Actividade economica

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About This Presentation

Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore
Nickname: Helldriver Rapper
Licenciatura: Gestão de Empresas / Gestão Financeira
E-mail: [email protected]
Contactos: +258846458829 ou +258826677547
Cidade: Pemba – Cabo Delgado
NOTA: Estou disposto para qualquer esclarecimento. Caso tenha duvida, cont...


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Elaborado pelo dr. Sergio Alfredo Macore - 846458829

O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 1
1. NOÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
 O Circuito Económico.
 A Empresa
 Os Fluxos da Actividade Económica: Reais e Financeiros.

Generalidades

Antes de prosseguir com o entendimento da
actividade economica, importa perceber sobre a
ciencia que se ocupa no seu es tudo, a
Economia. De entre as varias difinicoes de que
as literaturas disponibilizam, chegamos ao
entendimento de que Economia, e uma das
várias ciências sociais, debruçando-se sobre o
problema da escolha da melhor aplicação a
qualquer recurso escasso.

A natureza oferece ao homem um vasto conjunto
de recursos que este transforma, de maneira a
satisfazer as suas necessidades. Porém estes
recursos não são ilimitados, pelo contrário, eles
são escassos e finitos, havendo que ponderar a
sua utilização.

Assim torna-se necessário realizar escolhas a
fazer opções de como utilizar os recursos
escassos para satisfazer as necessidades
humanas, que são múltiplas e ilimitadas. Este
enorme trabalho, em estudar directrizes de
utilizar os recursos ilimitados na forma mais
optima possivel, deriva do principal problema
economico, a escassez.

Escassez, constitui o principal problema
económico e que resulta do facto de as
necessidades serem ilimitadas perante os
recursos disponíveis que são escassos.

Actividade Económica
A expressão Actividade Económica, designa o
conjunto de tarefas realizadas pelos diferentes
agentes económicos com vista à obtenção do
bens e servicos, necessários à satisfação das
suas necessidades através da utilização
racional e eficiente dos recursos disponíveis.
Neste conceito de actividade económica estão
incluídas actividades como o consumo,
produção, regulamentação, repartição do
rendimento, exportação, importação, entre
outras.






A nossa vida quotidiana identifica-se com a
actividade económica, visto que a maioria das
tarefas e realizações do Homem visam a
satisfação das necessidades. Essa actividade
é económica porque produz bens e serviços
utilizando convenientemente os recursos
escassos.
Agentes Económicos

Denomona-se Agente Economico, qualqu er
individuo ou entidade que intervém na actividade
económica exercendo pelo menos uma função
económica. De entre eles, encontramos:

a) Famílias: cuja principal função é consumir;
b) Empresas: cuja grande função é a
produção de bens e serviços;
c) Estado: sendo a sua principal função a
satisfação das necessidades da
colectividade;
d) Resto do Mundo: engloba o conjunto de
operações económicas entre os residentes
de um país e os residentes noutros países.

Todavia quando observamos o comportamento
dos agentes económicos, podemos fazê-lo de
acordo com duas perspectivas:

1. Microeconomia: estuda o
comportamento dos agentes
económicos como unidades individuais
2. Macroeconomia: estuda o
comportamento dos agentes
económicos em grandes agregados.

Cada um dos agentes económicos utiliza os
rendimentos recebidos para efectuar os seus
consumos e constituir poupança.

1.2. O Circuito Económico e os Fluxos da
Actividade Economica

Um Circuito Económico é uma representação
dos Fluxos Reais e Monetários e/ou Financeiros
entre agentes económicos que permite uma
visão simplificada da realidade económica.

Os fluxos reais correspondem a fluxos de bens e
serviços e, os fluxos monetários/financeiros
dizem respeito a movimentos de moeda. Dada a
complexidade da realidade, é óbvio que não
podemos representar todos os fluxos entre os
mais diversos agentes económicos, mas apenas,
como já foi referido, os principais.

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 2
1º Circuito Económico: Famílias e Empresas

Este é o circuito mais elementar para explicar o
funcionamento de uma economia, pois
representa os dois principais agentes
económicos agregados: as Famílias (as
unidades de consumo) e as Empresas (as
unidades de produção).

As unidades de consumo vão consumir bens e
serviços vendidos pelas Empresas e vão receber
salários pelo aluguer do seu trabalho. Como as
Famílias são proprietárias das Empresas e
fornecem capital (meios de produção) têm direito
aos lucros destas últimas. FAMÍLIAS EMPRESAS
Bens e Serviços
Trabalho + Capital
Despesas em Bens e Serviços
Salários + Lucros
fluxos reais
fluxos monetários

Neste circuito admitimos ainda que estamos num
quadro de autarcia (economia fechada) e que
não há qualquer poupança por parte destes dois
agentes: tudo que é recebido sob a forma de
salários e lucros pelas Famílias é gasto em
compras de bens e serviços; as Empresas, por
seu lado, não retêm quaisquer lucros, sendo
estes integralmente distribuídos aos seus
detentores.

2º Circuito Económico: Famílias, Empresas e
Estado

Neste circuito, admitindo ainda as hipóteses de
economia fechada e ausência de poupança,
iremos introduzir um terceiro agente, o Estado. O
Estado, como sabemos, desempenha um papel
importantíssimo nas actuais economias:

(1) é o agente que regula toda a actividade
económica;
(2) é um importante consumidor de bens e
serviços (basta, por exemplo, considerar o
volume das Obras Públicas no Produto
Nacional);
(3) é o principal promotor do bem-estar social
– tem o dever de promover uma maior
equidade através de uma adequada
redistribuição do rendimento, utilizando as
políticas fiscais (impostos) e sociais
(transferências);
(4) e é igualmente a entidade que fomenta o
desenvolvimento económico, apoiando
directamente a actividade empresarial,
implementando e apoiando políticas de
formação profissional e prestando auxílio a
sectores críticos (, modernização do tecido
empresarial, etc.).

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 3 FAMÍLIAS EMPRESAS
Bens e Serviços
Trabalho + Capital
Despesas em Bens e Serviços
Salários + Lucros
ESTADO
Trabalho Bens e Serviços
Impostos
Salários +
Transferências
Impostos
Gastos Públicos
+ Subsídios
fluxos reais
fluxos monetários

Neste circuito existem transacções combinadas
entre estes três agentes:

- as Famílias oferecem trabalho aos outros
agentes e recebem rendimentos (salários)
em troca; também cedem meios de
produção às Empresas e recebem em
contrapartida lucros;
- as empresas recebem o valor das vendas
dos bens e serviços que produzem;
- o Estado recebe impostos em troca dos
serviços que presta aos outros agentes.

Esta última transacção que é realizada pelo
Estado, diz respeito a um valor que é imputado
no circuito porque corresponde a serviços que
não são comercializáveis: não há um fluxo (real)
de venda de serviços pelo fluxo (monetário)
oposto dos impostos cobrados. Assim, se explica
que o Estado é um fornecedor de serviços a
título gratuito, cujo valor está imputado no
modelo.

3º Circuito Económico: Famílias, Empresas,
Estado e Capital

Vamos agora admitir que os três agentes antes
analisados deixam de estar em situação de
equilíbrio, ou seja, poderão ocorrer estes casos:

- o total dos recebimentos das Famílias
(salários, lucros e transferências) é superior
às despesas em bens e serviços e aos
impostos pagos ao Estado;
- as Empresas retêm uma parte dos seus
lucros, daí que os seus recebimentos
(compras das Famílias e Despesas
Públicas) sejam superiores às saídas de
moeda (salários, lucros distribuídos e
impostos pagos);
- o Estado arrecada impostos num montante
superior ao total das suas despesas (Gastos
Públicos, salários dos seus funcionários ,
transferências e subsídios às Empresas).

É evidente, que nestas situações, estes agentes
efectuarão poupanças, visto que os seus fluxos
de moeda são superiores aos seus refluxos de
moeda. Existirá, por isso, nas economias um
pólo ou conta, o Capital (ou Mercado Monetário e
Financeiro), que é responsável pela captação
das poupanças dos agentes económicos com
vista ao investimento nas economias.

O Investimento corresponde ao acréscimo do
stock de capital das Empresas (meios de
produção que permitem uma maior produção no
futuro) e tem uma dimensão temporal superior à
dos bens de consumo “imediato” consumidos
pelas Empresas e pelas Famílias. Resumindo,
estes meios de produção permanecem durante
vários períodos – anos – nas Empresas ao
contrário dos restantes bens e serviços que são
consumidos no próprio período em análise.

Vejamos, então, o respectivo circuito económico
dos fluxos monetários para estas quatro contas:

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 4 FAMÍLIAS EMPRESAS
Despesas em Bens e Serviços
Salários + Lucros
ESTADO
Impostos
Salários +
Transferências
Impostos
Gastos Públicos
+ Subsídios
Poupança
do Estado
Poupança das Famílias Poupança das Empresas
Investimento
CAPITAL

4º Circuito Económico: Famílias, Empresas,
Estado, Capital e Exterior

Resta-nos agora completar o nosso mapa de
fluxos monetários introduzindo os países
terceiros com os quais a nossa economia tem
relações comerciais. Com a inclusão do Exterior
já tornamos a nossa análise muito próxima da
realidade. FAMÍLIAS EMPRESAS
C
ESTADO
T
F T
E
W + Tr
S
S
E
S
F
I
G + Sub
W + R
E
EXTERIOR
X
M
S
X
CAPITAL

Como simplificação, admitimos que as Empresas
são as únicas entidades que importam e
exportam, logo todo o consumo, quer das
Famílias quer do Estado, será de bens e serviços
produzidos internamente ou importados.

