A MissãO Da Pastoral Social

lucianojdias 6,644 views 27 slides Mar 04, 2010
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O que é a Pastoral Social?
Entendemos por Pastoral Social, no singular, a solicitude de toda
a Igreja para com as questões sociais. Trata-se de uma
sensibilidade que deve estar presente em cada diocese, paróquia
comunidade; em cada dimensão, setor e pastoral; na catequese,
na liturgia e nas iniciativas ecumênicas; enfim, deve estar
presente nas comunidades eclesiais de base, nos movimentos...
Em outras palavras, deve ser preocupação inerente a toda ação
evangelizadora. Pastorais Sociais, no plural, são serviços
específicos a categorias de pessoas e/ou situações também
específicas da realidade social. Constituem ações voltadas
concretamente para os diferentes grupos ou diferentes facetas da
exclusão social, tais como, por exemplo, a realidade do campo,
da rua, do mundo do trabalho, da mobilidade humana, e assim
por diante.

“Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de
atividade de assistência social que se poderia mesmo
deixar a outros, mas pertence à sua natureza, é
expressão irrenunciável da sua própria essência”
(Bento XVI, Papa. Deus Caritas Est, nº 25).
A pastoral social é expressão desta caridade e da
solicitude da Igreja com as situações nas quais a vida
está ameaçada.
“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as
angustias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo
dos pobres e de todos aqueles e aquelas que sofrem,
são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e
as angustias dos discípulos e discípulas de Cristo”
(Gaudium Et Spes)

Sua finalidade
A Pastoral Social tem como finalidade concretizar em ações sociais e
específicas a solicitude da Igreja diante de situações reais de
marginalização. Alertar para a tarefa de identificar, entre os filhos e filhas
de Deus, os rostos mais sofridos, com vistas a dedicar-lhes uma
solicitude pastoral específica.
A Pastoral social procura integrar em suas atividades a fé e o
compromisso social, a oração e a ação, a religião e a prática
do dia a dia, a ética e a política. Aqui é preciso superar as
dicotomias entre “os que só rezam” e “os que só lutam”, “os
que louvam e celebram” e “os que fazem política”. Na
verdade, a verdadeira fé desdobra-se naturalmente em
compromisso diante dos pobres. A ação social é condição
indispensável da vivência cristã. O compromisso sócio-
políttico não é um apêndice da fé. Ao contrário, faz parte
inerente de suas exigências. A fé cristã tem,
necessariamente, uma dimensão social.

Seguindo Jesus
Os diferentes serviços das pastorais Sociais colocam-se na
dinâmica do seguimento de Jesus, para que nele os
marginalizados, os excluídos – pobres, mulheres, crianças e
adolescentes, sem terra, sem casa, os considerados
“insignificantes” para o sistema, camponeses, indígenas, afro-
descendentes, povos tradicionais, migrantes, itinerantes... –
tenham vida e a tenham num ambiente preservado.
No Brasil
A identidade da Pastoral Social da Igreja no Brasil é resultado
de uma caminhada de longos anos, durante os quais foi
criado um “rosto” próprio, fruto das muitas ações que aqui e
ali se articulavam para firmar o compromisso social das
comunidades cristãs. Para moldar este rosto, a Igreja do
Brasil teve que conhecer o seu próprio Deserto.

O Deserto
“O Deserto” é o lugar para onde Jesus dirigia-se para estar com o Pai. É
a etapa do silencio, do contato íntimo com Deus, do discernimento, do
enfrentamento das tentações. A missão que levamos adiante não nos
pertence, ela é de Deus. O deserto é o lugar da escuta amorosa e
obediente, do diálogo com Deus.
Não é qualquer “deus” que nos envia. É o Deus de Jesus Cristo quem
nos interpela e nos convoca para a missão. É o Deus da Vida o
Emanuel.
Dom Hélder Câmara dizia que “Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair
de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. É parar de
dar volta ao redor de nós mesmos, como se fôssemos o centro do mundo
e da vida. É não se deixar bloquear pelos problemas do pequeno mundo
a que pertencemos; a humanidade é maior. Missão é sempre partir, mas
não devorar quilômetros. É abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los
e encontrá-los. E se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os
mares e voar lá nos céus, então, missão é partir até os confins do mundo”

