A palestra em power pointe sobre sexualidade

RogersNascimento1 0 views 50 slides Oct 05, 2025
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About This Presentation

sexualidade, estudo, diálogos.


Slide Content

Estudos de gênero,
sexualidade,
homossexualidade e
Educação de línguas:
diálogos e práticas possíveis
 
DANIEL FERRAZ – Universidade do Espírito Santo
Pós-Doutorando, Universidade de São Paulo

Agenda
Intro 1: Narrativa - autobiografia
Intro 2: sociedade, whatsapp, sexualidade, homofobia
Sociedade, educação, línguas estrangeiras
Brevemente: Contexto da pesquisa
Análise da atividade: diálogos possíveis

Há ainda uma difícil barreira de sentido a superar: para
que um/a jovem possa vir a se reconhecer como
homossexual, será preciso que ele/ela consiga
desvincular gay e lésbica dos significados a que
aprendeu a associá-los, ou seja, será preciso deixar de
percebê-los como desvios, patologia, formas não-
naturais e ilegais de sexualidade. Como se reconhecer
em algo que se aprendeu a rejeitar e a desprezar?
Como, estando imerso/a nesses discursos
normatizadores, é possível articular sua
homossexualidade com prazer, com erotismo, com algo
que pode ser exercido sem culpa?
Louro, Gênero, Sexualidade e Educação.

narrativa...

Intro 2
http://www.youtube.com/watch?v=cq-CzW5Q8p8
Kid´s reaction to a gay couple
http://www.youtube.com/watch?v=ci1vMKOZlnI
Fátima Bernardes
http://www.youtube.com/watch?v=8TJxnYgP6D8
Kid´s reaction to gay marriage

2 assertivas iniciais…
A presença de comentários, conversas, imagens, piadas
sobre sexo, sobre a sexualidade das pessoas e suas
escolhas ( ou tomadas como escolhas no caso dos primos
homens héteros tomados como gay)
Esses comentários, imagens e comentários + imagens
são colocados em forma de brincadeira, piada, ironia,
sempre produzindo uma injúria que atingem o injuriado
diretamente, escamoteiam e perpetuam níveis (talvez
iniciais) de homofobia.

locais de enunciação:
de onde falo

For many, the world (Modern society) has
changed...fastly

Desafios
Um dos grandes desafios que se coloca à área de
educação em/de línguas estrangeiras no país é
contemporaneamente discutir e lidar com as
multiciplicidades de filosofias, teorias, propostas e
práticas pedagógicas. Nas OCEM-LE (MEC, 2006), por
exemplo, propõe-se a possibilidade de se conciliar as
práticas pedagógicas vigentes (ensino de línguas
focalizado na aprendizagem linguística) com práticas
sócio-culturais e críticas que levam em consideração as
questões globais, locais, culturais e cidadãs.

Desafios
Critical language education
OCEM (2006)
CLE CAL (PENNYCOOK)
EELT (FERRAZ, 2010)

Exemplo - Questão cidadania: talvez seja por onde podemos iniciar os debates
sobre o encontro sexualidade e educação de ´LE.

Como pensar as práticas em nossas aulas cotidianas, em que se
pesem as novas propostas educacionais para as línguas estrangeiras?
Neste sentido, haveria espaço para criticidade, discussão sobre
sociedade, cidadania nas aulas da disciplina de escrita acadêmica
em inglês? Além disso, seria possível conectar e discutir temas, tais
como a escrita acadêmica, sexualidade, homossexualidade e
homofobia?
Considerando que as conexões acima são possíveis, os estudantes
(os quais muitos deles já são professores) estão preparados para
discutir tais temas em suas aulas (uma vez que os temas podem
trazidos pelos alunos)?

Momento 1: pré-análise da atividade
Em pares, analisar inicialmente a atividade sem contextualização.