Em primeiro lugar, uma breve e esclarecedora
nota sobre o sentido dos fluxos: as nossas
exportações (X) correspondem a entradas de
moeda nas nossas Empresas (saídas de moeda
do Exterior) e as nossas importações (M)
representam fluxos monetários em sentido
contrário (saídas de moeda das nossas
Empresas e entradas de moeda para o Exterior).
Não se deve, pois, confundir fluxos reais com
outros de natureza monetária. Em segundo
lugar, há que acrescentar uma nova equação de
equilíbrio para o Exterior e fazer algumas
alterações às equações das Empresas e conta
Capital:
Empresa

Antes de prosseguir-se com o estudo da
contabilidade, é necessario entender o conceito
de empresa, pois, é sobre ela que os

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 5
procedimentos contabilísticos incidem. Podemos
defini-la, sob o ponto de vista de vários autores.

Empresa, é um conjunto organizado de meios
materiais e humanos, virados a produção de
bens e serviços”. (Elementos de contabilidade
geral, Rei dos Livros). Em outra vertente,
“Empresa é um conjunto de homens que se
entregam, de forma sistemática, a uma
actividade de criação de exedentes” (Economia
de empresas, ISE-Adaptado).

“Do ponto de vista éconómico, uma empresa é
um conjunto dos factores de produção materiais
e imateriais, reunidos sob a autoridade de um
indivíduo (empresário) ou de um grupo, para
atrair por meio de produção de bens e serviços
uma clientela e daí obter um rendimento
monetário”. (Dicionário de Gestão, Publicações
D. Quixote).

Das definições que acabamos de apresentar,
podemos sempre concluir que: Empresa é uma
unidade de meios humanos, materiais e
financeiros organizados e tem por objectivo,
através de produção e/ou venda de bens e
serviços, satisfazer necessides da comunidade
onde se encontra.

• Os meios humanos, traduzem-se pelo
trabalho exercido pelo homem, e
apresentam-se sob a forma de,
execução e de direcção.
• Os meios materiais, são os meios
utilizados na produção : ferramentas,
máquinas, instalações, etc.
• Os meios financeiros, são os capitais
necessários à vida da empresa.

Estes três elementos coexistem influenciando-se
uns aos outros de modo a atingir o objectivo ou
objectivos da empresa. O termo objectivo,
significa metas a atingir ou tarefas a executar
global ou sectorialmente na empresa. Os
objectivos podem ser estratégicos ou tácitos.

Os estratégicos relacionam-se com o conceito
geral da empresa no futuro e com as estratégias
escolhidas; os tácitos, englobam acções
detalhadas dentro de uma estratégia geral.

Regra geral, as empresas são constituidas sem
horizonte temporal definido, entretanto, ela,
assim como outras organizações, observam um
ciclo de vida, dividido em três fases:



 Instituicional - Esta é a fase da criação da
empresa. Aqui, decide-se a combinação dos
recursos inerentes ao seu funcionamento;
 Execução – Nesta fase, a empresa se
encontra em funcionamento. É neste
período em que se observa a produção de
bens e serviços e é o mais longo, pois,
verificam-se todos os fluxos economicos,
reais e financeiros.
 Liquidação – Nesta fase, procede-se a
liquidação (extinção) da empresa.
Entretanto, nem todas as empresas,
necessariamente têm que passar por esta
fase, pois, há organizações constituidas sem
horizonte temporal definido.

Na sua classificação, podemos encontrar as
empresas, subdivididas em, empresas
comerciais e industriais.

 As empresas comerciais, compram
bens, e os vendem no mesmo estado
que adiquirem (mercadorias).
 As empresas industriais, adquirem
materias-primas, transformam-nas para
a sua posterior venda (productos
acabados).
 As empresas prestadoras de servicos,
tem a funcao de prestacao de servicos,
que nas suas vendas as fazem de
forma imaterial.

É importantíssimo saber que, a concepção de
uma empresa, seja ela grande, média ou
pequena, com ou sem fins lucrativos, não se
torna possível sem a adopção de uma série de
princípios administrativos.

Daí que, há necessidade de se obter
informações regulares sobre o andamento dos
negócios. Nesta fase destaca-se a notabilidade
da contabilidade, como um forte “Instrumento
de Gestão”. Ela funciona como se de um
termómetro se trata-se, pois, é necessário medir
a situação da empresa a todo momento, uma vez
que devem apurar-se os resultados, elaborarem-
se os balanços, aprovarem-se as contas, etc.

A avaliação da situação da empresa é feita em
períodos distintos, designados por período
administrativo, contabilístico ou exercício
económico. O exercício económico tem o lapso
do 1 ano (12 meses), o qual coinscide com o ano
civil. Porquanto, há que destinguir o ano civil do
comercial, o que convencionalmente
contemplam, 365 e 360 dias, respectivamente.

2. A CONTABILIDADE

 Noção de Contabilidade.
 A informação Contabilística.

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 6
 Importância da Informação Contabilística na tomada de decisões.
 Os utilizadores da Informação Contabilística.
 Divisões da Contabilidade.
 Relações entre a Contabilidade e outras Disciplinas.
 Evolução da Contabilidade.
 A Contabilidade em Moçambique

BREVE HISTORIAL

Para melhor entendermos a Contabilidade
convém recordar que ela está ligada a actividade
exercida pelo Homem com vista a produção de
bens e serviços para a satisfação das suas
necessidades, a actividade económica. A
Actividade Económica é definida como sendo
aquela que consiste na produção, distribuição,
troca e consumo de bens e serviços, visando à
satisfação das necessidades humanas mediante
um custo. Isto é, é a actividade que lutando
contra a escassez visa suprir as dificuldades
humanas.

A contabilidade já vem sendo aplicada desde os
primórdios da humanidade. A sua g énese,
segundo a maioria dos autores, é explicada pela
necessidade sentida pelo homem de preencher
as dificiências da memória, mediante um
processo de classificação e registo que lhe
permitisse recordar facilmente as variações
sucessivas de determinadas grandezas, para
que em qualquer momento pudesse saber da
sua extenção.

A história da contabilidade é tão antiga quanto a
própria história da civilização. Está ligada às
primeiras manifestações humanas da
necessidade social de protecção à posse e de
perpetuação e interpretação dos factos ocorridos
com o objecto material de que o homem sempre
dispôs para alcançar os fins propostos. Deixando
a caça, o homem voltou-se à organização da
agricultura e da pastorícia. A organização
económica acerca do direito do uso do solo
acarretou em separabilidade, rompendo a vida
comunitária, surgindo divisões e o senso de
propriedade. Assim, cada pessoa criava sua
riqueza individual.

Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não
era dissolvido, mas passado como herança aos
filhos ou parentes. A herança recebida dos pais


(pater, patris), denominou-se património. O termo
passou a ser utilizado para quaisquer valores,
mesmo que estes não tivessem sido herdados. A
origem da Contabilidade está ligada a
necessidade de registos do comércio. Há
indícios de que as primeiras cidades comerciais
eram dos fenícios. A prática do comércio não era
exclusiva destes, sendo exercida nas principais
cidades da Antiguidade.
A actividade de troca e venda dos comerciantes
requeria o acompanhamento das variações de
seus bens quando cada transacção era
efectuada. As trocas de bens e serviços eram
seguidas de simples registos ou relatórios sobre
os factos. Mas as cobranças de impostos, na
Babilónia já se faziam com escritas, embora
rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os
negócios efectuados pelo governo de seu país
no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir
maior quantidade de valores, preocupava-lhe
saber quanto poderiam render e qual a forma
mais simples de aumentar as suas posses; tais
informações não eram de fácil memorização
quando já em maior volume, requerendo
registos. Foi o pensamento do "futuro" que levou
o homem aos primeiros registos a fim de que
pudesse conhecer as suas reais possibilidades
de uso, de consumo, de produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações
particulares aparecia a necessidade de controlo,
que não poderia ser feito sem o devido registo, a
fim de que se pudesse prestar conta da coisa
administrada. Nos nossos dias, os
procedimentos contabilísticos vão além do que
inicialmente se lhe utilizou, pois, ela visava
principalmente suprir as limitações da memória
humana, e que desempenhava igualmente a
função de constituir um meio de prova entre
partes discordantes em letígio, sendo que ela
tinha também, um papel de natureza jurídica.

Actualmente, após as grandes transformações
ocorridas durante a revolução industrial,
desenvolveram-se princípios contabilísticos
sistematizados, designados métodos
contabilísticos. Como instrumento de gestão, a
contabilidade não mais serve apenas para
preencher as memórias do passado. Ela, para
além de descrever o registo histórico dos factos
patrimoniais, permite fazer uma análise da
situação presente da empresa e antever o seu
futuro.

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 7

O verdadeiro técnico de contabilidade, deve
estar apto em qualquer momento a responder a
questões como as seguintes:

 Quanto possui a empresa?
 Qual o valor dos stocks existentes em
armazem?
 Qual a relação devedora ou credora em
relação àqueles com quem a empresa
estabelece relações comerciais?
 Como se estão a processar a liquidação dos
débitos à terceiros e o recebimento dos
créditos concedidos?

Porquanto, remetemo-nos a questão da definição
da contabilidade, segundo a maioria dos autores:

De acordo com o Professor Gonçalves da Silva
(1992), “a contabilidade é a tecnica de relevação
patrimonial”. A revelação patrimonial consiste na
descrição, na colocação em evidência, de
determinados factos.

- A Contabilidade é a doutrina do controlo
económico e da determinação do rédito
(lucro) em qualquer espécie de empresa. –
Tessanova;

- A contabilidade é a disciplina que estuda os
processos seguidos nas unidades
económicas para a revelação da gestão. –
Gino Zappa:

- A Contabilidade é a ciência do património. –
Masi;

- A Contabilidade é um método de
investigação da actividade económica. –
Popoff.

