estrogênios químicos são baseados no estradiol. A
literatura médica vem mostrando definitivamente que a suplementação com estriol
inibe a ocorrência de câncer da mama.
Os fitoestrogênios não têm a potência dos estrogênios químicos, mas são
definitivamente eficazes contra muitos dos sintomas desagradáveis da meno-
pausa, que incluem as ondas de calor e a secura vaginal. Como são estrogênios
fracos, não suprimem a produção de estrogênio pelo corpo, como acontece com
o estrogênio químico. Para as mulheres que não podem tomar uma suplementação
de estrogênio devido a uma predisposição familiar a câncer de mama, os
fitoestrogênios são uma dádiva de Deus. Fale com seu ginecologista a respeito
da possibilidade de tomar esses preparados. Se você não tem fatores de risco
especiais ao câncer de mama, o potente estrogênio químico é mais eficaz para
reduzir a ameaça de doenças cardiovasculares e osteoporose, além de aliviar os
sintomas da menopausa.
/
E interessante observar que no Japão, onde a dieta típica é rica em fitoes-
trogênios, não existe um termo preciso para designar a menopausa. Certamente o
amplo uso de produtos de soja, que contém os fitoestrogênios genisteína e daizeína,
contribui para moderar os sintomas da menopausa.

256 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
RELATO DE CASO: PROBLEMAS MENSTRUAIS
Patty, 45: Tipo O
Patty era uma afro-americana de quarenta e cinco anos com vários problemas,
que incluíam artrite, hipertensão e grave síndrome pré-menstrual com grande per-
da de sangue. Examinei Patty pela primeira vez em dezembro de 1994, quando ela
veio ao meu consultório acompanhada de seu marido. Nessa época, ela estava se
tratando com um remédio ou outro para suas doenças. Fiquei sabendo que Patty
consumia uma dieta basicamente vegetariana, de modo que não surpreendia que
fosse tão anêmica. Recomendei que começasse a se exercitar, adotasse a dieta rica
em proteínas de Tipo O e lhe prescrevi uma série de remédios à base de ervas.
Em dois meses, Patty deu uma reviravolta espantosa. Artrite: curada. Hiper-
tensão: sob controle. Síndrome pré-menstrual: nos dois últimos períodos, todos os
sintomas desapareceram. Fluxo menstrual: normal.
Gostaria que fosse possível lhe fornecer uma lista mais completa e detalhada
de doenças. Talvez então pudéssemos avaliar mais completamente o elo com o
tipo de sangue.
A relação de causa e efeito da doença muitas vezes cruza todas as fronteiras. O
câncer, por exemplo, parece atacar indiferentemente tanto o jovem quanto o ido-
so e sem levar em conta as circunstâncias ou a exposição aos riscos.
É claro, porém, que há muitas doenças que demonstram uma forte preferên-
cia por determinado tipo de sangue. Espero que os indícios que apresentei nessa
exposição sobre tipo de sangue e doença tenham comprovado essa relação.
Pelo menos, o conhecimento de suas chances, a avaliação de seus fatores de
risco e a compreensão da situação lhe proporcionam um outro meio de tomar me-
didas positivas contra forças que muitas vezes o levam a sentir-se fora de controle.
Agora examinemos o câncer. O câncer é uma causa tão importante de morte e
doença - e tem uma relação tão nítida com o tipo de sangue - que dediquei todo
um capítulo para sua discussão.

DEZ
Tipo Sangüíneo e Câncer
A Luta para se Curar
S
INTO UM ESPECIAL ACESSO DE ENTUSIASMO sempre que examino a benéfica cone-
xão que há entre câncer e tipo sangüíneo. Minha mãe morreu de câncer de
mama há dez anos, após um período de grande sofrimento.
Minha mãe era uma mulher maravilhosa, cuja simplicidade baseada nos valo-
res da cultura espanhola nos resguardou de toda pretensão e pompa.
Mamãe era uma anomalia em nossa família - um Tipo A que comia o que bem
entendia. Ela possuía o famoso gênio forte dos catalães. Em sua casa (meus pais
eram divorciados), ela servia a dieta básica mediterrânea de carnes e saladas e
algum alimento processado. A despeito das pesquisas de meu pai sobre tipo
sangüíneo, não havia soja nem leguminosas à vista quando estávamos com mamãe.
Qualquer um que já tenha visto um membro da família ou amigo envolvido
numa valente mas no final inglória luta contra o câncer sabe que não há nada mais
doloroso. Observando minha mãe sair da mastectomia para a quimioterapia a fim
de obter uma breve melhora antes da recorrência, quase pude visualizar os exérci-
tos de invasores invisíveis, movendo-se furtivamente entre suas células sadias e
conquistando um seguro ponto de apoio antes de invadir seu sistema imunológico,
como bárbaros preparando-se para lançar um ataque de surpresa. No final, nada
pôde ser feito para detê-los. Eles venceram.
Após a morte de minha mãe vejo-me retornar de vez em quando aos mistérios
do câncer. Muitas vezes me pergunto se minha mãe teria sido poupada caso ade-
risse à dieta de Tipo A, ou se ela estava de algum modo predestinada a lutar e

258 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
perder essa batalha. Dediquei-me a procurar essas respostas em sua homenagem.
Isso significa que tenho uma espécie de vendetta catalã contra o câncer de mama,
acima de todos os outros tipos.
Será que o câncer encontra um campo inerentemente mais fértil para surgir e
se desenvolver em organismos de determinado tipo de sangue e não em outros? A
resposta é definitivamente sim.
Há uma inegável evidência de que pessoas com Tipo A ou AB são mais propen-
sas ao câncer e têm menos chances de sobrevivência do que as de tipos O e B. De
fato, já no início da década de 1940, a Associação Médica Americana afirmou que o
Tipo AB apresentava a porcentagem mais elevada de casos de câncer entre todos
os tipos sangüíneos, mas essa notícia não saiu nas manchetes, provavelmente por-
que o Tipo AB constitui uma pequena porcentagem da população. Estatistica-
mente, seus altos índices não causam o mesmo tipo de alarme que a informação
sobre o mais comum Tipo A. Mas do ponto de vista pessoal, isso não vaie como
conforto para os que têm sangue Tipo AB. Os pesquisadores podem tratar o cân-
cer como um jogo de números; eu prefiro tratá-lo como uma crise pessoal na vida
de um determinado indivíduo.
Os tipos O e B apresentam incidência menor de câncer, mas não temos dados
suficientes para explicar por que isso acontece. Há, porém, indícios importantes
na atividade dos antígenos e anticorpos dos diversos tipos de sangue que podemos
explorar.
E preciso acentuar, contudo, que a conexão câncer-tipo sangüíneo é altamente
complexa e em muitos aspectos misteriosa. Ter sangue Tipo AB ou A não significa
que é certo ou mesmo provável que você esteja condenado a ter câncer, do mesmo
modo que ser Tipo O ou Tipo B não significa que você esteja completamente a
salvo. Há muitas causas para o câncer, e ainda nos assombra a razão misteriosa por
que algumas pessoas que parecem não estar expostas a fatores de risco contraem a
doença.
Cada vez mais, o tipo sangüíneo emerge como um fator vital, mas é apenas
uma peça do quebra-cabeça. Há muitas causas de câncer - agentes carcinogênicos
químicos, radiação e fatores genéticos, para citar apenas alguns. Esses fatores são
amplamente independentes do tipo sangüíneo e, como tal, não fariam uma dife-
rença suficiente numa população para poderem ser preditos apenas pelo tipo de
sangue. Por exemplo, o fumo pode facilmente mascarar ou enfraquecer uma asso-
ciação com o tipo sangüíneo porque é um carcinógeno suficientemente poderoso
para provocar câncer por si só - independente de sua suscetibilidade inerente ou
ausência dela.
Há uma enorme quantidade de pesquisas científicas sobre o relacionamento
molecular entre câncer e tipo de sangue. Mas a pesquisa tem praticamente igno-

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 259
rado a questão de saber se uma pessoa com um tipo de sangue ou outro tem maior
chance de sobreviver a determinados cânceres.
Quem vive ou quem morre? Quem sobrevive ou não? Este, em minha opinião,
é o grande elo perdido na pesquisa sobre câncer e tipo de sangue. A verdadeira
conexão câncer-tipo sangüíneo reside nos índices de cura e não nos índices de
ocorrência entre os diferentes tipos de sangue. E essa conexão pode ser o fator de
aglutinação das lectinas.
A conexão câncer-lectina
Shakespeare uma vez escreveu: "Há algo de bom nas coisas más." Em alguns
casos, como nos tratamentos quimioterápicos para combater o câncer, é conve-
niente e mesmo benéfico usar um veneno. Em relação ao câncer, as lectinas ser-
vem a dois propósitos: elas podem ser utilizadas para aglutinar as células cancero-
sas, atuando assim como um catalisador para o sistema imunológico - e para des-
pertar esse sistema de modo que ele fique alerta e proteja as células sadias.
Gomo isso acontece? Em circunstâncias normais, a produção de açúcares na
membrana celular é altamente específica e controlada. Mas não em uma célula
cancerosa. Como o material genético está desordenado, as células cancerosas per-
dem o controle sobre a produção dos açúcares de sua membrana e geralmente os
produzem em quantidades maiores do que uma celular norma! o faria. As células
cancerosas são mais propensas do que as normais a se emaranharem quando en-
tram em contato com a lectina apropriada.
As malignas células cancerosas são cem vezes mais sensíveis aos efeitos
aglutinantes das lectinas do que as células normais. Se prepararmos duas lâminas,
uma com células normais e outra com células malignas, uma dose igual da lectina
apropriada vai converter a lâmina com células malignas em um grumo totalmente
emaranhado, enquanto a lâmina de células normais apresentará apenas uma pe-
quena mudança, se tanto.
Quando as células malignas aglutinam-se em um imenso emaranhado de cen-
tenas, milhares ou milhões de células cancerosas, o sistema imunológico é reativado.
Então os anticorpos podem mirar os grumos de células cancerosas, identificando-
os para serem destruídos. Essa missão de busca-e-destruição é normalmente de-
sempenhada por poderosas células varredoras existentes no fígado.
Se você solicitar a um banco de dados médicos informações a respeito de lectinas
e câncer, a impressora vai funcionar continuamente por vários dias. As lectinas são
amplamente usadas para estudar a biologia molecular do câncer porque elas forne-
cem excelentes indícios, ajudando a identificar antígenos especiais, chamados
marcadores, na superfície das células cancerosas. Fora isso, seu uso é limitado, o

260 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
A conecção câncer-lectina
Célula
Normal
Lectinas Específicas
do Tipo de sangue
Célula Maligna
Por que as lectinas aglutinam as células cancerosas. As células do lado esquerdo do desenho represen-
tam as não-malignas. Como a produção dos açúcares na membrana celular é controlada por material
genético intacto, os açúcares das membranas celulares normais estão dispostos em um padrão ordena-
do, As células malignas possuem, porém, mais açúcares em suas membranas porque seu material
genético foi danificado, o que resultou numa produção de quantidades anormais desses açúcares. Se
uma lectina alimentícia específica de um tipo sangüíneo for adicionada a uma suspensão de células
malignas e células normais, essa lectina vai interagir mais agressivamente com as "confusas" células
malignas do que com as "homogêneas" células normais.
que é uma pena, pois elas existem em todos os alimentos comuns. Identificando o
tipo sangüíneo de uma pessoa que tem um determinado câncer e usando as lectinas
apropriadas derivadas da dieta de tipo sangüíneo, uma nova ferramenta poderosa
pode ser utilizada por qualquer paciente com câncer para aumentar suas possibi-
lidades de sobrevivência.
Dados sobre o tipo sangüíneo
Uma enorme quantidade de divisões celulares ocorre ao longo da vida de uma
pessoa. Levando isso em consideração, é espantoso que não surjam ainda mais
casos de câncer. Isto acontece provaveimente porque o sistema imunológico cem
uma especial capacidade de detectar e eliminar a grande maioria das mutações
que ocorrem diariamente. E provável que o câncer resulte de uma pane nesta
vigilância, quando a célula cancerosa consegue levar o sistema imunológico à im-

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 261
potência imitando as células normais. Gomo já vimos, os tipos sangüíneos pos-
suem poderes especiais de vigilância, de acordo com a forma e o tipo de invasor.
Isso lhe dá uma pálida idéia de como os tipos sangüíneos, as lectinas aglutinantes
e o câncer interagem entre si. A óbvia pergunta que se segue é: o que isso signifi-
ca? E se você está pessoalmente preocupado com o câncer, o que isso significa para
você?
Serei franco com você: até o momento, o único tipo de câncer para o qual
temos informações substanciais a respeito da conexão com o tipo de sangue é o
câncer de mama. Tratarei disso detalhadamente. A conexão com os outros tipos de
câncer ainda não está bem estabelecida, mas temos alguns dados que exporei aqui.
Sabemos também que há muitos elos relacionados à alimentação que indubi-
tavelmente se aplicam a todos, ou à maioria, dos tipos de câncer, e estudaremos
isso cuidadosamente à luz do que conhecemos a respeito de nutrição e tipos
sangüíneos. Existem também algumas terapias inovadoras naturopáticas que vêm
obtendo muita aceitação e são tidas em alta conta.
A pesquisa prossegue, mas o processo é aflitivamente lento. No momento em
que escrevo, estou iniciando o oitavo ano de uma experiência de dez anos sobre
cânceres do aparelho reprodutor, usando as dietas de tipo sangüíneo. Os resulta-
dos que obtive são animadores. Além disso, as mulheres que participam dessa
experiência apresentaram o dobro do índice de sobrevivência publicado pela Socie-
dade Americana de Câncer. Quando eu divulgar os resultados dentro de mais dois
anos, espero poder provar cientificamente que a dieta de tipo sangüíneo desem-
penha um papel na cura do câncer.
O trabalho prossegue. Quanto mais aprendemos, mais vivemos. Deixe-me di-
zer-lhe o que descobri - sobre o câncer propriamente dito e sobre os passos que
você pode dar.
CÂNCER DE MAMA
Há vários anos, enquanto ouvia os relatos de novos pacientes, comecei a per-
ceber que muitas mulheres que haviam contraído câncer de mama há muito tem-
po e estavam completamente recuperadas tinham sangue Tipo O ou B. Seu índice
de recuperação era especialmente impressionante porque a maioria delas me con-
tou que seu tratamento não fora muito agressivo-geralmente não passara de uma
intervenção cirúrgica e raramente incluía radioterapia ou quimioterapia.
Por que isso acontecia? As estatísticas sobre câncer de mama mostram que,
mesmo com os tratamentos mais agressivos, apenas 19 a 25 por cento das mulhe-
res sobrevivem cinco a dez anos após o diagnóstico. Contudo aquelas mulheres
tinham sobrevivido por muito mais tempo com um tratamento mínimo. Seria pos-

262 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
sível que o fato de terem Tipo O ou B ajudava a protegê-las contra a disseminação
da doença ou sua recorrência?
Ao longo dos anos, comecei a notar também uma nítida tendência de mulhe-
res do Tipo A com câncer de mama - e de mulheres do Tipo AB igualmente,
embora eu não tenha examinado muitas com esse raro tipo de sangue — a sofrer de
uma malignidade mais agressiva e a apresentar baixos índices de sobrevivência,
mesmo quando a biópsia dos gânglios linfáticos indicava que eles ainda não ti-
nham sido afetados. Por meio de minhas próprias experiências clínicas e do estudo
da literatura científica, concluí que há uma importante conexão entre a sobrevi-
vência ao câncer de mama e o tipo de sangue.
Em 1991, foi publicado um estudo noLancet, jornal inglês sobre medicina, que
pode ter fornecido parte da resposta. Os pesquisadores informaram que parece
possível prever se um câncer de mama vai atingir ou não os gânglios linfáticos em
virtude de suas características quando tratado com uma tintura contendo a lectina
extraída do caracol comestível Helixpomatia. Eles descobriram uma forte associa-
ção entre a ingestão da lectina desse caracol e o subseqüente desenvolvimento da
metástase nos gânglios linfáticos. Em outras palavras, os antígenos das membra-
nas das células do câncer primário de mama mudavam e essa mudança permitia
que o câncer se espalhasse para os gânglios linfáticos. E aqui está o elo: a lectina
do Helix pomatia é altamente específica - do tipo de sangue A.
Os pesquisadores que estudam o câncer de mama descobriram que, quando as
células cancerosas se modificam, elas se tornam mais semelhantes às do Tipo A.
Isso lhes permite ultrapassar todas as defesas do corpo e alastrar-se livremente na
indefesa circulação linfática.
Será que minhas pacientes de Tipo O sobreviveram por serem do Tipo O?
E minhas pacientes de Tipo B sobreviveram por serem do Tipo B? Tudo indica
que sim.
E há uma confirmação em nosso conhecimento científico do câncer, Muitas
células cancerosas têm antígenos especiais, ou marcadores, em suas membranas.
Por exemplo, pacientes com câncer de mama geralmente apresentam altos níveis
do Antígeno do Câncer 15-3 (CA1S s), um marcador do câncer de mama; pacientes
com câncer ovariano geralmente apresentam altos níveis do Antígeno do Câncer
125 (CA]25); enquanto os pacientes com câncer na próstata podem ter um elevado
nível do Antígeno Específico da Próstata (PSA); e assim por diante. Esses antígenos
geralmente são usados para rastrear o progresso da doença e a eficácia do trata-
mento e chamam-se marcadores tumorais. Muitos marcadores tumorais atuam no
tipo sangüíneo. As vezes os marcadores tumorais são antígenos do tipo sangüíneo
incompletos ou modificados, que numa célula normal teriam se desenvolvido para
formar uma parte do sistema de tipo sangüíneo da pessoa.

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 263
Não é de surpreender que muitos desses marcadores tumorais tenham carac-
terísticas semelhantes ao Tipo A, o que lhes permite livre acesso aos organismos
de tipos A e AB. São recebidos como iguais - um verdadeiro cavalo de Tróia
molecular. Obviamente, os intrusos semelhantes ao A podem ser mais facilmente
detectados e eliminados se tentarem penetrar sorrateiramente em um organismo
de Tipo O ou de Tipo B.
Os marcadores de câncer de mama são em sua maioria esmagadora semelhan-
tes ao Tipo A. Essa é a resposta à minha pergunta a respeito dos diferentes índices
de recorrência entre minhas pacientes. Mesmo que minhas pacientes de Tipo O
ou de Tipo B desenvolvam câncer de mama, seus antígenos anti-A estão mais
capacitados para combatê-lo, cercando as primeiras células cancerosas e destruin-
do-as. Por outro lado, minhas pacientes de tipos A e AB não podem lutar tão bem
porque não conseguem distinguir seus adversários. Para qualquer lado que se vol-
tem, as células parecem iguais a eles - e não conseguem detectar as células cance-
rosas modificadas debaixo de seus hábeis disfarces.
RELATO DE CASO: PREVENÇÃO DE CÂNCER DE MAMA
Anne, 47: Tipo A
Há quatro anos Anne veio a meu consultório para check-up geral, sem nenhu-
ma queixa física determinada. Mas enquanto eu estava preenchendo sua ficha
médica, observei que a família de Anne apresentava uma alta incidência de câncer
de mama tanto do lado materno quanto do paterno - e o índice de mortalidade
entre as que tiveram a doença era muito alto.
Anne estava ciente de seus fatores de risco genéticos, mas ficou surpreendida
quando soube que seu tipo de sangue A era um fator de risco adicional. "Acho que
não adianta nada saber isso", disse ela. "Se eu vou ter câncer de mama ou não, não
há nada que eu possa fazer realmente sobre isso."
Informei a Anne que havia muitas medidas que ela podia tomar. Em primeiro
lugar, devido à história de sua família, ela precisava ficar supervigilante em relação
a qualquer suspeita de caroços no seio, realizar freqüentes auto-exames nas ma-
mas e as mamografias rotineiras.
"Quando você fez sua última mamografia?", perguntei. Anne respondeu-me
encabulada que sua última mamografia datava de sete anos atrás. Isso mostrava
que Anne era muito pouco inclinada a submeter-se às técnicas da medicina con-
vencional. Ela aprendera o valor das ervas e vitaminas e geralmente recorria a elas
para se tratar. Mas quando era preciso adotar terapias mais invasivas, evitava. Con-
tudo, prometeu realizar uma mamografia.

264 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
A mamografia de Anne estava limpa, e ela começou um programa concentrado
de prevenção do câncer. Para Anne foi fácil adotar a dieta de Tipo A, pois já era
vegetariana. Aperfeiçoei a dieta com alimentos preventivos do câncer - principal-
mente aumentando a quantidade de soja e acrescentando ervas naturopáticas es-
pecíficas. Anne começou a praticar ioga. Ela me disse que pela primeira vez na
vida, não se sentia constantemente preocupada com câncer.
Um ano depois, Anne fez uma segunda mamografia. Desta vez uma mancha
suspeita foi detectada em seu seio esquerdo. Uma biópsia mostrou que se tratava
de uma formação pré-cancerosa chamada neoplasia. Essencialmente, a neoplasia é
a presença de células modificadas. Não se trata de câncer, mas pode se tornar um
câncer se as células continuarem a se deteriorar e a se multiplicar. Durante a biópsia,
o médico de Anne removeu completamente a formação pré-cancerosa.
Nos três anos que se seguiram, não foram detectadas novas formações, embora
examinássemos Anne freqüente e cuidadosamente. Ela continua a seguir religio-
samente a dieta de Tipo A e diz que nunca se sentiu tão bem.
De todas as funções de um médico, nenhuma é mais gratificante e valiosa que
a intervenção e prevenção bem-sucedidas, Fico feliz por Anne ter me procurado e
ter tomado todas as medidas adequadas.
A vacina antigênica
O câncer de mama continua sendo frustrante e demasiadamente mortal. Mas
há alguns indícios de que o tipo de sangue pode ser uma chave para a cura.
O Dr. George Springer, um pesquisador do Bligh Câncer Center da University
of Chicago School of Medicine, vem investigando os efeitos de uma vacina que se
baseia em uma molécula chamada de antígeno T. Desde a década de 1950, Springer
é o mais importante pesquisador do papel do tipo sangüíneo na doença. Suas con-
tribuições nessa área são sensacionais. Seu trabalho com o antígeno T é muito
promissor.
O antígeno T é um marcador de tumor comum encontrado em muitos cânce-
res, especialmente o de mama. Pessoas saudáveis possuem anticorpos contra o
antígeno T, por isso ele nunca é encontrado nessas pessoas.
Springer acredita que a vacina composta do antígeno T e do marcador tumoral
CA 5 3 pode ajudar a sacudir e despertar os sistemas imunológicos inativos dos
pacientes cancerosos, estimulando-os a atacar e destruir as células cancerosas.
Nos "últimos vinte anos, Springer e seus colegas vêm usando uma vacina derivada
do antígeno T como um tratamento a longo prazo contra a recorrência do câncer
de mama avançado. Embora o grupo sob teste seja pequeno - menos de vinte e
cinco mulheres - os resultados são impressionantes. Todas as onze pacientes com

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 265
câncer de mama em estágio avançado (estágio III e estágio IV) sobreviveram por
mais de cinco anos - o que é notável neste que é considerado o estágio terminal
do câncer; enquanto seis delas (três no estágio III e três no estágio IV) sobrevive-
ram de dez a dezoito anos. Esses resultados são quase miraculosos.
O persistente trabalho de Springer sobre os tipos sangüíneos e o câncer me faz
crer que a evolução natural de nosso conhecimento a respeito dos tipos sangüíneos
vai finalmente nos fornecer não somente a informação sobre os fatores de risco,
mas também a cura para todas as manifestações da doença.
Outras formas de câncer
A patologia dessa doença - selvagens saqueadores à procura de uma noitada na
cidade - é fundamentalmente a mesma em todos os cânceres. Contudo, há varia-
ções relacionadas tanto à causa quanto ao tipo de sangue. Os marcadores de tumor
semelhantes ao Tipo A ou ao Tipo B exercem notável controle sobre o modo como
o sistema imunológico do corpo reage à invasão e ao crescimento do câncer.
Mais uma vez, quase todos os cânceres demonstram uma preferência pelos
tipos A e AB, embora haja formas ocasionais que são semelhantes ao Tipo B -
como os cânceres ginecológicos e da bexiga. As pessoas de Tipo O parecem ser
muito mais resistentes a desenvolver qualquer tipo de câncer. Intolerante e hos-
til, creio que o açúcar mais simples do Tipo O, a fucose, as ajuda a se livrarem
rapidamente das células cancerosas semelhantes ao Tipo A - ou em alguns casos
ao Tipo B — e desenvolve anticorpos anti-A ou anti-B.
De novo, infelizmente sabemos muito pouco a respeito das implicações totais
do elo entre o tipo de sangue e os cânceres que não sejam da mama. No entanto,
a maioria deles provavelmente segue um caminho semelhante. Examinemos as
mais comuns formas de câncer.
TUMORES NO CÉREBRO. A maioria dos cânceres no cérebro e no sistema nervoso,
como as múltiplas formas de gliomas e o astrocitoma, mostram uma preferência
pelos tipos Ae AB. Seus marcadores tumorais são semelhantes ao Tipo A.
CÂNCERES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO. Os cânceres ginecológicos
(uterino, cervical, ovariano e vaginal) mostram uma preferência por mulheres dos
tipos A e AB. Contudo, há também grande número de mulheres de Tipo B que
sofrem desses tipos de câncer. Isso significa que são criados diferentes marcadores
tumorais, dependendo das circunstâncias. Os cistos ovarianos e os fibromas uterinos,
que normalmente são benignos, mas talvez indiquem uma suscetibilidade ao cân-
cer, geram grandes quantidades de antígenos de Tipo A e de Tipo B.

266 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
Como disse antes, no momento estou no oitavo ano de uma experiência clíni-
ca de dez anos com câncer no aparelho reprodutivo feminino. A maioria de minhas
pacientes é de Tipo A e umas poucas de Tipo B. Só ocasionalmente trato de mu-
lheres de Tipo AB, provavelmente porque não existem muitas desse tipo.
CÂNCER. DO CÓLON. O tipo de sangue não é o determinante principal das várias
formas de câncer de cólon. Os fatores de risco real para as condições que levam ao
câncer de cólon relacionam-se à dieta, estilo de vida e temperamento. A colite
ulcerativa, a doença de Crohn e a síndrome do cólon irritável, se não forem trata-
das, acabam deixando o organismo depauperado e exposto ao câncer. Uma dieta
rica em gordura, combinada com o fumo e o consumo de álcool, criam o ambiente
ideal para os cânceres do aparelho digestivo. O risco é maior se você tiver casos de
câncer de cólon na família.
CÂNCER NA BOCA E NAS PARTES SUPERIORES DO APARELHO DIGESTIVO. Os cânceres
de lábios, língua, gengivas e bochechas; os tumores das glândulas salivares; e o
câncer do esôfago estão fortemente ligados aos tipos A e AB. A maioria desses
cânceres são autógenos, o que significa que os riscos podem ser minimizados se
você não fumar, moderar seu consumo de álcool e tiver cuidado com sua dieta.
CÂNCER DO ESTÔMAGO E DO ESÔFAGO. O câncer de estômago é atraído pelos
baixos níveis de ácido estomacal no aparelho digestivo dos tipos A e AB. Em mais
de 63.000 casos de câncer de estômago estudados, os tipos A e AB eram predo-
minantes.
O câncer de estômago é epidêmico na China, no Japão e na Coréia porque a
dieta típica é rica em alimentos defumados, conservados em vinagre e fermenta-
dos. Esses componentes da dieta asiática parecem anular todo o bem que a soja
poderia fazer, talvez por serem embalados com nitratos carcinogênicos. Os asiáti-
cos de Tipo B, que têm altos níveis de ácido estomacal, não são propensos ao
câncer de estômago, mesmo que comam alguns desses alimentos.
CÂNCERES DO PÂNCREAS, FÍGADO, VESÍCULA E DUTOS BILIARES. Esses cânceres são
raros nas pessoas de Tipo O, com seu forte aparelho digestivo. Os tipos A e AB
estão mais expostos ao risco, e as pessoas de Tipo B apresentam alguma
suscetibilidade - principalmente se consumirem muitos alimentos de difícil di-
gestão como as frutas secas e as sementes.
Várias das antigas terapias para esses cânceres incluíam grandes porções de
fígado cru de carneiro, cavalo e búfalo. Esses fígados pareciam ajudar mas não se
sabia o porquê. Descobriu-se depois que eles continham lectinas que retardavam

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 267
o desenvolvimento e disseminação dos cânceres de pâncreas, fígado, vesícula e
dutos biliares.
RELATO DE CASO: CÂNCER DE FÍGADO
Cathy, 49: Tipo A
Cathy recebeu tratamento médico pela primeira vez na década de 1980 devi-
do a um aumento suspeito de seu abdômen, que se tornou uma agressiva forma de
câncer de fígado. Ela foi tratada no Harvard's Deaconess Hospital, em Boston,
Massachusetts, e finalmente fez um transplante de fígado. Cathy me consultou
em 1990.
Nos dois anos subseqüentes, eu me preocupei principalmente em usar técni-
cas naturopáticas para substituir as drogas imunossupressoras contra a rejeição,
necessárias para ajudá-la a manter o fígado transplantado. O estado de Cathy me-
lhorou de tal modo que ela pôde suspender a terapia com essas drogas.
Contudo, em 1992, Cathy sentiu alguma dificuldade de respirar e seu check-
up em Harvard revelou lesões suspeitas em sua radiografia de pulmão. O câncer
tinha voltado a atacar.
Cathy e seus médicos estavam no maior dilema. Seus pulmões mostravam-se
tão comprometidos que uma cirurgia estava fora de questão ("seria como colher
cerejas", disse seu cirurgião) e seu transplante de fígado eliminava a possibilidade
de quimioterapia.
Começamos o tratamento usando a dieta básica de lectina Tipo A contra o
câncer e outras ervas que fortalecem o sistema imunológico. Recomendei tam-
bém um preparado feito de cartilagem de tubarão para Cathy tomar oralmente e
usar como um enema.
Em uma série de cartas cheias de espanto, a equipe cirúrgica de Cathy mante-
ve-me informado sobre os progressos dela. Em uma carta datada de 3 de setembro
de 1992, informaram-me que as lesões dos pulmões de Cathy tinham regredido e
se assemelhavam mais a cicatrizes. Cartas subseqüentes confirmaram essas reve-
lações. Em 1993, mesmo o tecido cicatrizado começou a desaparecer.
Cathy estava assombrada e muito feliz. "Quando eles me disseram que o cân-
cer parecia estar regredindo, senti como se tivesse ganho na loteria", disse-me ela
alegremente. Cathy continuou sem sintomas durante três anos, mas, infelizmen-
te, o câncer voltou e ela morreu mais tarde.
O caso é especialmente interessante por duas razões: em primeiro lugar, ao
longo desse tempo Cathy não recebeu outro tratamento além do naturopático.
Em segundo, seus médicos de Harvard tinham mente aberta e admitiram que ela

268 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
consultasse um médico naturopata. Talvez tenhamos visto aqui um pequeno
lampejo do futuro: todos os sistemas médicos trabalhando juntos para a melhora
do paciente.
A propósito, o custo total da terapia naturopática de Cathy foi de menos de
US$1,500, ao contrário dos milhares de dólares que ela deve ter gasto com o trata-
mento convencional,
UNFOMAS, LEUCEMIAS E DOENÇA DE HODGKIN. Essas são formas de câncer para as
quais as pessoas de Tipo O têm tendência - talvez. Embora esses cânceres do
sangue e da linfa aflijam preferencialmente as pessoas de Tipo O, eles podem não
ser cânceres verdadeiros afinal, mas antes infecções viróticas que atacaram furio-
samente. Isso pode fazer algum sentido à luz do que se conhece a respeito das
pessoas de Tipo O; elas enfrentam muito bem a maioria dos tipos de câncer, mas
o antígeno Tipo O não é bem adequado para lutar contra os vírus.
CÂNCER DE PULMÃO. O câncer de pulmão é realmente não-específico. É um dos
poucos cânceres que não apresenta conexão com nenhum tipo determinado de
sangue. O câncer de pulmão é mais comumente causado pelo fumo.
Sim, o câncer de pulmão é causado por muitas outras coisas também. Há pes-
soas que nunca fumaram e vão morrer de câncer de pulmão enquanto você está
lendo esta frase. Mas nós todos sabemos que o fumo é a causa principal do câncer
de pulmão. O tabaco é por si só um cancerígeno tão poderoso que torna o câncer
tão óbvio e tão regular como a predileção.
CÂNCER DA PRÓSTATA. Parece haver um alto índice de câncer da próstata nos
secretores (ver Apêndice E). Minha própria experiência indica que muito mais
homens de tipos A e AB sofrem de câncer da próstata que os de tipos O e B. Um
secretor de Tipo A ou AB é o mais exposto ao risco de contrair a doença.
CÂNCERES DE PELE E DOS OSSOS. Os cânceres de pele são os únicos que apresentam
uma grande incidência entre as pessoas de Tipo O. Talvez a pele mais clara dos
europeus do norte - que são na maioria de Tipo O - esteja reagindo aos crescentes
níveis de radiação ultravioleta causados pela poluição ambiental.
O melanoma maligno é a forma mais mortal de câncer de pele. As pessoas de
tipos A e AB são os mais expostos ao risco de contrair essa forma de câncer, embora
as de tipos O e B não sejam imunes.
Os cânceres dos ossos parecem mostrar uma nítida preferência pelo Tipo B,
embora haja algum risco para os tipos A e AB.

