Administração de Medicamentos
via Intramuscular
Prof Viviane
VIA INTRAMUSCULAR
IM
INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM)
• É a deposição de medicamento dentro do tecido muscular.
•Depois da via endovenosa é a de mais rápida absorção; por
isso o seu largo emprego.
Via Intramuscular
•Via muito utilizada, devido a absorção rápida
•Volume injetado (adulto massa muscular
dentro do parâmetro normal)
–Região deltóide – volume máximo 2ml
–Região glútea – de 4 a 5 ml
–Músculo da coxa (vasto lateral)– de 3 a 4 ml
–Não esquecer que irá depender da massa
muscular do cliente
INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM)
Escolha do local
1º Região ventro-glútea: indicada em qualquer
idade
2º Região da face ântero-lateral da coxa:
indicada especialmente para lactentes e
crianças até 10 anos.
3º Região dorso-glútea: contra-indicada para
menores de 2 anos, maiores de 60 anos e
pessoas excessivamente magras.
4º Região deltoidiana: contra-indicada para
menores de 10 anos e adultos com pequeno
desenvolvimento muscular.
Músculo
Deltóide
Músculo da face
ântero-lateral da coxa
Músculo
Ventro-glútea
Músculo
Dorso-glútea
Regiões indicadas, para aplicação de injeção intramuscular
ÂNGULO DA AGULHA
•o ângulo de inserção da agulha deve ser
sempre perpendicular à pele, a 90º
independente da região. Quando a aplicação
é feita na região ventro-glútea, recomenda-se
que a agulha seja ligeiramente dirigida para a
crista ilíaca.
Tamanho da
agulha
Na seleção da agulha é preciso levar em
consideração:
•idade do cliente,
•espessura do tecido subcutâneo
•solubilidade da droga a ser injetada.
Ex: 25 x 8 e 30 x 7.
OBSERVAÇÕES
•Caso venha sangue na seringa, retirar
imediatamente e aplicar em outro local.
•Injeções de mais de 2 ml não devem ser
aplicadas no deltóide- restrito para vacinas
•O volume máximo para injeção IM é de 5 ml.
Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar em
locais diferentes.
OBSERVAÇÕES
•Estabelecer rodízio nos locais de aplicação de
injeções.
•O uso do músculo deltóide é contra-indicado
em pacientes com complicações vasculares
dos membros superiores, pacientes com
parestesia ou paralisia dos braços, e aquelas
que sofreram mastectomia.
Locais de Aplicação, Delimitação da
área e Posição do Cliente
Deltóide
•Face lateral do braço,
aproximadamente 4 dedos
abaixo do ombro, no centro do
músculo deltóide.
•Preferencialmente sentado,
com o antebraço flexionado,
expondo completamente o
braço e o ombro.
•Volume Máximo: 2 ml
Complicações após aplicações, por via intramuscular
Abcessos;
Infecções inespecíficas;
Ulceração ou necrose tecidual por
administração de medicamentos
contra indicados para esta via;
Complicações Durante e Após Aplicação
•Lesão dos nervos radial, ulnar, escapular
ou axilar;
•Paralisia dos músculos do membro
superior;
•Lesão da artéria umeral;
•Lesão do nervo circunflexo com
provocação do chamado sinal
de Anger (parestesia da parte
posterior do deltóide);
•Atrofia do deltóide;
•Gangrena por lesão de vasos
sanguíneos;
•Reações orgânicas por
intolerância a solução
injetada;
•Inflamações provocadas por
medicamentos irritantes
aplicados em grande volume;
•Nódulos e fibroses por
aplicações repetidas no
mesmo local.
Dorço-glútea (DG)
•Dividir o glúteo em 4 partes e aplicar no
quadrante superior externo.
Via Intramuscular
•Quando não devemos utilizar a região glútea?
–Crianças < 2 anos
–Pctes com atrofia da musculatura
–Paralisia de membros inferiores
•Complicações
–Deve-se evitar o nervo ciático
–Injeções intravasculares: embolias
–Infecções e abscessos
•Os braços devem ficar ao longo do corpo e os
pés virados para dentro
•Deitado, em decúbito ventral, com a cabeça de
preferência voltada para o aplicador - a fim de
facilitar a observação de qualquer manifestação
facial de desconforto ou dor durante a
aplicação.
•Deve-se evitar aplicações na região DG com o
cliente em decúbito lateral, pois nessa posição
há distorção dos limites anatômicos,
aumentando a possibilidade de punções mal
localizadas.
Ventro-glútea
•Colocar a mão não dominante no
quadril do paciente, espalmando a
mão sobre a base do grande
trocanter do fêmur, localizando a
espinha ilíaca ântero-superior.
• Fazer a injeção no centro da área
limitada pelos dois dedos abertos
em V.
Músculo vasto lateral da coxa
FALC
•Dividir a coxa em 3 partes e fazer a aplicação
na região ântero-lateral do terço médio.
•De preferência, o paciente deve ficar sentado,
com a perna fletida, ou deitado em decúbito
dorsal, com as pernas distendidas.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM
•Lavar as mãos;
•Identificar o cliente, perguntando-lhe o nome;
•Colocar a bandeja, contendo a medicação,
próxima ao cliente;
•Explicar o procedimento e a finalidade ao
cliente;
•Escolher a região apropriada;
•Com a mão não dominante pegar o algodão
embebido em álcool a 70%, e proceder a anti-sepsia
do local,
•Colocar o cliente em posição adequada e expor
somente a região escolhida;
•Com a mão dominante pegar a seringa, segurando
o corpo da mesma com os dedos polegar e
indicador; Manter o algodão entre os dedos mínimo
e anular da mesma mão;
•Com a mão não dominante, esticar a pele
segurando firmemente o músculo;
•Introduzir, rapidamente a agulha com o bisel
voltado para o lado, no sentido das fibras
musculares – angulo 90º
•Com a mão não dominante, puxar o êmbolo, aspirando
para verificar se não lesionou algum vaso; empurrar o
êmbolo, introduzindo a solução lentamente;
•Terminada a aplicação, retirar a agulha com movimento
rápido;
•Fazer pressão no local com algodão, massageando
levemente com movimentos circulares ;
•Não realize massagem para medicamentos que devem ser
absorvidos lentamente . Ex: anticoncepcional injetável
•Observar as reações do cliente;
•Desprezar o material, não recapando a agulha;
•lavar as mãos;
Técnica em Z
•esta técnica de aplicação para injeção IM
é indicada quando medicações irritantes,
como o ferro, podem infiltrar-se para
tecidos subcutâneos e pele, inclusive
manchando.
1. Locais corretos para a injeção:
quadrantes superior externos da região
glútea, em direção perpendicular à asa
ilíaca, evitando o trajeto do nervo.
2. Com os dedos da mão espalmada,
repuxar firmemente a pele, mantendo-
se assim durante todo o tempo de
administração. O estiramento da pele
somente cessará após retirada da agulha.
3. Após assepsia, introduzir a agulha
profundamente e injetar lentamente,
verificando, antes, se a ponta da
agulha não atingiu algum vaso
sangüíneo.
4. Injetado todo o líquido, esperar 10
segundos e retirar rapidamente a
agulha. Somente então soltar a pele,
que estava sendo repuxada pelos
dedos da outra mão do aplicador.
5. Com estas manobras, os planos
superficiais (pele e tecido subcutâneo)
voltam à posição original e o canal
formado pela agulha assume um
trajeto irregular (em Z), que impede o
refluxo do produto.