Assume-se também, que a contabilidade é a
técnica de registo e de representação de todas
as transformações sofridas pelo património de
qualquer entidade económica durante o exercício
da sua actividade, do modo a saber em qualquer
momento a sua composição e o seu valor.

- A Contabilidade, é uma ciência de natureza
económica cujo objecto é a realidade
económica passada, presente e futura, de
qualquer entidade pública ou privada,
analisada em termos quantitativos e por
método específico com o fim de obter
informações económico -financeiras
indispensáveis à gestão dessa entidade,
nomeadamente ao conhecimento da
situação patrimonial e dos resultados
obtidos e, ao planeamento e controlo da sua
actividade. - João M. E. Pereira

A contabilidade pode ser definida ainda como
sendo um registo ordenado e sistemático de
valores de transacções comerciais e financeiras
de um indivíduo ou de um empreendimento
(negócio), a determinação dos seus resultados e
o fornecimento de informações económico-
financeiras para posteriores análises financeiras
como base para a tomada de decisões.

De acordo com estas definições, ao nosso
entender, a contabilidade é uma técnica de
gestão que tem em vista a determinação da
situação patrimonial das empresas, num dado
momento. Fundamentalmente, a contabilidade é,
contudo, um processo que consiste em três
actividades, nomeadamente:

- Identificação – seleccionando os eventos
considerados relevantes para a actividade
económica, particularmente para o negócio
em causa;

- Registo dos valores monetários das
transacções (factos patrimoniais) bem como
a descrição permanente e cronológica
destes factos. Isto implica um registo diário e
valorizado dos factos de forma ordenada e
sistemática. Implica que os factos sejam
também compilados e classificados;

- Garantir a comunicação, o reporte das
informações contabilísticas para os
principais interessados, através da
preparação e distribuição das
demonstrações financeiras.

O denominador universal da contabilidade ou a
unidade comum de medida na contabilidade é a
moeda, no caso moçambicano o metical. Isto
significa que todas as transacções devem ser
convertidas em unidades monetárias
antecedendo o seu processamento. O uso deste
denominador comum é acompanhado das
seguintes limitações:

- Nem todos os factos ou eventos podem ser
expressos em termos monetários;

- O valor do dinheiro é instável e é
influenciado por muitos factores
económicos, como a inflação, por exemplo.


OBJECTO E FINALIDADE DA
CONTABILIDADE
a) Objecto - Toda a ciência tem objecto de
estudo definido. A contabilidade tem por
objecto o estudo do património.
b) Finalidade - A Contabilidade é uma técnica
que tem como finalidade descrever e

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 8
registar os factos patrimoniais ocorridos,
tendo em vista conhecer:
 A posição devedora ou credora da empresa
em relação aos que com ela transaccionam
bens e serviços;
 A composição e valor do património;
 O custo dos bens e serviços vendidos;
 Origem e a causa dos encargos e
rendimentos;

CLASSIFICAÇÃO DA INFORMACÃO
CONTABILÍSTICA

As informações contabilísticas
classificam-se em:

 Externas – São as que respeitam
às operações realizadas com o
exterior, as relativas a operações
externas, como por exemplo: as
compras a fornecedores, vendas a
clientes, pagamentos de impostos,
descontos obtidos nas compras,
etc;

 Internas – São as que dizem
respeito à operações internas, as
realizadas dentro da própria
empresa, como por exemplo:
Processamento e pagamento de
salários aos trabalhadores,
requisições ou transferências de
matérias-primas do armazém para
a fábrica, custos de produção, etc.

REQUISITOS DA INFORMACAO CONTABILISTICA

Para que uma informação seja considerada de
utilidade contabilística, deve reunir os seguintes
requisitos:

1) Relevância – Significa que a informação
deve fornecer um elemento de resposta a
uma questão e orientar a acção;
2) Oportunidade ou actualidade – A informação
deve ser fornecida no momento necessário;
3) Quantificação – Quer dizer que a informação
contabilística deve ser quantificável, pode
ser expressa em números, g eralmente
representativos de unidades monetárias;
4) Economicidade – O custo da informação não
deve ser superior à vantagem que ela
proporciona;
5) Objectividade – A informação deve conduzir
as pessoas aos mesmos resultados;
6) Verificabilidade – a informação deve ser
aquela que seria obtida por indivíduos que
trabalhassem independentemente uns dos
outros.
7) Neutralidade – a informação deve estar
isenta de erros, omissões, vícios


OS UTILIZADORES DA INFORMAÇÃO
CONTABILÍSTICA

As informações contabilísticas são requeridas
por vários utilizadores os quais as analisam para
diversas decisões e para vários propósitos. Os
Principais interessados são:

1. Os investidores, sócios ou proprietários
– Interessa-lhes conhecer ou
acompanhar a evolução dos seus
investimentos de modo a assegurar o
retorno dos valores alocados à
organização;

2. A Empresa/Gestores – Os dados
contabilisticos servem importantes
funções da empresa e gestores:

 Planeamento, que comporta a
determinação dos objectivos da
empresa e a definição de
estratégias que os permitam
atingir;
 Organização, que significa o
estabelecimento de estruturas
para assentar e cumprir os
planos;
 Controlo, que identifica os
desvios das realizações em
relação às acções planeadas e a
tomada de medidas correctivas
necessárias.

3. O Estado – pelo facto de a maior
porção dos rendimentos do Estado
provir dos impostos, interessa-lhe para
melhor calculá-lo e para várias análises
estatísticas, bem como para a
elaboração planos macroeconómicos
(Contabilidade Nacional);

4. Credores ou fornecedores – estão
interessados na segurança financeira
das empresas como garantia da
recuperação dos valores em dívida,
residindo aqui o factor credibilidade;

5. Trabalhadores – pela segurança dos
seus postos de trabalho e das restantes
condições salariais e de trabalho;

6. As outras empresa – A informação
contabilística das várias empresas num
mesmo sector permite uma análise
comparativa através da leitura das

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 9
peças contabilísticas produzidas pelos
respectivos sistemas de informação. A
possibilidade dada a cada empresa de
se inserir num mercado relactivamente
às suas concorrentes e não
concorrentes constitui um indicador
valioso de gestão.

7. Clientes – como forma de garantia da
continuação de prestação de melhores
serviços;

8. A comunidade em geral – como os
empregadores, sindicatos, etc. para
avaliarem a capacidade de apoio a
comunidade pelo fornecimento de bens
e serviços.

TEORIA CONTABILISTICA E TÉCNICA
CONTABILISTICA

a) Por Teoria da Contabilidade entende-se
ao conjunto de conceitos básicos,
regras de funcionamento e princípios
teóricos fundamentais da contabilidade.

b) A Técnica Contabilística diz respeito as
formas de representação, é a
escrituração propriamente dita.

DIVISÕES DA CONTABILIDADE

Tal como acontece em todas as outras ciências,
a contabilidade também possui as suas
ramificações. Antes, é necessário distinguir as
zonas constitutivas da empresa.

Duas zonas importantes constituem a empresa.
Zona externa e interna.

1) Zona externa ou de contacto com o
ambiente: A empresa não pode
desenvolver a sua actividade isoladamente,
mas sim em constante relação com o meio
exterior; clientes que lhe adquirem bens e
serviços; fornecedores a quem deverá
adquirir os factores productivos que
necessita, o Estado que define as normas
jurídicas por que se deve reger e os
investidores que colocam à sua disposição
os fundos necessários ao
desenvolvimentoda sua actividade. Portanto,
iremos definir estas actividades como
externas.

2) Zona interna: Zona em que se desenvolve
propriamente a actividade productiva da
empresa. Consiste na combinação de todos
os factos productivos (materiais, mão-de-
obra, energia, etc.) com vista à produção
final dos bens e serviços. A estas relações
que se estabelecem no seio da própria
empresa iremos designar de operações
internas.

Com base nas distinções, teremos:

a) Contabilidade externa, geral ou
financeira: Ela regista as operações
externas da empresa, i.e., aquelas que
respeitam à empresa no seu todo, seja,
apura o lucro global da empresa e elabora o
balanço anual.

A contabilidade geral, dá-nos a situação
económico-financeira global da empresa, a
sua situação perante o exterior
(endividamento, responsabilidades, etc.) em
concordância com os preceitos legais.
Muitas veses, define-se a contabilidade
geral com sendo aquela em que estuda as
linhas gerais e comuns a todas as unidades
económicas. Trasta-se de princípios
contabilísticos (princípios, processos e
instrumentos), que todas as unidades
económicas, com contabilidade organizada,
devem observar na escrituração das suas
operações.

b) Contabilidade interna ou analítica: Esta
regista as operações realizadas no seio da
empresa. Visa o apuramento de resultados
não globais (por productos, por
departamentos, etc.) assim como custos
unitários nas diversas fases de produção, os
consumos, etc. A contabilidade interna
permite um controlo mais directo e
pormenorizado da actividade da empresa. É
uma importante técnica de gestão.

Muitas vezes a contabilidade analítica
apresenta-se designada por:

• Contabilidade industrial, por ter sido
inicialmnete implementada só nas empresas
industriais;
• Contabilidade de custos, por visar a
determinação dos custos dos productos.

Tendo em consideração o período a que a
relevação dos factos respeita, podemos
considerar:

a) Contabilidade previsional, a que exprime os
resultados das previsões, e permite a
elaboração de fundamentos, planos de
actividade e a formulação de regras a que
a acção se deve subordinar. Traduz a
estrutura e a actividade desejável do futuro:
É conhecida pela ORÇAMENTALOGIA,
isto é, a ciência que estabelece os
orçamentos, documentos que resumem em
números e valores, a actividade a
desenvolver no futuro imediato.

