renascimento do corpo físico no decorrer da vida terrena de qualquer pessoa. A
idéia da Ascensão, entretanto, foi mal interpretada como doutrina espiritual,
evoluindo para a crença na ressurreição e ascensão do corpo físico; este mal-
entendido, encorajado pela teologia, é responsável pela rejeição de muitas doutr
inas
cristãs por aqueles que não podem conceber estas coisas em um sentido físico e
material.
A descrição da Ascensão difere ligeiramente nos livros de Marcos e
Lucas, pois, em uma vemos que Jesus foi recebido no Céu e, na outra, que Ele foi
levado para o Céu. Nos Atos, lemos que Ele foi levado para o Céu e uma nuvem O
encobriu de seus olhos. Ao analisarmos rigorosamente estes três relatos, notamos
que a afirmação de que a nuvem O envolveu e "O encobriu de seus olhos" tem um
significado espiritual que todos os estudantes de misticismo podem compreender.
No trabalho dos mestres do Tibete, do Egito e da índia, atualmente, e também no
trabalho dos Mestres da Fraternidade no mundo ocidental, a formação de nuvens ou
névoas pode ser invocada do invisível e envolver uma pessoa, impedindo que seja
vista, e esta é uma demonstração feita freqüentemente para comprovar a operação
de muitas leis Cósmicas e espirituais. Não tenho a intenção de sugerir que a nuv
em
que desceu sobre Jesus impedindo que fosse visto pelos Discípulos ou Apóstolos
fosse da mesma natureza da nuvem mística que os Mestres de hoje criam quando
desejam desaparecer temporária e gradualmente. Acredito que o desaparecimento
de Jesus foi um acontecimento único e nunca foi duplicado por qualquer grande
Mestre ou Avatar desde então; mas desejo chamar atenção para o fato de que o
desaparecimento feito desta forma não deveria significar que, por ter uma nuvem
ou
névoa se elevado após o desaparecimento de Jesus, Ele teria se elevado aos céus
junto com a nuvem, fosse física, fosse espiritualmente. Como não podiam mais vê-
Lo depois que a nuvem começou a se dissipar, era natural que os Discípulos
presumissem que Ele estivesse na nuvem. Mais tarde, quando descreveram os
fatos, sabendo que o incidente fora apenas o encerramento de Sua presença
pública, eles transmitiram suas impressões como se Jesus tivesse realmente
desaparecido na nuvem, conforme haviam acreditado na ocasião da ocorrência.
Ao consultarmos antigos registros vemos que Crishna, que foi crucifi
cado
e resgatado dentre os mortos, também subiu aos Céus, segundo o que acreditaram
seus seguidores. A antiga descrição nos diz que, no momento da ascensão, uma
grande luz o envolveu e ele desapareceu nessa luz. Também ficou pressuposto que
Crishna retornou com a luz quando ela subiu da terra para o Céu. Os registros
também mostram que a última aparição de Buda foi no alto de uma rocha, na
montanha, na presença de seus prosélitos, sendo que uma grande luz o envolveu e
nela ele desapareceu. Os seguidores de Buda afirmaram que ele ascendeu às
regiões celestiais; por vários séculos após este fato, foram mostradas marcas na
rocha, aos peregrinos, como sendo marcas dos pés do Buda, deixadas no momento
da ascensão. Zoroastro, outro grande Avatar, também teria ascendido ao Céu,
segundo as narrativas pré-cristãs, ao terminar sua carreira terrena. Os egípcios
celebravam a ressurreição e ascensão de Adônis, muitos séculos antes da Era
Cristã. Os festivais em honra da ressurreição e ascensão de Adônis eram realizad
os
em Alexandria, no Egito, o próprio berço do cristianismo, ainda no tempo de São
Cirilo, bispo de Alexandria, no ano de 412 A.D., e na Antióquia, antiga capital
dos
reis gregos da Síria, no tempo do Imperador Juliano, em 361-363 A.D. Até os filh
os
de Israel cultuavam Adônis sob a denominação judaica de Tamuz, e havia um altar
com este nome no Templo do Senhor em Jerusalém. Vários salmos de Davi eram
partes do serviço litúrgico usado no culto a Tamuz, em especial o Salmo 110. O D
r.
Parkhurst, eminente autoridade judaica, diz em sua obra intitulada O Léxico Hebr
eu: