A Divisão das horas do dia nos tempos Bíblicos

34,437 views 6 slides Jan 28, 2014
Slide 1
Slide 1 of 6
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6

About This Presentation

No início dos tempos, o período de 24 horas era dividido em duas partes: Êrev (tarde) e Bôker (manhã). Érev começava ao pôr-do-sol, ou conforme Gênesis 3:8, “viração do dia”, e terminava ao nascer do sol, onde começava o Bôker.


Slide Content

A Divisão das horas do dia nos tempos
Bíblicos



Na Bíblia a idéia primária da palavra DIA é em referência ao
à parte clara que vai do nascer ao pôr-do-sol.
No início dos tempos, o período de 24 horas era dividido em
duas partes: Êrev (tarde) e Bôker (manhã). Érev começava
ao pôr-do-sol, ou conforme Gênesis 3:8, “viração do dia”, e
terminava ao nascer do sol, onde começava o Bôker. Até
hoje os judeus usam a palavra ”êrev” como referência à
primeira parte da noite que vai depois do pôr-do-sol até por
volta das 22 horas, período em que usam a expressão “êrev
tôv” (“boa noite”, ao chegar) e “laila tôv” (“boa noite”, ao sair)
Depois, a parte clara do dia (Bôker) começou a ser dividido,
e o meio-dia era chamado “maior calor do dia”, quando
todos procuravam abrigo e faziam sua refeição (almoço) e
depois a sesta (Gênesis 18:1-4; 2 Samuel 4:5).

Posteriormente essa hora passou a ser chamada de “meio-
dia” (em hebraico: םירהצ [TSOHORÁIM], plural de
רהצ [TSOHAR], que por sua vez procede do
verbo רהצ [TSAHAR] = “reluzir”, mas que também veio a
significar espremer azeite, extrair azeite pelo fato de que
nos primórdios o meio dia era a melhor hora para tal ato por
causa da oliva que estava “amaciada” pelo calor do meio-
dia) - Gênesis 43:16, 25; 2 Samuel 4:5.

Já no primeiro século, os judeus haviam adotado a
contagem greco-romana de 12 horas para o dia, e a ela
Jesus fez referência:

“Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia? Se
alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste
mundo; mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há
luz.” (João 11:9, 10)

O senhor Jesus e os escritores sagrados usaram a divisão
greco-romana das horas do dia para situarem
acontecimentos importantes em suas narrativas como
veremos logo mais.
As horas do dia eram contadas desde a alvorada (por volta
das seis da manhã) até o pôr-do-sol (por volta das seis da
tarde) e eram divididas em doze partes, sendo três as
principais entre o nascer do sol (primeira hora) e o poente
(duodécima hora): hora terceira (pro volta das nove horas –
Mateus 20:3; Marcos 15:25; Atos 2:15), hora sexta (pro volta
do meio-dia – Mateus 20:5; 27:45; João 4:6; 19:14; Atos

10:9) e hora nona (por volta das três da tarde – Mateus
27:45, 46; Atos 3:1; 10:3, 30).
Mas, quando havia a necessidade de se dar com mais
exatidão a hora, as outras eram citadas, como por exemplo,
o horário da cura do servo do oficial romano: hora
sétima (13:00 hs) – João 4:49-53 – e hora undécima, na
narração da parábola dos trabalhadores da vinha (Mateus
20:6, 9). Nesta parábola o Senhor faz referência às várias
horas do dia claro: indiretamente à primeira hora (vs. 1-
2), terceira hora (vs. 3-4), hora sexta (v. 5) e hora
undécima (vs. 6 e 9) e o cair da tarde (hora duodécima - v.
8).

No dia da crucificação do Senhor as três principais horas
são dadas: a hora da crucificação: hora terceira (Marcos
15:25) e o período das trevas sobre toda a terra: hora
sexta e hora nona (vs. 33, 34).