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b) Contabilidade histórica, dá a conhecer o
que efectivamente se fez e proporciona
uma visão retrospectiva da gestão. Mostra-
nos até que ponto os objectivos fixados
foram alcançados. É de facto, uma
contabilidade que reflecte o passado,
sendo contudo fundamental para o
estabelecimento e controlo da
contabilidade previsional.

A Contabilidade Aplicada às unidades
económicas de variada natureza, dimensões e
objectivos, com distintas necessidades de
informação, pode distinguir-se em:

1. Contabilidade Privada - a usada às
unidades privadas (famílias, empresas e
outros organismos);

2. Contabilidade Pública - à usada a unidades
económicas públicas (Estado e autarquias);

3. A Contabilidade Nacional - ao respectivo
conjunto. Respeita as informações
inerentes ao produto, rendimento e
despesas. É também designada por
Macrocontabilidade. É relativa a unidades
económicas complexas (regiões, nação,
etc.) Atendendo aos problemas específicos
de cada ramo de actividade, ou sob o ponto
de vista da natureza empresarial, a
contabilidade pode ser:

 Bancária;
 De seguros;
 Agrícola;
 Industrial;
 Etc.

INSTRUMENTOS, PROCESSOS E PRINCÍPIOS
CONTABILÍSTICOS

Para a acompanhar as transformações
patrimoniais a contabilidade dispõe de vários
meios ou instrumentos e, de distintos processos
subordinados a certos princípios.

a) os instrumentos têm carácter material,
são coisas ou objectos que se utilizam
na execução do trabalho contabilístico.
eX.: livros, máquinas, impressos, etc.

b) os processos têm carácter formal, são
as várias maneiras de agir ou de operar
para se alcançar o fim em vista.
Consiste em descrições, medições,
resumos e comparações. Podem ser
contáveis ou extra-contáveis.

PRINCIPIOS CONTABILÍSTICOS

De entre os princípios contabilísticos, destacam-
se:

1- Princípio da Continuidade – Considera-se
que a empresa opera continuamente e com
duração ilimitada;
2- Princípio de Consistência – considera-se
que a empresa não altera as suas políticas
contabilísticas de um exercício para o outro;
3- Princípio de Especialização Económica dos
Exercícios – Os proveitos e os custos são
reconhecidos quando obtidos ou incorridos
independentemente dos seus recebimentos
ou pagamentos, devendo incluir-se nas
demonstrações dos períodos a que
respeitam;
4- Princípio de Custo Histórico – em que os
registos contabilísticos devem basear-se em
custos de aquisição ou de produção;
5- Princípio de Prudência – quando não existe
certeza acerca do valor dum bem ou evento
(mercadorias, obrigação, receita, despesas,
etc.) deve ser aplicado este princípio, o que
significa que devem constar nas
demonstrações financeiras pelos seus
valores aproximados, não devendo ser
exagerados;




TÉCNICOS DE CONTAS

Os Técnicos de Contas são indivíduos que pelos
seus conhecimentos teóricos e práticos se
encontram habilitados a organizar, executar ou
fiscalizar serviços de contabilidade. A sua maior
ou menor competência depende não só da
preparação contabilistica, mas também do
conhecimento do Direito Comercial, Matemática,
Legislação fiscal, Estatística económica,
organização e administração de empresas, etc.
importa lhes saber a que respeitam e o que
significam os números por eles manejados.

Categorias de Técnicos de Contas

1- Guarda-livros (Escriturário) – É o
empregado que tem a seu cargo a
escrituração da empresa, compete -lhe
processar dados e fornecer informações
utilizáveis para diferentes fins e por
diferentes interessados; O guarda-livros
deve ter no mínimo a formação básica em
contabilidade (10ª classe comercial) ou com
10 anos de experiência como escriturário
“A”. Deve assegurar a recolha, tratamento e
escrituração de dados relativos a operações
contabilísticas, conferir a classificação de

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documentos segundo o PGC, proceder o
registo de livros de contabilidade.

2- Contabilista – É o técnico com longa prática
e sólidos conhecimentos teóricos cuja
profissão consiste em montar a escrita,
inspeccionar a precisão ou dirigir
superiormente os serviços de contabilidade;

3- Revisor, Verificador ou Auditor – É o
contabilista encarregado do exame e
apreciação de escritura e até certo ponto da
gestão da empresa.

O contabilista planeia, o guarda-livros executa e
o auditor confere e certifica.

Tarefas de Técnicos de Contas

Estes têm como tarefas executar:
1- Planos financeiros de instalação e
exercício da empresa;
2- Planos de organização
contabilistica, montagem de escrita;
3- Relevações cronológicas e
sistemáticas das operações;
4- Elaboração de inventários;
5- Elaboração e apreciação de
Balanços, Balancetes,
demonstração de Resultados, etc;
6- Registo das operações (Diário,
Razão, e outros documentos);
7- Abertura e encerramento de
escritas;
8- Apreciação de documentos
contabilísticos;
9- Interpretação de resultados;
10- Planos de financiamentos e de
investimentos.

RELAÇÕES DA CONTABILIDADE COM
OUTRAS DISCIPLINAS

Relações Formais

Se as informações contabilísticas interessam a
generalidade das pessoas (administradores,
sócios, pessoal, fornecedores, Estado, etc.)
compreende-se que a contabilidade tem relações
formais, especialmente com:
- Direito Civil – conjunto de leis ou preceitos
reguladores da vida social;
- Direito Comercial – regulador das relações
comerciais;
- Direito Fiscal – regulador das relações
entre Estado e contribuintes

Relações Instrumentais

a contabilidade está relacionada com a
Matemática, Estatística e outras técnicas
quantitativas, na medida em que utiliza estas
ciências como instrumentos para a consecução
dos seus fins.

Relações Essenciais

Como ciência de natureza económica ela está
relacionada com a Economia, muito
especialmente com a Economia de Empresas,
com a qual chega a ser confundida, pois entre
elas existem algumas diferenças:

a) Enquanto que a Economia de
Empresas estuda a natureza dos
fenómenos económicos-empresariais,
a Contabilidade apenas estuda os seus
efeitos quantitativos;
b) Enquanto que a Economia da Empresa
estuda a combinação óptima dos
factores de produção, com vista a
obtenção dos melhores resultados, a
Contabilidade apenas estuda a
captação, medição e representação da
realidade observada e os desvios entre
o que devia ser e o que foi;
c) Enquanto a economia da Empresa se
preocupa essencialmente com a
tomada de decisões, a Contabilidade
apenas se preocupa com a obtenção
das informações que possam servir de
base àquela decisões.
O PATRIMÓNIO

 Noção e Classificação
 Massas Patrimoniais
 Valor do Património e da Situação Líquida, Estrutura Económica e Financeira
 Factos Patrimoniais


Generalidades

As empresas, para funcionarem
precizam deter um conjunto valores, da
sua posse, representados nas mais
diversificadas formas, seja, viaturas,
edificios, máquinas, dinheiro, mobiliário,
entre outros, que contribuem para o
desenvolvimento da sua actividade.

Entretanto, nem todos os valores
usados no desenvolvimento da sua
actividade, são integralmente da sua
posse, por que, esta, estabelece

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relações com terceiros, que lhes
adquire meios necessários as suas
operações. Seja, os valores detidos
pela empresa, por sí só, não são
suficientes para fazer face as suas
actividades, ela precizar individar-se à
terceiros, tais como, bancos,
fornecedores, entre outros parceiros da
actividade empresarial.

No processo do estabelecimento de
relações comercias com o meio exterior,
a empresa, também detém valores na
posse de terceiros, resultantes de
vendas à créditos, empréstimos
concedidos, entre outras operações que
a colocam numa situação credora com
relação à terceiros.

O conjunto de valores de que a
empresa detém, em sua posse e sob a
posse de terceiros, desigam-se activos,
e os valores de terceiros na posse da
empresa, designam-se passivos.

Assim, o conjunto de valores, activos e
passivos, utilizados pela empresa no
desenvolvimento da sua actividade
designamo-los por Património.

“ Do ponto de vista jurídico, os valores
utilizados por cada unidade económica
são de sua pertença ainda que,
normalmente, os seus direitos não
incidam sobre a globalidade desses
valores” (Elementos de contabilidade
geral, Rei dos Livros).



De a cordo com este fundamento, chegamos ao
entendimento de que o património não é
composto apenas por elementos da pertença da
empresa (activos), mas sim, também por um
conjunto de bens de terceiros (passivos),
contudo, sujeitos a sua gestão.

É assim que o Professor Gonçalves da Silva,
difine o Património como um conjunto de valores
sujeitos a uma gestão e afectos a um
determinado fim, contudo, é importante frizar, de
que estes valores, são da pertença da empresa e
de terceiros.

Ao conjunto de valores pertencentes empresa
(activos), e sob a sua posse, dignam-se bens, e
os valores pertencentes a empresa, mas na
posse de terceiros são direitos. Daí que: Activo =
bens + direitos.

Os valores pertencentes à terceiros, mas sujeitos
a gestão da empresa, designam-se obrigações.
Assim: Passivo = Obrigações

Na aprendizagem contabilística, tem surgido
várias dúvidas em destinguir os bens dos
direitos. É importante retér, que, os bens da
empresa são valores pertencentes a esta, e que
estejam em seu poder, por exemplo, o dinheiro
em caixa, edifícios, viaturas, máquinas, entre
outros que estejam na posse da empresa.

Os direitos, são bens da empresa, mas que não
estejam em sua posse, ou seja, em poder de
terceiros, de princípio, derivados de um débito
(dívida). Por exemplo, uma venda feita a crédito
(venda a prazo), é um direito para empresa, por
que, o valor ainda está na posse de terceiros,
tendo a empresa, o direito de receber o dinheiro
da venda.

Porém, quanto às obrigações, não têm surgido
grandes dificuldades, pois, é perceptível de que
é o conjunto de valores que a empresa tem a
pagar à terceiros.

Assim, podemos também definir o patrimonio,
como sendo um conjunto de bens, direitos e
obrigações, detidos por uma empresa e, sujeitos
uma gestão.

Note que, ao conjunto de bens e
direitos, constituem o activo da
empresa, pois, são valores da pertença
da empresa, embora uns estejam na
sua posse (bens) e, outros na posse de
terceiros (direitos). Donde vem a
igualdade:

ACTIVO = BENS + DIREITOS

Ao conjunto de obrigações, seja,
valores de terceiros na posse da
empresa (dívidas a pagar), constituem o
passivo da empresa. Donde vem a
igualdade:

PASSIVO = OBRIGAÇÕES

Daí a razão da definição, o Património é
o conjunto de valores, activos e
passivos, utilizados pela empresa no
desenvolvimento da sua actividade.
Vejamos um caso prático:

Em 31 de Dezembro de 2010, o Património de Momade Rafik & Filhos, Lda., empresário em nome
individual, dedicado a compra e venda de artigos de higiene, era constituido pelos seguintes
elementos:

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 Dinheiro em caixa;
 1 viatura “ Mazda” para fins comerciais;
 Diverso Mobiliário de escritório;
 Valores a receber de Augusto Mendes pela venda de mercadorias;
 Dinheiro a pagar ao fornecedor F.

Pretende-se que se distingam as categorias (bens, direitos e obrigações) no Património ora
apresentado.

Para responder a esta questão, basta recordar que, os bens são valores da empresa e sob a sua
posse (valores activos), os direitos valores da empresa sob a posse de terceiros (valores activos),
e obrigações valores de terceiros sob posse e gestão da empresa (valores passivos).

Assim:

 Os bens (valores activos)=(dinheiro, viatura, mobiliário).
 Os direitos sobre terceiros (valores activos)= (valores a receber).
 As obrigações para com terceiros (valores passivos)= (dinheiro a pagar).


Aplicação

Em 31 de Dezembro de 2009, o património da KLM LDA, que se dedica ao comércio de artigos
para a praia e campo, era constituido pelos seguintes elementos: (valores em meticais)

ELEMENTO PATRIMONIAL BEN DIREITO OBRIG ACTIVO PASSIVO
Dinheiro em cofre
15 tendas de campismo “modelo
familiar ”

Dívida à Sociedade Campo & Praia,
Lda

60 chapeus de sol, a 6.000,00
10 pranchas de widsurf, a 240.000,00
Dívida do cliente Zayd
2 secretárias c/cadeira
1 ficheiro metálico .
Dívida à Nauticampo, SA
1 máquina de escrever
Empréstimo do BIM
1000 obrigações do Tesouro
Um edifício
Factura à Santos, Lda
Crédito sobre António Amaral
Factura de J.K Lda
Débito ao Ministério das pescas
Facturas da EDM
1 carrinha

Pretende-se: Por meio de um (X),
assinale na coluna respectiva, Bem,
Direito, Obrigação, Activo, Passivo.

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3.1. CLASSIFICAÇÃO DO PATRIMÓNIO

Na classificação de qualquer
património, importa referir que ele
subdivide-se em, património comercial e
particular ou individual. Esta separação
é fundamental, porque é importante
conhecer o que está alocado a gestão
empresarial (pessoas jurídicas), tais
como, mercadorias, equipamentos,
instalações, etc., e o que pertence ao
comerciante na qualidade de pessoa
física, tais como, utensílios de uso
doméstico, habitação particular, etc.

De acordo com o Prof. Gonçalves da
Silva – Contab. Geral Vol. 1, o
património comercial, é o conjunto de
valores utilizados pelo comerciante na
sua actividade comercial, porém, os
valores pertencentes a esse
comerciante mas não afectos àquela
actividade (ex. Os utencílios
domésticos) não devem ser
considerados seu património comercial,
são sim, seu património como pessoa
física










Consideremos o seguinte caso:
O património do comerciante Momade Rafik, que se dedica ao comércio de milho, em 1/10/2009:

1. Dinheiro no cofre do estabelecimento comercial.
2. Dinheiro para gastos domésticos.
3. Sacos de milho em armazém.
4. Carrinha “FUSO” para o transporte de milho.
5. Máquina de embalagem do milho.
6. Mobiliário da habitação.
7. Dívida a receber de Arnaldo, relactiva à venda de milho.
8. Automóvel “Fiat Tipo”para o uso familiar.
9. letra a receber de Carmen, relactiva a venda de milho.
10. Dívida a pagar à Sociedade Agricola de Metuge.
11. Empréstimo do BCI para desenvolvimento da actividade.

Repare que nesta listagem podemos identificar dois tipos de património com carracterísticas diferentes:

 Património particular ou individual – conjunto de bens, direito e obrigações meramente
pessoais [elementos da listagem designados por (2), (6), (8)]
 O património comercial – Conjunto de bens, direitos e obrigações directamente
relacionados com a actividade do comerciante. [Elementos da listagem desigandos por, (1),
(3), (4), (5), (7), (9), (10), (11)]

o Cada componente de um dado património (ex. As mercadorias, máquinas, viaturas, etc)
denomina-se de elemento patrimonial.



APLICAÇÃO

Pedro Simões, em Pemba, dedica-se ao comércio de productos lácteos. Considere o conjunto de
elementos que constituiam o seu património, em 15 de Outubro do ano passado.

• Dinheiro no cofre do estabelecimento.
• Dinheiro para gastos domésticos.
• Depósito particular no BFN.

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• Depósito no BCI.
• 3 montras frigoríficas M-701.
• Automóvel “Renault 21” para uso particular.
• Dívida de Pires relactiva a uma venda de mercadorias.
• Carrinha “Datsun” para transporte de mercadorias.
• Dívida à sociedade de Lacticínio de Pemba, relactiva a compra de mercadorias.
• Mobiliário de habitação.
• 150 kg de natas a 700,00 kg.
• 500 kg de manteiga com sal a 600,00 o Kg.
• Aparelhos electrodomésticos de uso particular.
• Empréstimo do BIM para o desenvolvimento da sua actividade.
• Letra a pagar referente ao automóvel “Renaul 21”.

Pretende-se:
a) A lista dos elementos que constituem o seu património particular
b) A lista dos elementos que constituem o seu património comercial.







APLICAÇÃO

Do património do comerciante João da Costa & Filhos, Lda, retalhista de confecções, retiramos as
seguintes informações reportadas à 31 de Dezembro do ano passado.
ELEMENTO PATRIMONIAL BEM DIREITO OBRIGA ACTIVO PASSIVO
1 Terreno, em Cariáco, não
afecto a actividade operacional

1 Carinha Ford
Crédito à K ,lda
25 camisolas de lã à 4.000,00
1 Armário metálico
Débito à Empresa de
confecções de Pemba

50 camisolas à 6.000,00
Dinheiro em cofre
Débito do cliente Campos lda
10 impermeáveis “Tapa-chuva”
à 5.000,00

2 Máquinas de escrever “Royal”
10 fardos de camisas à
13.000,00

250 camisolas “mimix” à
4.000,00

Quota na Sociedade AMM, Lda.
(médio prazo)

Estabelecimento comercial na
rua 12

Letra a receber do cliente Dinis,
Lda

Dívida do Sr. Paulo Morais (não
considerado cliente)

Dívida da Lander, SA
Dívida à Segurança Social
Letras à pagar aos Grandes
Armazéns de Pemba, Lda

Dívida ao credor J.J. Gonçalves
mobiliário diverso
Empréstimo do BTA (a amortizar

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em 5 anos)
IVA à pagar

Pretende-se: Por meio de um (X), assinale na coluna respectiva, Bem, Direito, Obrigação, Activo,
Passivo















APLICAÇÃO
Do património do comerciante XX, retalhista de confecções, retiramos as seguintes informações

ELEMENTO PATRIMONIAL BEM DIREITO OBRIGA ACTIVO PASSIVO
Carinha Ford
Crédito à K ,lda
25 camisolas de lã à 4.000,00
Armário metálico
Débito à Empresa de confecções
de Pemba

50 camisolas à 6.000,00
Dinheiro em cofre
Débito do cliente Campos lda
10 impermeáveis “Tapa-chuva” à
5.000,00

Depósito à ordem no BTA
Máquina de escrever “Royal”
10 fardos de camisas à 13.000,00
250 camisolas “mimix” à 4.000,00
Depósito à ordem no BNU
Estabelecimento comercial na rua
12

Letra a receber do cliente Dinis,
Lda

Dívida à Lander, SA
Letras à pagar aos Grandes
Armazéns de Pemba, Lda

Dívida ao credor J.J. Gonçalves,
lda pela aquisição de mobiliário
diverso

Empréstimo do BTA (a amortizar
em 5 anos

Saque de AM, Lda
Aceite de JJ
Despesas de constituição da firma
300 notas de 100

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APLICAÇÃO
Em 31 de Dezembro de 2009, o património de XX, Lda., que se dedica à venda de
electrodomésticos, era assim constituído: (valores em meticais)

ELEMENTO PATRIMONIAL BEM DIREITO OBRIGA ACTIVO PASSIVO
Numerário em cofre
Depósito à ordem no BIM
Depósito à ordem no BCI
Letra a receber do cliente C
Letra a receber do cliente D
100 caixotes de madeira,
considerados embalagens
retornáveis

Dívida à KM, SA, por
fornecimento de bens para o
imobilizado

30 frigoríficos philips
10 televisores grunding
Uma carinha Mazda
Uma empilhadora Toyota
Dívida à Companhia
Electrónica de Moçambique,
Lda

Letra a pagar à Electronica do
Norte, SA

Empréstimo do Barclays (a
amortizar em 10 anos)

Crédito bancário para meios
circulantes

Débito à comercial Lda
Crédito de António Marques
Vales de correio
1 armazém
Saque de S. Martins
Aceite á antónio marques
Débito sobre Morgado

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APLICAÇÃO

Do quadro que se segue, assinale com x o género de elemento patrimonial (bem, direito,
obrigação, Activo, Passivo.

Elementos
patrimoniais

Bens

Direitos

Obrigações

Activo

Passivo
1 armazém
Mobiliário diverso
Equipamento
informático

Viaturas
Dívidas à um
fornecedor

Mercadorias
Impostos retidos aos
empregados

Letras a receber
Vales de correio
Obrigações de
tesouro

Dinheiro em caixa


APLICAÇÃO

A empresa METAL , Lda, com sede em Pemba, comercializa matérial derivado de alumínio. A
empresa constituiu-se por escritura pública em 5 de Setembro de 2009. Em 30 de Setembro o
património de empresa era constituido pelos seguintes elementos: (valores em meticais)
ELEMENTO BEM DIREITO OBRIG ACTIVO PASSIVO
1 terreno
Dívida à socitel
IRPS em dívida
100 paineis de revestimento
200 placas de isolamento térmico
50 armários de alumínio
Depósito à ordem no BCI
1000 cantoneiras
Letra a receber do cliente F
Mobiliário para escritório
Numerário em cofre
Crédito do BCI, à 8 anos
Um camião para firma
Crédito ao cliente A
Embalagens retornáveis
Letra a pagar à socimetal

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A CONTA

 Noção
 Compreensão e extensão
 Representação gráfica
 Classificação e caracterização das contas
 Métodos de registo contabilísticos
 Contas colectivas, divisionárias e singulares


A CONTA

Noção, partes constitutivas e representação
gráfica.

Diáriamente as empresas efectuam um grande
número de operações traduzidas por factos
patrimoniais. E, a contabilidade utiliza um
processo que lhe permite com facilidade registar
todas as variações patrimoniais: a conta.

Conta é, o conjunto ou classe de elementos
patrimoniais com carracterísticas comuns,
expressos em unidade de valor.

Isto é, esses elementos podem ser mensuráveis,
ou seja, traduzidos numa unidade de valor
comum. De outro modo digamos que,
transformaram-se as matérias ou os objectos,
em valores, possibilitando a sua
comensurabilidade.

Um televisor e um livro apresentam-se com
carracterísticas, físicas, funcionais, entre outras,
totalmente diferentes, mas, graças à sua
quantificação (tradução na mesma unidade)
podem facilmente ser comparáveis e, é graças a
essa quantificação que o trabalho contabilístico
se pode levar a cabo nas unidades económicas.

Daí que consoante a sua natureza ou função que
desempenhem na empresa, os valores
patrimoniais possam ser agrupados em classes
com carracterísticas comuns. Chega-se assim à
noção de Conta, como já foi referido, seja, é um
conjunto de elementos patrimoiais com
carracterísticas comuns, expressos em unidade
de valor.

5. 2. CARRACTERIZAÇÃO DA CONTA

A Conta obdece à dois requisitos fundamentais:

 Homogeneidade – A Conta só deve conter
elementos que tenham as carracterísticas
que ela difine; Assim, a dívida de um Cliente
à empresa, nunca pode ser registada numa
Conta que não indique uma dívida a
receber, ou seja, a Conta em que aquela for


registada deve incluir apenas os elementos que
possuem a mesma carracterística: valores que a
empresa tem direito a receber.

 Integralidade – Todos os elementos que
tenham a mesma carracterística, devem
estar incluidos na mesma conta. Deste
modo, a conta mercadoria deve incluir todos
os tipos de mercadorias tranzacionadas pela
empresa, assim como as suas variações.

PARTES CONSTITUTIVAS DA CONTA

Numa conta há a considerar:

a) O TÍTULO (Denominação própria)

O título é a expressão ou palavra por que se
designa a conta. Deve ser escolhido de tal forma
que revele imediatamente a naturesa dos
elementos que a compõem, isto é, nos dê a
conhecer o seu conteúdo.

Tem como finalidade identificar a conta e,
distingui-la de todas as outras, pelo que será fixo
e imutável. E, deve ser claro no que respeita as
carracterísticas comuns dos elementos a que diz
respeito.

Por exemplo, os escritórios das empresas estão
geralmente equipados com móveis diversos, tais
como, secretárias, estantes, cadeiras entre
outros. Todos esses elementos possuem a
carracterítica comum de se destinarem ao
indispensável apetrechamento dos escritórios; a
denominação para a conta que englobe estes
elementos poderá ser, Mobiliário de Escritório.

b) O VALOR (Extenção)

O valor, representa a quantidade, expressa em
unidades monetárias contida na conta no
momento em que se analisa. O valor registado
na contabilidade deve ser verídico, ou seja, deve
estar de acordo com a verdadeira extenção dos
elementos que representa.

Porém, se o título é fixo e imutável, a extenção já
não o é. Pelo contrário, ela constitui o elemento

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O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 20
variável da conta, na medida em que os
elementos patrimoniais que engloba estão
sujeitos a variações contínuas provocadas pelas
operações realizadas.

A conta constitui a base de toda escrituração,
dado que é parte dela que se desenvolve todo o
trabalho contabilístico.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

A cada conta corresponde um gráfico ou quadro,
que constitui o dispositivo prático para
acompanhar as suas variações quantitativas.
Nele se inscrevem : a extensão inicial e, as
variações seguintes pelo que fornece a todo o
momento o valor dos elementos patrimoniais que
agrupa.

Na sua forma mais tradicional, a conta
apresenta-se em T, encimado por um cabeçalho,
ou titulo da conta e, identificando-se :

- Do lado esquerdo, designado de débito ou
deve, que representam as variações
aumentativas ou diminuitivas no valor das
respectivas contas.

- Do lado direito, designado de crédito ou haver
que representam as variações aumentativas ou
diminuitivas no valor das respectivas contas.

Esquematicamente:

Título da conta
Lado esquerdo (débito)

Lado direito (crédito)

Assim :
• debitar uma conta significa inscrever
uma certa quantia no lado do débito
(esquerdo) e;
• creditar uma conta é efectuar o registo
dum valor no lado do crédito (direito).
• a diferença entre o débito e o crédito
duma conta, no momento considerado,
chama-se saldo dessa conta.
• Uma conta sem saldo, diz-se saldada

Ao balancear uma conta, ou seja ao comparar o
seu débito com o seu crédito, três hipóteses
podem ocorrer
• Debito > Crédito → o saldo diz-se,
devedor (sd)
• Débito = Crédito → o saldo diz-se, nulo
(So)
• Débito < Crédito → o saldo diz-se,
credor (sc)

Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se
ao lado cuja soma for de menor valor, obtendo-
se assim uma igualdade entre os dois lados da
conta. Atendendo as três hipóteses consideradas
anteriormente, teremos:

• Debito > Crédito → Sd donde: D = C +
Sd
• Débito = Crédito → So donde: D = C
• Débito < Crédito → Sc donde: D + Sc =
C

Uma conta sem saldo diz-se saldada. Fechar
uma conta corresponde a somar as colunas dos
valores do débito e do crédito – depois de as
saldar previamente – sublinhando com dois
traços (trancando) cada soma.

Reabrir uma conta é inscrever o saldo na coluna
dos débitos, se na conta fechada o mesmo era
devedor; ou inscrever o saldo na coluna dos
créditos, se na conta fechada o mesmo era
credor.

A disposição apresentada anteriormente, em
forma semelhante a um T, não é a única
existentes.

 É-lhe atribuida a denominação de
dispositivo horizontal ou bilateral, sendo
o seu traçado o seguinte;
Título da conta
Débito (deve)
Crédito (haver)
data descrição valor data Descriçào valor



 Dispositivo vertical ou unilateral de coluna simples


Título da conta
data descrição valor Débito/crédito


 Dispositivo vertical ou unilateral de coluna dupla
Título da conta
data descrição débito crédito






 Dispositivo vertical ou unilateral de coluna dupla com saldos
a vista
Título da conta
data descrição débito crédito saldo


Título da conta
saldos
dat
a
descriçã
o
débit
o
crédit
o
devedo
r
credo
r

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CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS
CONTAS

CLASSIFICAÇÃO

No ponto anterior, ao referirmo-nos à noção de
conta, definimo-la como uma classe de valores
patrimoniais com denominação própria e com
extenção numérica. Podendo estes valores ser
concretos e abstractos, a conta terá assim, por
objecto, elementos concrectos – os que
compõem o Activo e o Passivo e, por elementos
abstractos – os correspondentes à Situação
Líquida.

Teremos então numa primeira classificação:

 Contas do Activo (compreendendo todos
os elementos patrimoniais – aqueles com a
carracterística de serem propriedade do
titular do património). Fazem parte deste
grupo, as Contas classes:

o Classe 3 – Investimentos de capital
o Classe 2 – Inventários e activos
biológicos
o Classe 4 – Contas a receber
o Classe 1 – Meios financeiros



 Contas do Passivo (compreendendo todos
os elementos patrimoniais passivos – as
obrigações pecuniárias que o titular do
património terá de satisfazer). Fazem parte
deste grupo:

o Classe 4 – Contas a pagar.

