The history of management thought (Prentice-Hall, Inc., 1968): Um engenheiro
francés, Charles de la Poix, de Fréminville, havia encontrado Taylor em 1912
+, impressionado, convertera-se ao taylorismo, difundindo na Franca os princí-
pios e os métodos de organizagio laylorista do trabalho. Taylor também devia
“Contar, na Franca, com outro promotor muito ativo de suas idéias, o químico e
metalurgista Henry Le Chatelier, especialista em estruturas metálicas e em li-
gas. Além disso, o Ministro da Guerra, Georges Clémenceau, recomendou vi-
vamente a uilizagäo dos princípios do taylorismo para acelerar a produgäo mi-
litar; e o Ministro dos Armamentos, Albert Thomas, deputado socialista e cola-
borador de Jaurès, organizou a mobilizagäo industrial, impondo o taylorismo,
principalmente nos setores de metalurgia e mecánica.
Na Franga, a eficécia das tropas americanas na construgäo de docas, de es-
tadas de ferro e no planejamento de campos acabou por assegurar o prestígio
dos métodos do taylorismo. Para todos, a produtividade e a eficécia tinham sua
fonte exclusiva em Taylor. Se excetuarmos alguns especialistas, entre cles está
Fayol. Seus escritos, publicados na revista Le Bulletim de La Société de l'In-
dustrie Minérale, em 1916, 56 foram editados em 1925, ano de sua morte.
Da mesma forma que a doutrina de Fayol difundiu-se entre os experts ame-
ricanos, assim também os anglo-saxöes, com espanto © admiragáo, descobriram,
a partit de 1949 (data da primeira edigio em lingua inglesa), The French
pionner, bem como o valor de suas proposigdes. Reconhecem hoje que Fayol
foi o primeiro a estabelecer "a compreensiva statement of a general theory of
management”. Como explicam, os dois grandes teéricos da administragdo esta-
beleceram mais ou menos paralelamente suas doutrinas, u ‘do alto
(Fayol) e 0 outro, da base (Taylor). Como inicialmente havia necessidade de
organizar a producto, as oficinas, a tendéncia foi seguir a doutrina de Taylor,
donde o seu sucesso, Mas hoje estuda-se Fayol nas escolas de administragdo
“americanas, pois o pai da administragäo modema € um francés. O patronato, os
dirigentes, os engenheiros franceses io souberam aproveitar esta oportunida-
‘de. E, cumulo da ironia, quando eram questionados sobre administrasáo, quan-
do ainda hoje se toca no assunto, alguns deles exclamam: € americanismo, bom
para americanos . .. R. Braun, Secretério Geral do Comité Internacional da
Organizagäo Científica, por ocasiño do cinglientendrio da publicagäo da doutri
na de Fayol, constatou: “Por estranha ironia do destino, os conselheiros amer.
¡canos que foram à Franca após a Segunda Guerra Mundial ~ durante o perfodo
da reconstrugäo e do Plano Marshall ~ para ajudar no reerguimento industrial,
ensinaram 20s dirigentes franceses o que o francés Fayol publicara tinta anos
antes, na Franca’. E tal ensinamento continuou sendo reforgado com o estágio
de franceses nas escolas de administracio americanas. Alguns, para explicar à
cegueira em relagáo ao fayolismo, recorreráo à burocracia: os franceses decidl-
Genera and bart management, Pier, 149.
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