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 269
CÂNCER DO APARELHO URINÂRIO. O câncer da bexiga tanto no homem quanto na
mulher, ocorre mais freqüentemente nos tipos A e B. As pessoas de Tipo AB, que
têm a dupla sina das características dos tipos Ae B, são provavelmente as mais
propensas de todas.
Muito mais do que as de Tipo A, as de Tipo B que sofrem de freqüentes
infecções de rins e de bexiga devem ter especial cuidado com o tratamento desse
problema, uma vez que ele leva inevitavelmente a doenças mais sérias.
Uma misteriosa conexão que ainda está por ser desvendada: a aglutinina do
germe de trigo, a lectina que pode atuar favoravelmente contra os cânceres de
mama lobulares e intradutais, paradoxalmente acelera o desenvolvimento das cé-
lulas do câncer de bexiga.
Como defender-se
O câncer sempre parece apresentar um quadro desanimador. Imagino que se você
é um Tipo A ou AB, talvez esteja tendo tristes pensamentos. Lembre-se, porém, que
a suscetibilidade é um simples fator entre muitos. Creio que conhecer sua propensão
para o câncer e entender o funcionamento de seu tipo sangüíneo lhe dá maior chance
de se defender do que teria de outro modo. As estratégias que se seguem podem fazer
diferença para você, especialmente se você é do Tipo A ou AB. Em particular, muitos
dos alimentos sugeridos são talhados para esses tipos de sangue. As pesquisas atuais
têm se concentrado principalmente nos marcadores de câncer da mama semelhantes
ao Tipo A e pouca investigação tem se voltado para os cânceres semelhantes ao Tipo
B. Infelizmente, isso significa que enquanto os alimentos para combater o câncer
sugeridos aqui podem ser muito eficazes para os tipos Ae AB, não ajudarão necessari-
amente os tipos B e O. De fato, a maioria dos alimentos (amendoins, lentilhas, e
germe de trigo) causam outros problemas para esse dois tipos de sangue.
As experiências clínicas que estou realizando atualmente, ao lado do trabalho de
outros cientistas e pesquisadores, um dia vão nos permitir uma compreensão mais
profunda da conexão dieta-câncer para todos os tipos de sangue. Enquanto isso, as
pessoas de tipos B e O podem reduzir a possibilidade de mutações celulares que
podem levar ao câncer seguindo suas dietas de tipo sangüíneo. Se você já teve cân-
cer, preste especial atenção a outras terapias desta seção, especialmente à vacina
Pneumovax. O avanço das pesquisas vai proporcionar um quadro mais completo.
1. VOCE VIVE DE ACORDO COM O QUE VOCE COME
O aparelho digestivo das pessoas com sangue Tipo A tem dificuldade de dige-
rir as proteínas e gorduras animais. As de Tipo A e de Tipo AB devem adotar uma
dieta rica em fibras e pobre em produtos animais.

270 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
Há determinados alimentos que merecem consideração extra como preventi-
vos do câncer.
Soja... Novamente
Três a onze por cento do tofu compõem-se de aglutininas da soja. As aglutininas
da soja têm a capacidade de identificar seletivamente e logo no início as células
modificadas que produzem o antígeno do Tipo A e varrê-las do organismo - dei-
xando as células normais de Tipo A em paz. Embora os alimentos derivados da soja
sejam uma rica fonte, apenas uma pequena quantidade é necessária para a
aglutinação.
Aaglutinina da soja discrimina especialmente as células do câncer de mama,
quando elas surgem; ela é tão específica que tem sido usada para remover as
células cancerosas da medula óssea extraída do corpo. Em trabalhos experimen-
tais com pacientes com câncer de mama, removeu-se sua medula óssea. Depois
eles foram bombardeados com altos níveis de quimioterapia e radiação. Essas
ferramentas oncológicas normalmente destroem a medula óssea. Em vez disso, a
medula extraída - e limpa pela ação da lectina da soja - foi então reintroduzida
no paciente. Esses tratamentos têm apresentado alguns resultados muito bons.
A lectina de soja também contém os componentes genisteína e daidzeína, rela-
cionados ao estrogênio. Esses componentes não somente ajudam a equilibrar o
efeito dos níveis de estrogênio na mulher, mas também contêm outras proprie-
dades que podem ajudar a reduzir o suprimento de sangue para os tumores can-
cerosos.
A soja, em todas as suas formas, é benéfica para os tipos A e AB como um
preventivo geral de câncer. As proteínas vegetais da soja são facilmente utilizadas
por esses tipos de sangue, portanto, é muito recomendável que as pessoas com
sangue A ou AB reexaminem qualquer aversão que tenham pelo tofu e produtos
derivados. Pense no tofu não como um alimento, mas como um poderoso remédio.
Embora as pessoas de Tipo B possam comer alimentos feitos de soja, não é certo
que eles exerçam a mesma ação na corrente sangüínea de Tipo B.
As mulheres japonesas têm uma incidência tão pequena de câncer de mama
porque o uso do tofu e outros produtos de soja é ainda alto na dieta japonesa em
geral. Como essa dieta vem se tornando mais ocidentalizada, é possível que veja-
mos aumentar o índice de certas formas de câncer. Um estudo de mulheres japo-
nesas imigrantes em San Francisco mostrou que elas apresentam um índice duas
vezes maior de câncer de mama do que suas primas que vivem no Japão - sem
dúvida devido à mudança de hábitos alimentares.

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 271
Amendoins
A aglutinina do amendoim também tem uma lectina específica sensível às
células do câncer de mama, particularmente a forma medular. A lectina do amen-
doim é menos ativa contra todas as outras formas, incluindo as formas intradutais,
lobulares e cirrosas do câncer de mama. Essa conexão é provavelmente verdadeira
para outros cânceres que têm afinidade com o Tipo A.
Coma amendoins frescos ainda com a pele; as peles, não as cascas. A manteiga
de amendoim provavelmente não é uma boa fonte de lectina, como todos os pro-
dutos industrializados, demasiadamente processados e homogeneizados.
Lentilhas
A lectina da Lens culinaris mostra uma forte atração pelas formas de câncer de
mama, lobulares, medulares, intradutais e estromáticas e provavelmente afeta
outras formas de cânceres afins com o Tipo A.
Feijão-manteiga
A lectina do feijão-manteiga é um dos mais potentes aglutinantes de todos os
tipos de células, cancerosas ou não. Quando você está sadio, o feijão-manteiga
pode lhe fazer ma! - de modo que ele não deve fazer parte de uma estratégia de
prevenção. Contudo, se você está sofrendo de um câncer que tem afinidade com
o Tipo A, coma feijão-manteiga. A lectina pode aglutinar inumeráveis quantida-
des de células cancerosas. Ela pode destruir também algumas células Tipo A per-
feitamente normais, mas o saldo ainda é favorável.
Germe de trigo
A aglutinina do germe de trigo demonstra uma grande afinidade com cânceres
do Tipo A. A aglutinina do germe de trigo se concentra no invólucro da semente,
a casca externa normalmente é jogada fora. O trigo integra! não-processado forne-
ce quantidades maiores de lectina, mas você pode utilizar também os produtos
comerciais de germe de trigo.
Escargots
Se você tem sangue Tipo A ou Tipo AB, peça escargots na próxima vez que for
a um restaurante francês. Considere-os como um remédio em uma forma glamurosa,
deliciosa.

272 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
O caracol comestível, Helixpomatia, é uma poderosa aglutinina do câncer de
mama capaz de impedir que as células cancerosas estendam metástases para os
gânglios linfáticos.
A menos que a idéia de comer escargots desgoste você (e na verdade, eles são
deliciosos), que mal isso pode fazer?
2. OUTRAS ESTRATÉGIAS
Tome cuidado com seu fígado e seu cóion
As mulheres devem tomar consciência de que o fígado e o cólon são os dois
principais órgãos onde o estrogênio pode ser decomposto - se suas funções estive-
rem perturbadas, os níveis de estrogênio de todo o corpo podem aumentar. O au-
mento da atividade estrogênica pode estimular o crescimento de células cancerosas.
Adote uma dieta rica em fibras para elevar os níveis de butirato nas paredes
celulares do cólon. Os butiratos, como você deve lembrar, promovem a normaliza-
ção do tecido.
Os grãos de amaranto também contêm uma lectina que tem uma afinidade
específica com as células do câncer de cóion e pode destruí-las.
A vacina Pneumovax
A Pneumovax (vacina pneumocócica) aumenta os anticorpos anti-A. As pes-
soas de tipos O e B produzem níveis mais altos de anticorpos anti-A quando to-
mam essa vacina, que os torna ainda mais capazes de lutar contra cânceres que
têm afinidade com o Tipo A. Esse é a primeira terapia promissora para os tipos B e
O que têm câncer. De fato, ela lhes permite aumentar as defesas contra as muta-
ções cancerosas afins do Tipo A, tornando-os ainda mais preparados para combater
cânceres específicos como os de mama, estômago, fígado e pâncreas.
As pessoas de Tipo A obviamente não podem produzir anticorpos anti-A, mas
a Pneumovax pode estimular seu sistema imunológico, ajudando-o a reconhecer
células cancerosas normalmente disfarçadas. Uma vez que a maioria dos cânceres
tem afinidade com o Tipo A, a Pneumovax pode, aumentando os anticorpos anti-
A, mobilizar os sistemas imunológicos de todos os tipos de sangue.
Várias outras vantagens que a vacina pneumocócica oferece incluem: é inofen-
siva; não é cara; evita certas formas de pneumonia; e mais importante ainda, gera
iso-hemaglutininas.
As iso-hemaglutininas são anticorpos muito mais poderosos do que aqueles
que o corpo produz contra os vírus e as bactérias. As iso-hemaglutininas são
"exterminadoras". Elas aglutinam e matam suas presas sem ajuda de outras cé-

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 273
lulas "assassinas" normais do sistema imunológico. As iso-hemaglutininas per-
correm a corrente sangüínea como inocentes flocos de neve, mas quando atacam
as células mudam de forma para se tornarem anticorpos tridimensionais, seme-
lhantes a caranguejos. Elas são tão grandes que podem ser detectadas por um
microscópio.
As pessoas de sangue Tipo O ou Tipo B podem realmente acelerar seus
anticorpos anti-A tomando a Pneumovax a cada oito a dez anos. As de sangue
Tipo A ou Tipo AB devem renovar a vacina mais freqüentemente, de cinco em
cinco anos.
Antioxidantes
Têm sido divulgadas tantas informações conflitantes a respeito dos antioxi-
dantes, seus implícitos benefícios ou a ausência deles, que é difícil recomendar as
melhores combinações.
As vitaminas antioxidantes foram estudadas em relação ao câncer de mama e
demonstraram não ser muito eficazes na prevenção da doença. A vitamina E e o
betacaroteno não se depositam em níveis de concentração suficiente no tecido da
mama para provocar uma mudança positiva.
Os antioxidantes baseados em plantas parecem ser mais eficazes, mas devem
ser combinados com fontes suplementares de vitamina C para uma ação comum
de melhores efeitos. As cebolas amarelas contêm altos níveis de quercetina, um
antioxidante especialmente potente que não apresenta a atividade estrogênica da
vitamina E e, além disso, é centenas de vezes mais forte que as vitaminas
antioxidantes. A quercetina pode ser adquirida nas lojas de produtos naturais.
As mulheres expostas a fatores de risco do câncer de mama que pretendem
adotar ou estão adotando a terapia de reposição do estrogênio devem tomar
fitoestrogênios derivados de produtos naturais em vez de estrogênio sintético. Os
estrogênios extraídos das plantas contêm altos níveis de estriol, uma forma mais
fraca do hormônio estrogênio do que o estradiol, que é produzido sinteticamente.
O estriol parece diminuir seu risco de ter câncer de mama. Os estrogênios sintéti-
cos aumentam o risco.
O tamoxifeno, uma droga bloqueadora do estrogênio prescrita para pacien-
tes com câncer de mama que têm tumores sensíveis ao estrogênio, é uma forma
mais fraca de estrogênio. O genesten é um componente da lecitina de soja rela-
cionado com o estrogênio. Esse fitoestrogênio inibe a angiogênese, interferindo
na produção de novos vasos sangüíneos necessários para o crescimento de tumo-
res cancerosos.

274 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
Paliativos gerais
Exercite-se freqüentemente. Faça o repouso adequado. Evite poluentes e
pesticidas. Coma frutas e hortaliças. As pessoas de Tipo A e de Tipo AB devem
comer bastante tofu. Não tome antibióticos indiscriminadamente. Se ficar doen-
te, permita que seu sistema imunológico lute contra a doença. Você será mais
saudável se fizer isso, do que se apelar para os antigripais ou os antibióticos. Eles
impedem a reação natural de seu sistema imunológico, que pode ser muito mais
poderosa se lhe derem chance.
RELATO DE CASO: CÂNCER DE MAMA AVANÇADO
Jane, 50: Tipo AB
A primeira vez que examinei Jane foi em abril de 1993. Ela já tinha sofrido
uma mastectomia e tomara várias doses de quimioterapia devido a um câncer de
mama infdtrado nos dutos que se disseminou extensamente para os gânglios linfá-
ticos. Na época de seu diagnóstico inicial, Jane teve dois tumores separados em
seu seio esquerdo - um de 4cm e o outro de l,5cm. Ninguém tinha muita espe-
rança de que ela sobrevivesse ainda por muito tempo.
Adotei para Jane a dieta de Tipo AB adaptada para o problema do câncer, com
ênfase na soja (rica em lectinas A), apliquei-lhe a Pneumovax e lhe receitei as
ervas que uso para as pacientes de Tipo A com câncer de mama. Seu marcador de
tumor, o CA[S que estava em 166 quando chegou (o normal é menos de 10) caiu
quase imediatamente para 87 em junho e para 34 em agosto. Recomendei que
procurasse George Springer em Chicago para ver se podia ser incluída em sua
experiência com a vacina, e ela o fez.
Até o momento todos os indícios, inclusive os exames dos ossos, parecem pro-
missores, mas, como Jane tem sangue Tipo AB, não me aventuro a dizer que está
curada. Só o tempo dirá.
A prevenção do câncer e o fortalecimento do sistema imunológico natural ofere-
cem as melhores esperanças para o futuro. A pesquisa genética está nos aproximan-
do cada vez mais da compreensão - e talvez algum dia do controle - do funciona-
mento das células dessa impressionante máquina que chamamos de nosso corpo.
Os cientistas do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, em
Bethesda, Maryland, anunciaram em 9 de maio de 1996 que tinham encontrado a
proteína usada para permitir que o vírus da AIDS penetre no sistema imunológico,
Essa descoberta pode ser utilizada um dia para testar novas drogas e vacinas con-
tra o vírus da AIDS e muitos cânceres. Essa animadora revelação ajuda também a

DEZ: Tipo Sangüíneo e Câncer 275
explicar por que algumas pessoas infectadas com o vírus da AIDS permanecem
saudáveis e livres da doença por anos, enquanto outras sucumbem rapidamente à
sua devastação. Não seria notável se o trágico flagelo da AIDS nos levasse à cura do
câncer?
O câncer inclui-se há muito entre as doenças mais terríveis da humanidade.
Parece que somos impotentes para nos proteger e àqueles que amamos de suas
poderosas e implacáveis garras. A análise do tipo de sangue nos permite conhecer
mais profundamente nossas suscetibilidades. Examinando conscientemente os
níveis de nossa exposição aos cancerígenos ambientais e alimentícios e mudando
de algum modo nosso estilo de vida e nossa alimentação, podemos minimizar os
efeitos da deterioração celular.
A análise do tipo de sangue fornece também um meio de aumentar a capacida-
de do sistema imunológico para detectar e destruir células modificadas e cancero-
sas enquanto ainda são pouco numerosas. Os pacientes cancerosos podem usar
seu conhecimento a respeito do tipo de sangue para desenvolver completamente
a capacidade de seu sistema imunológico para lutar contra a doença. Eles também
podem adquirir um maior conhecimento sobre os mecanismos envolvidos no cres-
cimento e disseminação do câncer.
Os tratamentos contra o câncer ainda estão longe de serem perfeitos, embora
muitas pessoas tenham sido salvas pelos últimos avanços do conhecimento na
medicina científica e terapêutica. Para aqueles que estão com câncer ou que têm
casos de câncer na família, a advertência é clara: mude sua dieta, mude suas atitu-
des e comece a tomar suplementos antioxidantes. Se seguir essas sugestões, você
vai adquirir mais controle e uma grande paz de espírito. Todos nós tememos essa
horrível doença, mas podemos tomar algumas medidas positivas contra ela.

CONCLUSÃO
Um Sulco na Terra
A
JORNADA HUMANA COMEÇOU COM UM POVO DE UM TIPO DE SANGUE - TLPO O, O
sangue de nossos ancestrais. É um inefável mistério saber quando precisa-
mente surgiu o primeiro Tipo A, ou a mãe e o pai de Tipo B, ou mesmo quando o
muito mais recente Tipo AB foi inicialmente criado. Não sabemos; podemos ape-
nas ver as mais largas pinceladas da história, mas não os detalhes mais sutis.
Mas estamos sempre aprendendo. Atualmente, o Projeto Genoma Humano
utiliza as mais sofisticadas tecnologias em seu propósito de mapear toda a estrutu-
ra genética do corpo humano - de determinar, gene por gene, cromossomo por
cromossomo, a finalidade de cada célula viva no grande esquema de algum Mestre
Criador. Até aqui, muitas revelações sensacionais foram acrescentadas ao nosso
conhecimento sobre a vasta rede celular de que somos compostos - entre elas, a
descoberta do gene do câncer de mama. Em maio de 1996 o Projeto anunciou que
tinha sido isolado e identificado o gene responsável pela artrite. Logo seremos
capazes de controlar nossas tendências genéticas como nunca antes.
Ou, seremos mesmo?
A evolução pode ser definida como uma revelação ao longo do tempo. O que
nos falta descobrir? O Telescópio Hubble perscrutaas mais longínquas distâncias
de um aparentemente infinito universo com um turbilhão de galáxias desconheci-
das; os cientistas anunciaram que existem 400 ou 500 bilhões a mais de galáxias do

CONCLUSÃO: Um Sulco na Terra 277
que fora antes calculado. Anunciaram também que o universo observável se es-
tende por pelo menos 15 bilhões de anos-luz - em todas as direções.
A World Wide Web atrai a todos. As comunicações tornaram-se quase instantâ-
neas. Houve uma explosão de conhecimentos em todos os campos, e há muito
mais por vir. Somos um povo sofisticado e cada vez mais urbano. Estamos em
nosso pico genético!
Bem, assim estiveram os Neanderthals antigamente. Eos Cro-Magnons domi-
naram o planeta por muitos milhares de anos. Quando as hordas de bárbaros pene-
traram violentamente na Europa em onda após onda de invasores, pareceu aos que
estavam sendo invadidos que aquilo nunca ia acabar. Mas nossas vidas e nossas
memórias são curtas. Somos sombras na chama do tempo infinito, fiapos de gaze
ao vento. A revolução não terminou. Ela ainda está ocorrendo.
A evolução é muito sutil. Nossa constituição genética e a de nossos Filhos, e a
dos filhos de nossos filhos, continua a se modificar de maneiras infinitesimais e
desconhecidas que ignoramos completamente. Alguns podem pensar que a revo-
lução evolucionária terminou. Estou convencido de que ela é um processo cinético
e contínuo.
A revolução continua
De onde vem o poder da vida? O que nos impele e compele a viver?
Nosso sangue. Nossa força vital.
Houve eclosões recentes de doenças viróticas e infecciosas quando penetra-
mos nas últimas selvas intocadas do planeta. Essas doenças desafiam a interven-
ção médica. Será que nosso corpo vai produzir respostas aos desafios apresentados
pelo desconhecido?
Eis o que nós enfrentamos:
• Crescente radiação ultravioleta causada pela diminuição da camada de ozô-
nio...
• Crescente poluição de nosso ar e de nossa água...
• Crescente contaminação dos alimentos...
• Superpovoamento e fome...
• Doenças infecciosas fora de nosso poder e controle...
• Pragas desconhecidas que surgem de toda parte...
Nós vamos sobreviver. Nós sempre sobrevivemos. Qual a forma que essa so-
brevivência vai assumir e como será o mundo e seus estresses para esses sobrevi-
ventes, não sabemos.

278 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
Talvez um novo tipo de sangue surja - chame-o de tipo G. Esse novo tipo de
sangue será capaz de criar anticorpos para rechaçar todos os antígenos existentes
hoje e qualquer futura mutação de antígenos que se desenvolva. Em um mundo
superpovoado e poluído com poucos recursos naturais remanescentes, os novos
tipos C vão predominar em suas sociedades. Os antiquados tipos sangüíneos vão
começar a desaparecer em um ambiente cada vez mais hostil para o qual não estão
mais adaptados. Finalmente, o tipo C vai dominar.
Ou talvez um cenário diferente se apresente, no qual nosso conhecimento
científico afinal permita-nos controlar os piores impulsos da humanidade e a civi-
lização seja capaz de livrar-se dos impulsos suicidas que parecem impeli-la para a
ruína.
Nosso conhecimento é verdadeiramente vasto, e temos toda razão de esperar
que os espíritos e as mentes mais inteligentes e mais altruístas de nosso tempo
concentrem-se no meio de lidar com as realidades de nosso mundo - violência,
guerra, crime, ignorância, intolerância, ódio e doença - e assim tirar-nos dessa
espiral venenosa.
Nada é completo. Este mundo e nossa missão nele é uma equação sempre
cambiante da qual cada um de nós momentaneamente faz parte. A revolução con-
tinua conosco ou sem nós. O tempo nos vê apenas como um piscar de olhos e é
essa impermanência que torna nossas vidas tão preciosas.
Compartilhando a fascinação de meu pai e meu conhecimento científico a
respeito das dietas de tipo sangüíneo, espero provocar um impacto positivo na
vida de todos que lerem este livro.
Assim como meu pai, sou um médico naturopata. Dediquei-me à pesquisa e ao
estudo da naturopatia e esse trabalho é minha paixão há muitos anos. Começou
como um presente de meu pai e tornou-se, para mim, um presente para meu pai.
Esta é a Solução do Tipo Sangüíneo, a revolucionária inovação que vai mudar seu
modo de comer e de viver.

POSFÁCIO
Uma Revolução Médica e Definitiva
pelo Dr. Joseph Pizzorno,
Reitor da Bastyr University
V
IVEMOS UMA ÉPOCA INCRIVELMENTE ANIMADORA PARA A MEDICINA NATURAL. Final-
mente, a ciência médica moderna desenvolveu as ferramentas analíticas e os
conhecimentos básicos para entender os mecanismos da sabedoria terapêutica
conhecida há centenas de anos. Enquanto muitas teorias sobre a saúde prevale-
cem por todo o mundo, somente algumas foram submetidas ao escrutínio científi-
co, quando alguns terapeutas naturais tiveram tanto as habilidades técnicas quan-
to a inclinação emocional para estudar a literatura sobre as pesquisas. Para a
medicina natural estabelecer-se como uma parte integrada nos sistemas de saú-
de atuais, ela precisa preencher as expectativas do mundo moderno em relação à
segurança e à credibilidade.
A Bastyr University, em Seattle, Washington, mostrou como fazer isso. Funda-
da em 1978, a Bastyr tem como missão ievar ao mundo os benefícios da medicina
natural confiável, baseada na ciência. A Bastyr proporciona uma autorizada forma-
ção de vanguarda, oportunidade de realizar uma pesquisa criativa e práticas clíni-
cas eficazes em medicina naturopática. Os que nela se formam lideram em suas
áreas.
O Dr. Peter D'Adamo, formado em nossa primeira turma de médicos
naturopatas em 1982, é um excelente exemplo do melhor que a Bastyr tem para
oferecer. Seu extraordinário trabalho pioneiro poderá mudar a prática da medicina
nos próximos séculos. Inspirado nas teorias preliminares de seu pai a respeito da

280 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
importância do tipo sangüíneo para predizer a bioquímica de uma pessoa, Peter
trabalhou com alunos da Bastyr por mais de uma década, examinando mais de
1.000 trabalhos da literatura sobre pesquisa científica. Esse exaustivo estudo da
pesquisa médica e antropológica, combinado com a observação clínica e a inquiri-
ção científica, amadureceu em uma teoria coerente com uma base confiável. A
orientação racional que Peter desenvolveu pode aumentar essencialmente a saú-
de das pessoas e permitir uma compreensão mais profunda de como o background
genético de um indivíduo determina sua bioquímica e sua suscetibilidade à doen-
ça e aos fatores ambientais, incluindo a dieta. Este trabalho vai certamente pro-
porcionar insights valiosos para os médicos responsáveis pelo tratamento de mui-
tas das mais desafiadoras doenças da atualidade.
Tomei pela primeira vez conhecimento da idéia original de usar os tipos
sangüíneos para melhor entender as necessidades bioquímicas e dietéticas parti-
culares de cada indivíduo quando Peter estudava em Bastyr. Um dos cursos do
currículo de medicina naturopática que eu ministrava requeria que os estudantes
pesquisassem cuidadosamente um tópico de seu interesse e então o apresentas-
sem, tanto de forma oral quanto escrita, para o resto da turma. Durante o particu-
larmente memorável curso de 1981, Peter provocou considerável entusiasmo e
intenso debate quando apresentou a surpreendente idéia que seu pai tinha intui-
tivamente desenvolvido - a de que o tipo sangüíneo podia ser um fator
determinante para a saúde. Como seria de esperar, foram levantadas muito mais
questões do que as que Peter poderia responder. O alto nível de interesse e gran-
de número de questões instigantes pareceram estimular especialmente a curiosi-
dade intelectual de Peter, animando-o a iniciar sua importante pesquisa.
Ao longo dos anos seguintes, Peter empenhou-se numa considerável quanti-
dade de estudos e pesquisas. Lembro-me de que muitas conversas fascinantes
com ele levaram-me a recrutar vários de nossos melhores alunos do doutorado em
Bastyr para ajudá-lo a vasculhar os jornais de pesquisa médica e antropológica. No
decorrer dos anos, Peter telefonava freqüentemente para compartilhar seu entu-
siasmo quando descobria a surpreendente quantidade de pesquisas relevantes
que foram realizadas em um amplo espectro de disciplinas. Mas antes de Peter,
ninguém reunira tudo isso ou pensara nas implicações daquilo que os diferentes
pesquisadores estavam descobrindo.
Seus estudos culminaram em sua memorável apresentação na Convenção Anual
de 1989 da Associação Americana de Médicos Naturopatas, em Rippling River,
Oregon. Os ouvintes ficaram extremamente entusiasmados com a aplicabilidade
clínica de suas idéias e um vivo debate se seguiu. Desde então, muitos clínicos de
renome vêm adotando as receitas baseadas no tipo sangüíneo de Peter.

POSFÁCIO: Uma Revolução Médica e Definitiva 281
Diz-se que Hipócrates afirmou: "Deixe que seus remédios sejam seus alimen-
tos e seus alimentos sejam seu remédio." Mas como fazer isso? Um dos mais im-
portantes desafios que os médicos enfrentam é como determinar a melhor dieta
para recomendar a seus pacientes. É relativamente fácil dizer a todos que ingiram
uma dieta equilibrada de alimentos integrais orgânicos na forma mais natural pos-
sível, mas essa recomendação ignora a especificidade de cada indivíduo. Os fato-
res genéticos e ambientais alteram drasticamente o metabolismo de uma pessoa
e, sem meios de detectar objetivamente essas mudanças, tudo o que o médico
pode fazer é conjeturar ou aplicar cegamente a última teoria. Ao longo dos sécu-
los, muitas teorias a respeito do modo de otimizar nossa dieta vão e vêm, mas
nenhuma sobreviveu ao teste do tempo, pois nenhuma se baseou na pesquisa
científica. Graças ao pioneirismo do trabalho do Dr. Peter DAdamo e de seu pai, o
Dr. James DAdamo, isso agora mudou. Eis aí uma prova de que idéias originais
combinadas com uma rigorosa perspectiva científica podem mudar o curso da
medicina.
Joseph Pizzorno, naturopata
Seattle, Washington
Junho de 1996
O Dr. Pizzorno, reitor da Bastyr University, em Seattle, Washington- $ primeira escola
autorizada e multidisciplinar de medicina natural dos Estados Unidos - é um líder no campo
da medicina natural. Como editor sênior e co-autor do internacionalmente aclamado A
Textbook of Natural Medicine edo best-seller Encyclopedia of Natural Medicine,
ele ajudou a def inir o padrão de qualidade da medicina naturopática, documentou a validade
científica da medicina natural e ampliou as fronteiras da terapia natural.
Em 1993, o Dr. Pizzorno foi convidado afazer uma palestra sobre o papel da medicina
naturopática no cuidado com a saúde na Health Care Reform Task Force (Força-tarefa para
a Reforma da Assistência à Saúde) da primeira-dama Hillary Clinton. Ele foi indicado para
o Conselho Consultivo de Assessoria Técnica (Office of Technology Assessments Advisory Panei)
do Congresso dos Estados Unidos sobre a segurança e eficácia dos suplementos dietéticos e
tornou-se um consultor da U.S. Federal Trade Commission.