 Contas de Situação Líquida (englobando
os valores patrimoniais abstractos por que
se traduz a diferença entre o activo e o
passivo). Fazem parte deste grupo:

o Classe 5 – Capital próprio.

O resultado de um exercício económico
pode obter-se efectuando os balanços
referentes ao início e ao fim do exercício.
Mas, o resultado assim obtido, nada nos diz
quanto à origem e natureza dos aumentos e
diminuições do valor do património ocorridos
no decurso do exercício em questão.

O conhecimentos desses elementos é
possível através das contas de custos e
proveitos que agrupam as variações
patrimoniais quantitativas de acordo com a
sua natureza. Eis, então a segunda ordem:

 Contas de custos e perdas - Regista todos
os custos e perdas verificadas no exercício.
Fazem parte deste grupo:

o Classe 6 – Gastos e predas

 Contas de rendimentos e ganhos – regista
todos os proveitos e ganhos do exercício.
Fazem parte deste grupo:

o Classe 7 - Rendimentos e ganhos


 Contas de resultados – ilustra os
resultados do exercício. Fazem parte deste
grupo:

o Classe 8 – Resultados

5.6. REGRAS DE MOVIMENTAÇÀO DAS
CONTAS.

5.6.1 DO ACTIVO E DO CAPITAL PRÓPRIO E
PASSIVO

5.6.1.1 CONTAS DO ACTIVO – Como já se
sabe, as contas do activo figuram no primeiro
membro do balanço e, ao passarmos estas
contas do balanço para o Razão, vamos
igualmente registar no primeiro membro de cada
fólio a extenção inicial.

Daí conclui-se que:
Contas do Activo
Extenção inicial
Aumentos
Diminuições

Conclusão: As contas do Activo são debitadas
pelas extensões iniciais e aumentos e,
creditadas pelas diminuições.

5.6.1.2 CONTAS DO CAPITAL PRÓPRIO E
PASSIVO – Continuando a recorrer ao balanço,
no segundo membro figuram as contas do
Capital Próprio e Passivo; logo, as extenções
iniciais daquelas contas são registadas no
segundo membro dos fólios.

Daqui conclui-se que:
Contas do capital próprio e passivo
Diminuições Extenção inicial
Aumentos

Conclusão: As contas de capital próprio e
passivo são creditadas pelas extenções iniciais e
aumentos e debitadas pelas diminuições.

5.6.1.3 CONTAS DE GASTOS E PERDAS – Na
demonstração dos resultados, os gastos e
perdas figuram sempre no primeiro membro. Nos

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fólios do Razão, nas contas de gastos e perdas,
vamos manter a mesma regra da demonstração
dos resultados, isto é, os gastos e perdas
registam-se sempre a débito.

Contas de custos e perdas
Custos e perdas


5.6.1.4 CONTAS DE RENDIMENTOS E
GANHOS – Na demonstração dos resultados, os
rendimentos e ganhos figuram sempre no
segundo membro. Nos fólios do Razão, nas
contas de rendimentos e ganhos, vamos manter
a mesma regra da demonstração dos resultados,
seja, os rendimentos e ganhos registam-se
sempre a crédito.

Contas de rendimentos e ganhos
rendimentos e ganhos
RESUMO:
CONTAS REGRAS
Activo Debitam-se pelas extenções iniciais e aumentos e creditam-se pelas diminuições
Capital próprio e passivo Creditam-se pelas extenções iniciais e aumentos e debitam-se pelas diminuições
gastos e perdas Debitam-se pelos custos e perdas
rendimentos e ganhos Creditam-se pelos proveitos e ganhos

Uma conta pode ser colectiva, complexa ou geral
( conta mãe) e divisionária, simples ou sub-
contas. As contas colectivas correspondem ao
Razão Geral, como adinate veremos e, por sua
vez as contas divisionárias correspondem ao
Razão Especial ou Auxiliar.





Exemplo de contas colectivas (conta mãe) e divisionárias (sub-contas)
CONTAS COLECTIVAS (Conta mãe) CONTAS DIVISIONÁRIAS (sub-contas)
1º Grau 2 grau 3 grau
1.2 – Bancos



4.1 - Clientes
1.2.1 – Depósito à ordem 1.2.1.1 – BIM
1.2.2 – Depósito c/pré aviso etc
1.2.3 – Depósito à prazo

4.1.1. – Clientes c/c
4.1.1.1 – J. João
4.1.2 – Clientes – titulos a receber






RESUMO DAS CONTAS
CONTAS DO BALANÇO
ACTIVO
Classe 3 – Investimentos de capital
Classe 2 – Inventários e activos biológicos
Classe 4 – Contas a receber
Classe 1 – Meios financeiros
CAPITAL PRÓRIO
Classe 5 – Capital
PASSIVO
Classe 4 – Contas a pagar

CONTAS DE RESULTADOS
Classe 6 – Gastos e perdas
Classe 7 – Rendimentos e ganhos
Classe 8 – Resultados


MÉTODOS DE REGISTO CONTABILÍSTICO

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Método das Partidas Dobradas

Esse método, desenvolvido pelo Frade
Franciscano Luca Pacioli em 1494, hoje
universalmente aceite, dá início a uma nova fase
para a Contabilidade como disciplina adulta,
além de desabrochar a Escola Italiana, que iria
dominar o cenário contábil até o início do século
XX.

Esse método consiste no fato de que para
qualquer operação sempre haverá um débito e
um crédito de igual valor ou um débito (ou mais
débitos) de valor idêntico a um crédito (ou mais
créditos). Portanto, não há débitos sem
créditos correspondente, de forma que a soma
dos débitos será sempre igual à soma dos
créditos.

Partidas Simples

Esse método, utilizado antes do advento das
Partidas Dobradas, com a evolução da Ciência
Contábil e com o aumento do volume das
transações das empresas, mostrou -se
incompleto, imperfeito e ineficiente, tanto que
atualmente apenas algumas pessoas físicas
contabilizam seus eventos com base nele.

Partidas Simples, consiste em proceder apenas
um débito ou um c rédito. Não há a
correspondente contrapartida.










APLICAÇÃO 19

Em 31 de Dezembro de 2009, o património de
XX, Lda., que se dedica à venda de
electrodomésticos, era assim constituído:
(valores em meticais)

Numerário em cofre ............................................................................................................. 20.000,00
Depósito à ordem no BIM .................................................................................................... 900.000,00
Depósito à ordem no BCI .................................................................................................... 500.000,00
Dívida do empregado João J.M........................................................................................... 200.000,00
Letra a receber do cliente C ................................................................................................ 170.000,00
Letra a receber do cliente D................................................................................................. 30.000,00
100 caixotes de madeira, considerados embalagens retornáveis ...................................... 200.000,00
Dívida à KM, SA, por fornecimento de bens para o imobilizado ......................................... 100.000,00
30 frigoríficos philips ............................................................................................................ 4.500.000,00
10 televisores grunding ....................................................................................................... 1.000.000,00
Quota na sociedade MM, Lda (aplicação financeira a médio prazo) .................................. 300.000,00
Uma carinha Mazda ............................................................................................................ 2.000.000,00
Uma empilhadora Toyota .................................................................................................... 750.000,00
Trespasse do estabelecimento comercial ........................................................................... 3.250.000,00
Gastos com a constituição da sociedade ............................................................................ 100.000,00
Dívida à Companhia Electrónica de Moçambique, Lda ...................................................... 2.000.000,00
Letra a pagar à Electronica do Norte, SA ........................................................................... 1.400.000,00
Empréstimo do Barclays (a amortizar em 10 anos) ............................................................ 4.000.000,00
Dívida à Segurança Social .................................................................................................. 220.000,00
Um terreno com 150 m não afecto à actividade operacional .............................................. 6.000.000,00
Valor inicial do património ................................................................................................... 5.000.000,00
Lucros retidos de anos anteriores (por imposição dos estatutos da sociedade) ................ 800.000,00

Pretende-se:

a) Agregue os elementos patrimoniais em contas, incluindo a sua codificação e, a partição em contas
coletivas (conta mãe) e divisionárias (sub-contas).



APLICAÇÃO. 20

Do património do comerciante XX, retalhista de confecções, retiramos as seguintes informações . (valores
em meticais )

 Carinha Ford ......................................................................................................
 Crédito à K ,lda ...................................................................................................

2.500.000,00
132.000,00

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 25 camisolas de lã à 4.000,00@
 Armário metálico ................................................................................................
 Débito à Empresa de confecções de Pemba .....................................................
 50 camisolas à 6.000,00 @
 Dinheiro em cofre ...............................................................................................
 Débito do cliente Campos lda ............................................................................
 10 impermeáveis “Tapa-chuva” à 5.000,00 @
 Depósito à ordem no BTA ..................................................................................
 Máquina de escrever “Royal”..............................................................................
 10 fardos de camisas à 13.000,00 @
 250 camisolas “mimix” à 4.000,00 @
 Depósito à ordem no BNU .................................................................................
 Estabelecimento comercial na rua 12 ................................................................
 Letra a receber do cliente Dinis, Lda ..................................................................
 Dívida à Lander, SA ...........................................................................................
 Letras à pagar aos Grandes Armazéns de Pemba, Lda ....................................
 Dívida ao credor J.J. Gonçalves, lda pela aquisição de mobiliário diverso .......
 Empréstimo do BTA (a amortizar em 5 anos) ....................................................
 Empréstimo do BIM ( 9 meses) ..........................................................................


