Episódio “ Inês de Castro” L.A.T. / I.M.C. / J.R.A. Ppt de apoio a apresentação oral 2011-2012
Introdução Google Images
Introdução - AnÁlise do episódio Estrutura Externa: Canto III Estrofes 118-137 Estrofes: oitavas Versos decassilábicos heróicos Estrutura Interna Contextualização Narração Episódio Lírico ( ex : “Tu, só tu, puro Amor, com força crua…” ( estr 119) Plano da História de Portugal Narrador: Vasco da Gama Narratário: Rei de Melinde
Desenvolvimento
Caracterização das personageNS Tudo tirado no Google Images Era uma dama delicada, era linda, feliz e contente (no princípio) “Estavas, linda Inês”(120), mãe de quatro filhos, porém (no fim) fica triste suplicando por ajuda pois está à beira da morte. Têm contudo um grande poder de argumentação. Era o rei de Portugal, guerreiro nobre, corajoso, preocupado com filho mas não gosta do facto de D.Inês casar com o seu filho. Toma a decisão de matar Inês. Porém ficou emocionado quando D.Inês (levada pelos algozes) faz o discurso, mas decidiu ouvir o povo. Não é muito caracterizado mas mostra-se um Príncipe teimoso “De outras belas senhoras e Princesas os desejados tálamos enjeita” (122) por estar apaixonado, e justiceiro porque depois da morte de D.Inês fez justiça e matou dois dos algozes.
Continuação Os algozes caracterizados como horríficos e maldosos, férvidos, irosos, pouco conscientes que vão ser castigados por D.Pedro . Murmura e é pertinaz. Grande parte das suas ideias influenciam D.Afonso IV a matar D.Inês .
Espaço : “ Nos saudosos campos do Mondego ” (estr.120,vs.5) Tempo: “ Passada esta tão próspera vitória ,/ Tornado Afonso à Lusitana terra” (estr.118,vs.1,2)
análise do episódio INÊS DE CASTRO- Introdução-(Exposição) Estrofes :118-119 Conteúdo Nestas estrofes é apresentado uma introdução : após a batalha do Salado, que venceram, Portugal depara-se com a triste notícia que D.Inês será morta sendo o supremo Amor a grande causa. (Texto Lírico). Recursos Expressivos “Que do sepulcro os homens desenterra” – (118) – hipérbole. “Como se fora pérfida inimiga”- (119)- comparação. “É porque queres, áspero e tirano.” (119)- dupla adjectivação e personificação.
análise do episódio Desenvolvimento “memórias de alegria” (Parte do Conflito) Estrofes :120-121 Conteúdo Nestas estrofes é apresentada a caracterização de Inês e onde ela se encontrava (Coimbra) e as suas memórias de alegria. Sabemos que a sua felicidade não irá durar. “ Que a Fortuna não deixa durar muito,” (120). Recursos Expressivos “Linda Inês,”- (120)- Apóstrofe “O nome que no peito escrito tinhas.”-(120)- Perífrase ( D.Pedro ) “De noite, doces sonhos que mentiam, De dia, em pensamento que voavam.”(121)-Anáfora, Antítese, e Personificação
análise dos episódios Reacção do pai de Pedro- (Parte do Conflito) Estrofes :122-123 Conteúdo Nestas estrofes é apresentado a reacção de D. Afonso IV. Ele, respeitando o povo e as suas opiniões, decide matá-la: “Tirar ao mundo determina,” (123). As suas razões são: tem o filho preso por Amor, D.Pedro não quer casar com mais ninguém, e por o povo murmurar. Porém, o narrador questiona-se como é possível um rei tão poderoso (derrotou os Mouros) matar uma dama delicada. “Contra hua fraca Dama delicada?” (123 ). Recursos Expressivos “O velho pai sesudo”-(122)-Perífrase “Do furor Mauro”-(123)-Sinédoque “…fraca Dama delicada?”-(123 5-8)- Pergunta retórica, Dupla Adjectivação.
análise dos episódios O Dia Fatal- (Parte do Conflito) Estrofes :124-125 Conteúdo Nestas duas estrofes, descreve-se o dia em que Inês foi levada pelos carrascos diante do rei que se sente com pena. Mas o povo persuade-o e é levada à morte (Dia Fatal). Caracteriza o seu estado de espírito (“Ela, com tristes e piedosas vozes, saídas só de mágoa e saudade”(124) e mostra também toda a sua mágoa, não por morrer, mas por abandonar os seus filhos. Esta caracterização é fundamental para o discurso seguinte de Inês. Recursos Expressivos “Tristes e piedosas vozes,”-(124)- Dupla Adjectivação. “Do seu Príncipe e filhos”-(124)- Metonímia “Avô cruel”-(125)-Metonímia A notar: os adjectivos dados aos algozes são todos negativos e os da D.Inês são todos carinhosos.
análise dos episódios Discurso de Inês- (Parte do Conflito) Estrofes :126-129 Conteúdo Pede a Afonso IV piedade pois até os animais selvagens a mostraram. (É desumano matar uma donzela fraca só por causa do amor: aparte do poeta). Pede para ter em consideração aos seus filhos, netos do rei, que não tiveram culpa e ficariam órfãos. Acrescenta que se matou os Mouros por serem inimigos, devia conseguir dar vida aos inocentes. Pede-lhe para a mandar para sítios como a Líbia “ardente” ou outro sítio para encontrar compaixão entre os animais, que não conseguiu encontrar nos humanos “Se neles achar posso a piedade/ Que entre peitos humanos não achei” (130). Recursos Expressivos “A estas criancinhas…” – (127) -(uso de diminutivo) “Ó tu,” (127)- apóstrofe “a Maura” (est.128,vs.1) – sinédoque “Na Scítia fria, ou lá na Libia ardente,” (128) - antítese “Onde em lágrimas viva eternamente” (128)-hipérbole “Põe-me em perpétuo e mísero desterro,” (128)- modo imperativo e dupla adjectivação “estas relíquias” (est.129,vs.7) – metáfora para os seus filhos “Naquele por quem mouro” (129)- perífrase
análise dos episódios Morte de Inês- (CLIMAX) Estrofes :130-133 Conteúdo Nestas estrofes narra-se que o Rei se tinha movido com o discurso de Inês, ponderando a morte dela. Mas mantém a sua decisão por causa do murmurar do povo português e do destino “Mas o pertinaz povo e seu destino” (estr.130) . Consequentemente, os carrascos matam-na “Arrancam das espadas de aço de fino ” e “…os brutos matadores,/ No colo de alabastrado …” (132). Desabafo do poeta e apelo à natureza e consequência: o eco nos vales do nome de D. Pedro (estr.133 ) . Recursos Expressivos “Qual contra a linda moça Policena (...) Tais contra Inês os brutos matadores” (estr.131+132, vrs.1) – comparação “Brutos matadores” (estr.132,vr.1) – metonímia “Aquele que despois a fez rainha” (estr.132,vr.4) – perífrase “férvidos e irosos ” (estr.132,vs.7) – dupla adjectivação “Ó Sol...” (estr.133,vr.1) / “ó côncavos vales ” (estr.133, vr . 5 ) – apóstrofe
Análise dos episódios Conclusão- (Desenlace) Estrofes :134-135 Conteúdo Nas estrofes seguintes, compara-se a morte de Inês com a de uma de uma flor arrancada antes do seu tempo. Eram lindas, mas depois ficaram secas e sem vida “Tal está , morta , a pálida donzela , / Secas do rosto as rosas , e perdida / A branca e viva cor , co’a doce vida ” (estr.134). A morte de Inês fez com que as filhas do Mondego chorassem, e suas lágrimas transformaram-se criando a Fonte dos Amores. Recursos Expressivos “Assi como a bonina (...) Tal está, morta, a pálida donzela” (estr.134) – comparação “a pálida donzela” (estr.134,vs.7) – metonímia “As lágrimas choradas transformaram” (135)- hipérbole
Análise dos episódios D. Pedro (Episódio Extra - Consequência) Estrofes :136-137 Conteúdo Nestas estrofes, contemplamos a vingança de D. Pedro para com os carrascos que assassinaram Inês de Castro. Quando chegou ao poder, foi logo atrás deles fazendo justiça, “Não correu muito tempo que a vingança/ Não visse Pedro das mortais feridas,/ Que, em tomando do Reino a governança ,/ A tomou dos fugidos homicidas” (estr.136). Daí foi atribuído o cognome de O Justiceiro a D. Pedro . Recursos Expressivos “Que com Lépido e António fez Augusto” (estr.136,vs.8) – comparação “fugidos homicidas” (estr.136,vs4) – metonímia “Este castigador” (estr.137,vs1) - metonímia “Que o vagabundo Alcides ou Teseu” (estr.137,vs.8) - comparação
História da Morte de Inês de Castro Na verdade histórica , D. Inês é expulsa de Portugal mas depois regressa a seguir à morte de D. Constança. Inês e Pedro passam a viver juntos, e o Príncipe, D. Pedro é aconselhado a casar-se com D. Inês por sua mãe e outros fidalgos, e mais logo nascem bastardos. D. Pedro começa a envolver-se com a política castelhana e os portugueses começam a ficar nervosos com a influência da família de Castro no trono. D. Afonso IV e fidalgos portugueses acharam que a melhor solução seria a morte de Inês de Castro. Num dia em que D. Pedro estava numa caçada, D. Afonso IV, juntamente com outros fidalgos ,vão a Coimbra matar D. Inês que implora misericórdia. Inês é decapitada em 7 de Janeiro de 1355. N’ Os Lusíadas , Camões responsabiliza o amor pela morte de Inês de Castro. Camões escreve que a suprema causa da morte de D. Inês de Castro foi o amor entre ela e D. Pedro e que o pai de D. Pedro, D. Afonso IV não queria que eles se casassem. No episódio de Camões, não é referido a expulsão do país nem a tensão das relações com D. Afonso IV. Os cavaleiros arrancam das suas espadas e trespassam-lhe o coração, que seria a “fonte” do seu amor .
COnclusão
A história de Inês de Castro é o episódio lírico mais conhecido d’ Os Lusíadas . Apresentação de muitos contrastes e indícios de tragédia. Camões conseguiu recriar e interpretar a história.
C A R R A S C O S J U S T I A A N I M A I A M O F O N T E D A S A O R E S E S T I N O N E T O A F N S O I V P I E D A D
Bibliografia: Pinto Pais, A. Os Lusíadas, Luís de Camões – Edição escolar , Areal Editores, 5ª ed. Cabral, A. S. Camões épico – Introdução à leitura de “Os Lusíadas ”, Edições Sebenta.