APÊNDICE B
Dúvidas Comuns
M
INHA EXPERIÊNCIA MOSTRA QUE A MAIORIA DAS PESSOAS REAGE COM GRANDE entu-
siasmo e curiosidade quando toma conhecimento da conexão com o tipo de
sangue. Contudo, é muito mais fácil aceitar uma idéia instigante do que mergu-
lhar em suas minúcias.
O Plano de Tipo Sangüíneo é revolucionário e, como tal, requer ajustamentos
fundamentais. Algumas pessoas acham-no mais fácil de adotar do que outras, de-
pendendo do quanto já vivem de acordo com as necessidades de seu tipo de san-
gue. A maior parte das perguntas que as pessoas me fazem gira em torno de temas
semelhantes. Incluirei as mais comuns delas aqui, Elas vão ajudá-lo a ter uma idéia
mais clara do que essa dieta pode significar para você.
De onde vem meu tipo sangüíneo ?
O sangue é universal, contudo é também único. Como a cor de seus olhos ou
cabelos, seu tipo de sangue é determinado por dois grupos de genes - a herança
que você recebe de sua mãe e de seu pai. É da combinação desses genes que seu
tipo de sangue é selecionado, no momento de sua concepção.
Como os genes, alguns tipos de sangue predominam sobre outros. Na criação
celular de um novo ser humano, o Tipo A e o Tipo B predominam sobre o Tipo O.
Se para a concepção de um embrião houver um gene A da mãe e um gene O do pai,
o bebê será de Tipo A, embora continue a conduzir o gene Tipo O recessivo do pai

APENDICE B; Dúvidas Comuns 289
em seu DNA. Quando o bebê crescer e passar esses genes para sua prole, metade
dos genes será de Tipo A e metade de Tipo O.
Como tanto o gene A quanto o B são igualmente fortes, você será Tipo AB se
receber um gene Tipo A de um de seus pais e um gene Tipo B do outro. Finalmen-
te, como o gene Tipo O é recessivo em relação a todos os outros, você só será Tipo
O se receber esse gene de ambos os pais.
E possível que pais de Tipo A concebam uma criança de Tipo O. Isso acontece
quando cada um dos pais tem um gene A e um gene O e ambos passam o gene O
para o filho. Do mesmo modo, pais de olhos castanhos podem conceber um filho
de olhos azuis se cada um deles conduzir o gene recessivo para olhos azuis.
A genética do tipo sangüíneo pode, algumas vezes, ser usada para determinar
a paternidade de uma criança. Há uma armadilha, porém. O tipo sangüíneo só
pode provar que um homem não é o pai de uma criança. Ele não pode ser usado
para provar que um homem é o pai de uma criança (embora a tecnologia mais
recente de DNA possa fazê-lo). Veja este exemplo de um caso de paternidade:
uma criança tem Tipo A, a mãe tem Tipo O e o homem que se alega ser o pai tem
Tipo B. Como tanto o gene Tipo A quanto o B são dominantes em relação ao Tipo
O, o pai da criança não poderia ser Tipo B. Pense sobre isso. O gene Tipo A não
poderia ter vindo do pai, que, como é Tipo B, deveria ter dois genes B ou um B e
outro O. O gene A não poderia ter vindo da mãe, porque as pessoas de Tipo O
possuem sempre dois genes O. O gene A deve ter vindo de outra pessoa. Estas
foram exatamente as circunstâncias em torno do famoso processo de paternidade
contra Charlie Chaplin em 1944. Infelizmente, Chaplin foi submetido a um tu-
multuado julgamento, pois o uso do tipo de sangue para determinar a paternidade
ainda não era aceito nos tribunais da Califórnia. Mesmo que o tipo sangüíneo
tenha mostrado claramente que Chaplin não era o pai da criança, o júri decidiu a
favor da mãe e ele foi obrigado a garantir o sustento da criança.
Como eu descubro qual é meu tipo sangüíneo ?
Para saber qual é o seu tipo de sangue, basta que você doe sangue ou peça a
seu médico que veja em sua ficha qual é seu tipo sangüíneo. Se você quiser desco-
brir por sua conta qual é seu tipo sangüíneo, pode fazê-lo requerendo um teste de
picada no dedo (para obter uma gota de sangue) ao seguinte endereço:
Peter DAdamo, N.D.
P.O. Box 2106
Norwalk, CT, USA 06852-2106

290 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
Tenho de fazer imediatamente todas as modificações para que minha dieta de tipo sangüíneo
funcionef
Não. Pelo contrário, sugiro que você comece lentamente, gradualmente a eli-
minar os alimentos que não lhe fazem bem e a acrescentar os que são altamente
benéficos. Muitos regimes dietéticos exigem que você mergulhe de cabeça e mude
radical e imediatamente seu estilo de vida. Acho que é mais realista e afinal mais
eficaz que você se engaje no processo lentamente. Não se baseie apenas no que
digo. Você tem que descobrir isso em seu próprio corpo.
Antes de começar sua dieta de tipo sangüíneo, você deve saber muito pouco a
respeito dos alimentos que são benéficos ou nocivos para você. Você está acostu-
mado a fazer suas escolhas de acordo com suas preferências desde criança, com as
tradições familiares e com os livros de dieta do momento. E possível que você esteja
ingerindo alimentos que lhe fazem bem, mas a dieta de tipo sangüíneo lhe fornece
uma poderosa ferramenta para fazer escolhas bem orientadas todo o tempo.
Uma vez que saiba qual é seu melhor plano dietético, você tem a liberdade de
variar sua dieta de vez em quando. A rigidez é inimiga da alegria; certamente não
estou propondo isso. A dieta de tipo sangüíneo foi planejada para fazer você se
sentir bem, e não infeliz e deprimido. Obviamente, algumas vezes o bom senso
lhe dirá para relaxar um pouco as regras - como quando você está comendo em
casa de parentes.
Tenho sangue Tipo A e meu marido tem Tipo O. Como fazer comida para nós dois? Não quero
preparar duas refeições separadas.
Minha esposa, Martha, e eu estamos na mesma situação. Martha tem Tipo O e
eu, Tipo A. Descobrimos que podemos normalmente compartilhar dois terços de
uma refeição. A única diferença está na fonte de proteína. Por exemplo, se faze-
mos um refogado, Martha prepara um pouco de frango, enquanto eu cozinho tofu.
Descobrimos também que muitos alimentos para o Tipo A e para o Tipo O são
benéficos para nós dois, então damos ênfase a esses alimentos. Por exemplo, po-
demos ter uma refeição que inclui salmão, arroz e brócolis. Isso tornou-se relativa-
mente fácil para nós porque estamos familiarizados com o que é específico da
dieta de tipo sangüíneo de cada um. Será útil para você dedicar algum tempo para
familiarizar-se com a lista de seu cônjuge. Você pode até mesmo fazer uma lista
separada de alimentos que vocês podem compartilhar. Você vai ficar surpresa com
a variedade deles.
As pessoas se aborrecem bastante com o que elas temem ser limitações impos-
síveis da dieta de tipo sangüíneo. Mas pense um pouco sobre isso. Há mais de
duas centenas de alimentos relacionados em cada dieta - muitos deles compatí-
veis com todos os tipos. Considerando que a pessoa média come somente cerca de

APENDICE B; Dúvidas Comuns 282
vinte e cinco alimentos, a dieta de tipo sangüíneo na verdade oferece mais, e não
menos, opções,
Minha família é italiana e você conhece os tipos de alimentos que gostamos de comer. Sendo um
Tipo A, não sei como poderei ainda desfrutar de meus pratos italianos favoritos - principal-
mente sem molho de tomate!
Tendemos a associar alimentos típicos com um ou dois dos mais comumente
disponíveis - como espaguete com almôndegas e molho de tomate. Mas a dieta
italiana, como a maioria das outras, inclui uma ampla variedade de alimentos. Muitos
pratos do sul da Itália, geralmente preparados com azeite de oliveira em vez de
molhos pesados, são ótimas opções tanto para o Tipo A quanto para o AB. Em vez
de um prato de massa encharcado em molho de tomate, tente o sabor mais delica-
do do azeite de oliveira com alho, de um sofisticado pesto, ou de um leve molho
de vinho branco. Frutas frescas ou sorvetes italianos saborosos mas leves são prefe-
ríveis à rica pastelaria.
Meu marido de setenta anos de idade é cardíaco e já fez uma cirurgia para colocar um
marcapasso. Ele ainda tem dificuldade de evitar os alimentos que lhe fazem mal. Seu tipo de
sangue é Be acho que a dieta Tipo B seria perfeita para ele. Mas resiste muito a dietas. Há um
meio de introduzir a dieta sem muitas reclamações?
Não é fácil mudar radicalmente a dieta aos setenta anos de idade - o que é
provavelmente a razão por que seu marido fica tão aborrecido com a dieta saudá-
vel, mesmo depois da cirurgia. Em vez de recriminá-lo, o que é contraproducente,
comece gradualmente a incorporar os alimentos benéficos para o Tipo B na dieta
dele, enquanto aos poucos elimina aqueles que não lhe fazem bem. É provável
que seu marido acabe preferindo os alimentos benéficos quando seu aparelho di-
gestivo se adaptar a suas qualidades positivas.
Por que você recomenda porções diferentes de acordo com os ancestrais f
As tabelas de porções de acordo com os ancestrais são apenas aperfeiçoamen-
tos da dieta que você pode achar úteis. Do mesmo modo que homens, mulheres e
crianças têm diferentes padrões de porção, as pessoas também devem fazer suas
escolhas de acordo com seu tamanho e peso, e as preferências alimentares geográ-
ficas e culturais. Essas sugestões vão ajudá-lo até que se sinta suficientemente à
vontade com a dieta para determinar naturalmente suas porções apropriadas.
As recomendações de porções também levam em conta problemas específicos
que as pessoas de diferentes ancestrais tendem a ter com alimentos. Os afro-
americanos, por exemplo, apresentam muitas vezes intolerância à lactose e a

292
maior parte dos asiáticos não está acostumada a comer laticínios, portanto, eles
devem introduzir esses alimentos lentamente para evitar reações negativas.
Sou alérgico a amendoim, mas você diz que ele é um alimento altamente benéfico para meu tipo
sangüí?ieo. Você quer dizer que devo comê-los? Meu tipo de sangue é A.
Não. As pessoas de Tipo A têm uma grande variedade de fontes de proteínas
sem precisar recorrer aos amendoins. Essas reações são provocadas pelo sistema
imunológico, que cria anticorpos que resistem ao alimento. O normal é que as pes-
soas de Tipo A não sejam alérgicas a amendoins, que contêm propriedades benéfi-
cas aos de Tipo A. Você pode, porém, ser intolerante a amendoins. Isso significa que
você tem distúrbios digestivos quando os come. Isso pode ser causado por inúmeros
fatores, inclusive uma dieta em geral pobre. Talvez você uma vez tenha comido
amendoins junto com outros alimentos nocivos e culpe os amendoins.
Mais uma vez, você não precisa incluir amendoim em sua dieta, mas pode
descobrir que os tolera muito bem quando estiver adaptado à sua dieta Tipo A.
Tenho sangue Tipo B e as opções de carne de minha dieta são muito estranhas para mim.
Parece que só posso comer cordeiro, carneiro e coelho — os quais eu NUNCA como. Por que não
frango?
A eliminação do frango foi a mais difícil modificação para a maioria das pessoas
de Tipo B que já tratei. O frango não é somente a fonte principal de proteína de
muitos grupos étnicos, mas muitos de nós fomos condicionados a pensar que o
frango é mais saudável do que a carne de boi e outros tipos de carne. O frango
contém em sua carne uma lectina que é muito prejudicial para as pessoas de Tipo
B. Por outro lado, você pode comer peru e uma ampla variedade de frutos do mar.
O que significa "neutros"? São alimentos bons para mim?
As três categorias foram organizadas para focalizar alimentos que são mais ou
menos benéficos para você, de acordo com a reação de seu tipo sangüíneo a certas
lectinas. Os altamente benéficos atuam como remédios; os nocivos agem como
venenos. Os neutros atuam simplesmente como alimentos. Embora os alimentos
neutros não tragam para a saúde os benefícios especiais de alguns outros alimen-
tos, certamente eles são bons para você no sentido de que contêm muitos nu-
trientes de que seu corpo necessita.
Devo comer todos os alimentos classificados como "altamente benéficos"?
Seria impossível comer todas as opções de sua dieta! Pense em sua dieta de
tipo sangüíneo como se fosse a paleta de um pintor de onde você pode escolher
cores em diversas tonalidades e combinações. Contudo, tente consumir sema-

APENDICE B; Dúvidas Comuns 293
nalmente alimentos dos vários grupos, se possível. A freqüência é provavelmente
mais importante que o tamanho da porção individual, portanto, se você é Tipo O
e tem uma constituição muito frágil, tente comer proteína animal cinco a sete
vezes por semana, mas diminua as porções, consumindo de 50 a 80g aproximada-
mente em vez de 100 a 150g. Isso garante que os nutrientes mais valiosos continu-
em a ser liberados na corrente sangüínea em uma proporção constante.
A combinação de alimentos ê útil para a dieta de tipo sangüíneo ?
Alguns regimes dietéticos recomendam a combinação de alimentos, o que re-
quer que se comam certos grupos de alimentos combinados para facilitar a diges-
tão. Muitos desses livros estão cheios de mistificações e absurdos, com uma gran-
de quantidade de regras e regulamentos inúteis. Talvez a única regra verdadeira
para a combinação de alimentos seja evitar comer proteína animal, como as carnes,
com grandes quantidades de amidos, como pães e batatas. Isso é importante por-
que os alimentos de origem animal são digeridos no estômago em um meio alta-
mente ácido, enquanto os amidos são digeridos nos intestinos em um meio alta-
mente alcalino. Quando esses alimentos são combinados, o corpo ingere um pou-
co de proteína, depois um pouco de amido, depois volta para a proteína, depois
volta para o amido; não é um método muito eficaz. Mantendo esses grupos de
alimentos separados, o estômago pode concentrar todas as funções na tarefa do
momento. Substitua o amido por acompanhamentos vegetais ricos em fibras, como
as folhas. A recomendação de evitar misturar proteína com amido não se aplica ao
tofu e outras proteínas vegetais, que são essencialmente pré-digeridas.
O que posso fazer se um "alimento nocivo "for o quarto ou quinto ingrediente de uma receita ?
Isso depende da gravidade de seu estado, ou do grau de tolerância. Se você
tem alergias alimentares ou colite, deve evitar completamente os alimentos noci-
vos. Muitos pacientes com alta tolerância evitam esses alimentos totalmente,
embora eu ache que isso pode ser muito radical. A menos que sofram de alergias
específicas, não faz mal se as pessoas ocasionalmente comerem um alimento que
não pertence à sua dieta.
Vou perder peso com a dieta de tipo sangüíneo?
Quando você lê seu Plano de Tipo Sangüíneo, encontra recomendações espe-
cíficas para perda de peso. Elas diferem de um tipo sangüíneo para outro. Isso
porque as lectinas dos vários alimentos provocam diferentes efeitos. Por exemplo,
nas pessoas de Tipo O, a carne é eficazmente digerida e metabolizada, enquanto
nas de Tipo A ela torna mais lentos os processos digestivo e metabólico.

