A tatuagem no mundo prisional

113 views 8 slides Feb 04, 2020
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About This Presentation

História e evolução da tatuagem no mundo prisional. Arte, taboo, identidade e reivindicação


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A tatuagem no mundo prisional

"Coloca-se o condenado sobre a cama … de barriga para baixo e nu,
correias prendem-lhe as mãos, os pés e o pescoço…
a Máquina desce e regula-se automaticamente,
de modo a que apenas roce o corpo com a ponta das agulhas …
cada agulha comprida é acompanhada por uma outra, mais curta.
A larga escreve e a curta ejecta água para lavar o sangue …
a Máquina começa a escrever
e quando termina o primeiro rascunho no dorso,
faz girar o seu corpo lentamente sobre um dos lados …
e continua a escrever,
cada vez mais fundo,
durante doze horas seguidas."

Franz Kafka, O Processo

A história da tatuagem, seguindo aqui a inspiração kafkiana, é a história de uma verdadeira
metamorfose: da sentença escrita na pele do condenado como estigma de marginalidade, usada
metaforicamente nesta célebre passagem de O Processo, à sociabilidade; do confinamento de
barcos, prostíbulos e prisões ao espaço aberto de bares e discotecas; da rebeldia à aceitação social
e à moda; das feiras, como espectáculo exótico, à respeitabilidade.
No entanto, a tatuagem continua, de algum modo, a flutuar nos espaços intermédios,
dependendo a sua aceitação do número e da visibilidade das tatuagens e constituindo ainda, por
vezes, uma condicionante, por exemplo, numa candidatura de emprego ou numa reunião de
trabalho: herança de um preconceito tenaz que desde há muito associa a tatuagem à
marginalidade.
Essa metamorfose, esse percurso acidentado do preconceito ao conceito que revela a pele
como superfície simbólica
1
e a tatuagem como forma de Arte, é assinalada, cultural e
artisticamente, desde a exibição de cabeças tatuadas de chefes Maoris nos museus europeus do
século XIX, a exposições como Tattoo no American Folk Art Museum de Nova York em 1971 e Body
Art: Marks of Identity no American Museum of Natural History em 1999. O certo é que apenas em
2010 as dezasseis cabeças de chefes Maoris que ainda se conservavam em museus franceses
foram devolvidas à nova Zelândia
2
, mas regressaram a uma terra etnograficamente devastada. O
europeu oitocentista, o caçador de cabeças branco que assolou as sociedades tribais, levou a que
o povo Maori interrompesse o costume ancestral da tatuagem moko, no simples esforço de auto-

preservação. O seu ressurgimento, nos anos 70, mais de 100 anos depois, ocorre nos ghettos, no
contexto marginal onde se viram encurralados os Maoris, alimentado pela revolta da perda
identitária, como magnificamente transposto para a tela por Lee Tamahori em Once we were
Warriors.
A história da tatuagem é, acima de tudo, um percurso transcultural
3
. Para assimilar novos
aspectos, basta à sociedade incorporá-los de modo a que funcionem no seu próprio sistema
4
e o
seu sentido original transforma-se, adapta-se. É assim que se, por um lado, a tatuagem integral na
Papua Nova Guiné, em Samoa, nas ilhas Marquesas ou entre os Munducuru do Amazonas,
representava estatuto e protecção
5
, por outro lado, na Europa era considerado grotesco, digno
apenas de ser exibido no circo; se entre os Abipones do Gran Chaco argentino, as mulheres com a
maior quantidade de tatuagens eram tidas como as mais belas
6
, na Europa eram depreciadas
como obscenas
7
; se entre os povos indígenas a tatuagem era uma prática eminentemente ritual,
de fortes conotações mágico-religiosas, na sociedade ocidental convertia-se num elemento
profano de carácter económico
8
.
A época de expansão colonialista europeia, sobretudo a partir dos séculos XVIII e XIX, re-
presentou a tatuagem no mundo ocidental como um elemento misterioso e exótico. O fascínio
pela exibição ostensiva do corpo, objecto erótico numa Europa sexualmente reprimida, permitia à
sociedade ocidental confirmar a sua própria identidade na dicotomia nós/os outros e, mais
importante ainda, mostrava a existência de outras identidades igualmente possíveis.
Foram dois os principais aspectos que tornaram necessária essa re-apresentação: o facto
de a tatuagem ser sinónimo de marca infame, imposta, por exemplo, aos escravos na antiga
Grécia e Roma
9
e a posterior concepção cristã de corpo, segundo a qual perfurar a pele era
sacrilégio, pois profanava o corpo, criado à imagem e semelhança de Deus. Embora vários
elementos da nobreza europeia tivessem tatuagens e os próprios Cruzados tatuassem uma cruz,
de modo a garantir uma sepultura cristã em terra desconhecida, essas práticas foram
consecutivamente remetidas para o tempo obscuro da barbárie e convenientemente esquecidas.
A prática da tatuagem foi, por isso, assimilada em primeiro lugar nos contextos marginais,
esse limbo à margem das convenções sociais, onde reina o anónimo e tudo é possível: nos barcos,
nos bordéis e nas prisões. Apesar de tudo, a tatuagem nunca perdeu nem o seu valor identitário
10
,
nem a sua componente simbólica e isso manifesta-se sobretudo no mundo prisional, objecto de