Incompreensões e conflitos
Cristãos e cristãs envolvidos com as Pastorais Sociais
enfrentam, cotidianamente, a situação de miséria, opressão e
violência nos âmbitos econômico, político, social, cultural e de
gênero, ou seja, enfrentam uma realidade marcada pela
injustiça institucionalizada.
Este enfrentamento supõe situações de conflito e embates
políticos, pois em seu compromisso com o estabelecimento
de uma sociedade justa e solidária, esses agentes de
pastoral, associados a outros movimentos sociais, mexem em
interesses de grupos privilegiados ou que não desejam que
haja mudanças.

A luta das Pastorais Sociais é árdua. Muitas vezes
o preço é a perseguição e a morte. Não raro
surgem incompreensões por parte dos próprios
irmãos das comunidades. Muitas vezes, ouvem-se
acusações de que as Pastorais Sociais
confundem-se com política, partidos ou
movimentos sociais. As pessoas envolvidas com a
dimensão social da fé são, por vezes, acusadas de
não cultivar a espiritualidade ou simplesmente de
fecharem-se à dimensão transcendente e
interessarem-se exclusivamente pela ação
histórica.

Isto sem falar dos fracassos, das frustrações e da
sensação de impotência frente aos poderes do mal e do
sistema de morte. Outras vezes, é o cansaço e o
desânimo que nos abate, devido sobretudo à sobrecarga
de atividades. Na verdade, são poucos os que se
aventuram por esse caminho, embora o trabalho seja
imenso.
O campo de ação das Pastorais Sociais é, pois, conflitivo,
porque elas movem-se em situações de fronteira e de
deserto. Agindo nestes campos, os cristãos são
chamados a manifestar a presença, posicionando-se
segundo os critérios da ação de Jesus. E isto não é fácil,
pois a realidade, em si mesma, muitas vezes, não é clara
ou é difícil de ser percebida em sua totalidade. A
conflitividade exige permanentemente a capacidade de
discernir os espíritos, pois sempre estamos sujeitos às
tentações e aos atropelos.

O encontro com o pobre
No encontro com o mundo dos pobres, os agentes das
Pastorais Sociais recebem a força e a coragem para seu
engajamento, pois no rosto dos excluídos e marginalizados
encontra-se a razão da ação solidária. Os Bispos, em
Aparecida, recordaram que “o encontro com Jesus Cristo
através dos pobres é uma dimensão constitutiva de nossa
fé em Jesus Cristo. Da contemplação do rosto sofredor de
Cristo neles e do encontro com ele nos aflitos e
marginalizados, cuja imensa dignidade ele mesmo nos
revela, surge nossa opção por eles. A mesma união a Jesus
Cristo é a que nos faz amigos dos pobres e solidários com
seu destino”. (DA, nº257).

Estar com os pobres é condição para reconhecer seus valores, suas
lutas, seu modo próprio de expressar a fé e sua maneira de celebrá-la.
Na religiosidade popular encontram-se também exemplos de
resistência, criatividade, coragem, esperança.
A convivência e a amizade com as pessoas que vivem em situação de
pobreza, marginalização e exclusão são capazes de estabelecer
relações novas, que fazem dos excluídos sujeitos de sua libertação. O
agente está junto, incentiva, colabora. Ao mesmo tempo, aprende,
humaniza-se e experimenta a presença amorosa de Deus, que
acompanha e sustenta o povo.
A Palavra de Deus dá os critérios e sustenta a ação dos cristãos, por
isso, eles são convidados a ter grande intimidade com ela. A Palavra
de Deus não é somente lida no livro. Ela é consultada no coração. É
ali, guardada com afeto, tornada vida, que ela é capaz de orientar e
ajudar na decisão. (DA, 249).