80.000,00
250.000,00

25.000,00
18.000,00

120.000,00
20.000,00


180.000,00
100.000,00
50.000,00
10.000,00
28.000,00
110.000,00
800.000,00
100.000,00


Pretende-se:

b) Agregue os elementos patrimoniais em contas, incluindo a sua codificação e, a partição em contas
coletivas (conta mãe) e divisionárias (sub-contas).









APLICAÇÃO 21

Em 31 de Dezembro de 2009, o património de XX, Lda., que se dedica à venda de electrodomésticos, era
assim constituído: (valores em meticais)

Numerário em cofre ............................................................................................................. 20.000,00
Depósito à ordem no BIM .................................................................................................... 900.000,00
Depósito à ordem no BCI .................................................................................................... 500.000,00
Letra a receber do cliente C ................................................................................................ 170.000,00
Letra a receber do cliente D................................................................................................. 30.000,00
100 caixotes de madeira, considerados embalagens retornáveis ...................................... 200.000,00
Dívida à KM, SA, por fornecimento de bens para o imobilizado ......................................... 100.000,00
30 frigoríficos philips ............................................................................................................ 4.500.000,00
10 televisores grunding ....................................................................................................... 1.000.000,00
Uma carinha Mazda ............................................................................................................ 2.000.000,00
Uma empilhadora Toyota .................................................................................................... 750.000,00
Dívida à Companhia Electrónica de Moçambique, Lda ...................................................... 2.000.000,00
Letra a pagar à Electronica do Norte, SA ........................................................................... 1.400.000,00
Empréstimo do Barclays (a amortizar em 10 anos) ............................................................ 4.000.000,00
Valor inicial do património ................................................................................................... 5.000.000,00

Pretende-se:

c) Agregue os elementos patrimoniais em contas, incluindo a sua codificação e, a partição em contas
coletivas (conta mãe) e divisionárias (sub-contas).

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APLICAÇÃO. 22

A empresa METAL , Lda, com sede em Pemba, comercializa matérial derivado de alumínio. A empresa
constituiu-se por escritura pública em 5 de Setembro de 2009. Em 30 de Setembro o património de
empresa era constituido pelos seguintes elementos: (valores em meticais)

1 terreno ................................................................................................ 3800.000
Dívida à socitel ..................................................................................... 450.000,00
IRPS em dívida ..................................................................................... 150.000,00
100 paineis de revestimento ............................................................... 1.700.000,00
200 placas de isolamento térmico ........................................................ 300.000,00
50 armários de alumínio ...................................................................... 500.000,00
Depósito à ordem no BCI .................................................................... 65.000,00
1000 cantoneiras ................................................................................. 200.000,00
Letra a receber do cliente F ............................................................... 180.000,00
Mobiliário para escritório .................................................................... 900.000,00
Numerário em cofre ............................................................................ 15.000,00
Crédito do BCI, à 8 anos .................................................................... 5.400.000,00
Um camião para firma ...................................................................... 1.800.000,00
Crédito ao cliente A ......................................................................... 220.000,00
Embalagens retornáveis .................................................................... 300.000
Letra a pagar à socimetal ..................................................................... 15.000,00

Pretende-se:

d) Agregue os elementos patrimoniais em contas, incluindo a sua codificação e, a partição em contas
coletivas (conta mãe) e divisionárias (sub-contas).

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APLICAÇÃO 23. A sociedade "BETA, Lda" que se dedica a importação de material informático, possuía em
31/12/00 os seguintes elementos (valores em contos):

- Dinheiro em cofre ...... ... ... ... 15.075,5;
- Depósitos no BCI ... ... ... ... 110.000;
- Depósitos no BIM ... ... ... ... ... 185.754,64;
- Cheques de clientes ... ... ... ... 16.000;
- Adiantamentos a trabalhadores ... ... ... 35.000
- Facturas s/ EMIL ... ... ... ... ... 135.000;
- Facturas da MICROPUT por liquidar ... ... ... ... 185.750;
- Saques s/ EMIL ... ... ... ... ... 235.640
- N/ Facturas a COMPUTEC, Lda ... ... ...... ... 85.000;
- Facturas da Mcell ... ... ... ... 25.785;
- 1.000 obrigações de tesouro a 100 contos @;
- 1.500 acções na BVM (de curto prazo) a 80 contos @;
- 3.000 acções do capital da "SOPESA, SARL" a 100 contos @;
- 15 computadores "Siemens" a 14.750 contos @;
- 25 computadores "ICL" a 12.000 contos @;
- 2 viaturas "TOYOTA" ... ... ... ... ... 186.000;
- 1 viatura "MAZDA" ... ... ... ... ... ... 85.750;
- Patentes de invenção ... ... ... ... ... 36.000;
- 800 caixas de disquetes a 100 contos @;
- 12 caixas de disquetes para uso a 100 contos @;
- Débito de Gildo pelo aluguer da nossa viatura ... 22.600;
- Débito a Rassul ... ... ... ...... ... 18.600;
- Um edifício comercial ... ... ... ... ... 295.000;
- Diverso mobiliário administrativo e social ... ... ... 87.500;
- 4 máquinas de calcular ... ... ... ... ... 32.160;
- Despesas de constituição ... ... ... ... ... 58.600;
- Crédito do BIM importação de computadores ... ... 300.000;
- Aceites s/ Manuel ... ... ... ... ... 178.000;
- Saques da COMPUTING, Lda ... ... ... ... 186.500;
- Saques a MICROPUT ... ... ... ... ... 385.750;
- Impostos por pagar ... ... ... ... ... 86.880;
- Aceites de Miguel ... ... ...... ... ... 86.000;
- Débitos a EDM pelo consumo de electricidade ... ... 45.600;
- Crédito de Água de Maputo ... ... ... ... ... 15.600;
- 5 computadores "Siemens" para uso a 14.750 contos @;
- Diverso equipamento de escritório ... ... ... ... 22.760;
- 1 edifício em construção ... ... ... ... ... 186.885;
- 1 armazém em construção ... ... ... ... 86.500;
- 120 caixas vazias para computadores a 10 contos @;
- 8 caixas metálicas (contentores) para computadores a 2.500 contos @;

Pretende-se: Agregue os elementos patrimoniais em contas, incluindo a sua codificação e, a partição em
contas coletivas (conta mãe) e divisionárias (sub-contas).
APLICAÇÃO 24

Considere as contas: (valores em contos)

1.2 4.1 4.2 3.2
100

80 50 50 500 300


7.1

5.1

4.4

1.6

700

2000 20 360 150 200

6.3

250

Elaborado pelo dr. Sergio Alfredo Macore - 846458829

O DOCENTE: Sergio Alfredo Macore, UP 2017 27




Apure os respectivos saldos e complete o quadro seguinte:
CONTAS DÉBITO CRÉDITO SALDO NATUREZA
DO SALDO
1.2 Bancos
.........................................................
100 80 20 Devedor











APLICAÇÃO 25

Por consulta dos registos da Firma KKM, Lda, obtivemos as seguintes informações. (valores em contos)

CONTAS DÉBITO CRÉDITO SALDO NATUREZA
DO SALDO
Caixa
..................................................................
350 320 ... ....
Bancos ............................................................... 600 510 ... ....
Clientes .............................................................. 800 ... 0 Nulo
Mercadorias
........................................................
.... 500 700 Devedor
Imobilizações financeiras
...................................
100 ... 40 Devedor
Activos tangíveis ..................................... 480 ... 480 Devedor
Activos intangíveis .................................. 60 __ ... ...
Fornecedores
.....................................................
500 ... 300 Credor
Empréstimos obtidos
..........................................
1000 1000 ... ...
Capital
................................................................
---- 1000 ... ...
Reservas
............................................................
---- ... 100 Credor

1. Complete os espaços em branco (...) no quadro anterior
.
2. Complete as frases de modo a obter afirmações verdadeiras:
As contas do activo têm saldo _______________ ou _________________.
As contas do passivo têm saldo ________________ ou _______________

3. A partir das informaçoes do quadro, elabore os respectivos T’s das contas e preencha
convenientemente.






APLICAÇÃO 26

Elaborado pelo dr. Sergio Alfredo Macore - 846458829

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Em 31 de Dezembro do ano passado, a situação patrimonial da Sociedade Moçambicana, dedicada a
venda de artigos vestuários, apresentava-se de acordo com o quadro a seguir: (Valores em meticais).


Pretende-se:

a) Preencha os espaços em branco no quadro anterior (Códigos, Saldos).
b) A partir das informações do quadro, elabore os respectivos T’s (Razão Geral) das contas, e preencha
convenientemente, seja, lance os movimentos e os respectivso saldos. (Nota: Para o efeito, agrupe as
subcontas nas contas colectivas).








COD CONTAS MOVIMENTO SALDOS
IGO DEBITO CREDITO DEVEDOR CREDOR
Caixa 60,789.00 23,422.29
Depósito a ordem no BIM 392,773.67 192,567.00
Depósito a prazo no Barclays 172,334.93 -
Títulos negociáveis 33,000.00 13,425.98
Vasilhames diversos 2,398.00 -
Uma carrinha Merecedez-Benz 199,374.00 -
Uma carrinha Mazda 82,568.00 -
Débito à Textil do Norte 36,456.00 54,894.45
Letras a pagar ao Fornecedor Téxtil 23,456.78 32,456.84
58 fardos de Camisolas "XX" à 9,000.00 522,000.00 322,456.00
18 fardos de calças "jeans" à 2,000.00 36,000.00 22,345.00
Debito do cliente Faruk 10,000.00 5,466.00
Saque nº 52 sobre Amaral Oliveira 67,000.00 13,000.00
Capital - 72,000.00
Aceite de António Jamal 43,000.00 29,345.00
Empréstimo do Barclays ( 9 meses) 4,345.00 52,000.00
Gastos com a constituição da firma 52,000.00 -