estudo deste pequeno artigo: é no espaço confinado da prisão que a tatuagem revela o seu
expoente máximo como marca identitária, de forte carga ritualística, assumindo-se, muitas vezes,
como a única liberdade possível.
A vastidão deste tema implica naturalmente fazer escolhas quanto à sua abordagem e uma
opção interessante é observar a sua evolução como linguagem no contexto prisional, desde o
século XIX ao final do século XX, tomando como referência dois estudos ainda pouco conhecidos
entre nós: o de Alexandre Lacassagne, de 1881, sobre o Segundo Batalhão de África
11
e o de
Danzig Baldaev, publicado em 2009, sobre as prisões russas. Dois mundos muito distantes mas que
mantêm entre si vários pontos de contacto.
Sabemos que as tatuagens actuam como símbolos de identidade, afirmação pessoal e
memória colectiva, sendo por isso muito curioso observar a variação dos temas representados: se,
no século XIX, Lacassagne refere composições protagonizadas por Joana d'Arc, Bismarck ou Ana de
Áustria; 100 anos depois Baldaev regista, entre os presos russos, temas de quase toda a história
russa contemporânea, com Lenin, Brezhnev, Gorbatchev e Yeltsin (145, 237); se, no grupo
estudado por Lacassagne, encontramos cavaleiros, mosqueteiros ou napoleões; Baldaev mostra-
nos imagens fortemente contestatárias, contra os gulag e a forte repressão do sistema soviético
(120, 125, 249). No entanto, as alusões à má sorte imposta pelo destino, o rancor à mulher ou ao
homem infiel (159,164 para homens; para mulheres 295, 329 + lacassagne 134-135) e a revolta
contra a autoridade (232, 233) mantêm-se quase inalteradas.
Ao imaginar a Máquina que escrevia na pele a sentença do condenado, Kafka reporta-se à
prática da tatuagem como marca punitiva do criminoso, presente desde o Japão do século XVII, à
França do século XVIII e à Índia colonial, uma marca infame que ditava a marginalização do
indivíduo quando era readquirida a liberdade. No Japão, o esforço por dissimular as marcas feitas
pelas autoridades, que assinalavam o criminoso com palavras como cão ou porco, originou a
tatuagem yakuza, um estilo muito próprio e carregado de significado, reservado a um círculo
restrito
12
. Como resposta à prisão, ao confinamento, o desenho tatuado transforma-se em marca
de libertação simbólica, em discurso de contestação e códigos de pertença, indecifráveis para
guardas e policias, mas que legitimam o estatuto do indivíduo preso e regulamentam normas de
conduta muito específicas.