Logicamente essas horas não eram exatas, mas
aproximadas, pois a duração dos dias variava de acordo
com a época do ano. (Mateus 20:3, 5; 27:45, 46; Marcos
15:25, 33, 34; Lucas 23:44; João 19:14; Atos 10:3, 9, 30)


Divisões Noturnas
No tempo do Antigo Testamento os judeus dividiam a noite
em três vigílias, a saber:

1 - Vigília da noite (Salmo 63:6) ou princípio das
vigílias (Lamentações 2:19) que ia desde o sol posto até às
10 horas da noite;

2 - Vigília média ou da meia noite (Juízes 7:19) que
principiava às 10 horas da noite e prolongava-se até às
duas horas da madrugada;

3- Vigília da manhã (1 Samuel 11:11) que ia desde as duas
horas da manhã até ao nascer do sol.

Em tempos posteriores, a noite começou a ser dividida,
segundo o costume dos romanos, em quatro vigílias (desde
as 6 horas da tarde às 6 horas da manhã), de três horas
cada uma (Mt 14.25; Lc 12.38). Em Marcos 13.35, as quatro
vigílias são designadas pelo nome especial de cada uma.

Assim como aconteceu à divisão das horas do dia, a divisão
romana das horas da noite foi também adotada pelos judeus
por estarem sob o domínio de Roma, mas também não
havia nada de errado com isso, muito pelo contrário, pois
havia mais exatidão na contagem das horas.
Assim sendo, a noite foi também dividida em doze horas,
mas as suas partes principais eram subdivididas em quatro
vigílias (de três horas cada uma) em vez das três vigílias
anteriormente usadas pelos judeus do tempo do Antigo
Testamento. O Senhor Jesus fez também referência a essa
divisão romana ao falar de sua vinda:

“Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa:
se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se
pela manhã” (Marcos 13:35).

A primeira vigília (latim: prima vigilia) era chamada de
“tarde”, “tardinha” que em grego é: οψε (OPSE) que dá a
idéia de “perto do fim do dia”, “ao anoitecer” e ia por volta
do pôr-do-sol até cerca das nove da noite (nosso horário);

A segunda vigília (latim: secunda vigilia) era chamada de
“meia-noite” que em grego é: μεσονυκτιον (MESONYKTION)
e começava por volta das nove horas e terminava à meia-
noite;

A terceira vigília (latim: tertia vigilia) era chamada de “canto
do galo” que em grego é: αλεκτορουωνια
(ALEKTOROFÔNIA) e ia da “meia-noite” a cerca das três
horas. O Senhor Jesus fez referência ao cantar do galo ao
dizer a Pedro que antes que o galo cantasse, naquela
mesma noite este o negaria três vezes. Mateus 26:34;
Lucas 22:34. E de fato aconteceu nas primeiras horas da
madrugada (Marcos 14:68, 72.)

E a quarta e última vigília (latim: quarta vigilia) era chamada
de “cedo”, isto é, “cedo de manhã”, que em grego é: προι
(PROI) findava na aurora, por volta das seis horas. Foi na
quarta vigília da noite que o senhor Jesus andou sobre as
águas ao encontro dos seus discípulos que estavam no
barco (Marcos 14:25). Foi no término deste horário que o
Senhor, depois de ter pernoitado na cidade de Betânia ao

dirigir-se de volta a Jerusalém, no caminho, teve fome e
encontrou uma figueira sem frutos e a amaldiçoou a fim de
dar uma lição de fé aos seus discípulos. (Mateus 21:17-22).
Foi também nesta vigília que o Senhor ressuscitou de entre
os mortos no primeiro dia da semana. (Marcos 16:2).
Também: João 18:28.

Como foi dito, além das quatro vigílias, também estava em
uso uma contagem de 12 horas para a noite, mas pelo que
sei até agora, só há uma referência a uma parte dela no
Novo Testamento, quando o comandante militar Cláudio
Lísias mandou que dois de seus centuriões aprontassem
um destacamento de 470 soldados a fim de escoltar o
apóstolo Paulo em segurança até Cesaréia na “hora terceira
da noite” (21:00 hs.) – Atos 23:23, 24.




Visite-nos
www.adventistasleigos.com
Tags