História – Terceiro Ano O FIM DA MONARQUIA Questão dos Escravos Descontentamento entre proprietários Relação desgastadas, pelo menos, desde 1871 (Lei do Ventre Livre) Movimento Republicano Apoio ao republicanismo Causa presente em movimento rebeldes anteriores Reforço após 1870: “Manifesto Republicano” 1873: Fundação do PRP
História – Terceiro Ano O FIM DA MONARQUIA Questão Religiosa 1872 bispos de Olinda e Belém adotam a Bula Syllabus (1864) proibição de maçons na Igreja Católica Pressões para que bispos retrocedessem não foram atendidas punições aos religiosos Oposição de católicos à punição Anistia em 1875 Permanência do descontentamento
História – Terceiro Ano O FIM DA MONARQUIA Questão Militar Ampliação da expressão do exército Insuficiente reconhecimento por parte do governo, pois podia recorrer à Guarda Nacional Reivindicações públicas e atuação política de oficiais do exército sob repressão Fortalecimento de tensões
História – Terceiro Ano Derrubada da Monarquia por golpe militar sem participação popular Grupos atuantes: militares, cafeicultores, e profissionais liberais A REPÚBLICA DA ESPADA “Revolução?” Sem transformação radical na estrutura social Defesa da “ordem pública” e preservação da propriedade tal qual era característico no regime monárquico Garantia dos compromissos e dívidas internacionais firmadas pela monarquia
História – Terceiro Ano 15/11/1898 a 22/11/1891 Militar, sem partido Vice: Floriano Peixoto (a partir de 1891) Instituição do Federalismo Deodoro da Fonseca Estado laico Novos símbolos nacionais
História – Terceiro Ano Reforma financeira: o Encilhamento Deodoro da Fonseca Tentativa de estimular o crescimento econômico Rui Barbosa, ministro da fazenda Bancos autorizados e emitir moeda Emissões acima da realidade do mercado Inflação: efeito das emissões desordenadas Fraudes: empresas falsas criadas para receber dinheiro dos bancos Dinheiro emitido não gerava produção Especulação: Corrida para aquisição de ações sem que as empresas garantissem retorno Descontentamento e oposição dos cafeicultores
História – Terceiro Ano Constituição de 1891 Deodoro da Fonseca Confirmação de medidas já adotadas na fase de governo provisório Direito ao voto: homens alfabetizados maiores de 21 anos Exclusão da maioria da população: pessoas analfabetas, mulheres, militares e membros do clero Desestímulo à reflexão política por parte de quem foi excluído
História – Terceiro Ano Crise política Deodoro da Fonseca Eleição indireta pelo Congresso Nacional Disputa: Deodoro da Fonseca e Eduardo Wanderkolk Prudente de Moraes e Floriano Peixoto X
História – Terceiro Ano Crise política Deodoro da Fonseca Eleição indireta pelo Congresso Nacional Disputa: Deodoro da Fonseca e Eduardo Wanderkolk Prudente de Moraes e Floriano Peixoto X Falta de apoio político após a eleição: oposição dos cafeicultores Autoritarismo e inabilidade política: Fechamento do Congresso Nacional (medida inconstitucional) e ordem de prisão de opositores Reações: greves, protestos e motins Segmentos da Marinha ameaçaram atacar o Rio de Janeiro (Revolta da Armada)
História – Terceiro Ano 23/11/1891 a 15/11/1894 Militar, sem partido Sem vice-presidente Renúncia de Deodoro da Fonseca: 23 de novembro de 1891 Ascenção do “Marechal de Ferro” Floriano Peixoto Reabertura do Congresso Nacional Revisão das medidas do Encilhamento Adoção de medidas populares: redução de preços de alimentos, aluguéis e adoção de política para construção de casas populares Postura autoritária e oposição entre militares que apoiavam a realização de eleições presidenciais para restabelecer a ordem
História – Terceiro Ano Segunda Revolta da Armada 15 navios de guerra sob o comando do almirante Custódio de Melo ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro exigindo a realização de eleições Movimento derrotado com apoio do Exército e do PRP Floriano Peixoto Revolução Federalista PRR (Part. Rep. Rio-grandense): Florianistas X Partido Federalista: parlamentaristas que defendiam a revogação da Constituição. Apoiados pelos estancieiros gaúchos, os federalistas aderiram à Revolta da Armada e passaram a sofrer e resistir às reações até 1895