O estudo das tatuagens no mundo prisional iniciou-se com Alexandre Lacassagne, seguido
por Cesare Lombroso e Rafael Salillas no final do século XIX e inícios do século XX, com o objectivo
de identificar os sujeitos perigosos e estudar a personalidade criminosa. Ao tratar-se de um
elemento dificilmente dissimulável e facilmente reconhecível, a tatuagem era muitas vezes
determinante para a identificação do indivíduo, que passou a partir de então a ser consignado nas
fichas de identificação de tatuagem, onde constavam o nome e apelido do tatuado, a idade e o
lugar de nascimento, a profissão e o nível de escolaridade, a data em que foram realizadas as
tatuagens e o procedimento empregue, o número de sessões e a sua duração, e, por fim, a
descrição da tatuagem, com referência ao seu lugar no corpo, à sua cor e respectivas variações.
Acreditava-se que as imagens e mensagens tatuadas dos presos permitiam um primeiro
reconhecimento da sua personalidade, dependendo se existiam inscrições ou imagens obscenas,
motivos que indicassem negação ou vingança contra a autoridade, ou mensagens crípticas
reveladoras da pertença a alguma organização criminosa
13
. Nas palavras de Lacassagne
14
, "a
tatuagem traz à superfície da pele o que o indivíduo contém no seu foro íntimo". Algo que,
naturalmente já despido de preconceitos, ainda é considerado nas avaliações psicológicas, como
por exemplo, a escolha da localização preferencial das tatuagens, no lado direito ou esquerdo do
corpo: segundo Ana Maria Casadei
15
, a tatuagem no lado esquerdo, associado à representação do
passado, é mais comum em pessoas pessimistas, com fraca auto-estima, enquanto que no lado
direito, ligado ao futuro, é geralmente sinónimo de personalidades optimistas e confiantes.
A partir de então, a tatuagem passa a ser cientificamente associada à marginalidade e à
criminalidade e usada para a classificação taxonómica do condenado. Em 1881 Lacassagne
assinalava
16
: "o carácter especial da tatuagem em função da sua localização e, especialmente, o
número de tatuagens, mostram esta vaidade instintiva e a necessidade de ostentação,
características do homem primitivo ou das naturezas criminosas". O corpo marcado era um corpo
corrompido pelo pecado.
No seu estudo pioneiro, Lacassagne reúne mais de dois mil desenhos e inscrições tatuados
na pele de 550 indivíduos, correspondentes todos eles a presos militares do Segundo Batalhão de
África, sediado na Argélia, condenados por roubo ou venda de objectos militares, como desertores
ou insubordinados. Do conjunto de indivíduos examinados, apenas 100 foram tatuados antes de
incorporarem o exército e de serem sentenciados à prisão: "para matar o tempo, os detidos

tatuam-se ou pedem que os tatuem. Se não há tatuador com inteligência fecunda capaz de
representar qualquer objecto (o retrato da mulher amada, um mosqueteiro, uma sereia), copiam-
se os desenhos de um livro, de um diário, de uma caixa de fósforos"
17
. Entre os motivos mais
recorrentes, destacam-se, em primeiro lugar, os temas fantasiosos e históricos, seguidos pelas
imagens de natureza amorosa e erótica, os símbolos militares, as inscrições, os distintivos
profissionais e, por fim, os motivos patrióticos e religiosos. Entre o rol de presos entrevistados,
contam-se 28 crianças tatuadas, entre os 6 e os 12 anos, obviamente sem que se faça menção a
esse estatuto, praticamente inexistente na época. Mesmo de tenra idade, esses indivíduos de
conduta imprópria constituíam o outro.
Muito interessante é também a referência de tatuagens que cobriam todo o corpo,
representando o uniforme de um general ou almirante, sobretudo se tivermos em conta que 100
anos depois, nas prisões russas, a disposição normal das tatuagens é conhecida na gíria prisional
como o fraque decorado: o corpo tatuado assume-se como um uniforme, coberto por
condecorações e distintivos de patente, imagens de contornos auto-biográficos que constituem
uma espécie de relatório de serviço: as estadias na prisão, os seus sucessos e fracassos, os seus
ódios e frustrações
18
.
Lacassagne menciona ainda desenhos e inscrições na cara, reservando-se o ventre e as
nádegas a conteúdos eróticos. Inscrições como robinet d'amour, "ponte do amor" ou plaisir des
dames, "o prazer das mulheres", eram vulgares no ventre (imagem bitmap in 6-b). Nas nádegas
eram mais recorrentes imagens de pénis alados, de olhos, de serpentes ou advertências
humorísticas como um soldado com baioneta segurando uma bandeira na qual se lê on n'entre
pas, "não se pode entrar". No pénis eram relativamente frequentes tatuagens representando
botas de montar ou botas com esporas, cujo objectivo, segundo os próprios tatuados, era
unicamente fazer o trocadilho: "vou meter-te a minha bota no…"
19
.
No entanto, 100 anos depois, no contexto russo analisado por Baldaev, o significado
outorgado às imagens eróticas que, definitivamente perderam a ingenuidade oitocentista, é
muitíssimo diferente: o que à primeira vista parecem representações pornográficas grosseiras,
como cenas de cópula ou de felatio, correspondem, na realidade, a marcas punitivas, tatuadas sob
coacção de outros presos, frequentemente devido a dívidas contraídas no jogo e à sua falta de