294 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
A dieta de tipo sangüíneo é projetada sob medida para eliminar qualquer
desequilíbrio que leve ao ganho de peso. Se você seguir sua dieta de tipo sangüíneo,
seu metabolismo vai se ajustar a seu ritmo normal e você queimará calorias mais
eficazmente; seu sistema digestivo vai processar adequadamente os nutrientes e
reduzir a retenção de água. Você perderá peso imediatamente.
Em minha prática, descobri que a maioria dos meus pacientes que têm proble-
mas com o peso têm também um histórico de dietas crônicas. Pode-se pensar que
dietas constantes levam à perda de peso, mas isso não é verdade se a estrutura da
dieta e os alimentos que ela inclui vão contra tudo o que faz sentido especialmen-
te para seu corpo.
Em nossa cultura, tendemos a promover dietas tipo "tamanho único" e fica-
mos admirados porque elas não funcionam. A resposta é óbvia! Diferentes tipos
de sangue reagem aos alimentos de diferentes modos. Em combinação com os
exercícios recomendados, você terá resultados muito rapidamente.
As calorias são levadas em conta na dieta de tipo sangüíneo?
Gomo com a maioria das questões dietéticas em geral, preocupações a respeito
de calorias são automaticamente levadas em conta quando você segue sua dieta de
tipo sangüíneo. A maioria dos novos pacientes que segue as orientações em relação
à dieta e aos exercícios perde algum peso. Algumas pessoas até reclamam que estão
emagrecendo demais. Há um período de adaptação nessa dieta e com o tempo você
vai descobrir qual a quantidade de alimentos que atende a suas necessidades. Con-
tudo, as tabelas de cada categoria de alimentos dão a você um ponto para começar.
E importante prestar atenção ao tamanho das porções. Não importa o que
você coma, se comer demais vai aumentar de peso. Isso provavelmente parece tão
óbvio que nem merece ser mencionado. Mas comer demais tornou-se um dos mais
difíceis e perigosos problemas de saúde dos Estados Unidos. Milhões de america-
nos têm inchações e são dispépticos devido à grande quantidade de comida que
ingerem. Quando você come em excesso, as paredes de seu estômago esticam como
um balão inflado. Embora os músculos do estômago sejam elásticos e tenham sido
criados para contrair e expandir, quando eles estão muito esticados as células das
paredes abdominais são submetidas a um tremendo esforço. Se você come até ficar
cheio e normalmente se sente indolente após a refeição, tente reduzir o tamanho de
suas porções. Aprenda a escutar o que seu corpo está lhe dizendo.
Tenho problemas de coração e me recomendaram que evitasse totahnente qualquer gordura e
colesterol. Sou Tipo O. Como posso comer carne?
Em primeiro lugar, compreenda que são os cereais, não as carnes, que prejudi-
cam o sistema cardiovascular dos de Tipo O. Isso é especialmente interessante

APENDICE B; Dúvidas Comuns 295
porque quase todo mundo que tem ou está tentando evitar uma doença do cora-
ção recebe a recomendação de manter uma dieta amplamente baseada em com-
plexos carboidratos!
Para as pessoas de Tipo O, uma alta ingestão de certos carboidratos, geralmen-
te pães de trigo, aumenta os níveis de insulina. Em resposta, seu corpo armazena
mais gordura nos tecidos e os níveis de gordura elevam-se no sangue.
Tenha em mente também que o nível de colesterol de seu sangue é apenas em
parte controlado pela ingestão de alimentos que são ricos em colesterol. Aproxi-
madamente 85 a 90 por cento são, na verdade, controlados pela produção e meta-
bolismo de colesterol em seu fígado.
Tenho Tipo 0 e não quero incluir muita gordura em minha dieta. O que você sugere?
Uma dieta rica em proteínas não significa automaticamente que seja rica em
gordura, principalmente se você evitar carnes em conserva entranhadas de gordu-
ra. Embora sejam mais caras, tente encontrar carnes de animais criados em pasto
livre, sem o excessivo uso de antibióticos e outros aditivos químicos. Nossos an-
cestrais consumiam de preferência caças magras ou animais domésticos que pas-
tavam na alfafa e em outras gramas; as carnes ricas em gordura de hoje são produ-
zidas pelo uso de grandes quantidades de rações de milho.
Se você não consegue encontrar carnes de pasto livre, escolha os pedaços mais
magros que encontrar e remova todo o excesso de gordura antes de cozinhar. Os
de Tipo O também dispõem de outras boas opções de proteína que têm natural-
mente menos gordura — como o frango e os frutos do mar, A gordura dos peixes
ricos em óleo compõe-se dos ácidos graxos ômega-3, que parecem diminuir o
colesterol e promover a saúde do coração,
Como posso estar certo de que compro os alimentos mais naturais e mais frescos?
Nos últimos anos, muitos consumidores vêm-se reunindo para criar co-
operativas de alimentos, grupos de pessoas que compram em grandes quantida-
des, Muitas vezes esse poder de compra por atacado resulta em grande economia
e na alta qualidade dos produtos. A maioria das cooperativas de alimentos requer
uma pequena contribuição dos associados em dinheiro e em horas de trabalho por
mês. A economia, principalmente em itens como cereais, condimentos, feijões,
hortaliças e óleos pode ser substancial.
As lojas de produtos naturais podem ser um valioso lugar para comprar alimentos
frescos, mas não caia na armadilha de pensar que por estar numa loja de produtos
naturais pode relaxar a vigilância. Muitas lojas de produtos naturais, especialmente
as menores, não têm a alta rotatividade de produtos de um movimentado verdurei-
ro ou de um supermercado e seus alimentos podem não estar muito frescos.

296 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
Os alimentos orgânicos são mais saudáveis que os não-orgânicos?
Uma boa regra prática é usar hortaliças orgânicas se seu preço não for exorbi-
tante. Seu sabor é melhor e são mais saudáveis. Contudo, se você tem um orça-
mento apertado e não conseguir encontrar produtos orgânicos a preços competiti-
vos, produtos não-orgânicos de alta qualidade, apropriadamente limpos e frescos
também são excelentes.
Cada vez mais os supermercados parecem estar estocando produtos orgânicos.
É interessante que, em um supermercado de minha vizinhança, hortaliças e frutas
orgânicas são expostas junto aos não-orgânicos e têm preços idênticos! Desconfio
que as pressões de mercado continuam a empurrar mais e mais produtores para os
métodos orgânicos, se não por outra razão pelo fato de o custo dos fertilizantes
comerciais, feitos de petroquímicos, tornarem os produtos mais caros do que aque-
les que são cultivados com métodos naturais.
Comidas enlatadas prejudicam mmha dieta?
Alimentos comercialmente enlatados, submetidos a calor e pressão elevados,
perdem a maioria de suas vitaminas, especialmente as antioxidantes, como a vita-
mina C. Eles só retêm as vitaminas que não são sensíveis às altas temperaturas,
como a vitamina A. Alimentos enlatados normalmente têm menos fibras do que os
seus correspondentes frescos, e são ricos em sal, geralmente acrescentado para
compensar a perda de sabor durante a produção. Abafados, com pouco da "vida"
que encontramos nos alimentos e hortaliças frescas e com poucas enzimas natu-
rais (que são destruídas pelo processo de embalagem), os alimentos enlatados
devem ser usados raramente, se é que tanto. Você paga muito mais pelo peso do
alimento enlatado e não recebe muito em troca.
Além dos frescos, os alimentos congelados são a sua segunda melhor opção. O
congelamento não modifica muito o conteúdo nutricional do alimento (sua prepa-
ração antes do congelamento muda) embora o gosto e a textura sejam muitas ve-
zes alterados.
Por que o refogado étão benéfico?
O rápido estilo de refogar da cozinha oriental é mais saudável do que a fritura
mais demorada. Usa-se menos óleo e o próprio óleo, geralmente gergelim, é mais
resistente a altas temperaturas do que o de girassol ou canola. O princípio em que
se baseia esse modo de refogar é que, assando rapidamente a comida por fora,
consegue-se conservar melhor seu sabor.
Muitos tipos de refeições podem ser preparadas dessa maneira com uma pa-
nela chinesa apropriada. O formato de cone dessa panela funda concentra o calor
na pequena área da base, o que permite que o alimento seja cozido lá e depois

297
removido para as extremidades mais frias da panela. Nela cozinham-se normal-
mente hortaliças misturadas com frutos do mar ou carnes. Cozinhe primeiro as
carnes e hortaliças que exigem um aquecimento mais demorado, depois remova-
as para as extremidades da panela, colocando as hortaliças que requerem menos
cozimento no centro.
Cozinhar hortaliças no vapor também é uma forma rápida e eficaz de cozimento
e ajuda a manter os nutrientes do alimento. Use uma cesta própria para cozinhar
no vapor, que pode ser encontrada em qualquer loja de ferragens ou de artigos
para cozinha, e coloque-a dentro de uma caçarola grande cheia de água até a base
da cesta. Acrescente as hortaliças, cubra e aqueça. Não cozinhe até amolecê-las
demais! Deixá-las crocantes melhora o gosto, a consistência e o valor nutritivo.
Devo tomar uma multivitamina todo dia enquanto estiver seguindo a dieta de tipo sangüíneo ?
Se você está com boa saúde e seguindo a dieta de tipo sangüíneo, não deve
realmente precisar de um suplemento, embora haja exceções. Mulheres grávidas
devem suplementar sua dieta com ferro, cálcio e ácido fólico. A maioria das mu-
lheres também precisa de uma dose extra de cálcio - especialmente se sua dieta
não inclui muitos laticínios.
Aqueles que praticam intensa atividade física, pessoas com ocupações
estressantes, idosos, os que estão doentes, os que fumam muito - todos devem
adotar um programa de suplementação. Detalhes mais específicos estão disponí-
veis em seu Plano de Tipo Sangüíneo,
Qual a importância das ervas e dos chás?
Isso depende de seu tipo sangüíneo. As pessoas de Tipo O reagem bem a ervas
calmantes, as de Tipo A às mais estimulantes e as de Tipo B passam muito bem
sem a maioria delas. As de Tipo AB devem seguir a recomendação dada para as de
Tipo A, com a advertência de que devem evitar as ervas que são nocivas tanto para
o Tipo A quanto para o Tipo B.
Por que há tão pouca variedade de óleos vegetais na dieta de tipo sangüíneo? Eu pensava que
todos os óleos vegetais eram benéficos.
Você provavelmente deve ter ouvido pessoas apregoarem a notícia de que os
óleos vegetais "não têm colesterol"! Bem, isso não é novidade para quem quer que
tenha um pouco de conhecimento sobre nutrição. As plantas não produzem
colesterol, encontrado apenas em produtos de origem animal. Seu óleo sem
colesterol deve ter algo mais para recomendá-lo.
Eis os fatos. Evite sempre óleos tropicais, como o óleo de coco, porque ele é
rico em gordura saturada, que pode ser prejudicial ao sistema cardiovascular. A

298 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
maior parte dos óleos vendidos hoje, inclusive os de girassol e de canola (semente
de colza), são poliinsaturados, o que lhes dá uma vantagem sobre o toucinho e os
óleos tropicais. Contudo, há um temor de que o excesso de ingestão de gorduras
poliinsaturadas possa ter alguma ligação com certos tipos de câncer, especialmen-
te se elas forem submetidas às altas temperaturas do cozimento. Creio que o azei-
te de oliveira tem demonstrado ser a mais tolerada e benéfica das gorduras. Como
um óleo monoinsaturado, parece exercer efeitos positivos no coração e nas arté-
rias. Há muitos tipos diferentes de azeite de oliveira no mercado. O de melhor
qualidade é o extravirgem. Ele tem cor ligeiramente esverdeada e é quase sem
cheiro - embora quando levemente aquecido, desprenda um perfume de olivas
sensacional. O azeite de oliveira é geralmente extraído a frio em vez de com o uso
de calor ou substâncias químicas. Quanto menos processado for o óleo, melhor
será sua qualidade.
0 tofuparece um alimento muito sem gosto. Sendo de Tipo A, devo comê-lo?
Muitas pessoas de Tipo A e de Tipo AB levantam as sobrancelhas e fazem
careta quando lhes recomendo que façam do tofu o prato principal de suas dietas.
Bem, o tofu não é um alimento atraente. Eu admito isso. Quando eu era um pobre
estudante de Tipo A, comi tofu e hortaliças com arroz integral quase todos os dias
durante anos. Era barato, mas eu realmente gostava.
Acho que o verdadeiro problema do tofu é o modo como ele é apresentado nos
mercados. O tofu - em suas versões macia e dura - é colocado em grandes sacos
plásticos, imerso em água fria. Quando as pessoas procuram vencer sua aversão
inicial e adquirem um ou dois bolos (chamá-lo de bolo é uma amarga ironia) de
tofu, geralmente o levam para casa, colocam em um prato e cortam um pedaço
para provar. Essa não é uma boa maneira de experimentar o tofu! E o mesmo que
jogar um ovo cru na boca e mastigá-lo... não é uma experiência muito agradável.
Se você pretende adotar o tofu, é melhor cozinhá-lo e misturá-lo com hortali-
ças e temperos fortes de que goste, como alho, gengibre e molho de soja.
O tofu é uma refeição nutricionalmente completa que satisfaz e é extrema-
mente barata. Vocês que têm Tipo A tomem nota: o caminho para sua boa saúde
está pavimentado com coalhada de soja!
Nunca ouvi falar na maioria dos cereais que você cita. Onde posso encontrá-los?
Se você está procurando cereais alternativos, as lojas de produtos naturais são
uma bênção. Nos últimos anos, muitos cereais antigos, amplamente esquecidos,
foram redescobertos e novamente produzidos. Exemplos deles são o amaranto,
um grão proveniente do México, e a espelta, uma variação do trigo que parece não
apresentar os problemas encontrados no trigo integral. Experimente-os! Eles não

APENDICE B; Dúvidas Comuns 299
são ruins. Com a farinha de espelra se faz um pão saudável, crocante que é bastan-
te saboroso, enquanto interessantes cereais matinais estão agora sendo prepara-
dos com amaranto. Uma outra alternativa são os pães de trigo germinado, às vezes
chamados de pão-essênio ou pão-de-ezequiel, pois as lectinas do glúten encontra-
das principalmente na pele das sementes são destruídas no processo de germina-
ção. Esses pães estragam rapidamente e são normalmente encontrados nos refri-
geradores das lojas de produtos naturais. Eles são um alimento vivo, com muitas
enzimas benéficas ainda intactas. Tome cuidado com os pães de trigo germinado
comerciais, pois eles em geral têm uma pequena proporção de trigo germinado e a
maior parte de suas fórmulas constitui-se de trigo integral. O pão germinado tem
um gosto adocicado, uma vez que o processo de germinação libera também açúca-
res, e é úmido e crocante. Dá excelentes torradas.
Tenho Tipo A e sou um corredor há muitos anos. A corrida parece ser um excelente meio de
reduzir o estresse. Fiquei confuso com sua recomendação de que não devo me exercitar inten-
samente.
Há muitas provas de que seu tipo de sangue informa qual a sua reação particu-
lar ao estresse e o Tipo A tende a se dar melhor com exercícios menos intensos.
Meu pai observou isso milhares de vezes em seus trinta e cinco anos de estudo
dessa conexão. Contudo, há muita coisa que ainda não sabemos, por isso eu hesi-
taria em dizer com certeza que você não deve correr.
Eu pediria a você para reavaliar sua saúde e seus níveis de energia. Às vezes
tenho pacientes que dizem: "eu sempre corri", ou "eu sempre comi frango", como
se isso pudesse provar que eles precisam dessa atividade ou que esse alimento é
benéfico. Muitas vezes, essas pessoas estão sofrendo de um conjunto de proble-
mas físicos e estresses que nunca pensaram em associar com aquelas determina-
das atividades ou alimentos. Você pode ser um Tipo A com uma excentricidade -
sente-se bem com atividade física intensa. Ou pode descobrir que está correndo
para nada.