História – Terceiro Ano 15/11/1894 a 15/11/1898 Advogado e cafeicultor, Partido Republicano Federal (PR) Vice-presidente: Manuel Vitorino Eleição de Prudente de Moraes : efetivação das oligarquias cafeeiras no poder Sistema eleitoral cerca de 1% da população efetivamente votava e o voto aberto, sendo posteriormente validado pela Comissão Verificadora, no Congresso Nacional Atuação para encerrar a Revolução Federalista: anistia aos rebeldes A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE Coronelismo, clientelismo e “voto de cabresto” Desgastes: Guerra de Canudos, crise econômica e divergências entre aliados Escapou de atentado em 1897
História – Terceiro Ano 15/11/1898 a 15/11/1902 Advogado e cafeicultor, Partido Republicano Paulista (PRP) Vice-presidente: Rosa e Silva Governo Campos Sales : Atuação independente de partidos A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE Estabelecimento da “Política dos Governadores”: acordo com as oligarquias estaduais Funding loan (financiamento de empréstimo): acordo para pagamento da dívida externa com suspensão da cobrança de juros por 3 anos e renegociação dos prazos e pagamentos, cedendo aos bancos ingleses a arrecadação da alfândega do Rio de Janeiro e de Santos Controle da inflação
História – Terceiro Ano 15/11/1902 a 15/11/1906 Advogado, Partido Republicano Paulista (PRP) Vice-presidentes: Silviano Brandão e Affonso Pena Governo Rodrigues Alves : Investimento em infraestrutura ferroviária A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE Fortalecimento da política de valorização do café através do Convênio de Taubaté Governos de SP, MG e RJ deveriam assegurar a aquisição da produção excedente de café Auge da produção de borracha (97% da produção mundial) Compra do Acre, que pertencera à Bolívia Política de higienização da capital: Revolta da Vacina
História – Terceiro Ano 15/11/1906 a 14/06/1909 Advogado, Partido Republicano Mineiro (PRM) Vice-presidente: Nilo Peçanha Governo Affonso Pena : A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE Ampliação dos efeitos do Convênio de Taubaté: aquisição de estoques de café pelo governo federal Pouco interesse pela política oligárquica: tensões entre grupos aliados Governo Nilo Peçanha Criação do Ministério da Agricultura, Ministério da Indústria e Comércio e estabelecimento do ensino técnico 14/06/1909 a 15/11/1910 Advogado (FDR), Partido Republicano Fluminense (PRF) Sem vice-presidente Ridicularizado por ser mulato
História – Terceiro Ano 15/11/1910 a 15/11/1914 Militar, Partido Republicano Conservador (PRC) Vice-presidente: Venceslau Brás Governo Hermes da Fonseca : A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE Enfrentou a Revolta da Chibata e a Guerra do Contestado, utilizando reações que abalaram o governo Política das Salvações intervenções militares em governos oligárquicos no Nordeste Governo Venceslau Brás : Encerramento da Guerra do Contestado, promulgação do Código Civil, adesão à Primeira Guerra Mundial, que favoreceu economicamente o Brasil 15/11/1914 a 15/11/1918 Advogado, Partido Republicano Mineiro (PRM) Vice-presidente: Urbano Santos
História – Terceiro Ano 28/06/1919 a 15/11/1922 Advogado, Partido Republicano Mineiro (PRM) Vice-presidentes: Delfim Moreira e Bueno de Paiva Governo Epitácio Pessoa : Nova eleição de Rodrigues Alves, que morreu antes de assumir o mandato (vítima da Gripe Espanhola): Governo interino de Delfim Moreira , que teve dificuldades de governar em função ao seu debilitado estado de saúde Agitações políticas, militares (Tenentismo) e culturais (Semana de Arte Moderna) A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE Ações de combate à seca no Nordeste: construção de açudes Sérias divergências entre oligarquias estaduais de PE, RJ, RS e BA, que não apoiaram candidato de Epitácio Pessoa (Arthur Bernardes)
História – Terceiro Ano 15/11/1922 a 15/11/1926 Advogado, Partido Republicano Mineiro (PRM) Vice-presidente: Estácio Coimbra Governo Arthur Bernardes Intensa oposição do Tenentismo, do crescente movimento comunista e do sindicalismo, além de intensas revoltas no Rio Grande do Sul e em São Paulo, tendo governado sob estado de sítio A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE Governo Washington Luís Investimento em construção de rodovias, diminuição da influência do Tenentismo, crise do comércio internacional do café e problemas na sucessão 15/11/1926 a 24/10/1930 Advogado, Partido Republicano Paulista (PRP) Vice-presidente: Melo Viana