pagamento (216, 221). O indivíduo assim tatuado fica privado de qualquer status: é como que
uma execução social
20
.
A tatuagem de inscrições era também recorrente: provérbios, sentenças, datas
comemorativas dos mais variados eventos, traduzindo muitas vezes a revolta contra a sociedade e
o seu próprio destino. Enfant du malheur, "filho do infortúnio" - também registado no superlativo
enfant du malheur né sous une mauvaise étoile, "filho do infortúnio nascido sob uma má estrela" -,
pas de chance, "sem sorte", le passé m'a trompé, le présent me tourmente, l'avenir m'épovante, "o
passado enganou-me, o presente atormenta-me, o futuro aterroriza-me" (36,37,38-39).
Encontram-se sentenças vingativas como mort aux femmes infidèles, "morte às mulheres infiéis",
mort aux tyrans, "morte aos tiranos", mort aux officiers français, "morte aos oficiais franceses",
haine et mépris aux faux amis, "ódio e desprezo aos falsos amigos"
21
.
Um século depois Baldaev regista epigramas semelhantes: "Cuidado cabras, bufos e
traidores. Matar irá redimir-me" (143); "Vivo um dia de cada vez. A morte está sempre perto: é um
alívio do sofrimento terreno. Um ladrão não tem medo da morte" (118)
22
.
Pode-se dizer que o binómio tatuagem/identidade é quase inevitável como processo de
auto-afirmação quando o sujeito se vê privado da liberdade (imagens: Al capone 130, "sou filho do
mundo dos ladrões" na 119). Mas é também uma linguagem cifrada, que traduz um conjunto de
informações secretas através do uso de imagens alegóricas que à primeira vista parecem
familiares a toda a gente. Essa será, talvez, a principal característica das tatuagens dos criminosos
russos: uma caveira, por exemplo, indica que o seu possuidor é uma "autoridade" (117,172, 196),
a imagem de um gato identifica um ladrão (116, 152), representações de flores ou diamantes
estão geralmente associados a homossexuais passivos (218, 219).
As tatuagens modelam estereótipos de comportamento de grupo e definem as regras e os
rituais necessários para manter a ordem no espaço de confinamento. É o exemplo de textos como
"o homem mais importante da zona (prisão) é o ladrão legítimo", ou "roubarei outra vez", ou
ainda "desejo-te roubos de sucesso"
23
. Mas, se as tatuagens que um preso ostenta não
correspondem à sua patente, este é forçado a removê-las ele próprio, com uma faca, uma lixa, um
pedaço de vidro: a impostura é considerada uma blasfémia, a violação de um código sagrado.
Trata-se, portanto, de uma linguagem profundamente ritualística. O próprio acto de
marcar o corpo, implicando, por um lado, o sangramento voluntário e a dor e, por outro lado, a

inscrição na pele, de um modo permanente, está profundamente ligado ao conceito de iniciação,
que materializa a transição de uma existência meramente biológica à existência simbólica e que
assinala a inclusão ou exclusão social do indivíduo no seio da sociedade
24
. A pele, o maior órgão do
corpo humano, que nos envolve inteiramente e nos protege dos elementos externos, é
omnipresente como superfície individual e simbólica, fazendo que qualquer tatuagem seja sempre
única e conferindo-lhe um poder quase mágico no processo de redefinição do Eu, ao exteriorizar,
muitas vezes, conflitos interiores e dotá-los de sentido
25
.
As tatuagens são, assim, investidas de um poder demiúrgico: dão ordem à vida e modelam
o futuro. É, por exemplo, o caso, de um preso entrevistado por Lacassagne
26
que decidiu tatuar
motivos eróticos em ambos os braços por acreditar que isso iria facilitar as suas conquistas
amorosas e propiciar os favores das amantes. É também a expressão de desejos bem mais
práticos, como o epigrama "Deus, ajuda-me a fugir!", registado por Baldaev
27
. Mas é igualmente
uma forma de combater a solidão, como o caso de uma prostituta reclusa que tinha tatuado o
retrato do seu amante, afirmando que mesmo na prisão estavam juntos, fazendo o rosto da
imagem sorrir ou contorcer-se ao esticar a pele, como forma de diálogo com o seu bem-amado (o
Arséne da p.133)
28
.
À tatuagem no mundo prisional, como subtítulo faria sentido acrescentar, discursos de
alteridades feridas, pois é isso que, na realidade, subjaz à tatuagem neste mundo: um discurso de
alteridade, imposta pela sociedade desde logo na própria designação de marginal, aquele que está
à margem, que não pertence, que é "o outro", estigma que fere e estilhaça a identidade do
indivíduo, para criar um novo sentimento de pertença. Do sacrifício de quem é considerado “o
outro” emerge, assim, a restituição da sua identidade no espaço confinado da prisão, uma
identidade escrita na pele, forjada a fogo e alimentada por ele.

