mesmas riquezas que levam a outros cometerem injustiças e iniqüidades, como o
mordomo infiel, podem nos servir para a prática do bem e obras espirituais. Não
existem riquezas injustas ou iníquas. O termo de comparação que Jesus faz na
parábola, não é a iniqüidade cometida pelo administrador, mas sim o tino com que
agiu, com a prudência usada, que não inclui a desonestidade que ele usou.
Também revela, que no trato com os seus semelhantes o ser profano é
geralmente mais atilado e previdente que os filhos da luz; pois estes, outrora
viviam a neurose da culpa do pecado; porém, ao tomarem conhecimento do
Caminho e da Palavra, tornam-se arrogantes e se acomodam, achando-se salvos
compulsoriamente, passando a psicóticos auto justificados.
Jesus informa que o ser profano sabe melhor servir-se dos bens materiais para a
prática de iniqüidades e injustiças, do que os bons para a prática do bem. Jesus,
então recomenda aos seus discípulos que lancem mãos dos mesmos bens
materiais de que os maus se servem, para a prática do bem. Logo a seguir, diz
Ele: “Sede inteligentes como as serpentes, mas simples como as pombas”.
Na outra parábola, - a dos Talentos, nos instrui que o homem fosse previdente na
administração de um bem material a fim de “entrar no gozo do seu senhor”,
mediante essa administração. Ao final, explica muito bem esta parábola, ao dizer:
quem é fiel nas coisas mínimas (materiais), é fiel no muito, - espiritual; e, quem é
infiel no mínimo, também o é no muito. Ou seja: Se não administrares fielmente as
riquezas vãs, - de injustiça e iniqüidade, quem vos confiará os bens verdadeiros?
E, se não administras fielmente os bens alheios, quem vos entregará o que é
vosso? “Nenhum servo pode servir a Deus e as riquezas”. Pois, quem serve ao
dinheiro é escravo da matéria, mas aquele que põe o dinheiro a serviço de Deus, -
em nome do seu amado filho Jesus, é livre e soberano pelo espírito.
Só devemos servir a quem nos é superior; do contrário nos degradamos,
tornando-nos cúmplices de ações que degradam pessoas e famílias ao
denegrirmos moralmente nossos adversários. Podemos assim servi-Lo tanto em
Si mesmo, como também no próximo – “imagem e semelhança”?
“Quem planta banana não colhe laranja”...
José Alfredo Bião Oberg