Se não mais existissem pessoas em situação de miséria,
fome, abandono absoluto, não haveria mais necessidade
de praticas de socorro. Porém existem tais pessoas e
elas devem não apenas ser socorridas, mas o socorro
deve ser realizado como reconhecimento de um direito
social básico: o direito à vida.
Em todas as práticas das Pastorais Sociais, um elemento
essencial é a implementação de ações que ajudem as
pessoas a superarem limites que são fruto da
marginalização e da exclusão que atingiram sua
existência. Trata-se, por exemplo, de enfrentar o
analfabetismo, a falta de capacitação profissional ou de
organização de uma iniciativa. São práticas ligadas ao
que se tem denominado “promoção humana”.

Identidade da Igreja
As Pastorais Sociais estão no coração da identidade e da missão da
Igreja. Procuram continuar a missão de Cristo, expressa claramente no
capítulo quatro do Evangelho de Lucas.(Lc 4,18-19. O Esp. Do Senhor
está sobre mim...). Elas reagrupam discípulos de Cristo das classes
populares que procuram traduzir sua mensagem de paz e justiça nas
estruturas da sociedade. A vitalidade das Pastorais Sociais nas dioceses
é sinal da fidelidade da Igreja à sua missão de amor aos pobres. Voz
profética dos pobres, elas questionam a sociedade e a Igreja.
É bonita a fé profunda e madura de muitos membros das pastorais
Sociais. Sentem-se próximos de Jesus de Nazaré: Sendo filho de Deus,
se fez gente do povo, trabalhador, compassivo e solidário, que está ao
lado dos pobres. Ele anuncia um Reino de justiça e paz, cura os doentes,
confirma a fé de seus discípulos, é vítima do sistema político-religioso de
seu tempo, enfrenta livremente a paixão e morte na cruz para libertar seu
povo da escravidão. O povo das Pastorais Sociais ama a figura e a
pessoa de Jesus que viveu pobre, lutou contra o poder opressor, foi
condenado e entregue à morte violenta. O povo reconhece a semelhança
entre a vida de Jesus e sua própria vida.

O agente de Pastoral Social
O agente de pastoral é o que dá vida ás Pastorais Sociais. É
aquele que acolhe a pessoa em suas necessidades; sabe
escutar a voz de Deus que se faz ouvir nas pessoas e nos
acontecimentos da vida; sabe amar as outras pessoas sem
preconceitos, acolhendo-as do modo como elas se
apresentam; coloca-se a serviço da vida, assumindo
efetivamente seu compromisso cristão, defendendo,
promovendo, cultivando e celebrando os valores presentes
na vida dos empobrecidos.

A crise
Frente ao dinamismo profético das décadas de 70 e 80, a
Igreja de hoje passa por um sentimento generalizado. Este
sentimento não é visível apenas nas CEB’s e nas Pastorais
Sociais, mas também no Movimento Sindical e nos
Movimentos Sociais.
Uma das causas está na impressionante penetração do atual
modelo econômico neoliberal e a mentalidade pós-moderna
em todas as esferas da vida humana que, acabou gerando:
A morte das utopias: parece não haver alternativa ao modelo
existente. A descrença na tradição familiar, religiosa e política
(e a idolatria do relativismo). Um consumismo desenfreado
que o Planeta não suporta. A “privatização” da crença e das
praticas religiosas, a idolatria do “eu” desprepara a pessoa
para lutar por uma causa comum.

