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deus recuperaria, através da ajuda do fogo, uma nova vida. Esse festival ela celebrado no mês de
Peritius (Barith), cujo segundo dia correspondia a 25 de dezembro. KHUR-UM, Rei de Tiro, diz
Movers, fora o primeiro a celebrar esta cerimônia.
Aprendemos estes fatos de Josefus, de Servius na Eneida e nos Dionisíacos de
Nonnus; e através uma coincidência que não deve ser fortuita, o mesmo dia era em Roma o Dies
Natalis Solis Invicti, o dia festivo do invencível Sol. Sob esta denominação, HÉRCULES,
HER-acles era adorado em Tsûr pelo aliado de Salomão, no solstício de inverno, pela pira de
MAL-KARTH, o Heracles Tsûriano.
AROERIS ou HAR-oeris, o HÓRUS mais velho, é da mesma velha raiz que, em
hebraico, tem a forma de Aür ou, com o artigo definido prefixado, Haür, Luz ou a Luz,
esplendor, chama, o Sol e seus raios. O hieróglifo do jovem HÓRUS era o ponto dentro de
um círculo; do mais velho, um par de olhos. E o festival do trigésimo dia do mês de Epiphi,
quando se supunha que o sol e a lua estivessem alinhados com a terra, era chamado de “O
nascimento dos olhos de Hórus”.
Em um papiro publicado por Champolion, este deus é chamado de “Har-oeri, Senhor
dos Espíritos Solares, o olho benévolo do Sol”. Plutarco o chama de “Har-pocrates”,
mas não há registro da última parte do nome nas lendas hieroglíficas. Ele é o filho de Osíris e de
Ísis, e é representado sentado em um trono sustentado por leões; a mesma palavra, em egípcio,
significa Leão e Sol. Portanto, Salomão fez um grande trono em marfim, adornado com ouro,
com seis degraus; em cada braço havia um leão, além de um de cada lado de cada degrau,
perfazendo sete de cada lado.
Novamente, a palavra hebraica y h, Khi, significa “vivente”; e s a r “era” ou “será levantado”
ou “erguido”. A última é a mesma, s w r, s w r a, s r h, rôôm, arôôm, harûm, ou Aram, Síria, ou
Aramaeam, Terra-Alta. Khairûm, portanto, significaria “erguido à vida” ou “vivente”.
Portanto, em arábico, hrm, uma raiz não usada, significava “era alto”, “feito
grande”, “exaltado”; e Hîrm significava um boi, o símbolo do Sol em Touro, no Equinócio
Vernal.
KHÛRÛM, portanto, impropriamente chamado de Hiram, é KHUR-OM, o mesmo que
Her- ra, Hermes e HER-acles, o “Heracles Tyrius Invictus”, a personificação da Luz e do Sol,
o Mediador, Redentor e Salvador. Da palavra egípcia Ra veio a Oûro copta e a hebraica Aür,
Luz. Har-oeri é Hor ou Har, chefe ou mestre. Hor também é calor; e hora, estação ou hora;
e, conseqüentemente, em diversos dialetos africanos, os nomes do Sol: Airo, Ayero, Eer, Uiro,
Ghurrah e semelhantes. O nome majestático dado ao Faraó era PIIRA, isto é, Pai-ra, o Sol.
A lenda da disputa entre Hor-ra e Set, ou Set-nu-bi, o mesmo que Bar ou Bal, é mais
antigo do que a da luta entre Osíris e Typhon; tão antiga, pelo menos, quanto a décima-nona
dinastia. É chamado, no Livro dos Mortos, de “O dia da batalha entre Hórus e Set”. O