termo para descrever o movimento religioso de 1517 a 1545. Os reformadores estavam interessados
em desenvolver uma teologia que estivesse em completa concordância com o Novo Testamento;
eles criam que isto seria possível a partir do instante em que a Bíblia se tornasse a autoridade final
da Igreja.
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Conclusões
Com o advento da Reforma, outro cisma ocorre no cristianismo mundial; resultando assim em mais uma
Igreja Cristã distinta. Pelo que, hoje, podemos encontrar espelhada no mundo: a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa e
a Igreja Protestante.
Ainda que a Igreja Protestante seja um segmento do Cristianismo mundial, ela se dividiu (ou se apresentou)
de forma variada desde o período da Reforma. As quatro principais igrejas protestantes que emergiram da Reforma
são: Luterana, conhecida como evangélica na Europa continental; Calvinista ou Reformada; Anabatista e a
Anglicana. Em comum, elas rejeitam a autoridade do papa, e dão ênfase à importância da Bíblia e da fé pessoal.
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Estes foram os ramos protestantes originais, pois como bem sabemos, hoje a variação de pensamentos dentro do
protestantismo é enorme!
Cabe agora esclarecer que a designação “protestante” é utilizada de forma natural nos dias de hoje para
referir-se aos dissidentes da Igreja Católica. Contudo, o que ela quer dizer? Sobre o que estes cristãos protestam?
Por mais estranho que possa parecer, a origem deste “título” não teve a ver com alguma discordância teológica,
mas derivou-se de uma questão político-eclesiástica:
Em 1529, tendo recebido reforços daqueles que desistiram, por medo, de apoiar a Reforma, reuniu-
se, na cidade de Spira, nova Dieta, para deliberar sobre os últimos acontecimentos que agitavam a
nação alemã. A maioria católica decidiu pelo impedimento de qualquer propaganda da Reforma.
Contra isso, os do partido de Lutero protestaram, razão pela qual, daí por diante, os seguidores da
Reforma são geralmente chamados de "Protestantes".
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E ainda:
Em 1529 os príncipes católicos reuniram-se em torno de uma resolução que impedia a introdução da
Reforma em seus territórios, mas reclamavam liberdade de culto romano nos territórios
conquistados pela Reforma. A recusa solene dos príncipes de “fé evangélica” (como se chamavam)
de concordar com esta imposição tornou-os conhecidos por “protestantes”, como passaram a ser
chamados.
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Evidentemente que, a julgar pela importância dos acontecimentos relacionados a esta ruptura com a Igreja
Católica, “comemorar a Reforma não é uma questão de saudosismo ou apego à tradição, mas significa reafirmar os
fundamentos bíblicos redescobertos e confessados pelos reformadores, sem os quais ficaremos à deriva no mar de
incertezas que caracteriza a presente era.”
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Porém, não percamos de vista que nem todos comemoram a Reforma, a
qual fica muitas vezes relevada a um acontecimento do passado sem, aparentemente, possuir significado
importante para a história de suas igrejas:
Por várias razões, é bastante reduzido, em termos proporcionais, o número de protestantes que
valorizam e celebram a Reforma do século 16. Os pentecostais e neopentecostais, tendo surgido
tardiamente e rompido com as igrejas históricas em diversos aspectos importantes, sentem pouca ou
nenhuma afinidade com a obra dos reformadores. Muitos batistas, quer por se considerarem
diferentes das demais igrejas evangélicas, quer por verem as raízes do seu movimento em épocas
anteriores ao século 16, também não se identificam com a Reforma Protestante. Os metodistas
mantiveram certos aspectos da herança protestante original, mas também produziram alterações
significativas na mesma... Restam os quatro grupos iniciais da Reforma do século 16: luteranos,
calvinistas, anabatistas e anglicanos. Os anabatistas, representados mormente pelos menonitas,
pretenderam ser os “reformadores da Reforma”, visto entenderem que os primeiros líderes não
foram longe o bastante na sua ruptura com o catolicismo medieval. A comunidade anglicana, em
4
CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos: uma história da Igreja Cristã. São Paulo, Vida Nova, 1995, p 224.
5
A Reforma do Século XVI. Fonte: http://www.pregai.hpg.ig.com.br/principal.html. Acessado em 21/05/2007.
6
COSTANZA, José Roberto. A Reforma Protestante. Fonte: http://www.ipb.org.br/estudos_biblicos/index.php3?id=32. Acessado em
18/07/2009.
7
FERREIRA, Franklin. Martinho Lutero: “Não me envergonho do Evangelho”. Fonte: www.monergismo.com
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MATOS, Alderi Souza de. Ainda há motivos para comemorar a Reforma? Fonte: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew
Jumper . Acessado em 17/07/2007.