A independência do haiti

NeliaSallesNantes1 752 views 35 slides Sep 15, 2014
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A Independência do Haiti:

•O Haiti faz parte de uma das ilhas do Caribe,
que junto com Cuba foi o primeiro ponto da
invasão européia na América, importante
entreposto na viagem entre a costa da
América Espanhola e a Europa. Depois, sob
administração francesa, seria responsável por
mais de 70% da produção de açúcar
consumido na Europa e de mais de 60% do
café. Em seu solo produziam também cacau e
algodão para a metrópole.

•Conhecido no período colonial pela riqueza que
proporcionava à França, o Haiti seria apelidado
de "Pérola da Antilhas". Devido à brutal
exploração que sofriam os escravos e sob
influência dos ideais de liberdade e igualdade
propagados durante a Revolução Francesa,
ocorre uma revolta de escravos liderada por
Toussaint Loverture, que levaria à primeira
independência na América Latina, em 1804.

•Os impérios coloniais não admitiriam a
ousadia, mas seriam sucessivamente
derrotados pelos revolucionários. Sua
independência não seria reconhecida por
nenhum país. Apenas a França, impondo o
pagamento de um enorme valor
indenizatório, reconheceu a independência.

•O Haiti foi o primeiro país da América Latina a
se tornar independente. Chamada de colônia
Saint Domingue, o país era o maior produtor
de açúcar do mundo e o principal exportador
de café para a Europa.

•Sua população era de aproximadamente 500
mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos
livres e mais de 430 mil escravos negros
oriundos da África Ocidental.
•Percebendo que estavam em maioria, os
escravos negros formaram uma rebelião
liderada por Toussaint L’Overture e pelo líder
religioso Dutty Boukman para se livrar do
domínio da França.

Toussaint L’Overture :

•Em 1791, L’Overture instigou os escravos a
massacrarem a população branca, que cada
vez mais restringia a liberdade de seus
escravos com políticas racistas. As tropas
francesas continuaram resistindo por um bom
tempo, chegando a receber apoio de exércitos
ingleses e espanhóis, mas logo foram
derrotadas pelos escravos.

•L’Overture chegou a assumir o governo de
Saint Domingue em 1801, mas acabou sendo
aprisionado pelas tropas de Napoleão
Bonaparte. Morreu em péssimas condições
dois anos depois, em Paris.

•Porém, os escravos continuaram
demonstrando força e resistência perante os
franceses. Em 1804, o ex-escravo Jean-
Jacques Dessalines formou uma nova frente
de negros escravos e assumiu o Império da
ilha, que passou a se chamar Haiti – nome
dado pelas primeiras populações indígenas de
São Domingos, que significa “a terra das
montanhas”.

Jean-Jacques Dessalines:

•Apesar da longa batalha, as consequências da
independência do Haiti foram muito negativas.
Mas o povo haitiano resistiu, pagou a "dívida" e
ajudou os outros negros escravos do continente.
Como nos conta Eduardo Galeano, quando Simon
Bolívar, em 1816, foi em busca de apoio na Ilha
rebelde, o Haiti forneceu barcos, armas e
soldados em solidariedade a luta pela
independência sul-americana. Em troca pediu
apenas que libertasse os escravos por onde
passasse. Bolívar até tentou cumprir a promessa,
mas não conseguiu.

Simon Bolívar:

•A abolição viria somente mais de 30 anos
depois da independência das novas repúblicas
da América do Sul. No Brasil, o último país a
aboli-la formalmente, a libertação dos
escravos só ocorreu em 1888.

•Depois de libertarem-se da França, os haitianos teriam
que encarar o USA. A invasão americana duraria até
1934, imporia a privatização do Banco Nacional e
proibiria que os negros, inclusive o próprio presidente
fantoche, entrassem nos hotéis, clubes e restaurantes
exclusivos aos estrangeiros. Curiosamente, a invasão
americana de 1915 foi justificada pelos mesmos
"motivos humanitários" de hoje e aconteceu sob
diversos outros pretextos no mesmo período em
outros países da região, como Porto Rico, Cuba,
Panamá, Nicarágua, República Dominicana, Ilhas
Virgens, Honduras e El Salvador.

•Mais uma vez o povo haitiano se rebelou. Logo que os
Marines desembarcaram tiveram que enfrentar
pesados golpes da resistência popular. Charlemagne
Péralte, um oficial do exército haitiano, se negaria a
aceitar a invasão e lideraria uma guerrilha nacionalista
conhecida como Cacos. Os Marines precisariam
encontrar um traidor entre os guerrilheiros de Péralte
e infiltrar um agente para assassiná-lo em 1918. Seu
corpo seria crucificado na porta de uma igreja e a foto
de sua morte distribuída entre a população. Pensaram
que assim poderiam intimidar o bravo povo haitiano.

Charlemagne Péralte:

•Na década de 50 teve início a ditadura de Papa Doc
e posteriormente, até 1993, seu filho, Baby Doc. O
governo apoiado pelo USA privatizou tudo que
pôde para beneficiar as grandes corporações
estrangeiras e as empresas que não se tornaram
tão rentáveis foram abandonadas. Até a década de
70 o Haiti produzia 90% do arroz que consumia,
além de diversos outros gêneros alimentícios. O
caso do arroz é bastante ilustrativo. Por imposição
dos cartéis dos EUA, foram abolidas as taxações
sobre o arroz estrangeiro.

Papa Doc:

Baby Doc:

•Ao mesmo tempo em que retiram o imposto
para a importação no Haiti, o governo
americano subvencionou sua própria
produção de arroz. O resultado foi a invasão
do arroz norte-americano, a ruína de milhares
de famílias camponesas e um enorme êxodo
para as cidades, particularmente para a
capital Porto Príncipe.

•Mas o pior ainda viria. Com a eleição de um
pároco de discurso democrático para o
governo do Haiti, mais uma vez o país sofreria
intervenção estrangeira. Após eleito, o
presidente Jean Bertran Aristide seria
derrubado e o Haiti viveria sob a tutela da
ONU. O povo resistia. Mais uma vez a história
se repetiria, Aristides eleito, derrubado depois
e a ONU intervém.

Jean Bertran Aristide :

•É eleito René Preval, que passa a agir como
fantoche do imperialismo. Nesta segunda vez, o
imperialismo iria utilizar tropas terceirizadas, a
Minustah (tropas da ONU dirigidas pelos
militares brasileiros). Funcionaria melhor, já que
o ódio popular contra os brasileiros é menor que
contra o USA. Aristides está até hoje impedido de
voltar ao país. Em 2005 foi aprovada a lei Hope,
que impede o pagamento de qualquer imposto
pelas indústrias dos EUA em solo haitiano,
inclusive sobre a água e a luz.

René Preval:

•O governo brasileiro cumpriu seu dever na
Minustah, executou de maneira eficiente seu
papel de agente do imperialismo na América
Latina.
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