APÊNDICE C
Glossário
A
BO, SISTEMA DE GRUPO SANGÜÍNEO: O mais importante dos sistemas de classifi-
cação do sangue, o grupo sangüíneo ABO é o fator determinante para as trans-
fusões de sangue e o transplante de órgãos. Diferentemente de outros sistemas
de classificação do sangue, a importância dos tipos sangüíneos ABO vai muito
além de sua utilidade para as transfusões e transplantes, eles influem inclusive na
determinação de muitas características digestivas e imunológicas do corpo. O gru-
po sangüíneo ABO compõe-se de quatro tipos de sangue: O, A, B e AB. O Tipo O
não possui antígeno, mas conduz anticorpos tanto para o Tipo A quanto para o
Tipo B. Os tipos A e B possuem o antígeno próprio de seu tipo e produzem
anticorpos um para o outro. O Tipo AB não produz anticorpos para outros tipos
sangüíneos porque possui ranto o antígeno A quanto o B.
Os antropólogos usam amplamente os tipos de sangue ABO como um guia
para estudar o desenvolvimento dos povos primitivos. Muitas doenças, distúrbios
digestivos, câncer e infecções, expressam preferências, optando entre os tipos de
sangue ABO. Essas expressões não são geralmente entendidas ou valorizadas tan-
to pelos médicos quanto pela população em geral.
Aglutinar: derivado do latim agglutinatus. O processo pelo qual as células aderem
umas às outras, normalmente por meio da ação de uma aglutinina, como um
anticorpo ou uma lectina. Certos vírus e bactérias são também capazes de
aglutinar células sangüíneas. Muitas aglutininas, particularmente as lectinas

APÊNDICE C: Glossário 301
dos alimentos, são específicas de um tipo sangüíneo. Certos alimentos
aglutinam apenas as células de um tipo de sangue, mas não reagem com as de
outro tipo.
Antropologia: estudo da raça humana em relação à distribuição, origem e classifica-
ção. Os antropólogos estudam as características físicas, o relacionamenro enrre
as raças, as relações sociais e ambientais e a cultura. Os tipos de sangue ABO
são amplamenre usados pelos antropólogos no estudo das populações huma-
nas primitivas.
Anticorpo: uma classe de substâncias químicas, chamadas de imunoglobulinas, pro-
duzidas pelas células do sistema imunológico para identificar ou alvejar espe-
cificamente o material estranho dentro do corpo do hospedeiro. Os anticorpos
combinam com determinados marcadores - os antígenos - encontrados nos
vírus, bactérias ou outras toxinas, e os aglutinam. O sistema imunológico é
capaz de produzir milhões de diferenres anticorpos contra uma ampla varie-
dade de invasores potenciais. Os indivíduos de Tipo O, Tipo A ou Tipo B
conduzem anticorpos para outros tipos de sangue. O Tipo AB, receptor uni-
versal, não produz anricorpos para os outros tipos de sangue.
Antígeno: qualquer substância química que leva o sistema imunológico a gerar um
anticorpo em reação a ela. Os marcadores químicos que determinam o tipo
de sangue são considerados antígenos desse tipo sangüíneo porque os outros
tipos de sangue podem conduzir anticorpos contra eles. Os antígenos são
comumente encontrados na superfície dos germes e são usados pelo sistema
imunológico para detectar material estranho. Os antígenos especializados são
muitas vezes produzidos por células cancerosas e se denominam antígenos
tumorais. Muitos germes e antígenos cancerosos têm grande habilidade em
se disfarçar, imitando o tipo de sangue do hospedeiro para escaparem da
detecção.
Antioxidante: nome dado às vitaminas que se acredita terem o poder de fortalecer o
sistema imunológico e evitar o câncer por combaterem os compostos tóxicos
(chamados de radicais livres) que atacam as células. As vitaminas C, E e o
betacaroteno são considerados os mais poderosos antioxidantes.
Cetose:um estado provocado por uma dieta rica em proteína e pobre em carboidratos.
As dietas ricas em proteína de nossos primitivos ancestrais de Tipo O obriga-
vam o organismo a queimar gordura para obter energia e a produzir cetonas

302 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
— um sinal de rápida atividade metabólica. O estado de cetose permitia que
os seres humanos primitivos mantivessem alto nível de energia, eficácia me-
tabólica e força física — todas qualidades necessárias para a atividade da caça.
Cro-Magnon: o primeiro ser humano verdadeiramente moderno. Surgindo
aproximadamenre de 70.000 a 40.000 a.C., os Cro-Magnons migraram em
grande número da África para a Europa e a Ásia. Hábil caçador, o Cro-Magnon
passava a maior parte do tempo caçando e coletando alimentos. A maioria das
características digestivas das pessoas de sangue Tipo O origina-se dos Cro-
Magnons.
Diferenciação:o processo celular pelo qual as células desenvolvem suas característi-
cas e funções especiais. A diferenciação é controlada pelo mecanismo genéti-
co da célula. As células cancerígenas, que geralmente têm genes defeituosos,
normalmente regridem e perdem muitas características da célula normal,
muitas vezes revertendo para formas embriológicas primitivas há muito
recessivas, desde o desenvolvimento primitivo.
Gene: componente da célula que controla a transmissão das características heredi-
tárias pela especificação da estrutura de uma enzima ou proteína determina-
da. Os genes são compostos de longas cadeias de ácido desoxirribonucléico
(DNA) existentes nos cromossomos do núcleo celular.
Indo-europeu: antigo povo caucasiano que migrou para o oeste da Europa a partir de
seus primitivos lares na Ásia e no Oriente Médio por volta de 7.000 a 3.500
a.C. Os indo-europeus foram provavelmente os progenitores do sangue Tipo
A na Europa ocidental.
Lecitina:enzima encontrada em alimentos de origem animal (ovos) e vegetal (soja),
que possui propriedades estimulantes do sistema imunológico e do metabo-
lismo.
Lectina: qualquer composto, normalmente uma proteína, encontrado na natureza,
que pode interagir com a superfície dos antígenos encontrados nas células do
corpo, provocando sua aglutinação. As lectinas são geralmente encontradas
em alimentos comuns e muitas delas são específicas para determinado tipo
sangüíneo. Como as células cancerígenas em geral produzem grandes quanti-
dades de antígenos em sua membrana, muitas lectinas podem aglutiná-las de
preferência às células normais.

APÊNDICE C: Glossário 303
Muco: secreções produzidas por tecidos especializados, que são usadas para lubri-
fícar e proteger as delicadas membranas internas do corpo. O muco contém
anticorpos para proteger contra germes. Nos secretores, grande quantidade
de antígenos de tipo sangüíneo é secretada no muco, o que serve para filtrar
bactérias, fungos e parasitas com características de tipos sangüíneos opostos.
Neolítico:o período inicial da evolução humana caracterizado pelo desenvolvimento
da agricultura e pelo uso da cerâmica e de instrumentos de pedra polida. A
mudança radical no estilo de vida do homem, que abandonou seu anterior
modo de viver como coletor-caçador, provavelmente foi o principal estímulo
para o desenvolvimento do sangue Tipo A.
Pan-hemaglutinantes: 1 ectinas que aglutinam todos os tipos de sangue. Um exemplo
é a lectina do tomate.
Politnorfismo: literalmente significa "muitas formas". Um polimorfismo é qualquer
manifestação física em espécies de organismos vivos que varie de acordo com
a influência genética. Os tipos sangüíneos são um exemplo de polimorfismo
bem conhecido.
Fitoquímico: qualquer produto natural com aplicações específicas para a saúde. A
maioria dos fitoquímicos é representada por plantas e ervas tradicionais.
Triglicerídeos: as gorduras armazenadas no corpo, inclusive na corrente sangüínea.
Os triglicerídeos mais complexos — ou as gorduras mais complexas do san-
gue — são considerados um fator de risco para as doenças do coração.

APÊNDICE D
Notas sobre a Antropologia
do Tipo Sangüíneo
A
ANTROPOLOGIA É O ESTUDO DAS DIFERENÇAS HUMANAS, culturais e biológicas. A
maioria dos antropólogos divide a área em duas categorias: antropologia cul-
tural, que examina as manifestações culturais, como a linguagem ou os rituais; e a
antropologia física, o estudo da evolução biológica de nossa espécie, Homo sapiens.
Os antropólogos físicos tentam traçar o desenvolvimento histórico humano por meio
de métodos científicos, como os tipos de sangue. Uma das tarefas fundamentais da
antropologia é documentar a seqüência da linha evolutiva do homem a partir de
seus primitivos ancestrais primatas. O uso dos tipos de sangue para estudar as so-
ciedades primitivas denomina-se paleosserologia, o estudo do sangue antigo.
A antropologia física preocupa-se também com o modo como os seres huma-
nos se adaptaram às pressões ambientais. A antropologia física tradicional baseia-
se principalmente nas medidas do crânio e da estatura e em outras características
físicas. O tipo de sangue tornou-se uma poderosa ferramenta para esse tipo de
análise. Na década de 1950, quando a ênfase voltou-se para as características ge-
néticas, o interesse concentrou-se nos tipos sangüíneos e outros marcadores que
têm bases genéticas conhecidas. A. E. iMourant, médico e antropólogo, publicou
duas obras fundamentais, Blood Groups anáDisease (1978) e BloodRelations: Blood
GroupsandAnthropoíogy (1985), que reuniram grande quantidade dos dados dispo-
níveis sobre o assunto.
Além de Mourant, utilizei várias outras fontes para este apêndice, inclusive
antigas fontes de antropologia como Genetics andtke Races of Man, publicado por

APÊNDICE D: Notas sobre a Antropologia do Tipo Sangüíneo 305
William Boyd em 1950, e uma série de estudos publicados em vários jornais de
medicina forense de 1920 a 1945.
E possível mapear a ocorrência de grupos sangüíneos em populações antigas
pela classificação do tipo sangüíneo de exumações em cemitérios. Pequenas quan-
tidades de dados sobre tipo sangüíneo podem ser reconstituídas a partir dos des-
pojos e o tipo de sangue pode ser determinado. Por meio do estudo dos tipos de
sangue das populações humanas, os antropólogos obtêm informações sobre a his-
tória das populações locais; movimento, cruzamento através do casamento e di-
versificação.
Muitos grupos nacionais e étnicos têm distribuição especial de tipo sangüíneo.
Em cercas culturas mais isoladas, pode-se constatar uma nítida maioria de deter-
minado tipo de sangue sobre os outros. Em outras sociedades, a distribuição pode
ser maior. Nos Estados Unidos, por exemplo, iguais índices de Tipo O e Tipo A
refletem a imigração em massa. Os Estados Unidos têm também uma porcenta-
gem mais alta de sangue Tipo B do que os países da Europa ocidental, o que
reflete o maior influxo de nacionalidades orientais.
Para o propósito desta análise, podemos dividir a humanidade em duas raças
básicas -etíopes e paleárticos. Os paleárticos podem ser divididos posteriormen-
te em mongóis e caucasianos, embora a maioria das pessoas fique entre os dois.
Cada raça é fisicamente caracterizada por seu ambiente e ocupa áreas geográficas
distintas. Os etíopes, provavelmente a raça mais antiga, são os africanos de pele
escura, que habitam a terça parte meridional da Arábia e a África subsaariana. A
região paleártica compreende a África ao norte do Saara, a Europa, a maioria da
í / í1
Asia (com a exceção do sul da Arábia), a índia, o sudeste da Asia e o sul da China.
As mais aceitas suposições datam o início da migração humana da África para a
Ásia por volta de um milhão de anos atrás. Na Ásia, muito provavelmente, a espé-
cie moderna do Hotno sapiens dividiu-se a partir do tronco ancestral etíope em
caucasianos e mongóis, mas não sabemos quase nada sobre quando ou por que isso
ocorreu.
Cada uma das raças básicas tem seu próprio lugar de origem - uma área geográ-
fica onde é predominante. Aterra natal dos etíopes é a África, a dos caucasianos é
a Europa e o norte da Ásia e a dos mongóis é o centro e o sul da Ásia.
Como os grupos humanos migraram e se cruzaram, populações intermediárias
evoluíram nas áreas divisórias entre suas terras de origem. A área limitada pelo
Saara, o Oriente Médio e a Somália, por exemplo, foi a terra natal da miscigenação
das raças africanas e caucasianas; o subcontinente indiano, da miscigenação de
caucasianos cuja origem ficava mais ao norte e de mongóis cujo ponto de partida
era mais ao sul. Esses grupos, que depois se subdividiram em inumeráveis e mui-
tas vezes temporárias populações, foram submetidos às pressões de doenças, fon-

306 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
tes alimentares e clima. Eles devem ter vivido durante milhares de anos nas áreas
entre suas terras de origem. Embora o resultado da migração tenha sido dissemi-
nar o sangue Tipo O amplamente por todo o mundo, foi daquelas áreas que os
outros tipos sangüíneos surgiram.
Pode haver mais diferenças físicas entre os africanos e as outras raças, mas as
diferenças de tipo sangüíneo entre caucasianos e mongóis são mais nitidamente
definidas - um bom motivo para reexaminar os estereótipos raciais.
Seria um engano pensar nos antigos povos Tipo O como primitivos. Ocorreu
muito mais desenvolvimento intelectual na época dos Cro-Magnons do que em
qualquer outro tempo antes ou depois. Os Cro-Magnons criaram nossas antigas
sociedades e rituais, a maior parte dos rudimentos de comunicação e o desejo de
viajar e conhecer novas terras. Embora a herança genética do sangue Tipo O venha
dos tempos pré-históricos, ele ainda é um tipo funcional, principalmente por sua
simplicidade e pelo fato de que as dietas de proteína animal ainda correspondem
a grande parte da ingestão alimentar do mundo atual.
A primeira tentativa de usar o tipo sangüíneo para delinear as características
nacionais e raciais foi empreendida por um casal de médicos, os Hirszfelds, em
1918. Durante a Primeira Guerra Mundial, ambos serviram como médicos nos exér-
citos dos Aliados e concentraram-se na área da Tessalônica, Grécia.
Trabalhando com um exército multinacional e com uma grande quantidade de
refugiados de diferentes etnias, os Hirszfelds classificaram sistematicamente o
tipo sangüíneo de grande número de pessoas enquanto registravam também sua
raça e nacionalidade. Cada grupo continha quinhentos ou mais indivíduos.
Eles descobriram, por exemplo, que o índice de sangue Tipo B ia de 7,2 por
cento entre os ingleses a 41,2 por cento entre os indianos, e que os europeus
ocidentais em geral apresentam uma incidência mais baixa de Tipo B do que os
eslavos balcânicos que, por sua vez, apresentam uma incidência menor do que
os russos, turcos e judeus; estes apresentam igualmente uma incidência mais
baixa do que os vietnamitas e os indianos. A distribuição de sangue Tipo AB
segue essencialmente o mesmo padrão, com um baixo índice de 3 a 5 por cento
entre os europeus ocidentais e um elevado índice de 8,5 por cento entre os
indianos.
Na índia subcontinental, o sangue Tipo AB incide em 8,5 por cento da popu-
lação - índice notavelmente alto para um tipo que ocorre em média em 2 a 5 por
cento da população mundial. Essa prevalência do Tipo AB deve-se provavelmente
à localização da índia subcontinental na rota de invasão entre as terras conquista-
das a oeste e a terra natal dos mongóis a leste.
Os tipos de sangue O e A eram essencialmente o oposto dos tipos B e AB. A
porcentagem de Tipo A permaneceu nitidamente significativa (40 por cento) en-

APÊNDICE D: Notas sobre a Antropologia do Tipo Sangüíneo 307
tre os europeus, eslavos balcânicos e árabes, enquanto era bastante baixa entre
africanos ocidentais, vietnamitas e indianos. Quarenta e seis por cento da popula-
ção inglesa examinada tinha Tipo O, o que correspondia a apenas 31,3 por cento
dos indianos examinados,
Aanálise moderna (principalmente como resultado dos registros mantidos pelos
bancos de sangue) abrange os tipos sangüíneos de mais de 20 milhões de indiví-
duos em todo o mundo. No entanto, esse grande número nada mais fez que con-
firmar as observações originais dos Hirszfelds. Nenhuma publicação científica se
interessou em publicar seus estudos até agora. Por enquanto, a pesquisa dos
Hirszfelds jaz num obscuro jornal de antropologia; por mais de trinta anos este
fascinante e importante trabalho foi desprezado.
Aparentemente, há pouco interesse em utilizar o conhecimento dos tipos
sangüíneos como uma evidência antropológica para a história da humanidade.
Classificação racial baseada no tipo sangüíneo
Na década de 1920 vários antropólogos tentaram pela primeira vez a classifica-
ção racial baseada nos grupos sangüíneos. Em 1929 Laurance Snyder publicou um
1 ivro chamado Blood Grouping in Relationship to Clinicai and Legal Medicine. Nele, Snyder
propõe um sistema de classificação abrangente baseado no tipo de sangue. Ele é
especialmente interessante porque focaliza amplamente a distribuição dos gru-
pos ABO, a única ferramenta que se tem até o momento.
A classificação racial - segundo Snyder - era:
TIPO EUROPEU: alta freqüência de sangue Tipo A, baixa freqüência de Tipo B,
em conseqüência talvez do fato de o sangue Tipo A ter-se originado na Europa
ocidental. Esta categoria inclui ingleses, escoceses, franceses, belgas, italianos
e alemães.
TIPO INTERMEDIÁRIO: uma espécie de miscigenação entre populações euro-
péias ocidentais (alta incidência de Tipo A) e centrais (alta incidência de Tipo
B). Incidência maior de sangue Tipo O no total. Esta categoria inclui finlande-
ses, árabes, russos, judeus espanhóis, armênios e lituanos.
TIPO HUNANO: grupos orientais com uma alta incidência de sangue Tipo A,
possivelmente como resultado de uma infusão de elementos caucasianos, que
inclui ucranianos, poloneses, húngaros, japoneses, judeus romenos, coreanos e
chineses meridionais.

