A Teoria da Avaliação Cognitiva
A Teoria da Avaliação Cognitiva foi criada por Edward L. Decie Richard M.Ryan na
década de 80 (1985).
Criada a partir da Teoria de AutoDeterminação que tinha como objetivo de estudar
ofenômeno da motivação em estudantes. É uma macro-teoria, que pressupõe, independentemente
do contexto social, que todos os seres humanos possuem tendências naturais para o crescimento e
necessidades psicológicas consideradas inatas. Estas tendências e necessidades funcionam como
suportes para o desenvolvimento tanto da motivação autônoma ou intrínseca quanto da psique dos
indivíduos.
Como uma macro-teoria, a Teoria da Autodeterminação se compõe de quatro miniteorias
que investigam os diferentes conjuntos do mesmo fenômeno, isto é, da motivação. As mini-teorias
são as seguintes: Teoria das Necessidades Básicas, Teoria da Avaliação Cognitiva, Teoria da
Integração Organísmica e Teoria das Orientações de Causalidade.
A Teoria da Avaliação Cognitiva tem como objetivo tentar explicar como a ação de
eventos externos age sob a motivação intrínseca das pessoas. Esse eventos externos segundo
essa teoria, podemter dois aspectos funcionais: um é o controlador e o outro informacional.
O aspecto controlador é aquele que pressiona o aluno a ter um determinado
comportamento ou a atingir um resultado imposto. Estes eventos prejudicam a motivação
intrínseca porque ameaçam a satisfação da necessidade de autonomia. Sendo assim, ao
perceber que está sob uma situação altamente controlada, o aluno tende a diminuir sua
motivação intrínseca. Já o aspecto informacional é aquele, por sua vez, é aquele que, de modo
não controlador, transmite algum tipo de feedback (positivo ou negativo). Tende a favorecer a
motivação intrínseca, quando oferece afirmações sobre a competência e a diminuir quando as
informações apontam para a incompetência da pessoa para realizar aquela atividade
específica.
Essa teoria especifica que sentimentos de competência não aumentarão a motivação
intrínseca a menos que eles sejam acompanhados por um senso de autonomia, ou seja, por um
locusinterno de causalidade. Assim, para um nível alto de motivação intrínseca, as pessoas
têm que experimentar não só a percepção de competência, mas também a percepção de
autonomia.
Para compreender melhor a motivação intrínseca, Deci e Ryan (1991) consideram
quatro abordagens que provêm uma caracterização dos comportamentos intrinsecamente
motivados.
A primeira abordagem corresponde aos comportamentos intrinsecamentemotivados que
ocorrem em ausência a recompensas externas, predominando a liberdade de escolha ao invés
do controle.
A segunda abordagem focaliza a relação dos comportamentos intrinsecamente
motivados ao interesse das pessoas, em que estas agem de acordo com aquilo que lhes
interessa.
A terceira abordagem foca a ideia de que atividades intrinsecamente interessantes
possuem desafios ótimos. O último componente de caracterização da motivação intrínseca é
baseado nas necessidades inatas básicas de competência, autonomia e pertencer (estabelecer
vínculos). Essas necessidades básicas devem ser supridas no ambiente em que a pessoa está
inserida para que o comportamento intrinsecamente motivado possa acontecer. As três
necessidades serão explicadas na subteoria da teoria da autodeterminação chamada teoria das
necessidades básicas.
De acordo com esta teoria, as organizações devem sobretudo estimular amotivação
intrínseca das pessoas, sendo do seu interesse trocar causas externas que
sejam percepcionadas como controlando o comportamento, por fatores externos de
apoio, pouco intrusivos.