Como sair da crise
As Pastorais sociais estão por demais fragmentadas, desintegradas,
desarticuladas e despolitizadas. Para enfrentar isso segue algumas
sugestões:
•Diminuir o grande número das Pastorais Sociais.
A Igreja não precisa assumir tudo, e é preciso cobrar do
poder público que cumpra seu papel. Não esquecer que a
organização de cada Pastoral exige: destacar e formar novas
lideranças, reservar tempo para reuniões e encontros,
planejar e executar ações especificas, etc. na atual estrutura
paroquial esta pratica fragmentada é insustentável.
•Criar em cada comunidade uma única coordenação das
Pastorais Sociais.
Isto facilita a integração entre as diversas pastorais sociais
existentes; cabe a ela fazer ligação também com as outras
pastorais (integrar): liturgia, catequese, juventude, etc.

•Articular melhor os diversos níveis das Pastorais Sociais.
A coordenação da Comunidade se representa na Paróquia, da
Paróquia na regional, da regional na Diocese, da Diocese nos
níveis superiores. Esta articulação é viável apenas quando as
ações concretas são decididas em comum, sem imposição.
•Cabe às Pastorais Sociais aprofundar o caráter político de
sua intervenção.
O que a Igreja constrói em anos, a Política pode destruir em
minutos. Exercer o controle sobre a política cabe a cada
cidadão, mas a Igreja, em nome do Evangelho do Reino, tem
aí seu objetivo máximo. Cabe às Pastorais Sociais priorizar a
constituição de um grupo que dinamize a participação da
Igreja neste importante campo da vida humana.

Compaixão
Nesse contexto social, o que significa a compaixão? Palavra
composta de outras duas: com - paixão. Estar com na paixão
do outro, na cruz do seu sofrimento. Sentir a dor do outro e,
juntos, buscar soluções alternativas. Estar com, não significa
dar coisas, mas dar-se. Dar o próprio tempo, colocar-se à
disposição. Em síntese, significa caminhar junto com aquele
que sofre. Assumir sua dor e tentar encontrar saídas para
superar os momentos difíceis.
Diz um provérbio chinês que perguntaram a determinada
mulher a qual dos filhos ela mais amava. Ela, como mãe,
respondeu: ao mais triste até que sorria, ao mais doente até
que sare, ao mais distante até que volte, ao mais pequeno até
que cresça.

Aqui está o espírito de toda a ação social. Hoje, como no
tempo de Jesus, as multidões dos pobres encontram-se
“cansadas e abatidas”. Cansadas de tantas promessas não
cumpridas, de tanta corrupção e de tanto lutar em vão;
abatidas pelo peso da exclusão e da miséria, da fome e da
doença, do abandono e do descaso.
Hoje, como ontem, a injustiça e a desigualdade social gera
milhares de empobrecidos que se tornam excluídos, quando
não exterminados. Geram, ainda, desemprego, violência,
dependência química, prostituição, racismo e destruição do
meio ambiente. Esta situação atinge todo planeta, porém, de
forma mais brutal os países subdesenvolvidos.

O Reino de Deus, como sabemos,
ultrapassa as fronteiras da Igreja e
exige fé e pé na caminhada.
Que possamos também nós, nos
fazer caminhantes.

Pastoral da Criança: sua missão é a própria missão de Jesus, que
é também a missão da Igreja e de todos os cristãos,
EVANGELIZAR . A Pastoral da Criança é ecumênica e não faz nenhum
tipo de discriminação de cor, raça, credo religioso ou opção política. A
todos leva o lema do Bom Pastor: “Eu vim para que todos tenham vida
e vida em abundância” (Jo 10,10).

Lutando pelo meio ambiente

Em um dia voltado para as ações sociais, as
Paróquias podem atender a dezenas de pessoas.

Neste dia, adultos e crianças
sentem-se valorizados.

Nas
reivindicações
do povo pelo
direito a
moradia, as
Pastorais sociais
da Igreja se
aliam a ele
mostrando o
rosto do Cristo
pobre sofredor
que esta com a
população

Onde o simples direito a um prato de comida se torna
distante, lá se encontram as Pastorais Sociais.

Escrevamos juntos esta historia, sendo protagonistas na
implantação do Reino de Deus que já começou, mas ainda não
para aqueles que estão a margem e algemados pela exclusão.
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