História – Terceiro Ano Predominância da produção cafeeira: grande lavoura agroexportadora Açúcar para mercado interno ECONOMIA NA REPÚBLICA VELHA Algodão para indústria têxtil nacional após perda de mercados internacionais Cacau: grande exportação até o ingresso do cacau africano produzido por ingleses Borracha: suprimento de quase totalidade da demanda mundial até a década de 1910 e enfrentamento da concorrência internacional a partir da década de 1920
História – Terceiro Ano Industrialização: Aplicação da capitais que também eram originados da produção de café ECONOMIA NA REPÚBLICA VELHA Concentração industrial: São Paulo (31%), Rio Grande do Sul (13,3), Rio de Janeiro (11,5) e Minas Gerais (9,3%) Impulso por ocasião da Primeira Guerra Mundial Trabalho na indústria era desregulamentado e precário Formação do movimento sindical: Sindicalismo revolucionário (de orientação anarquista e defensor das greves) X Sindicalismo católico (que buscava afastar os trabalhadores da influência anarquista e socialista)
História – Terceiro Ano A Guerra de Canudos (1893-1897) TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Messianismo Situação da população pobre no Sertão do Nordeste: efeitos da crise na produção canavieira, secas constantes, abusos por parte do coronelismo, pouca expectativa em relação ao regime republicano Antônio Vicente Mendes Maciel - Antônio Conselheiro Contra leis vigentes por ocasião da república, discursos religioso, “A terra não tem dono, a terra é de todos” Agrupamento de comunidade de sertanejos e estabelecimento na localidade de Canudos, onde foi fundada a “cidade santa” de Belo Monte
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Atração de populações miseráveis para Belo Monte: cerca de 30 mil habitantes Adoção de sistema comunitário de produção com venda dos excedentes, normas próprias, sem política de impostos, proibição à prostituição e bebidas alcoólicas Temor de que o modelo virasse a ser uma influência sobre população sertaneja: fomento à perseguição e difusão de descrições manipuladas sobre a população e sua forma de vida Adesão do governo federal: envio de tropas do Exército e derrota de Canudos
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS “Mas Canudos não se rendeu. Um preto alto, um caboclo velho, coxo, de cabelos e barbas brancos, outro caboclo ainda moço, e, agarrado à ‘ Manlicher ’ ainda fumegante, um menino de 16 ou 18 anos no máximo. Quatro apenas, diante dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados !” – Euclides da Cunha
História – Terceiro Ano A Grande Greve de 1917 TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Morte do sapateiro José Martinez, baleado numa manifestação de rua em 9 de julho Ampliação dos protestos, que tomou caráter da primeira greve geral registrada no Brasil Exigências dos manifestantes: aumento salarial, redução de jornada de trabalho, livre associação, anistia a manifestantes presos Promessas do governo e dos industriais não foram cumpridas 1922: fundação do PCB
História – Terceiro Ano A Guerra do Contestado (1912-1916) TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Entre o Paraná e Santa Catarina: População isolada dedicada à produção de mate, extração de madeira e criação de gado desde o século XVIII Construção de estrada de ferro cruzando a região: concessão de direito de exploração de terras para a empresa responsável pela construção
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Aproveitamento de mão-de-obra local e de trabalhadores de outras regiões (que recebiam salários menores) Final das obras em 1910: demissões em massa e falta de perspectiva para os migrantes Formação de massa sem ocupação, realizando ocupação de terras, atuando como jagunços, promovendo saques Liderança do “monge” José Maria: Constituição de povoados e organização da “Monarquia Celeste”, com governo e leis próprios e vida baseada na relação comunitária