"Mais além de o outro, estende-se o deserto da ausência de um alguém.
A essa ausência, vazio sem limites, chamamos actualmente o nada.
Convida a ser mas não o tolera: é a resistência suprema.
Por isso cria o inferno."

María Zambrano, El hombre y lo divino

1
Martínez Rossi, S. (2011) La piel como superficie simbólica. Procesos de transculturación en el arte contemporáneo, Fondo de
Cultura Económica de España, Madrid.
2
Duque, P. (1996) Tatuajes – el cuerpo decorado. Anillados, piercing y otras modificaciones de la Carne, Midons, Valencia, p. 48.
3
Definição de transculturação em Ortiz, F. (1978) Contrapunteo cubano del tabaco y el azúcar, Biblioteca Ayacucho, Caracas, p. 93.
4
Bueno Chávez, R. (2004) Antonio Cornejo Polar y los avatares de la cultura latinoamericana, Fondo Editorial de la UNSMA, Lima, p.
27
5
Susnik, B. (1995) Guerra, Tránsito, Subsistencia (ámbito americano), Museo Etnográfico Andrés Barbero-Fundación la Piedad,
Asunción, p. 10; Martínez Rossi, op. Cit, 69-70; Gröning, K. (1997) Decorated skin. A World Surrey of body art, Thames and Hudson,
London, p. 93.
6
Bolcatto, 1993: 208.
7
Lacassagne, A., Le Blond, A., Lucas, A. (2012) Tatuajes de criminales y prostitutas, Errata Naturae Editores, Madrid, p. 86
8
Ao longo do século XIX e na primeira metade do século XX, vários indivíduos faziam-se tatuar para ganhar a vida como atracções
de feira. Ficaram célebres neste âmbito Jean Baptiste Cabris, a partir de 1804; John Rutherford, supostamente raptado por Maoris
e tatuado à força em 1806, e, como não podia deixar de ser, Horace Ridler, o Gran Omi, que alcançou notoriedade a partir dos anos
30. Atkinson, M. (2003) Tattooed: the sociogenesis of a body art, University of Toronto Press, Toronto, p. 30.
9
Caplan, J. (2000) Written on the body, the tattoo in European and American History, Reaktion Books, London, pp. 1-16.
10
Foi, por exemplo, a tatuagem que permitiu reconhecer os cadáveres dos soldados Americanos e Ingleses que tinham tatuado o
nome ou o seu número de identificação, tal como reconhecer os soldados Franceses e Espanhóis, habitualmente com o grupo
sanguíneo tatuado. Schiffmacher, H., Riemschneider, B. (1996) 1.000 Tattoos, Taschen, Köln, p. 17.
11
Lamentavelmente as edições disponíveis da recolha efectuada por Lacassagne reúne apenas uma quantidade ínfima das imagens
existentes na sua colecção.
12
Caplan, op. Cit., 106-115; Atkinson, op. Cit., 39; Duque, op. Cit., 63.
13
Duque, op. Cit., 27.
14
Lacassagne - Le Blond – Lucas, op. Cit., 15-17.
15
Capelli, F., Grosso, P. (1998) "Me dibujo, luego existo", Newton, nº 1, ano 1, pp. 38.
16
Lacassagne - Le Blond – Lucas, op. Cit., 23.
17
Lacassagne - Le Blond – Lucas, op. Cit., 21.
18
Baldaev, D., Vasiliev, S., Plutser-Sarno, A. (2009) Russian Criminal Tattoo Encyclopaedia, vol. I, Murray & Sorrell FUEL, London, p.
27.
19
Lacassagne - Le Blond – Lucas, op. Cit., 23-25.
20
Baldaev - Vasiliev - Plutser-Sarno, op. Cit ., 47.
21
Lacassagne - Le Blond – Lucas, op. Cit., 35 -37.
22
Baldaev - Vasiliev - Plutser-Sarno, op. Cit., 31
23
Baldaev - Vasiliev - Plutser-Sarno, op. Cit., 29-37
24
Rossi, op. Cit., 24-25.
25
Reisfeld, S. (2004) Tatuajes. Una mirada psicoanalítica, Paidós, Buenos Aires, p. 120
26
Lacassagne - Le Blond – Lucas, op. Cit.,68.
27
Baldaev - Vasiliev - Plutser-Sarno, op. Cit., 29.
28
Lacassagne - Le Blond – Lucas, op. Cit.,133.
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