308 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
TIPO INDOMANCHURIANO: contém grupos populacionais com uma alta inci-
dência de sangue Tipo B sobre o Tipo A. Este tipo inclui indianos, ciganos,
chineses setentrionais e manchus,
TIPO AFROMALASIANO: incidência moderadamente alta de Tipo A e Tipo B no
total, com incidência normal de Tipo O. Esta categoria inclui javaneses,
sumatras, africanos e marroquinos.
TIPO PACÍFICO-AMERICANO: inclui filipinos, índios norte-americanos e sul-ame-
ricanos e esquimós. Extremamente alta incidência de sangue Tipo O e Rh + ,
pequena incidência de Tipo A e quase ausência de Tipo B.
TIPO AUSTRALASIANO: constituída principalmente de aborígines australianos,
esta classificação mostra alta incidência de Tipo A (quase equivalente à Euro-
pa ocidental), quase nenhum Tipo B e alta incidência de Tipo O, embora não
tão alta quanto a encontrada no tipo pacífico-americano.
Como só se pôde basear nos tipos de sangue ABO, a classificação de Snyder
apresenta estranhas aproximações, como o tipo hunano, que contém tanto os
coreanos quanto os judeus romenos. Mais tarde, os pesquisadores começaram a
usar os tipos sangüíneos Rh e MN, além do ABO, em suas classificações, tentando
separar melhor essas categorias. Eles perceberam que a classificação racial basea-
da apenas nos grupos ABO poderia, em muitos casos, dar resultados que não coin-
cidiam com as noções mais antigas sobre raça, de modo que eles incorporaram
também os tipos MN e, ocasionalmente, outros fatores (ver Apêndice E) para
distinguir as populações não claramente diferenciadas pelo ABO.
Uma classificação, baseada nesses novos critérios, distingue as seguintes
raças:
Europeus (nórdicos e alpinos da Europa/Oeste Asiático)
Mediterrâneos
/
Mongóis (Asia Central e Eurásia)
Africanos
Indonésios
índios americanos
Oceânicos (inclusive os japoneses)
Australianos

APÊNDICE D: Notas sobre a Antropologia do Tipo Sangüíneo 309
Uma outra classificação racial, baseada principalmente nos fatores ABO e Rh:
GRUPO CAUCASIANO: incidência mais alta de Rh-, relativamente alta de Tipo
A, moderadamente alta de todos os outros tipos de sangue.
GRUPO NEGRÓIDE: incidência mais alta de tipos raros de Rh, moderada fre-
qüência de Rh-, relativamente alta incidência do Tipo A2 e dos raros interme-
diários do A - Ax e A Banto.
GRUPO MONGOL: virtual ausência de tipos Rh- e do Tipo A2. O uso dos dados
MN mais tarde dividiu o grupo mongol em grupo asiático, grupo australiano e
das ilhas do Pacífico e grupo esquimó e dos índios americanos.
William Boyd, em seu livro de 1950, Genetics andtheRaces of Man, propôs uma
classificação mais acurada baseada na anterior:
GRUPO EUROPEU PRIMITIVO: possui a mais alta incidência (cerca de 30 por cen-
to) de Rh- e provavelmente nenhum Tipo B. Relativamente alta incidência
de sangue Tipo O. A incidência do gene do subtipo N é possivelmente mais
alta do que nos europeus atuais. Representado hoje por seus descendentes
modernos, os bascos.
GRUPO EUROPEU (CAUCASÓIDE): classifica-se em segundo lugar quanto à inci-
dência do gene Rh- e apresenta um índice relativamente alto de Tipo AZ, com
moderada freqüência de genes de outros tipos sangüíneos. Freqüência normal
do gene do subtipo M.
GRUPO AFRICANO (NEGRÓIDE): tremenda incidência de um raro tipo de gene Rh-I-,
o RhO, e moderada freqüência de Rh-; relativamente alta incidência de Tipo A2 e
tipos intermediários raros do A, e incidência um tanto elevada de Tipo B.
GRUPO ASIÁTICO (MONGOL): altas freqüências de sangue Tipo B, mas pouca,
se é que alguma, incidência de Tipo AZ e Rh-.
GRUPO ÍNDIO AMERICANO: pouco ou nenhum Tipo A e provavelmente ne-
nhum Tipo B ou Rh-. Muito elevada incidência de Tipo O.
GRUPO AUSTRALÓIDE: alta incidência de Tipo Al, mas não de A2 ou Rh-. Alta
incidência do gene do subtipo N.

310 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
A classificação de Boyd faz mais sentido que os sistemas de classificação ante-
riores, porque ela também encaixa mais acuradamente as distribuições geográfi-
cas das raças individuais.
O recente trabalho do Dr. Luigi Cavalli-Sforza na Universidade de Stanford
traçou a tendência genética das migrações humanas, usando métodos ainda mais
sofisticados baseados na nova tecnologia do DNA. Muitas de suas descobertas
confirmaram as antigas observações de Mourant, dos Hirszfelds, de Snyder e de
Boyd em relação à distribuição dos tipos sangüíneos por todo o mundo.

APÊNDICE E
Subgrupos do Tipo Sangüíneo
M
AIS DE 90 POR CENTO DE TODOS OS FATORES ASSOCIADOS COM O TIPO SANGÜÍNEO
são associados a seu tipo principal, que pertence ao grupo ABO. Há, contu-
do, muitos subtipos menores, a maioria dos quais desempenha papéis pouco signi-
ficativos. De todos os subtipos, apenas três podem ter algum impacto sobre o seu
perfil ou afetar sua saúde e dieta. Eu os menciono apenas porque ocasionalmente
podem servir como um útil aperfeiçoamento de seu plano de saúde. Mas permita-
me acentuar: saber se você tem sangue Tipo O, A, B ou AB é a única informação
sobre tipo sangüíneo de que você realmente necessita.
Os três subtipos que desempenham papéis menores são:
• Status de Secreto r/Não-se c reto r
• Rh positivo (Rh + ) e Rh negativo (Rh-)
• O sistema de grupo sangüíneo MN
Secretores e não-secretores
Embora todo mundo possua um antígeno de tipo sangüíneo em suas células
sangüíneas, algumas pessoas também possuem antígenos de tipo sangüíneo que
flutuam livremente pelas secreções do corpo. Essas pessoas são chamadas
secretoras, porque elas secretam seus antígenos de tipo sangüíneo em sua saliva,
em seu muco, esperma e em outros líquidos do corpo. Além do sangue, é possível

312 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
saber qual é o tipo sangüíneo de um secretor a partir desses outros líquidos. Os
secretores compreendem cerca de 80 por cento da população, os não-secretores,
20 por cento.
O status de secretor tem importantes implicações em questões legais. Uma
amostra de esperma tirada de uma vítima de estupro pode ser usada para ajudar a
condenar o estuprador se ele for um secretor e seu tipo sangüíneo combinar com
o que foi identificado no esperma. Contudo, se ele está incluído na pequena por-
centagem de não-secretores, seu tipo sangüíneo não pode ser identificado a partir
de qualquer outro líquido que não seja o sangue.
As pessoas que não secretam seus antígenos do tipo sangüíneo em outros lí-
quidos além do sangue são chamadas de não-secretores. Ser um secretor ou um
não-secretor independe de seu tipo de sangue ABO; essa característica é contro-
lada por um gene diferente. Assim, uma pessoa pode ser um Tipo A secretor e
outra um Tipo A não-secretor.
Como os secretores têm mais veículos onde depositar seus antígenos do tipo
sangüíneo, eles apresentam mais expressões do tipo sangüíneo em seus corpos do
que os não-secretores. Descobrir se você é um secretor, ou não, é tão fácil quanto
saber qual seu tipo sangüíneo ABO. A forma mais comum de determinar o status
de secretor é por meio do exame da saliva, para verificar se ela possui antígenos do
ripo sangüíneo. Não se trata de um teste comum, embora haja vários laboratórios
(relacionados no final deste livro) que podem realizá-lo por uma pequena quantia.
Sugiro que enquanto não descobrir com certeza seu status, você se inclua na mai-
oria e se considere um secretor.
Se você for examinado para determinar seu status de secretor, o chamado Sis-
tema Lewis provavelmente será utilizado. E uma maneira rãpida-e-suja de identi-
ficar secretores e não-secretores e só a menciono aqui para que você possa saber
do que se trata se a vir em um relatório de tipo sangüíneo.
No Sistema Lewis podem ser produzidos dois tipos de antígenos, chamados
de Lewis a e Lewis b (não confundir com os tipos A e B do sistema ABO) e sua
atuação recíproca determina seu status de secretor. LEWIS a+ b- eqüivale a não-
secretor. LEWIS a- b+ eqüivale a secretor.
Positivo ou negativo
Quando determinamos o tipo sangüíneo de pacientes em meu consultório,
eles imediatamente perguntam se são negativos ou positivos. Muitas pessoas não
entendem que isso é uma classificação sangüínea à parte, chamada de sistema
Rhesus, ou Rh, e na verdade não tem nada a ver com o sistema ABO - embora seja
uma importante classificação para as mulheres grávidas.

APENDtCE E; Subgrupos do Tipo Sangüíneo 313
O sistema Rh recebeu seu nome do macaco rhesus, um animal usado
comumente em pesquisas de laboratório, em cujo sangue esse fator foi descoberto
pela primeira vez. Por muitos anos permaneceu um mistério para os médicos o
motivo por que algumas mulheres que haviam tido uma primeira gravidez normal
apresentavam complicações na segunda gravidez e nas subseqüentes, que muitas
vezes resultavam em aborto e mesmo na morte da mãe. Em 1940, foi descoberto
(mais uma vez pelo notável Dr. Landsteiner) que essas mulheres possuíam um
tipo sangüíneo diferente do de seus bebês, os quais haviam herdado de seu pai o
tipo de sangue. Os bebês eram Rh + , ou seja, possuíam o antígeno Rh em suas
células sangüíneas. Suas mães eram Rh-, o que significa que não possuíam aquele
fator em seü sangue. Diferentemente do sistema ABO, no qual os anticorpos aos
outros tipos sangüíneos desenvolvem-se a partir do nascimento, as pessoas de Rh-
não produzem um anticorpo para o antígeno Rh, a menos que tenham sido antes
sensibilizadas. A sensibilização normalmente ocorre quando há troca de sangue en-
tre a mãe e o bebê durante o nascimento, de modo que o sistema imunológico da
mãe não tem bastante tempo para reagir ao primeiro bebê. Contudo, se uma subse-
qüente concepção resulta em um outro bebê Rh+, a mãe, agora sensibilizada, pode
produzir anticorpos ao tipo de sangue do bebê. As reações ao fator Rh só podem
ocorrer em mulheres Rh- que concebem crianças com o Rh+ de seu pais. Mulheres
de Rh+, que constituem 85 por cento da população, não precisam se preocupar com
isso. Mesmo que o sistema Rh não seja significativo em relação a dietas e doenças, é
certamente um fator importante para mulheres grávidas que são Rh-.
Se você tem Mas não tem
. ifxpsr y •
Você é
0 antígeno Rh 0 anticorpo anti-Rh Rh+
0 anticorpo anti-Rh 0 antígeno Rh Rh-
O sistema de grupo sangüíneo MN
O sistema de grupo sangüíneo MN é praticamente desconhecido porque não
se trata de um fator importante para transfusões ou transplantes de órgãos e apre-
senta pouco interesse para a prática corriqueira da medicina, isso é um engano,
porém, pois várias doenças estão ligadas a ele - pelo menos de algum modo.
Nesse sistema, uma pessoa pode ser classificada como MM, NN ou MN, na
dependência de que suas células tenham apenas o antígeno M (o que a torna
MM), o antígeno N (NN) ou ambos (MN). Esse sistema pode surgir ocasional-
mente em nossas exposições, principalmente quando nos referimos a câncer e

314 A Dieta cio Tipo Sangüíneo
doenças do coração. Cerca de 28 por cento da população classifica-se como MM,
22 por cento como NN e 50 por cento como MN.
fcõEêtem . | Mas não tem Você é
0 antígeno M
0 antígeno N
Os antígenos M e i\l •

0 àhtíimo-N
0 antígeno IV!
V
f
C1
Tipo MM.
Tipo NN
Tipo-MM
:
PEDIGREE DO TIPO SANGÜÍNEO
Esses três sistemas de subtipos são freqüentemente utilizados em meu con-
sultório e muitas vezes fazem parte de vários exames de laboratório usados por
outros médicos. Embora você possa encontrar quase todas as informações que
precisa simplesmente conhecendo seu Tipo ABO, esses sistemas oferecem um
maior aperfeiçoamento que permite uma compreensão mais profunda das carac-
terísticas de seu sangue.
O resultado disso é o que eu chamo de pedigree do tipo sangüíneo, uma lista
de letras que corresponde ao perfil do paciente. Sob muitos aspectos, trata-se de
uma impressão digital específica. Uma olhada no pedigree indica para mim a dire-
ção apropriada e me orienta para planejar as estratégias da dieta e da prevenção de
doenças. Um exemplo do pedigree de uma pessoa:
Ti^o San&üíiieo Staíus de Sscrelor Neg./Pós, MN
0 Lewis a+b (nao-secretor) Rh- MM
Outro:
tipe Sangüíneo Steios de Secreíift Heg./Pas. MN
^ i m .. .,. .
A
Lewis a+b (secretor) Rh+ MM
Se deseja aperfeiçoar seu programa a esse ponto, você encontrará laboratórios e
outros recursos no final deste livro. Contudo, não se deixe afastar do ponto princi-
pal: o conhecimento de seu tipo sangüíneo ABO é suficiente para lhe dar 90 por
cento da informação de que você precisa e esse deve ser seu principal objetivo.

APÊNDICE F
Referências: Como Obter Ajuda
P
ARA CONSULTAS SOBRE TERAPIAS ESPECÍFICAS BASEADAS NO TIPO SANGÜÍNEO, entre
em contato com o Dr. D'Adamo em seu consultório em Greenwich. Para infor-
mações gerais, para ser incluído numa lista de correspondência, ou para comentar
suas próprias experiências com a dieta de tipo sangüíneo, por favor utilize a caixa
postal {P.O. Box) ou o endereço na Internet.
Peter D'Adamo, N.D.
56 Lafayette Piace, Suite C
Greenwich CT 06830
P.O. Box 2106
Norwalk, GT 06852-2106
e-mail: [email protected]
MATERIAIS DISPONÍVEIS
Conecte o website do Dr. DAdamo para ver as últimas novidades sobre tipo
sangüíneo: http://ourworld.compuserve.com/homepages/P_Dadamo_ND/
Encomende fitas que dão mais explicações sobre tipo sangüíneo: uma fita cas-
sete da marcante conferência do Dr. D'Adamo, em 1989, para a American
Association of Naturopathic Physicians, está disponível no seguinte endereço:

APÊNDICE F: Referências: Como Obter Ajuda 31 7
Meridian Valley Labs
515 WHarrison
Kent,WA 98032
(206)859-8700
Diga a seu médico para pedir o "D'Adamo Serotype Panei I (DSP-I)". O
Meridian Valley Labs, Kent, Washington, oferece esse painel de classificação do
sangue para médicos. O painel pode classificar o sangue quanto aos subgrupos
ABO, A1-A2, MNSs, Lewis a e b, secretor salivar, Rh e PI, e titular (os pontos
finais IgM e IgG) as iso-hemaglutininas anti-Aeanti-B. Incluída nos resultados há
uma lista de alimentos determinados pelos parâmetros que programei (tipos de
soro). Essa lista destina-se ao uso de médicos, para fazerem as sugestões finais de
dieta depois de incorporarem quantos fatores (como os testes de alergia) julgarem
necessários. Custo: US$125.
MÉDICOS NATUROPATAS
O pai de Peter DAdamo, que foi o pioneiro em muitas das pesquisas iniciais e
prática clínica sobre os tipos de sangue, ainda está em atividade. Você pode entrar
em contato com James DAdamo, N.D. em:
44-46 Bridge St.
Portsmouth, NH 03801
Para encontrar um médico naturopata nos Estados Unidos, entre em contato
com:
The American Association of Naturopathic Physicians
P.O. Box 20386
Seattle,WA 98102
(206)323-7610
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