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Perseguições aos sertanejos do Contestado: ataques ordenados por fazendeiros e por empresários com apoio de tropas governamentais Morte de José Maria (1912) e continuidade da luta em focos variados, sendo os últimos derrotados por forças do Exército (com a inaugural utilização de aviões para bombardeio) em 1916
História – Terceiro Ano O Cangaço TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Permanência do cenário de miséria e abusos no Sertão Nordestino Banditismo social? Cangaceiros: salteadores nômades que promoviam ataques violentos
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Antônio Silvino, o “Rifle de Ouro” ou o “Governador do Sertão”: Maior cangaceiro até o surgimento de Lampião Após o período de prisão virou funcionário público e morreu em 1944 Foi detido após um combate em 1914 e permaneceu preso até 1937, tornando-se batista durante a prisão
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião Até os 21 anos viveu como artesão, era alfabetizado e utilizava óculos para leitura Reconhecido como o “Rei do Cangaço”, Atuou no cangaço durante 19 anos, sendo morto numa emboscada em 28 de julho de 1938
História – Terceiro Ano A Revolta da Vacina (1904) TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Cidade do Rio de Janeiro: miséria, péssimas condições de moradia, de higiene e saúde Campanha de vacinação obrigatória: resistência popular Decisão do presidente Rodrigues Alves: reformar a capital, implicando em demolições e desapropriações sem alternativas Oswaldo Cruz Diversos usos políticos e manipulações buscaram tirar proveito da insatisfação popular e manifestantes foram duramente reprimidos
História – Terceiro Ano A Revolta da Chibata (1910) TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Marinha: manutenção de código disciplinar do século XVIII, com punições físicas Contestação aos maus tratos após punição de 250 chibatadas aplicadas a um marinheiro do encouraçado Minas gerais Motim liderado por João Cândido, conquistando adesão de tripulações de outras embarcações, ameaçando atacar o Rio de Janeiro Exigências: fim dos castigos físicos, melhor soldo, melhoria na alimentação Aprovação do fim das punições físicas e promessa de anistia ao amotinados Anistia não cumprida: motivação para novo motim, reprimido pelo governo
História – Terceiro Ano A Greve de 1917 TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Assassinato do sapateiro José Martinez durante manifestação pública em 9 de junho Reação dos operários: mobilização de uma greve geral exigindo melhoria salarial, redução de jornada de trabalho, direito à associação sindical e anistia dos manifestantes presos Promessas do governo não foram cumpridas Fundação do PCB em 1922
História – Terceiro Ano O Tenentismo TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Descontentamentos na oficialidade do Exército Fortalecimento de mobilização política exigindo: moralização política, estabelecimento de voto secreto, defesa de interesses econômicos nacionalistas, reforma educacional e ensino público universal e obrigatório Adesão de setores da classe média civil
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Revolta do Forte de Copacabana (1922): Motim tentando impedir posso de Arthur Bernardes: isolamento e neutralização por repressão Insistência no motim: 17 tenentes e 1 civil marcharam pelas ruas para enfrentar abertamente as tropas governistas Massacre aos rebeldes: tendo como sobreviventes apenas os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS Revoltas de 1924 SP e RS: Lideranças do general Isidoro Dias, do tenente Juarez Távora e de políticos de expressão como Nilo Peçanha Ocupação de pontos estratégicos de São Paulo durante 20 dias Coluna Paulista: tropa rebelde que marchou para o RS e uniu-se a outro grupo rebelde liderado por Luís Carlos Prestes
História – Terceiro Ano TENSÕES SOCIAIS E REVOLTAS A Coluna Prestes (1924-1926) Junção entre a Coluna Paulista e os rebeldes gaúchos com o propósito de marchar pelo país Marcha de mais de 24 mil km sob perseguições e combates Pouca adesão no percurso: retirada para a Bolívia