Análise da atividade
Foram dois grupos investigados (UFES)
16 alunos do terceiro período participaram e na segunda, 15
alunos.
fluentes na língua inglesa e as aulas são conduzidas em inglês
praticamente em toda aula.
Além disso, ambas as turmas possuem homens e mulheres e, em
uma delas (turma B), um aluno homossexual assumido e na
outra (turma A) há uma aluna bissexual.

Academic Writing,
Objetivos: a discussão da importância da comunicação escrita, o
estudo dos diversos gêneros textuais acadêmicos, bem como o
desenvolvimento de um artigo acadêmico (que é desenvolvido ao
longo do semestre).
As aulas aqui analisadas se referem às aulas de preparo e
desenvolvimento do capítulo de metodologias e métodos de pesquisa.
Decidi, dessa forma, apresentar as filosofias de pesquisa
fenomenológica e positivista, bem como as metodologias e métodos
de pesquisa a serem escolhidos pelos alunos-pesquisadores.

Interpretações
“Nas suas aulas de inglês (como aluno), seus professores
falavam sobre sexualidade, gêneros? Você se lembra de alguma
situação embaraçosa ou violenta envolvendo preconceito de
gênero (homofobia), ou bullying?”.

Eribon (2008)
a injúria não é apenas uma fala que descreve. Ela não se
contenta em anunciar o que sou. Se alguém me xinga de
“viado nojento” (ou “negro nojento” ou “judeu nojento”),
ou até, simplesmente, “viado”, “negro” ou “judeu”, ele
não procura comunicar uma informação sobre mim
mesmo. Essa consciência ferida, envergonhada de si
mesma, torna-se um elemento constitutivo da minha
personalidade.

Green, 1999
 Bixa!
Viado!
Viadinho!
Mocinha!
Baitlola!
Gay!
Bambi!
Mulherzinha
Travesti

Dor e
coragem

Em Ferraz (2014a, 2014b) tenho defendido que é com dor e
coragem que jovens adultos saem dos armários e assumem
suas sexualidades e opções sexuais numa sociedade como a
nossa: extremamente preconceituosa que,
paradoxicalmente, julga o homossexual o ano inteiro mas
permite que seus homens heterossexuais se transvistam de
mulheres e drag queens na época do carnaval, como
colocado por Trevisan (TREVISAN, 2011) em Devassos no
Paraíso. Assim, essas vozes silenciadas vão, aos poucos,
acreditando que devem permanecer como tal e que o
problema são elas mesmas

2 conclusões para hoje...
Para o fim (I)...

 
Os professores brasileiros preferem ignorar o
fato de a escola estar povoada por indivíduos
que diferem das normas convencionais. As
escolas brasileiras não permitem uma prática
pedagógica a qual reflita sobre essas diferenças
e seus efeitos sociais e culturais (JESUS, 2012,
p. 155) 

Transculturalidade: Há muitos teóricos
(MORGAN e VANDRICK, 2009) que defendem
que a aprendizagem de uma LE perpassa as
questões culturais e identitárias, pois, ao
assumir a língua do outro, estrangeira, o
educando tem a oportunidade de vivenciar
uma alteridade linguística e, certamente,
cultural. Creio que uma das grandes
contribuições das línguas estrangeiras seria
justamente focalizar a identidade cultural
e, a partir desse prisma, as identidades
sexuais e de gênero.

Dentro das várias possibilidades pedagógicas, creio, as
sexualidades, estudos de gênero, bem como o
homossexualidade e a homofobia constituem desafios a
serem discutidos nas aulas de LE, ao mesmo tempo em
que se tornam contribuições para a área, ao serem
inseridos nas mesmas.

Para o fim (II)...
E por que, então, uma certa militância
acadêmica?

No momento em que termino este prefácio, leio
nos jornais que um jovem gay foi assassinado nos
Estados Unidos, numa cidadezinha do Wyoming.
Foi torturado pelos dois agressores e abandonado,
agonizante, pendurado numa cerca de arame
farpado. Tinha 22 anos. Chamava-se Matthew
Shepard. (ERIBON)

Acredito que se mudarmos acima as palavras
Estados Unidos para Brasil, e o nome Matthew
Shepard para Lucas Fortuna, 28 anos, jornalista
de Goiânia, que também foi assassinado, deixado
com o rosto desfigurado, vemos que o texto acima
seria válido para nosso contexto.

Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), “foram
documentados 338 assassinatos de gays, travestis
e lésbicas no Brasil (...) Um aumento de 21% em
relação ao ano anterior”. Apesar de ter
consciência do tom “panfletário”, talvez common
sense, deste encerramento, não poderia deixar
de mencionar que esses fatos me amedrontam e
magoam profundamente. http://www.doistercos.com.br/ggb-
divulga-numero-de-assassinatos-de-gay-no-ano-de-2012/

OBRIGADO!!
Thank you!
[email protected]

www.danielferraz.com

Referências
BENFATTI, F. A. R. Pornografia e criticidade: as faces de Henry Miller em Tropic of
Cancer e Tropic of Capricorn sob o viés autobiográfico. Tese de Doutorado. São Paulo:
Universidade de São Paulo, 2013. (não publicada).
 BOURDIEU, P. & PASSERON, J. C. A Reprodução. Rio de Janeiro: Livraria Francisco
 Alves Editora, 1982.
 BORRILLO, D. Homofobia: História e Crítica de um preconceito. Belo Horizonte: Editora
Autêntica, 2010. 
ERIBON, D. Reflexões sobre a questão gay. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.
 FOUCAULT, M. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal,
1988.
 
FREIRE, P. Pedagogy of the Oppressed. London: Penguin, 1996
  

 GARCIA, M. R. V. “Homofobia e Heterossexismo nas escolas: discussão da produção científica no Brasil e no mundo”. Anais do IX
Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional, 2009. Disponível em: http://nepaids.vitis.uspnet.usp.br/?page_id=153
  
  
 GREEN, J. N. Além do Carnaval. A homossexualidade masculina no Brasil do século XX. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
  
 HORKHEIMER, M.; ADORNO, T. W. A indústria cultural: o iluminismo como mistificação das massas. In (LIMA, L. C.) Teoria da
cultura de massa. São Paulo: Paz e Terra 2000.
  
 JUNQUEIRA, R. D. Currículo heteronormativo e cotidiano escolar homofóbico. In Espaço do currículo. V. 2, n. 2, pp 208-230,
2009.
  
 LOPES, D. Desafios dos estudos gays, lésbicos e transgêneros. In: Comunicação, mídia e consumo. V. 1. N. 1. São Paulo: ESPM,
2004. Disponível em: http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/article/view/5/5
  

 LUKE, A. & FREDBODY, P. Constructing Critical Literacies: Teaching and
 Learning Textual Practice. St Leonrads: Allen & Unwin, 1997.
  
 MAC AN HAILL, M. Schooling, sexuality and male power: towards an emancipatory curriculum. Buckingham: Open University
Press, 1991.
  
 MEYER, Z. M.; BORGES, D. E. Limites e possibilidades de uma ação educativa na redução da vulnerabilidade à violência e à
homofobia. In: Ensaio. Aval. Pol. Publ. Educ. Rio de Janeiro, v. 16, n. 58, p 59-76, 2008.
  
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Brasil sem homofobia – Programa de combate à violência e à discriminação contra GLBT e promoção da
cidadania homossexual. Brasília, Distrito Federal, 2004. Disponível em: http://www.mj.gov.br/sedh/004_1_3.pdf
  
 MOTT, L. Antropologia, teoria da sexualidade e direitos humanos dos homossexuais. In: Revista Bagoás – Estudos gays, gêneros
e sexualidades. V.1, n. 1, 2007. Disponível em: http://incubadora.ufrn.br/index.php/Bagoas/issue/view/64/showToc
  
 SEDGWIG, E. K. A epistemologia do armário. (trad. Plinio Dentzien) In: ABELOV, H et al. The lesbian and gay studies reader.
NewYork/London: Routledge, 2007.
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